Arquitetura da Pré-História à Mesopotâmia, Egito

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REFLEXÕES SOBRE
ARQUITETURA E HISTÓRIA
Breve Panorama
Arquitetura e História
Linhas do Tempo
OS SENTIDOS DA ARQUITETURA...
FONTE: GLANCEY, J. “A HISTÓRIA DA ARQUITETURA”. SÃO PAULO, EDIÇÕES LOYOLA, 2012.

A História da Arquitetura é a História
do notável esforço humano, um dos
caminhos pelos quais tentamos dar
sentido ao mundo.

É a história de como nossos
abrigos foram sendo construídos,
do mais humilde ao mais sublime. E
não há nenhuma razão para pensar
que uma seja menos inspiradora do
que a outra. Mas a arquitetura é
diferente do simples edificar. Ela
nos emociona, envolve arte e
sensibilidade.

Há, portanto, uma diferença
importante entre construção e
arquitetura. Os animais podem
construir, cupins e pássaros, por
exemplo... Os humanos, porém,
desenvolveram a Arquitetura...
UMA HISTÓRIA CONTADA DESDE 8 MIL ANOS A.C

A Arquitetura é a ciência e a arte de
construir, ou seja, ela proporciona o
momento no qual um edifício é imbuído
de uma aura que o transforma de mero
abrigo em obra de arte. E ela é uma
arte em contínua transformação. É o
maior meio visível de celebrar nossa
riqueza.

Este sentimento de grandiosidade
iniciou-se quando a humanidade
começou subir aos céus com
estruturas
extraordinárias,
que
lembravam montanhas sagradas ou
primitivos condutores de energia pelas
quais os sacerdotes poderiam ascender
para encontrar os deuses.

As primeiras grandes obras são os
templos da Idade do Bronze ( c. 3.000
aC) que eram projetados para se
alinharem a movimentos astronômicos,
era a necessidade de sintonizar-se
com os “criadores” do universo, ideia
que se perpetuou, tanto é que no
catolicismo Deus é chamado de “grande
arquiteto” do Universo.

Se formos comparar, no início do
século XXI há muito mais pessoas REFLEXÃO: OS ARQUITETOS
e
exponencialmente
mais
arquitetos do que já houve em DO SÉCULO XXI ( GLANCEY )
qualquer época da história da
civilização. Mas isto não levou a
um aumento da qualidade da
arquitetura,
porque
não
construímos mais para oferecer
sentido ao nosso lugar no
cosmos. Mas, por razões
banais, vaidosas e lucrativas
que reduzem a arquitetura a um
empreendimento mundano.

Na verdade, segundo Glancey, o
papel do arquiteto declinou. Para
continuar a nos entusiasmar como
ocorreu durante milênios, os
arquitetos precisam redescobrir
o
campo
elevado
da
imaginação, como havia antes da
industrialização, que tornou o ato
de construir muito fácil. Alguns
ainda se destacam, quanto aos
outros, é preciso inspirá-los.
NORMAN FOSTER - O DOMÍNIO DA LUZ

City Hall - The Queen's Walk, London, United Kingdom

A produção arquitetônica de qualidade na atualidade é marcada por uma considerável
diversidade de conceitos e posições frente ao meio ambiente natural e construído. As
formas hoje possuem estruturas e espaços internos fluidos, construídos a partir da valiosa
ajuda dos computadores e da tecnologia dos novos materiais – metais leves e
policarbonatos. É o atual sonho dos arquitetos em apresentar estruturas e espaços
infinitamente maleáveis. Muitas limitações foram deixadas de lado, mas é necessário
que a CRIATIVIDADE E A INSPIRAÇÃO próprias do “Engenho Humano” voltem a ser
uma constante nas criações arquitetônicas da atualidade.
http://www.fosterandpartners.com/projects/
MORADIAS POPULARES DE ARQUITETURA DE TERRA
INSTITUTO ARCA VERDE - RS
Porque a Arquitetura é
musica petrificada..
(ARTHUR SCHOPENHAUER)
Assim sendo, na Arquitetura...
o que te inspira ?
A ARQUITETURA E O URBANISMO DA PRÉHISTÓRIA À MESOPOTÂMIA, EGITO ANTIGO E
OS MEGALÍTICOS EUROPEUS
Algumas considerações teórico-visuais sobre as
origens da Arquitetura e suas principais reflexões
PARA ENTENDERMOS MELHOR A PRÉ-HISTÓRIA:
RECENTES DESCOBERTAS ARQUEOLÓGICAS

