42ª JMEn JORNADA MARANHENSE DE ENFERMAGEM ANAIS 12 a 18 de maio de 2011 ISSN: 42ª JMEn ANAIS Tema: “Cuidado de Enfermagem, Ética e Inovação” Organizadores: Caius César Araújo Melo Claudia Teresa Frias Rios Lucian da Silva Viana São Luís – Maranhão - Brasil 12 a 18 de maio de 2011 Jornada Maranhense de Enfermagem (42.: 2011, São Luís, MA) Anais da 42. Jornada Maranhense de Enfermagem [e] 72. Semana Brasileira de Enfermagem/ Caius César Araújo Melo, Cláudia Teresa Frias Rios, Lucian da Silva Viana (Organizadores).—São Luís: ABEn, 2011. 270 p. Tema: Cuidado, Ética e Inovação 1. Enfermagem- Jornada Maranhense 2. Enfermagem- Congressos I. Melo, Caius César Araújo II. Rios, Cláudia Teresa Frias III. Viana, Lucian da Silva IV. Cuidado, Ética e Inovação V.Título CDU 616-083(063) REALIZAÇÃO: Seção Maranhão APOIO: Presidente ABEn-MA: Profª. Dr. Francisca Georgina Macedo de Sousa Coordenador Geral: Prof. Msc. Carlos Leonardo Figueiredo Cunha Coordenadora da Comissão de Infra-estrutura: Profª. Msc. Andréa Cristina Oliveira Silva Coordenadora da Comissão Científica: Profª. Msc. Líscia Divana Pacheco Carvalho Coordenadora da Comissão de Divulgação: Profª. Msc. Elza Lima da Silva Editoração dos ANAIS: Caius César Araújo Melo Claudia Teresa Frias Rios Lucian da Silva Viana SUMÁRIO PAG 1. APRESENTAÇÃO................................................................................................................................. 12 2. PROGRAMAÇÃO CIENTÍFICA......................................................................................................... 13 3. CONFERÊNCIAS.................................................................................................................................. 15 3.1 A FORMAÇÃO ÉTICA NOS CURRÍCULOS DOS CURSOS DE SAÚDE/ENFERMAGEM............ 16 3.2 GLOBALIZAÇÃO, HUMANIZAÇÃO E BIOÉTICA: DESAFIOS DO ENFERMEIRO NO PROCESSO DE CUIDAR........................................................................................................................ 34 4. MESA REDONDA.................................................................................................................................. 37 4.1 GÊNERO, RAÇA/ETNIA E SAÚDE: INTERFACES DOS SABERES E PRÁTICAS DA ENFERMAGEM. Palestrante: Rdo. Augusto Martins Torres.................................................................. 38 4.2 GÊNERO, RAÇA/ETNIA E SAÚDE: INTERFACES DOS SABERES E PRÁTICAS DA ENFERMAGEM. Palestrante: Enfa. Maria das Graças Lima................................................................. 56 5. COMUNICAÇÃO ORAL...................................................................................................................... 63 5.1 A CONDIÇÃO CRÔNICA E SUA INFLUÊNCIA NA SOBRECARGA DO CUIDADO MATERNO.............................................................................................................................................. 64 5.2 ANÁLISE DA COBERTURA DE PRÉ-NATAL DO SUS E DA PREVALÊNCIA DO TÉTANO NEONATAL NO BRASIL....................................................................................................................... 66 5.3 ASPECTOS POSITIVOS E NEGATIVOS DO ENFRENTAMENTO MATERNO NO CUIDADO A CRIANÇA COM CONDIÇÃO CRÔNICA ............................................................................................ 68 5.4 ASSISTÊNCIA DE ENFERMAGEM FRENTE SITUAÇÕES DE VIOLÊNCIA SEXUAL CONTRA A MULHER – UMA ABORDAGEM ÉTICA....................................................................... 70 5.5 ASSISTÊNCIA DE ENFERMAGEM AO PACIENTE COM O DIAGNÓSGICO DE INCONTINÊNCIA URINÁRIA DE ESTRESSE.................................................................................... 72 5.6 AUTO-EXAME DAS MAMAS CONHECIMENTO E PRÁTICAS DAS MULHERES ATENDIDAS EM UMA UNIDADE BÁSICA DE SAÚDE................................................................... 74 5.7 CAMPANHA DE VACINAÇÃO COMO OPORTUNIDADE PARA ATUALIZAÇÃO DA VITAMINA A ......................................................................................................................................... 76 5.8 EMPREENDENDO ESFORÇOS E APONTANDO DIFICULDADES NO CUIDADO AO FILHO COM PARALISIA CEREBRAL.............................................................................................................. 78 5.9 FATORES DE RISCO PARA DOENÇAS CARDIOVASCULARES EM JOVENS............................. 80 5.10 HIDROCEFALIA CUIDADOS DE ENFERMAGEM FRENTE A CRIANÇA COM DERIVAÇÃO VENTRICULAR EXTERNA................................................................................................................... 82 5.11 INTOXICAÇÕES EXÓGENAS NOTIFICADAS NO SINAN NET EM 2010 PERFIL EPIDEMIOLÓGICO DOS CASOS CONFIRMADOS NO MARANHÃO .......................................... 84 5.12 NÍVEL DE CONHECIMENTO DOS ADOLESCENTES PARTICIPANTES DO PROGRAMA PET SOBRE DOENÇAS SEXUALMENTE TRANSMISSÍVEIS AIDS............................................... 86 5.13 O CONHECIMENTO DAS MÃES SOBRE O ESQUEMA VACINAL PARA CRIANÇAS DE ATÉ 1 ANO...................................................................................................................................................... 88 5.14 O USO DE MEDICAMENTOS SEM PRESCRIÇÃO MÉDICA ENTRE OS ESTUDANTES DA ÁREA DE SAÚDE................................................................................................................................... 90 5.15 PERFIL EPIDEMIÓLOGICO DOS CLIENTES EM TERAPIA RENAL SUBSTUTIVAHEMODIÁLISE, EM SÃO LUÍS-MA.................................................................................................... 92 5.16 PET-SAÚDE E HANSENÍASE É BOM SABER RELATO DE EXPERIÊNCIA................................. 94 5.17 RELEVÂNCIA SOCIAL DA VIGILÂNCIA EM SAÚDE E IMPORTÂNCIA DA BUSCA ATIVA COMO FONTE DE DADOS .................................................................................................................. 96 5.18 SISTEMATIZAÇÂO DA ASSISTÊNCIA DE ENFERMAGEM A UM PACIENTE HIV POSITIVO USUÁRIO DE SUBSTÂNCIAS PSICODISLÉPTICAS EM UM CAPSad DE SÃO LUIS MA ESTUDO DE CASO................................................................................................................................. 98 6. SESSÃO POSTER.................................................................................................................................. 100 6.1 A AMAMENTAÇÃO E EDUCAÇÃO EM SAÚDE NA ATENÇÃO BÁSICA UMA REVISÃO DE LITERATURA ........................................................................................................................................ 101 6.2 A ASSISTÊNCIA DE ENFERMAGEM AO PACIENTE ADULTO HIPERTENSO......................................................................................................................................... 103 6.3 A ATUAÇÃO DO ENFERMEIRO NO CENTRO CIRÚRGICO: RELATO DE EXPERIÊNCIA........................................................................................................................................ 105 6.4 A AUTOMEDICAÇÃO ENTRE OS ESTUDANTES DE GRADUAÇÃO DE ENFERMAGEM...................................................................................................................................... 106 6.5 A ENFERMAGEM NO DESENVOLVIMENTO DE ATIVIDADES NO PET/SAÚDE–SAÚDE DA FAMÍLIA................................................................................................................................................. 108 6.6 A IMPORTÂNCIA DA ASSISTÊNCIA DE ENFERMAGEM AO PACIENTE IDOSO QUE FAZ USO DE MEDICAMENTOS HIPERTENSIVOS................................................................................... 110 6.7 A IMPORTÂNCIA DA VISITA DE ENFERMAGEM PRÉ-OPERATÓRIA : REVISÃO DE LITERATURA......................................................................................................................................... 112 6.8 A IMPORTÂNCIA DO SIAB E SEUS INDICADORES NA ATENÇÃO BÁSICA............................ 114 6.9 ACESSO À CONSULTA NA ATENÇÃO BÁSICA NO MUNICÍPIO DE SÃO LUÍS – 116 MARANHÃO........................................................................................................................................... 6.10 ÁLCOOL, ESTRESSE E SUAS INFLUÊNCIAS NA SAÚDE DO TRABALHADOR....................... 118 6.11 ANÁLISE DOS FATORES DE AVALIAÇÃO E SUPRESSÃO DA DOR NO PÓS OPERATÓRIO......................................................................................................................................... 120 6.12 AS TEORIAS ECONOMICAS PARA UMA ATUAÇÃO INOVADORA DO ENFERMEIRO EM UMA UNIDADE HOSPITALAR........................................................................................................... 122 6.13 ASSISTÊNCIA DE ENFERMAGEM A PACIENTE ACOMETIDA POR COMPLICAÇÕES CARDIOVASCULARES......................................................................................................................... 124 6.14 ASSISTÊNCIA DE ENFERMAGEM A PACIENTE COM LÚPUS ERITEMATOSO SISTÊMICO E OSTEOPOROSE COM QUADRO ÁLGICO INTENSO.................................................................... 126 6.15 ASSISTÊNCIA DE ENFERMAGEM A UM PACIENTE SUBMETIDO À PROSTATECTOMIA: RELATO DE EXPERIÊNCIA................................................................................................................. 128 6.16 ASSISTÊNCIA DE ENFERMAGEM À UMA CLIENTE COM GESTAÇÃO GEMELAR: ESTUDO DE CASO................................................................................................................................. 129 6.17 ASSISTÊNCIA DE ENFERMAGEM A UMA PACIENTE SUBMETIDA À TRATAMENTO CIRURGICO DE FRATURA DO TORNOZELO UNIMALEOLAR.................................................... 131 6.18 ASSISTÊNCIA DE ENFERMAGEM NA PROMOÇÃO DA SAÚDE DO PACIENTE HIPERTENSO EM UMA LIGA DE HIPERTENSÃO........................................................................... 133 6.19 ATENÇÃO A USUÁRIOS DE DROGAS DURANTE ESTÁGIO DE ENFERMAGEM PSIQUIÁTRICA: RELATO DE EXPERIÊNCIA.................................................................................. 135 6.20 ATUAÇÃO DO PET VIGILÂNCIA – UFMA NO MONITORAMENTO DA INFLUENZA A H1N1 EM UMA UNIDADE SENTINELA............................................................................................ 137 6.21 ATUAÇÃO DA ENFERMAGEM NO PROCESSO DE DOAÇÃO E TRANSPLANTE DE ÓRGÃOS.................................................................................................................................................. 139 6.22 AUTONOMIA DAS MULHERES NO PLANEJAMENTO FAMILIAR.............................................. 141 6.23 AVALIAÇÃO DA ADESÃO DO AUTOCUIDADO EM PACIENTES PORTADORES DE DIABETES MELLITUS.......................................................................................................................... 143 6.24 AVALIAÇÃO SOCIOECONÔMICA DE ADULTOS PORTADORES DE DIABETES MELLITUS TIPO 2..................................................................................................................................................... 145 6.25 CORREÇÃO DE COMUNICAÇÃO INTERATRIAL: RELATO DE EXPERIÊNCIA....................................................................................................................................... 147 6.26 CUIDADO DE ENFERMAGEM A GESTANTE COM DIAGNÓSTICO DE OLIGODRÂMNIO POR RUPTURA DE MEMBRANA....................................................................................................... 149 6.27 CUIDADO DE ENFERMAGEM A PACIENTE I.C.S.S COM DIAGNOSTICO DE DOENÇA DE ADDISON................................................................................................................................................ 151 6.28 CUIDADOS DE ENFERMAGEM A PACIENTE SUBMETIDA A PROCEDIMENTO CIRÚRGICO DE TROCA DE PRÓTESE MITRAL.............................................................................. 153 6.29 DECLARAÇÃO DE NASCIDO VIVO: INSTRUMENTO PARA A VIGILÂNCIA EM SAÚDE DA CRIANÇA................................................................................................................................................ 155 6.30 DESIGUALDADES SOCIAIS NO PROCESSO SAÚDE-DOENÇA EM SÃO LUÍS-MA................... 157 6.31 DIAGNÓSTICO DE ENFERMAGEM NO TRANSOPERATÓRIO DE CIRURGIA CARDÍACA: REVISÃO DE LITERATURA................................................................................................................ 159 6.32 DIFICULDADES ENCONTRADAS PELOS PROFISSIONAIS DO PRÉ-HOSPITALAR NO ATENDIMENTO AO PACIENTE VÍTIMA DE TRAUMA.................................................................. 161 6.33 DOENÇA DE CHAGAS: UMA ANÁLISE SOCIOGEOGRÁFICA NO BRASIL DURANTE O PERÍODO DE 2005 A 2010.................................................................................................................... 163 6.34 EDUCAÇÃO EM SAÚDE NO PRÉ-NATAL: DESCREVENDO A AÇÃO EM UMA EQUIPE DO SAÚDE DA FAMÍLIA............................................................................................................................. 165 6.35 EDUCAÇÃO PERMANENTE: FERRAMENTA PARA A PROMOÇÃO DA SAÚDE....................... 167 6.36 ESTUDO DE CASO DE UMA PACIENTE COM LEIOMIOMA SUBMETIDA À CIRÚRGIA DE HISTERECTOMIAL TOTAL.................................................................................................................. 169 6.37 ESTUDO SE CASO DA PACIENTE R.A.M., ACOMETIDA POR ANEMIA APLÁSTICA, MONILÍASE ORAL E NEUTROPENIA FEBRIL................................................................................. 171 6.38 FATORES DESENCADEANTES DE ESTRESSE GESTACIONAL E A ATUAÇÃO DO ENFERMEIRO: REVISÃO INTEGRATIVA........................................................................................ 173 6.39 FUNCIONAMENTO FAMILIAR E RISCOS DE AGRESSÃO E VITIMIZAÇÃO EM ADOLESCENTES ESCOLARES............................................................................................................ 175 6.40 GRAVIDEZ GEMELAR COM MORTE UNIFETAL: RELATO DE EXPERIÊNCIA BASEADO NA TEORIA DE WANDA HORTA........................................................................................................ 177 6.41 IDENTIFICAÇÃO DE NEOPLASIA INTRAEPITELIAL CERVICAL (NIC) EM PACIENTES ATENDIDAS EM UMA UNIDADE HOSPITAR.................................................................................. 179 6.42 INDICADORES OPERACIONAIS DA ATENÇÃO BÁSICA EM SÃO LUÍS – MARANHÃO......... 181 6.43 INSUFICIÊNCIA CARDÍACA: ESTUDO DE CASO............................................................................ 183 6.44 INVESTIGAÇÃO DA INFLUÊNCIA DE QUEDAS EM IDOSOS ATENDIDOS EM UMA UNIDADE DE SAÚDE DA FAMÍLIA: UM RELATO DE EXPERIÊNCIA........................................ 185 6.45 JULGAMENTOS DE VALOR E PRECONCEITOS QUE INFLUENCIAM NO CUIDADO ÀS MULHERES NO ABORTO INSEGURO............................................................................................... 187 6.46 LEIOMIOMA E A CIRURGIA DE HISTERECTOMIA TOTAL: RELATO DE EXPERIÊNCIA... 189 6.47 MEDIDAS DE PREVENÇÃO AO CÂNCER DE PELE........................................................................ 191 6.48 MORTALIDADE MATERNA NO MUNICÍPIO DE SÃO LUIS-MA NO PERÍODO DE 2007 A 2009......................................................................................................................................................... 193 6.49 MORTALIDADE POR CÂNCER EM HOMENS E MULHERES: COMPARATIVO ENTRE BRASIL E MARANHÃO........................................................................................................................ 194 6.50 MOTIVOS DE ARREPENDIMENTO DE MULHERES SUBMETIDAS À LAQUEADURA TUBÁRIA................................................................................................................................................. 196 6.51 O PROCESSO DE AUTO-CUIDADO EM PÓS-OPERATÓRIO DE CIRURGIA CARDÍACA.......... 198 6.52 O PROCESSO DE ENFERMAGEM DE WANDA HORTA NA FORMAÇÃO BIOÉTICA DOS ESTUDANTES DE ENFERMAGEM..................................................................................................... 200 6.53 O SIGNIFICADO DO ESTÁGIO CURRICULAR EM SAÚDE COLETIVA PARA O GRADUANDO EM ENFERMAGEM..................................................................................................... 202 6.54 O TRABALHO EM SAÚDE SOB O PARADIGMA DA ÉTICA: ANÁLISE DAS PUBLICAÇÕES DE 1993 A 2010....................................................................................................................................... 204 6.55 O USO DA MONITORIZAÇÃO HEMODINÂMICA NO CONTROLE DO DÉBITO CARDÍACO: RELATO DE EXPERIÊNCIA................................................................................................................ 205 6.56 OBESIDADE E RISCO CARDIOVASCULAR EM MULHERES PORTADORAS DE HIPERTENSÃO ARTERIAL SISTÊMICA............................................................................................ 207 6.57 OLIGOIDRAMNIO E GRAVIDEZ: RELATO DE EXPERIÊNCIA..................................................... 209 6.58 PERCEPÇÃO DE DOR EM PACIENTE COM QUADRO DE CEFALÉIA DO TIPO TENSIONAL: RELATO DE CASO................................................................................................................................. 210 6.59 PERCEPÇÃO DE DOR EM UM PACIENTE ACOMETIDO POR ESTENOSE CERVICAL............. 212 6.60 PERFIL DAS MULHERES QUE REALIZARAM CONSULTAS DE PRÉ-NATAL EM UMA UNIDADE DE SAÚDE DA FAMÍLIA................................................................................................... 214 6.61 REFLEXÕES SOBRE O PROCESSO DE MORTE E DO MORRER: ATUAÇÃO DO PROFISSIONAL DE ENFERMAGEM................................................................................................... 216 6.62 RELATO DE CASO DE UM PACIENTE ACOMETIDO POR ESTENOSE LOMBAR SUBMETIDO A UMA ARTRODESE DE COLUNA............................................................................ 218 6.63 RELATO DE CASO DO SR. J.M.P.D ACOMETIDO POR CIRROSE HEPÁTICA DESCOMPENSADA COM ASCITE..................................................................................................... 220 6.64 RELATO DE EXPERIÊNCIA: A VISITA DOMICILIAR COMO PRÁTICA PARA ACADÊMICOS DE ENFERMAGEM..................................................................................................... 222 6.65 RELATO DE EXPERIÊNCIA: ASSISTÊNCIA DE ENFERMAGEM A UMA GESTANTE DE ALTO RISCO........................................................................................................................................... 224 6.66 RELATO DE EXPERIÊNCIA: ATIVIDADES DE PLANEJAMENTO EM UMA UNIDADE BÁSICA DE SAÚDE............................................................................................................................... 226 6.67 RELATO DE EXPERIÊNCIA: VIVENCIANDO A CAMPANHA DE VACINAÇÃO CONTRA GRIPE...................................................................................................................................................... 228 6.68 REVISÃO BIBLIOGRÁFICA: A INFLUÊNCIA DO AMBIENTE FAMILIAR NO PACIENTE COM TRANSTORNO BIPOLAR........................................................................................................... 230 6.69 RISCO CIRÚRGICO EM PACIENTES HIPERTENSOS: UMA AVALIAÇÃO CRITERIOSA.......... 232 6.70 ROTINAS DE UMA CENTRAL DE MATERIAL E ESTERILIZAÇÃO, EM UM HOSPITAL UNIVERSITÁRIO DE SÃO LUIS/MA.................................................................................................. 234 6.71 SÍNDROME DE BURNOUT: entre os profissionais de um hospital em Santa Inês – MA.................... 236 6.72 SÍNDROME ALCOÓLICA FETAL...................................................................................................... 238 6.73 SISTEMATIZAÇÃO DA ASSISTÊNCIA DE ENFERMAGEM À PACIENTE SUBMETIDA À CISTOLITOTOMIA................................................................................................................................ 240 6.74 SISTEMATIZAÇÃO DA ASSISTÊNCIA DE ENFERMAGEM A UM PACIENTE ESPLENECTOMIZADO-RELATO DE EXPERIÊNCIA....................................................................... 242 6.75 SISTEMATIZAÇÃO DA ASSISTÊNCIA DE ENFERMAGEM A UMA PACIENTE PORTADORA DE ESCLEROSE MÚLTIPLA....................................................................................... 244 6.76 SISTEMATIZAÇÃO DA ASSISTÊNCIA DE ENFERMAGEM AO PORTADOR DE ANEMIA FALCIFORME......................................................................................................................................... 246 6.78 SISTEMATIZAÇÃO DO CUIDADO A UMA PACIENTE COM DIABETES GESTACIONAL EM UM HOSPITAL DE ALTA COMPLEXIDADE..................................................................................... 248 6.79 TRABALHADOR DE ENFERMAGEM NA CME: REFLEXÃO SOBRE SUAS PRINCIPAIS TEMÁTICAS........................................................................................................................................... 250 6.80 TRATAMENTO DE FERIDAS E CUIDADO DE ENFERMAGEM: UMA REVISÃO SISTEMÁTICA........................................................................................................................................ 252 6.81 TUBERCULOSE: ANÁLISE DA INCIDÊNCIA DE CASOS NO BRASIL – 2001 A 2009................ 254 6.82 VELHICE BEM-SUCEDIDA: PROMOÇÃO DA SAÚDE, DO BEM-ESTAR E DA QUALIDADE DE VIDA.................................................................................................................................................. 256 7. TRABALHOS PREMIADOS................................................................................................................ 258 7.1 1º LUGAR EM COMUNICAÇÃO ORAL: ASPECTOS POSITIVOS E NEGATIVOS DO ENFRENTAMENTO MATERNO NO CUIDADO A CRIANÇA COM CONDIÇÃO CRÔNICA................................................................................................................................ 259 7.2 2º LUGAR EM COMUNICAÇÃO ORAL: ANÁLISE DA COBERTURA DE PRÉ-NATAL DO SUS E DA PREVALÊNCIA DO TÉTANO NEONATAL NO BRASIL...................................... 261 7.3 3º LUGAR EM COMUNICAÇÃO ORAL: ASSISTÊNCIA DE ENFERMAGEM AO PACIENTE COM O DIAGNÓSGICO DE INCONTINÊNCIA URINÁRIA DE ESTRESSE............................ 263 7.4 1º LUGAR EM SESSÃO POSTER: FUNCIONAMENTO FAMILIAR E RISCOS DE AGRESSÃO E VITIMIZAÇÃO EM ADOLESCENTES ESCOLARES............................................ 265 7.5 2º LUGAR EM SESSÃO POSTER: DIFICULDADES ENCONTRADAS PELOS PROFISSIONAIS DO PRÉ-HOSPITALAR NO ATENDIMENTO AO PACIENTE VÍTIMA DE TRAUMA................................................................................................................................ 267 7.6 3º LUGAR EM SESSÃO POSTER: JULGAMENTOS DE VALOR E PRECONCEITOS QUE INFLUENCIAM NO CUIDADO ÀS MULHERES NO ABORTO INSEGURO............................... 269 Apresentação A Semana Brasileira de Enfermagem é promovida pela ABEn Nacional, Seções e Regionais anualmente em todo país no período de 12 a 20 de maio 2011. A ABEn – Seção Maranhão realiza em 2011 a 72ª edição da Semana Brasileira de Enfermagem e a 42ª Jornada Maranhense de Enfermagem, refletindo e discutindo o tema central: “Cuidado de Enfermagem, Ética e Inovação” na perspectiva de desenvolver atividades científicas e culturais e o congraçamento da categoria reafirmando seu compromisso social com as necessidades de saúde e a qualidade dos serviços prestados à população. A Comissão Organizadora da 72ª SBEn e 42ª JMEn, convida enfermeiros, técnicos, auxiliares, estudantes, demais profissionais e representantes das instituições de saúde e ensino, para debater sobre o Cuidado de Enfermagem e a sua interface com a Ética e com a Inovação. Assim, aguardamos a todos para compartilharem das atividades cuidadosamente preparadas, e que os resultados contribuam para o projeto coletivo da Enfermagem com avanços das conquistas para profissão. Francisca Georgina Macedo de Sousa Presidente da ABEn – Secção Maranhão Programação Científica Dia 12/maio 18: 00 – Auditório da Assembléia Legislativa do Maranhão Culto Ecumênico Dia 13/maio 18: 00 – Auditório da Assembléia Legislativa do Maranhão Solenidade de Abertura Conferência: A ética nos currículos de formação dos cursos de saúde/ Enfermagem Conferencista: Profª. Drª. Magda Santos Koerish- Universidade Federal de Santa Catarina – UFSC 21: 00 – Jantar de Adesão- Churrascaria Pavan Dia 16/maio 14: 00 – Auditório da Assembléia Legislativa do Maranhão Conferência: Inovações Tecnológicas e as dimensões éticas Conferencista: Profª. Drª. Rosane Guerra- Fundação de Amparo a Pesquisa e ao Desenvolvimento Científico e Tecnológico do Maranhão (FAPEMA). 16: 00 – Auditório da Assembléia Legislativa do Maranhão Conferência: Globalização, Bioética e Humanização: atualidades e desafios importantes para o Enfermeiro no processo do cuidar Conferencista: Prof. Msc. William Mallagutti- Universidade Gama Filho 17: 00 – Auditório da Assembléia Legislativa do Maranhão Lançamento de Livros: 1. Bioética e Enfermagem: controvérsias, desafios e conquistas- William Mallagutti, Editora Rubio. 2. Os caminhos da Enfermagem: de Florence à Globalização- William Malagutti e Sônia Miranda Rezende Carvalho de Miranda, Editora Phorte. Dia 17/maio 14: 00 – Departamento de Enfermagem- UFMA Apresentação de trabalhos científicos – modalidade: comunicação oral 14: 00 – Instituto Florence de Ensino Superior Apresentação de trabalhos científicos – modalidade: comunicação pôster Dia 18/maio 14: 00 – Auditório da Assembléia Legislativa do Maranhão Mesa Redonda: Gênero, raça/etnia e saúde: interfaces dos saberes e práticas da Enfermagem Conferencistas: Prof. Dr. Raimundo Augusto Martins Torres-Universidade Estadual do Ceará (UECE), Enfª.Graça Lima – Coordenadora Estadual da Bem Estar Familiar ( BEMFAM) 16: 00 – Auditório da Assembléia Legislativa do Maranhão Conferência: Educação em Saúde mediada por TICs (Tecnologia de Informação e Comunicação): diálogos necessários à prática de Enfermagem Conferencista: Prof. Dr. Raimundo Augusto Martins Torres- Universidade Estadual do Ceará (UECE) 17: 00 – Auditório da Assembléia Legislativa do Maranhão Premiação dos trabalhos científicos Encerramento do evento CONFERÊNCIAS A FORMAÇÃO ÉTICA NOS CURRÍCULOS DOS CURSOS DE SAÚDE/ENFERMAGEM KOERICH, Magda Santos1 ERDMANN, Alacoque Lorenzini 2 Antes de iniciar, quero fazer um agradecimento à Associação Brasileira de Enfermagem – ABEn/Maranhão, na pessoa da Professora Georgina Francisca Macêdo de Sousa ou só Francisca como sempre a tratei, pelo convite para participar desta 72ª Semana Brasileira de Enfermagem. Convite este que me deixou muito honrada e feliz. Agradeço também ao Carlos Leonardo pelo cuidado e pelo empenho em fazer as reservas de passagens. Cumprimento cordialmente a todos os presentes e à Enfermagem pela realização de mais uma semana comemorativa. Trago também um abraço afetuoso da Enfermagem de Florianópolis para a Enfermagem do Estado do Maranhão, tão bem representada pela cidade de São Luiz. Introdução Ao preparar um texto para lhes apresentar nesta conferência passei a refletir sobre as questões éticas atuais e alguns temas e interrogações começaram a surgir em relação ao conceito de ética, à confusão entre os significados de ética e moral, ética profissional e ética de relações profissionais, ou ainda se estamos ou não, passando por 1 Enfermeira. Doutora em Enfermagem. Professora do Departamento de Patologia da Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC), Brasil. Vice Coordenadora do Núcleo de Pesquisas e Estudos em Enfermagem, Quotidiano , Imaginário e Saúde de Santa Catarina (NUPEQUIS-SC) e Membro do Grupo de Estudos e Pesquisa em Administração e Gerência do Cuidado em Enfermagem e Saúde (GEPADES) da UFSC. Vice Coordenadora do Comitê de Ética em Pesquisa com Seres Humanos (CEP). E-mail: [email protected]. 2 Enfermeira. Doutora em Filosofia da Enfermagem. Professora Titular do Departamento de Enfermagem e do Programa de Pós Graduação em Enfermagem da UFSC. Coordenadora do Grupo de Estudos e Pesquisa em Administração e Gerência do Cuidado em Enfermagem (GEPADES) e Membro do Núcleo de Pesquisas e Estudos em Enfermagem, Quotidiano, Imaginário e Saúde de Santa Catarina (NUPEQUISSC). Pesquisadora do Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq). Coordenadora de área de Enfermagem na Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (CAPES). E-mail: [email protected] uma crise ética? O Bem e o Mal existem? E se existem, são considerados temas éticos? É possível um código de ética universal, válido para todos? No entanto, me foi solicitado falar sobre a ética nos currículos dos cursos da área da saúde e enfermagem e a formação ética dos profissionais da saúde. Surgiram assim, outras questões: É possível ensinar ética? Os professores estão preparados? E os estudantes têm interesse em aprender ética? Qual ética? Passarei, então, a apresentar alguns dados que poderão contribuir para as reflexões a cerca da temática, parte deles já publicados (KOERICH e ERDMANN, 2011). A exemplo dos níveis fundamental e médio, a educação de nível superior no Brasil está sob influência das discussões que vem ocorrendo desde os anos 90 em organismos internacionais como a Organização das Nações Unidas para Educação, Ciência e Cultura (UNESCO), as quais já sinalizavam a “expectativa generalizada por novos caminhos e por uma nova ética do desenvolvimento, em que uma das missões mais nobres da universidade é a de discutir alternativas, apontar direções e indicar rumos” (WERTHEIN e CUNHA, 2001:11-12). Essas reflexões influenciaram fortemente as políticas educacionais no Brasil, com destaque para a Lei 9.394/96 que estabelece as diretrizes e bases da educação nacional (LDB); ou dos Atos Normativos do Conselho Nacional de Educação (CNE); ou ainda, para a educação de nível superior, as Resoluções da Câmara de Educação Superior (CES), especialmente as de 2001 e 2002 que instituiram as Diretrizes Curriculares Nacionais dos cursos de graduação da área da saúde (BRASIL, 2001, 2009). Destaca-se, como característica de tais diretrizes e resoluções, a grande aproximação da educação com o mundo do trabalho, a influência da pedagogia das competências e a orientação para associar conteúdos técnicos com conteúdos éticos e humanistas. Neste contexto, é desafiante o trabalho de formação dos profissionais da saúde, o qual deverá conciliar as exigências do mercado de trabalho, que espera o atendimento da lógica empresarial, com a responsabilidade e o compromisso ético de atender às reais necessidades de cuidado da maioria da população que faz uso dos serviços de saúde. Na área da saúde, além do direcionamento mundial para a necessária formação intelectual, técnica e humanística, as diretrizes curriculares apontam para a formação de profissionais com base nos princípios do Sistema Único de Saúde (SUS) e para atender às suas necessidades, uma vez que, a partir da formatura, os jovens profissionais estarão inseridos nesse sistema. Mediante este cenário é solicitada aos cursos da área da saúde, a formação de profissionais tecnicamente competentes, que possam oferecer à população uma assistência de qualidade, humanizada, de forma responsável e ética, com vistas à cidadania. Assim, questiona-se: o professor universitário está apto para tal desafio? Como ele percebe sua inserção nesse processo de mudanças? As mudanças curriculares implementadas ou em fase de implementação possibilitam a formação ética dos futuros profissionais? Quanto aos estudantes, que significado há para eles em ocupar-se com outras disciplinas e temáticas que não apresentam as características técnicas próprias da profissão escolhida? Seguindo o caminho dessas reflexões, destaca-se outro aspecto importante que caracteriza e diferencia o ensino superior do ensino em outros níveis, a figura do professor universitário que, simultaneamente à sua atuação na docência, exerce atividades como profissional autônomo ou porque antes de ser professor obteve um título universitário e identifica-se muito mais com ele do que com o título de professor. Identificar-se com o ser professor ou com o título profissional prévio, aponta para uma problemática sobre o que é ser professor e sobre as condições do exercício profissional. Na maioria das instituições espera-se do professor universitário o domínio suficiente dos conhecimentos específicos que o qualifique em pesquisa e/ou no exercício profissional. Nas palavras de Pimenta e Anastasiou, “[...] predomina o despreparo e até um desconhecimento científico do que seja o processo de ensino e de aprendizagem, pelo qual passam a ser responsáveis a partir do instante em que ingressam na sala de aula” (PIMENTA e ANASTASIOU, 2002:37). Assim, o ensino universitário se depara com múltiplos desafios: atender à normatização das diretrizes da educação nacional com mudanças profundas nos currículos; tornar metodologicamente possível o ensino sob os fundamentos do aprender a conhecer, aprender a fazer, aprender a viver juntos e aprender a ser; prestigiar as ações e práticas interdisciplinares mantendo as estruturas rígidas dos departamentos e disciplinas; fazer com que os professores se identifiquem como educadores e não apenas com sua titulação profissional. Ao professor cabe o desafio e a responsabilidade da formação dos futuros profissionais, a partir do desenvolvimento de aptidões técnicas e intelectuais, mas também provocando a emergência de um agir pautado em atitudes éticas. O interesse com a questão da ética não tem motivação apenas intelectual, para contribuir na produção do conhecimento; é também um tema de interesse pessoal e motivo de inquietação constante, tanto na minha atuação como enfermeira, quanto na condição de professora/educadora envolvida com a formação de futuros profissionais em vários cursos da área da saúde. A inserção profissional em setores tão diversos e, ao mesmo tempo, tão próximos, saúde e educação, onde a convivência nem sempre é harmoniosa, onde as interações e relações são conflitantes, despertou meu interesse pela ética e inspirou minha busca por mais conhecimentos nesta área. A ética, tema polissêmico e, dessa forma, também polêmico, poderá ficar restrita ao atendimento dos códigos e legislações que normatizam as profissões da saúde ou ser enfocada de maneira mais ampla, com outras abordagens para que possa guiar não somente as decisões críticas, mas também a prática cotidiana dos profissionais de saúde. A temática da ética atravessa toda a história do mundo ocidental e desponta, na atualidade, como uma necessidade de toda humanidade para permitir a convivência, o viver junto. Assim, ao buscar as ações e interações que conduzem ao processo formativo de estudantes e professores, destacou-se a emergência das competências e aptidões éticas como sendo um processo concomitante e complementar à formação técnica. Competência é um conceito que remete à orientação do Ministério da Educação para as Diretrizes Curriculares de todos os níveis de educação no Brasil. Entre as competências necessárias para a formação de profissionais da saúde, destaca-se a valorização das dimensões éticas e humanísticas. “A ação competente é uma invenção bem temperada, uma variação sobre temas parcialmente conhecidos, uma maneira de reinvestir no já vivenciado, o já visto, o já entendido ou o já dominado”, segundo nos coloca PERRENOUD (1999: 31). Enfrentar situações inéditas ou já vivenciadas de formas diferentes, criativas e com efetividade na solução proposta aos problemas que se apresentarem, é agir com competência. Para atuar dessa forma, é preciso preparar-se, formar-se sob vários aspectos, conhecer várias temáticas, incluindo questões culturais, comunicativas e relacionais, o que implica, também, na competência ética. Sob esse prisma a ética deverá ser abordada como tema transversal sendo necessária a participação de todos os envolvidos no processo educativo. Essas e outras mudanças vêm ocorrendo para atender às novas Diretrizes Curriculares para os cursos de graduação da área da saúde, que foram elaboradas conjuntamente com o Ministério da Saúde e prevêem a preparação dos profissionais para atuarem no SUS. Apontam para uma formação generalista, humanista, crítica e reflexiva, com base científica e pautada em princípios éticos. Prescreve ainda, como perfil do egresso, um profissional capacitado a atuar com responsabilidade social, com compromisso com a cidadania e para a promoção da saúde integral. Essa característica exigiu que fossem feitas mudanças profundas tanto na distribuição da carga horária entre disciplinas e atividades práticas, quanto na orientação para utilização de metodologias de ensino e de avaliação menos tradicionais Assim, a reforma curricular foi