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Hospital AC Camargo
Tópico: HOSPITAL AC
CAMARGO
Veículo: Folha Online - SP
Data: 15/12/2012
Página: 00:00:00
Editoria: Folhinha
1/1
Hora de brincar
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Crianças com câncer vão a acampamento com irmãos; em 2013, hospital quer repetir o passeio
COLABORAÇÃO PARA A FOLHA
O A.C. Camargo, hospital famoso pelo atendimento a crianças com câncer, espera repetir em 2013 uma experiência que está virando tradição:
levar a um acampamento a turma que está se tratando.
Neste ano, o hospital teve ajuda financeira de uma empresa para que 55 crianças fossem ao camping Águias da Serra, em Parelheiros, bairro
afastado do centro de São Paulo.
O passeio costuma deixar as crianças mais animadas, o que ajuda no tratamento, acreditam os médicos. Como o câncer é uma doença que
exige tratamento cuidadoso e, muitas vezes, a internação em hospital, os médicos liberam quem está melhor, em condições de passar um final
de semana fora.
O acampamento de 2012 foi o quarto feito pelo A.C. Camargo e o segundo em que, além de pacientes, foram também seus irmãos. Em 2013,
o hospital gostaria de aumentar o número de crianças, mas o patrocínio (ajuda em dinheiro) ainda não está garantido.
BOA COMPANHIA
Bianca Franciosi, 14, e Lucas, 11, são irmãos inseparáveis. Por isso ele nem pensou duas vezes quando o hospital marcou o acampamento,
no primeiro semestre. Lucas (que na época do passeio tinha sido liberado do tratamento de linfoma de Hodgkin, tipo de câncer, e agora está
curado) logo convidou a irmã. "Só vai gente como o Lucas?", ela quis saber.
Apesar de o evento ser aberto aos irmãos que não têm câncer, Bianca ficou em dúvida. "Nunca tinha acampado, não conhecia ninguém, então
não sabia o que ia encontrar por lá."
Mas Lucas insistiu para a irmã ir com ele. Eles passaram um final de semana com mais 53 crianças, além dos monitores e funcionários do
hospital, acampados. No ônibus, alguns contavam piadas, outros observavam o lado de fora pela janelinha.
(GABRIELLA MANCINI)
Garotos em tratamento ou já curados brincam juntos de caiaque e fogueira
COLABORAÇÃO PARA A FOLHA
No ônibus, Lucas Franciosi, 11, contava piadas. Sua irmã, Bianca, 14, apesar de rir das gracinhas do irmão, estava calada. Outros irmãos
ocupavam o ônibus, como Mylena Marques, 10 (que fez tratamento contra leucemia, câncer mais comum em crianças), e Geovana, 8. Apesar
de bastante amigas, elas brigam. "Ganho brinquedos no hospital, e a Geovana pega pra ela!"
No caminho, as duas brincaram de queda de braço e jogo da velha. O ônibus passou por uma ponte, e o monitor avisou: todo mundo tem que
levantar os pés e fazer um pedido. "Pedi pra ficar boa", contou Mylena, bem baixinho (senão o desejo não se realiza, dizem).
Para algumas crianças, como Yasmin Prantier, 6, era a primeira vez dormindo longe da família. Já era quase noite quando chegaram ao
acampamento. Dividiram-se em quartos com beliches. Meninas de um lado, meninos de outro.
NÃO XINGAR
Após escolher as camas e guardar as malas, chegou a hora das regras, anotadas numa lousa. "Não desobedecer o monitor; Não provocar;
Não xingar; Nada de bullying."
Mylena ficou de olho para ver se a irmã cumpriria os "combinados". "Como sou mais velha, tenho que tomar conta dela", explicou, enquanto
vestia um casaco na mais nova.
Todos deram uma volta para conhecer o lugar. Hora de usar a lanterna. No dia seguinte, a turma fez passeio de caiaque, arvorismo, brincou
com animais, assistiu a apresentações de teatro e de mágica e fez fogueira -parte preferida de Lucas. "Foi legal, assei marshmallow."
"A proposta é desenvolver a integração entre as crianças e entre elas e os profissionais do hospital", diz Cecília Maria da Costa, diretora do
hospital.
O acampamento mistura crianças já curadas (que não têm mais a doença) a outras em diferentes fases do tratamento. Algumas não podiam
entrar na piscina no ano passado e neste puderam. Outras estavam carecas no acampamento anterior (há um tratamento, quimioterapia, que
faz o cabelo cair) e neste tinham fios crescendo.
"Misturamos as crianças para que troquem experiências", diz Cecília. "Para que acreditem que tudo vai dar certo."
(GM)
Pediatra deve acompanhar a criança
CLÁUDIA COLLUCCI
DE SÃO PAULO
A maioria dos casos de câncer infantil pode ser tratada e curada se a doença for descoberta no início e o tratamento logo começar. Segundo os
médicos, o segredo para isso acontecer é a criança ser acompanhada por um pediatra desde o nascimento.
Se o médico conhece o histórico da criança, conseguirá detectar com maior facilidade um problema de saúde. Mas, se a criança ficar
passando por diferentes profissionais, a descoberta de que tem câncer poderá atrasar.
O câncer da criança geralmente afeta o sistema sanguíneo. A leucemia é o tipo mais comum na infância. Os sintomas são: enfraquecimento e
anemia, tendência a ter infecções graves e repetidas, manchas roxas espalhadas pelo corpo, mesmo em locais que não sofreram pancadas, e
sangramentos.
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