Acreditava-se que os Neandertais eram nômades
primitivos que viviam abrigados em cavernas naturais.
Entretanto, as novas descobertas sugerem que eles se
estabeleciam e construíam estruturas onde viviam por
longos períodos de tempo.

Pesquisadores do Museu Nacional de História Natural,
em Paris, também descobriram que muitos dos ossos
da casa haviam sido decorados com esculturas e
pigmentos ocres. Eles acreditam que os neandertais
escolheram propositadamente grandes ossos do maior
mamífero disponível, o mamute, para construir as
estruturas. Os ossos longos e planos eram
selecionados e dispostos em círculo. Era esse o
material que os seres humanos primitivos usavam para
se proteger contra o vento e frio. Esta cabana já pode
ser considerada enquanto exemplar da arquitetura préhistórica, ou seja, da ação de transformar materiais em
abrigos com arte.

A estrutura de ossos foi encontrada perto da cidade de
Molodova, no leste da Ucrânia, em um sítio que foi
descoberto em 1984. A casa foi construída com 116
ossos grandes, incluindo crânios de mamute,
mandíbulas, 14 presas e ossos das pernas. Entretanto,
a casa de ossos não é o exemplar mais antigo já
descoberto. Há notícias sobre uma construção de
madeira afundada no chão de mais de 150 mil anos,
feita pelo Homo erectus, que teria sido encontrada em
uma colina nos arredores de Tóquio.
OS PRIMEIROS DESENVOLVIMENTOS URBANOS

As primeiras cidades na região onde hoje estão estabelecidos Egito,
Israel, Irã e Iraque surgiram entre 8000 e 7000 a.C. O nascimento das
grandes obras de Arquitetura nessa concepção foi contemporâneo,
mas pouco posterior, ao nascimento das primeiras cidades. Neste
momento, a partir de 4.000 aC, já havia largo conhecimento técnico
disponível: cordas resistentes feitas de fibras, ou couro,
instrumento de corte mais precisos, machados e marretas, a arte
da cerâmica, e inclusive o pau a pique e os tijolos de barro.
TECNOLOGIAS SINGULARES E ANCESTRAIS

A diversidade de culturas e de trocas
de experiências compartilhadas pelas
civilizações que estiveram presentes
naquela região, tornou-se uma
característica da mesma e ajudou a
consolidar os impérios surgidos destes
povos, detentores dos conhecimentos
das ciências, das artes, das
engenharias e de uma arquitetura
singular no mundo de então. Cerca de
um milênio antes da formação da
civilização mesopotâmica, já era
possível encontrar maquetes de
casas de cerâmica depositadas em
tumbas e que demonstram
soluções para iluminação interna,
que também serviam como
aberturas para ventilação,
colocadas de forma perpendicular à
direção dos ventos predominantes,
em casas que poderiam ser feitas
de tijolo cru, adobe ou taipa de
pilão. Esta tecnologia, que nasceu na
região do crescente fértil, foi
fundamental para a construção dos
Zigurates mesopotâmicos: pirâmides
escalonadas com acesso por rampas
e escadarias ao topo, que serviam
como santuário e onde eram
guardadas as provisões de cereais.
OS ZIGURATES

