Teste de Reconhecimento de Faces

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Peritia
2009, 2AP
Teste de Reconhecimento de Faces (Simões, Pinho & Lopes, 2004)
Fátima Almeida
1. Indicações
O Teste de Reconhecimento de Faces permite avaliar a aptidão para reconhecer faces, imediatamente após a sua exposição, e a seguir a um intervalo de tempo fixado. É indicado para avaliar as funções
da memória e a percepção visual.
Pode ser aplicado dos 6 aos 90 anos (ou mais) (Strauss, Sherman & Spreen, 2006).
2. Administração e Cotação
No ensaio de Aprendizagem, cada face é apresentada ao sujeito durante 3 segundos. O examinador
diz-lhe o seguinte: “vou mostrar-lhe várias fotografias de caras de pessoas. Vai olhar para cada uma delas
com muita atenção e vai procurar lembrar-se delas”. Mostra-se o item 1, e assim sucessivamente, até ao
item 16, de 3 em 3 segundos.
Após a apresentação de todos os itens de Aprendizagem, diz-se ao sujeito: “agora vou mostrar-lhe
3 fotografias de cada vez. Uma delas é uma das fotografias que já viu, quando lhe foram mostradas uma de
cada vez. Aponte a fotografia que viu antes” (Prova de Reconhecimento Imediato). Vira-se a folha para o
primeiro item e, após 5 segundos, passa-se ao seguinte, até ao item 16.
Depois de finalizada a prova de Reconhecimento Imediato, o sujeito é instruído para se recordar do
primeiro grupo de faces apresentadas, uma vez que mais tarde será pedido que se lembre delas, outra vez.
Vinte a trinta minutos depois, volta-se a dizer ao sujeito: “agora vou mostrar-lhe mais fotografias,
três de cada vez. Uma delas é uma das fotografias que já viu, quando lhe foram mostradas uma de cada
vez. Aponte a fotografia que viu antes” (Prova de Reconhecimento Diferido). Vira-se a folha para o primeiro
item e, após 5 segundos, passa-se ao seguinte, até ao item 16.
As respostas do sujeito são registadas na folha de resposta. Cota-se com 1 ponto cada resposta
dada correctamente e com 0 pontos as respostas incorrectas. A pontuação total para este teste é de 48
pontos.
3. Fundamentação teórica
Ter boa memória para faces tem uma grande tradição na avaliação da memória e, em particular,
para avaliar as funções da memória associadas ao hemisfério não-dominante.
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No Teste de Reconhecimento de Faces de Warrington é mostrado ao sujeito um conjunto de 24
faces, a uma velocidade de uma face de 2 em 2 segundos. A memória é avaliada com um formato de
reconhecimento em que as faces-alvo são mostradas, aleatoriamente, uma a uma, entre 24 cartões. A
tarefa do sujeito é indicar quais as faces que já viu anteriormente. O reconhecimento diferido é testado
com as 24 faces-alvo que se encontram misturadas com as outras 24 faces-alvo distractoras. Podem-se obter três resultados possíveis no Reconhecimento Total (“sim” para as imagens alvo, “não” para as imagens
distractoras no reconhecimento imediato e no reconhecimento diferido e no reconhecimento percentual).
A pontuação é convertida em pontuações padrão (M=±3) para cada faixa etária. Tal como acontece com
outros testes da WMS-III, a pontuação do reconhecimento percentual pode ser comparada em tabelas normativas como pontuação suplementar.
De acordo com as análises estatísticas da Psychological Corporation (1997), o desempenho em ambas as tarefas de reconhecimento imediato e diferido demonstra-se completamente estável ao longo da
idade adulta. Os resultados começam a apresentar alguma deterioração na meia-idade e declinam mais rapidamente a partir da década dos 70 anos. O reconhecimento percentual demonstra um menor efeito na
idade, tal como no reconhecimento em termos médios nas taxas etárias mais velhas (85-89 anos), o que
corresponde a uma retenção de 92 a 94%. O coeficiente médio de fiabilidade foi de .74 para ambas as condições de reconhecimento (imediato e diferido). O coeficiente da estabilidade teste-reteste, num breve período de 2 a 12 semanas, foi de .67 para o reconhecimento imediato e de .62 para o reconhecimento diferido. A estabilidade para a memória percentual varia entre 81 e 89% para ambos os grupos.
