COMUNICADO CETIP Nº 113 Aos Participantes de todos os Sistemas A Central de Custódia e de Liquidação Financeira de Títulos – CETIP, divulga, em anexo, a metodologia de cálculo da taxa de DI over , apurada com base nas operações de emissão de Depósitos Interfinanceiros pré-fixados, pactuados por um dia e registrados no Sistema de Registro e de Liquidação Financeira de Títulos – CETIP. A metodologia anexa aborda, além da média, as demais medidas de posição central e dispersão calculadas para acompanhamento e análise da distribuição de taxas. Quaisquer esclarecimentos que se façam necessários podem ser obtidos no telefone abaixo: Depto. de Suporte a Clientes – DESUC Tel : (021) 276-7598 Rio de Janeiro – RJ Rio de Janeiro, 26 de janeiro de 1998. Ernesto Albrecht Superintendente Geral Anexos: 1/4 Anexo do Comunicado CETIP, nº 113, de 26/01/98 – fl.01 CRITÉRIO DE CÁLCULO PARA APURAÇÃO DE ESTATÍSTICAS DI OVER ( EXTRA GRUPO ) A estatísticas do ativo DI Over (Extra Grupo) calculadas e divulgadas pela Cetip apuradas com base nas operações de emissão de Depósitos Interfinanceiros préfixados, pactuadas por um dia útil e registradas e liquidadas pelo sistema CETIP, conforme determinação do Banco Central do Brasil. No universo do mercado interbancário selecionaremos as operações de 1 ( um ) dia útil de prazo (over), considerando apenas as operações realizadas entre instituições de conglomerados diferentes (extra-grupo), desprezando-se as demais (Intra-Grupo). As estatísticas aqui apuradas são, portanto estatísticas da população DI Over (Extra Grupo). Definição da expressão da taxa over em cada operação As taxas serão expressas sob forma anual, de acordo com a seguinte fórmula: &- VR DI i = $++ i $%, VEi * (( ) 252 # ' 1! x 100 !" Onde: DIi = Taxa DI da i-ésima operação VRi = Valor de Resgate da i-ésima operação VEi = Valor de Emissão da i-ésima operação Tratamento de Corte ( Exclusão de Outliers ) Para efeito de excluir da população os dados espúrios, será utilizado o corte de extremos, segundo a seguinte regra: • Ordena-se a população em ordem crescente do valor das taxas; • Aplica-se um corte bilateral de aproximadamente 5% do número de operações. Anexo do Comunicado CETIP, nº 113, de 26/01/98 – fl.02 Estatísticas a serem apuradas Visando dar maiores informações a respeito de como se apresenta a distribuição, procederemos a apuração das estatísticas listadas abaixo: • • • • • • • • • Média Moda Mediana Taxa Mínima Taxa Máxima Variância Desvio Padrão Coeficiente de Pearson ( 2° coeficiente ) Curtose Definição e Expressão das Estatísticas Média ( µ ) A média a ser apurada será a média ponderada pelo volume, e definida como abaixo: µ &- n $+ . VEi x DI i = $+ i =1 n $+ $+ . VEi i =1 %$, * ( ( ( ( ) 252 # ! ' 1! x 100 ! ! "! Onde: µ = Taxa média apurada; DIi = Taxa DI da i-ésima operação VEi = Valor de Emissão da i-ésima operação Moda ( Mo ) Moda, por definição, é o valor que ocorre com maior frequência em uma distribuição. Como a variável em estudo é a taxa, será definida como moda a taxa que ocorrer com maior frequência na distribuição a qual denominaremos Taxa Modal. Anexo do Comunicado CETIP, nº 113, de 26/01/98 – fl.03 Mediana ( Mnd ) É definido como mediana o valor médio ou a média aritmética entre os valores centrais em uma distribuição, isto é, o valor que divide a distribuição em 50 % das observações acima e 50 % abaixo deste valor. A mediana é o valor da Taxa que encontra-se nesta posição, dentro da distribuição. Taxa Mínima e Taxa Máxima Serão consideradas como Taxa Mínima e Taxa Máxima, a menor e maior taxa, respectivamente, observadas dentro da distribuição depois do corte bilateral . Desvio Padrão ( σ ) e Variância ( σ 2 ) Para medir o grau de dispersão das taxas em torno da média, faremos uso do Desvio Padrão ( σ ) e da Variância ( σ2 ), expressas abaixo: N $ = ! (DI N 2 i # µ ) " VEi $2 = i =1 N !VE ! (DI 2 i # µ ) " VE i , onde: i =1 N ! VE i i =1 i i =1 DIi = Taxa DI da i-ésima operação; µ = Taxa média apurada; VEi = Valor de emissão da i-ésima operação Coeficiente de Assimetria ( α 3 ) O grau de desvio em uma distribuição é denominado assimetria. Utilizaremos o segundo coeficiente de Pearson para mensurarmos o grau de assimetria da distribuição. O segundo Coeficiente de Pearson é definido pela expressão abaixo: "3 = 3 $ (µ # Mnd ) , onde: ! µ = Taxa média apurada; Mnd = Mediana Apurada σ = Desvio padrão apurado Anexo do Comunicado CETIP, nº 113, de 26/01/98 – fl.04 Coeficiente do momento de Curtose ( α 4 ) Curtose é o grau de achatamento de uma distribuição em relação a uma distribuição normal. Em uma distribuição normal o coeficiente de curtose é igual a 3 (α4= 3 ), sendo esta denominada de distribuição mesocúrtica. Uma distribuição com (α4 < 3) será denominada platicúrtica, isto é, distribuição com o topo achatado, e uma distribuição com (α4>3), será denominada leptocúrtica, distribuição com topo relativamente alto. O coeficiente do momento de curtose é definido pela seguinte expressão: N ) (DI 4 i ( µ ) ' VE i i =1 N *4 = ) VE i i =1 N & 2 $ ) (DI i ( µ ) ' VE i $ i =1 N $ VE i $ ) i =1 % # ! ! ! ! " 2 , onde: DIi = Taxa DI da i-ésima operação; µ = Taxa média apurada; VEi = Valor de emissão da i-ésima operação As estatísticas aqui listadas e apuradas têm por objetivo parametrizar cada distribuição e criar uma série histórica dos parâmetros possibilitando desta forma eventuais análises das distribuições. CETIP Departamento de Suporte a Clientes