inicialmente colocada muito mais como uma exigência legal para atender às políticas públicas do que como uma real necessidade percebida pelos diversos cursos da área da saúde o que foi um dos principais motivos de resistência e posição contrária às mudanças, considerado o desafio dos coordenadores de curso e comissões de discussão e implantação da reforma curricular. Por outro lado, tais mudanças coincidem com um momento em que os próprios cursos percebiam uma profunda insatisfação e desmotivação por parte de professores e estudantes que apontavam a necessidade de várias mudanças, especialmente no eixo pedagógico, nas metodologias de ensino e maior integração entre disciplinas do ciclo básico e profissionalizante. Para as diretrizes interessa a aproximação do ensino profissional em saúde aos principais problemas de saúde da população e a formação de profissionais para o SUS, enquanto os cursos enfrentavam e enfrentam uma série de dificuldades práticas para realizar as mudanças cabíveis. Desde a resistência às mudanças, passando pelo desinteresse de instâncias superiores nas Universidades e carência de experiência prática na construção de currículos, além da dificuldade em implementar metodologias de ensino inovadoras. Por outro lado, apesar desses entraves, o financiamento dos Projetos Políticos Pedagógicos dos cursos e as penalidades previstas pelo sistema de avaliação do MEC, foram fatores determinantes para incentivar as reformas e implementar os novos currículos. Percebe-se em vários cursos um grande interesse em que o currículo seja aceito, mas é inegável a grande resistência à mudança e uma forte tendência a manutenção do modelo biomédico na formação. Torna-se evidente que o problema da formação não se resolve com apenas uma ou outra solução, mas precisa de muitas aberturas, além de persistência e obstinação daqueles que encabeçam a reformulação curricular. É sabido que a educação influencia as mudanças na sociedade, enquanto essa mesma sociedade exige reformas educacionais para atender suas necessidades. A sociedade produz a educação que, por sua vez, produz a sociedade. Foi a educação que influenciou as reformas sanitárias e sua incorporação na Constituição de 1988 o que refletiu na saúde para todos através do SUS. Essa mesma sociedade vem cobrando da educação a formação de profissionais da saúde em consonância com as necessidades sociais e de saúde da população. Dessa forma, as diretrizes curriculares do MEC em regime de colaboração com o Ministério da Saúde vêm adequar a formação profissional a essas necessidades sociais, dando ênfase ao fortalecimento da atenção básica. Em pesquisa realizada em 2008, observamos a existência de diferentes motivações entre diferentes cursos e entre a Universidade pública e a privada, destacando a maior perspectiva de emprego público para Enfermagem, Medicina e, mais recentemente, a Odontologia, enquanto Farmácia, Fisioterapia e Nutrição colocam o serviço público como uma possibilidade menos palpável com visível direcionamento para a iniciativa privada. Essa mudança de foco é um fator de peso para garantir, ou não, o êxito das mudanças curriculares propostas. Neste mesmo estudo vale ressaltar que os estudantes, embora estivessem bastante envolvidos tanto no processo de reformulação curricular quanto nas avaliações e adequações curriculares posteriores, não referiam preocupação com necessidades do mercado de trabalho, mas sim com aquisição de competências que garantisse sua empregabilidade. Suas motivações para buscar a área da saúde como profissão, influenciam sua formação e sua disposição em trabalhar para promoção da saúde ou simplesmente para garantir seu sustento. Bom seria poder associar essas duas metas. A necessidade de formação de profissionais generalistas, capacitados para resolver os principais problemas de saúde da população obrigou as Universidades e os cursos a adequarem seus currículos para preparar os egressos para atuar em diversos cenários da prática. Apesar dessas providências e boas intenções, passados 10 anos, o acesso aos serviços de saúde ainda se apresenta como um dos nós críticos do SUS e motivo de constante reclamação dos usuários. O acesso é uma questão complexa, com múltiplas possibilidades de compreensão e análise, que se coloca como um direito instituído por lei, de cuja fruição as pessoas ainda não têm garantia e por isso é também uma questão ética. As diretrizes curriculares e mudanças implementadas nos cursos da área da saúde não devem ser colocadas como a ponte de salvação para melhoria da saúde no Brasil. Constituem apenas um caminho, uma tentativa de acerto. As propostas de articulação entre ensino, pesquisa e assistência orientam para integração entre atividades práticas e teóricas desde o inicio do curso; para a utilização de metodologias e tecnologias de ensino que estimulem a reflexão sobre a realidade social e articulem o saber, o saber fazer e o saber conviver; além do estímulo às dinâmicas de trabalho em grupos, por favorecerem a discussão coletiva e as relações interpessoais. A necessidade de utilizar metodologias de ensino mais participativas e dinâmicas, tem sido o maior desafio enfrentado pelos cursos. Isto porque exige abertura dos professores para rever suas maneiras tradicionais de ensinar, para aprender a ver os estudantes como agentes co-responsáveis pela sua formação e para aprender, eles mesmos, a trabalhar em grupo e a atualizar seus conhecimentos em outras áreas visando a interdisciplinaridade e integralidade. Muitos professores, acostumados ao modelo tradicional de ensino, em que se consideram detentores de um conhecimento específico, têm dificuldade em assimilar novas formas de ensinar e aprender e em compreender um método em que o estudante observa os problemas na prática e participa na construção de seu saber, trazendo para discussão, temas de seu interesse. Essas metodologias ativas ou construtivistas ou participativas exigem que o professor esteja sempre atento aos cenários da prática, às possíveis mudanças e que amplie seus conhecimentos para estar apto a orientar a formação dos estudantes em várias frentes (intelectual, crítica, reflexiva, ética) e contextualizado de acordo com o perfil epidemiológico da região. A inclusão de temas transversais nos currículos é um dos objetivos das Diretrizes Curriculares e constituem temas que deverão ser apresentados, discutidos e refletidos em associação com os temas ou assuntos previstos para disciplinas ou módulos. A idéia de transversalidade remete a necessidade de prever o tema nas ementas e programas de todas as disciplinas. Remete também para o conceito de interdisciplinaridade, uma vez que se faz necessário o consenso entre professores das várias disciplinas para articular os temas e decidir a melhor forma de explorar o conteúdo que muitas vezes não é de domínio de todo o conjunto de professores do curso. Um exemplo disso é a temática da ética, que se coloca como tema transversal em alguns cursos enquanto em outros continua como disciplina formal, embora afirmem que a temática deverá ser resgatada em todas as fases, especialmente nos estágios. Nesses últimos prevalece a colocação da ética na mesma disciplina que discute historia da profissão, exercício profissional ou legislação. Os temas transversais são como uma “faca de dois gumes”, com grande potencialidade e grande risco ou ainda como um conteúdo diluído que pode se perder pela sua invisibilidade. Se a idéia de tema transversal não estiver bem internalizada e planejada corre o risco de ser engolida e sufocada pelos outros conteúdos. Em relação à ética, torna-se essencial sua inserção nas diversas fases do curso como uma discussão que deve permear toda atuação profissional e se torna, dessa forma, interdisciplinar. No entanto, apesar de ser vista como inerente ao processo de reformulação o alcance da interdisciplinaridade é dependente da competência e habilidade de trabalhar em grupo tanto de professores quanto dos estudantes. Está atrelada aos esforços integrativos das propostas curriculares e do quanto seus atores estão envolvidos no processo. O caminho a ser percorrido para alcançar a compreensão do processo educativo com essas características tem sido bastante tortuoso e sem perspectiva de que seja totalmente alcançado em médio prazo, mas, percebe-se de várias maneiras que é um processo e está em andamento. O compromisso com a formação de profissionais da saúde não é restrito à aquisição de conhecimentos e habilidades técnicas. É preciso associar valores e maneiras de convívio que possibilitarão ao futuro profissional humanizar sua prática. Os desafios são inúmeros! Formar profissionais cidadãos ultrapassa o espaço da sala de aula e de uma disciplina formal. Para os cursos tem sido uma grande dificuldade conciliar a necessária aquisição de formação técnica, oferecendo conteúdos atualizados e oportunidades de maior produção de conhecimentos através da pesquisa, associando competências éticas e humanas. É ainda visível a dificuldade em formar generalistas com professores acostumados com o cenário de especialidades que ainda predomina na ciência hoje, pois é impossível saber tudo sobre todas as coisas. Conferindo múltiplos significados à formação ética. Os significados sobre ética e formação ética ou em ética, apontam para múltiplas dimensões e maneiras diversas de verbalizar esse conceito. A ética pode ser compreendida como atitude, mais especificamente atitude profissional e/ou remete a uma aprendizagem prévia de valores, desde a família, passando pela formação pré universitária e pelo contexto social e político vivenciado pelo futuro profissional. Tais significados são também permeados por algumas contradições como “fazer o bem” e constatar a existência do “mal no ser humano”, ou as noções do que é “certo” e “errado” e ainda, entre “humanização” e “padronização/normatização”. Destacam-se ainda, alguns termos como “altruísmo”, “bom senso”, “princípios”, “felicidade” e “amor”, termos utilizados para dar uma explicação e caracterizar o entendimento sobre ética. A aprendizagem ética passa pela aprendizagem da responsabilidade profissional, do compromisso com a qualidade da assistência, da necessidade de julgar, discernir e tomar decisões. Uma ética do “dever ser”, da “obrigação” do profissional que, muitas vezes é confrontado com situações conflituosas entre o compromisso de ser ético e a possibilidade de quebrar regras assumindo os riscos de tal atitude. MORIN (2005) adverte que a consciência de responsabilidade é característica de um sujeito com autonomia e precisa ser irrigada pelo sentimento de solidariedade e de pertencimento a uma comunidade, ou seja, responsabilizarmo-nos pela nossa vida e em relação aos outros. A responsabilidade é cotidiana na vida do profissional da saúde. Está embutida nos questionamentos e na tomada de decisões por tratamentos, cuidados, pesquisas, na escolha das palavras certas e do momento certo de pronunciá-las. Está proposta nas diretrizes e currículos como competência a ser alcançada pelos estudantes, mas como, quando e quanto nossos egressos se tornam responsáveis? A ética está presente em todas as relações; pode ser abordada a partir das vivências e observações práticas dos estudantes ou ao apoiar e cuidar desses mesmos estudantes, ou seja, aprende-se ética ao praticar a vida. Emerge da prática as questões de relações com o usuário, com o colega ou a equipe multiprofissional, com pessoas de outros setores, com gestores, com pessoas de pouca escolaridade e com características culturais variadas e também os dilemas. O ser humano é um ser de relações e a ética é, muitas vezes, entendida como capacidade ou habilidade para relações e inter-relações e manifesta-se como necessidade de estar junto. Não se coloca como um saber teórico, mas de vivência prática, da experiência individual que se enraíza na experiência coletiva, dando ritmo à vida. A ética das relações é uma ética da compreensão que passa pelas questões de comunicação. A incompreensão gera mal entendidos e causa estragos na vida familiar, profissional e nas relações comunitárias. MORIN (2005) sugere que a compreensão possa ser ensinada nas escolas, propondo uma disciplina de compreensão humana na Universidade. A compreensão leva à civilidade e à possibilidade de “boas” relações. O entendimento de ética também está associado aos valores e à influência exercida pela família para sua incorporação, assim torna-se possível ensinar ética aos jovens, quase adolescentes, se eles receberam uma educação adequada em casa, se aprenderam princípios de conduta perante a sociedade. Destaca-se a necessidade de incorporar conhecimentos éticos profissionais aos técnicos e agregar à formação familiar para formar o profissional que a gente precisa. Conforme afirma PEDRO DEMO (1996), o processo educativo precisa aceitar o desafio do conhecimento e humanizar o progresso. Acompanhar o processo de maturidade dos nossos jovens, futuros profissionais e orientá-los para compreensão de valores como a tolerância, cooperação, solidariedade e respeito, sem os quais se torna desgastante viver e conviver a vida social. A ética sinaliza para a reflexão, como uma atitude pensada, refletida. Sempre que é preciso pensar para agir, julgar ou decidir percebe-se aí uma atitude ética. Para encontrar soluções ou para emitir uma opinião ou fazer julgamentos é preciso estabelecer um vínculo, uma aliança entre a sensibilidade e a racionalidade. É necessário formar o profissional da saúde com capacidade de discernir e tomar decisões. Agir com discernimento exige, no conflito de idéias, argumentar, refutar, em lugar de excomungar e de lançar anátemas, acatando as palavras de MORIN (2005). Resta saber se estamos no caminho certo e se vamos dar conta dessa formação num momento em que se busca uma nova ordem na desordem colocada pela incerteza das novas diretrizes e num contexto em que a ética se faz presente como tábua de salvação. Como contraponto ao ensino transversal de ética, observa-se que o comportamento do professor é uma forma importante de ensino da ética fora da disciplina específica. De várias maneiras, com várias nuanças o exemplo destaca-se como ferramenta de aprendizagem ética. Essa maneira informal de aprender segue o mesmo princípio da aprendizagem trazida de casa e pode ser exigida pelos estudantes que colocam no professor grande parte da responsabilidade pela sua aprendizagem. São as pequenas coisas do cotidiano, o banal, o comum, as frivolidades do dia a dia, utilizando expressões de MAFFEZOLI (2007), que em consonância com outros saberes e outras práticas direcionam nosso estudante (saindo da adolescência) no sentido da vida profissional. No contexto atual em que a informação é acessada por muitos de forma acelerada, o significado da formação ética dos futuros profissionais extrapolou os muros da educação formal e familiar e estendeu-se para outros contextos, com destaque para a pesquisa, a política e a própria atividade profissional. Desse modo, as questões da ética em pesquisa, do uso de animais, da necessidade de procedimentos invasivos, de uso dos prontuários, dos trabalhos em grupo e entrevistas ou do sigilo e publicações são temas que deverão ser enfatizados. A ética na política e as famosas questões éticas envolvendo políticos e partidos políticos no Brasil e a impunidade que acompanha as denúncias apresentadas pelos meios de comunicação também deve ser discutida. A ética profissional é a maior preocupação dos cursos e todas as disciplinas destacam o código de ética profissional como um tema prioritário a ser discutido. Utilizando metodologias tradicionais ou participativas, todos procuram abordar esse tema. Assim, de alguma forma, os cursos apresentam a temática da ética aos estudantes e professores que percebem a necessidade de se atualizar para um tema que se dedica aos problemas éticos emergentes, além dos já existentes. Contata-se a necessidade de desenvolver a competência ética em todos os momentos e de todos os professores estarem comprometidos com a ética, fortalecendo as vivências, ressaltando as questões éticas que possam ocorrer durante seu contato com os estudantes, mas, persiste o questionamento sobre o quanto estão preparados e como desenvolver a competência ética? Não se pode esquecer que a boa vontade não basta, pois mesmo com as melhores intenções, as condições da ação e a própria ação pode conduzir a consequências desastrosas, de acordo com MORIN (2005). Também não basta seguir o código de ética profissional, é preciso que as ações sejam permeadas de sensibilidade e de compreensão. É comum o entendimento de que passamos por um momento de crise ética e da necessidade de resgatar valores que possam fortalecer os laços e relações sociais. Ética e moral são termos que se confundem e são impostos e modulados pela cultura, costumes e reconhecidos como cerceadores e limitantes das atitudes individuais em prol da convivência social, para torná-la uma prática “costumeira” que possa ser transposta também aos cenários de atuação dos profissionais egressos dos cursos da área da saúde. Percebe-se assim, a convivência de múltiplas éticas, em que as regras não cessam de se multiplicar, pois cada grupo vai desenvolvendo a sua. Construindo um perfil para os estudantes da área da saúde. Ao entrar na Universidade os estudantes se caracterizam, de maneira geral, pelo comportamento adolescente, por uma grande preocupação com o que vai ser ensinado e o quanto precisará estudar, pouca informação sobre o futuro profissional e a incerteza de ter feito a escolha certa. Essa mesma incerteza acompanha os estudantes de fases intermediárias e finais do curso, estes últimos especialmente em relação ao mercado de trabalho. Destaca-se a percepção do desenvolvimento alcançado pelos estudantes e dos sinais que indicam a ultrapassagem do período de adolescência para o início da fase adulta, em relação à sua maturidade, comportamento, opiniões, responsabilidade, posicionamento crítico e preparo técnico. A importância dessa caracterização é a certeza de que a aprendizagem ocorre como construção, com influência de múltiplos aspectos e na dependência de seus atores, o que coloca o perfil dos estudantes como uma das dimensões moduladoras do processo de aprendizagem ética à qual se agregam outras experiências de aprendizagem que permitem a construção do conhecimento do profissional e um nível mais elevado de maturidade e comportamento com postura adulta. O processo de construção da adultez é concomitante e necessário à passagem pela Universidade para tornar nossos estudantes aptos e competentes para cuidar da saúde da população. A expectativa dos estudantes que iniciam um curso profissionalizante está atrelada ao seu conhecimento prévio sobre a profissão e o curso. Dessa forma, justificase que, na área da saúde, os estudantes se interessem em aprender conteúdos relacionados com processo saúde doença ou com suas práticas profissionais. É então, fato anunciado, o desinteresse por temas e disciplinas que não atendam suas expectativas tais como sociologia, antropologia e ética fazendo com que os estudantes frequentem a disciplina apenas porque é obrigatória e que cheguem na Universidade a procura de técnica ou temas relacionados. Os futuros profissionais costumam ser altruístas e idealistas e muitas vezes fazem sua opção pela área da saúde por gostarem de lidar com pessoas ou para poder ajudá-las. No entanto, enfrentam incertezas e contradições e reconhecem que o ser humano possui, ao mesmo tempo, características altruístas e egoístas e a intenção de fazer o bem nem sempre se concretiza. Ser ético é sempre uma aposta e precisa de estratégia ou pode resultar em fracasso ético. A formação de formadores Um estudo de KOERICH (2009) constatou que os professores não têm formação específica em Ética ou Bioética. São geralmente profissionais e professores com grande interesse pela temática, que buscam aprofundar seu conhecimento ou por terem uma vivência prática nos Conselhos Profissionais. Essa contextualização indica que são os próprios professores que estão construindo seu conhecimento em ética. Descortina-se assim, a necessidade de sua formação, especialmente nos cursos que pretendem a transversalidade da ética. Nas palavras de MORIN (2000, 2001a, 2001b, 2005) a complexidade do processo formativo se mostra nas associações e interações diárias, na convivência cotidiana e na percepção da ética de relações, como uma emergência que depende das condições sociais e históricas que a fazem emergir. As considerações finais A formação ética dos futuros profissionais da saúde exerce influência e é influenciada pelas políticas públicas de educação e saúde e o contexto de mudanças curriculares vivenciado na maior parte dos cursos da área da saúde. Na experiência vivida nesse processo formativo, em um contexto de mudanças, é possível perceber a emergência das competências e aptidões éticas. As relações, associações e interações cotidianas e intersubjetivas constituem um processo dialético de convergências e divergências, onde são percebidas potências e fragilidades, vivenciadas por professores e estudantes que vêem a ética como a argamassa que oferece resistência e possibilita a união dos tijolos a fim de dar firmeza às suas próprias construções. Partindo dessa reflexão é possível compreender a dialética acerca das convergências e divergências em embate constante na formação ética, que se manifestam muitas vezes como fragilidade, mas também como potência do processo formativo. Moral versus ética constitui-se como uma dicotomia presente em nossa época, porém não significa que não existam códigos específicos, apesar do fim de uma moral universal e do relativismo moral visível no cotidiano. Sabendo disso, resta apostar na ética. Encaminhar a formação ética para a religação desses opostos, para resistência ao bárbaro que existe em nós, e que remeta para uma postura de tolerância, compaixão, mansidão e compreensão, que reconheça a complexidade humana. Neste contexto a ética coloca-se como atitude refletida e ponderada, uma ação que envolve sensibilidade e discernimento, além de conhecimento técnico. Para alcançar tal comportamento, é necessário aprender a lidar com o ser humano, remetendo a uma ética de relações e interações entre as pessoas, do sentir juntos com vistas à compreensão. No processo educativo, o conhecimento formal se desenvolve através de percepções que são, ao mesmo tempo, traduções e construções cerebrais com base em estímulos ou sinais captados e codificados pelos sentidos. Como comporta interpretação, está sujeito ao risco do erro na subjetividade do conhecedor, de sua visão de mundo e de seus princípios de conhecimento. O desenvolvimento da inteligência é inseparável do mundo da afetividade, isto é, da curiosidade, da paixão. Recomenda-se o fortalecimento da ética que é complexa e propõe a dialógica entre a racionalidade e a sensibilidade. Uma ética que nunca está pronta, que precisa regenerar-se permanentemente. É assim, valorizando a emoção, o intuitivo, o contato, o simbólico, a contextualização, enfim, o dia a dia, que as aptidões técnicas poderão ser adquiridas, enquanto se desenvolve e potencializa a consciência ética. Seja uma ética da estética (do conjunto, do estar junto, do vir a ser), seja uma ética da solidariedade e da compreensão, ou das virtudes e valores, ou ainda, uma ética da responsabilidade (do dever ser ou do ser preciso) e dos princípios bioéticos. Sugere-se, então, um olhar compreensivo para a natureza humana, a fim de estabelecer a ética como atitude refletida, “bem” pensada. Refletir para agir com ponderação; desenvolver o discernimento para julgar qual melhor conduta deve ser tomada mediante situações rotineiras, cotidianas ou conflituosas, ou seja, capacitar-se para decidir. Uma compreensão que conduza à ação e não à passividade, que permita relações cotidianas solidárias e que possibilite a afirmação das potências humanas, apesar das nossas fragilidades. A formação profissional para a ética ou a formação ética dos futuros profissionais da saúde e Enfermagem é um processo e está em andamento! Referências 1. BRASIL. MEC. Conselho Nacional de Educação. Legislação educacional. Disponível em: http://portal.mec.gov.br. Acesso em 30/06/2009. 2. BRASIL. MEC. Conselho Nacional de Educação (CNE). Câmara de Educação Superior. Legislações e normas. Resoluções da Câmara Nacional de Educação. Disponível em: http://portal.mec.gov.br. Acesso em 30/06/2009 3. BRASIL. MEC. Conselho Nacional de Educação. Câmara de Educação Superior. Resolução CNE/CES 3/2001. Diário Oficial da União, Brasília, 9/11/2001. Seção 1, p. 37. 4. BRASIL. MS. Conselho Nacional de Saúde. Resolução 196 de 1996 que dispõe sobre ética em pesquisa com seres humanos. 5. DEMO, Pedro. Educar pela Pesquisa. 4. ed. Campinas: Autores Associados, 2000. 6. MAFFESOLI, Michel. O ritmo da vida. Rio de Janeiro: Record, 2007. 7. MORIN, Edgar. Os Sete Saberes Necessários à Educação do Futuro. 2. Ed. São Paulo: Cortez; Brasília, DF: UNESCO, 2000. 8. MORIN, Edgar. A Cabeça bem Feita: Repensar a Reforma, Repensar o Pensamento. 3. Ed. Rio de Janeiro: Bertrand Brasil, 2001a. 9. MORIN, Edgar; MOIGNE, Jean-Louis Le. A Inteligência da Complexidade. 2. ed. São Paulo: Peirópolis, 2001b. 10. MORIN, Edgar. Universalidade, Incerteza, Educação e Complexidade: diálogos com Edgar Morin. In: MORIN, Edgar; MOIGNE, Jean-Louis Le. A Inteligência da Complexidade. 2. ed. São Paulo: Peirópolis, 2001c. p 159-161. 11. MORIN, Edgar. O Método 6: Ética. 2. ed. Porto Alegre: Sulina, 2005. 12. PERRENOUD, Philippe. Construir As Competências Desde a Escola. Porto Alegre: Artmed, 1999. 13. PIMENTA, Selma Garrido; ANASTASIOU, Léa das Graças Camargo. Docência no Ensino Superior (vol I). São Paulo: Cortez, 2002. 14. KOERICH, Magda Santos; ERDMANN, Alacoque Lorenzini. Formação ética na área da saúde: emergência de competências e aptidões de estudantes e professores. Revista Educação Skepsis, n. 2 – Formación Profesional. Vol. III. La formación profesional desde casos y contextos determinados. São Paulo, p. 2106- 2140. Disponível em: <http://academiaskepsis.org/revistaEducacao.html>. ISSN 2177-9163 15.WERTHEIN, Jorge; CUNHA, Célio. Políticas de Educação: idéias e ações. Cadernos UNESCO Brasil. Série educação. Brasília: UNESCO, 2001. Disponível em: http://portal.mec.gov.br/sesu/. Acesso em 26/06/2010. GLOBALIZAÇÃO, HUMANIZAÇÃO E BIOÉTICA: DESAFIOS DO ENFERMEIRO NO PROCESSO DE CUIDAR. William Malagutti O objetivo da palestra proferida honrosamente no evento da ABEn-MA, no mês de Maio de 2011, foi remeter aos profissionais de enfermagem discentes e docentes a fazerem uma reflexão de como a Globalização, Humanização e Bioética são condições imprescindíveis no agir do profissional Enfermeiro. A Globalização que nos trouxe coisas boas, também trouxe coisas ruins. Com o “turbinamento” do capitalismo, a desigualdade social aumentou incrivelmente, gerando sérios problemas na área de saúde – criminalidade, violência, destruição do meio ambiente afetando a saúde das pessoas. Para tanto os profissionais, preferencialmente os da área de saúde, onde se insere a Enfermagem, precisam ter muito empenho, determinação e conhecimento técnico-científico para lidar com essa nova realidade. A ciência é uma ferramenta importante e imprescindível para a globalização tendo uma importância relevante na evolução de informações cada vez mais rápidas, as quais remete os profissionais da área de saúde, estarem sempre atentos às mudanças tecnológicas de sua área de atuação, sempre observando às transformações do mundo moderno, fazendo com que os mesmos tenham uma compromisso contínuo de crescimento profissional(1). A Humanização envolve esses profissionais a desenvolverem e aflorarem mais seu lado "humano" no cuidado à seus pacientes, permitindo com que haja uma comunicação terapêutica eficaz para um pronto restabelecimento da alteração na saúde de seu rol de clientes/pacientes, e/ ou permitindo que a terminalidade da vida, quando ocorrer em algumas situações com seus pacientes , seja envolvida de uma maneira menos agressiva. Cuidar é ir de encontro de outra pessoa para acompanhá-la na promoção de saúde. O prestador de cuidados, em um encontro que visa criar laço de confiança e vínculo, mostra-se como um profissional que pode ajudar e acompanhar a pessoas de quem esta cuidando. E o faz observando su singularidade, identificando seus recursos e procurando com ela a via que faça sentido na sua situação e para seu projeto de vida. (...) (2). A humanização encontra respaldo, também, na atual Constituição Federal, no artigo primeiro, Inciso III, que assinala "a dignidade da pessoa humana" como um dos fundamentos do Estado Democrático de Direito(3) O verdadeiro cuidado humano prima pela ética, enquanto elemento impulsionador das ações e intervenções pessoais e profissionais (4), constituindo a base do processo de humanização (5). A Bioética é, definitivamente, campo de ação e de interação de profissionais e estudiosos, oriundos das mais diversificadas a´reas do conhecimento humano (...). Porque a bioética, discutindo a vida e saúde humana, não apenas interessa a todos os humanos, bem como requer para essa discussão a bagagem do reconhecimento de todos os profissionais(6). Segundo Barchifontaine , Bioética, ética da vida, é o espaço de diálogo transprofissional, transdisciplinar e transcultural na área de saúde e da vida, um grito de resgate e dignidade da pessoa humana, dando ênfase na qualidade de vida: proteção à vida humana e seu ambiente, não é ética pré-fabricada, mas um processo (7). Por outro lado, a Bioética vem nortear a equipe de enfermagem com subsídios dos princípios éticos que possam direcionar o agir e cuidar desses pacientes em todos os ciclos de vida, de uma maneira isenta de problemas como imperícia, negligência e imprudência, garantindo uma assistência com qualidade a todos , e garantindo a todos os profissionais uma segurança em suas ações dioturnas na assistência de enfermagem. Os desafios da globalização para a profissão do enfermeiro estão diretamente relacionados com à complexidade de conflitos existentes no dia-a-dia do seu agir e cuidar que deparam-se com diferentes tipos de pacientes sejam eles : excluídos, vulneráveis, violentos e com diferentes opções sexuais, onde a bioética e humanização são ferramentas que contribuem para um cuidado adequado . Referencias 1, Malagutti W . Globalização, Bioética e Humanização: atualidades e desafios importantes para o enfermeiro no processo de Cuidar in: Malagutti W; Bioética e Enfermagem : controvérsias, desafios e conquistas , Rubio , Rj, 2007 2º ed. 2. Zoboli ELCP Bioética e Enfermagem in : Vieira TR (Org) Bioética nas profissões . Petrópolis. Vozes, 2005 p. 103 3. Constituição da República Federativa do Brasil, 1988. São Paulo (SP): Saraiva; 2000. 4. Mezomo JC. Hospital Humanizado. Fortaleza (CE): Premius; 2001. 5. Selli L. Reflexão sobre o atendimento profissional humanizado. O Mundo da Saúde 2003 abril-junho; 27(2): 248-53. 6. Segre M. Bioética . São Paulo Edusp, 1999 p.25 7. Barchifontaine CP Bioética e início da vida. Alguns desafios São Paulo, Idéias e letras Centro Universitário São Camilo, SP, 2004 MESA REDONDA GÊNERO, RAÇA/ETNIA E SAÚDE: INTERFACES DOS SABERES E PRÁTICAS DA ENFERMAGEM Rdo. Augusto Martins Torres13 Inicialmente, gostaria de agradecer o convite da comissão de temas do 72ª Semana Brasileira de Enfermagem e 42ª Jornada Maranhense de Enfermagem promovida pela ABEN-MA. Este encontro da enfermagem brasileira é de extrema relevância política, cultural e científica para o engrandecimento da categoria de enfermagem. Assim, debater a temática em questão, no dá outras possibilidade de compartilharmos as inquietações que temos expressado ao longo da nossa incursão pelo território da saúde e da enfermagem, bem como da minha própria história de vida e formação. Portanto, faremos uma breve referência à construção do percurso de vida e o encontro com a temática gênero e depois situaremos seus aspectos conceituais e sua legitimação como uma categoria “útil de análise”(SCOTT, 1995). E em seguida, traremos do diálogo de gênero e os outros marcadores sociais, como raça/cor e etnica. Ao iniciar este texto imediatamente me vem à mente a imagem de um grande educador brasileiro que ao longo de sua obra nos ensinou: o caminho se faz caminhando. Suas palavras me levam a realizar uma viagem imaginária através do meu percurso de vida e nesse caminho, vou percebendo como as coisas começaram há muito tempo atrás. É uma viagem que começa ainda no alvorecer de minha vida estudantil, pois mesmo antes de iniciar meus estudos na universidade, fiz formação para o magistério, no antigo curso normal, na cidade de Hidrolândia, no Ceará. 1 Esta primeira incursão pelo território da educação Professor doutor em educação brasileira pela Universidade Federal do Ceará – UFC. Docente do quadro efetivo da Universidade Estadual do Ceará – UECE ministrando as disciplinas Políticas e Saberes em Saúde Coletiva e Saúde Coletiva. Participa do Grupo de Pesquisa cadastrado no CNPq – Políticas, Práticas e Saberes em Saúde Coletiva, produzindo na linha de pesquisa: Práticas de cuidado em saúde e educação com enfoque em gênero, juventude e tecnologias. colocou-me em contato com os campos de estudos sobre a sexualidade e as relações de gênero e com a proposta da educação libertadora de Paulo Freire. No curso normal, a formação era um campo marcadamente feminino e, desta forma, minha imersão nas questões de gênero não se deu apenas em sua vertente teórica, mas sim da convivência cotidiana. Outra experiência marcante desses tempos de normalista foi à oportunidade de desenvolver, com outros jovens, a educação popular no distrito de 4 5 Irajá3 através da Associação dos Jovens de Irajá – AJIR4 , caracterizando como um movimento de jovens que tinha nas suas ações a mobilização da juventude local. E com o qual ainda hoje me encontro envolvido. Em 1989, conheci o espaço da universidade pública mediante a aprovação no vestibular no curso de Enfermagem da Universidade Estadual Vale do Acaraú – UVA. Depois 1991 ingressei no curso de graduação para a Universidade Estadual do Ceará – UECE. Lá permaneci e dei seguimento aos meus estudos de graduação em enfermagem no qual, atualmente, sou professor integrando o quadro permanente de docentes. Nessa instituição, encontrei o Movimento Estudantil (M.E) e, em especial, as lutas da profissão que havia escolhido. Um curso representado socialmente por vieses femininos e não-feministas, marcado pelas relações de gênero e de classe, com a divisão social e sexual presentes na formação e no mercado de trabalho (TORRES, 1999; PEREIRA, 1999). Na universidade encontrei diferentes sujeitos que militavam no M.E e no Centro Acadêmico de Enfermagem Ana Nery. As meninas e os poucos meninos que encontrei no curso de enfermagem. No entanto, minha participação em projetos de extensão subsidiada pelos estudos sobre educação debatidos na graduação, fez-me compreender melhor a dinâmica das relações humanas tendo como foco as questões políticas e sociais. Porém, foi com o meu envolvimento com organizações não-governamentais – ONG‟s no campo da Síndrome da Imunodeficiência Adquirida – AIDS, que escolhi as 4 3 Irajá é distrito do município de Hidrolândia, situando-se a 320 km de Fortaleza, geograficamente localizado na região Centro-Norte do Estado (IBGE, 2000). 