O formato deste teste, com sim/não, sem controlo integrado para as respostas aleatórias ou para
respostas influenciadas ou enviesadas, cria um problema quando a exactidão do reconhecimento normal
não difere muito dos 50%, ou seja, fica-se sem se saber se a resposta se deve ao acaso. Por exemplo, para a
faixa etária mais velha, dos 85 aos 89 anos, uma pontuação de 24 (metade certo), quer na condição de reconhecimento imediato, quer na condição de reconhecimento diferido, resulta numa pontuação estandardizada de 7. Além disso, um resultado de 34 pode ser alcançado quer por reconhecer correctamente todas
as 24 faces-alvo e dizendo correctamente “não” aos 10 distractores (fazendo 14 erros falsos positivos), quer
10 reconhecimentos correctos (14 erros falsos negativos), enquanto se diz correctamente “não” a todos os
24 distractores. Todavia, as interferências desses dois padrões deverão ser muito diferentes apesar dos resultados idênticos.
Doentes esquizofrénicos tendem a ter um mau desempenho no teste de memória de faces, incluindo o teste de Faces da WMS-III. Além disso, também os parentes de primeiro grau desses doentes têm um
mau desempenho no Faces WMS-III.
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O teste de Benton e colaboradores (1994) exige que o sujeito distinga fotografias de faces humanas
não familiares. As roupas e o cabelo são praticamente eliminados para que apenas sejam visíveis as características faciais. O teste completo (“Long Form”) consiste em 54 itens, a versão breve (Levin et al., 1975,
cit. in Strauss, Sherman & Spreen, 2006) é constituída por 27 itens.
4. Dados normativos (Benton e colaboradores, 1994)
Benton e colaboradores (1994) proporcionaram as distribuições da cotação para 286 adultos normais com uma correcção da idade e da escolaridade. O desempenho no teste em sujeitos idosos demonstrou algum declínio na cotação (Benton et al., 1981, cit. in Strauss, Sherman & Spreen, 2006). Mittenberg e
colaboradores (1989) referem uma correlação de -.25 de idade em sujeitos normais entre os 20-75 anos. A
média de 45.6 para 206 não licenciados, referida por Hoptman e Davidson (1993), enquadra-se bem nesta
distribuição. A média de 115 adultos normais italianos foi de 46.2 (Ferracuti & Ferracuti, 1992, cit. in Strauss, Sherman & Spreen, 2006) e a média de 94 afro-americanos, que viviam em bairros degradados de cidades foi de 44.7 (Roberts & Hamsher, 1984, cit. in Strauss, Sherman & Spreen, 2006), sugerindo que o teste é
relativamente independente de factores étnico-culturais. Gilbert referiu (1973) pontuações um pouco mais
baixas para os esquerdinos frágeis comparados às pessoas dextras ou esquerdinas fortes. As normas para
as crianças com uma inteligência média indicam um melhoramento gradual na capacidade de reconhecimento de faces desde os 6 anos (média = 33 correcto) até aos 14 anos (média = 45 correcto) quando é atingido um nível de desempenho adulto.
5. Os subtestes de Faces I e de Faces II
A revisão mais recente da WMS ocorreu em 1997 e incluiu a introdução de dois novos subtestes,
Faces I e Faces II. Ambos os subtestes são descritos como sendo tarefas de memória visual, que incorporam
o uso de paradigmas de reconhecimento por escolha forçada. O objectivo do subteste Face I é avaliar a memória imediata para estímulos visuais, enquanto o objectivo do subteste Face II é avaliar a memória visual
diferida. Embora estes subtestes sejam novos para a WMS, a tentativa de avaliar a maneira como os pacientes com lesões cerebrais diferem na capacidade para reconhecer caras desconhecidas não o é. Em geral,
cada subteste é de fácil aplicação, demorando aproximadamente 5-10 minutos para ser completado e sendo fácil de cotar.
Estão envolvidas uma série de capacidades neuropsicológicas no desempenho bem sucedido dos
subtestes Faces I e Faces II. No nível mais básico, o paciente tem que estar consciente e ser capaz de apreender visualmente os estímulos do teste. Por isso, este teste não é apropriado para sujeitos que apresen-
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tem dificuldades de visão. Para além disso, este teste não deve ser aplicado se um sujeito tiver lesões nas
zonas posteriores no hemisfério direito.
A capacidade para manter a atenção também é exigida para finalizar a tarefa com êxito, uma vez
que é exigido ao paciente que foque visualmente uma série de 72 itens (fotografias de faces), durante o Faces I, e 48 itens, durante o Faces II.
O paciente também deve ser capaz de perceber as instruções dos subtestes. Isto exige que o sistema auditivo periférico esteja intacto ou que seja usado um outro modo de comunicação, tal como a linguagem gestual.
O subteste de Faces não incorpora forçosamente as capacidades motoras. No entanto, é exigido o
movimento do olho para examinar os estímulos (Golden, Espe-Pfeifer & Wachsler-Felder, 2000, cit. in
Strauss, Sherman & Spreen, 2006).
6. Interpretações clínicas
O teste da memória de faces é apresentado como sendo sensível aos défices do hemisfério direito.
