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Um modelo baseado em Mapa Conceitual para Apoiar a
Avaliação de Ambientes Virtuais de Aprendizagem
Resumo. Há uma lacuna importante na literatura de sistemas educacionais no que diz respeito ao provimento de suportes
conceituais para orientar um educador no entendimento das potencialidades de tais sistemas, tanto na simples prospecção,
quanto na tarefa de comparação de propostas diferentes entre ambientes específicos. Para amenizar este problema, o
presente artigo trata de um estudo sobre Ambientes Virtuais de Aprendizagem (AVAs), tendo como objetivo propor um
modelo de AVA representado por um mapa conceitual, constando das principais características desses ambientes,
servindo como referência principalmente para a tarefa de avaliação. A escolha de mapa conceitual deveu-se as suas
características significativas em termos de expressividade e representatividade para profissionais de educação envolvidos
com tecnologia da informação. O modelo proposto tem sido avaliado na análise de vários AVAs existentes, a exemplo de
Moodle, Sakai, dentre outros. Resultados preliminares dão conta da abrangência e expressividade do modelo em sua
tarefa de análise.
Keywords: Ambientes Virtuais de Aprendizagem. Mapa Conceitual. Modelo de Referência.
PACS:
INTRODUÇÃO
Ambientes Virtuais de Aprendizagem (AVAs) são sistemas baseados na Web que tem como objetivo apoiar as
atividades de educação à distância ou mesmo a presencial. Atualmente várias plataformas de AVA têm sido
desenvolvidas e disponibilizadas para uso e, assim, atraindo uma quantidade significativa e variada de utilizadores.
Particularmente, um dos contextos de uso tem a ver com o fato de alguns desses usuários serem educadores,
envolvidos em uma das seguintes situações: já experimentaram uma compreensão muito refinada e crítica sobre a
eficácia de um determinado AVA, ou ainda, tem expectativas sobre quais os requisitos que um determinado AVA
deve satisfazer, especialmente se considerarmos os avanços tecnológicos, permitindo a viabilidade de várias
propostas pedagógicas. Neste sentido, inclusive considerando outras situações atribuídas a educadores, há uma
lacuna importante na literatura de sistemas educacionais no que diz respeito ao provimento de suportes conceituais
para orientar um educador no entendimento das potencialidades de tais sistemas, tanto na simples prospecção,
quanto na tarefa de comparação de propostas diferentes entre ambientes específicos. Para amenizar este problema, o
presente artigo trata de um estudo sobre Ambientes Virtuais de Aprendizagem (AVAs), tendo como objetivo propor
um modelo de AVA representado por um mapa conceitual, constando das principais características desses
ambientes, servindo como referência principalmente para a tarefa de avaliação. A escolha de mapa conceitual deveuse as suas características significativas em termos de expressividade e representatividade para profissionais de
educação envolvidos com tecnologia da informação. O modelo proposto tem sido avaliado na análise de vários
AVAs existentes, a exemplo de Moodle, Sakai, dentre outros. Resultados preliminares dão conta da abrangência e
expressividade do modelo em sua tarefa de análise.
AMBIENTES VIRTUAIS DE APRENDIZAGEM
Nesta Seção, discutem-se alguns AVAs bem conhecidos pela comunidade acadêmica, tais como: Moodle, Sakai,
Claroline, Amadeus, Eureka e Tidia-ae. Para cada um destes AVAs, apresentam-se algumas características que
servem às expectativas de um educador e outras que não são atendidas, tais como se segue:
I.
Amadeus: “O ambiente virtual de aprendizagem Amadeus tem origem em um conjunto de pesquisas
acadêmicas na área de Interação Humano Computador e Tecnologia Educacional”. (MELO et al, 2011, p.30)
O Amadeus (2011) é um AVA desenvolvido por pesquisadores da UFPE – Universidade Federal de
Pernambuco e “visa o desenvolvimento de um sistema de gestão da aprendizagem de segunda geração,
baseado no conceito de blended learning” (GABARDO; QUEVEDO e ULBRICHT, 2010, 70). A marca
registrada deste ambiente é a portabilidade, já que ele permite criar situações de aprendizagem em diversos
contextos, utilizando uma variedade de mídias. “O projeto permite estender as experiências adquiridas de
usuários de educação à distância para diversas plataformas (Internet, desktop, celulares, PDAs, e
futuramente TV Digital) de forma integrada e consistente” (GABARDO; QUEVEDO e ULBRICHT, 2010,
70).