54 A Associação dos Jovens de Irajá – AJIR – foi criada em 20 de abril de 1987. temáticas, gênero e seus derivantes como campo de estudo. Posteriormente, ao iniciar minha atividade como professor em escolas públicas, estas temáticas se fizeram ainda mais presentes, pois dediquei-me a lecionar as disciplinas de ciências e biologia, em função da minha formação no curso da saúde. Em 1997, tive a oportunidade de ingressar no Mestrado em Enfermagem onde realizei um estudo sobre as relações de gênero no âmbito da formação em enfermagem. Neste estudo, pude analisar que os homens que escolhem a enfermagem como profissão passam por limitações a partir da escolha profissional, pois a família e os amigos insistem em perguntar: por quê não um curso para homens, como Medicina, Direito, Engenharia? Percebemos, assim, a existência de uma “desconfiança” em relação à orientação sexual desses alunos, decorrente da associação da homossexualidade com as profissões historicamente femininas. Portanto, o processo de formação nas escolas de enfermagem parece reproduzir qualidades profissionais que referendam as qualidades tidas como naturais entre homens e mulheres. Em alguns campos de formação para esse tipo de trabalho há um direcionamento que privilegia o disciplinamento dessas qualidades e as fazem parecer como adequadas e fundamentais ao desenvolvimento das práticas de trabalho. Ou seja, cuidar da saúde das pessoas é uma vocação, um dom, uma naturalização das características femininas. Neste sentido, podemos2 analisar que a profissionalização da mulher como força produtiva tem expressão na escolarização, já que a escola é responsável pela qualificação da força de trabalho que a integrará no sistema produtivo. Apesar de não ser freqüente a discriminação explícita no acesso à instrução, podemos notar que há segregação de gênero distribuída pelos ramos de conhecimento e profissões. Esta segregação parte da sociedade e da família, e os próprios indivíduos a incorporam, conforme observamos nos depoimentos dos sujeitos da pesquisa citada acima quanto à receptividade dos familiares e amigos à 6 sua opção pela profissão de enfermagem3 . Atentar, portanto, para a análise do 6 3 TORRES, Raimundo Augusto Martins. Gênero e trabalho de enfermagem: inserção e condição dos enfermeiros do sexo masculino. 1999. Dissertação (Mestrado) Departamento de Enfermagem, Universidade Federal do Ceará, Fortaleza, 1999. gênero como categoria em pauta nas relações humanas – posto que são relações mediadas por práticas de poder e movida pelo habitus4 cultural de uma dada sociedade – é pôr em suspensão a fixidez das relações entre homens e mulheres. Desta forma, a categoria gênero na nossa análise é considerada a partir das relações culturais e sociais construídas entre os sexos, ou seja, numa perspectiva que não trata a formação social e educacional de homens e mulheres isoladamente, mas de relações fundadas na cultura e mediadas pelas relações de poder. Aqui, demonstramos nossa perspectiva teórica fundamentada nos/as teóricos/as contemporâneos, como Michel Foucault, Gilles Deleuze, Joan Scott, Guacira Lopes Louro, Dagmar Meyer, Judith Butler, Donna Haraway, entre outro/as. Sendo assim, faremos uma descrição das construções teórica da categoria gênero e seus campos de estudos. Gênero: campos de estudos e suas construções teóricas A construção da categoria gênero que enfatizamos neste estudo liga-se diretamente à história do movimento feminista contemporâneo, que na virada do século XIX, no Ocidente, influenciou as mudanças sociais e políticas através de manifestações contra evidência a discriminação feminina, aparecendo com maior no chamado “sufragismo”, que estendia o direito de voto às mulheres (LOURO, 1997). Este movimento se ampliou por vários países ocidentais e se caracterizou como a primeira “onda” do feminismo, que mesmo com suas desigualdades, pleiteou algumas reivindicações para as mulheres, como a organização familiar, o acesso aos estudos, às formações profissionais, entre outras, embora tais reivindicações fossem, sem dúvida, encampadas pelas mulheres brancas e de classe média de alguns países desenvolvidos. Todavia, foi na dobra da segunda “onda” feminista iniciada no final da década 4 de 1960 que este Habitus é um conceito de Bourdieu (1989) que implica na posição e na trajetória social dos indivíduos e dos interesses associados a ela, sendo esquemas de percepção e de apreciação, como estruturas cognitivas e avaliadoras, adquiridas através da experiência no mundo social movimento se interessou pelas construções teóricas da categoria gênero, a partir de debates entre militantes feministas e estudiosas do tema. E gênero passou a ser problematizado, para além das preocupações sociais e políticas. Contudo, o ano de 1968 é um marco de ebulição política e social movimentado por ações coletivas de insatisfação de grupos de intelectuais, mulheres, negros, jovens, estudantes, em relação às grandes teorias universais, ao vazio do formalismo acadêmico, à discriminação e segregação. De modo que, a efervescência destes movimentos faz ressurgir várias estratégias de lutas, de expressão e visibilidades que marcam um novo direcionamento à categoria. Gênero, no entanto, será apropriado pelas feministas que participam do mundo acadêmico que, através do seu fazer intelectual, constroem os campos de estudo sobre a mulher (LOURO, 1997). As manifestações de 1968 repercutiram em outros países ocidentais provocando mudanças de comportamento, nas ações políticas, nas construções teóricas na academia e influenciando outros movimentos sociais ativos nesses países. No Brasil, Gênero surge na década de 1980, influenciado pelo movimento de libertação política contra o regime ditatorial vigente no país (LOURO, 1997). Porém, é por volta da metade da década de 1970, mais precisamente em 1975 que a Organização das Nações Unidas decretou este ano como sendo o Ano Internacional da Mulher (FERREIRA, 2000). Deste modo, faz-se necessário historizarmos este percurso que o movimento feminista teve, suas lutas, seu aparecimento e avanços no decurso da histórica social e da política mundial. Para isso lançaremos um olhar histórico e ao mesmo tempo crítico à luz de autores/as que fizeram de suas reflexões teóricas a luta do cotidiano de suas vidas, ou seja, uma luta pelos direitos de igualdades e oportunidades para todos/as. Assinala-se ainda que o movimento feminista constituiu-se como um movimento social que mais influiu no pensamento social e político ocidental, quando se observa sua emergência no século XIX (BANDEIRA, 2000). Porém, foi na metade do século XIX que este movimento teve maior expressão, pois surgem, neste período, as primeiras correntes feministas que se espalharam pelo mundo ocidental questionando e criticando a exclusão em que viveram as mulheres ao longo da história da humanidade. Localizamos uma periodização dos primeiros movimentos feministas, que datam cem anos (1850 a 1950), através das pioneiras que lutaram pelo direito ao voto e o acesso à instrução, ou seja, as sufragistas e igualitarístas (BANDEIRA, 2000). Neste aspecto,as reivindicações passam profundamente pelas questões trabalhistas vivenciadas no cotidiano das fábricas. Tais lutas atravessaram os séculos XIX e XX e foram a base do movimento para novas lutas e batalhas incorporadas às reivindicações contemporâneas que podem ser situadas entre as décadas de 1960 a 1990. Neste período, as mulheres já ocupam os espaços sociais e acadêmicos, surgindo assim, os primeiros estudos relativos a gênero. Ressalta-se que o interesse por esta área de estudo, a partir do ressurgimento da onda chamada “novo feminismo”, teve sua maior expressão a partir dos anos 1960 nos países desenvolvidos. Porém, esse processo parece ter efeito com a “ressaca” deixada pela Segunda Guerra Mundial e os esforços dos movimentos sociais e organizações mundiais pela elaboração e pactuação dos direitos humanos universais postulados pela Organização das Nações Unidas. Portanto, os Direitos Humanos trazem uma "nova ordem" no campo do reconhecimento dos direitos das mulheres, enquanto sujeitos sociais e políticos detentores de direitos inalienáveis e imprescritíveis. Estes direitos se configuram como um código que orienta e direciona o campo feminino para as lutas e o reconhecimento da igualdade e da disputa de poderes no aspecto social e político. Muito embora o movimento feminista tenha se reorganizado a partir deste código ético, temos a frisar que até hoje, estes sujeitos (mulheres) não usufruem desta igualdade de direitos em vários aspectos de suas vidas (BARBIERE, 1993). Assim, o movimento feminista, após sua imersão em diversos campos sociais, elege diversos modos e formas de lutas e reivindicações, constituindo-se como um movimento político em defesa dos direitos feministas. Como frisa Bandeira (2000, p.17), De um modo geral, podemos afirmar que o movimento feminista, sobretudo a partir da metade do século XIX, foi o portador das vozes dissonantes da matriz hegemônica que recobriu e predominou desde o mundo grego até a modernidade, ao resgatar a condição de exclusão e de inferioridade da mulher, não apenas como categoria estatística e sócio-econômica, mas da condição de sujeito sócio- histórico e cidadão. No conjunto deste movimento e nas suas formas de expressão em defesa das mulheres, identifica-se nas dinâmica relações sociais dos seres humanos uma de dominação e opressão consubstanciada pelas relações de poderes instituídas na história da humanidade. No entanto, poderes não são apenas instituídos no campo institucional, como o Estado e sua extensão burocratizada, mas sim um modo de construir relações em que práticas de dominação e subordinação se manifestam de vários modos, não seguindo modos determinados e unilineares nas relações sociais. Essa nova visão de poder traz outras compreensões, ou seja, não mais aquela em que um poder total estava sobre as demais ordens institucionalizadas, mas aquele que se difunde nas relações do afeto, nas produções discursivas e nas mais variadas relações sociais. Tal perspectiva é mais evidente à medida que a categoria toma corpo nas produções acadêmicas e seus desdobramentos em outros campos de estudos, como também adotando novas metodologias de pesquisa voltadas para os aspectos sociológicos e culturais das relações de gênero, que focavam as questões das mulheres. Sendo assim, este modo de olhar as relações das mulheres nos espaços sociais problematiza a relação natureza e cultura, quando privilegia no centro das produções acadêmicas explicações que questionam e, muitas vezes, tentam justificar as desigualdades sociais e políticas em função de determinismos biológicos. Neste sentido, várias vozes foram dissonantes da tese das determinações biológicas das diferenças entre os sexos, argumentando que todas as formas elementares de sobrevivência dos seres humanos se traduzem, necessariamente, por construções sociais e culturais (BARBIERE, 1993). No entanto, essa perspectiva tentou desvincular a determinação biológica das questões sociais e explicar as desigualdades sociais e políticas no campo feminino, porém, pareceu reforçar esta desigualdade à medida que colocara os comportamentos humanos marcados, quase exclusivamente, por determinações culturais. Dentre tantas vertentes que problematizam as questões teóricas explicativas do feminismo, podemos identificar uma primeira que influenciou as construções e as diversas organizações que tratam das questões feministas. Neste sentido, temos a perspectiva do patriarcado, onde algumas teóricas se utilizaram do pensamento de Max Weber (BARBIERE, 1993), para explicar que a subordinação feminina está centralizada na postura do pai, patriarca, ou seja, a submissão das mulheres era produto deste ordenamento social e cultural. Portanto, destruir tal ordenamento e desconstituí-lo enquanto ordem social, libertaria as mulheres do jugo dos seus principais algozes, a submissão ao pai, filho (varão) e os demais herdeiros homens. As teóricas do patriarcado focam suas análises na subordinação das mulheres e homens questionam as e todavia, mulheres, desigualdades fundamentam entre suas proposições explicando a necessidade masculina de dominar as mulheres. Elas reforçam a análise interna do sistema de gênero definindo-o como prioridade em relação ao sistema social como um todo. Consideram ainda, que as diferença físicas e a “dominação toma a forma de apropriação do trabalho reprodutivo da mulher pelo homem ou da reificação sexual das mulheres pelos homens. Toda a diferença física se reveste de um caráter universal e imutável” (FROTA, 2004, p.17). O patriarcado se expandiu nas análises e produções acadêmicas tornandose um discurso político do movimento feminista e do campo analítico das teóricas que aderiram a esta perspectiva. É conveniente dizer que outras posições foram sendo constituídas e pensadas pelas feministas. Dentre elas podemos localizar; a) as posições que se utilizaram da tradição marxista e buscaram um compromisso com a crítica feminista; b) as que se dividem entre o pós-estruturalismo francês e as teorias angloamericanas de relação de objeto, que se ampararam nas diferentes escolas da psicanálise para explicar a produção e a reprodução da identidade do sujeito (SCOTT, 1995). Tomando como idéia as proposições destacadas por Scott (1995), focalizaremos as análises a partir das posições estruturalistas, notadamente, no campo das correntes marxistas e, em seguida, passaremos às de base pósestruturalista, tentando delinear os pressupostos que fundamentam o objeto/tema deste estudo. Ao analisarmos a perspectiva do patriarcado, nota-se a ausência de uma análise histórica nas relações sociais entre homens e mulheres, focandose no determinismo biológico que caracteriza a expressão objetiva, exclusiva, dos sexos. Porém, as posições marxistas empreenderam outros modos de perceber esta relação, ao agruparem à análise histórica as questões das relações sociais, embora determinadas pela materialidade destas relações. Para Scott (1995, p.78) as análises das marxistas se colocam em dois pólos, o patriarcado e o capitalismo, ambos separados, porém interagindo mutuamente. Mas, quando estas análises partem da corrente ortodoxa sobre os modos de produção, as explicações das origens e das transformações do sistema de gênero encontram-se fora da divisão social do trabalho. Para Scott (1995) famílias, lares, sexualidades são, no fim das contas, todos, produtos cambiantes de modo produção; percepção cunhada a partir da análise da obra de Engels (1884) – A Origem da Família, da Propriedade Privada e o do Estado. No entanto, a concepção materialista centra-se nos fatores determinantes da história; em último caso, na produção e na reprodução da vida social. Porém, para Engels e Marx a produção e a reprodução têm dupla definição, ou seja, em primeira mão se relacionam com a garantia dos meios de sobrevivência, meios de alimentação, habitação, entre outros; enquanto a segunda, refere-se à própria produção/reprodução da espécie (ENGELS, 1987). As argumentações das feministas marxistas se opõem à posição das teóricas do patriarcado, ao rejeitarem as explicações naturalistas que colocam a reprodução no campo biológico e que, por sua vez, determinam a divisão sexual do trabalho. As marxistas se atêm ao campo econômico destacando que os modos de produção são determinantes na subordinação das mulheres, mas as relações de gênero não são determinadas de maneira direta pelos sistemas econômicos. E reconhecem também, que esse processo é anterior ao capitalismo e permaneceu no socialismo. Dentro dessa lógica das várias perspectivas de gênero localizamos também, outra que situa a divisão social do trabalho como motor das desigualdades entre os sexos. Esta tese foi desenvolvida na França e tem como principal representante Daniele Kergoat (RUBIN, 1993). Sua abordagem fundamenta-se fortemente nas categorias marxianas; dentre elas, inserção têm-se a feminina no mercado de trabalho, os movimentos sindicais e as análises sobre os processos de reestruturação produtivas tecnológicas. Têm-se, portanto, muitas derivações do pensamento marxista nas questões dedicadas às investigações sobre as mulheres; porém, é nessa busca da problematização conceitual que a categoria gênero se expande como um campo específico de estudos sobre as mulheres. E é com as feministas marxistas que esta categoria passa a ter suporte do social. Gênero passa a ser o sexo socialmente construído. Gayle Rubin (1993) classifica esta construção do gênero a partir de seus estudos sobre Marxismo, Lévi-Strauss e Freud, argumentando que eles fornecem elementos-chaves à análises da vida social de homens e mulheres. Para tanto, a autora nomeia gênero a partir de um sistema sexo/gênero, como sendo “um conjunto de arranjos através dos quais uma sociedade transforma a sexualidade biológica em produtos da atividade humana e na qual estas necessidades sexuais transformadas, são satisfeitas” (RUBIN, 1993, p.2). Tal definição relaciona a produção/reprodução econômica com a produção/reprodução sexual, embora não possa reduzir esses processos apenas ao campo econômico e biológico, pois no sistema sexo/gênero outros aspectos podem ser observados, por exemplo, a formação da identidade de gênero que se encontra no campo do sistema sexual. Assim, o sistema sexo/gênero se configura como um campo amplo que permite compreender a relação de dominação/subordinação homem/mulher, já que trata de formas diversas e diferentes entre homens e mulheres em períodos históricos diferentes, sinalizando as análises a partir das formas de organização social existentes. Porém, na visão marxista, os sujeitos sociais são trabalhadores, camponeses ou capitalistas. E, portanto, estes sujeitos aparecem como homens e mulheres sem muito significado dos modos de constituição de suas identidades e subjetividades. No entanto, nos recortes sociais feitos por Lévi-Strauss e Freud, percebe-se uma forte localização da sexualidade na sociedade, bem como as diferentes experiências sociais vividas por homens e mulheres (RUBIN, 1993). Lévi-Strauss se dedicou ao estudo do sistema de parentesco, diferenciando-o de um sistema que tomasse como base a pirâmide biológica, pois um antropólogo lida com esses tipos de sistemas a partir de categorias e status que contradizem, na maioria das vezes, orientações genéticas (RUBIN, 1993). Na obra de Engels citada anteriormente, percebe-se que há uma proposta de criação de uma teoria que aponte a questão da opressão sexual no estudo do parentesco. Neste sentido, constatamos também que Strauss contribui com esse debate quando publicou em 1949 a obra As Estruturas Elementares do Parentesco, que trata detalhadamente do casamento entre humanos. Já a perspectiva da escola anglo-americana que se liga às vertentes psicanalíticas e centram suas análises nas teorias das relações do objeto (Objectrelation theories), o desempenho de papéis são pontos cruciais observados na criação das identidades dos sujeitos. Representadas algumas teóricas vêem que esta construção reforça a tese defendida pelo funcionalismo sociológico, sendo nos Estados Unidos, Nancy Chodorow e Gilligan, as autoras mais associadas com este tipo de abordagem (BARBIERE, 1993; SCOTT, 1995). No entanto, a Escola Francesa centra suas análises de gênero nos referenciais sobre estruturalistas e pós-estruturalistas, privilegiando as leituras a linguagem. Segue a linha Freudiana, diferenciando-se com seus derivantes, como exemplo as vertentes lacanianas. Para as duas escolas a preocupação central é com a identidade do sujeito, como é criada a partir da infância e qual seu desdobramento na formação da identidade de gênero. A concepção dos/as teóricos/as estruturalistas ocupar-se-á das experiências concretas de vida na infância vividas no espaço familiar e como estas influenciam no desenvolvimento sexual e de gênero de meninos e meninas. Enquanto as escolas pós- estruturalistas utilizaram-se da abordagem lacaniana da linguagem como significado para fazerem suas análises do ordenamento simbólico que se passa antes mesmo do exercício da linguagem real. Com efeito, essas escolas influenciaram nas concepções das diversas abordagens sobre as mulheres. Embora, a categoria gênero só tivesse maior visibilidade na metade do século XX, quando algumas teóricas feministas colocaram em discussão a oposição entre masculino e feminino, até então muito presente nos estudos e pesquisas da área. Portanto, gênero é uma categoria que vai assumir diversos empregos e conceitos, com as seguintes substituições, sexo por gênero e depois de gênero por mulher (SCOTT, 1995). Scott (1995) destaca que gênero não aparece nos estudos acadêmicos feministas como relações sociais ou sexuais marcadas pela posição politicamente definida. Para ela, gênero parece não ter esse intuito de resguardar seu conteúdo histórico de libertação ou de opressão entre os sexos. Daí advir várias dificuldades em se trabalhar com uma categoria “neutra", que não se interessa pelas diferenças vividas por homens e mulheres. Todavia, na contemporaneidade, várias feministas trabalham a categoria gênero a partir das contribuições teóricas do pós-estruturalismo, em destaque os estudiosos Foucault, Deleuze, Derrida, entre outros. Por sua vez, estes estudos se filiam às análises pós-estruturalistas, empreendidas por Joan Scott, feminista americana que define gênero como sendo um elemento constitutivo de relações sociais baseadas nas diferenças percebidas entre os sexos. Sendo ainda, uma forma primária de dar significado às relações de poder (SCOTT, 1995). A proposta é perceber a não-fixidez da categoria e tratá-la nos seus aspectos relacionais colocando como reflexão “os mundos” em que homens e mulheres se constroem e desconstroem. Analisá-la sem separação, pois de outro modo, reforçamos a ótica binária da categoria nas relações de homens e mulheres no contexto social, político e cultural. De modo que, ao percebemos as variadas maneiras que legitimam os gêneros e como eles se constroem nas relações sociais, vai se compreendendo os aspectos recíprocos do gênero e da sociedade, bem como as maneiras particulares e contextuais de sua construção e desconstrução. Quando Scott trabalha com a idéia de gênero como forma primária de significação das relações de poder, sua análise sinaliza que as relações de gênero se engendram no campo social mediadas por significados, linguagens, ações e percepções traduzidas nas vidas concretas e simbólicas no campo social, político e histórico. Pois são nestes campos que as relações sociais são legitimadas e disputadas. Neste sentido, gênero constrói a política e, ao contrário também, a política constrói o gênero, já que se dão no esteio das construções sociais e relacionais dos sujeitos. A base teórica de Scott se filia a alguns conceitos do pós-estruturalismo, tais como linguagem, discurso, diferença e desconstrução, chamando a atenção de como eles possibilitam ampliar as análises do feminismo, especificamente, e de outras categorias, de modo geral. Deste modo, a autora se utiliza do conceito de linguagem como sendo um sistema de códigos verbais e não-verbais que dão significados às práticas culturais, às representações dos modos de ser e perceber o mundo e à maneira com que homens e mulheres interagem entre si. É, portanto, a linguagem produtora e reprodutora das formas de expressão e mediação entre os sujeitos e seus mundos. A análise da linguagem em Scott é percebida como campo de produção coletiva a partir do modo de organização social e cultural; portanto, ponto de partida para se entender a produção das identidades dos sujeitos. Aproximando a interpretação da linguagem de Scott ao conceito de Foucault sobre discurso, percebe-se uma real articulação conceitual. Tendo em vista que discurso para Foucault (1996) se relaciona com a estrutura histórica, social e institucional de modos de expressão da linguagem, traduzidas por crenças, valores, categorias, entre outras. Neste sentido, percebe-se a partir da conceituação de discurso, uma forte relação entre gênero, poder e saber, com pontos interceptivos entre as construções que Scott sinaliza e as apreensões conceituais de Foucault. Neste sentido, faz-se necessário trazermos esta análise para o campo da enfermagem como prática social, ou seja, um conjunto de saberes que distribuem em dispositivos que impulsionam os sujeitos em seu cotidiano, seja constituído modos de vida e/ou produzindo ações de cuidado com estes fazeres humanos. E a enfermagem e sua constituição histórica já preenchem uma forte relação com gênero e seus derivantes, pois aponta seu processo de trabalho focado na articulação das mulheres em busca de um espaço de visibilidade social. Porém, a divisão sexual e social é uma expressão de como esta relação é expressa na estrutura social, bem como este agenciamento vai se constituir como campo de força da inserção das mulheres na saúde e na enfermagem. Há um reconhecimento moderna reproduziu a divisão consensual de que a enfermagem social do trabalho existente na sociedade britânica, havendo na estruturação nightingaleana as figuras das ladies-nurses e nurses, ou seja, aquelas exercentes da enfermagem que pensavam os e coordenavam cuidados e as que executavam. As primeiras provinham da classe social mais elevada, preparadas para o ensino e supervisão de pessoal. As nurses eram da classe operária, moravam e trabalhavam no hospital durante todo o curso, recebendo compensação financeira pelo seu trabalho. A divisão social do trabalho em enfermagem naquele momento histórico não se fez por acaso e continua até hoje, não por tradição, mas pela posição ocupada pela mulher e sua adequação à estrutura do modo de produção dominante. Apesar da enfermagem atualmente ser quase eminentemente feminina, vale salientar que, em seu nascedouro, nos hospitais militares britânicos,havia os enfermeiros, soldados que não se adaptavam às fileiras do exército, sendo remanejados às atividades do cuidado hospitalar (MELO, 1986). Segundo Germano (1993), a figura masculina encontrada no âmbito da saúde, e mais precisamente no hospital, não se referia somente aos enfermeiros, mas, principalmente, ao médico que, em virtude do domínio do saber e pela sua condição de gênero, era preparado para coordenar e mandar nos demais. No Brasil, as primeiras atividades registradas de enfermagem eram exercidas também por indivíduos do sexo masculino, como são exemplos os padres jesuítas e os irmãos-enfermeiros (GERMANO, 1993; MELO, 1986). Segundo Pires (1989), no Brasil, inicialmente, as ações de cuidado ao enfermo não se estruturaram como ofício, mas como atividade caritativa, sendo exercidas por homens. Neste sentido a enfermagem vai se constituíndo como uma prática social, em que as relações de gênero são articuladas se expressando nos mais diversos espaços de poder e saber, sendo mediadas pelo modo como seus sujeitos ocupam os espaços sociais. Todavia, gênero não tem ressonância nas práticas de enfermagem isoladamente, pois dialoga com as categorias etnia e raça que implicada em discutirmos o processo de análise das matrizes de desconstrução do pensamento binário presente nas teóricas funcionalista. Desta maneira, é importante colocarmos que a prática social da enfermagem, e nossa perspectiva teórica, não se produz focada nas matrizes materialistas somente, mas contextualizada por uma conjunção de elementos força que dão um positividade as representação sociais da mesma. Aqui nos remetemos a Foucault(1979, p. 26) quando se ajuda a entender que uma prática social é catalizada pelo conjunto de dispositivos que se constituem no jogo de saber/poder produtivo, ou seja, gerador de resistências, “como a multiplicidade de correlações de forças imanentes ao domínio onde se exercem e constitutivas de sua organização; o jogo que, através de lutas e afrontamentos incessantes as transforma, reforça, inverte.” No entanto, a prática social da enfermagem é corpo de forças da produção e conservação desta, ou seja, os corpos produtivos (de significados, de economia, de desejo, etc), são “máquinas que se afetam”(DELEUZE, 1997). São estratos que estão numa cadeia circular que se movimenta e se afetam, ao mesmo tempo em que 7 estão sofre os agenciamentos5 seja da ordem disciplinar, da sujeição e/ou resistência. Porém, ao pensarmos nesta perspectiva de corpos como máquinas, desejantes, produtivos, reprodutivos, etc. Estamos nos remetendo ao campo de uma pedagogia ou de uma prática social que nos dá possibilidade de problematizar o contexto em que estão inseridos os sujeitos humanos “cuidados” pela enfermagem. Neste sentido, podemos levantar algumas interrogações sobre a prática social da enfermagem a sua constituição histórica produzida pelo gênero e sua relação outros marcadores sociais, como etnia e raça: a) Qual pensamento (teoria) nos permite trazer esta prática como campo de força para analisarmos que saber e poder implicam a enfermagem com estas categorias que estamos tratando aqui(Gênero, etnia/raça)? b) Quais elementos se expressam na constituição da enfermagem como uma prática social quando capitalizada pelo viés de gênero, etnia/raça? Entendemos que estas questões não são fáceis de serem respondidas 7 5 Agenciamento é uma estratégia maquínica de corpos, de ações e de paixões, ou seja, uma mistura de corpos reagindo uns sobre os outros. E que se expressam através de enunciados que se remetem às transformações incorpóreas sendo atribuídas aos corpos. O agenciamento tem lados territoriais ou reterritorializados que o estabilizam e, de outra parte picos de desterritorialização que o arrebatam (MENEZES, 2006). e também não é nossa intenção resolver tais indagações. Apenas, queremos compartilhar sua reflexão e análise. Deste modo, nos aproximando do que elegemos como a prática social da enfermagem tida num contexto de pluralidade em que alguns conceitos são apontados. Portanto, concebemos esta prática da enfermagem constituída de dispositivos dialógicos, relacionais, éticos, estéticos e políticos. E com os quais damos força nossas análises, assim descrevemo-los: Destarte, as construções teóricas que amparam as análises sobre o gênero, etnia/raça e a prática social da enfermagem se apóia em conceitos plurais, tendo em vista que é na instância social, que saberes e práticas são produzidos e engendrados como elementos mobilizadores das diversas sociabilidades. Grato! Prof. Dr. Rdo.Augusto Martins Torres. REFERÊNCIAS BANDEIRA, Lourdes Maria. Feminismo: memória e história. In: SALAES, Celecina de Maria Veras et al. (Orgs.). Feminismo: memória e história. Fortaleza: Imprensa Universitária, 2000. BARBIERE, Teresita de. Sobre a categoria teórico- metodológica. Recife: S.O.S. Corpo, 1993. gênero: uma introdução BOURDIEU, Pierre. A dominação masculina. Revista Educação e Realidade, Porto Alegre, v.1, p.133-184, jul./dez. 1995. DELEUZE, Gilles. Foucault. Tradução de Cláudia Sant´Ana Martins. São Paulo: Brasiliense, 1988. ENGELS, Friedrich. 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Devir e agenciamento no pensamento de Gilles Deleuze. Comum, Rio de Janeiro, v.11, n.26, p.66-85, 2006. PEREIRA, Álvaro. O quotidiano profissional do enfermeiro: das aparências às diferenças de gênero. Pelotas: Editora Universitária/UFPel; Florianópolis: UFSC, 1999. RUBIN, Gayle. O tráfico de mulheres: notas sobre a “economia política” do sexo. Recife: S.O.S. Corpo, 1993. SCOTT Joan. Gênero: uma categoria útil de análise histórica. Porto Alegre: Universidade Federal do Rio Grande do Sul, Faculdade de Educação, 1995. (Gênero e educação, v.20, n.2). TORRES, Raimundo Augusto Martins. Gênero e trabalho de enfermagem: inserção e condição dos enfermeiros do sexo masculino. 1999. Dissertação (Mestrado em Enfermagem) – Departamento de Enfermagem, Universidade Federal do Ceará – UFC, Fortaleza, 1999. GÊNERO, RAÇA/ETNIA E SAÚDE: INTERFACES DOS SABERES E PRÁTICAS DA ENFERMAGEM Enfa. Maria das Graças Lima8 Em nome da BEMFAM, agradecemos o convite da comissão de temas da 72ª Semana Brasileira de Enfermagem e da 42ª Jornada Maranhense de Enfermagem promovidas pela ABEN-MA. A escolha deste tema expressa o compromisso político, cultural e científico da ABEN-MA com a categoria de enfermagem. Compartilhar desta mesa com o ²Prof. Doutor Raimundo Augusto Martins Torres é um privilégio e a certeza plena do enriquecimento do debate. Para abordar sobre, raça/etnia e saúde, é necessário fazer algumas considerações sobre as assimetrias econômicas, exclusões e vulnerabilidades que aprofundam as desigualdades em um país que a ³taxa de analfabetismo em mulheres negras é o dobro das brancas, o salário inicial pago aos homens em 2010 foi, em média, R$ 113,3 maior que o vencimento pago às mulheres no ato da admissão no emprego. Outro fator que leva às relações de gênero desiguais é a reprodução dos estereótipos no nosso cotidiano, que limitam o desenvolvimento pleno tanto de mulheres quanto de homens, tendem a aprofundar outras desigualdades, estabelece uma discriminação de classe, raça, religião, idade, orientação sexual, deficiência, etc. 4 Em uma perspectiva dos direitos humanos, a saúde é reconhecida como o conjunto de condições integrais e coletivas de existência, influenciado por fatores políticos, culturais, socioeconômicos e ambientais. Nesse sentido é impossível deixar de considerar o avanço inegável da instituição da saúde como direito de todos (as) e dever ¹Enfermeira especialista em auditoria, planejamento em saúde pela Universidade Estácio de Sá - Laboro,Coordenadora Estadual do Programa de Saúde Sexual e Saúde Reprodutiva da BEMFAM no Estado do Maranhão. ²Professor doutor em educação brasileira pela Universidade Federal do Ceará – UFC. Docente do quadro efetivo da Universidade Estadual do Ceará – UECE. ³Perspectiva da Eqüidade no Pacto Nacional pela Redução da Mortalidade Materna e Neonatal-MS eCadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged), 4 Saúde da População Negra no Brasil- Contribuições para promoção da equidade – Ministério da Saúde/Fundação Nacional de Sa .Organizado pelos profs. Edgar Merchan Hamann e Pedro Luiz Tauil; coordenado pelo Departamento de Saúde Coletiva da Faculdade de Ciências da Saúde da Universidade de Brasília e patrocínio do Ministério da Saúde e, junho de 2000. www.saude.gov.br/sps/menu.htm# do Estado (artigo 196 da Constituição Federal), entretanto, a garantia legal ao acesso e igualitário às ações e aos serviços de saúde não tem assegurado aos negros e indígena so mesmo nível, qualidade de atenção e perfil de saúde apresentado pelos brancos. Indígenas, negros e brancos ocupam lugares desiguais nas redes sociais e trazem consigo experiências também desiguais ao nascer, viver, adoecer e morrer. Estudo realizado por Leal e col (2005), revela que mulheres que não tiveram acesso a anestesia durante o parto vaginal foi maior entre as negras em maternidades do Rio de Janeiro. 5.Segundo Alves e Barbosa (2), concentra-se no Brasil “a maior população negra (englobando pretos e pardos) fora da África e a segunda do mundo, superada apenas pela da Nigéria.” Mais de 40% da população brasileira corresponde a afrodescendentes. Em geral, esta fração da população, do ponto de vista econômico e social, é mais pobre e menos instruída que o restante da população brasileira. Entre os afrodescendentes, apenas 2% recebem mais de dez salários mínimos mensais (2). Grande parte vive na periferia de centros urbanos, com moradias inadequadas, baixa cobertura de saneamento básico, proporção elevada de analfabetismo, pouca qualificação profissional e pouca perspectiva de ascensão social. É uma população marginalizada, discriminada socialmente e mais vulnerável à violência e a doenças. É possível, portanto, que, o ponto de vista das doenças com forte determinação genética, a população brasileira afro-descendente possa manifestá-las com características próprias, no entanto, as doenças ligadas à pobreza, como desnutrição, verminoses, gastroenterites, tuberculose e outras infecções, alcoolismo, etc., são mais incidentes na população negra e não por razões étnicas. O acesso a serviços de saúde é mais difícil e o uso de meios diagnósticos e terapêuticos é mais precário, produzindo, em geral, evolução e prognóstico piores para as doenças que afetam negros no Brasil. A mortalidade proporcional segundo idade (em anos) e raça/cor - Brasil, 2005, confirma a realidade acima exposta raça/cor: branca, 27,8%; preta 41,4%; amarela 20,4%; parda 39,5% e indígena 25,0%.(SIM/SUS/MS). É importante destacar que o racismo influencia como fator determinante na produção das diversas violências, mas há um agravamento da violência quando é mulher e é negra, que se dá dentro das comunidades onde está a maioria da população negra – palafitas, ocupações, bairros populares, favelas, comunidades rurais quilombola, desassistida das políticas públicas. Podemos ilustrar esta realidade apresentando os dados Casos de Violência Sexual,registrados pelo VIVA por raça/cor e sexo, Brasil 2006-2007. Cor Branca: 38% Masculino e 32% Feminino, enquanto Parda e Preta: 52% Masculino e 55% Feminino, Amarela, < 1% Masculino e 1% Feminino, Indígena: 0% Masculino e 1% feminino. Em novembro de 2006 é materializado um marco político importante, fruto da luta do movimento afro brasileiro, o reconhecimento da desigualdade étnico-racial na saúde, com aprovação pelo Conselho Nacional de Saúde da Política Nacional de Saúde Integral da População Negral - PNSIPN com objetivo geral de promover a eqüidade em saúde da população negra, priorizando o combate ao racismo e a discriminação nas instituições e serviços do SUS e objetivos específicos de promover a eqüidade em saúde da população negra, priorizando o combate ao racismo e a discriminação nas instituições e serviços do SUS;. reduzir os indicadores de morbimortalidade por: hipertensão arterial, diabetes mellitus, doença falciforme, hiv/aids, tuberculose, hanseníase, câncer de colo uterino e de mama, transtornos mentais.