a indústria cultural como forte aliado ao - Uni

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A INDÚSTRIA CULTURAL COMO FORTE ALIADO AO
DESENVOLVIMENTO DO TURISMO
Alessandra de Oliveira Marçal (Uni-FACEF)
Doroti Daisy Mantovani (UNI-FACEF)
Introdução
A indústria cultural talvez seja um dos setores da economia mais
lucrativos das ultimas décadas. Responsável pela produção criativa, conhecida
principalmente como produtora de entretenimento é citada neste trabalho a
partir de algumas nomenclaturas utilizadas por diferentes autores e fontes.
Durante a pesquisa encontraram-se definições dos produtores de
produtos culturais e de entretenimento com nomenclaturas como: indústria
cultural, economia da cultura e indústria do entretenimento, esta ultima
podendo ser inserida nas anteriores.
É interessante ressaltar a importância do entretenimento para o
ser humano e a sociedade moderna. É através do entretenimento que se
aproveita o tempo de lazer, além de este ser responsável pelo crescimento
socioeconômico da localidade a qual pertence.
Grande gerador de capital, a indústria cultural é uma das que
pagam melhor seus profissionais. Usada pelo turismo como produtora de novos
atrativos, cresce acima da média de crescimento da economia mundial, sendo
uma das grandes apostas deste século para o desenvolvimento econômico
mundial.
Além de todas estas vantagens a indústria cultural é a que
absorve com maior facilidade novas tecnologias, sempre apresentando
produtos inovadores e opções renovadas de diversão.
1 A Indústria cultural
A produção e comercialização de bens culturais teve significativo
crescimento durante o século XX. O setor estabeleceu-se como segmento de
peso na economia durante a década de 70 e vem crescendo em investimentos
e valor econômico a cada ano.
15
Um exemplo da forte influência desta indústria, que cria e
comercializa os chamados “bens culturais” está num texto de Trigo (2003, p.
29) que observa que nos Estados Unidos, nos anos de 1850, a produção
cultural se voltou ao público popular: teatros apresentavam adaptações mais
populares das obras de Shakespeare, romances juvenis baratos vendiam até
80 mil exemplares, e um único editor teria imprimido 4 milhões de livros em
cinco anos, em uma época em que o país possuía 25 milhões de habitantes.
A indústria cultural possibilitou a democratização de atividades
recreativas que antes eram apenas permitidas à nobreza e às elites. Hoje os
bens culturais consumidos pelas classes mais populares da sociedade e os
bens que são consumidos pelas classes média e alta são produzidos pela
mesma indústria, focando seu público alvo como um bem comercial.
O conceito de indústria criativa no âmbito do PRODEC –
Programa de Desenvolvimento da Economia da Cultura (governo brasileiro)
abrange os segmentos: Expressões Culturais, Festas Populares, Patrimônio
Histórico material e imaterial e seus usos, Artes Cênicas, Artes Visuais, Música,
Filme & Vídeo, Telecomunicações e Radiodifusão, Mercado Editorial, Software
& Computação, Lazer, Arquitetura, Design, Moda e Publicidade. O núcleo é
composto essencialmente de serviços, que possuem a atividade criativa como
parte essencial do processo produtivo.
Segundo estimativas do Banco Mundial, em 2003 o setor
respondia por 7% do PIB mundial, nos EUA a cultura foi responsável em 2001
por 7,7% do PIB e na Inglaterra o setor chegou a representar 8,2% do PIB em
2004. No Brasil a cadeia criativa teve participação de 16,4% no PIB brasileiro
de 2006, o que corresponde a R$ 381,3 bilhões.1
Dentro desta indústria super lucrativa os produtos que mais se
destacam são as produções audiovisuais, principalmente longas metragens da
indústria cinematográfica, e os parques temáticos – estes últimos grandes
aliados do turismo, pois são “destinos de um dia”, que oferecem várias opções
de entretenimento em um curto espaço de tempo.
Os
parques
temáticos
se
caracterizam
por
serem
“um
empreendimento que utiliza temas diferenciados e tem como objeto
mercadológico o estímulo da atividade turística, além de um conceito de
fantasia, de um novo mundo interativo” (ZUCHI; BARLETO, 2002).