Um dos maiores e mais
impressionantes templos eram os
zigurates, ou pirâmides em degraus,
com destaque para o zigurate de
Urnammu, em Ur, na Suméria. Este
templo era dedicado ao deus da lua,
erguendo-se por cima de uma cidade que
tinha cerca de 350.000 pessoas, o acesso
ao topo era feito por uma escadaria
cerimonial. O templo teve a sua última
remodelação por volta de 2125 a.C,
embora seu edifício original seja muito
mais antigo. Estudos indicam que as
gerações que se sucediam foram
construindo partes do templo, e que
essas partes, ou níveis, apresentavam
árvores plantadas, como em uma grande
montanha. Cada plataforma, construída
com tijolos maciços, é circundada por
um muro, em toda a periferia,
ligeiramente inclinado para dentro e
enrijecido por grossas colunas de
tijolos para aumentar a estabilidade.
Mas o que se sabe de fato é que a
edificação era visível há quilômetros de
distância, o que servia como um sinal
para os fazendeiros das pastagens
irrigadas ao seu redor de que os
sacerdotes estavam intervindo a seu
favor junto aos Deuses. Era o primeiro
exemplar que representava os ideais de
grandeza de um povo, e servia de espaço
de mediação entre homens e deuses.

Localização dos Zigurates na região da
Mesopotâmia:
UR E SEU ZIGURATE ( 3000 A.C. )


Cada cidade-estado tinha um
deus local, defensor junto a
outras divindades da natureza.
O deus era proprietário da
cidade, de seu trabalho e
habitantes,
e
o
centro
administrativo era o templo. As
plantas
das
cidades
sumerianas demonstram esse
papel central dos templos, em
volta dos quais as casas se
aglomeravam.
Além
disso,
os
empreendimentos eram todos
da comunidade ( diques e
valas
de
irrigação_
armazenamento e distribuição
de grande parte das colheitas
). Para organizar todas essa
vida política e pública, a
escrita foi essencial.
MESMOS NÍVEIS DE CONHECIMENTOS E O ENGENHO HUMANO
EM POPULAÇÕES DIVERSAS NO TEMPO E NO ESPAÇO

Paredes e muros de Caral-Supe ( 2600 – 2000 aC )
 Entre os principais itens que envolviam as
no Peru uma civilização que antecedeu as prétécnicas utilizadas por estas civilizações,
colombianas / andinas, cujo deserto conservou as
fibras utilizadas nas paredes de barro.
estava o inter-travamento dos tijolos e
cantarias, a partir de um arremate
planejado das paredes, muros e de seus
cantos. O que poderia ocorrer por
justaposição alternada de elementos maiores
e menores, o uso de traves e vigas entre dois
extremos, apresentando espaços entre
paredes. Além do uso de argamassas de
assentamento das cantarias e alvenarias,
visando o amortecimento das estruturas
Chichén Itza – Templo Maia localizado na Península de em caso de abalos sísmicos. Sem contar o
Yucatán ( México ) que melhor se aproxima do conceito principal: o domínio sobre a técnica das
dos zigurates na América pré colombiana ( 435 aC )
construções em terra ( pau a pique e tijolos
). A conquista destes conhecimentos foi
adquirida pelo esforço e engenho de certos
povos, independentemente do local ( Novo
Mundo, Alasca e Oriente próximo, por
exemplo ) mas tendo em comum as mesmas
funções estruturais e monumentais na
proposição e na sustentação das formas e
volumes construídos para a
representatividade divina ou de poder.
O EGITO ANTIGO
O EGITO ANTIGO E O MUNDO ALÉM DA VIDA

Há muito ainda que conhecer
sobre a origem e os significados
dos túmulos egípcios. No
entanto, há motivo para crer
que a vida após a morte, ou a
continuidade da vida no
mundo dos mortos, referia-se
apenas aos privilegiados,
devido à sua ligação com os
faraós imortais. Nesse sentido,
as mastabas, ou túmulos de
particulares, eram construções
quadrangulares revestidas de
tijolos ou pedras, erguidas em
cima de profundas câmaras
funerárias, com local para
oferendas e cubículo para a
estátua do defunto, encontradas
logo na Primeira dinastia. Na
Terceira dinastia,
transformaram-se em
pirâmides de degraus.
PIRÂMIDE DO REI ZOZER ,CONSTRUÍDA POR IMHOTEP SOBRE
MASTABA TRADICIONAL – 2600 A.C.