(Brasil,2007) Esta política coloca na ordem do dia um grande desafio para o desenvolvimento pleno e resolutivo; com a derrubada de práticas do racismo institucional com o estabelecimento de ferramentas capazes de promover uma re-significação de uma cultura não discriminatória que contribuam para um modelo de gestão democrática que assegure o direito universal. 69 A eficácia do cuidado em saúde varia de acordo com as condições socioeconômicas do sujeito, o lugar onde ele vive, a qualidade dos equipamentos sociais 9 6 Saúde da População Negra no Brasil- Contribuições para promoção da equidade – Ministério da Saúde/Fundação Nacional de Saúde. que ele tem acesso, a sensibilidade, a humanização e compromisso da equipe de profissionais pelos quais ele é atendido De acordo com os dados registrados por Perpétuo (2000) em relação à baixa qualidade do tratamento oferecido às mulheres negras, os dados da Pesquisa Nacional de Demografia e Saúde – 1996 – evidenciam as diferenças raciais presentes no cuidado oferecido às mulheres na área de saúde sexual e saúde reprodutiva. A não realização de consultas ginecológicas completas, a ausência de consultas de pré-natal, o número de consultas abaixo do preconizado e o não oferecimento do exame ginecológico pós parto estiveram estatisticamente associados à variável cor da pele, mesmo após ajuste e controle por nível de escolaridade e renda. Na mesma pesquisa nacional, observou-se que, das mulheres entrevistadas que tiveram filho(s) nos 5 (cinco) anos anteriores à realização da Pesquisa (n=3.025), as negras apresentaram menores probabilidades de realizar a primeira consulta em período igual ou inferior ao quarto mês de gravidez e maiores probabilidades de não terem recebido assistência médica durante todo o período gravídico. A chance de pelo menos um dos filhos dessas mulheres ter nascido em casa foi 3,73 vezes a chance observada para as brancas. Esta situação coloca o cuidado de enfermagem como dispositivo técnico-assistencial que permite refletir e mudar os modos de operar este cuidado, em uma perspectiva crítica de empoderamento dos sujeitos, possibilitando a conscientização das pessoas em relação aos direitos constitucionais. É importante, enquanto prática da enfermagem, identificar o racismo e suas conseqüências sobre as mulheres negras; manejar os agravos prevalentes: promoção de saúde, proteção, recuperação e reabilitação e acolhimento. 107 Aspectos importantes no cuidado a anticoncepção: ser portadora de Anemia Falciforme não constitui em indicação para a esterilização. Os métodos para contracepção são: barreira (preservativo masculino e feminino), contraceptivo oral progestagênio, injetável à base de medroxiprogesterna, Dispositivo Intra-Uterino – 10 7 Manual de Diagnóstico e Tratamento de Doenças Falcêmicas, do Ministério da Saúde (8incluso nos Critérios Médicos de elegibilidade – categoria 2), o uso de contraceptivos orais combinados – (incluso nos Critérios Médico de Elegibilidade – categoria 2) e Anticoncepção de Emergência – levonorgestrel. Aspectos importantes no cuidado ao pré-natal de pacientes com anemia falciforme: deve ser feito de modo mais apurado e com acompanhamento de um hematologista. A anamnese inclui atenção especial às crises antes, durante e após as gestações pregressas, a fim de se observar o curso da anemia antes desta gestação e, principalmente, o comportamento observado em gestação anterior. Os exames laboratoriais incluem hemograma completo com contagem de reticulócitos, eletroforese de hemoglobina, ferro sérico, avaliação hepática e renal. As pacientes devem receber suplemento de ácido fólico diariamente. Gestante, com orientação sobre os riscos, identificação precoce de sintomas e cuidados na hipertensão arterial e na diabetes mellitus - enfatizar a necessidade da triagem neonatal para hemoglobinopatias, que inclui o diagnóstico da anemia falciforme. É fundamental garantir que seja aferida a pressão arterial de todas as gestantes em todas as consultas de pré-natal. Atenção especial deve ser dada para qualquer alteração nos níveis pressóricos das gestantes negras, com o devido acompanhamento e encaminhamento para serviços de alto-risco, quando detectadas alterações significativas. Garantir a realização de dois exames de glicemia de rotina, conforme preconiza o Programa de Humanização no Pré-natal e Nascimento. Investigar se no município há comunidades quilombolas. Incluí-las nas ações de saúde em uma abordagem adequada às suas necessidades considerando a sua realidade. Cuidados com os recém-nascidos: devem ser submetidos à triagem neonatal, atentando especialmente para a anemia falciforme, e dispor de serviço para atenção precoce aos portadores desta hemoglobinopatia, conforme preconiza o Programa de Anemia Falciforme, criado em 2000 pelo Ministério da Saúde e cuja operacionalização está a cargo dos estados e municípios. Alguns avanços importantes na implantação POLÍTICA NACIONAL DE SAÚDE INTEGRAL DA POPULAÇÃO NEGRA: a introdução do quesito cor nos sistemas de informação em saúde, tanto no Sistema de Acompanhamento do Programa de Humanização no Pré-natal como no Sistema de Informação do câncer do colo do útero, o que permitirá análises mais precisas da situação de saúde das mulheres negras. A Política Nacional de Atenção Integral às Pessoas com Doença Falciforme e outras Hemoglobinopatias enfatiza as especificidades das mulheres em idade fértil e no ciclo gravídico-puerperal. A anemia falciforme foi incluída no conteúdo programático dos Seminários de Atenção Obstétrica e Neonatal Humanizada Baseada em Evidências Científicas, que devem ser implementados nos estados e municípios para a qualificação da atenção ao parto prestada pelos profissionais de saúde às mulheres negras. Os principais desafios: A produção de material sobre saúde das mulheres negras e a inserção de temas relacionados com esta população na formação/capacitação de profissionais de saúde, alinhadas com a vontade política do governo de eliminar quaisquer formas de discriminação por conta das diferenças de raça/cor. Expandir a Política Nacional de Atenção Integral às Pessoas com Doença Falciforme e outras Hemoglobinopatias, por intermédio do apoio à capacitação de gestores estaduais e municipais, elaboração e distribuição de material informativo e educativo sobre gravidez da mulher com anemia falciforme. Incluir o debate sobre o racismo no processo de organização das Redes de Atenção Integral à Saúde das Mulheres em Situação de Violência Doméstica e Sexual. Muito Obrigada! BIBLIOGRAFIA: Organizado pelos profs. Edgar Merchan Hamann e Pedro Luiz Tauil; coordenado pelo Departamento de Saúde Coletiva da Faculdade de Ciências da Saúde da Universidade de Brasília e patrocínio do Ministério da Saúde e, junho de 2000. www.saude.gov.br/sps/menu.htm# Saúde da População Negra no Brasil- Contribuições para promoção da equidade – Ministério da Saúde/Fundação Nacional de Saúde OLIVEIRA, Fátima. Uma contribuição ao debate sobre raça/etnia e saúde. Sexualidade, gênero e sociedade. Números 15 e 16. Edição Especial Pacto Nacional pela Redução da Mortalidade Materna e Neonatal Atenção à Saúde das Mulheres Negras, Brasil,2006 Costa, N F Pinto, Almeida, Mônica de -Normas Técnicas em Anticoncepção –BEMFAM,2007 COMUNICAÇÃO ORAL A CONDIÇÃO CRÔNICA E SUA INFLUÊNCIA NA SOBRECARGA DO CUIDADO MATERNO Daniele Castro Barbosa1; Francisca Georgina Macedo de Sousa2; Thiago Privado da Silva3; Mirian Chaves Miranda4; Dennyse Cristina Macedo de Sousa5 ; Fabyanne de Carvalho Nunes6 Introdução: as condições crônicas são definidas como problemas de saúde que persistem durante determinado tempo, podendo ou não ser superados, assim como deixar ou não sequelas. Dentre as condições crônicas que surgem na infância pode-se destacar as cardiopatias, neuropatias, câncer, nefropatias, síndromes raras, entre outras. Todas estas condições variam na intensidade dos sintomas como no comprometimento das funções da criança. Entretanto, independente das alterações, exigem cuidados intensivos e permanentes em contexto hospitalar e domiciliar. Na maioria das vezes, todas essas funções ficam sob responsabilidade da figura materna configurando-se, portanto, como fatores geradores de sobrecarga para a mãe cuidadora. Sob esta perspectiva questionase: qual a relação entre a condição crônica da criança e a sobrecarga do cuidado materno? Objetivos: relacionar a condição crônica da criança com a sobrecarga materna no cuidado diário ao filho. Metodologia: estudo exploratório, transversal descritivo com abordagem quantitativa. Participaram da investigação 59 mães e uma cuidadora (avó) de crianças com condições crônicas em tratamento no período de agosto a outubro de 2010. Entre as mães, duas possuíam dois filhos com a mesma patologia totalizando 62 crianças. O estudo foi desenvolvido na internação pediátrica do Hospital Universitário Materno Infantil (HUMI/UFMA), no serviço ambulatorial da Clínica Escola Santa Edwiges da Associação de Pais e Amigos de Excepcionais (APAE) e em casas de apoio a famílias de pacientes em tratamento no Hospital do Aparelho Locomotor (SARAH). Para coleta de dados utilizou-se a Burden Interview - Escala de Sobrecarga para Cuidadores Informais. Resultados: a relação entre a patologia da criança e a sobrecarga do cuidado materno, aponta para uma maior sobrecarga entre as mães de crianças neuropatas, tendo em vista que 57,6% mães que compõem a classificação sobrecarga moderada possuem filhos com algum problema neurológico, o mesmo aconteceu com 100% das mães que apresentaram sobrecarga elevada. Após as neuropatias, os Erros Inatos do Metabolismo e as Síndromes Raras, foram as patologias que sugeriram maior sobrecarga materna, sendo que 25% das mães cuidadoras de filhos com esses problemas apresentaram sobrecarga moderada, seguidas pelas nefropatias (9,61% das mães) e cardiopatias (7,81% das mães). Conclusões: as mães de filhos com problemas neurológicos enfrentam maior sobrecarga de cuidados relacionados às limitações motoras e neurológicas das crianças e consequente dependência dessas crianças aos cuidados maternos. Considerando esses aspectos o enfermeiro deve realizar um planejamento consistente dos cuidados para suprir as necessidades da criança e da mãe cuidadora. Palavras-chaves: Enfermagem; Saúde da Criança; Doença Crônica. _________________________________ 1 Enfermeira, Mestranda em Enfermagem pela Universidade Federal do Maranhão, Membro do Grupo de Estudo e Pesquisa na Saúde da Família, da Criança e do Adolescente - GEPSFCA/Universidade Federal do Maranhão. E-mail: [email protected] 1 Enfermeira, Doutora em Enfermagem, Professora Adjunta do Curso de Graduação em Enfermagem da Universidade Federal do Maranhão, Coordenadora do GEPSFCA/UFMA. 1 Enfermeiro, Membro do GEPSFCA/UFMA. 1 Enfermeira, Aluna da Residência em Enfermagem Clínico-Cirúrgica do Hospital Universitário -UFMA, Membro do GEPSFCA/UFMA. 1 Enfermeira, Membro do GEPSFCA/UFMA. 1 Aluna do Curso de Graduação em Enfermagem da UFMA, Membro do GEPSFCA/UFMA, Bolsista PIBIC/UFMA. ANÁLISE DA COBERTURA DE PRÉ-NATAL DO SUS E DA PREVALÊNCIA DO TÉTANO NEONATAL NO BRASIL. BARROS, Marina Apolônio de1, COSTA, André Luís Braga2, MUALEM, Rayanne Luiza Tajra3, THOMAZ, Érika Bárbara Abreu Fonseca4 ; ALBUQUERQUE, Rafaela Pontes5; NETA, Raimunda Silva Santos6 INTRODUÇÃO: A assistência pré-natal visa a manter a integridade das condições de saúde materna e fetal. Para isso, é necessário que o início do pré-natal seja o mais precoce possível, de preferência antes da 12ª semana de gestação, a fim de identificar e prevenir intercorrências clínicas, cirúrgicas e obstétricas que possam trazer agravos à gestante e/ou ao feto. Devem-se oferecer diversas informações à gestante, e uma delas é o esclarecimento sobre a importância das vacinas. Dentre as vacinas, a dupla tipo adulto (dT) pode ser administrada com segurança em gestantes e constitui a principal medida de prevenção do tétano neonatal. OBJETIVO: Analisar a prevalência do tétano neonatal no Brasil no período de 1994 a 2008 relacionando com a cobertura de pré-natal do SUS. METODOLOGIA: Trata-se de um estudo observacional do tipo ecológico, baseado em dados secundários. A coleta de dados ocorreu no site do Ministério da Saúde, nos relatórios de indicadores do SISPRENATAL e SINAN/SVS/MS, ano base 1994 a 2008. Efetuou-se análise descritiva dos dados, comparando as taxas de cada ano em relação à cobertura de pré-natal do SUS. RESULTADOS: A partir dos dados do SINAN/SVS/MS, verificou-se que, no período avaliado, o tétano neonatal foi mais prevalente na região Nordeste (60%), seguida da região norte (40%). Acredita-se que este resultado pode ser explicado pelo fato de que essas regiões possuem um índice socioeconômico inferior e que a ocorrência da doença é mais frequente em regiões onde a cobertura vacinal da população é baixa e o acesso á assistência médica é limitado. Dos dados coletados, destaca-se que houve uma redução de 291 casos para 5 casos no Brasil. No entanto, é preciso levar em consideração que a subnotificação de casos de tétano neonatal ainda permanece como um problema de grande relevância no Brasil. De qualquer forma, a redução de casos notificados pode ser melhor analisada quando relacionada com a cobertura de pré-natal do SUS. Da década de 90 até a o ano de 2008 houve um aumento da cobertura de pré-natal do SUS. Em 1994, observou-se um milhão de atendimentos e em 2008 identificaram-se 19,1 milhões de atendimentos. A cobertura do atendimento pré-natal, pelo menos uma consulta de pré-natal durante a gravidez, aumentou. E a cobertura do atendimento pré-natal com pelo menos quatro consultas subiu de 75,9% para 90%. Gestantes brasileiras com sete ou mais consultas de pré-natal já são maioria, representando 57,1% em 2008, ao passo que em 2000 era 43,7%. Investimentos em saúde, especialmente na Atenção Primária, com aumento da cobertura da Estratégia de Saúde da Família e valorização das ações de Promoção de Saúde, somados à sensibilização de gestores, profissionais e usuárias podem estar repercutindo na melhoria destes indicadores. CONCLUSÕES: A cobertura de pré-natal do SUS está aumentando no Brasil e, considerando que a vacinação contra o tétano é uma das principais medidas preventivas do tétano neonatal, supõe-se um aumento na cobertura vacinal dessa população assistida. Sugere-se, então, que esse crescimento esteja relacionado com a redução da prevalência de tétano neonatal no Brasil. Palavras-chave: Assistência pré-natal. Vacinação. Tétano neonatal. 1- Enfermeira. Mestranda em Enfermagem. Universidade Federal do Maranhão. [email protected] 2- Enfermeiro. Universidade Federal do Maranhão. E-mail: [email protected] 3- Enfermeira. Residente de enfermagem. Universidade Federal do Maranhão. [email protected] 4- Odontologista. Doutora em saúde pública. Docente da Universidade Federal do Maranhão. [email protected] 5- Enfermeira. Residente de enfermagem. Universidade Federal do Maranhão. rafaela.pontes@hotmail 6- Enfermeira. Universidade Federal do Maranhão. E-mail: [email protected] E-mail: E-mail: E-mail: E-mail: ASPECTOS POSITIVOS E NEGATIVOS DO ENFRENTAMENTO MATERNO NO CUIDADO A CRIANÇA COM CONDIÇÃO CRÔNICA Mirian Chaves Miranda1; Francisca Georgina Macedo de Sousa2; Daniele Castro Barbosa3; Dennyse Cristina Macedo de Sousa4; Thiago Privado da Silva5; Fabyanne de Carvalho Nunes6 Introdução: a condição crônica é aquela que interfere no funcionamento corporal da criança a longo prazo, requer assistência e seguimento por profissionais de saúde, limita as atividades diárias, causa repercussões no seu processo de crescimento e desenvolvimento. Rotineiramente, a mãe é quem permanece junto ao filho esforçandose para suprir todas as necessidades da criança. Para tanto, é fundamental que a mãe cuidadora utilize determinados modos de enfrentar a situação a fim de lidar com as demandas de cuidado do filho. Nesse contexto questiona-se: de que formas a mãe enfrenta o adoecimento do filho? Objetivos: identificar os aspectos positivos ou negativos do enfrentamento materno no cuidado ao filho com condição crônica. Metodologia: estudo exploratório, descritivo e quantitativo. A população compreendeu 59 mães e uma cuidadora principal (avó) de crianças com condição crônicas em tratamento ambulatorial e hospitalar entre agosto e outubro de 2010. Duas dessas mães possuíam dois filhos com a mesma condição totalizando assim 62 crianças. O estudo foi desenvolvido no serviço ambulatorial da clínica Escola Santa Edwiges da Associação de Pais e Amigos de Excepcionais (APAE), no serviço de internação pediátrica do Hospital Universitário Materno Infantil (HUMI) e com pacientes do Hospital do Aparelho Locomotor – SARA. O instrumento de coleta de dados foi a Escala de Modos de Enfrentamento de Problemas – EMEP que é composta por 45 itens que, neste estudo, foram distribuídos em dois grupos o enfrentamento materno positivo e o enfretamento materno negativo. Destaca-se que este estudo faz parte de um projeto maior financiado pela Fundação de Amparo a Pesquisa e ao Desenvolvimento Científico e Tecnológico do Maranhão – FAPEMA. Resultados: os resultados encontrados demonstram que os itens “Espero que um milagre aconteça”, “Eu rezo ou oro”, “Eu insisto e luto pelo que quero”, “tento ser uma pessoa mais forte e otimista”, “Eu me concentro nas coisas boas da vida”, “Eu sonho ou imagino um tempo melhor que esse que estou” e “Eu me apego a minha fé para superar esta situação” tiveram frequência expressiva para a resposta sempre (acima de 60%) denotando formas de enfrentamento positivas focalizadas em aspectos como a religião e o pensamento positivo frente à situação. Os itens “Eu tento guardar meus sentimentos para mim mesma” e “Eu desejaria poder mudar o que aconteceu comigo” foram os itens do enfrentamento negativo mais utilizados pelas mães devido a maior frequência da resposta sempre (acima de 40%). Tais dados demonstram que as formas negativas de enfrentamento mais usadas estavam associadas ao afastamento do suporte social e ao pensamento fantasioso mediante a condição do filho. Conclusões: o enfrentamento positivo foi bastante utilizado sobrepondo-se, porém não extinguindo, o enfrentamento negativo que permaneceu bastante heterogêneo em sua utilização. Entendendo-se que os modos de enfrentamento utilizados são individuais e passíveis de mudanças de acordo com as oscilações cotidianas, não é possível julgálos. Importa respeitar a situação vivida pela mãe/cuidadora bem como identificar os modos de enfrentamento utilizados por ela adequando a assistência para promoção de um cuidar sensível as necessidades maternas. Palavras-Chave: Enfermagem; Cuidado; Doença Crônica. _________________________________ 1 Enfermeira, Aluna da Residência em Enfermagem Clínico-Cirúrgica do Hospital Universitário -UFMA, Membro do Grupo de Estudo e Pesquisa na Saúde da Família, da Criança e do Adolescente GEPSFCA/Universidade Federal do Maranhão. E-mail: [email protected] 1 Enfermeira, Doutora em Enfermagem, Professora Adjunta do Curso de Graduação em Enfermagem da Universidade Federal do Maranhão, Coordenadora do GEPSFCA/UFMA. 1 Enfermeira, Mestranda em Enfermagem pela Universidade Federal do Maranhão, Membro do GEPSFCA/UFMA. 1 Enfermeira, Membro do GEPSFCA/UFMA. 1 Enfermeiro, Membro do GEPSFCA/UFMA. 1 Aluna do Curso de Graduação em Enfermagem da UFMA, Membro do GEPSFCA/UFMA, Bolsista PIBIC/UFMA. ASSISTÊNCIA DE ENFERMAGEM FRENTE SITUAÇÕES DE VIOLÊNCIA SEXUAL CONTRA A MULHER – UMA ABORDAGEM ÉTICA Lucian da Silva Viana¹, Agostinha Pereira Rocha Neta², Alice Bianca Santana Lima², Neidna Raissa Soeiro de Almeida², Vanessa Moreira da Silva², Carlos Leonardo Figueiredo Cunha³ INTRODUÇÃO: A violência contra a mulher é um fenômeno universal que ocorre em populações de diferentes níveis de desenvolvimento econômico e social. Sabendo disso, o enfermeiro, como profissional inserido dentro do ciclo de atendimento a essas mulheres, deve conduzir o atendimento avaliando os aspectos éticos que permeiam a situação. OBJETIVO: Objetiva-se abordar a assistência prestada pela enfermagem às mulheres frente à situação de violência sexual, com enfoque ético sobre o tema. METODOLOGIA: Realizou-se uma pesquisa sistemática nacional em livros, teses, dissertações e revistas eletrônicas, com publicações dos últimos dez anos sobre a violência contra a mulher. Utilizou-se as bases de dados: Bireme, Google Acadêmico e Scielo. RESULTADOS: A mulher submetida aos agravos físicos, psicológicos e sociais decorrentes da violência sexual, ao pedir ajuda, muitas vezes está sujeita a sofrer outra violência: a do preconceito, do julgamento e da intolerância. Estes fatores dificultam que se conheça a prevalência real deste tipo de violência na população. Assim, o enfermeiro por ser na maioria das vezes o primeiro profissional a se deparar com a situação, deve embasar o atendimento em condutas éticas que ofereçam o suporte adequado à situação, abstendo-se de qualquer julgamento de valor ou crenças. Nesse sentido, a capacitação dos enfermeiros deve incluir tanto conhecimentos técnicos quanto a reflexão sobre suas atitudes e seus conceitos de violência. CONCLUSÃO: Faz-se necessário que o enfermeiro busque formas de apoiar as mulheres que vivenciam a violência sexual no processo de reconstrução de suas vidas. Baseado no exposto, o conhecimento adquirido com pesquisa reforça a necessidade do desenvolvimento de programas educacionais que abordem a problemática, focando a relevância da ética no cotidiano do trabalho da enfermagem. Palavras-chave: Violência sexual. Assistência de enfermagem. Ética de enfermagem. _______________________________ 1. Acadêmico em Enfermagem pela Universidade Federal do Maranhão – UFMA. Email: [email protected] 1. Acadêmico (a) em Enfermagem pela Universidade Federal do Maranhão - UFMA 3. Enf. Ms. em Saúde Materno-Infantil pela Universidade Federal do Maranhão - UFMA ASSISTÊNCIA DE ENFERMAGEM AO PACIENTE COM O DIAGNÓSGICO DE INCONTINÊNCIA URINÁRIA DE ESTRESSE. ALBUQUERQUE, Rafaela Pontes1; CARVALHO, Líscia Divana Pachêco 2; ARAÚJO, Rayanne Luiza Tajra Mualem3; BARROS, Marina Apolônio de4; COSTA, André Luís Braga5; NETA, Raimunda Silva Santos6 INTRODUÇÃO: A incontinência urinária afeta pessoas de todas as idades, porém é particularmente comum nos idosos. Embora a incontinência não seja uma conseqüência normal do envelhecimento, as alterações no trato urinário ligadas ao envelhecimento predispõem a pessoa idosa à incontinência. O tratamento para incontinência pode ser cirúrgico, pela técnica de SLING, ou medicamentoso, associado à fisioterapia da musculatura pélvica. O fato é que para esse problema constrangedor que atinge milhares de pessoas, existe tratamento, mas muitas pessoas não o procuram. OBJETIVO: Elaborar os diagnósticos de enfermagem apresentados por uma paciente portadora de incontinência urinária de estresse submetida à cirurgia de sling nas fases pré e pósoperatórias, identificar resultados esperados e estabelecer as intervenções de enfermagem. METODOLOGIA: Relato de experiência realizado em uma paciente internada na Ala “A” da Clínica Cirúrgica do Hospital Universitário Unidade Presidente Dutra da Universidade Federal do Maranhão. A coleta de dados aconteceu no mês de março de 2010 e baseou-se na anamnese, exame físico e consulta aos registros de prontuário. Utilizou-se para elaboração dos diagnósticos a nomenclatura da North American Nursing Diagnosis Association (NANDA, 2011). Estabeleceu-se os resultados e as intervenções de enfermagem segundo nomenclaturas padronizadas Classificação das Intervenções de Enfermagem (NIC) e Classificação dos Resultados de Enfermagem (NOC). RESULTADOS: M. J. P., 67 anos, feminino. Gesta: 10, Para: 8, Aborto: 2. Queixa principal: incontinência urinária. Há 10 anos durante cirurgia de perineoplastia, já apresentava incontinência urinária a qual se agravou, motivo de procura ao serviço de saúde. Apresenta sono não reparador devido à incontinência. Sedentária, hipertensa e acometida por Acidente Vascular Encefálico há 2 anos, sem seqüela aparente. Eliminação vesical presente e espontânea, porém sem controle esfincteriano. Diagnóstico médico: incontinência urinária, submetida à cirurgia de sling. Os diagnósticos de enfermagem identificados no pré e pós-operatório foram: estilo de vida sedentário; conhecimento deficiente; eliminação urinária prejudicada; integridade tissular prejudicada; comunicação verbal prejudicada; dentição prejudicada; risco de infecção; insônia; débito cardíaco diminuído; incontinência urinária de esforço. Foram realizadas intervenções de enfermagem (NIC) aos diagnósticos estabelecidos: oferecer informações sobre diagnóstico, tratamento e prognóstico; manter níveis pressóricos dentro do padrão da normalidade; orientar e incentivar o autocuidado; monitorar para as manifestações de infecção; promoção de segurança e conforto; cuidados com a ferida operatória; observar circunstâncias físicas e/ou psicológicas que interferem no sono. CONCLUSÃO: Este estudo possibilitou um cuidado de enfermagem de forma sistematizada além de contribuir para a experiência e aprendizagem de conhecimentos. Palavras-chave: Cuidado. Diagnóstico de Enfermagem. Assistência de Enfermagem. 1- Enfermeira. Residente de enfermagem. Universidade Federal do Maranhão. E-mail: [email protected] 2- Odontologista. Mestre. Docente da Universidade Federal do Maranhão. E-mail: [email protected] 3- Enfermeira. Residente de enfermagem. Universidade Federal do Maranhão. E-mail: [email protected] 4- Enfermeira. Mestranda em Enfermagem. Universidade Federal do Maranhão. E-mail: [email protected] 5- Enfermeiro. Universidade Federal do Maranhão. E-mail: [email protected] 6- Enfermeira. Universidade Federal do Maranhão. E-mail: [email protected] AUTO-EXAME DAS MAMAS: CONHECIMENTO E PRÁTICAS DAS MULHERES ATENDIDAS EM UMA UNIDADE BÁSICA DE SAÚDE ABREU, Jerusa Emídia Rôxo de¹; AQUINO, Dorlene Maria Cardoso²; DESTERRO, Priscila Henriqueta Oliveira³; MORAIS, Cintia Daniele Machado de4; MOREIRA, Thaís Marques5 ; ROCHA, Tânia Pavão Oliveira6 INTRODUÇÃO: O câncer de mama caracteriza-se como uma doença de grande morbidade e mortalidade entre a população mundial, portanto o diagnóstico precoce é imprescindível. OBJETIVO: Esta pesquisa objetivou identificar o conhecimento e a pratica do auto-exame das mamas pelas mulheres atendidas no posto de saúde, pertencente a estratégia saúde da família, localizado na Vila Nova República em São Luís-MA; buscando também, levantar o perfil sócio-econômico das mulheres entrevistada; conhecer a freqüência da realização do auto-exame nas mulheres e levantar os fatores dificultadores para a realização do auto-exame das mamas pelas mulheres. METODOLOGIA: O presente trabalho constitui-se em um estudo descritivo que usa métodos da abordagem quantitativa, realizado no Centro de Saúde da Vila Nova República, Dr. José Ribamar Frazão Corrêa, no período de agosto a outubro de 2009. RESULTADO: A amostra compõe-se de 25 mulheres que compareceram neste período, para a realização do exame preventivo do câncer de colo uterino. O instrumento de coleta de dados foi elaborado e compõe-se de um questionário composto de 15 perguntas abertas e fechadas, divididos em 3 partes: Na primeira parte compõem-se de dados que permitem caracterizar a amostra em relação aos dados sócio-econômicos; na segunda parte os dados buscam identificar nas mulheres, noções sobre o câncer , bem como a freqüência da realização do auto-exame das mamas e na terceira parte os dados permitem levantar os fatores dificultadores para a realização do auto-exame das mamas. CONCLUSÃO: Os dados da pesquisa evidenciaram que 40% das mulheres mantêm relação estável; 56% possuem o ensino médio, são do lar, possuem 01 filho, tendo como renda máxima na família 1 salário mínimo.Em relação ao conhecimento e prática do auto-exame das mamas observou-se que: 88% tem o conhecimento, porém apenas 56% fazem a auto-exame em suas casas, contudo, de forma errada e no período errado. Quanto aos fatores dificultadores informados, destacou-se o esquecimento por parte das mulheres. Portanto, é necessário os profissionais de saúde conscientizem melhor ás mulheres, através de campanhas educativas, sobre a importância desta prática para que estas, dêem mais importância ao auto-exame das mamas, uma vez, que a detecção precoce do câncer nos estágios iniciais possibilita em muitos casos aumento de chances significativas de cura e também de utilização de tratamentos menos agressivo, proporcionando assim um aumento da expectativa de vida dessas mulheres. palavras-chaves: câncer de mama, auto-exame das mamas, conhecimento e prática _______________________________ ¹ Enfermeira do Hospital Universitário Presidente Dutra(HUPD)e da Estratégia Saúde da Família(SEMUS), Preceptora do PET Saúde da Família, mestranda em Saúde e Ambiente. ² Enfermeira Doutora em Patologia Humana pela UFBA, professora da Universidade Federal do Maranhão – UFMA, Coordenadora da árvore do PET Saúde da Família. 3 Enfermeira da Estratégia Saúde da Família do Município de Rosário - MA. 4 Graduanda de Enfermagem, do 5º Período da UFMA. 5 Graduanda de Enfermagem, do 5º Período da UFMA. Bolsista do PET Saúde da Família. e-mail: [email protected] 6 Enfermeira do Hospital Universitário Presidente Dutra(HUPD)e da Estratégia Saúde da Família(SEMUS), mestranda em Ciências da Saúde. CAMPANHA DE VACINAÇÃO COMO OPORTUNIDADE PARA ATUALIZAÇÃO DA VITAMINA A. LIMA, Élida Chaves de Carvalho 1 ; OLIVEIRA, Danielle Luce Almeida ²; SOUSA, Francisca Georgina Macedo ³; AMARAL, Márcia Raquel Lima 4 Introdução: A vitamina A é essencial ao crescimento e desenvolvimento do ser humano. É a vitamina mais estudada, pois pode causar xeroftalmia, que quando não tratada, leva a cegueira irreversível. A hipovitaminose A é um problema de saúde pública que acomete principalmente pré-escolares e pessoas com baixo nível socioeconômico, devido à alimentação inadequada. Desde 1994, o Ministério da Saúde intensifica as ações do Programa Nacional de Suplementação de Vitamina A – Vitamina A Mais, com o objetivo de reduzir e erradicar a hipovitaminose no país, atuando principalmente na região nordeste. A megadose da vitamina é indicada para crianças de 6 meses a 59 meses de idade, com dosagem de 100.000 (para crianças de 6 meses a menores de um ano) e 200.000 UI (para crianças de 12 a 59 meses), com intervalo de 6 meses entre as doses. Objetivo: Descrever a estratégia para atualizar o calendário de doses da vitamina A utilizando o Dia Nacional de Vacinação. Metodologia: Trata-se de relato de experiência realizado a partir da avaliação da Caderneta de Saúde da Criança, no que diz respeito ao número de doses aplicadas de vitamina A de crianças maiores de seis meses e menores de dois anos, durante o Dia D da Campanha de Vacinação contra a Influenza no dia 30 de abril de 2011, realizada em uma Unidade Básica de Saúde na periferia de São Luís/MA. As crianças que estavam com doses atrasadas, foram atualizadas com a administração das megadoses respectivas às idades. Resultados: No dia D da Campanha de Vacinação contra a Influenza, compareceram à unidade de saúde 49 crianças para serem vacinadas, destas, 44,8% iniciaram o esquema da vitamina A com idade acima de seis meses, sendo que três crianças receberam a primeira dose com mais de 18 meses de idade. No que diz respeito à segunda dose, quatro crianças, que corresponde a 20,4% receberam com mais de 18 meses de idade. Duas crianças (4%) fizeram a 3ª dose com a idade adequada de 18 meses. Conclusão: O Maranhão, por ser um estado da região nordeste, é considerado área de risco para o desenvolvimento da hipovitaminose A, devido à ingesta inadequada de nutrientes e níveis de pobreza maiores do país. Portanto, há necessidade de conscientização maior por parte dos profissionais de saúde e dos familiares, quanto à importância da vitamina A para o crescimento e desenvolvimento humano. As Campanhas de Vacinação, por se tratar de uma ação de saúde pública de grande alcance, torna-se uma excelente oportunidade para atualização, não só calendário vacinal da criança, mas, também como uma grande aliada na busca da cobertura da vitamina A, para que desta forma, a hipovitaminose seja controlada ou erradicada no país. Palavras-chave: Enfermagem, Vitamina A, Campanhas de Vacinação. ________________________________ 1 Enfermeira Assistencial da Estratégia Saúde da Família do município de São Luís – MA, Especialista em Saúde da Família, Membro do Grupo de Estudo e Pesquisa na Saúde da Família, da Criança e do Adolescente – GEPSFCA/UFMA. E-mail: [email protected]. ² Enfermeira Assistencial da Estratégia Saúde da Família do município de São Luís – MA, Especialista em Saúde da Família, Membro do Grupo de Estudo e Pesquisa na Saúde da Família, da Criança e do Adolescente – GEPSFCA/UFMA. ³ Enfermeira, Doutora em Enfermagem, Docente da Universidade Federal do Maranhão, Coordenadora do GEPSFCA 4 Enfermeira Assistencial da Estratégia Saúde da Família do município de São Luís – MA, Especialista em Saúde da Família, Membro do Grupo de Estudo e Pesquisa na Saúde da Família, da Criança e do Adolescente – GEPSFCA/UFMA. EMPREENDENDO ESFORÇOS E APONTANDO DIFICULDADES NO CUIDADO AO FILHO COM PARALISIA CEREBRAL Dennyse Cristina Macedo da Silva1; Francisca Georgina Macedo de Sousa2; Thiago Privado da Silva3; Andrea Cristina Oliveira Silva4 ; Daniele Castro Barbosa5 Introdução: O cuidado materno à criança com paralisia cerebral caracteriza-se como uma experiência complexa que demanda atenção permanente que envolve consultas, fisioterapia e cuidados domiciliares com a alimentação, higiene e administração de medicamentos. Por ser a mãe, na grande maioria das vezes, o principal cuidador, é sobre ela que recai todo o cuidado ao filho. A partir da afirmativa foi elaborada a seguinte pergunta de pesquisa: que significados são revelados pela mãe ao cuidar do filho com paralisia cerebral? Objetivo: Compreender dificuldades e esforços da mãe no cotidiano de cuidados à criança com paralisia cerebral. Metodologia: estudo descritivo com abordagem qualitativa. Para coleta de dados foi utilizada a entrevista não estruturada na modalidade não dirigida. Para apoiar a coleta e a análise dos dados foram utilizados os pressupostos da Análise Temática. Participaram do estudo 10 (dez) mães de crianças com diagnóstico de paralisia cerebral atendidas no ambulatório de Fisioterapia da Clínica Escola Santa Edwiges. As entrevistas foram realizadas após as sessões de fisioterapia as quais as crianças eram submetidas em pleno acordo com a mãe e profissionais do serviço. Para garantir sigilo, privacidade e a redução de ruídos e interferências de terceiros, as entrevistas foram realizadas em ambiente especifico definido pela coordenação do serviço. Resultados: neste manuscrito serão descritos dois temas relativos às dificuldades e esforços vivenciados pelas mães no cuidado ao filho com paralisia cerebral: Dificuldades do processo de cuidar do filho e Esforçando-se para atender todas as necessidades do filho. As dificuldades de locomoção aliadas ao tamanho e ao peso da criança são as maiores dificuldades relatadas pelas mães no processo de cuidar do filho. Os indicadores do crescimento (peso e idade) conferem dificuldades ao cuidado e queixas maternas de dores e desconfortos resultantes do esforço empreendido nos cuidados diários que exigem mobilidade da criança. Esforçando-se para atender todas as necessidades do filho as mães vivenciam a exigência de integral disponibilidade para o cuidado do filho afetando inclusive a satisfação de suas próprias necessidades. O cuidado materno significa para as mães, trabalho, compromisso, responsabilidade e dedicação. Nesse processo as mães se percebem essenciais aos cuidados e vivenciam dificuldades em partilhar o cuidado do filho com outros agentes por acreditarem que estes não saberiam cuidar como elas. O filho passa a ser a prioridade absoluta da mãe, e, assim, disponibiliza-se integralmente ao filho. Conclusão: ao cuidar do filho com paralisia cerebral as mães empreendem esforços e despertam sentimentos, significados e emoções de amor, orgulho e satisfação. Apesar das dificuldades apresentadas para a manutenção do regime terapêutico que a condição do filho exige, as falas revelaram mães fortes e esperançosas. Considerar as dificuldades e esforços despendidos pela mãe durante o cuidado ao filho com paralisia cerebral contribui para uma prática profissional de Enfermagem eficaz e coerente com o contexto e realidades de cada mãe e de cada família. Descritores:Enfermagem; Comportamento Materno; Cuidado; Criança; ____________________________________ 1- Enfermeira, Membro do GEPSFCA. E-mail: [email protected] 2-Enfermeira, Doutora em Enfermagem, Docente dos Cursos de Graduação e Pós-Graduação em Enfermagem da Universidade Federal do Maranhão, Coordenadora do Grupo de Estudo e Pesquisa em Saúde da Família, da Criança e do Adolescente – GEPSFCA 3-Enfermeiro, Membro do GEPSFCA 4-Enfermeira, Doutoranda do Programa Interinstitucional UFMA/EERP-USP, Docente do Curso de Enfermagem da UFMA, Membro do GEPSFCA 5-Enfermeira, Mestranda do Programa de Pós-Graduação em Enfermagem da UFMA, Membro do GEPSFCA FATORES DE RISCO PARA DOENÇAS CARDIOVASCULARES EM JOVENS COSTA, Josiane dos Santos¹; CORRÊA, Laísa Brenda²; MORAIS, Cintia Daniele Machado³; MOREIRA, Thais Marques4; VIANA, Lucian da Silva5 ; AZEVEDO, Patrícia Ribeiro 6 INTRODUÇÃO: As doenças cardiovasculares são responsáveis por aproximadamente 300 mil mortes por ano e estão acometendo cada vez mais, pessoas jovens. Várias doenças estão diretamente relacionadas ao modo de viver da sociedade. Na medida em que a modernização ganha espaço, as pessoas mudam seus hábitos de vida. O sedentarismo, associado à má alimentação leva as pessoas a adquirirem doenças que se constituem fatores de risco para o desenvolvimento de doenças cardiovasculares, como por exemplo, o diabetes mellitus, a hipertensão arterial e obesidade. Todos esses fatores fazem com que haja um enfoque ainda maior na promoção da saúde, no bem estar e a prevenção da doença. OBJETIVO: Traçar os principais fatores de risco para o desenvolvimento das DCVs em jovens, afim de que os mesmos auxiliem uma prevenção efetiva. METODOLOGIA: Trata-se de um estudo a partir de um levantamento bibliográfico realizado na base LILACS e SCIELO usando seis artigos publicados entre 1997 a 2006, sendo utilizados os descritores: doença cardiovascular, atividade física, prevenção, jovens, obesidade e alimentação. RESULTADOS: O IMC na população jovem tem se mostrado com freqüência acima da esperada, associado a hábitos de vida que tendem a favorecer o desenvolvimento das doenças cardiovasculares. Alguns artigos apontaram o excesso de peso como fator de risco para o desenvolvimento de doenças. Os dados epidemiológicos mostraram que o número de crianças obesas aumentou, o consumo do álcool e tabaco tem ocorrido cada vez mais cedo. O alcoolismo na infância foi citado como um problema social que deve ser discutido amplamente, a influência do ambiente familiar é fundamental, uma vez que o uso abusivo do álcool pelos familiares é capaz de levar uma criança a despertar o interesse pela bebida, um fator agravante do processo da doença. O acréscimo de atividade física, seja no lazer, seja em atividades formais, tem sido associado a uma melhor expectativa de vida e decréscimo do risco cardiovascular. Isso se dá pela prevenção do desenvolvimento da obesidade, evita a elevação da pressão arterial, melhora a resistência à insulina e também evita a elevação do colesterol, freqüentemente presentes em crianças e adolescentes. Os estudos demonstraram que a realização de atividades como palestra, reuniões ou encontros que abordem os fatores de risco pra doença cardiovascular: tabagismo, dislipidemias, hipertensão arterial, diabetes mellitus, obesidade, sedentarismo tem sido uma alternativa no combate ao desenvolvimento precoce dessas doenças. CONCLUSÃO: É necessário trabalhar de forma multidisciplinar desenvolvendo um papel preventivo para combater as doenças cardiovasculares em jovens a partir do monitoramento contínuo da prevalência dos fatores de risco. Já que os fatores de risco se instalam na infância, sua abordagem também deve começar lá, tendo a família como grupo social com fim na proposição de uma transformação que envolva conhecimentos, práticas e atitudes e um ambiente escolar saudável como oportunizador de práticas cotidianas. Além disso, promovendo educação, conscientizando jovens, para a realização de exercícios físicos, consumo de frutas e verduras e ainda evitar o consumo excessivo de bebidas alcoólicas e do tabaco visando diminuir a progressão das DCV e suas complicações proporcionando um envelhecimento com qualidade. Palavras- chave: Jovens, doenças cardiovasculares, obesidade ________________________________ ¹ Acadêmica de Enfermagem da UFMA, 5º Período.Voluntária do Pet Saúde da família. e-mail: [email protected] ² Acadêmica de Enfermagem da UFMA, 5º Período.Bolsista do Pet/ Vigilância Sanitária. ³ Acadêmica de Enfermagem da UFMA, 5°período, voluntária do Projeto de Extensão Saúde da Pele e da Liga Acadêmica de Diabetes e Obesidade (LADO). 