16
Um dos exemplos mais bem sucedidos é o parque temático
“Disney World” que recebe milhões de turistas todos os anos. Um grande
complexo com vários parques e dezenas de atrações preparadas para agradar
quase todos os públicos.
O setor do entretenimento apresenta grandes inovações todos os
anos e foi apontado pelo economista e investidor Diego J. Veitia (1998) como
uma das grandes oportunidades de investimento do século XXI, ao lado de
áreas como biotecnologia e telecomunicações. E há grandes motivos para tal
otimismo. O Ministério da Cultura (MinC) divulgou em artigo publicado no dia 1
de abril de 2008, no site da instituição, sete características para que a
Economia da Cultura seja um setor estratégico para a modernização e o
desenvolvimento.
1. a geração de produtos com alto valor agregado, cujo valor de
venda é em grande medida arbitrável pelo criador;
2. a alta empregabilidade e a diversidade de empregos gerados em
todos os níveis, com remuneração acima da média dos demais;
3. o baixo impacto ambiental;
4. seu impacto positivo sobre outros segmentos da economia,
como no caso da relação direta entre a produção cultural e a
produção e venda de aparelhos eletrônicos (tv, som,
computadores etc.) que dependem da veiculação de conteúdo;
5. suas externalidades sociais e políticas são robustas. Os bens e
serviços culturais carregam informação, universos simbólicos,
modos de vida e identidades; portanto, seu consumo tem um
efeito que abrange entretenimento, informação, educação e
comportamento. Desse modo, a exportação de bens e serviços
culturais tem impacto na imagem do país e na sua inserção
internacional;
6. o fato do desenvolvimento econômico desse setor estar
fortemente vinculado ao desenvolvimento social, seja pelo seu
potencial altamente inclusivo, seja pelo desenvolvimento humano
inerente à produção e à fruição de cultura;
7. o potencial de promover a inserção soberana e qualificada dos
países no processo de globalização.
(Ministério da Cultura. Economia da Cultura: Um setor estratégico
para
o
país
Disponível
em:<
http://www.cultura.gov.br/site/2008/04/01/economia-da-cultura-umsetor-estrategico-para-o-pais/ >. Acesso em: 15 de março de 2010)
São estas importantes características que fazem do setor uma
estratégia de mercado para o desenvolvimento. Uma “indústria sem chaminés”,
assim caracterizado por Teixeira (apud Werneck, 2001). A economia da cultura
17
é grande produtora de lazer, entretenimento, e conseqüentemente de possíveis
produtos turísticos.
Outra grande aposta do setor de lazer, muito utilizada como forma
de fomentar e agregar valor ao turismo são os eventos, os quais proporcionam
entretenimento à população e aos turistas, atraídos por seus atrativos
peculiares ou atrações, por meio da divulgação. Em alguns casos são
representações da cultura local, festas tradicionais com características culturais
únicas de certa sociedade, como o caso no Brasil da Oktoberfest, festa
tradicional da sociedade alemã sediada na cidade de Blumenau.
A indústria cultural proporciona experiências únicas ao turista, das
quais este se lembrará por toda a vida. Essas experiências possibilitam que o
turista adquira um pouco da cultura do local visitado, compartilhando de sua
visão de mundo. O processo relacional entre turista e sociedade proporcionada
pelos bens culturais dos quais usufrui o turista possibilita o enriquecimento
cultural de ambas as partes envolvidas.
2 A indústria cultural e o turismo
Hoje a chamada Economia da Cultura é uma das maiores
alternativas para o crescimento econômico de vários países. China, Índia,
Japão, entre outros, apostam na indústria cultural como fonte de novos
recursos econômicos e forma de impulsionar sua economia no mundo. O
comércio de bens e serviços culturais movimentou US$ 1,3 trilhão em 2005
(LEITÃO, 2007) e continua crescendo. Dados do Global Entertainment & Media
Outlook 2006-2010, publicados pela Price Waterhouse Coopers apontam um
crescimento anual de 6,6%, acima do crescimento da economia mundial, que é
de cerca de 5%, conforme observa o referido autor.
O Brasil possui diferenciais importantes no setor, como é
apontado no artigo do Ministério da Cultura, divulgado em 1 de abril de 2008.