Existe uma falsa imagem
sobre as pirâmides, que não
eram edificações isoladas
mas faziam parte de várias
necrópoles com templos e
outros edifícios que serviam
para a realização de grandes
celebrações. A arquitetura
egípcia utilizou adobes de
terra, madeira, feixes de
cana e outros materiais
leves. Imhotep, o arquiteto
da primeira pirâmide do
Egito, empregou pedras
talhadas e colunas
incrustradas nas paredes,
réplicas de feixes de junco e
esteios de madeira que
serviam para reforçar os
muros de adobe.
AS PIRÂMIDES DE GIZÉ

A matemática foi muito empregada na construção das
pirâmides. Conhecedores desta ciência, os arquitetos
planejavam as construções de forma a obter o máximo de
perfeição possível. As pedras eram cortadas e encaixadas
de forma perfeita. Seus quatro lados eram desenhados e
construídos de forma simétrica, fatores que explicam a
preservação delas até os dias atuais. Cada bloco pesava em
média 2,5 toneladas, mas isso variava: o tamanho diminuía de
acordo com a altura, e em lugares específicos, como a câmara
do rei, havia pedras gigantes, estimadas em até 80
toneladas. Depois de cortados nas pedreiras, os blocos
maiores eram lixados e catalogados: escrevia-se o nome do
faraó e o do grupo de trabalhadores responsáveis. No total,
2,3 milhões de blocos teriam sido usados na construção da
pirâmide de Keóps ou Queóps. Para erguer as pirâmides, o
terreno foi aplainado. Além de deixar a terra pronta para o
trabalho, o processo rendeu uma fonte natural de matéria-prima:
o platô era rico em rochas calcárias, um tipo de pedra mais mole,
extraída com ferramentas de cobre. Rochas de calcário mais
fino, usadas para dar brilho à pirâmide, vinham da região
próxima de Tura. Os blocos vinham de até 800 quilômetros de
distância, da pedreira de Assuã, em barcos pelo rio Nilo. Os
pesadíssimos blocos, alguns com até 80 toneladas, também
revestiam as câmaras e os corredores internos.
AS PIRÂMIDES DE GUIZÉ

Foi na Quarta Dinastia que as pirâmides de Gizé
foram construídas: Keóps ( 2551 – 2528 a.C. ),
Kéfren ( 2520 – 2494 a.C. ) e Miquerinos ( 2490 –
2472 a.C. ). Monumentos construídos em um grupo
compacto, o que pode indicar solidariedade política
entre os faraós representados.
Quéops, ou Khufu foi faraó da Quarta
Dinastia, que reinou entre 2579 - 2556 aC.
Tinha como objetivo que sua pirâmide
“proclamasse ao mundo eternamente e
para sempre: Queóps é aquele que
pertence ao horizonte”. Para tanto, o platô
de Gizé, na margem ocidental do Nilo foi
escolhido, já que nesta localidade, o subsolo
é formado por rocha calcárea compacta, de
boa qualidade, capaz de suportar o peso
que era previsto para a pirâmide. A
proximidade com o Nilo também permitia
receber materiais de outros locais, a
partir do uso de embarcações especiais.
Neste caso, a rocha local esculpida foi
utilizada em seu local de origem para
compor o corpo da pirâmide. Razões
religiosas levaram ao posicionamento da
mesma, baseado em conhecimentos
astronômicos, além do uso de
determinados instrumentos, um prumo e
uma balisa. Além da marcação de
algumas estrelas em especial, para voltar
a construção ao norte. O intuito era corrigir
desvios de construção nas camadas
superiores da obra.
TÉCNICAS E MATERIAIS