II.
Moodle: Segundo Ribeiro e Mendonça (2007), o Moodle é uma plataforma Open Source, podendo ser
instalado, utilizado, modificado e mesmo distribuído. Tem como objetivo o gerenciamento de aprendizado e
de trabalho colaborativo em ambiente virtual, permitindo a criação e administração de cursos on-line, grupos
de trabalho e comunidades de aprendizagem. Conforme Oliveira, Munhoz e Carneiro (2011), este ambiente
vem sendo utilizado em todo o mundo por diversas instituições, possuindo uma grande comunidade cujos
membros estão envolvidos em atividades que abrangem desde correções de erros e o desenvolvimento de
novas ferramentas à discussão sobre estratégias pedagógicas de utilização do ambiente e suas interfaces.
Como qualquer outro Learning Management System - LMS, o MOODLE (2011) dispõe de um conjunto de
ferramentas que podem ser selecionadas pelo professor de acordo com seus objetivos. As Figuras 21 e 22
representam o mapa conceitual para este ambiente.
III.
Claroline: é um ambiente virtual de aprendizagem que foi iniciado em 2001 pela Universidade Católica de
Louvain na Bélgica, sendo financiado pela Fundação de Louvain. Seus principais desenvolvedores são
Thomas De Praetere e Marcel Lebrun. Foi desenvolvido por professores e está disponível em português.
Desde 2004, o código do Claroline (2011) é desenvolvido em parceria com o CERDECAM8, centro de
pesquisas da ECAM9 (Escola de Engenharia da Bélgica). Está disponível para download em
http://www.claroline.net. O software, voltado para a Web, foi desenvolvido utilizando a linguagem PHP e
MySQL para gerenciamento de dados;
IV.
Eureka: (2011) foi desenvolvido pelo Laboratório de Mídias Interativas (LAMI) da Pontifícia Universidade
Católica do Paraná (PUCPR) em 1999. “O ambiente foi utilizado tanto pela Siemens, em cursos de
treinamento profissional a distância, quanto pela PUCPR, como apoio aos cursos de graduação, pósgraduação presenciais e para pesquisa.” (Ferreira, 2007) “Seu principal diferencial em relação às plataformas
observadas é a utilização de áudio do texto escrito em todas as telas acessadas. A qualidade da locução é
bastante nítida, inclusive em relação ao sotaque característico da região” (Gabardo, 2010);
V.
Sakai: é um AVA, iniciado em 2004. Financiado por uma doação da Fundação Mellon, o Sakai foi
construído como uma colaboração entre Stanford, Indiana, Michigan, MIT e Berkeley, para ser utilizado no
ensino superior (SAKAI). Foi baseado em ferramentas existentes em cada uma das instituições fundadoras.
Sakai foi lançado ao público em 2005 e é gerenciado hoje pela Fundação Sakai, que supervisiona o seu
desenvolvimento e roteiro do projeto. O AVA é programado em Java e projetado para ser uma suíte de
aplicativos orientada a serviços. Alcançou uma boa reputação por utilizar recursos de ponta, escalabilidade e
segurança, e ficou popular em grandes universidades que precisam de uma solução robusta;
VI.