Um paciente que tenha um pobre desempenho neste teste pode ter um défice numa de várias áreas, incluindo o lobo temporal direito, a região hipocampal direita ou o lobo parietal direito (Strauss, Sherman &
Spreen, 2006). Os pacientes com lesões no hemisfério direito poderão ter dificuldade em executar a tarefa.
Por exemplo, poderão ter dificuldade em processar os estímulos, especialmente quando são apenas permitidos 2 segundos para ver cada uma das fotografias na primeira porção do Faces I (24 itens). A Anosognosia
(também conhecida como síndrome de Anton), na qual existe uma negligência de uma parte (isto é, o campo corporal ou visual), pode resultar de lesões maciças das zonas posteriores do hemisfério direito. Caso estivesse presente uma negligência dessas, o paciente iria provavelmente ignorar o lado esquerdo do seu
campo visual. Isso tornaria difícil ao paciente memorizar o material, uma vez que a informação visual não
tinha sido processada e introduzida adequadamente.
As lesões que envolvem o hemisfério direito afectam a capacidade do sujeito para reconhecer rapidamente e processar os padrões que ocorrem frequentemente e que são sobre-estudados. Não é comum
que o desempenho nos subtestes Faces I e II se altere significativamente com lesões no hemisfério esquerdo, uma vez que os estímulos são novos (não-familiares) e não são suficientemente apresentados para se
tornarem sobre-estudados.
A visão é uma das principais capacidades neuropsicológicas necessárias para completar estes dois
subtestes WMS-III. Aleksandr Romanovick Luria referiu que a percepção visual de um objecto é um processo complexo e activamente reflexivo, que requer capacidades sensoriais e motoras. Este processo inicia-se
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com a identificação das partes individuais do objecto (tal como a fotografia de uma face), que também incorpora o uso de movimentos do olho (isto é, examinar minuciosamente). O próximo passo que é exigido é
a capacidade de integrar estas duas partes em grupos, seguido pela capacidade de seleccionar ou diferenciar os estímulos de uma série de estímulos alternativos (é familiar, não-familiar, existem características específicas que são reconhecíveis?). Devido a este processo complexo, as lesões dos lobos occipitais provavelmente também causam alterações notáveis no desempenho do teste. Por exemplo, as lesões das áreas primárias direitas e esquerdas do córtex visual podem resultar na cegueira cortical. As lesões do quiasmo óptico, do aparelho óptico e das radiações ópticas podem conduzir a uma variedade de défices no campo visual. Por exemplo, as lesões do quiasmo óptico podem causar uma hemianopsia bitemporal. Os tumores da
glândula pituitária (que pressionam por baixo o quiasmo) e os aneurismas na artéria cerebral anterior e na
artéria comunicante anterior são as principais causas deste défice. As lesões do aparelho óptico direito podem conduzir à hemianopsia homónima.
As lesões do lobo temporal, a hipotrofia dos ventrículos laterais e os tumores podem causar tais défices. Uma lesão do lado direito das fibras visuais de radiação que percorrem o lobo pariental pode causar
uma quadrantanopia homónima inferior esquerda. Em geral, os sujeitos são tipicamente capazes de compensar esses défices visuais (à excepção de uma cegueira cortical), reposicionando as cabeças ou produzindo movimentos do olho compensatórios, de modo a que possa ocorrer uma integração visual.
As lesões que se estendem para além dos campos corticais visuais primários são bastante diferentes daquelas que ocorrem predominantemente no córtex visual. Tais lesões podem fazer com que um lado
do campo visual seja perdido, como já se referiu. No entanto, a capacidade do sujeito para compensar esses défices está bloqueada e, por isso, a hemianopsia torna-se permanente. Isso é muitas vezes referido como sendo uma agnosia espacial unilateral, que é definida como um distúrbio da detenção visual ou como
uma desintegração unilateral do processo visual.
Uma disfunção perceptual pode surgir de lesões que não se estendam para além das áreas 18 e 19,
embora envolvam os hemisférios direito e esquerdo (ou as suas ligações). Tais lesões levam a que os processos de percepção visual do objecto e da representação mental sejam fortemente enfraquecidos. Isto
também pode ser referido como uma agnosia óptica. Em geral, este défice leva a que a estrutura do acto visual seja incompleta, talvez devido à inabilidade de integrar todas as partes dos estímulos num todo, reconhecível e compreensível.
As lesões que envolvem as regiões primárias sensório-motoras não afectam tipicamente a percepção visual ou as capacidades visuais espaciais. No entanto, as lesões da área oculomotora pode diminuir a
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capacidade do paciente focar e analisar os estímulos visuais (isto é, as faces). Caso o paciente não tenha capacidade para focar os estímulos, então a capacidade de memorizar os estímulos também é diminuída.