É interessante também notar a utilização de
fórmulas geométricas nas medidas e
formatos, mas ainda há espaço para novas
teorias. Apesar de tanta precisão, as
camadas de pedras não são homogêneas
entre si, o que ´dependia da retiradas do
material das pedreiras. Havia vários tipos
de assentamentos ( camadas horizontais de
uma face a outra ( intertravamento ) ou
camadas mais heterogêneas, completadas
por pequenos calços para se obter o nível
desejado. Para garantir o alinhamento e
estabilidade das paredes, utilizavam-se
ferramentas confeccionadas em peças de
madeira, no esquadro com um pequeno
peso de pedra em uma corda fina. Já a
verticalidade dos terrenos era controlada por
um prumo de madeira de régua comprida
com duas pequenas tábuas pregadas à
régua, além da pedra presa pela corda
neste dispositivo, e a corda esticada pela
pedra deveria tocar o centro da segunda
tábua, para o alinhamento das paredes
dos corredores, fachadas e paredes dos
níveis. Para o corte de pedra, outros
instrumentos específicos eram utilizados.

As pirâmides do antigo Egito foram construídas para
abrigar as tumbas dos faraós, na crença de que a vida
verdadeira começava depois da morte. As três grandes
pirâmides da meseta de Gizé estão distribuídas sobre o
deserto de maneira idêntica, seguindo a disposição das três
estrelas da constelação de Órion, que era o equivalente
celestial do deus Osíris. Seu “cinturão” era o que os
egípcios chamavam de Duat, uma espécie de “portal”
pelo qual a alma do faraó deveria passar para chegar a
Amenti, a mais alta. A Grande Pirâmide de Gizé ( Quéops
) é a única das Sete Maravilhas do Mundo Antigo que ainda
está de pé. Foi construída durante o período do Império
Antigo ( 2613 a 2498 a.C.). O lugar escolhido para a sua
construção foi a margem esquerda do Nilo, a 12
quilômetros do Cairo. Sobre esta margem, normalmente
eram construídos os cemitérios. Seus lados se orientam
pelos quatro pontos cardeais, com o reflexo das
sombras acusando com exatidão milimétrica os pontos
essenciais do ano solar, fornecendo as datas precisas
dos equinócios de primavera e outono e dos solstícios
de inverno e verão. Apesar dos egípcios não contarem
com instrumentos ópticos como a bússola, eles faziam
seus cálculos e medidas pelas estrelas. Sabiam que
tudo no céu noturno estava em constante movimento, com
exceção de um ponto escuro imóvel, que era
reverenciado como eterno, a localização do próprio
“céu”. Ao redor deste ponto duas estrelas
especialmente brilhantes giravam em um círculo
constante e, quando uma estava diretamente sobre a
outra, era possível traçar uma linha perpendicular que
atravessava o ponto escuro com total precisão. Estas
estrelas que hoje conhecemos como circumpolares
eram chamadas pelos egípcios de “indestrutíveis”.
Baseando-se nestas crenças e conhecimentos, Hemiunu
(primo de Quéops e principal arquiteto da Grande Pirâmide)
desenvolveu o projeto como uma “máquina de ressureição”.
Na parede norte da Câmara do Rei existe uma pequena
abertura que funciona como “telescópio” com vista até
as “indestrutíveis”, garantindo assim a viagem para a
eternidade para o seu rei e para todos os que colaboraram
na construção da pirâmide.
O SIGNIFICADO
DAS PIRÂMIDES
O VALE DOS REIS E A NECRÓPOLE DE TEBAS:
O IMPÉRIO NOVO ( 1550 – 1076 AC )