1. a facilidade de absorção de novas tecnologias;
2. a criatividade e a vocação para inovação;
3. a disponibilidade de profissionais de alto nível em todos os
segmentos da produção cultural;
4. a alta qualidade e a boa aceitação de nossos produtos culturais
em diferentes mercados.
18
(Ministério da Cultura. Economia da Cultura: Um setor estratégico
para o país Disponível em:
<http://www.cultura.gov.br/site/2008/04/01/economia-da-cultura-umsetor-estrategico-para-o-pais/>.Acesso em: 15 de março de 2010).
Pesquisa realizada no Brasil, pelo órgão FIRJAN – Federação das
Indústrias do Estado do Rio de Janeiro, no ano de 2006 demonstra que a
“indústria criativa” emprega cerca de 21,8% dos trabalhadores formais do país,
cerca de 7,6 milhões de pessoas (FIRJAN, 2006).
A lei de incentivo à cultura é uma das responsáveis pelo
crescimento do setor. As empresas vêem os investimentos no setor como
forma de agregar valor à marca e forma de alcançar novos mercados. Em
pesquisa da Fundação João Pinheiro realizada em 1998, são apontados os
principais motivos dos investimentos de empresas em projetos culturais: 65%
das empresas consideram que os investimentos representam ganho de
imagem institucional, e 28% delas acredita que o investimento agrega valor à
marca da empresa (BRANT, 2004).
A Lei de incentivo à cultura (Lei Rouanet) foi criada em 1991 e
institui o PRONAC (Programa Nacional de Apoio à Cultura) que tem como
finalidade captar e canalizar recursos para o setor cultural, além de tratar do
incentivo financeiro privado.
No capitulo IV da Lei é tratado como se dará tal incentivo:
Art. 18. Com o objetivo de incentivar as atividades culturais, a União
facultará às pessoas físicas ou jurídicas a opção pela aplicação de
parcelas do Imposto sobre a Renda, a título de doações ou
patrocínios, tanto no apoio direto a projetos culturais apresentados
por pessoas físicas ou por pessoas jurídicas de natureza cultural,
como através de contribuições ao FNC, nos termos do art. 5º, inciso
II, desta Lei, desde que os projetos atendam aos critérios
estabelecidos no art. 1º desta Lei. (BRASIL. Lei nº 8. 313, de 23 de
dezembro de 1991. Disponível em: <http://www.cultura.gov.br/site/wpcontent/uploads/2007/11/lei-8313-de-1991.pdf> Acesso em: 20 de
abril de abril de 2010.)
A Lei Rouanet propiciou o crescimento do setor através do
investimento de iniciativa privada. Entre 1999 e 2009 os investimentos no setor
chegaram a R$ 5.522.154.133,90. O Estado, por sua vez, investiu entre os
anos de 1985 e 1995 o total de 7.971 bilhões de reais, em média 725 milhões
de reais por ano.2 No ano de 2009 foi investido pelo governo no setor, a partir
19
do Fundo Nacional de Cultura R$ 43.553.182,56, que foram aplicados em
diversas áreas como a Secretaria de Fomento e Incentivo à Cultura, que
recebeu e investiu no ano de 2009 R$ 44.003,73. (Disponível em:
<www.portaltransparencia.gov.br>. Acesso em: 13 de abril de 2010).
No Turismo é de essencial importância a presença da Indústria
Cultural, pois ela “fabrica produtos culturais”, o que possibilita maior oferta de
produtos turísticos. Nos dias de hoje na maioria dos pacotes oferecidos
encontram-se opções como peças teatrais, shows, festivais, museus, entre
vários outros, como acréscimo ao roteiro comprado – isso quando o produto da
indústria cultural não é o próprio produto turístico comercializado, como por
exemplo os pacotes para o carnaval, os parques temáticos e uma série de
outras possibilidades.