4 Graduanda de Enfermagem na UFMA, 5º Período. Bolsista do PET Saúde da Família. 5 Acadêmico de Enfermagem da UFMA, 6º período, voluntário do Projeto de Extensão Saúde da Pele 6 Professora Mestre em Ciências da Saúde da UFMA HIDROCEFALIA: CUIDADOS DE ENFERMAGEM FRENTE A CRIANÇA COM DERIVAÇÃO VENTRICULAR EXTERNA Flávia Cristine Abreu Sena; Maria Elizieth da Luz Santos e Silva; Jedaías Silas da Silva; Francisca Georgina Macedo de Sousa; Girlene Alves Baima; Heloína Maria Siqueira de Sousa INTRODUÇÃO: a hidrocefalia caracteriza-se pelo acúmulo anormal e excessivo de líquido cefalorraquidiano dentro dos ventrículos ou do espaço subaracnóideo devido um aumento de sua produção, bloqueio ao trânsito ou déficit em sua reabsorção. Salvo algumas exceções, o tratamento definitivo da hidrocefalia é cirúrgico. O hospital Universitário Materno Infantil é referência no estado do Maranhão para tratamento de crianças com hidrocefalia. A utilização da Derivação Ventricular Externa (DVE) se constitui como uma das formas de tratamento para a referida patologia e exige da equipe de saúde e, em especial, do enfermeiro cuidado específico e permanente. No entanto, não há uniformidade das práticas de cuidado de enfermagem à criança com DVE e onde muitas dúvidas são suscitadas, motivadas por falta de capacitação específica ou mesmo pela pouca experiência de alguns profissionais. OBJETIVO: descrever os cuidados de enfermagem com o sistema Derivação Ventricular Externo em unidade pediátrica. METODOLOGIA: trata-se de relato de experiência de cuidado de enfermagem a criança com DVE internadas na Clínica Cirúrgica Pediátrica do Hospital Universitário Materno Infantil. Os cuidados foram enumerados tendo como referência as necessidades de adequado funcionamento e manipulação do sistema tendo como base os mecanismos de drenagem. RESULTADOS: os cuidados específicos com o sistema de drenagem dizem respeito ao posicionamento da criança e do próprio sistema: manter a criança em decúbito ventral evitando a flexão do quadril, pois aumenta a pressão intracraniana; manter DVE na linha zero, tomando como base o ponto médio de uma linha imaginária entre o canto da órbita e o conduto auditivo externo, que equivale ao forame de Monroe; manter altura do sistema conforme decisão da equipe de neurocirurgia respeitando os limites de pressão intracraniana; manipular o sistema de drenagem o mínimo possível; anotar débito, aspecto e cor da drenagem de líquor a cada 6 horas ou a cada 2 horas quando instabilidade; anotar sinais e sintomas de infecção como mudança na coloração normal do líquor, calafrios, febre, confusão mental, rebaixamento do nível de consciência, alteração pupilar, déficits motores, cefaléia, rigidez de nuca e vômitos; manipular com cuidado a criança evitando tracionamento do catéter; nunca aspirar ou injetar solução no catéter, salvo em caso de antibioticoterapia intraventricular; em caso de obstrução, notificar a equipe de neurocirurgia; realizar curativo na região peri-catéter a cada 2 dias; fechar o catéter de DVE durante o transporte ou quando baixar a cabeceira a zero grau, evitando hiperdrenagem; desprezar a bolsa coletora quando atingir 2/3 de sua capacidade; manter técnica asséptica, ao manipular a via de saída da bolsa; registrar o tempo de permanência do catéter e realizar cultura da bolsa de DVE semanalmente. CONCLUSÃO: discutir os cuidados de enfermagem com o sistema de DVE entre outros benefícios garante eficácia do cuidado e reduz os riscos de complicações e consequente comprometimento do quadro clínico da criança. Portanto, manipular corretamente o sistema de DVE poderá prover a criança de tratamento e prognóstico mais satisfatório, sendo, portanto, elementar que o profissional de enfermagem que presta assistência à clientela do tipo abordado, esteja devidamente preparado para desempenhar o referido cuidado. Descritores: Enfermagem; Cuidado; Hidrocefalia. INTOXICAÇÕES EXÓGENAS NOTIFICADAS NO SINAN NET EM 2010: PERFIL EPIDEMIOLÓGICO DOS CASOS CONFIRMADOS NO MARANHÃO Vanessa Moreira da Silva1, Thaiza Rodrigues Noronha2, Wesley da Silva Marques2, Lucian da Silva Viana2, Augusto Jader de Oliveira Santos2, Dorlene Maria Cardoso de Aquino3. Introdução: A intoxicação exógena é entendida como a evidenciação de efeitos nocivos causados em um organismo como resultado de sua interação com uma substância química e exógena. Constitui-se um grave problema de saúde publica devido à ausência de estratégias de prevenção e controle, e ao fácil acesso da população a substâncias licitas e ilícitas com alto grau de toxicidade. Objetivo: este artigo traça um perfil epidemiológico dos casos confirmados de intoxicação por substâncias exógenas, no estado do Maranhão, no ano de 2010. Metodologia: Utilizou-se a base de dados SINAN NET para levantar os casos notificados. As variáveis analisadas foram: faixa etária, sexo, cor, escolaridade, agente tóxico, Microrregião de Residência, circunstancia e evolução. Resultados: Em 2010, 98 casos de intoxicação exógena confirmada foram notificados pelo SINAN NET. Observou-se maior frequência da faixa etária de 15 a 39 anos (51%), sexo feminino (56,1%) e cor parda (73,4%). Dos casos notificados, 37,8% possuíam ensino fundamental incompleto; 27,6% foram intoxicados por medicamentos; 35,8% dos casos foram notificados na microrregião de Imperatriz; 43% configuraram-se como tentativa de homicídio, e; 80% evoluíram para cura sem sequelas. Conclusão: A investigação possibilitou conhecer as características da intoxicação exógena na população estudada, além de avaliar, indiretamente, a qualidade da coleta dos dados, haja vista que alguns destes não foram registrados (sendo notificados como ignorados/brancos). Ressalta-se a importância do correto e fidedigno preenchimento das fichas de notificação uma vez que a identificação do perfil epidemiológico deste agravo subsidia os órgãos sanitários para elaboração de ações de caráter preventivo. Palavras-chave: Intoxicação. Perfil Epidemiológico. Notificação. ____________________________________ 1- Relatora. Graduanda em Enfermagem pela Universidade Federal do Maranhão. E-mail: [email protected] 2- Graduando (a) em Enfermagem pela Universidade Federal do Maranhão. 6- Enfermeira Doutora em Patologia Humana pela Universidade Federal da Bahia. Professora Adjunta III do Departamento de Enfermagem da Universidade Federal do Maranhão NÍVEL DE CONHECIMENTO DOS ADOLESCENTES PARTICIPANTES DO PROGRAMA PET SOBRE DOENÇAS SEXUALMENTE TRANSMISSÍVEIS/AIDS Gliccia Morguethe Vieira Rego 1; Adriana Heleny Borralho de Araújo 2; Diogo Alencar de Carvalho3; Jéssica Brito Rodrigues4 ; Regina Maria Abreu Mota5 INTRODUÇÃO: As doenças sexualmente transmissíveis são prevalentes na adolescência e facilitadoras da contaminação pelo HIV. A baixa idade das primeiras relações sexuais, a variabilidade de parceiros, o não uso de preservativo são apontados como fatores de risco às doenças sexualmente transmissíveis(DST‟s). OBJETIVO: Verificar o nível de conhecimento dos escolares adolescentes de uma escola pública de São Luís-MA sobres as DST/AIDS. MATERIAL E MÉTODO: Estudo descritivo realizado no mês de março de 2011 com adolescentes do pPrograma PET ( Programa de Educação Tutorial) do bairro Vila Luisão, no município de São Luís – MA. Os dados foram coletados por meio de um questionário estruturado. RESULTADOS: Dos 25 participantes, 48% eram do sexo masculino e 52% do sexo feminino, a idade variou entre 12 e 15 anos. 28% informaram já ter praticado relação sexual com idade média de 13,85 anos, onde 14,28% (n=5) usaram camisinha, tiveram entre 1 a 3 parceiros e referiram ainda que não adquiriram nenhuma DST. Observou-se que a doença sexualmente transmitida mais conhecida é a AIDS (88%), seguida do HPV com 32%, Sífilis 30%, Gonorréia 13%, Herpes Simples 10%, Clamídia, Cancro Mole e Tricomoníase 0%. Além disso 4% dos alunos nunca ouviram falar em nenhuma das DST‟s citadas no questionário.100% dos meninos e das meninas não virgens, relataram nunca terem feito exames ginecológicos e urológicos e nunca terem tido nenhuma DST.CONCLUSÃO: Considerando o conhecimento dos adolescentes sobre DST/AIDS observado nesse estudo sugere-se que mais ações de prevenção devem ser desenvolvidas com participação de setores governamentais, não-governamentais, escolas, serviços de saúde e comunidade, visando transformar o conhecimento sobre DST e AIDS em comportamento sexual seguro e responsável. Acredita-se que a partir do momento que as escolas e os pais se empenharem na preparação dos jovens sobre a sexualidade, será menor a prevalência de DST entre os adolescentes. DESCRITORES: Enfermagem em Saúde Pública, Saúde do Adolescente, Doenças Sexualmente Transmissíveis. 1 Acadêmica do Curso de Enfermagem da Universidade Federal do Maranhão – UFMA. Email: [email protected]. Endereço: Rua 05, quadra 08, casa 34, Cohatrac IV . São Luís – MA. Brasil. 2,3,4 Acadêmicos do Curso de Enfermagem da Universidade Federal do Maranhão – UFMA. 5 Enfermeira. Professora Assistente da Universidade Federal do Maranhão – UFMA O CONHECIMENTO DAS MÃES SOBRE O ESQUEMA VACINAL PARA CRIANÇAS DE ATÉ 1 ANO ABREU, Jerusa Emídia Rôxo de¹; AQUINO, Dorlene Maria Cardoso²; CASTRO, Sthennio Macedo³; COSTA, Josiane dos Santos4; MOREIRA, Thaís Marques5 ; ROCHA, Tânia Pavão Oliveira6 INTRODUÇÃO: As vacinas são uma das medidas mais importantes de prevenção das doenças, que poderiam afetar seriamente a saúde das crianças levando inclusive a morte. OBJETIVO: Esta pesquisa objetivou identificar o conhecimento das mães sobre o esquema vacinal para as crianças de 0 a 12 anos, atendidas no posto de saúde, pertencente a estratégia saúde da família de São Luís – MA; buscando também levantar o perfil sócio-econômico das mães entrevistadas identificando nas cadernetas das crianças de 0 a 12 anos a ocorrência do esquema vacinal atualizado. METODOLOGIA: O presente trabalho constitui-se em um estudo descritivo que usa métodos da abordagem quantitativa, realizado no Centro de Saúde do Pirapora no período de novembro de 2010. RESULTADOS: A população compõe-se de 50 mães que compareceram neste período na sala de vacina no turno da tarde para a vacinação dos seus filhos. O instrumento de coleta de dados foi elaborado e compõe-se de um questionário composto de perguntas abertas e fechadas, divididos em 2 partes: na primeira parte compõem-se de dados que permitem caracterizar a amostra em relação aos dados sócio-econômicos; na segunda parte os dados buscam identificar o conhecimento das mães sobre as vacinas, e o esquema vacinal disponibilizados para as crianças de 0 a 12 meses na rede básica de saúde. CONCLUSÃO: Os dados da pesquisa evidenciaram que 60% das mulheres não mantêm relação estável; 46% possuem o ensino fundamental, 75% são do lar, possuem em média 03 filhos, tendo como renda máxima na família 1 salário mínimo. Em relação ao conhecimento do esquema vacinal em crianças de 0 a 12 anos apenas 20% das mães conheciam, e 35% estavam com o esquema vacinal atualizado. A baixa cobertura vacinal evidenciada no estudo aponta a necessidade de mais campanhas educativas dos profissionais de saúde para com as mães sobre a importância e magnitude das vacinas no combate ás doenças, tendo em vista que é um direito assegurado por lei, e um dever de todos os pais. Palavras- chave: Vacinas; Mães; Conhecimento ________________________________ ¹ Enfermeira do Hospital Universitário Presidente Dutra(HUPD) e da Estratégia Saúde da Família(SEMUS), Preceptora do PET Saúde da Família, mestranda em Saúde e Ambiente. ² Enfermeira Doutora em Patologia Humana pela UFBA, professora da Universidade Federal do Maranhão – UFMA, Coordenadora da árvore do PET Saúde da Família. ³Enfermeiro da Estratégia Saúde da Família do Município de Bacabal – MA. 4 Graduanda de Enfermagem na UFMA, 5º Período.Voluntária do Pet Saúde da família. e-mail: [email protected] 5 Graduanda de Enfermagem na UFMA, 5º Período. Bolsista do PET Saúde da Família. 6 Enfermeira do Hospital Universitário Presidente Dutra (HUPD) e da Estratégia Saúde da Família(SEMUS), mestranda em Ciências da Saúde O USO DE MEDICAMENTOS SEM PRESCRIÇÃO MÉDICA ENTRE OS ESTUDANTES DA ÁREA DE SAÚDE MORAIS, Cintia Daniele Machado i; SARDINHA, Ana Hélia de Lima2 ; MURICI, Aline Fernanda Fontinele3; VASCONCELOS, Giselle Matteucci4 ; COSTA, Josiane dos Santos5; SANTOS, Liane Maria Rodrigues6 INTRODUÇÃO: A automedicação é uma prática bastante difundida no Brasil e consiste na utilização de medicamentos sem prescrição médica. É uma forma de auto-atenção à saúde, com o objetivo de trazer benefícios no tratamento de doenças ou alívio de sintomas e para isso, segundo Vilarino et al. o paciente recorre as pessoas não habilitadas, como amigos, familiares e balconistas de farmácia. Ocorre também a automedicação orientada, na qual o indivíduo faz uso de receitas antigas, mesmo que estas não tenham sido prescritas para uso contínuo. A maioria dos remédios tem uma composição química que pode trazer sérios danos ao organismo caso não sejam ministrados em uma dosagem correta. Acadêmicos da área de saúde realizam automedicação para tratamento imediato de sinais e sintomas de algumas patologias simples, mesmo sabendo que o uso indiscriminado pode causar efeitos desfavoráveis, ocasionando conseqüências graves. Discussões em sala e conteúdos vivenciados formaram as premissas desta revisão bibliográfica, mesmo antes do primeiro contato com os conhecimentos farmacológicos. OBJETIVO: Investigar sobre a prática de automedicação entre os acadêmicos da área da saúde. METODOLOGIA: Tratou-se de um estudo bibliográfico acerca da automedicação entre acadêmicos da área de saúde. Foram selecionados nove artigos de periódicos através das bases de dados: Bireme, Google Acadêmico e Scielo com publicações no período de 2000 a 2010. RESULTADOS: Os artigos selecionados sobre o tema relatam que a prática da automedicação entre os acadêmicos da área da saúde é elevada, mas encontra-se dentro dos parâmetros observados por outros estudos. Os medicamentos mais utilizados foram os analgésicos e as vitaminas e os motivos mais apontados foram a dor, a suplementação alimentar e a prevenção de resfriados. A preocupação com o crescente consumo de medicamentos prende-se ao fato de que a maioria causa efeitos colaterais, muitas vezes mais graves do que a própria doença original. CONCLUSÃO: O consumo de medicamentos sem prescrição médica entre os universitários da área da saúde é elevado. Todavia, por se tratar de futuros profissionais da área de saúde, esperava-se que o consumo fosse menor e mais racionalizado, mas parece que é justamente esse maior conhecimento que os predispõe ao uso de forma inadequada. Palavras-chave: Automedicação. Acadêmicos de saúde. Utilização de medicamentos. ______________________________________ i Acadêmicade Enfermagem da UFMA, 5°período, voluntária do Projeto de Extensão Saúde da Pele e da Liga Acadêmica de Diabetes e Obesidade (LADO) Email: [email protected] 2 Enfermeira, Professora Dra do Curso de Enfermagem da UFMA 3 Acadêmica de Enfermagem da UFMA, 5° período, voluntária da Liga Acadêmica de Diabetes e Obesidade(LADO) 4 Acadêmica de Enfermagem da UFMA, 4°período. 5 Acadêmica de Enfermagem da UFMA, 5° período, voluntária do PET- Saúde da Familia 6 Acadêmico de Enfermagem da UFMA, 4º período,voluntária do Núcleo de Imunologia Básica e Aplicada(NIBA) PERFIL EPIDEMIÓLOGICO DOS CLIENTES EM TERAPIA RENAL SUBSTUTIVA- HEMODIÁLISE, EM SÃO LUÍS-MA. PIRES, Claudyene1; ; CHAVES, Anne Carine Silva1;; SOARES, Maria do Socorro Marques1;; TEIXEIRA, Fernanda Ismaela Rolim2; 3; ; MORAES, Regina de Fátima 4 Cruz ; AZEVEDO, Patrícia Ribeiro ; INTRODUÇÃO: A insuficiência renal crônica (DRC) é uma doença que afeta a população mundial, sendo considerada como um grave problema de saúde pública. Apesar dos grandes avanços tecnológicos no atendimento fisiológico da DRC, bem como no tratamento e assistência às pessoas com esta doença, ainda ocorrem elevados índices de mortalidade, o que representa um desafio para os profissionais de saúde. A DRC é um problema mundial de saúde pública. Hipertensão e diabetes são os principais fatores de risco para DRC e estão se tornando mais freqüentes na população em geral, contribuindo para o aumento da incidência de DRC. O estágio final da DRC é denominado insuficiência renal crônica terminal (IRCT), quando o paciente necessita de uma terapia renal substitutiva (TRS) para sobreviver. As TRSs disponíveis são a diálise (hemodiálise [HD] e diálise peritoneal [DP]) e o transplante renal (TX). O enfermeiro está envolvido no cuidado a pacientes com DRC em tratamento de hemodiálise, promovendo os cuidados específicos ao paciente durante e após as sessões de diálise, na coordenação do serviço e da equipe de enfermagem. OBJETIVO: Caracterizar o perfil epidemiológico de pacientes renais crônicos, submetidos à hemodiálise. METODOLOGIA: Estudo descritivo, quantitativo, retrospectivo e exploratório, na qual se utilizou o NEFRO DATA como base de dados. A amostra se constituiu de 137 pacientes que realizam tratamento hemodialítico no Hospital Universitário Unidade Presidente Dutra, em São Luís- MA. RESULTADOS: A média de idade foi 48,45 anos, num intervalo de 5 a 93 anos, 52% eram do sexo feminino, 82% referiram ser pardos, 42% eram casados, 35% tinham tipagem sanguínea O positivo. As principais causas determinadas de DRC foram a hipertensão e o diabetes (82%) seguidas das glomerulonefrites (21%). A média de tempo de realização de hemodiálise foi de 48 meses. CONCLUSÃO: Considerando estes dados percebe-se a alta prevalência de pacientes com patologia de base sugestiva a DRC, prevalência de pacientes do sexo feminino. A principal causa de DRC encontrada neste estudo foi a hipertensão e o diabetes. Apesar dos resultados quanto ao tempo de tratamento pode-se considerar um aumento na sobrevida do paciente com IRC, relacionado aos avanços tecnológicos e alto investimento financeiro pelo SUS para o tratamento. A enfermagem tem um papel de destaque nas ações de prevenção das DRC, promoção da saúde e qualidade de vida. Além de seu papel essencial na assistência do cliente durante a hemodiálise. Palavras-chave: Insuficiência renal crônica; Diálise renal; Enfermagem. ______________________________________ 1 Enf. Residente do HUPD_ [email protected]; Enf. Residente do HUPD Esp. em Saúde da Família; 3 Enf. Esp. em Nefrologia; 4 Enf. Mestre em Ciências da Saúde e docente do departamento de Enfermagem; 2 PET-SAÚDE E HANSENÍASE É BOM SABER: RELATO DE EXPERIÊNCIA OLIVEIRA, Luana Pontes1; OLIVEIRA, Danielle Luce Almeida2 ; LIMA, Élida Chaves de Carcvalho3; ROLIM, Isaura Letícia Tavares4 ; MESQUITA, Leonel Lucas Smith5 ; DIAS, Nalciram Rute6 Introdução: Visando o fortalecimento da Atenção Básica e da Vigilância em Saúde de acordo com as políticas públicas estabelecidas pelo Sistema Único de Saúde – SUS o Programa de Educação pelo Trabalho para a Saúde (PET-Saúde) presumi a educação pelo trabalho, caracterizando-se como instrumento para a qualificação em serviço dos profissionais em saúde e de iniciação ao trabalho 1. Dentre uns dos grandes problemas da Saúde Pública está a hanseníase, uma das doenças mais antigas que acometem o homem. A Hanseníase apresenta tendências de estabilização dos coeficientes de detecção no Brasil, mas ainda em patamares muito altos nas regiões Norte, CentroOeste e Nordeste2. A vigilância da doença deve ser organizada em todos os níveis de atenção, dentre elas a Unidade Básica de Saúde (UBS), que contribuirá com as informações a cerca da distribuição, da magnitude e da carga de morbidade da doença nas diversas áreas geográficas3. Mediante a essa situação acredita-se que ações educativas com foco na promoção, prevenção e recuperação são de suma importância para a sociedade, uma vez que a doença tem tratamento e cura. Objetivo: Contribuir para o esclarecimento da população sobre a hanseníase ensinando a detectar a doença, prevenção e tratamento. Metodologia: Este estudo consiste de um relato de experiência vivenciado pelos monitores e preceptores do PET-Saúde da Família, durante um dia educativo em contribuição pelo Dia Mundial da Saúde desenvolvido em uma comunidade carente do município de São Luís- MA, no mês de abril de 2011. Nesta ocasião abordamos vários temas de preocupação da Saúde Pública, dentre eles a hanseníase. Resultados: Foi realizada uma ação educativa sobre a Hanseníase, abordando a doença, sua forma de detecção, transmissão, sinais e sintomas, tratamento e a convivência com o paciente portador. Foram utilizados como instrumentos folders, cartazes, álbuns seriados e a verbalização de experiências. Nas explicações utilizamos uma linguagem direta e coloquial para melhor entendimento da comunidade. Percebemos que houve um interesse da comunidade em relação ao tema, devido às dúvidas que surgiram no decorrer da ação, sendo estas esclarecidas no momento. Conclusão: A possibilidade de estar próximo à comunidade por meio de ações educativas, permite a criação de um vínculo maior entre usuários e profissionais de saúde que atuam na UBS. Desta forma, foi de fundamental importância a abordagem da hanseníase na ação, porque permitiu esclarecimentos e desmistificações de questões acerca da doença e contribuiu muito significativamente para a construção do elo entre o PET/Saúde e a comunidade. Descritores: Enfermagem, Promoção da Saúde, Hanseníase. __________________________________ 1-Acadêmica de Enfermagem do 6° período UFMA, Monitora do PET-Saúde/ Saúde da Família e-mail: [email protected] 2 Enfermeira Assistencial do Programa Saúde da Família de São Luís – MA, Especialista em Saúde da Família,Preceptora do PET-Saúde/saúde da Família 3 Enfermeira Assistencial do Programa Saúde da Família de São Luís – MA, Especialista em Saúde da Família,Preceptora do PET-Saúde/saúde da Família 4 Dr em Enfermagem-Universidade Federal do Ceará-UFC. Professor Adjunto da Universidade Federal do Maranhão-UFMA. Coordenadora do PET-Saúde/Saúde da Família 5 Acadêmico de Enfermagem do 6° período UFMA, Monitora do PET-Saúde/ Saúde da Família 6 Acadêmica de Enfermagem do 6° período UFMA, Monitora do PET-Saúde/ Saúde da Família RELEVÂNCIA SOCIAL DA VIGILÂNCIA EM SAÚDE E IMPORTÂNCIA DA BUSCA ATIVA COMO FONTE DE DADOS. Augusto Jader de Oliveira Santos1, Áurea Mariana Costa Farias2, Mayane de Melo Bezerra2, Liberata Campos Coimbra3, Andréa Cristina Oliveira Silva4, Marinete Rodrigues de Farias Diniz5 Introdução: Trata-se de um relato de experiências que descreve e analisa a visita domiciliar na modalidade de busca ativa como instrumento de coleta de dados para a prática de pesquisa e vigilância em saúde. Objetivos: Discutir as potencialidades da utilização das visitas domiciliares em pesquisas acadêmicas e na prática de vigilância em saúde, descrever e analisar a visita domiciliar do tipo busca ativa como instrumento de coleta de dados para a prática de pesquisa e vigilância em saúde; sistematizar as vivências práticas das visitas domiciliares para a busca ativa, visando identificar e discutir os benefícios e limitações dessa modalidade como instrumento de coleta de dados e vigilância em saúde. Metodologia: Este relato descreve e analisa as experiências vivenciadas no Programa PET Vigilância em Saúde em cinco visitas domiciliares desenvolvidas no projeto: A Mortalidade por causas maternas em São Luis-MA, de outubro de 2010 a fevereiro de 2011. Teve como base as anotações de campo. As experiências foram anotadas pelas temáticas, aspectos relevantes e dificuldades encontradas na coleta de dados. A partir da utilização de critérios, elaborou-se categorias para a sistematização da experiência de utilização das visitas domiciliares como forma de coleta de dados, são elas: organização da coleta de dados e das visitas domiciliares; localização das famílias; as reações dos familiares e da comunidade; desigualdades sociais e culturas locais.Resultados: salientam-se entre os benefícios da visita domiciliar: o conhecimento do contexto social em que vivem as famílias e comunidades; a visualização in loco do que os documentos oficiais mostram de forma limitada; a identificação do perfil epidemiológico das comunidades; a avaliação do impacto das ações dos serviços de saúde; a identificação de situações de risco; o fornecimento de dados para o planejamento de políticas públicas direcionadas à promoção da saúde; a possibilidade de fazer vigilância em saúde, a chance de interagir e vivenciar o meio em que os indivíduos viveram; a possibilidade de ter experiência no conhecimento de outras realidades; a rica experiência para acadêmicos e para capacitação de recursos humanos em saúde; a oportunidade de (re) ligar teoria e prática; a possibilidade de ouvir as pessoas e não vê-las como números ou índices; a obtenção de dados fidedignos; suas limitações foram: a dificuldade de encontrar os endereços das falecidas, a reação de alguns familiares,pessoas que se negavam a dar informações ou referiam outros informantes e assim, iam empurrando de um lado para outro.Conclusão:Conclui-se que a visita domiciliar é um instrumento eficiente de coleta de dados e de vigilância em saúde ainda pouco divulgado. Por fim, salienta-se que os benefícios da visita domiciliar são mais significativos do que suas limitações. Estas acabam se tornando transponíveis com o decorrer do trabalho e com a experiência em visitas. Palavras Chave: Visita Domiciliar, Coleta de Dados, Vigilância, Perfil epidemiológico __________________________________ 1-Relator Graduando em Enfermagem pela Universidade Federal do Maranhão ([email protected]) 2-Aluno(a) de graduação do curso de Enfermagem da Universidade Federal do Maranhão 3-Enfermeira Doutora em Políticas Públicas e Mestre em Saúde e Ambiente na Universidade Federal do Maranhão. 4-Enfermeira Mestre em Saúde Ambiente 6-Enfermeira com Especialização em Enfermagem Obstétrica SISTEMATIZAÇÂO DA ASSISTÊNCIA DE ENFERMAGEM A UM PACIENTE HIV POSITIVO USUÁRIO DE SUBSTÂNCIAS PSICODISLÉPTICAS EM UM CAPSad DE SÃO LUIS MA: ESTUDO DE CASO JOSÉ ADAILTON ROLAND DINIZ *; MAX RAFAEL ALMEIDA RODRIGUES** Devido aos problemas psíquicos e comportamentais conseqüentes do uso de drogas psicodislépticas, rotineiramente tem chegado ao serviços reabilitação, indivíduos usuários dessas substância convivendo com o HIV, situação que nos desafia a buscar um aprimoramento e inovações na assistência a fim de que seja capaz de responder as mais diversas necessidades desses indivíduos, adequando ás suas reais necessidades.O enfermeiro por estar co-responsabilidado nesse contexto, deverá tomar atitudes e buscar um maior comprometimento na resolução dos problemas em qualquer espaço terapêutico que o mesmos esteja ocupando. Daí o objetivo deste estudo é propor um plano assistencial de enfermagem a um paciente HIV positivo usuário de substâncias psicodislépticas, através da metodologia qualitativa do tipo estudo de caso, realizado no CAPS ad estadual , na zona urbana do município de São Luís – MA, no período de Junho a outubro de 2010. Utilizamos para Sistematização traçar a proposta assistencial a da Assistência de Enfermagem com elaboração dos diagnósticos e intervenções após levantamento dos dados durante o acompanhamento do paciente, tomando como base a Taxonomia II NANDA. A partir dos diagnósticos encontrados a proposta de cuidados nos direcionam para assistência através de acolhimento e a informações com ênfase no autocuidado, uso de medicamentos psicotrópicos e anti retrovirais, trabalhos grupais, imunização, prevenção de recaídas, incentivo à melhorias na ergonomia domiciliar, realização de exames regulares dentre outros. Ao concluir o trabalho ficou constatada a importância do estudo da temática, principalmente por evidenciarmos a poucas publicações dentro do mesmo contexto e pela possibilidade de escuta singular do indivíduo conhecer um pouco mais desse universo transversalizado de vivências atreladas ás drogas e soropositividade e podendo a partir daí fornecer subsídio teórico à assistência de enfermagem. Palavras chaves: Drogadição; HIV/AIDS;Centro de Atenção Psicossocial; Sistematização da Assistência de Enfermagem ___________________________________ * Enfermeiro Especialista em Saúde Mental, Coordenador do CAPS ad estadual. **Bacharelado em Enfermagem SESSÃO PÔSTER A AMAMENTAÇÃO E EDUCAÇÃO EM SAÚDE NA ATENÇÃO BÁSICA: UMA REVISÃO DE LITERATURA Lima, Alice Bianca Santana1; Coimbra, Liberata Campos 2; Rocha Neta, Agostinha Pereira 3; Soeiro, Neidna Raissa de Almeida3 ; Viana, Lucian da Silva3; Albuquerque, Ingrid de Campos3 Introdução: A amamentação tem desempenhado um papel importante na saúde da mulher e da criança e inúmeros trabalhos têm sido publicados ressaltando a proteção conferida à criança, a curto e longo prazo. O leite humano é considerado o padrão ouro na alimentação do lactente e o crescimento e desenvolvimento da criança. A mesma enquanto um processo psicossexual, deve proporcionar satisfação e estar baseada na confiança. A amamentação estabelece uma relação íntima, corporal, de conhecimento e reconhecimento mútuo, entre a mãe e o bebê. No entanto, depois de tantas décadas de "desmame comerciogênico", a cultura da amamentação havia sido rompida e a alimentação por mamadeira passou a ser considerada como natural. Fatores macroeconômicos e sociais, como a crescente urbanização da população mundial, o ingresso de parcela do sexo feminino no mercado de trabalho e o movimento pela igualdade entre os sexos, consubstanciados no movimento feminista, contribuíram também para a adoção do aleitamento artificial. Considerando o importante papel do aleitamento materno na redução da morbimortalidade infantil, as iniciativas de promoção, proteção e apoio ao aleitamento materno começaram ser priorizadas nos hospitais e na atenção básica pela Política Nacional de Saúde da Criança/Aleitamento Materno. Em 2008, o Ministério da Saúde lançou uma nova estratégia de promoção ao aleitamento materno na atenção básica, por meio da revisão do processo de trabalho interdisciplinar nas unidades básicas de saúde, apoiada nos princípios da educação permanente em saúde. Objetivos: O presente estudo tem por finalidade expor a importância da ação educativa para amamentação na atenção básica. Metodologia: Utilizou-se revisão bibliográfica constituída de pesquisa em artigos de periódicos, através das bases de dados: Bireme, Lilacs e Scielo. Resultados: A Estratégia Saúde da Família (ESF), pelos seus princípios e forma de organização do processo de trabalho, reúne condições favoráveis à atuação positiva sobre os indicadores de aleitamento materno. Evidencia-se a prática do cuidado familiar ampliado, efetivada por meio do conhecimento do território, bem como da estrutura, desenvolvimento e funcionabilidade das famílias e as ações voltadas à promoção da saúde. A carência de informações, ou informações inadequadas sobre o parto, o medo do desconhecido, bem como os cuidados a serem prestados ao recém-nascido nos primeiros dias são fatores mais comuns de tensão da gestante, influenciando negativamente durante o processo de amamentação. As dificuldades encontradas neste processo, manifestam-se na inadequação do posicionamento e da pega do bebê, na confusão de bicos e na falta de apoio familiar e social à amamentação. Contudo, é de competência da equipe de saúde acolher a gestante e a família, desde o primeiro contato com a unidade e repassar as orientações necessárias, dando apoio a lactante, ensinando-a na amamentação e expondo a importância do aleitamento materno. Conclusão: As unidades básicas de saúde devem priorizar o desenvolvimento de ações educativas, fazendo com que a puérpera compreenda a importância da amamentação, o modo adequado de amamentar e o laço de segurança e afeto entre ambos neste processo. Palavras-chaves: Aleitamento Materno. Amamentação. Mulher. 