Tidia-ae: De acordo com Oliveira (2009) o TIDIA-AE é um LMS desenvolvido pela Universidade de São
Paulo. Ele possui ferramentas que dão suporte ao ensino presencial e a distancia. Segundo Projeto Tidia –
AE (2004, citado por Franciscato, 2008) “o AVA Tidia - Ae é um ambiente colaborativo que gerencia cursos
e atividades de aprendizado, dando suporte ao ensino presencial e a distância”. Vale ressaltar que este
ambiente foi desenvolvido utilizando o mesmo framework que o ambiente anterior, o Sakai. No tidia-ae tudo
referente a um usuário está em uma página do ambiente chamada “meu site”, nela fica não só o portfólio,
mas também verificação compromissos e criação novos sites.
CONTEXTO E PROPOSTA DA PESQUISA
A estrutura de mapa conceitual apresentado na Figura 3, consiste em nove conceitos, que, idealmente, devem ser
considerados no desenvolvimento de um AVA. Sendo assim, como pode ser observado na Figura 1, este mapa
conceitual se presta tanto para orientar a elaboração de AVAs, ou seja, através de escolha de conceito o educador
pode explorar o mapa como um documento de requisitos para um desenvolvedor, quanto para Avaliar AVAs, ou
seja, servir como guia para comparar os recursos dos AVAs existentes com os conceitos nele expostos, sendo esta a
perspectiva que representa o foco deste artigo.
FIGURA 1. Visão geral do Mapa com suas duas perspectivas.
Metodologia
O desenho do mapa conceitual proposto seguiu uma metodologia baseada em pesquisa exploratória. Este tipo de
pesquisa é "projetado para proporcionar maior familiaridade com o problema" ( Theodorson e Theodorson, 1970).
Este tipo de pesquisa tem como objetivo melhorar as idéias e hipóteses preliminares. Para atingir este objetivo,
diferentes fontes de informação podem ser utilizadas, tais como literatura, exploração de AVAs particulares e
entrevistas com especialistas, as quais estão ilustradas na Figura 2 e descritos nos passos seguintes.
FIGURA 2. Esquema adotado na Metodologia
i) Construção de um mapa conceitual inicial baseado na análise da literatura, tais como manuais, teses,
dissertações e artigos dos seguintes LMS: Amadeus, Moodle, Eureka, Claroline, Sakai e Tidia-Ae. Os requisitos
identificados nesta primeira fase deu origem ao conceito inicial do mapa.
ii) Refinamento do mapa através dos experts. Na segunda etapa foram realizadas algumas entrevistas, tanto
com os profissionais e com os professores nas áreas de ciência e educação computador. Assim, através de um
questionário e a apresentação do mapa conceito preliminar, cada um especialista sugeriu aperfeiçoamentos
requisitos e variabilidades representados no mapa conceito inicial.
iii) Refinamento do mapa explorando os AVAs existentes. foi realizada uma análise exploratória envolvendo
os mesmos AVAs mencionados: Moodle, Amadeus, Eureka, Claroline, Sakai e Tidia-Ae. O objetivo deste passo é
refinar o mapa conceitual com novas funcionalidades identificadas pela sistematicamente usando e testando os
AVAs Esta análise procedeu da seguinte forma: em primeiro lugar, (a) cada ambiente foi visitado com a visão de
diferentes atores (. Estudante, professor, tutor, etc), então (b) cada serviço de cada ator foi usado e avaliado, bem
como outras recursos oferecidos para o ator, finalmente, (c) as principais características foram extraídos;
iv) Mesclar ajuntando as versões. Na quarta e última etapa, Versões sugeridas por especialistas passou por
uma revisão, a fim de combiná-los, evitando ambiguidades. Os conflitos entre as versões foram resolvidos para
preservar a solução mais geral, ou seja, menos restritiva. Assim, a versão final do mapa conceitual incluiu os
recursos extraídos da literatura, como as características necessárias de acordo com especialistas e recursos existentes
explorados nos principais AVAs atuais.