Pesquisa realizada pelo
IBGE aponta que as atividades
recreativas, culturais e esportivas foram responsáveis, no ano de 2006, por
13,82% do valor bruto de produção do Turismo, correspondendo a R$ 20,68
bilhões, sendo inferior apenas ao setor de alimentação, e de transporte
rodoviário, responsáveis respectivamente por 40,94% e 17,67%.3
Tais dados demonstram a importância do setor e como é possível
sua utilização para o desenvolvimento do turismo no mundo. Turismo também
é lazer, é tempo de ócio e de entretenimento, seja ele apenas com o objetivo
de descanso ou com objetivo de adquirir novos conhecimentos. É interessante
perceber que os bens culturais são representações da sua cultura de origem, e
a sua comercialização com responsabilidade e sem modificações, possibilitam
o desenvolvimento sociocultural da comunidade, pois valoriza a cultura da
população.
A indústria cultural brasileira está em constante desenvolvimento.
O teatro, o cinema, os museus, a produção artística, a música, a dança, se
mostram cada vez mais influentes no mercado internacional e responsáveis por
muitos dos turistas que visitam o Brasil.
Apesar do turismo “sol e praia” ainda ser o principal produto
nacional, a cultura ganha cada vez mais espaço. O carnaval brasileiro já é há
vários anos um dos principais destinos dos turistas e alcança números
exorbitantes em arrecadação.
20
O Rio de Janeiro, Recife, Salvador, entre outras cidades do
nordeste, são os destinos mais procurados pelos estrangeiros durante o
carnaval. Pesquisa publicada em 19 de fevereiro de 2010 pelo Brasilturis.com
(informativo da indústria turística brasileira), afirma que durante o carnaval de
2010 o Rio de Janeiro recebeu 700 mil turistas, dos quais 40%, cerca de 280
mil, eram estrangeiros. O levantamento ainda mostra o perfil dos visitantes
estrangeiros, sendo a maioria (53%) homens, dos quais 21% eram americanos,
17% franceses e 14% alemães, 60% dos turistas estiveram no sambódromo, e
32% deles elogiaram os blocos, o que demonstra que embora o desfile das
escolas de samba ainda sejam fator de preferência do turista no Rio de
Janeiro, os blocos ganham força, o que pode resultar na ampliação da busca
pelos blocos de carnaval da cidade, valorizando essa tradição que já fora
quase esquecida pelos turistas em função do grande espetáculo dos desfiles
do Rio.
O Rio de Janeiro arrecadou US$ 500 milhões com turismo no
carnaval de 2010, enquanto Recife comemora a exorbitante marca de 706 mil
turistas neste carnaval, o que rendeu à cidade a arrecadação de R$ 415
milhões4 ― dados divulgados pela ABIH-PE (Associação Brasileira da Indústria
Hoteleira - Pernambuco).
Considerado um dos melhores carnavais de rua do Brasil, Recife
confirma seu título, superando todas as expectativas para o ano de 2010. O
sucesso do carnaval brasileiro se deve principalmente ao investimento em
marketing receptivo e na divulgação dos destinos no exterior. Difundir a cultura
brasileira, através de uma das principais festividades do país, tem tido forte
impacto no turismo nacional.
Outro setor que vem crescendo nos últimos anos é o dos museus.
Segundo dados do IBRAM (Instituto Brasileiro de Museus) o país possui 2.618
museus, 300 deles criados nos últimos 8 anos,5 número este que impressiona
ainda mais se compararmos ao número de museus de apenas 50 anos atrás.
Em 1959 havia 140 museus e no início do século XX, apenas 10.
O Brasil também inova através da aplicação de tecnologias nos
museus. Seguindo as tendências mundiais, vários museus de ciências do país
possuem exposições interativas voltadas à educação científica, como é o
exemplo do Museu de Ciências e Tecnologia da Pontifícia Universidade
21
Católica do Rio Grande do Sul (MCT-PUCRS). Outro exemplo de inovação é o
Museu da Língua Portuguesa, único do gênero no mundo. A cada ano artistas
plásticos brasileiros inovam utilizando-se da tecnologia para dar vida às suas
obras. Pode-se constatar tal fato a cada edição da Bienal de Arte Moderna,
além de em outras exposições pelo país. O Brasil, sempre voltado às
inovações tecnológicas, conquista novos mercados através de sua indústria
cultural.