O Vale dos Reis é um vale
montanhoso no Egito onde, por um
período de aproximadamente 500
anos, no Império Novo, foram
construídas tumbas para os Faraós e
nobres importantes do Antigo Egito.
Entre 2005 e 2008, foram
descobertas mais de 120 câmaras, a
maioria violada por povos da
antiguidade. A área continua um foco
de explorações, escavações e
pesquisas arqueológicas até hoje.
Localizada na margem ocidental do
Rio Nilo, ao lado oposto da cidade de
Tebas, no Antigo Egito. A necrópole
foi usada para sepultamentos por
boa parte do período faraônico,
especialmente durante o Império
Novo. Consideradas um Patrimônio
Mundial pela UNESCO, com o nome
de “Tebas Antiga com sua Necrópole”.
O TÚMULO DE TUTANKAMON ( 1341 - 1324 A.C. )
O TEMPLO DE LUXOR

O templo de Luxor foi iniciado por volta de 1390 a.C., aumentado e terminado
um século mais tarde por Ramsés II ( 1279 – 1213 a.C. ) no período do Novo
Império, a quem foram erigidas mais estátuas do que a qualquer outro faraó.
Todo o conjunto de pátios do templo de Luxor ficava rodeado por altos muros
que o isolavam. Com exceção da fachada monumental, esse templo foi
construído para ser visto de dentro.
ELEMENTOS DA ARQUITETURA EGÍPCIA DO NOVO IMPÉRIO
A arquitetura egípcia é
caracterizada por maciços
elementos de pedra – paredes
inclinadas, pirâmides
gigantescas, estatuária colossal
e colunatas imponentes. E
entrelaçadas nestas misturas,
representações de deuses,
alguns com características
humanas e outros de animais, e
muitas formas de plantas, como
o papiro, utilizadas nos capitéis.
Relevos e inscrições que contam
histórias, fileiras de estátuas de
esfinges ( seres míticos com
corpos de leões e cabeça de
homem ou carneiro ) que
conduzem às entradas dos
templos, a estatuária de faraós
nos portais e os pilones de
entrada, que eram portões
maciços de entrada dos templos
que escondiam pátios iluminados
ou salões de hipostilos ( com tetos
sustentados por colunas ).
ENQUANTO ISSO... NA EUROPA: OS MEGALÍTICOS

Externsteine – Alemanha:
penhascos trabalhados pelo
homem escavando grutas artificiais
e alargando-se aberturas já
existentes.

Na Europa Central, e em outras
regiões, populações diversas
continuariam a manter formas
de vida tribal dos agricultores
neolíticos até alguns séculos
antes do nascimento de Cristo,
mesmo depois de conhecerem
o bronze e o ferro. Estas
aldeias não conheceram o
desenvolvimento da arquitetura
da Mesopotâmia ou do Egito.
Em vez disso, o que
encontramos em número
considerável monumentos
megalíticos, formados de
enormes blocos ou lajes de
pedra, erguidos e sobrepostos
sem o uso de argamassa. Seu
principal uso era religioso, mas
há diferenças entre eles.
AS PEDRAS DAS ALDEIAS NEOLÍTICAS - MENIRES


As estruturas neolíticas decoram o
espaço natural, utilizando
eventualmente os seus materiais – a
terra batida, a argila, as pedras, as
madeiras e outros elementos
apropriados, desde essa época para
a tecnologia da construção civil –
mas imprimindo-lhe um caráter
intelectual que denota o novo agente
que surgiu no mundo, o sujeito
pensante: pedras verticais, pedras
em fileiras retilíneas, pedras
alinhadas em círculo. Desde que o
espaço terrestre se encontra
inteiramente disponível para a
difusão da espécie humana, o
homem assinala suas conquistas
com a marca de que é apenas sua: a
ordem geométrica e cósmica
reconhecida pela mente.
Menir de Almendres - Portugal
MENIR NO ALENTEJO
ALINHAMENTO MEGALÍTICO DE CARNAC