Mapa Conceitual de Referência
Como cada conceito do mapa pode ser decomposto em sub-conceitos, a hierarquia dos conceitos apresentados no
mapa tem dois papéis importantes. O primeiro deles refere-se à organização do próprio mapa, definindo o conceito e
sub-conceitos. A segunda parte refere-se à interdependência entre o conceito e os sub-conceitos, semelhante ao
conceito de “feature interaction”. Para ilustrar este segundo trabalho, a hierarquia apresentada denota, por exemplo,
que o sub-conceitos de “controle de visibilidade” só pode ser selecionada se o “grupo” conceito também foi
selecionado. Além das dependências inerentes à hierarquia, a notação definida no mapa conceitual proposto permite
a definição de dependências que envolvem diferentes conceitos.
FIGURA 3. Visão do 1º nível do Mapa Conceitual
Conceito atores
Este conceito considera a existência de atores que interagem com o ambiente, como, por exemplo, professor,
estudante e tutor. Estes atores podem existir de duas formas: a) Fixa, quando os atores já existem a priori no
ambiente e não podem ser alterados, removidos ou adicionados; ou b) Flexível, quando o ambiente permite a adição,
remoção e modificação de atores.
Conceito interface
O conceito interface é responsável por avaliar a interface do AVA. Este conceito pode ser dividido em sub
conceitos: a) A usabilidade considera todos os aspectos ergonômicos da área interface homem máquina, utilizados
no ambiente. Para Moreira (2011, p.5) pode ser entendido como um requisito de qualidade que representa a
capacidade da ferramenta, sistema ou software, de ser entendível, de ser utilizável e atrativo para o usuário, quando
usado sob condições específicas. Segundo Lima (2007, citado por Ferreira, 2007) a usabilidade de um sistema é um
conceito que se refere à qualidade da interação de sistemas com os usuários e depende de vários aspectos. Aspectos
como: facilidade de aprendizado do sistema, facilidade de uso, satisfação do usuário, produtividade e o design.
Conceito Curso
Este conceito busca analisar o suporte que o ambiente oferece para a estrutura e organização de cursos. A
organização e estruturação dos cursos podem ocorrer das seguintes formas: a) Padrão, quando ela é fixa para todo e
qualquer curso. Como, por exemplo, determinar que, independente do curso, todos eles deverão conter os serviços
fórum, chat e tarefas. b) Flexível, quando na estrutura do curso existe a flexibilidade tanto de escolher os serviços
que serão utilizados no curso, como também o fluxo das atividades.
FIGURA 4. Conceito Curso
Conceito Percepção do Ambiente
Neste conceito são tratados aspectos de percepção de tarefas e atividades, individuais e do grupo, como também
a percepção social dentro do ambiente. Percepção refere-se a ter conhecimento, ter ciência das atividades do grupo,
das atividades que influenciarão o trabalho como um todo. Assim, temos: a)
Percepção Social: busca identificar
e expor para o usuário informações dos demais membros; e b) Percepção de Tarefas: este sub-conceito analisa se o
ambiente mostra ao usuário as atividades e tarefas que o mesmo tem pendente.
Conceito Customização do Ambiente
Para Campos (2008) um ambiente virtual de aprendizagem é um local onde deve ocorrer troca de informação de
uma forma fácil e adaptável. Sendo assim este conceito abrange todas as mudanças que podem ocorrer na
organização, conteúdo e interface do ambiente. Essa customização pode ser especificada como interna ou externa.
Sendo assim, temos: a) Externa: são customizações que envolvem a integração do ambiente com outros sistemas,
como AVAs e ferramentas de forma manual ou automática. b) Interna: são todas aquelas customizações unicamente
relacionadas com o ambiente, podem ser de forma manual ou automática.
Conceito Portabilidade para Dispositivos
A portabilidade para dispositivos indica se o ambiente oferece suporte para ser acessado a partir de diferentes
dispositivos, por exemplo, dispositivos móveis, celulares e TV Digital.
Conceito Internacionalização
Este conceito se refere à capacidade do ambiente oferecer suporte para que seus cursos possam ser acessados em
diferentes idiomas, e possua formato para diferentes moedas e datas.