1.Relatora. Acadêmica de Enfermagem da Universidade Federal do Maranhão – UFMA; [email protected] – Bolsista de iniciação científica/ FAPEMA 2.Professora Adjunto III do Departamento de Enfermagem da UFMA, Enfermeira, Doutora em Políticas Públicas pela Universidade Federal do Maranhão- UFMA- Orientador. 3. Graduando (a) em Enfermagem da Universidade Federal do Maranhão – UFMA. A ASSISTÊNCIA DE ENFERMAGEM AO PACIENTE ADULTO HIPERTENSO CORREA, Laísa Brenda¹; COSTA, Josiane dos Santos²; MACHADO, Cintia Daniel3 ; MOREIRA, Thaís Marques4; PESSOA, Luciane Sousa5; SOUSA, Andréa Cristina Oliveira6 INTRODUÇÃO: A pressão arterial é o produto do débito cardíaco multiplicado pela resistência periférica. Na circulação normal, a pressão é exercida pelo fluxo de sangue através do coração e dos vasos sanguíneos. A pressão arterial alta, conhecida como hipertensão, pode resultar de uma alteração no débito cardíaco, uma modificação na resistência periférica ou de ambas. Esta, também conhecida como doença crônica nãotransmissível, tem apresentado um aumento significativo nas últimas décadas, sendo responsável por um grande número de óbitos em todo o país. OBJETIVOS: Demonstrar a relevância da assistência e orientação da enfermagem ao paciente com hipertensão. METODOLOGIA: Trata- se de uma pesquisa bibliográfica feita através de uma busca eletrônica nos bancos de dados SCIELO e LILAC‟S, onde foram selecionados cinco artigos que tratam sobre pacientes hipertensos e seus cuidados entre 2003 a 2010. RESULTADOS: A hipertensão arterial pode ser entendida como a apresentação de níveis de pressão arterial sistólica acima de 140mmHg e de pressão diastólica acima de 90mmHg em adultos. Trata-se de uma doença considerada a grande responsável pelo surgimento da insuficiência cardíaca, infarto do miocárdio e insuficiência renal. É chamada popularmente de “matador silencioso”, pois a pessoa que sofre de hipertensão arterial (HA) geralmente não apresenta sintomas. A hipertensão é, incontestavelmente, área de investigação médica das mais relevantes em termos mundiais, ocupando também papel de destaque na saúde pública e economia da saúde, entre outras. Com os avanços da ciência e da tecnologia, a equipe de enfermagem tem atuado numa abordagem multiprofissional aos pacientes portadores de doenças crônicas, esta tem sido aceita como mais um reforço na estratégia para se melhorar a aderência destes pacientes ao tratamento, já que há uma necessidade muito grande em conscientizar o paciente que esta patologia terá um cuidado rotineiro em sua vida. O tratamento para o controle da hipertensão arterial inclui, além da utilização de medicamentos, a modificação de hábitos de vida. O tratamento não-farmacológico (TNF) envolve mudanças do estilo de vida (MEV) e está indicado para todos os pacientes hipertensos ou como terapia inicial na HÁ não complicada recém-diagnosticada ou em associação a fármacos anti-hipertensivos. Para os pacientes com hipertensão não-complicada e nenhuma indicação específica para outro medicamento, os medicamentos iniciais recomendados incluem diuréticos, beta-bloqueadores ou ambos. CONCLUSÃO: O enfermeiro tem um papel muito importante no acompanhamento de pacientes hipertensos, porém, uma das dificuldades encontradas no atendimento destes é a falta de aderência ao tratamento, 50% dos hipertensos conhecidos não fazem nenhum tipo de tratamento e dentre aqueles que o fazem, poucos têm a pressão arterial controlada. Entre 30 a 50% dos hipertensos interrompem o tratamento no primeiro ano e 75%, depois de cinco anos. Assegurar a aderência do paciente ao tratamento é o principal passo da enfermagem para o sucesso do controle pressórico. PALAVRAS-CHAVE: Hipertensão; Assistência; Tratamento ¹Graduanda de Enfermagem- UFMA, 5º período. Bolsista do PET- Vigilância em Saúde. ² Graduanda de Enfermagem- UFMA, 5º período. Voluntária do PET – Saúde da Família. ³ Graduanda de Enfermagem UFMA, 5º período 4 Graduanda de Enfermagem UFMA, 5º período, bolsista do PET- Saúde da Família. e-mail: thaí[email protected] 5 Graduanda de Enfermagem UFMA, 2º período. 6 Enfermeira graduada pela Universidade Federal do Maranhão (1994) e mestre em Saúde e Ambiente. Atualmente é assistente I da Universidade Federal do Maranhão - UFMA. Membro do Grupo de Estudo e Pesquisa na Saúde da Família, Criança e Adolescente - GEPSFCA. A ATUAÇÃO DO ENFERMEIRO NO CENTRO CIRÚRGICO: RELATO DE EXPERIÊNCIA LISBÔA, Luciana Léda Carvalho 11. REGO, Gliccia Morguethe Vieira². COSTA, Larissa Di Leo Nogueira². SERRA, Moisés Ferreira². RAMOS, Walna Luisa Barros e². SILVA, Elza Lima³. Introdução: O centro cirúrgico visa atender a resolução de intercorrências cirúrgicas, por meio da ação de uma equipe integrada. Considerando-se o elevado número de procedimentos realizados e a complexidade da unidade, o papel do enfermeiro exige, além do conhecimento cientifico, responsabilidade, habilidade técnica e estabilidade emocional. Organizar o processo de cuidar, coordenar e controlar o trabalho da equipe de enfermagem e também as atividades que o centro cirúrgico mantém com outras seções do hospital e garantir uma assistência completa ao paciente são finalidades do trabalho da enfermagem em centro cirúrgico. Objetivo: Relatar a experiência vivenciada durante o período de estágio no centro cirúrgico. Metodologia: Relato de experiência dos Estagiários do curso de enfermagem da Universidade Federal do Maranhão no centro cirúrgico do Hospital Universitário Unidade Presidente Dutra, no mês de Setembro de 2010. Resultados: Ficou evidente durante o período de estágio a singularidade do trabalho da equipe de enfermagem no setor avaliado. A presença dos profissionais de enfermagem se torna indispensável em praticamente todas as situações decorrentes, desde a parte burocrática de organização do setor até a funcionalidade e esclarecimentos/orientações gerais tanto para o paciente quanto para os acompanhantes. As deficiências no trabalho e na equipe também foram evidenciadas, já que, são lacunas que não podem existir, sendo este um local de grande estresse, delicadeza profissional e responsabilidade. Conclusão: O processo de enfermagem pode ser empregado como metodologia assistencial pelo enfermeiro para o planejamento e implementação dos cuidados de enfermagem necessários ao paciente cirúrgico, bem como na organização e administração do setor.Palavras- chave: Centro cirúrgico, enfermagem, equipe. 11 Acadêmica de enfermagem da Universidade Federal do Maranhão. Email: [email protected] ² Acadêmicos de enfermagem da Universidade Federal do Maranhão. ³ Enfermeira. Docente do Departamento de Enfermagem da Universidade Federal do Maranhão. A AUTOMEDICAÇÃO ENTRE OS ESTUDANTES DE GRADUAÇÃO DE ENFERMAGEM BEZERRA, Mayane de Melo 12; FRANÇA, Anderson Cardoso Baldez1; SILVA, Nayra Souza da1; SOUZA, Albina Karolyne Diniz1; AZEVEDO, Patrícia Ribeiro 2 INTRODUÇÃO: O medicamento é um bem essencial à saúde e uma importante ferramenta terapêutica, sendo responsável por parte significativa da melhoria da qualidade e expectativa de vida da população. Entretanto, seu uso irracional eleva os gastos na área da saúde, o que torna o tema de grande relevância. A automedicação pode ser realizada com produtos industrializados ou remédios caseiros. A intoxicação por medicamentos é responsável por 29% das mortes no Brasil e, na maioria dos casos, é consequência da automedicação. Além disso, o alívio momentâneo dos sintomas pode mascarar a doença de base, podendo agravá-la. Há uma tendência da prevalência da automedicação entre pessoas com maior grau de escolaridade, levando em conta que o conhecimento pode dar maior segurança a essa prática. A universidade é vista como uma fonte de grandes conhecimentos para os estudantes da área da saúde, que, por isso, são cobrados quanto a um comportamento diferenciado em relação a cuidados com a própria vida e saúde. No entanto, o que é observado é exatamente o oposto, contradizendo as expectativas da maioria. OBJETIVO: Analisar a produção do conhecimento, através da pesquisa bibliográfica, sobre a temática: “automedicação entre os estudantes de graduação de enfermagem”. MÉTODO: Realizada revisão de literatura científica por meio de pesquisa bibliográfica em banco de dados MEDLINE (PubMed: Cumulative Index Medicus), SCIELO (Scentific Eletronic Libary online) e LILACS (Literatura Latino-Americana e do Caribe em Ciência da Saúde). Os critérios de seleção incluirão artigos publicados entre 2005 e 2010, escritos em língua portuguesa. Os seguintes termos de pesquisa e operadores foram utilizados: “automedicação”, “universitários”, “enfermagem”. RESULTADOS: Através da revisão de literatura, pode-se inferir que a automedicação é uma prática comum entre os estudantes de Enfermagem, com predominância do sexo feminino e que as drogas usualmente consumidas sem prescrição são analgésicos/antipiréticos, por serem utilizados no alívio da dor e apresentarem maior facilidade de aquisição, mostrando que o acesso à informação não trouxe diferença qualitativa quanto à realização dessa prática. Os efeitos colaterais mais frequentemente encontrados foram mal estar, alergias, reações respiratórias, ânsia e vômitos. CONCLUSÃO: Verificou-se que é fundamental que os estudantes de enfermagem tenham maior conhecimento real de como lidar com a automedicação, para que esta seja realizada de forma consciente, sem perder de vista o fato de que como futuros profissionais serão também formadores de opiniões e terão que promover a prevenção da prática de automedicação. Palavras-chaves: automedicação/universitários/enfermagem. 1 Alunos do 7º Período do Curso de Enfermagem da Universidade Federal do Maranhão. Email do relator: [email protected] 2 Professora Mestre do Departamento de Enfermagem da Universidade Federal do Maranhão. A ENFERMAGEM NO DESENVOLVIMENTO DE ATIVIDADES NO PET/SAÚDE–SAÚDE DA FAMÍLIA. LIMA, Élida Chaves de Carvalho 1; BERNARDES, Ariane Cristina Ferreira²; OLIVEIRA, Danielle Luce Almeida³; ROLIM, Isaura Letícia Tavares Palmeira4 Introdução: O Programa de Educação pelo Trabalho para a Saúde – PET-Saúde/Saúde da Família é regulamentado pela portaria interministerial conjunta nº 2, de 03 de março de 2010. É uma ação que busca contribuir com o fortalecimento da Estratégia de Saúde da Família, focalizando-se no estudo e experimentação de tecnologias leves que favoreçam a promoção da saúde, através da educação, do trabalho em saúde e do controle social. O Programa tem como pressuposto a educação pelo trabalho e tem como fio condutor a integração ensino-serviço-comunidade. Cada grupo PETSaúde/Saúde da Família é formado por 1 (um) tutor acadêmico, 30 estudantes - sendo 12 estudantes monitores, que efetivamente recebem bolsas - e 6 (seis) preceptores (trabalhadores da saúde). Objetivo: Descrever as atividades desenvolvidas pelos enfermeiros-preceptores do PET-Saúde/Saúde da Família. Metodologia: Trata-se de um relato de experiência vivenciado por enfermeiras-preceptoras de uma árvore que compõem o programa, cujas atividades são desenvolvidas em uma Unidade Básica de Saúde (UBS) da periferia de São Luís/MA, em um ano de implantação do programa. Resultados: As atividades de enfermagem no PET-Saúde/Saúde da Família são pautadas em ações no âmbito da extensão, da pesquisa e do ensino. No campo da extensão foram realizadas atividades voltadas para educação/promoção da saúde. Tais atividades envolveram o planejamento e execução de ações educativas e interdisciplinares de saúde, juntamente com os profissionais das equipes de saúde da família da UBS, estudantes dos cursos de Enfermagem e Medicina. Dentre estas atividades podemos destacar: palestras educativas em escolas, na praça e na sala de espera da UBS, visitas domiciliares, consultas de enfermagem a grupos prioritários, realização de procedimentos da enfermagem, participações em campanhas de vacinação, comemoração dos dias alusivos a datas do calendário da saúde. No campo do ensino foram realizadas atividades para aprofundamento teórico sobre educação em saúde, através de seminários e capacitações, aproximando-se de metodologias que resgatem a autonomia das pessoas, valorizem os saberes populares e objetivem a transformação de hábitos, atitudes e comportamentos para promoção da saúde e qualidade de vida. E em relação à pesquisa, estão sendo executados projetos sobre a saúde do idoso na Atenção Básica, levantando dados sobre depressão na terceira idade, adesão ao tratamento da hipertensão arterial, diabetes mellitus, imunização, sexualidade na terceira idade, entre outras pesquisas. Conclusão: O desenvolvimento das atividades da Enfermagem no PET-Saúde/Saúde da Família, apropriando-se da educação em saúde como principal estratégia de transformação de hábitos, busca promover a saúde e a qualidade de vida no âmbito da atenção básica da população atendida. Palavras-chave: Enfermagem, Educação em Saúde. ___________________________ 1. Enfermeira Assistencial da Estratégia Saúde da Família do município de São Luís – MA, Especialista em Saúde da Família, Preceptora do PET/Saúde-Saúde da Família-UFMA. E-mail: [email protected] 2. Enfermeira Assistencial da Estratégia Saúde da Família do município de São Luís – MA, Especialista em Saúde da Família, Mestranda em Saúde coletiva, Preceptora do PET-Saúde/Saúde da Família – UFMA. 3. Enfermeira Assistencial da Estratégia Saúde da Família do município de São Luís – MA, Especialista em Saúde da Família, Preceptora do PET/Saúde-Saúde da Família-UFMA. 4. Enfermeira, Doutora em Enfermagem, Professora Adjunto do Curso de Enfermagem da Universidade Federal do Maranhão/UFMA, Coordenadora do PET-Saúde/Saúde da Família/UFMA. A IMPORTÂNCIA DA ASSISTÊNCIA DE ENFERMAGEM AO PACIENTE IDOSO QUE FAZ USO DE MEDICAMENTOS HIPERTENSIVOS MORAIS, Cintia Daniele Machado¹; SARDINHA, Ana Hélia de Lima2 ; COSTA, Josiane dos Santos3; CORRÊA,Laisa Brenda 4; PESSOA, Luciane Sousa5; MOREIRA, Thais Marques6 INTRODUÇÃO: A hipertensão arterial (HAS) é a doença de maior prevalência em nosso país, sobretudo entre os idosos, que constituem, possivelmente, o grupo etário mais medicalizado na sociedade. Assim o número de idosos vem aumentando e o consumo de medicamentos por esta faixa etária acompanha essa tendência. O uso indiscriminado de medicamentos pode trazer riscos para a saúde do idoso e uma das causas é a falta de informação que eles não possuem sobre o medicamento em uso. Na prática, a importância do enfermeiro está ligada ao processo de educação, motivando o idoso com hipertensão arterial a realizar o autocuidado, utilizando estratégias de ensinoaprendizagem, O enfermeiro pode ser identificado como um elemento de confiança no compartilhamento dos problemas e questões de ordem física, social, familiar, econômica e emocional. Na maioria das vezes, os portadores de hipertensão arterial desejam não só esclarecimentos para suas dúvidas, mas de alguém que amenize seus anseios.OBJETIVO: Analisar a importância da assistência de enfermagem ao idoso com hipertensão em terapêutica medicamentosa de hipertensivos, visando o cuidado, controlando a doença e melhorando a qualidade de vida do idoso. METODOLOGIA: Tratou-se de um estudo de revisão bibliográfica acerca da assistência de enfermagem ao idoso em uso de medicamentos hipertensivos. Foram selecionados dez artigos de periódicos através das bases de dados: Bireme, Google Acadêmico e Scielo com publicações no período de 2000 a 2010. RESULTADOS: Os artigos selecionados sobre o tema relatam que os medicamentos são o principal instrumento terapêutico para tratar a maior parte dos problemas de saúde dos idosos e estes possuem poucas informações a respeito de suas medicações e sobre os efeitos colaterais destas drogas e que as ações educativas de enfermagem podem minimizar as complicações amenizando assim os problemas decorrentes do uso de medicamentos. CONCLUSÃO: A partir da revisão bibliográfica pode-se perceber que a deficiência a adesão, entre os idosos portadores de hipertensão arterial têm relação direta com os diversos fatores associados à falta de informação sobre o tratamento. As ações de enfermagem educativas podem proporcionar ao paciente idoso a conscientização quanto ao seu estado de saúde, a necessidade do uso correto de medicamentos e motivar o idoso com hipertensão arterial a realizar o autocuidado tornando o tratamento mais efetivo e seguro. Palavras-chave: Hipertensão Arterial no idoso. Assistência de enfermagem. Medicamentos hipertensivos. ____________________________ 1 Acadêmica de Enfermagem da UFMA, 5°período, voluntária do Projeto de Extensão Saúde da Pele e da Liga Acadêmica de Diabetes e Obesidade (LADO) Email: [email protected] 2 Enfermeira, Professora Dra do Curso de Enfermagem da UFMA 3 Acadêmica de Enfermagem da UFMA, 5° período, voluntária do PET- Saúde da Familia 4 Acadêmica de Enfermagem da UFMA, 5°período, bolsista do PET-Vigilância em Saúde 5 Acadêmica de Enfermagem da UFMA, 3° período. 6 Acadêmica de Enfermagem da UFMA, 5º período,bolsista do PET- Saúde da Familia A IMPORTÂNCIA DA VISITA DE ENFERMAGEM PRÉ- OPERATÓRIA : REVISÃO DE LITERATURA SANTOS, Yelenna Rafysa Mendes Santos1; MENDES, Lana Carla de Souza2; SILVA, Elen Patrícia Licar da3; SILVA, Maria das Graças Rodrigues4 ; ARAÚJO, Glauciene Rocha de5; SILVA, Elza Lima da6. Introdução: A visita pré-operatória é um recurso usado para levantar dados sobre o paciente cirúrgico, por intermédio dos quais detecta os problemas ou alterações relacionadas aos aspectos biopsico-sócio-espirituais do paciente e planeja a assistência de enfermagem a ser prestada no período perioperatório. Objetivos: Identificar características comuns dos pacientes cirúrgicos; ressaltar a importância da visita préoperatória e a maneira adequada como o profissional de enfermagem deve comportarse. Metodologia: Trata-se de um estudo de revisão bibliográfica, exploratório sobre a importância da visita de enfermagem pré-operatória. Por meio de um levantamento bibliográfico acerca da temática, utilizando as bases de dados do Lilacs, Medline e Scielo, no Sistema Bireme. Resultados: Cada paciente é ensinado como um indivíduo, com consideração para quaisquer preocupações ou necessidades de aprendizado próprias. É primordial para se atingir a finalidade do recurso, que a confiança do paciente seja conquistado. Para tanto é preciso que a enfermeira seja cordial; saiba ouvir atentamente; seja compreensiva; tenha disponibilidade; mostre-se preocupada; ofereça segurança;tenha conhecimentos científicos; respeite crenças espirituais e valores culturais;dê informações que ajudem na irradiação ou diminuição dos desconfortos emocionais e encoraje a verbalização. Conclusão: O cliente cirúrgico apresenta um nível de estresse e ansiedade no período pré-operatório, independente do grau de complexidade da cirurgia. Há muito, as enfermeiras reconheceram o valor da instrução pré-operatória. Palavras-chave: cirurgia; orientação; ansiedade. _________________________________ 1,2,3,4,5 Acadêmicos de Enfermagem – Departamento de Enfermagem – Universidade Federal do Maranhão – UFMA. Email relator: [email protected] 6 Profª. Msc. do Departamento de Enfermagem – Universidade Federal do Maranhão – UFMA A IMPORTÂNCIA DO SIAB E SEUS INDICADORES NA ATENÇÃO BÁSICA Lima, Alice Bianca Santana 1 ; Coimbra, Liberata Campos 2; Silva, Naylle de Jesus da 3, Pereira, Odineilce Sampaio 4, Reis, Regimarina Soares 5 INTRODUÇÃO: O Sistema de Informação da Atenção Básica (SIAB) foi criado em 1998 como ferramenta de planejamento e orientação para a gestão das equipes de saúde da família e constitui um dos principais instrumentos de monitoramento e avaliação da atenção básica à saúde; as informações coletadas têm por objetivo o diagnóstico local em saúde e o planejamento de ações no âmbito da unidade básica, visando a organização de acordo com necessidades de saúde da população. OBJETIVO: Com base nestas questões, o objetivo deste estudo é identificar e expor a importância do uso deste sistema de informação na atenção básica. METODOLOGIA: Utilizou-se revisão bibliográfica constituída de pesquisa em artigos de periódicos, através das bases de dados: Bireme, Lilacs e Scielo. O presente trabalho trata-se de um projeto de iniciação científica do Departamento de Enfermagem da UFMA, ligado ao Núcleo de Pesquisa em Enfermagem- NUPEM, fazendo parte de um projeto maior, intitulado Avaliação da qualidade dos serviços de atenção básica do Sistema Único de Saúde no município de São Luis, Maranhão. RESULTADOS: Como sistema de informação, o SIAB produz relatórios, que irão servir como instrumento gerencial dos sistemas locais de saúde. O mesmo descreve a realidade demográfica, socioeconômica, sinaliza a situação de adoecimento, morte da população adscrita e fatores determinantes do processo saúdedoença na atenção básica. Esses dados servem de subsídios para realização de estratégias de mudança dos indicadores locais. Contudo, para que as ações se concretizem, é necessário que os dados sejam consolidados, relacionados, analisados e discutidos, como forma de planejamento, tanto em âmbito local, como em âmbito municipal, para que oriente o trabalho da equipe e se atinjam os objetivos propostos e metas pactuadas. Um bom planejamento deve partir do conhecimento da situação, descobrindo assim a causa que a produz e as medidas a serem adotadas. Um dos índices a serem analisados e priorizados para a análise e investigação da situação de saúde da população é o de mortalidade materno-infantil, sendo este utilizado como referência situacional dos países, refletindo a eficácia dos sistemas de saúde. CONCLUSÃO: A realização do diagnóstico de saúde é uma etapa fundamental para planejar as ações de uma equipe, pois identifica, caracteriza e analisa uma situação com o propósito de desenhar um quadro de necessidades e soluções. O SIAB possibilita aos gestores essa análise minuciosa, proporcionando os dados para tomada de decisões e transformação situacional de saúde. DESCRITORES: SIAB. Atenção Básica. Sistema de Informação. __________________________________ 1.Relatora. Acadêmica de Enfermagem da Universidade Federal do Maranhão – UFMA; [email protected] – Bolsista de iniciação científica/ FAPEMA 2.Professora Adjunto III do Departamento de Enfermagem da UFMA, Enfermeira, Doutora em Políticas Públicas pela Universidade Federal do Maranhão- UFMA- Orientador. 3. Acadêmica de Enfermagem da Universidade Federal do Maranhão – UFMA – Bolsista de iniciação científica/CNPq. 4. Acadêmica de Enfermagem da Universidade Federal do Maranhão- UFMA – Bolsista Voluntária de iniciação científica. 5. Mestranda em Políticas Públicas pela Universidade Federal do Maranhão – UFMA ACESSO À CONSULTA NA ATENÇÃO BÁSICA NO MUNICÍPIO DE SÃO LUÍS – MARANHÃO SILVA, Naylle de Jesus1 ; PEREIRA, Odineilce Sampaio 2 ; LIMA, Alice Bianca Santana3 ; REIS, Regimarina Soares4; CORREIA, Alanna Dayse Nogueira5; COIMBRA, Liberata Campos6 Introdução: O acesso é estudado como categoria estratégica para o planejamento, organização e produção de ações e serviços de saúde. Configura-se elemento central de qualificação da atenção à saúde, sobretudo no contexto atual de expansão e reestruturação. Objetivo: Caracterizar o acesso à consulta na Atenção Básica no município de São Luís - Maranhão. Metodologia: O presente trabalho trata de um projeto de iniciação científica do Departamento de Enfermagem da UFMA, ligado ao Núcleo de Pesquisa em Enfermagem-NUPEN, fazendo parte de um projeto maior intitulado “Avaliação da qualidade dos serviços da atenção básica do Sistema Único de Saúde no município de São Luís, Maranhão”. Trata-se de um estudo de caráter avaliativo da qualidade dos serviços de Atenção Básica em Saúde, quanto ao acesso do usuário às Unidades Básicas em São Luís – Maranhão. A população de referência deste estudo é composta por usuários cadastrados na Estratégia Saúde da Família (ESF). Desta população trabalhou-se com uma amostra representativa de 882 usuários adultos e acompanhantes adultos de crianças ou incapacitados. Foram utilizados instrumentos validados no Brasil a partir dos componentes do Primary Care Assessment Tool (PCATool), formulados e validados para avaliar os atributos da atenção primária ( Porta de entrada, Acesso, Coordenação, Vínculo, Elenco de serviços, Enfoque familiar, Orientação para a comunidade e Formação profissional). O acesso à consulta na Unidade foi investigado buscando-se identificar a perda de trabalho para consulta, pagamento pelo atendimento, espera por mais de 30 minutos para o atendimento, bem como a facilidade para conseguir consulta médica, tanto na Unidade, quanto no prazo de 24 horas. Resultados: Observou-se que 35,2% dos usuários sempre faltam ao trabalho para obter uma consulta, seguido de 16,9% responderam que nunca faltam o trabalho. Quanto ao pagamento pelo atendimento, observou-se que 93,4% responderam que nunca pagaram pelo mesmo. Quanto à espera por mais de 30 minutos, observou-se que 55,4% responderam que sempre esperam por muito tempo, todavia observou-se que 5,1% responderam que nunca esperam por mais de 30 minutos. Quanto à facilidade para conseguir uma consulta na Unidade, observou-se que 33,5% responderam que sempre conseguem consulta na Unidade, seguindo de 4,2% responderam que nunca conseguem. Quanto à facilidade de conseguir um consulta médica em 24 horas, observou-se 22,8% responderam algumas vezes conseguem consulta médica no prazo. No entanto, 18,0% responderam nunca conseguem consulta médica em 24 horas na Unidade. Conclusão: Por meio dos dados apresentados se pode perceber ainda dificuldades no acesso à consulta na atenção básica em São Luís, uma vez que nem todos os usuários tem facilidade em conseguir sempre consulta médica, precisam faltar ao trabalho e esperam por mais de 30 minutos para atendimento na Unidade Básica de Saúde. Palavras chaves: Atenção básica; Acesso; Avaliação em saúde. __________________________ (1) Acadêmica do 7º período do Curso de Enfermagem da Universidade Federal do Maranhão-UFMA. Email: [email protected]. Bolsista de Iniciação Científica/CNPq (2) Acadêmica do 7º período do Curso de Enfermagem da Universidade Federal do Maranhão-UFMA. Bolsista voluntária de Iniciação Científica (3) Acadêmica do 6º período do Curso de Enfermagem da Universidade Federal do Maranhão-UFMA. Bolsista de Iniciação Científica/FAPEMA (4) Mestranda em Saúde Coletiva da Universidade Federal do Maranhão-UFMA. (5) Acadêmica do 7º período do Curso de Enfermagem da Universidade Federal do Maranhão-UFMA. (6) Professora Adjunto III do Departamento de Enfermagem da UFMA, Enfermeira, Doutora em Políticas Públicas. Orientadora. ÁLCOOL, ESTRESSE E SUAS INFLUÊNCIAS NA SAÚDE DO TRABALHADOR Wesley da Silva Marques,¹ Augusto Jader de Oliveira², Agostinha Pereira Rocha Neta², Lucian da Silva Viana², Thayane Costa Ferreira², Carlos Leonardo Figueiredo Cunha³ INTRODUÇÃO: O desgaste emocional o qual as pessoas são submetidas nas relações com o trabalho é um fator muito significativo na determinação de transtornos relacionados ao estresse, como é o caso das depressões, ansiedade, alcoolismo etc. No Brasil, o alcoolismo é responsável por 50% de absenteísmo no trabalho, sendo a causa mais freqüente de aposentadorias precoces e acidentes. Por consequência, o interesse na criação de programas de tratamento direcionados a essa população tem crescido nas ultimas décadas. OBJETIVO: Abordar o alcoolismo como um sintoma de sofrimento psíquico no trabalho, identificando a influência do estresse e álcool na saúde do trabalhador. MÉTODOS: Utilizou-se revisão bibliográfica constituída de pesquisa em oito artigos de periódicos, no período de 2003 a 2010, utilizando como descritores: Saúde do Trabalhador, Alcoolismo, Estresse, etc; através das bases de dados: Bireme, Google Acadêmico e Scielo. RESULTADOS: Os programas de tratamento do alcoolismo devem objetivar a redução do estresse do trabalhador e aumentar seu suporte interpessoal, visto que as características sociais do ambiente de trabalho, assim como os fatores psicossociais e pessoais, poderão afetar os motivos ou formas de consumo de bebidas alcoólicas. Os fatores predisponentes ao estresse foram: sobrecarga de trabalho, conflito de funções, desvalorização e condições de trabalho. Em suma, submetido à exposição constante a agentes estressores relacionados ao seu fazer profissional, o sujeito apresenta maior vulnerabilidade, de modo a comprometer sua resposta à demanda do trabalho, podendo vir a desenvolver respostas patológicas, geralmente identificadas como irritabilidade, nervosismo, humor deprimido, etc. CONSIDERAÇÕES FINAIS: Poucas pesquisas têm explorado a extensão do uso do álcool e suas consequências no local de trabalho, mas alguns estudos testemunham que as dificuldades nesse ambiente podem provocar um aumento do estresse ligado à vida profissional. Esse sofrimento mental continua difícil de ser identificado devido à subjetividade das avaliações. Palavras-chave: Trabalho. Saúde do Trabalhador. Alcoolismo. Estresse. ___________________________________ ¹ Relator. Acadêmico de [email protected] Enfermagem da Universidade Federal do Maranhão. ² Acadêmicos de Enfermagem da Universidade Federal do Maranhão. ³ Enfermeiro, Mestre em Saúde Materno Infantil pela Universidade Federal do Maranhão. E-mail: ANÁLISE DOS FATORES DE AVALIAÇÃO E SUPRESSÃO DA DOR NO PÓS OPERATÓRIO Augusto Jader de Oliveira Santos1; Neidna Raíssa Soeiro de Almeida2, Wesley da Silva Marques², Vanessa Moreira da Silva², Dayanne da Silva Freitas², Poliana Pereira Costa Rabêlo3 Introdução: A dor é uma sensação perceptiva e subjetiva, que cria impotência, medo e diminuição da qualidade de vida do ser humano. É uma das razões mais comuns da busca por cuidados médicos e é responsável pelo aumento de complicações pósoperatórias, pós-traumáticas, prolongamento das internações, aumento dos custos e insatisfação do doente com os tratamentos. A ocorrência e a intensidade da dor pósoperatória dependem de fatores constitucionais e relacionados à natureza dos procedimentos operatórios como localização e tipo de incisão, natureza e magnitude do traumatismo e duração das cirurgias, o preparo/cuidados aos pacientes no período préoperatório e pós-operatório e muitos outros. Objetivos: Demonstrar a importância do controle da dor no pós operatório e das terapêuticas medicamentosas para o seu controle; identificar o motivo da não eficácia destas como esperado; evidenciar qual instrumento de medida mais prevalece na sua mensuração;Corroborar o envolvimento dos enfermeiros nas pesquisas sobre dor e os fatores contribuintes para a não supressão da mesma no pós operatório. Identificar técnica e medicações mais utilizadas na sua supressão. Metodologia: Trata-se de um estudo integrativo de literatura, com busca nas bases de dados LILACS e Scielo utilizando os descritores: Analgesia, multimodal, opióides, dor e supressão. Foram incluídos artigos publicados entre maio de 1997 e maio de 2007. Resultados: Foram encontrados 9 estudos, os quais consideraram o controle da dor pós-operatória como um aspecto importante do cuidado no meio cirúrgico, com vista a diminuir as complicações pós-operatórias e garantir uma recuperação mais rápida e sem sofrimento. Para a maioria dos autores no tratamento da dor é indicada uma abordagem multimodal, que inclui técnicas farmacológicas e não farmacológicas. Em relação aos instrumentos de medida, prevaleceram às escalas unidimensionais, utilizadas na maioria dos artigos pesquisados. Observou-se o pequeno envolvimento de enfermeiros em pesquisas que abordam o controle da dor no pósoperatório e falhas dos profissionais em identificar as características da dor, avaliá-la indevidamente e com instrumentos inadequados, ou levando em consideração suas experiências particulares, além de desconhecimento relacionado à farmacocinética e a farmacodinâmica das drogas analgésicas em geral. A técnica de analgesia mais utilizada foi a Analgesia Controlada pelo Paciente (ACP) e os medicamentos mais utilizados foram os opióides, como a morfina, seguidos por antiflamatórios não esteroidais (AINEs) e dipirona. Conclusões: Deve haver educação continuada para os enfermeiros que atuam na área do C.C e a mesma deve ser realizada como fator prioritário de atualização; É importante um maior incentivo na participação desse profissional em pesquisas na área da dor como busca pela melhor assistência e, sugere-se ainda, o aumento da abordagem multimodal como técnica eficiente de supressão da dor. Palavras-chave: Analgesia, multimodal, opióides, dor e supressão. __________________________________ 1. Relator Graduando em Enfermagem pela Universidade Federal do Maranhão. ([email protected]) 2. Graduando (a) em Enfermagem pela Universidade Federal do Maranhão. 3. Enfermeira, Doutoranda em Ciências pela Escola de Enfermagem da USP/Ribeirão Preto (DINTER) e Mestre em Ciências da Saúde pela Universidade Federal do Maranhão. Professor Assistente I do Departamento de Enfermagem da Universidade Federal do Maranhão. . AS TEORIAS ECONOMICAS PARA UMA ATUAÇÃO INOVADORA DO ENFERMEIRO EM UMA UNIDADE HOSPITALAR PESSOA, Luciane Sousa¹; MELO, Franscisco Flávio de Sousa²; MOREIRA, Thais Marques³; MACHADO, Cíntia Daniele4 ; COSTA, Josiane dos Santos5; BANDEIRA, Sandra de Castilho6 INTRODUÇÃO: A análise de aspectos econômicos em saúde mostra-se extremamente atual e oportuno, uma vez que as organizações de saúde vivem momentos de grande competitividade, de busca pela qualidade do atendimento aos clientes e de necessidade de incorporação de tecnologia avançada. Em decorrência do significativo aumento de competitividade, as organizações têm como alternativas, maximizar as receitas, pela quantidade e diversificação dos serviços prestados, ou minimizar as despesas, reduzindo continuamente seus custos através da padronização de procedimentos médicohospitalares e ganhos de qualidade e produtividade(1). Alguns autores(2) afirmam que custos crescentes e recursos escassos têm afetado todos os prestadores de serviços de saúde, e que não houve outro momento, em que as organizações de saúde tiveram de operar com mais eficiência ou ter mais cuidado com as restrições de custos, como na atualidade. Os mesmos(2) comentam que a restrição de custos é responsabilidade de qualquer provedor de assistência à saúde e a sobrevivência de muitas organizações depende de sua capacidade de geri-los. A Organização Mundial de Saúde aponta o enfermeiro como o profissional da área de saúde com o maior potencial para assegurar uma assistência rentável, ou seja, eficaz em função dos custos (3). Quando se trata da preocupação com o custo do atendimento à saúde, percebe-se que os aspectos econômico-financeiros relacionados à assistência de Enfermagem foram historicamente ignorados, apesar dos enfermeiros efetivamente gerenciarem as unidades assistenciais, através da coordenação, controle do trabalho, planejamento e supervisão, viabilizando, favorecendo e criando condições técnicas e políticas para a realização do mesmo. OBJETIVOS: Identificar os princípios teóricos da Economia que estão inseridos na prática assistencial em uma unidade hospitalar aperfeiçoando a atuação do enfermeiro. METODOLOGIA: O trabalho tem enfoque descritivo analítico apartir de pesquisas bibliográficas em livros e artigos sobre Economia em Saúde. RESULTADOS: Observou-se que o profissional enfermeiro, engajado no processo gerencial das Unidades Hospitalares, seja como gerentes ou diretores de divisão ou de serviço, necessitam mais do que nunca buscar conhecimentos sobre custos, controle, planejamento e organização reconhecendo seu papel como agente de mudanças no alcance de resultados positivos, bem como buscando o equilíbrio entre qualidade, quantidade e recursos limitados. CONCLUSÃO: O enfermeiro tem papel preponderante na administração de recursos materiais e humanos, visto que usualmente assume o gerenciamento das unidades e a coordenação das atividades assistenciais realizadas pelo conjunto da equipe de saúde, o que leva a necessidade de desenvolvimento de um sistema de gerenciamento de materiais. Ressaltamos a importância do conhecimento teórico e prático de Economia em Saúde para a atuação do enfermeiro em relação ao gerenciamento dos serviços em unidades hospitalares. Palavras- chave: Inovação; Economia e Saúde ___________________________ 1 Graduanda do 2º período do Curso de Enfermagem, participante do Projeto de Extensão “Peregrinação de mães”, UFMA, [email protected]. 