O núcleo megalítico de Carnac, situado na comuna de Morbihan na Bretanha do Sul, é o
mais antigo da Europa e o mais extenso do mundo. Trata-se de um conjunto arqueológico
datado do ano 1000 a. C. constituindo um testemunho fascinante da cultura neolítica
europeia, composto por 1099 menires fincados em 11 fileiras, espalhados ao longo de
1165 metros de comprimento por 100 metros de largura. É possível notar que para a
Europa a datação da arquitetura pré-histórica ultrapassa o limite de 3.000 a.C., apesar de
seus indícios iniciais ainda fazerem parte do período mencionado.
DOLMENS- LAJE DE COBERTURA APOIADA EM
PILARES ( MONUMENTO PARA TÚMULO )

Túmulo megalítico em Fornos
de Algodres, Portugal.

Este foi um primeiro ciclo de experiências
arquitetônicas esquecidas durante muito
tempo. O termo megalítico ( grandes pedras )
é utilizado para designar as construções
caracterizadas pelo levantamento e pela
disposição no terreno de pedras mais ou
menos delineadas, de dimensões fora do
comum para nós. As construções mais
difundidas são as pedras isoladas, erguidas
na vertical, que se chamam menires, e as
estruturas tríliticas simples chamadas
dólmens, em que dois pedestais sustentam
uma laje de cobertura. Estas estruturas
elementares, de todas as dimensões, que se
encontram em todos os lugares habitados da
Terra e formam conjuntos variados,
baseando-se na experiência universal da
força da gravidade. Por vezes os menires
assumem formas antropomórficas, tornando
explícita a associação entre essas
construções e o corpo humano
CROMLECHS – GRANDES CÍRCULOS DE PEDRAS EM
INTERVALOS REGULARES

Os cromlechs ( “cromeleques” ) eram
recintos destinados a cerimônias
religiosas. Eles são grandes círculos de
pedras erguidas a intervalos regulares,
ligados por traves horizontais, chamados
linteis, rodeando outros dois círculos
interiores, tal como em Stonehenge. Este
conjunto se encontra orientado para o
ponto do horizonte onde nasce o Sol no
dia do solstício do verão, indício de que o
conjunto se destinava às praticas rituais
de um culto solar. Outra explicação
existente o relaciona com a observação
dos astros e de sua posição no céu e de
que Stonehenge funcionaria como um
grande relógio para orientação de
viajantes, já que teria ligação com outros
cromlechs existentes na Grã Bretanha.
O MEGALÍTICO MAIS FAMOSO...

O mais famoso monumento da préhistória pode ter sido um centro de cura,
para onde iam peregrinos há mais de
4.500 anos. A afirmação é de um grupo
de arqueólogos que trabalha nas
primeiras escavações em mais de 40
anos no monumento. O grupo acredita
ter encontrado indícios que podem,
finalmente, explicar os mistérios da
construção de blocos de pedra. A equipe
descobriu um encaixe que, no passado,
abrigou as chamadas pedras azuis,
rochas vulcânicas de tom azulado, a
maioria já desaparecida, que formava a
primeira estrutura construída no
monumento. Eles acreditam que as
pedras azuis podem confirmar a tese de
que Stonehenge era um local onde as
pessoas iam em busca de cura. Estas
pedras teriam sido trazidas de uma
distância de 19 km. Stonehenge está
relacionada com a existência do
povoado Durrington. Este povoado foi
formado por algumas dezenas de casas
construídas entre 2600 a.C. e 2500 a.C,
quando os últimos círculos de pedra
foram erguidos. É considerada a maior
aldeia neolítica do Reino Unido.
STONEHENGE
OUTRO CROMLECH DA BRETANHA
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
TEXTO E IMAGENS
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http://www.vitruvius.com.br/revistas/read/arquitextos/02.020/815
http://portalmesopotamia.blogspot.com.br/2009_11_01_archive.html
http://www.ahistoria.com.br/da-persia/
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