Conceito Serviços
O conceito serviços trata dos recursos utilizados no desenvolvimento do curso, podendo ser classificados como:
i) Interno: Serviço interno pode ser qualquer serviço usado no ambiente, desde que ele seja nativo do ambiente, ou
seja, pode ser serviço didático, administrativo, de grupo e etc., no entanto precisa ter sido desenvolvido junto ao
ambiente. ii) Externo: Serviço externo pode ser qualquer serviço usado no ambiente, desde que ele seja acoplado ao
ambiente, ou seja, pode ser serviço didático, administrativo, de grupo e etc., no entanto precisa ter sido desenvolvido
fora do ambiente. Um exemplo que merece destaque, nesta categoria de serviço, são as redes sociais. Assim, um
ambiente virtual de aprendizagem poderia integrar as redes sociais como um serviço externo de comunicação, onde
seriam divulgadas notícias e postados comentários sobre materiais contidos no AVA.
Sendo externo ou interno, os serviços ainda podem ser classificados quando à sua finalidade, ou seja, quanto à
intensão e objetivo da utilização do mesmo.
I.
Serviços Administrativos: permitem que determinados atores, por exemplo, professor ou administrador,
possam gerenciar o curso. Alguns exemplos de serviços administrativos são: Agenda do curso, Quadro de
avisos, Ementa de curso, Divulgação de notas, Controle do progresso do aluno e etc;
II.
Serviços Didáticos: tem como único objetivo viabilizar o aprendizado e podem ser classificados como:
Interativos: serviços dinâmicos, como por exemplo, jogos. Não interativos: serviços estáticos, como por
exemplo, materiais, links e vídeos;
III.
Serviços de Avaliação: possuem como finalidade avaliar o desempenho do aluno. Alguns exemplos são
provas, autoavaliação, exercícios e tarefas;
IV.
Serviços de Comunicação: são todos serviços que, de alguma forma, estabelecem comunicação entre os
membros do ambiente, esta comunicação poderá ocorrer de forma: a) Síncrona: os alunos ou professores
precisam está conectados ao ambiente ao mesmo tempo. Um exemplo deste tipo de serviço é o chat; ou b)
Assíncrona: os alunos ou professores não precisam está conectados ao ambiente ao mesmo tempo. Um
exemplo deste tipo de serviço é o fórum.
V.
Serviços Individuais: são os serviços que cada membro do ambiente utiliza, de modo pessoal, para
armazenar suas informações e materiais. São exemplos de serviços individuais: homes-page pessoal,
arquivos de imagem indexados, perfis de aluno e professor e portfólio;
VI.
Serviços de Grupo: oferecem suporte a formação e organização de grupos;
VII.
Serviços de Inteligência: serviços que, de alguma forma, fazem uso da área de inteligência artificial.
Os serviços podem possuir duas classificações, desse modo, um serviço como o chat, por exemplo, pode ser
classificado como um serviço de comunicação e interno.
Conceito Grupos
Este conceito trata da possibilidade de formação e organização de grupos, dentro dos cursos, entre os usuários do
ambiente. Segundo Almeida (2001, citado por Almeida, 2003) as interações por meio dos recursos disponíveis no
ambiente propiciam as trocas individuais e a constituição de grupos colaborativos que interagem, discutem
problemáticas e temas de interesses comuns, pesquisam e criam produtos ao mesmo tempo em que se desenvolvem.
Neste conceito são considerados quatro aspectos, a saber:
I.
II.
Definição do Grupo: criação do grupo que pode ser classificado em grupo: a) Simples: grupos que não
possuem subgrupos e pode ser de forma moderado, monitorados pelo professor, ou espontâneo, não
monitorados pelo professor; ou b) Hierárquico: grupos que possuem subgrupos, moderados ou espontâneo;
Grupo Geral: Seria o maior grupo dentro do ambiente, englobando todos os outros grupos;
III.
Controle de Visibilidade: definição de visibilidade entre os membros do grupo, por exemplo, definir que
apenas os integrantes do grupo A podem ter acesso aos materiais disponíveis no grupo. Esse controle pode
ocorrer de duas formas: a) Fixa: a visibilidade é definida na criação do grupo, não podendo ser alterada; ou
b) Configurável: apesar de a visibilidade ser definida no momento da criação do grupo, ela pode ser alterada
posteriormente;
IV.