2 Graduando do 3º período do Curso de Enfermagem. 3 Graduanda do 5º período do Curso de Enfermagem, bolsista do PET-Saúde Família, UFMA. 4 Graduanda do 5º período do Curso de Enfermagem, UFMA. 5 Graduanda do 5º período do Curso de Enfermagem, voluntária do PET-Saúde, UFMA. 6 Profª. Msc. Departamento de Enfermagem, UFMA. ASSISTÊNCIA DE ENFERMAGEM A PACIENTE ACOMETIDA POR COMPLICAÇÕES CARDIOVASCULARES Lana Carla de Souza Mendes1, Caius César Araújo Melo 2, Jordana de Moura e Sousa3, Lucian da Silva Viana4 , Natália Ribeiro Mandarino 5, Thamires Pestana Sousa6 INTRODUÇÃO: As doenças cardiovasculares representam uma das principais causas de óbito no mundo contemporâneo. Nos países desenvolvidos as doenças cardiovasculares são responsáveis por quase 50% das mortes entre mulheres e homens com mais de 30 anos. Nos Estados Unidos estima-se que anualmente 4,5 milhões de pacientes têm dor torácica, cerca de 500 mil apresentam angina instável e 1,5 milhão infarto agudo do miocárdio (IAM). São aproximadamente 500 mil óbitos ao ano e se acredita que 50% desses ocorram antes da admissão hospitalar. OBJETIVO: Aplicar a Metodologia da Assistência de Enfermagem a portadora de Infarto Agudo do Miocárdio, Insuficiência Cardíaca Congestiva e Aneurisma do VE. METODOLOGIA: Estudo descritivo, do tipo estudo de caso, realizado na Clínica Médica Feminina do Hospital Universitário Unidade Presidente Dutra da Universidade Federal do Maranhão. Os dados foram coletados através de entrevista, exame físico e consulta aos registros de prontuário. RESULTADOS: Foi realizado um levantamento dos problemas de enfermagem, baseados no modelo de Taxonomia Diagnóstica da North American Nursing Diagnosis Association (NANDA, 2010). Identificaram-se os resultados esperados e se estabeleceu as intervenções de enfermagem segundo nomenclaturas padronizadas de acordo com a Classificação das Intervenções de Enfermagem (NIC). Diante disso foram tomadas as seguintes condutas: orientar sobre as patologias, orientar sobre o procedimento cirúrgico, administrar medicação prescrita pelo médico, orientar sobre cuidados pré e pós-operatório, supervisionar evolução da dor, supervisionar hidratação venosa, verificar, na prescrição, a liberação da dieta, monitorar sinais vitais. A mesma permaneceu internada aguardando resultado de exames e intervenção cirúrgica, a critério médico. CONCLUSÃO: A assistência de enfermagem a pacientes cardiopatas tem sido de grande relevância uma vez que estes necessitam de cuidados essenciais para uma boa evolução e prognóstico. A atuação da enfermagem nesse momento é de fundamental importância na prevenção e diagnóstico precoce das complicações e na manutenção do conforto do paciente, com observação rigorosa, detalhada e sistematizada do mesmo. Palavras- Chave: Assistência de Enfermagem; Complicações Cardiovasculares; Intervenções. __________________________________ 1. Graduanda de Enfermagem pela Universidade Federal [email protected] 2,4,6. Graduandos de Enfermagem pela Universidade Federal do Maranhão 3. Enfermeira especializada em Saúde da Família e Urgência e Emergência. 5. Enf. Ms. pela Universidade Federal do Maranhão. do Maranhão. Email: ASSISTÊNCIA DE ENFERMAGEM A PACIENTE COM LÚPUS ERITEMATOSO SISTÊMICO E OSTEOPOROSE COM QUADRO ÁLGICO INTENSO ARAÚJO, Rayanne Luiza Tajra Mualem1 ; BARROS, Marina Apolônio de2 ; COSTA, André Luis Braga3; ALBUQUERQUE, Rafaela Pontes4; NETA, Raimunda Silva Santos5; THOMAZ, Érika Bárbara Abreu Fonseca 6 INTRODUÇÃO: O Lúpus Eritematoso Sistêmico (LES) é uma doença inflamatória crônica, de causa desconhecida e de natureza auto-imune, caracterizada pela presença de auto-anticorpos. Seu desenvolvimento está ligado à predisposição genética e aos fatores ambientais, como luz ultravioleta e alguns medicamentos. Os aspectos clínicos envolvem múltiplos sistemas orgânicos como o musculoesquelético e nervoso. O termo osteoporose refere-se a um grupo de desordens e é caracterizado por perda de massa óssea, baixa qualidade óssea e propensão a fraturas. Com o envelhecimento da população, a incidência de fraturas, de dor e incapacidade associadas à osteoporose está aumentando. OBJETIVO: O trabalho tem por objetivo avaliar a percepção da dor em um paciente acometido por LES e estabelecer intervenções de enfermagem no alivio da dor. METODOLOGIA: O relato de caso foi realizado no Hospital Universitário Unidade Presidente Dutra em São Luís – MA, no período de 01/06 a 25/06/2010, na clínica médica feminina. Para avaliar a dor utilizou-se a escala numérica de 0 – 10. A dor como 5 sinal vital foi avaliada durante a aferição diária dos sinais vitais. RESULTADOS: E.M.S.S., 43 anos, feminino, branca, solteira, profissão e ocupação atual dona-de-casa, natural de Tufilândia – MA. Diagnóstico médico de LES e osteoporose. Procurou o serviço de saúde devido à úlcera vascular em MIE e dores em toda a coluna torácica irradiada para hemitórax direito e esquerdo, contínua, intensa (escore 9), em queimação e facada, melhora ao sentar, piora ao deitar, desencadeada ao movimento e ao tossir; dor óssea em MIE, intermitente, cansada, leve na maior parte do tempo (escore 3), intensa ao manuseio, melhora com o repouso e piora ao movimento. Sono não reparador devido queixa álgica e inapetente. Administração das medicações nos horários, aplicação de calor e frio, elevação do membro, dieta conforme aceitação, controle emocional da paciente, orientações e esclarecimentos acerca de sua doença e tratamento, promoção de conforto, melhora da ferida e do estado geral e controle dos sinais vitais foram algumas das intervenções de enfermagem com a paciente para que ela apresentasse um bom prognóstico e recebesse alta hospitalar. CONCLUSÃO: A paciente evoluiu com alta hospitalar, alívio da dor e melhora do estado geral, mostrando assim a importância da intervenção adequada da enfermagem e o conhecimento da equipe acerca da dor. Palavras-chave: Lúpus eritematoso sistêmico. Dor. Assistência de enfermagem. 1- Enfermeira. Residente de enfermagem. Universidade Federal do Maranhão. [email protected] 2- Enfermeira. Mestranda em Enfermagem. Universidade Federal do Maranhão. [email protected] 3- Enfermeiro. Universidade Federal do Maranhão. E-mail: [email protected] 4- Enfermeira. Residente de enfermagem. Universidade Federal do Maranhão. [email protected] 5- Enfermeira. Universidade Federal do Maranhão. E-mail: [email protected] 6- Odontologista. Doutora em saúde pública. Docente da Universidade Federal do Maranhão. [email protected] E-mail: E-mail: E-mail: E-mail: ASSISTÊNCIA DE ENFERMAGEM A UM PACIENTE SUBMETIDO À PROSTATECTOMIA: RELATO DE EXPERIÊNCIA REGO, Gliccia Morguethe Vieira1. LISBÔA, Luciana Léda Carvalho². COSTA, Larissa Di Leo Nogueira². SERRA, Moisés Ferreira². CARVALHO, Líscia Divana Pacheco 3. Introdução: A próstata tem como função a produção e excreção de cerca de 20% do volume ejaculado. Hiperplasia Prostática Benigna ocorre em cerca de 60% dos homens. Objetivo: Implementar uma assistência de enfermagem a partir do Sistema das Classificações (NANDA, NIC e NOC). Metodologia: Estudo descritivo, realizado na Ala A da Clínica Cirúrgica, do Hospital Universitário Unidade Presidente Dutra, no período de 18 a 25 de Outubro de 2010. Resultados: Diagnósticos de enfermagem no pré operatório: Disfunção sexual caracterizado por limitações reais impostas pela terapia, dentição prejudicada caracterizada por ausência de dentes, retenção urinária caracterizada por disúria relacionada a bloqueio, estilo de vida sedentário caracterizado por escolher uma rotina diária sem exercícios físicos, risco de infecção relacionada à exposição ambiental aumentada a patógenos e procedimentos invasivos. Diagnósticos de enfermagem no pós operatório: Risco de infecção relacionado à exposição ambiental a patógenos e procedimentos invasivos, padrão de sono prejudicado caracterizado por capacidade funcional diminuída, integridade tissular prejudicada caracterizada por tecido lesado evidenciada por fatores mecânicos. Conclusão: A elaboração da sistematização da assistência de enfermagem foi o meio que disponibilizamos para aplicar nossos conhecimentos técnico-científicos e humanos na assistência ao paciente, melhora o controle clínico e permitir o gerenciamento de riscos. A assistência de enfermagem visa não só a satisfação dos clientes, mas também busca esclarecer fatos ao paciente/família. Descritores: Assistência de enfermagem, processo de enfermagem, prostatectomia. _______________________________ 1 Acadêmica de enfermagem da Universidade Federal do Maranhão. Email:[email protected] ² Acadêmicos de enfermagem da Universidade Federal do Maranhão. ³ Enfermeira. Docente do Departamento de Enfermagem da Universidade Federal do Maranhão. ASSISTÊNCIA DE ENFERMAGEM À UMA CLIENTE COM GESTAÇÃO GEMELAR: ESTUDO DE CASO BOTENTUIT, Thaís Natália Araújo1; SIQUEIRA,Thalita Gracyelle Aragão2; DOMINICE, Aline Kércia Dias3; ALMADA, Monique Pereira4; COSTA JUNIOR, Joaquim Alves5; FONSECA, Lena Maria Barros6 Introdução: A presença simultânea, na mulher de dois ou mais conceptos, no útero ou fora dele, constitui a prenhez múltipla classificada em dupla ou gemelar, tripla, quádrupla, quíntupla, sêxtupla etc.Objetivo: Implementar a assistência de enfermagem sistematizada a gestante com prenhez múltipla classificada em dupla, que foi submetida à cirurgia cesariana, aplicando o processo de enfermagem utilizando sistema das classificações ( NANDA, NIC, NOC). Metodologia: Trata-se de um estudo descritivo do tipo estudo de caso, realizado primeiramente no centro Obstétrico e posteriormente na Ala E do Alcon, do Hospital Universitário Unidade Materno Infantil (HUUMI UFMA) no período de 14 de abril a 19 de abril de 2011. O estudo obteve como amostra a gestante M. V. B. M. de 26 anos com prenhez múltipla submetida a cirurgia cesareana.Fundamentado no Sistema das Classificações (NANDA, NIC, NOC), aplicamos todo o processo de enfermagem de forma sistematizada no pós operatório. Primeiramente realizamos o histórico de enfermagem com anamnese e exame físico minucioso, o que possibilitou o levantamento dos diagnósticos de enfermagem segundo a taxonomia dos diagnósticos da NANDA (North American Nursing Diagnosis Association). Tais diagnósticos constituíram a base para a seleção das intervenções de enfermagem, estabelecidas de acordo com a classificação das Intervenções de Enfermagem (NIC), para o alcance dos resultados visados. Os resultados, por sua vez, foram estipulados em conformidade com a Classificação dos Resultados de Enfermagem (NOC). Resultados: Os diagnósticos identificados nas fases pré e pósoperatória segundo a NANDA (2010) foram: Disfunção sexual relacionada à estrutura corporal alterada( gravidez), estilo de vida sedentário, ansiedade, risco de infecção, dor aguda, integridade tissular prejudicada. As intervenções de enfermagem conforme NIC dentre outras foram: Discutir formas alternativas de expressão sexual que sejam aceitáveis ao paciente; quando adequada; Informar ao individuo sobre os benefícios a saúde e os efeitos psicológicos do exercício; assegurar que o paciente receba cuidados precisos de analgesia; Investigar com o paciente os fatores que aliviam/pioram a dor; Oferecer informações sobre a dor, como suas causas, tempo de duração e desconfortos decorrentes de procedimentos; esclarecer as expectativas da situação; de acordo com o comportamento do paciente; Examinar a condição de qualquer incisão cirúrgica /ferida; Orientar o paciente sobre as formas de cuidar da incisão durante o banho.Conclusão: Este estudo serviu como um instrumento para ampliar nosso conhecimento cientifico, sendo embasado no Sistema de Classificações (NANDA, NIC e NOC), nos permitindo desta forma realizar o planejamento de uma assistência melhorada com o máximo de benefícios para a paciente. Palavras-chave: gemelaridade, enfermagem ________________________ 1,2,3,5 Acadêmicos do curso de Enfermagem da Universidade Federal do Maranhão 6 Mestre em Enfermagem e professora do curso de Enfermagem da Universidade Federal do Maranhão Email: [email protected] ASSISTÊNCIA DE ENFERMAGEM A UMA PACIENTE SUBMETIDA À TRATAMENTO CIRURGICO DE FRATURA DO TORNOZELO UNIMALEOLAR RODRIGUES, Jéssica Brito 1; ARAÚJO, Adriana Heleny Borralho de2; COSTA, Larissa Di Leo Nogueira2; LISBÔA, Luciana Léda Carvalho 2; REGO, Gliccia Morguethe Vieira2; CARVALHO, Líscia Divana Pachêco 3 INTRODUÇÃO: De todas as fraturas tratadas pelos ortopedistas, a fratura maleolar ao nível do tornozelo está entre as mais freqüentes. Fraturas maleolares são lesões causadas por traumas rotacionais na região do tornozelo. Apesar do mecanismo de trauma ser comum, caracteriza-se por enorme variação de lesões. O objetivo do tratamento destas fraturas é a obtenção de uma superfície articular anatômica harmoniosa. OBJETIVO: Aplicar o Processo de Enfermagem proposto por Wanda de Aguiar Horta, visando atender às necessidades básicas afetadas da paciente. METODOLOGIA: Estudo descritivo com abordagem qualitativa, fundamentada na Teoria das Necessidades Humanas Básicas de Wanda de Aguiar Horta realizada no período de 12 de setembro a 15 de setembro de 2010 em um Hospital Universitário de São Luís-MA. RESULTADOS: Os principais problemas de enfermagem encontrados no préoperatório foram: déficit de conhecimento sobre o tratamento, ansiedade, dentição prejudicada, integridade da pele prejudicada; no pós-operatório: presença de ferida operatória, déficit de conhecimento sobre tratamento, vômito, ausência de eliminações intestinais, dor aos esforços em ferida operatória. As Necessidades Humanas Básicas Afetadas (NHBA) no pré-operatório foram: Aprendizagem (educação em saúde), segurança, integridade cutânea-mucosa; no pós-operatório: Integridade cutânea, aprendizagem (educação em saúde), nutrição, eliminação e percepção sensorial dolorosa. CONCLUSÃO: O prognostico foi satisfatório, observou-se uma melhora no estado clínico da paciente que evoluiu para uma dependência parcial da enfermagem, demonstrando aprendizado quanto às orientações, a fim de obter um bom estado de pósoperatório. A assistência de enfermagem qualificada é de fundamental importância para o restabelecimento físico, psicológico e emocional do paciente. ___________________________ 1 Acadêmica do Curso de Enfermagem da Universidade Federal do Maranhão – UFMA e-mail:[email protected]; Rua 21,quadra 24,casa 03, IV conjunto,Cohab. 2 Acadêmicas do Curso de Enfermagem da Universidade Federal do Maranhão – UFMA ³ Docente da UFMA. Supervisora de Estágio de Clínica Cirúrrgica. ASSISTÊNCIA DE ENFERMAGEM NA PROMOÇÃO DA SAÚDE DO PACIENTE HIPERTENSO EM UMA LIGA DE HIPERTENSÃO Larissa Di Leo Nogueira Costa, Adriana Heleny Borralho de Araújo, José de Ribamar Medeiros Lima Júnior, Luciana Léda Carvalho Lisbôa, Moisés Ferreira Serra, Maria Lúcia Lopes Holanda Introdução: As doenças cardiovasculares ainda são a primeira causa de óbitos no país. A hipertensão arterial atinge grande parte da população adulta muitas vezes de forma silenciosa. As interações entre predisposição genética fatores ambientais e estilo de vida levam a um descontrole dos mecanismos que regulam a pressão arterial e de forma sistêmica o organismo vai sofrendo danos a curto e longo prazo. Em geral, um indivíduo é considerado portador de hipertensão arterial quando a pressão arterial diastólica permanece acima de 90 mm de Hg e a sistólica acima de 160 mm de Hg. Nesse contexto, foi criada a Liga de Hipertensão Arterial, cujo objetivo principal da enfermagem é o acompanhamento de cada paciente e a promoção da saúde, ou seja, desenvolver um alto nível de bem-estar influenciando o comportamento individual e o ambiente em que as pessoas vivem. Objetivos: Ilustrar as diversas maneiras pelas quais, a LHA - Enfermagem do Hospital Universitário Unidade Presidente Dutra – HUUPD/UFMA, realiza a promoção da saúde com qualidade de vida a usuários do serviço de saúde portadores de hipertensão arterial realizando ações educativas, visando o auto-cuidado, realizadas pelos acadêmicos de enfermagem-UFMA. Metodologia: Pesquisa qualitativa, descritiva que norteia a assistência de enfermagem da Liga de Hipertensão-Enfermagem através dos três pilares: ensino, pesquisa e extensão. Resultados: O ensino acontece através de reuniões científicas quinzenais, em que são discutidos casos clínicos, apresentados seminários envolvendo temas ligados à hipertensão arterial e aulas ministradas por profissionais da área. Na área de pesquisa são desenvolvidos projetos de iniciação científica, monografias e trabalhos científicos.Já as atividades de extensão ocorrem em atendimentos ambulatoriais realizados diariamente pelos acadêmicos de Enfermagem no HUUPD/UFMA, discorridos em anamnese, exame físico, solicitação de exames de rotina, e ao final da consulta, o paciente recebe orientações de saúde, como a importância de realizar atividades físicas, o seguimento de uma dieta adequada, terapêutica medicamentosa, informações pertinentes sobre a hipertensão arterial e o esclarecimento de eventuais dúvidas, além de participação em mutirões. Conclusão: Além da promoção da saúde, a Enfermagem é responsável pela orientação e educação do paciente hipertenso, alertando-o sobre os riscos da doença e importância do auto-cuidado. Portanto, a LHA – Enfermagem, desenvolve educação em saúde de forma efetiva junto aos seus pacientes, visto que promove a conscientização sobre a doença e capacita o paciente para o seu autocuidado, comprovado pela aderência ao tratamento, prática indispensável para a diminuição dos níveis pressóricos e para a promoção de uma melhor qualidade de vida. Palavras-chave: Enfermagem, Hipertensão arterial, Liga. ATENÇÃO A USUÁRIOS DE DROGAS DURANTE ESTÁGIO DE ENFERMAGEM PSIQUIÁTRICA: RELATO DE EXPERIÊNCIA LISBÔA, Luciana Léda Carvalho 1. COSTA, Larissa Di Leo Nogueira². REGO, Gliccia Morguethe Vieira². SERRA, Moisés Ferreira². RODRIGUES, Jéssica Brito². GOMES, Rita Ivana Barbosa3. Introdução: Droga é toda e qualquer substância, natural ou sintética que, introduzida no organismo, modifica suas funções. É comum distinguir o abuso do uso de drogas de seu consumo normal, esta classificação refere-se à quantidade e periodicidade em que ela é usada. O uso abusivo de drogas é um dos principais problemas de saúde pública em todo o mundo. Estima-se que 185 milhões de pessoas acima de quinze anos já consumiram drogas ilícitas, ou seja, 4,75% da população mundial. O abuso de cocaína/crack está associado a inúmeros problemas de ordem física, psiquiátrica e social. Destaca-se que os profissionais de enfermagem são agentes-chave no processo da transformação social dos países, participando no desenho e na implantação de programas e projetos de promoção de saúde, prevenção do uso e abuso de álcool e outras drogas e integração social. Objetivo: Relatar a experiência vivida por acadêmicos de enfermagem no estagio de enfermagem psiquiátrica acerca da atenção a usuários de drogas em um Hospital psiquiátrico de referência. Metodologia: Relato de experiência, realizado no mês de Maio de 2011, com pacientes internos em um Hospital Dia no município da Raposa-MA. Resultados: Foi observada uma faixa etária variável entre os 18 e 60 anos, em sua maioria homens solteiros. Também pôde ser observada claramente a associação do uso de álcool e drogas à internação da maioria dos pacientes, muitos apresentando transtorno após longos anos de uso abusivo. Geralmente levados à internação por sua família contra a sua própria vontade após mudanças de comportamento em casa ou raptos de agressividade. Além disso, há relatos de sentimentos de tristeza e desejo de isolamento social. A prática tabagista é muito comum e se faz muito presente dentre os pacientes. Conclusão: Considerando que todos os participantes se encontram em tratamento psicoterápico é relevante citar os aspectos sociais, assim como o sentimento depressivo (tristeza) que cada um expressa. Orientações e promoção da saúde mental, também voltada para o usuário de drogas, vem a ser essencial tanto para o tratamento quando para uma possível prevenção. Descritores: Consumo de drogas, álcool, saúde mental. ______________________________ 1 Acadêmica de enfermagem da Universidade Federal do Maranhão. Email: [email protected] ² Acadêmicos de enfermagem da Universidade Federal do Maranhão. ³ Enfermeira. Docente do Departamento de Enfermagem da Universidade Federal do Maranhão. ATUAÇÃO DO PET VIGILÂNCIA – UFMA NO MONITORAMENTO DA INFLUENZA A H1N1 EM UMA UNIDADE SENTINELA SOUZA, Albina Karolyne Diniz¹; SILVA, Andréa Cristina Oliveira²; SILVA, Nayra Souza da4; LIMA JUNIOR, Jose de Ribamar Medeiros¹; BEZERRA, Mayane de Melo¹ OLIVEIRA, Avessanha Costa Cardoso³ INTRODUÇÃO: As atividades de rastreamento realizadas nas unidades sentinelas para influenza A H1N1 são necessárias para monitorar as cepas virais, detectar e oferecer respostas a novos subtipos que podem estar relacionados à influenza pandêmica. Os alunos do PET Vigilância em Saúde - UFMA desenvolvem ações de vigilância permanente da influenza A H1N1 em colaboração com os técnicos das Unidades. OBJETIVOS: Relatar as ações de vigilância desenvolvidas por membros do PET Vigilância - UFMA na Unidade Mista do São Bernardo relacionadas à influenza A H1N1. METODOLOGIA: Estudo descritivo que tem como cenário a Unidade Sentinela da Influenza A H1N1 do São Bernardo em São Luís – MA, referência para atendimento a adultos com Síndrome Gripal – SG que para efeito da vigilância da influenza, é compreendido como “indivíduo com doença aguda (com duração máxima de cinco dias), apresentando febre (ainda que referida) acompanhada de tosse ou dor de garganta, na ausência de outros diagnósticos”. Os dados são referentes ao período de agosto de 2010 a fevereiro de 2011. RESULTADOS: Os participantes realizaram triagem de todos os pacientes com SG que procuraram o serviço. Após a triagem, os dados do paciente foram registrados em um formulário clinico laboratorial e posteriormente realizado a coleta de secreções respiratórias por meio da técnica de swab combinado de nasofaringe e orofaringe. Após a coleta, as amostras são acondicionadas e enviadas para laboratórios estaduais responsáveis pelo diagnóstico etiológico. Realizando posteriormente o consolidado semanal de casos atendidos com SG na Unidade através dos registros nos prontuários da internação, ficha de serviço de pronto atendimento e registro dos atendimentos ambulatoriais e informação desses dados no sistema de informação de vigilância epidemiológica da gripe - SIVEP_GRIPE. Após uma semana, a equipe da unidade de saúde entra em contato com o cliente, para entrega do resultado. CONCLUSÃO: Na unidade sentinela os membros do PET colocam em prática atividades de vigilância em saúde da Influenza A H1N1. Por meio da coleta de amostras realizam o monitoramento da circulação dos vírus respiratórios, contribuindo para a execução de estratégias de vigilância do município. O monitoramento deve ser contínuo devido a possíveis mutações do vírus influenza que podem aumentar a virulência e seu poder de letalidade. Palavras-chave: Vírus da Influenza A; Evento Sentinela; Vigilância Epidemiológica. ¹ Alunos do Curso de Enfermagem da UFMA, Bolsistas do PET Vigilância UFMA.(Email do relator: [email protected]) ² Enfermeira, Docente do Departamento de Enfermagem da UFMA, Tutora do PET Vigilância-UFMA ³ Técnica da Vigilância Epidemiológica do Município de São Luís; Preceptora do PET Vigilância em Saúde - UFMA 4 Aluna do Curso de Enfermagem da UFMA ATUAÇÃO DA ENFERMAGEM NO PROCESSO DE DOAÇÃO E TRANSPLANTE DE ÓRGÃOS SANTOS, Vandiel Barbosa 1; ALBUQUERQUE, Ingrid de Campos 2 ; DUTRA, Alyni Sebastiany Mendes 2 ; JANSEN, Alana Michele da Silva 3; CACAU, Méllany Pinheiro 3 ; AQUINO, Dorlene Maria Cardoso de 4 Introdução: O transplante de órgãos tornou-se uma opção de excelência no tratamento da falência terminal orgânica de pacientes. Na prática, a política de transplante constitui-se em um processo que se divide na detecção, avaliação, manutenção do potencial doador, diagnóstico de morte encefálica, consentimento familiar ou ausência de negativa, documentação de morte encefálica, remoção, distribuição de órgãos e tecidos, transplante e acompanhamento de resultados. O profissional de Enfermagem integra a equipe transplantadora, as organizações de procura de órgãos e participa ainda de diversas atividades, estas, determinadas pela Resolução do Conselho Federal de Enfermagem. Objetivo: Conhecer a atuação da enfermagem no processo de doação e transplante de órgão. Metodologia: O trabalho tem enfoque descritivo a partir de pesquisa bibliográfica em livros e artigos escritos em língua portuguesa do banco de dados LILACS e SCIELO, tendo como descritores: enfermagem, doação e transplante de órgãos, esta, realizada nos meses de setembro a novembro de 2010. Resultados: Para a realização de todo processo de doação e transplante de órgãos, há necessidade de uma equipe multidisciplinar especializada, estes, conscientes dos limites existentes entre o uso da tecnologia e a ética profissional. Nesse sentido, a Resolução COFEN 292/2004, delibera que a assistência de enfermagem prestada ao doador de órgãos tem como objetivo a viabilização dos órgãos para transplante bem como a necessidade de permanência do doador em unidade de terapia intensiva, até a retirada dos órgãos, sendo que a assistência de enfermagem deve atender as necessidades fisiológicas básicas do potencial doador, dentre todos os cuidados. Cabendo ainda ao enfermeiro, a incumbência de aplicar a SAE em todas as fases do processo de doação e transplante de órgãos e tecidos, ao receptor e família, que inclui o acompanhamento pós-transplante (no nível ambulatorial) e transplante (intra-hospitalar). Sendo o enfermeiro responsável por planejar, executar, coordenar, supervisionar os procedimentos de enfermagem prestados aos doadores de órgãos e tecidos. Conclusão: O processo de doação de órgãos é complexo, e o enfermeiro tem um papel determinante, sendo o responsável por realizar a avaliação clinica do potencial doador e orientar ou promover a manutenção hemodinâmica deste. Sendo a enfermagem atuante no processo doação-transplante, ela deve ser capaz de suprir as necessidades básicas de um transplante, considerando o grau de complexidade que este envolve, precisando estar muito bem treinada, capacitada e atualizada, acompanhando a evolução tecnológica e científica. ____________________________ 1 Acadêmico do 5º período de Enfermagem e monitor bolsista do PET-Saúde/Saúde da Família/UFMA . E-mail: [email protected] 2 Acadêmicas do 5º período de Enfermagem e monitoras voluntárias do PET-Saúde/ Saúde da Família/UFMA 3 Acadêmicas do 5º período de Enfermagem da Universidade Federal do Maranhão. 4 Enfermeira, Doutora, Professora Adjunta do departamento de enfermagem da UFMA. AUTONOMIA DAS MULHERES NO PLANEJAMENTO FAMILIAR Kathiussa Costa Leite Cardoso¹, Agostinha Pereira Rocha Neta2, Alice Bianca Santana Lima2, Lucian da Silva Viana², Neidna Raissa Soeiro de Almeida², Carlos Leonardo Figueiredo Cunha³ INTRODUÇÃO: O Planejamento Familiar consiste no direito à informação, à assistência especializada e ao acesso aos recursos que permitam optar livre e conscientemente por ter ou não ter filhos. O número, o espaçamento entre eles e a preferência pelo método anticoncepcional mais adequado, são opções que o casal deve ter, pois devem ter o direito de escolher de forma livre e por meio da informação, sem discriminação, coerção ou violência. Mesmo com a predominância de mulheres na demanda pelos grupos de planejamento familiar, não é garantido que elas sejam os agentes principais ou exclusivos da escolha do método contraceptivo. Com este estudo objetiva-se abordar a questão das mulheres como principal sujeito na decisão do uso dos recursos oferecidos pelos serviços do Planejamento Familiar. METODOLOGIA: Utilizou-se revisão bibliográfica constituída de pesquisa em seis artigos de periódicos, no período de 2001 a 2010, utilizando como descritores: Serviços de planejamento familiar, Saúde da mulher, Anticoncepção; através das bases de dados: Bireme, Medline, Google Acadêmico e Scielo. RESULTADOS: A predominância feminina nos grupos aponta para traços ambíguos de autonomia e de encargo. A decisão do planejamento familiar é teoricamente partilhada pelo casal, porém a subalternidade feminina deixa ao homem as decisões relativas à vida sexual. Mas é a mulher que demanda os métodos contraceptivos, cabendo-lhe a decisão de delimitação da prole ou à prevenção da gravidez não desejada. CONCLUSÃO: Na maioria das vezes, a decisão pelo método contraceptivo não se traduz em uma escolha ou opção, mas em falta de escolha, imposta pelas circunstâncias vividas, e às vezes, sem a colaboração do parceiro. Palavras-Chave: Planejamento Familiar. Saúde da Mulher. Anticoncepção ___________________________ ¹ Relator. Acadêmico de [email protected] Enfermagem da Universidade Federal do Maranhão. ² Acadêmicos de Enfermagem da Universidade Federal do Maranhão. ³ Enfermeiro, Mestre em Saúde Materno Infantil pela Universidade Federal do Maranhão. E-mail: AVALIAÇÃO DA ADESÃO DO AUTOCUIDADO EM PACIENTES PORTADORES DE DIABETES MELLITUS SILVA, Clarissa Galvão da1; MACHADO, Larissa Rodrigues²; MURICI, Aline Fernanda Fontinele3; OLIVEIRA, Bruna da Silva4 ; BRAGA, Lorena Carvalho5 ; LOPES, Maria Lúcia Holanda6 Introdução: Entende-se por Diabetes Mellitus (DM) como sendo uma patologia de etiologia múltipla decorrente da falta de insulina e/ou incapacidade de a insulina exercer seus efeitos adequadamente. Esta constitui em um importante problema de saúde pública, chegando a atingir, de acordo com o Ministério da Saúde, aproximadamente 6 milhões de pessoas em todo o Brasil. Dessas, 3 milhões fazem acompanhamento nas Unidades Básicas do Sistema Único de Saúde. Segundo Duque (2009), a importância dos cuidados com o paciente diabético dá-se pela elevada taxa de mortalidade e morbidade desta doença, apresentando importantes complicações de caráter degenerativas, manifestando-se de 5 a 10 anos após o início da doença. Para o tratamento do DM, além do uso da medicação, são necessárias diversas atividades de autocuidado como o seguimento de um plano alimentar, a monitoração da glicemia e a realização de atividades físicas. Objetivo: Realizar um levantamento bibliográfico sobre a avaliação da adesão ao autocuidado nos pacientes diabéticos. Metodologia: O trabalho tem um enfoque descritivo a partir de pesquisa bibliográfica realizada de fevereiro à abril de 2011 em livros e artigos científicos no banco de dados LILACS e SCIELO. Resultados: Identificou-se o consenso entre os autores de que a avaliação da adesão ao tratamento dos diabéticos dá-se normalmente durantes as consultas, pelas avaliações clínica e laboratorial desses pacientes. São utilizadas diversas medidas para essa avaliação como a hemoglobina glicada (HbA1c), a contagem da medicação e o relato dos pacientes. Vale ressaltar que o autorrelato a partir de perguntas específicas em entrevistas ou questionários tem se mostrado uma das abordagens mais práticas e efetivas para avaliar a adesão aos cuidados com o diabetes (MICHELS, 2010). Conclusão: O tratamento do diabetes mellitus é complexo e seus resultados dependem, em grande parte, do nível de compreensão do paciente em relação à sua doença e de sua destreza perante seus cuidados domiciliares diários. Destacamos ainda que os pacientes diabéticos apresentam sérias complicações que poderiam ser evitadas, em grande parte, se os mesmos tivessem informações adequadas, conhecimento a respeito de sua doença e sobre os cuidados a serem tomados para evitar as possíveis complicações. PALAVRAS-CHAVE: Diabetes Mellitus. Autocuidado. Adesão. 1 Aluna do quinto período de graduação do curso de Enfermagem da Universidade Federal do Maranhão – UFMA, voluntária do PET-Saúde/Saúde da Família/UFMA e membro efetivo da Liga Acadêmica de Diabetes e Obesidade. Endereço: [email protected] 2 Aluna do quinto período de graduação do curso de Enfermagem da Universidade Federal do Maranhão - UFMA e voluntária do PET-Saúde/Saúde da Família/UFMA. 3 Aluna do quinto período de graduação do curso de Enfermagem da Universidade Federal do Maranhão – UFMA e membro efetivo da Liga Acadêmica de Diabetes e Obesidade. 4 Aluna do quinto período de graduação do curso de Enfermagem da Universidade Federal do Maranhão – UFMA, integrante do Grupo de Estudo em Tecnologia do Cuidado em Enfermagem (GRUETEC) e voluntária do Projeto de pesquisa “Avaliação da Pressão Arterial de crianças e adolescentes”. 5 Aluna do quinto período de graduação do curso de Enfermagem da Universidade Federal do Maranhão – UFMA. 6 Enfermeira, Mestre em Enfermagem e Professora do Departamento de Enfermagem da UFMA. AVALIAÇÃO SOCIOECONÔMICA DE ADULTOS PORTADORES DE DIABETES MELLITUS TIPO 2 RODRIGUES, Jéssica Brito 1; GOMES, Bruna2; SILVA, Clarissa Galvão da2; SILVA, Kely Nayara dos Reis2 ; SARDINHA, Ana Hélia de Lima3 INTRODUÇÃO: As doenças crônicas não transmissíveis representam a principal causa de mortalidade e incapacidade do mundo inteiro. Gradativamente, o problema afeta as populações dos países desenvolvidos e em desenvolvimento. O número de portadores de Diabetes Mellitus cresce consideravelmente a cada ano, sendo importante a realização de pesquisas com esta população. OBJETIVO: Avaliar os fatores socioeconômicos presentes nos pacientes acometidos por Diabetes Mellitus tipo 2 (DM2). METODOLOGIA: Pesquisa exploratória descritiva com abordagem quantitativa, desenvolvida no setor de endocrinologia do Hospital Universitário Presidente Dutra- HUPD da Universidade Federal do Maranhão - UFMA, com um grupo de 35 indivíduos adultos (idade ≥ 18 anos) com diagnóstico de Diabetes Mellitus 2 assistidos no HUPD que se dispuseram a participar do estudo, após assinar o termo de consentimento livre e esclarecido. RESULTADOS: A média de idade dos portadores de Diabetes Mellitus tipo 2 (DM2) foi de 58,97 anos. Estes pacientes eram predominantemente do sexo feminino (60%), casados (62,9%), viviam com companheiro (71,5%). Em relação à escolaridade 34,3% possuíam o fundamental incompleto e à renda variou entre 2 a 3 salários mínimos o que equivaleu a 60% dos entrevistados. CONCLUSÃO: O estudo permitiu caracterizar os portadores de diabetes mellitus tipo 2, atendidos no ambulatório do Hospital Universitário do Maranhão quanto a idade, sexo, estado civil, nível educacional e ocupação, confirmando muitos dos estudos realizados, evidenciando algumas características peculiares e indicando a necessidade de mais estudos nos aspectos que preocupam os profissionais da saúde como o nível educacional e a baixa renda, pois há uma necessidade maior de mudanças e/ou melhorias na abordagem a esses pacientes como a forma e o tipo de linguagem mais acessível garantindo um entendimento correto das informações transmitidas. _______________________ 1Acadêmica do Curso de Enfermagem da Universidade Federal do Maranhão – UFMA. Email: [email protected]. Endereço: Rua 21, quadra 24, casa 03, IV conjunto, Cohab. São Luís – MA. Brasil. 