Uma aposta no incremento das apresentações culturais são as
parcerias entre o Brasil e outros países, como França e Japão. As
comemorações como “Ano do Brasil na França”, difundem e expõe a cultura
brasileira no exterior, e eventos como o “Ano da França no Brasil” e o
“Centenário da Imigração Japonesa no Brasil”, valorizam as origens do povo
brasileiro, que é a miscigenação de vários povos e culturas, convivendo em
harmonia.
Museus,
festivais,
shows,
festas
tradicionais,
eventos
gastronômicos, apresentações artísticas, feiras, exposições e mostras, são
altamente rentáveis no turismo cultural, pois são produtos atrativos ao turista
que pode, desta forma, entrar em contato com a cultura e a sociedade do local
visitado.
O Brasil tem grande potencial produtivo no setor cultural, o que
começa a ser explorado aos poucos pela indústria do turismo, principalmente
em cidades menores – o que pode ser uma grande oportunidade de
desenvolvimento econômico. Museus como o Museu Candido Portinari,
localizado na cidade de Brodowski, no interior de São Paulo, recebem
anualmente vários grupos de turistas estrangeiros, o que movimenta a
economia regional, e possibilita, também, o desenvolvimento do turismo
cultural na região.
Cidades como Parintins, Pirenópolis, Pedreira, Campos do
Jordão, entre várias outras, recebem milhares de turistas todos os anos,
interessados em ver os eventos e festas tradicionais. Produtos culturais como a
competição do bumba-meu-boi, as cavalhadas, a encenação religiosa da
paixão de cristo e o festival de inverno recebem número cada vez maior de
visitantes.
22
A indústria cultural como forma de fomentar o turismo regional
Entende-se por turismo regional o deslocamento da própria
sociedade da região dentro da mesma, como também a vinda de turistas de
outras localidades, com o objetivo de visitar não uma cidade específica, mas a
própria região.
Para que o turismo regional se desenvolva é fundamental a
presença de produtos que possibilitem o entretenimento do turista. Realização
de eventos, criação de parques de diversões, investimentos em atrações e
destinos de um dia são boas oportunidades do setor de turismo.
O turista regional, habitante de cidades próximas às visitadas,
usufrui de curtas viagens de lazer, geralmente em fins de semana, para se
divertir com a família. Ao oferecer oportunidades de lazer a cidade atrai estes
visitantes, que apesar do curto período de permanência no destino, gera
divisas para o local visitado.
A partir de uma boa infra-estrutura de entretenimento na região
esta possibilita a vinda de turistas de outras localidades e um maior tempo de
permanência destes na região, devido a gama de opções à qual dispõem,
proporcionando também maior fluxo de pessoas dentro da própria região, o que
movimenta o capital e gera crescimento socioeconômico.
Pode-se utilizar várias estratégias para aumentar o atrativo
turístico de uma região. O planejamento conjunto do turismo pelas várias
cidades que constituem a região, com a valorização da arte e do artesanato
local, por exemplo, criação de souvenires e divulgação de características
peculiares da região, são opções viáveis.
Vários lugares no mundo já fazem do turismo uma atividade
lucrativa e desenvolvem roteiros regionais. No Brasil temos, talvez como
principal exemplo, as cidades históricas de Minas Gerais, com roteiros que
unem vários atrativos regionais, passando por cidades como Ouro Preto,
Mariana, Diamantina, Tiradentes, entre outras.
1
Ministério da Cultura. Economia da Cultura: Um setor estratégico para o país. Disponível em:
<http://www.cultura.gov.br/site/2008/04/01/economia-da-cultura-um-setor-estrategico-para-opais/>. Acesso em: 15 de março de 2010)
23
2
Estudo da Fundação João Pinheiro Capitulo 2 – Gastos públicos com cultura. Disponível em:
http://www.cultura.gov.br/site/wp-content/uploads/2007/09/gastosculturacap02_1118861714.pdf
3
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<http://www.ibge.gov.br/home/estatistica/economia/industria/economia_tur_20032006/publicaca
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4
Recife (PE) recebeu 706 mil visitantes no Carnaval 2010. Jornal do Turismo. Matéria de 17 de fevereiro
de 2010. disponível em: < http://www.jornaldeturismo.com.br/noticias/destaques/31307-recife-perecebeu-706-mil-visitantes-no-carnaval-2010.html>. Acesso em 18 de fevereiro.
5
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