Interação: possibilidade de interação, cooperação e colaboração entre grupos. Pode ocorrer de forma: a)
Inter-grupos: interação com grupos e subgrupos; ou b) Intra-grupos: interação entre subgrupos do mesmo
grupo;
V.
Grupos Externos: possibilidade de integração com grupos da web externos ao ambiente.
RESULTADOS
Nesta Seção serão discutidas as análises comparativas realizadas em seis ambientes. Assim, será apresentada
uma versão do mapa conceitual, para cada AVA. Ao final será apresentada uma tabela comparando os ambientes
entre si, com relação a algumas principais características extraídas do mapa conceitual.
Os ambientes analisados neste trabalho, baseados no mapa criado, mostraram que sob uma análise quantitativa,
implementam boa parte dos conceitos. No entanto, sob uma visão qualitativa deixa várias lacunas, ou seja, quando
analisado, nos ambientes, o desdobramento de cada conceito, poucos foram os conceitos implementados totalmente
pelos ambientes. Para melhor visualizar esta análise, foi criada uma tabela comparando alguns ambientes em relação
a alguns conceitos e sub-conceitos.
A Figura 5 apresenta uma tabela com a análise comparativa entre os ambientes avaliados anteriormente,
com relação às principais características do mapa conceitual, também, demostrados em algumas seções anteriores. A
primeira coluna refere-se aos conceitos mais amplos no mapa e a segunda aos subconceitos. Sendo assim, como
consta na tabela, criaram-se três categorias de análise: i) implementa totalmente as funcionalidades, ou seja, para
aquele subconceito o ambiente implementa todas as funcionalidades requeridas por ele a primeira; ii) implementa
parcialmente as funcionalidades, ou seja, o ambiente implementa o conceito, mas apenas em partes, pois uma ou
outra funcionalidade de algum sub-conceito não é atendida por ele; iii) não implementa alguma funcionalidade
especificada no conceito.
FIGURA 5. Análise Comparativa de AVAs
CONSIDERAÇÕES FINAIS
Este artigo apresentou uma proposta de modelo de referência para AVAs, representado num mapa conceitual,
para auxiliar na análise e avaliação comparativa destes ambientes. Uma das possibilidades é a de apoiar o educador
na definição dos requisitos AVA, ou ainda ter rapidamente elementos para comparar dois AVAs quaisquer. Neste
sentido este trabalho apresentou um mapa conceitual que combina características dos principais AVAs existentes,
sendo mais geral do que cada um em particular. Como trabalho futuro, pretende-se atualizar o mapa conceitual com
relação a novos conceitos para AVA, notadamente os que já são baseados na noção de redes sociais.
REFERENCES
1.
Theodorson, G. A. and Theodorson, A. G. A.(1970). modern dictionary of sociology. London, Methuen.
2.
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http://www.abed.org.br/congresso2011/cd/13.pdf >. Acesso em: 07 fevereiro 2012.
3.
LIMA, l. Análise das Práticas Docentes de Planejamento e Mediação em Redes Sociais no Ensino Médio. Recife. 2011.
142 f. Dissertação (Mestrado em Ciência da Computação) – Centro de Informática. Universidade Federal de
Pernambuco.
4.
CAMPOS, K. OAmbiente Virtual Eureka: Um estudo de caso da utilização em turmas de dependência do sistemas
Matice pelos professores de graduação da PUCPR. Curitiba . 2008. 155 f. Dissertação (Mestrado em Educação) –
Centro de Tecnologia e Ciências Humanas. Universidade Pontifícia Católica do Paraná.
5.
ALMEIDA, Maria Elizabeth Bianconcini. Educação a distância na internet: abordagens e contribuições dos ambientes
digitais de aprendizagem. 2003. Disponível em: < http://www.scielo.br/pdf/ep/v29n2/a10v29n2.pdf >. Acesso em: 08
agosto 2011.
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