O desempenho no subteste do Faces I pode não ser igualmente afectado pelas lesões dos lobos
temporais direito e esquerdo. As lesões do lobo temporal direito afectam geralmente a capacidade de discriminar o grau e o desempenho em padrões rítmicos. Embora as instruções do teste sejam apresentadas
verbalmente, elas são breves e directas e daí que seja pouco provável serem compreendidas. As lesões do
lobo temporal esquerdo podem perturbar a audição fonética, a articulação do discurso e a retenção e/ou
recuperação de palavras. Porém, verificou-se que o desempenho no subteste Faces II é sensível à lesão do
lobo temporal direito devido à componente da memória diferida (informação não verbal). As lesões das zonas médias da região temporal, especialmente o hipocampo, podem afectar a memória de faces, uma vez
que esta região está envolvida com a regulamentação do estado de actividade do córtex cerebral enquanto
um todo. A memória de faces também foi referida como sendo responsável por aumentar o fluxo sanguíneo no cérebro no lobo temporal direito. Um paciente que tenha uma lesão maciça das zonas temporais
mediais e das formações adjacentes irá provavelmente mostrar uma disfunção na impressão.
As lesões do lobo parietal direito fora da área sensório-motora não afectam necessariamente o desempenho nos subtestes no Faces I e II, uma vez que esta área está predominantemente relacionada com a
capacidade de sintetizar palavras individuais. A produção verbal complexa não é exigida para finalizar esta
tarefa, ainda que o paciente tenha que dar uma resposta de “sim” ou “não”.
Os subtestes da Memória de Faces geralmente não são afectados pelas lesões das regiões sensóriomotoras direitas ou esquerdas, uma vez que essas áreas se ocupam predominantemente com o discurso receptivo ou expressivo. No entanto, caso o discurso receptivo fique comprometido, a capacidade de compreender as instruções orais é limitada.
A memória de faces também pode ser usada para avaliar a simulação de doença, uma vez que podem comparar os resultados do reconhecimento imediato com os do reconhecimento diferido.
7. Estudos realizados em Portugal
Isabel Pavão Martins e colaboradores (2005) descreveram um teste de nomeação de faces famosas,
desenhado para a população portuguesa, constituído por 71 fotografias de personagens públicas de diferentes nacionalidades, épocas e categorias profissionais. Este teste foi aplicado a 250 sujeitos, entre os 18 e
os 84 anos (média de 41.2 anos), 64% dos quais do sexo feminino. Verificou-se um elevado efeito da literacia neste teste, mas não do género ou da idade. A consistência interna deste teste foi de .95, revelando-se
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específico para rastreio de lesão cerebral, quando avaliado numa amostra clínica. O teste pode ser utilizado
na avaliação neuropsicológica de indivíduos com queixas cognitivas ou com lesão cerebral.
O Teste de Reconhecimento de Faces desenvolvido por Simões, Pinho e Lopes (2004), no âmbito da
Bateria de Coimbra, que contempla dados normativos para crianças dos 5 aos 15 anos, e é constituído por
48 itens, subdivididos em 3 momentos: aprendizagem (apresentação de 1 item-estímulo de cada vez), evocação imediata (apresentação de 3 faces em simultâneo, em que o sujeito indica a que viu no ensaio de
aprendizagem) e evocação diferida (apresentação, passado algum tempo, de 3 faces em simultâneo, em
que o sujeito indica novamente a face que viu durante o ensaio de aprendizagem). Falta agora elaborar dados com este teste para a população idosa, pelo que estão a ser recolhidos dados, quer na comunidade,
quer em centros comunitários.
8. Avaliação crítica
O Teste de Memória de Faces tem várias potencialidades: a sua aplicação é relativamente breve e
pode ser administrado à cabeceira do doente. Pode ser aplicado a doentes com diversos tipos de patologias, uma vez que não envolve muitas capacidades motoras, apesar de serem importantes as capacidades
visuais.
Contudo, deve-se ter em conta que os dados normativos obtidos por Benton e seus colaboradores
já têm mais de 30 anos, podendo não estar actualizados e havendo a necessidade de serem realizados novos estudos com este teste, até para estudar as suas qualidades psicométricas, que vários estudos apontam
como sendo uma das suas grandes limitações (Strauss, Sherman & Spreen, 2006).
9. Referências bibliográficas
1. Golden, C., Espe-Pfeifer, P. & Wachsler, J. (2000). Neuropsychological Interpretations of objective psychological tests. New York:
Kluwer Academic/Plenum.
2. Strauss, E., Sherman E. & Spreen O. (2006). A compendium of neuropsychological tests: administration, norms and commentary
(3rd ed.). New York: Oxford University Press.
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