Leia mais. - Waldir Cardoso

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Hipertensão arterial atinge 23,3% dos brasileiros
Pesquisa do Ministério da Saúde mostra que a proporção de brasileiros diagnosticados com
hipertensão arterial aumentou nos últimos cinco anos, passando de 21,6%, em 2006, para
23,3%, em 2010. Em relação ao ano passado, no entanto, o levantamento aponta recuo de 1,1
ponto percentual – em 2009, a proporção foi de 24,4%.
Os dados fazem parte da Vigilância de Fatores de Risco e Proteção para Doenças Crônicas por
Inquérito Telefônico (Vigitel) e foram divulgados nesta terça-feira (26), Dia Nacional da
Prevenção e Controle da Hipertensão Arterial. O Vigitel é realizado anualmente, desde 2006,
pelo Ministério da Saúde, em parceria com o Núcleo de Pesquisa em Nutrição e Saúde da
Universidade de São Paulo (NUPENS/USP). Em 2010, foram entrevistados 54.339 adultos, nas
26 capitais e no DF.
De acordo com a pesquisa, o diagnóstico de hipertensão é maior em mulheres (25,5%) do que
em homens (20,7%). Nos dois sexos, no entanto, o diagnóstico de hipertensão arterial se torna
mais comum com a idade, alcançando cerca de 8% dos indivíduos entre os 18 e os 24 anos de
idade e mais de 50% na faixa etária de 55 anos ou mais de idade.
O estudo aponta que a associação inversa entre nível de escolaridade e diagnóstico é mais
marcada na população feminina: enquanto 34,8% das mulheres com até oito anos de
escolaridade referem diagnóstico de hipertensão arterial, a mesma condição é observada em
apenas 13,5% das mulheres com doze ou mais anos de escolaridade.
CAPITAIS – A variação entre as capitais é de 13,8%, em Palmas, a 29,2%, no Rio de Janeiro.
Nos homens, as maiores frequências foram observadas no Distrito Federal (28,8%), Belo
Horizonte (25,1%), e Recife (23,6%); e as menores, em Palmas (14,3%), Boa Vista (14,6%) e
Manaus (15,3%).
Entre mulheres, os maiores percentuais foram no Rio de Janeiro (33,9%), Porto Alegre (29,5%)
e João Pessoa (28,7%); e os menores, em Palmas (13,2%), Belém (17,4%) e Distrito Federal
(18,1%).
TRATAMENTO – Atualmente, o Sistema Único de Saúde (SUS) oferece gratuitamente todas
as classes de medicamentos necessários para o controle da hipertensão arterial. O programa
Aqui Tem Farmácia Popular também ampliou a gratuidade de medicamentos para hipertensos.
Hoje, são mais de 15 mil farmácias e drogarias conveniadas ao programa.
Além disso, os serviços de saúde e as equipes de Saúde da Família (o Brasil conta atualmente
com 31.974 equipes) estão orientados e capacitados para atuar na prevenção da hipertensão.
Essas equipes utilizam um nonograma (instrumento de medida), que facilita e agiliza a
identificação da classificação de risco dos pacientes portadores de hipertensão arterial. Uma vez
identificado o grau do risco, a equipe básica pode fazer o atendimento e encaminhamento
adequado do paciente.
AÇÕES – O governo federal vem investindo nas ações de promoção da saúde, para prevenção e
controle da hipertensão. No último dia 7 de abril, o Ministério da Saúde e as associações que
representam os produtores de alimentos processados firmaram termo de compromisso para
reduzir o sal nos alimentos industrializados. O acordo estabelece um plano de redução gradual
na quantidade de sódio presente em 16 categorias de alimentos, começando por massas
instantâneas, pães e bisnaguinhas.
Também no dia 7 de abril, foi lançado o programa Academia da Saúde, iniciativa para promover
hábitos saudáveis e estimular a promoção da saúde na população. O programa prevê a
implantação de infraestruturas com espaços para a realização de atividades individuais e
coletivas, e equipamentos para alongamentos e outras práticas físicas e de lazer, com a
orientação de profissionais qualificados. As informações sobre como os municípios podem
participar, envio de propostas e repasses dos recursos serão divulgadas em breve em Portaria do
Ministério da Saúde.
HIPERTENSÃO – A pessoa é considerada hipertensa quando a pressão arterial é igual ou
superior a 14 por 9. A doença é causada pelo aumento na contração das paredes das artérias para
fazer o sangue circular pelo corpo. Esse movimento acaba sobrecarregando vários órgãos, como
coração, rins e cérebro. Se a hipertensão não for tratada, algumas das complicações são:
entupimento de artérias, Acidente Vascular Cerebral (AVC) e infarto.
Percentual de adultos (≥ 18 anos) que referem diagnóstico médico de hipertensão arterial,
por sexo, segundo as capitais dos estados brasileiros e Distrito Federal*
Sexo
Capitais / DF
Aracaju
Belém
Belo Horizonte
Boa Vista
Campo Grande
Cuiabá
Curitiba
Florianópolis
Fortaleza
Goiânia
João Pessoa
Macapá
Maceió
Manaus
Natal
Palmas
Porto Alegre
Porto Velho
Recife
Rio Branco
Rio de Janeiro
Salvador
São Luís
São Paulo
Teresina
Vitória
Distrito
Federal
Total (%)
22,0
17,5
25,5
18,8
23,5
22,0
23,0
20,8
21,1
21,5
25,4
19,4
24,3
18,1
22,1
13,8
25,5
18,3
24,9
23,0
29,2
21,2
18,0
22,9
21,0
24,5
Masculino (%)
19,2
17,6
25,1
14,6
22,1
19,2
20,8
18,7
19,7
20,0
21,4
16,9
20,3
15,3
18,6
14,3
20,7
17,8
23,6
19,6
23,6
17,9
16,1
19,7
17,0
22,1
Feminino (%)
24,3
17,4
25,9
22,9
24,7
24,6
24,9
22,6
22,2
22,9
28,7
21,7
27,6
20,6
25,0
13,2
29,5
18,9
25,9
26,2
33,9
23,9
19,5
25,8
24,3
26,5
23,1
28,8
18,1
* Percentual ponderado para ajustar a distribuição sociodemográfica da amostra VIGITEL à
distribuição da população adulta da cidade no Censo Demográfico de 2000 (ver Aspectos
Metodológicos).
Percentual de indivíduos que referem diagnóstico médico de hipertensão arterial no
conjunto da população adulta das capitais dos estados brasileiros e Distrito Federal, por
sexo, segundo idade e anos de escolaridade*. VIGITEL, 2010.
Sexo
Variáveis
Idade (anos)
18 a 24
25 a 34
35 a 44
45 a 54
55 a 64
65 e mais
Anos de
escolaridade
0a8
9 a 11
12 e mais
Total
Total (%)
Masculino (%)
Feminino (%)
8,2
10,0
18,7
35,8
52,8
60,2
7,2
9,4
17,9
34,2
48,1
53,0
9,1
10,5
19,5
37,2
56,5
64,7
30,0
15,3
16,2
23,3
24,4
14,7
19,1
20,7
34,8
15,8
13,5
25,5
Por Alethea Muniz – Ascom/MS
(61) 3315-3580/6246
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