2Acadêmica do Curso de Enfermagem da Universidade Federal do Maranhão – UFMA. 3Enfermeira. Mestre em Ciências da Saúde. Professora Assistente I da Universidade Federal do Maranhão – UFMA CORREÇÃO DE COMUNICAÇÃO INTERATRIAL: RELATO DE EXPERIÊNCIA Líscia Divana Pachêco Carvalho 1; Rosilda Silva Dais2; Luciana Tenório de Moraes 3 INTRODUÇÃO: A comunicação interatrial (CIA) é uma anomalia congênita comum e ocorre mais freqüentemente no sexo feminino. A correção cirúrgica precoce é o tratamento definitivo para neonatos e lactentes com os sintomas significativos ou de insuficiência cardíaca congestiva. OBJETIVO: Identificar os diagnósticos de enfermagem presentes nas fases pré e pós-operatória de uma paciente acometida de CIA e estabelecer intervenções específicas. METODOLOGIA: Pesquisa do tipo relato de experiência adotou-se a Teoria das Necessidades Humanas Básicas (NHB), associado à taxonomia diagnóstica da Norh American Nursing Diagnostic Association (NANDA, 2011). A coleta de dados foi no mês de junho de 2010 na Clínica Cirúrgica e na UTICÁRDIO do Hospital Universitário Unidade Presidente Dutra, em São Luís – MA, constando de entrevista, exame clínico e consulta aos registros de prontuário. O instrumento de coleta de dados utilizado foi o histórico de enfermagem do Hospital que tem como fundamentação a Teoria de Wanda Horta. Foram obedecidos os preceitos ético-legais da pesquisa. RESULTADOS: E.E.S.M., 2 anos, feminino, branca, natural e residente em São Luís- Ma. Admitida com história de “falta de apetite”. A informante (mãe) refere que a mesma apresentou aos seis meses anorexia, desconforto respiratório e vômitos após alimentação. Procurou Serviço de Saúde, realizado vários exames, porém sem alterações. Em consulta de rotina com a pediatra, foi identificado, alteração na ausculta cardíaca, presença de sopro. Encaminhada ao cardiologista e confirmado através do ecodoppler comunicação interatrial, indicado tratamento cirúrgico. No préoperatório: estado geral regular, comunicativa, lúcida, eupnéica, murmúrios normoaudíveis, acianótica, afebril, hidratada, desdobramento fixo e amplo de segunda bulha e sopro sistólico no terceiro espaço intercostal esquerdo. No pós-operatório: hemodinamicamente estável, acianótica, anictérica, afebril, normotensa, eupnéica, mantendo cateter venoso central em subclávia direita e fio marcapasso, sono e repouso interrompidos, aceita pouco a dieta, eliminação intestinal ausente há dois dias. Toracotomia com bom aspecto. Apresentou edema discreto em membro superior direito e membros inferiores. Os Diagnósticos de enfermagem identificados foram: Nutrição Desequilibrada Menos do que as Necessidades Corporais, Amamentação Interrompida, Síndrome do Estresse da Mudança de Ambiente, Integridade da Pele Prejudicada Relacionada à Incisão Cirúrgica, Distúrbio no Padrão do Sono, Volume Excessivo de Líquidos, Risco Para o Comportamento Infantil Desorganizado, Risco para Infecção. As intervenções de Enfermagem realizadas foram: Oferecer ambiente silencioso e medidas de conforto; Pesar a paciente e estimular ingestão alimentar; Elevação das extremidades inferiores, Utilizar técnicas assépticas, Realizar curativos; Monitorar sinais vitais, complicações e risco de infecção; Ensinar a paciente e a família aos cuidados básicos. CONCLUSÃO: Foram identificados alterações nas necessidades biológicas, psicológicas e sociais, com predomínio das biológicas. A paciente apresentou dependência parcial da enfermagem no momento da alta hospitalar, sendo prestadas todas as orientações para os familiares, como cuidados com a ferida operatória, higiene, retorno ambulatorial, terapêutica medicamentosa, acompanhamento no serviço de nutrição. Palavras-Chaves: Diagnósticos de Enfermagem. Cirurgia cardíaca. Comunicação interatrial. ____________________________ 1 Enfermeira, Doutoranda em Ciências da Saúde (EERP-USP-UFMA). Docente da Universidade Federal do Maranhão – UFMA. Email: [email protected] 2 Enfermeira, Doutoranda em Fisiopatologia (UFRJ-UFMA). Docente da Universidade Federal do Maranhão – UFMA. 3 Enfermeira Graduada pela Universidade Federal do Maranhão – UFMA. CUIDADO DE ENFERMAGEM A GESTANTE COM DIAGNÓSTICO DE OLIGODRÂMNIO POR RUPTURA DE MEMBRANA Lana Carla de Souza Mendes1, Caius César Araújo Melo 2, Elba Gomide Mochel3, Thamires Pestana Sousa4, Thalita Gracyelle Aragão Siqueira5, Yelenna Rafysa Mendes Santos6 INTRODUÇÃO: Segundo Neto e Tadini (2002), o volume do líquido amniótico (LA) aumenta progressivamente no decorrer da gestação, em torno de 20 ml semanais (10ª a 14ª semanas) e 50 ml por semana (15ª a 28ª). Costuma atingir o máximo de um litro em torno da 38ª semana, decrescendo daí até o parto. O desvio da normalidade para menos é chamado de oligodrâmnio (chegando ao volume inferior a 400 ml) e, para mais, polidrâmnio. OBJETIVO: Desenvolver um cuidado de Enfermagem à paciente acometida por oligodrâmnio por ruptura de membrana, visando uma boa conduta a fim de diminuir os riscos para mãe e bebê. METODOLOGIA: Estudo descritivo, do tipo estudo de caso realizado na ala da Alcom do Hospital Universitário Materno Infantil da Universidade Federal do Maranhão, através de entrevista com a paciente e busca de dados em prontuário. RESULTADOS: Diante dos problemas que a paciente apresentava, foram seguidas as seguintes condutas de Enfermagem: orientação quanto ao repouso no leito; orientação quanto ao aumento da ingesta hídrica; monitoração da freqüência cardíaca fetal; observação dos movimentos fetais diariamente; mensurar a temperatura (a fim de se detectar uma possível infecção); administração de medicação analgésica conforme prescrição médica, para alívio da cefaléia; avaliação do Doppler (a fim de se verificar o índice do líquido amniótico – ILA). A mesma permaneceu internada aguardando completar idade gestacional favorável para intervenção cirúrgica, além disso, tais condutas puderam contribuir para uma boa evolução, contribuindo para que a gestação prosseguisse dentro das condições necessárias para um bom prognóstico. CONCLUSÃO: A assistência de enfermagem durante a gestação é de suma importância no que diz respeito a possíveis intercorrências que possam surgir, visando o bem-estar da mãe e feto e um cuidado eficaz. Quando há risco na gravidez o enfermeiro (a) deve estar ainda mais atento, supervisionado e orientado a paciente, pois a parceria profissional-paciente se faz necessário para um bom desempenho desse processo. Palavras-chave: Cuidado de Enfermagem; Gestante; Ruptura de Membrana. ______________________________ 1. Graduanda de Enfermagem pela Universidade Federal do [email protected] 2,4,5,6. Graduandos de Enfermagem pela Universidade Federal do Maranhão 3. Profª. Dra. em Enfermagem pela Escola Paulista de Medicina. Maranhão. Email: CUIDADO DE ENFERMAGEM A PACIENTE I.C.S.S COM DIAGNOSTICO DE DOENÇA DE ADDISON Anderson Pereira Sousa,¹ Wesley da Silva Marques², Thiago Costa Miranda², Vanessa Virginia Lopes Ericeira², Karla Janaina de Sousa Queiroz², Rosilda Silva Dias³ INTRODUÇAO: A doença de Addison (DA), também conhecida como hipofunção adrenal primaria, é uma endocrinopatia potencialmente fatal caracterizada pela ausência ou redução na produção de cortisol, aldosterona e esteróides sexuais. Manifesta-se, usualmente, quando mais de 90% do córtex adrenal são destruídos. OBJETIVO: abordar a implementação do cuidado de enfermagem a uma paciente com doença de Addison. METODOLOGIA: Trata-se de um estudo descritivo, do tipo estudo de caso realizado na clinica médica feminina do Hospital Universitário Presidente Dutra, no período 21 de setembro a 06 de outubro de 2010, utilizando o processo de enfermagem de Wanda Horta. RESULTADOS: Avaliação clinica de I.C.S.S, 43anos, feminina, cor parda, solteira, ensino médio completo, natural e residente de Colinas-MA, foram observadas algumas necessidades humanas básicas afetadas, dentre elas estão: sono e repouso, regulação eletrolítica, mucosa cutânea, regulação vascular, eliminação, nutrição, regulação hormonal e neural, e educação em saúde. Implementação da assistência, ao fazer: reposição hormonal e eletrolítica, aferir sinais vitais e aplicar troco térmico. Orientar: sono diário, exercício abdominal, movimentação ativa no leito, deambulação, ingesta hídrica, eliminação intestinal e vesical, dieta hipolipidica, sobre os sinais e sintomas da doença, os efeitos colaterais das medicações e restrição de esforço fisico. Supervisionar: alimentação, eliminação intestinal, débito urinário, hiperpigmentação da pele e hematoma. CONCLUSÃO: Através da aplicação do processo de enfermagem de Wanda Horta, pudemos aprofundar nosso conhecimento científico acerca da sistematização do cuidado de enfermagem, elaborar um plano terapêutico para melhor prognostico da paciente e com a revisão bibliográfica ter o conhecimento de tal patologia, aparelhos afetados e das necessidades humanas básicas prejudicadas da usuária em questão. Palavras- Chave: Enfermagem. Cuidado. Doença de Addison. _____________________________ 1. Graduando em Enfermagem pela Universidade Federal do Maranhão - UFMA 2- Graduando em Enfermagem pela Universidade Federal do Maranhão – UFMA 3. Enf. MsC. Profª do departamento de enfermagem da Universidade Federal do Maranhão – UFMA; [email protected] CUIDADOS DE ENFERMAGEM A PACIENTE SUBMETIDA A PROCEDIMENTO CIRÚRGICO DE TROCA DE PRÓTESE MITRAL MARTINS, Rosana de Jesus Santos¹; MOREIRA, Valéria Oliveira²; CAVALCANTE, Marcos Ronald Mota²; SILVA, Andréa Cristina Oliveira³ INTRODUÇÃO: A estenose mitral é um distúrbio cardíaco ocasionado pela diminuição do calibre do orifício mitral, dificultando o fluxo sanguíneo do átrio para o ventrículo, sendo a endocardite reumática a causa mais predominante. Uma opção de tratamento é a substituição valvular, que é realizada quando os folhetos já se encontram imobilizados por calcificações, inviabilizando assim, para estes casos, a valvuloplastia ou reparação valvular. (Brunner, et al...2008). Este resumo se trata de um estudo de caso cujo objetivo foi aplicação da assistência de enfermagem segundo Wanda Horta para a cliente R.K.P.F., internada no Hospital Universitário Presidente Dutra (HUPD) para troca de prótese mitral. OBJETIVO: Relatar a assistência de enfermagem oferecida à usuária no pré e pós-operatório de troca de prótese mitral. METODOLOGIA: Trata-se de um estudo descritivo realizado em um Hospital Universitário. O trabalho foi realizado durante as atividades práticas da Disciplina Saúde do Adulto no mês de junho de 2010. Para a realização deste estudo houve a autorização da responsável pela paciente e o seu consentimento por meio do termo de consentimento livre e esclarecido. Utilizou-se como referencial teórico a Teoria das Necessidades Humanas Básicas com aplicação das seguintes etapas do processo de enfermagem de Wanda Horta: Histórico de Enfermagem padronizado pelo Hospital; Diagnósticos de Enfermagem no pré e pósoperatório; Plano de Cuidados; Evoluções e o Prognóstico de Enfermagem. RESULTADOS: A partir da realização do Histórico de Enfermagem e das evoluções diárias foram estabelecidos os Diagnósticos de Enfermagem sendo identificadas as seguintes Necessidades Humanas Básicas Afetadas no pré-operatório: oxigenação, exercício e atividade física, e segurança. No pós-operatório: oxigenação, integridade cutâneo-mucosa, regulação hídrica, exercício e atividade física. No diagnóstico de enfermagem, puderam ser observados os seguintes problemas: no pré- operatório: dispnéia, fadiga, déficit de lazer, ansiedade, sopro cardíaco. No pós- operatório: ferida operatória fechada, catéter venoso central (CVC), edema em MMSSII e dispnéia. O Plano de Cuidados consiste no FAOSE, ou seja, fazer: verificar os SSVV, administrar medicação prescrita, curativo de ferida operatória (FO) e CVC; ajudar: mudança de decúbito; orientar: quanto ao procedimento cirúrgico, deambulação, elevação de membros inferiores; supervisionar: preparo intestinal e vesical, alimentação e dispnéia; e encaminhar: serviço odontológico. O prognóstico foi de alta hospitalar com dependência parcial da enfermagem para: o fazer: retirada de pontos da incisão cirúrgica; orientar: auto-cuidado e limpeza da ferida operatório. CONCLUSÃO: O cuidado da enfermagem deve acontecer de forma sistematizada, visando atender as necessidades básicas afetadas do paciente. Através da aplicação do processo de enfermagem de Wanda Horta, pôde-se aprofundar o conhecimento científico acerca da sistematização da assistência de enfermagem e obter maior conhecimento sobre a patologia e as NHB prejudicadas da paciente em questão. Palavras chaves: Assistência de Enfermagem, Cardiologia, Estenose Mitral. ___________________________ 1 Aluna do Curso de Enfermagem da Universidade Federal do Maranhão. Relatora. [email protected] ² Alunos do Curso de Enfermagem da Universidade Federal do Maranhão E-mail: DECLARAÇÃO DE NASCIDO VIVO: INSTRUMENTO PARA A VIGILÂNCIA EM SAÚDE DA CRIANÇA CUBA, Tássia Marília Castelo Branco Freire1; NOGUEIRA, Lady Dayana Aguiar2; SOUSA, Francisca Georgina Macedo de3; SANTOS, Marinese Hermínia4 Introdução: Nos últimos anos, o Governo Federal tem realizado ações e campanhas para reduzir o sub-registro de nascimentos no país e possibilitar o acesso do brasileiro à documentação básica, o que lhe permite exercer seus direitos civis. Uma ação fundamental tem sido a implantação do uso obrigatório em todo o território nacional da Declaração de Nascido Vivo – DN, documento padrão do Ministério da Saúde, hábil para a lavratura da Certidão de Nascimento pelos Cartórios de Registro Civil e, portanto, para a garantia dos direitos de cidadania. A Declaração de Nascido Vivo (DN) foi criada em 1990 e seu formulário passou por diversas modificações. Estudos anteriores apontam como principais dificultadores para preenchimento adequado da Declaração de Nascido Vivo as falhas no Manual de 2001, incompletude das informações, a falta de comprometimento dos profissionais com a fidedignidade das informações. Em fevereiro de 2011, o Ministério disponibilizou um novo Manual para preenchimento da Declaração de Nascido Vivo que entra em vigor neste ano, substituindo a versão de 2001. Esta versão atualizada pretende contribuir para a melhoria da qualidade dos dados informados. Objetivos: apresentar a nova Declaração de Nascido Vivo e apontar as alterações ocorridas em relação à versão anterior. Metodologia: trata-se de estudo documental utilizando a Declaração de Nascido Vivo e o manual para preenchimento publicado pelo Ministério da Saúde. Resultados: a nova versão da Declaração de Nascimento tem como principal objetivo contribuir para a melhoria da qualidade dos dados informados em relação ao nascimento da criança. Dentre as principais alterações estão a inclusão do nome do recém-nascido, a inserção de um bloco com a identificação do pai, dados da gestação e parto tais como, Data da Ultima Menstruação, método utilizado para estimar a idade gestacional, mês do início do pré-natal, se a cesárea aconteceu antes do parto iniciar, por quem o nascimento foi assistido, além da criação da Declaração de Nascido Vivo Epidemiológica. Conclusão: O adequado preenchimento da Declaração de Nascido Vivo é de grande relevância, pois, além de ser fonte de informação do sistema, serve de base para o registro civil, podendo prevenir incorreções na Certidão de Nascimento da criança. Portanto, é preciso entendimento, atenção e precisão por parte dos responsáveis pelo preenchimento da declaração. A participação de todos os profissionais envolvidos na produção e uso da informação sobre nascimentos é fundamental, para que seja possível retratar com fidedignidade o perfil dos nascidos vivos e subsidiar ações de melhoria e ampliação da atenção à gestante, ao parto e ao recém-nascido. ___________________________ 1 Aluna do Curso de Enfermagem da Universidade Federal do Maranhão/UFMA, Membro do Grupo de Estudo e Pesquisa na Saúde da Família, da Criança e do Adolescente – GEPSFCA. E-mail: [email protected] 2 Aluna do Curso de Enfermagem da Universidade Federal do Maranhão/UFMA, Membro do Grupo de Estudo e Pesquisa na Saúde da Família, da Criança e do Adolescente – GEPSFCA 3 Enfermeira, Doutora em Enfermagem, Docente do Curso de Graduação e Pós-Graduação em Enfermagem da UFMA, Coordenadora do GEPSFCA. 4 Enfermeira, Mestre em Ciências da Saúde, Docente do Curso de Graduação em Enfermagem da UFMA, Membro do GEPSFCA DESIGUALDADES SOCIAIS NO PROCESSO SAÚDE-DOENÇA EM SÃO LUÍS-MA NOGUEIRA, Lady Dayana Aguiar1 ; VASCONCELOS, Giselle Matteucci2 ; ALMEIDA, Evellyn Ferreira de3; MORAIS, Cintia Daniele Machado 4; COIMBRA, Liberata Campos5 Introdução: No século XIX a cidade de São Luís começou a crescer rapidamente, construíram-se edificações civis belíssimas, ressaltando o empenho da elite local em se igualarem aos europeus nos hábitos e nas práticas, ressalva-se que a chegada da família real intensificou este processo, ocasionando consequentemente à marginalização dos escravos. Nos anos 1970 e 1980 cresceu em grandes proporções. Em decorrência disso, vários fatores socioeconômicos contribuiram para influenciar no processo saúde – doença e aumentar as desigualdades. Cidadãos marginalizados apresentavam condições de vida precária. Em 1978, a Conferência Internacional sobre Cuidados Primários de Saúde, reunida em Alma- Ata, defendeu que as condições básicas, como nutrição, moradia, educação, saneamento básico e condições ambientais podem reduzir o número de doenças, abordando os determinantes do processo saúde - doença: biológicos, psicossociais, culturais, ambientais e sociais. Objetivos: Refletir sobre as desigualdades sociais como fatores condicionantes e determinantes do processo- saúde. Metodologia: trata-se de um estudo bibliográfico e de campo, utilizou-se recursos multimídias, foram feitas fotografias, filmagens nos bairros do Ipase, Lagoa da Jansen, São Francisco, Camboa, entre outos, abordando o contraste entre os ricos e pobres que convivem lado a lado. Este estudo foi apresentado no 1º período da disciplina Eixo Integrador I da Universidade Federal do Maranhão. Resultados: O estudo foi realizado em pontos chaves da cidade de São Luís, município brasileiro, capital do estado do Maranhão, esta cresceu sem um controle e desencadeou uma má distribuição de renda, situação que vem se agravando. As precárias condições de vida se expressaram na baixa renda da unidade familiar, no limitado poder de compra, particularmente dos alimentos, sendo observado crianças alimentando-se do lixo, enquanto outras em lanchonetes, em relação a precariedade das condições de saneamento do domicílio e do meio ambiente, percebeu-se que a moradia dos ricos e dos pobres ficavam em locais muito próximos, evidenciando o intenso contraste entre o luxo e a pobreza, além disso, algumas crianças trabalhavam no semáforo, outras se divertiam em playgrouds, entre outras. Essas adversidades podem levar há um padrão de morbidade, caracterizado por altas taxas de doenças infecciosas, parasitárias e carenciais. Conclusão: A desigualdade social e seus impactos em uma parcela da sociedade são de grande relevância, pois nos retoma uma reflexão: Saúde um direito de todos, que, ao contrário dos direitos individuais civis e políticos, exigem a intervenção do Estado. Mediante o que foi vivenciado, notou-se que na cidade de São Luís, em várias regiões existem duas realidades diferentes, pessoas de baixa renda convivendo paralelamente com a elite. No tocante da questão, a saúde era antes definida apenas com um conceito organicista, agora vem implantando a importância do ambiente social, físico e psiquico. Em Alma-Ata, afirmava-se a necessidade de uma estratégia de saúde abrangente, que abordasse as causas sociais, econômicas e políticas dos problemas de saúde. Logo, percebe-se a necessidade de reformas políticas com o intuito de garantir o direito de melhores condições de vida. ________________________________ 1 Aluna do Curso de Enfermagem da Universidade Federal do Maranhão/UFMA E-mail: [email protected] Telefone: (98) 88215370 2 Aluna do curso de Enfermagem da Universidade Federal do Maranhão/UFMA 3 Aluna do curso de Enfermagem da Universidade Federal do Maranhão/UFMA 4 Aluna do curso de Enfermagem da Universidade Federal do Maranhão/ UFMA 5 Enfermeira, Doutora em Políticas Públicas, professora do Departamento de Enfermagem da UFMA, orientadora. DIAGNÓSTICO DE ENFERMAGEM NO TRANSOPERATÓRIO DE CIRURGIA CARDÍACA: REVISÃO DE LITERATURA SILVA, Maria Das Graças Rodrigues da1 ; SANTOS, Yelenna Rafysa Mendes1; SILVA, Elen Patrícia Licar da1; ARAÚJO, Glauciene Rocha de1; SILVA. Elza lima da2. Introdução: O período transoperatório da cirurgia cardíaca é considerado um momento crítico para o paciente devido sua complexidade e aos procedimentos a ela inerentes. A importância de se realizar o diagnóstico de enfermagem, tendo em vista que é um instrumento a ser utilizado no gerenciamento da assistência é que ele possibilita a melhoria da qualidade da assistência prestada. Objetivos: Relacionar os principais diagnósticos de enfermagem identificados no paciente durante o período transoperatório de cirurgia cardíaca. Metodologia: Trata-se de um estudo de revisão bibliográfica, exploratório sobre os principais diagnósticos de enfermagem segundo a taxonomia II de NANDA (North American Nursing Diagnosis Association ) no transoperatório de cirurgia cardíaca. Por meio de um levantamento bibliográfico acerca da temática, utilizando as bases de dados do Lilacs, Scielo, no Sistema Bireme. Resultados: Os principais diagnósticos de enfermagem relacionados foram risco para infecção, risco para desequilíbrio no volume de líquidos, troca de gases prejudicada, integridade da pele prejudicada, ansiedade, hipotermia e medo. Os fatores relacionados aos diagnósticos são desequilíbrio da ventilação-perfusão, fatores mecânicos, exposição à ambiente frio e ameaça de morte. Os fatores de risco dos diagnósticos de riscos encontrados foram procedimentos invasivos, defesa primaria inadequada, sepse e lesão traumática. Conclusão: Através deste trabalho, observou-se a necessidade da implementação adequada do processo de enfermagem aos pacientes submetidos à cirurgia cardíaca, uma vez que norteia a assistência prestada. Dentro desse processo destacou-se a importância do levantamento dos diagnósticos de enfermagem, pois eles direcionam a tomada de decisões no cuidado ao paciente. Palavras-Chaves: Diagnóstico de enfermagem; Cirurgia cardíaca. ___________________________ 1 Acadêmicos de Enfermagem – Departamento de Enfermagem – Universidade federal do Maranhão – UFMA. Email relator: [email protected] 2 Professora Mestre em Enfermagem do Departamento de Enfermagem – Universidade Federal do Maranhão – UFMA. DIFICULDADES ENCONTRADAS PELOS PROFISSIONAIS DO PRÉHOSPITALAR NO ATENDIMENTO AO PACIENTE VÍTIMA DE TRAUMA Nayara Frais de Andrade1 ; Lícia Feitosa Coelho 2; Jacqueline Dutra Nascimento 3 Introdução: o atendimento às vítimas traumatizadas deve ser realizado pelo Serviço PréHospitalar Móvel, que é o atendimento que procura chegar à vítima precocemente após ter ocorrido agravo à saúde que possa levar ao sofrimento, seqüelas ou mesmo à morte, sendo necessário, portanto, prestar-lhe atendimento e/ou transporte adequado ao serviço de saúde devidamente hierárquico e integrado ao Sistema Único de Saúde. Entretanto, alguns fatores configuram-se como empecilho para a realização eficaz desse serviço como aspectos sociodemográficos, profissionais e principalmente problemas relacionados ao deslocamento da ambulância, chegada ao local do acidente bem como, dificuldades durante o transporte e na chegada ao hospital. Ao reconhecer tal situação buscou-se realizar esta investigação a fim de identificar tais problemas. Objetivo: identificar as principais dificuldades encontradas pelos profissionais do serviço de atendimento Pré-Hospitalar no atendimento ao paciente vítima de trauma. Metodologia: trata-se de uma pesquisa exploratória, descritiva com análise quantitativa dos dados, tendo como população estudada os profissionais do Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (SAMU), em São Luis, Maranhão. O questionário foi aplicado em 40 profissionais, entre eles, médicos, enfermeiros, técnicos de enfermagem e condutores de veículo de urgência, no período de outubro e novembro de 2010. Resultados: a maioria da população se constituiu por homens (60%), atuando de 1 a 5 anos no serviço (72,5%), foram apontados como principais dificuldades o tráfego congestionado dificultando a passagem da ambulância (42,5%); os riscos físicos – trânsito, agressões físicas e locais perigosos (40%); ruas e avenidas mal conservadas, impedindo a rapidez na chegada ao hospital (70%) e a má vontade dos profissionais em receber os pacientes nos hospitais de destino (42,5%). Conclusão: os resultados dessa pesquisa sinalizam que a busca de soluções para as dificuldades encontradas pelos profissionais no atendimento às vítimas de trauma requer novas visões e perspectivas que privilegiam a consolidação do serviço e das políticas de saúde. Palavras-Chaves: Atendimento Pré-Hospitalar; Emergência; SAMU; Vítimas de Trauma. ______________________________ 1 Enfermeira, Especialista em Terapia Intensiva, Especialista em Enfermagem do Trabalho, Instrutora do Núcleo de Educação em Urgência do SAMU/ São Luís, Professora da Faculdade Pitágoras de São Luís. E-mail: [email protected] 2 Enfermeira, Intervencionista do SAMU/ São Luís. 3 Enfermeira, Especialista em Terapia Intensiva, Diretora administrativa do SAMU/ São Luís. DOENÇA DE CHAGAS: UMA ANÁLISE SOCIOGEOGRÁFICA NO BRASIL DURANTE O PERÍODO DE 2005 A 2010 BARROS, Marina Apolônio de1, COSTA, André Luís Braga2, MUALEM, Rayanne Luiza Tajra3, THOMAZ, Érika Bárbara Abreu Fonseca4 ; ALBUQUERQUE, Rafaela Pontes5; NETA, Raimunda Silva Santos6 INTRODUÇÃO: As doenças, de modo geral, em especial as infecto-parasitárias, são produto do maior desequilíbrio ambiental e da menor equidade social. A doença de Chagas, primitivamente uma enzootia, passou a ser considerada uma antropozoonose, a partir da domiciliação dos vetores, deslocados de seus ecótopos silvestres originais pela ação do homem sobre o ambiente. O mundo perdeu uma área superior a dois Estados de São Paulo em florestas na última década, apesar da queda no desmatamento. Dentre os nove países que compõem a Amazônia, o Brasil é, de longe, o país que mais perdeu florestas e biodiversidade. OBJETIVO: Estudar a ocorrência de casos de doença de chagas no Brasil durante o período de 2005 a 2010, identificando elementos físicos, socioeconômicos preponderantes para a maturação do ambiente de risco. METODOLOGIA: Trata-se de um estudo observacional do tipo ecológico, baseado em dados secundários. A coleta de dados ocorreu no site do Ministério da Saúde, nos relatórios de indicadores do SINAN/SVS/MS, ano base 2005 a 2010, sendo complementada com pesquisas bibliográficas realizadas nos arquivos da Biblioteca Virtual em Saúde e noticiários. RESULTADOS: A partir dos dados do SINAN/SVS/MS durante o período de 2005 a 2010 no Brasil, verificou-se que a região Norte (91%) foi a região de maior incidência de doença de Chagas, seguida pela região Nordeste (5,2%). Dentre os estados com maiores casos da doença durante o período estudado, o Pará ficou em primeiro lugar. Suspeita-se que os desmatamentos que ocorreram no oeste do Pará tenham a ver com essa história. Há acentuado número de grileiros de terras atuando na região, abrindo caminho para o plantio de extensas áreas de soja. De acordo com o Ministério do Meio Ambiente, foram desmatados em 2002 15 mil hectares de terra no oeste do Pará. Em 2006, com a chegada da soja, a área desmatada quase dobrou, passando a 28 mil hectares. No entanto, é preciso tomar cuidado na interpretação das situações da realidade cotidiana porque há outros fatores, especialmente socioeconômicos, que são determinantes da introdução e manutenção deste tipo de endemia. O estado do Ceará é o segundo estado nordestino com maior incidência de doença de Chagas, ocupa uma área de 146.817 km², mas sua população está distribuída de forma desigual, rarefeita nos sertões e adensada nas serras. As casas dos habitantes do município são típicas de regiões pobres, sendo o piso e as paredes de barro batido ou taipa nas áreas de menor nível socioeconômico. Os estudos epidemiológicos sobre a doença na região são unânimes em afirmar que é o tipo de habitação que vem causando a maior infecção, servindo aos triatomíneos silvestres como ecótopos artificiais. CONCLUSÃO: Seria indicado atribuir essa endemia ao triângulo “desmatamento – habitações não saudáveis – falta de investimento em educação”. Somente pela educação as populações poderão perceber as origens dos problemas e se apropriar do conhecimento sobre as estratégias de intervenção necessárias – desta forma, com participação social, as soluções serão construídas coletivamente e o processo, dinâmico, se reverterá no sentido da saúde de forma gradual, mas duradoura. Palavras-chave: Doença de chagas. Desmatamento. Epidemiologia. EDUCAÇÃO EM SAÚDE NO PRÉ-NATAL: DESCREVENDO A AÇÃO EM UMA EQUIPE DO SAÚDE DA FAMÍLIA OLIVEIRA,Danielle Luce Almeida1; FERES,Conceição de Maria2; LIMA, Elida Chaves de Carvalho3; SOUSA,Francisca Georgina Macedo de4; AMARAL, Marcia Raquel Lima5 Introdução: A gestação representa período ímpar e especial na vida da mulher, no qual a sensação de tornar-se mãe confunde-se muitas vezes com incertezas, medos e inseguranças. É um evento biossocial, pois está cercado de valores culturais, sociais e emocionais. A atenção obstétrica e neonatal por diminuir riscos e complicações inerentes à gravidez, ao parto e ao puerpério torna-se importante para a preservação da saúde materna e infantil. Ao proteger a saúde materna no decorrer da gestação, protegese também a criança, garantindo sua higidez e evitando os agravos aos quais está sujeita, como baixo peso, prematuridade e tétano neonatal. Enfatiza-se a importância das ações educativas no decorrer de todas as etapas do ciclo grávido-puerperal. No entanto, é no pré-natal que a mulher deverá ser orientada para que possa viver o parto de forma positiva, ter menos riscos de complicações no puerpério e mais sucesso na amamentação. Considerando o pré-natal e o nascimento como momentos únicos para cada mulher e uma experiência especial no universo feminino, os profissionais de saúde devem assumir a postura de educadores compartilhando saberes, buscando devolver à mulher sua autoconfiança para viver a gestação, o parto e o puerpério. OBJETIVOS: descrever práticas educativas no cuidado à mulher grávida realizadas por enfermeiros de uma Equipe Saúde da Família. METODOLOGIA:Trata-se de relato de experiência de práticas de cuidado realizadas no pré-natal por enfermeiras da Estratégia Saúde da Família do município de São Luís – MA. As práticas de cuidado são desenvolvidas com apoio de práticas educativas apoiadas por dinâmicas de grupo com um grupo de gestantes pertencentes a uma comunidade da periferia do município. As atividades são desenvolvidas continuamente em encontros semanais realizados todas as primeiras quartas-feiras de cada mês. Para a construção do conhecimento e de habilidades para o autocuidado de mulheres grávidas são utlizados folders, cartazes, álbuns seriados e a verbalização de experiências como instrumentos pedagógicos. RESULTADOS: As atividades desenvolvidas funcionam como espaço para trabalhar as dúvidas que não são contempladas nas consultas de pré-natal. Constitui-se em momentos de socialização de vivências, tornando-se uma oportunidade para a gestante expressar seus medos, ansiedades e sentimentos, bem como relacionar-se com outras pessoas que estão passando pela mesma experiência. Estas possibilidades têm permitido melhor enfrentamento das mudanças e situações que envolvem a gestação. O encerramento dos grupos se dá de forma festiva sendo concedido às gestantes que participam de pelo menos dois encontros durante a gestação e tenham feito, no mínimo, seis consultas prénatal um item para o enxoval na visita domiciliar realizada no puerpério. Descritores: Enfermagem; Cuidado; Pré-Natal ___________________________ 1 Enfermeira Assistencial do Programa Saúde da Família de São Luís – MA, Especialista em Saúde da Família, Membro do Grupo de Estudo e Pesquisa em Saúde da Família, da Criança e do Adolescente – GEPSFCA E-mail: [email protected] 2 Enfermeira Assistencial do Programa Saúde da Família de São Luís – MA, Especialista em Saúde da Família 3 Enfermeira Assistencial do Programa Saúde da Família de São Luís – MA, Especialista em Saúde da Família, Membro do Grupo de Estudo e Pesquisa em Saúde da Família, da Criança e do Adolescente – GEPSFCA 4 Enfermeira, Doutora em Enfermagem, Docente UFMA, Coordenadora do GEPSFCA 5 Enfermeira Assistencial do Programa Saúde da Família de São Luís – MA, Especialista em Saúde da Família, Membro do Grupo de Estudo e Pesquisa em Saúde da Família, da Criança e do Adolescente – GEPSFCA EDUCAÇÃO PERMANENTE: FERRAMENTA PARA A PROMOÇÃO DA SAÚDE AMARAL, Márcia Raquel Lima¹; LIMA, Élida Chaves de Carvalho²; OLIVEIRA, Danielle Luce Almeida³ Introdução: Para o Ministério da Saúde, a Educação em Saúde se constitui como um conjunto de práticas pedagógicas e sociais, de conteúdo técnico, político e científico, que no âmbito das práticas de atenção à saúde deve ser vivenciada e compartilhada pelos trabalhadores da área, pelos setores organizados da população e consumidores de bens e serviços de saúde e de saneamento ambiental. No que diz respeito à Estratégia de Saúde da Família uma de suas diretrizes operacionais consiste em educação permanente dos profissionais das equipes de saúde da família. A partir destes conceitos viu-se a necessidade de trazer os Agentes Comunitários de Saúde para dentro do processo educacional, visto que uma de suas atribuições é desenvolver atividades de prevenção de doenças e promoção da saúde, por meio de ações educativas individuais e coletivas, nos domicílios e na comunidade, sob supervisão competente. Objetivo: Capacitar os Agentes Comunitários de Saúde para desenvolver atividades educativas junto à comunidade. Metodologia: Trata-se de um relato de experiência vivenciada durante a criação de um grupo de estudo implantado em 2008 por uma equipe da Estratégia Saúde da Família em uma comunidade periférica da cidade de São Luís/MA. As reuniões do grupo de estudo são realizadas na própria Unidade de Saúde, com temas relacionados às necessidades da comunidade naquele momento. Posteriormente ao estudo os Agentes Comunitários repassam as informações adquiridas à comunidade através de palestras, principalmente em sala de espera. Resultados: Com o desenvolvimento desta atividade dentro da unidade de saúde notou-se uma maior segurança por parte dos Agentes Comunitários de Saúde no momento da multiplicação destas informações. À comunidade por sua vez passou a dar mais atenção aos temas colocados em pauta, estando muito mais ativa no cuidado com sua própria saúde. Conclusão: O processo de educação em saúde contribui para a formação da consciência crítica das pessoas a respeito de seus problemas de saúde, a partir da sua realidade, e estimula a busca de soluções e organização para a ação individual e coletiva. Com a criação deste grupo estamos reforçando a promoção da saúde através de mudanças de estilos de vida levando a uma melhoria da qualidade de vida e o aumento do vínculo entre a Unidade de saúde, os profissionais e a comunidade. A partir do momento em que se dão os instrumentos para a construção de uma nova realidade tudo passa a ser mais facilmente resolvido. Descritores: Enfermagem, Educação em saúde, Agente Comunitário de Saúde. _____________________________ ¹ Enfermeira. Especialista em Saúde da Família. Enfermeira Assistencial da Estratégia Saúde da Família do município de São Luís – MA, membro do Grupo de Estudo e Pesquisa na Saúde da Família, da Criança e do Adolescente – GEPSFCA/UFMA. [email protected] ² Enfermeira. Especialista em Saúde da Família. Enfermeira Assistencial da Estratégia Saúde da Família do município de São Luís – MA, membro do Grupo de Estudo e Pesquisa na Saúde da Família, da Criança e do Adolescente – GEPSFCA/UFMA. ³ Enfermeira. Especialista em Saúde da Família. Enfermeira Assistencial da Estratégia Saúde da Família do município de São Luís – MA, membro do Grupo de Estudo e Pesquisa na Saúde da Família, da Criança e do Adolescente – GEPSFCA/UFMA. ESTUDO DE CASO DE UMA PACIENTE COM LEIOMIOMA SUBMETIDA À CIRÚRGIA DE HISTERECTOMIAL TOTAL Thamires Pestana Sousa1; Thalita Gracyelle Aragão Siqueira2; Caius Cesar Araujo Melo3; Abrahão Tairo Carneiro Palma4 ; Lana Carla Sousa Mendes5 ; Líscia Divana P. Carvalho6. Introdução: O leiomioma é o tumor benigno mais comum do corpo uterino. Sua incidência é de difícil precisão: 20 a 50% das mulheres terão leiomioma em alguma fase de sua vida. Parece ser mais comum na raça negra, em nuliparas e em pacientes portadoras de síndromes hiperestrogênicas. Atinge seu pico de incidência na quarta década de vida da mulher (CAETANO, FARIA, 1997). Os leiomiomas podem não gerar sintomas ou podem produzir sangramento vaginal anormal. Os outros sintomas decorrem da pressão sobre os órgãos adjacentes e incluem dor, dor lombar, pressão, distensão abdominal, constipação e problemas urinários. A menorragia (sangramento excessivo) e a metrorragia (sangramento irregular) podem acontecer porque os fibróides podem distorcer o revestimento uterino. Os fibróides podem interferir com a fertilidade (SMELTZER, BARE, 2009). Objetivos: Implementar a assistência de enfermagem sistematizada, fundamentada no Diagnóstico da Taxonomia da NANDA, nas Intervenções da NIC e resultados da NOC em uma paciente acometida por miomatose uterina. Implementar um processo de enfermagem de forma a suprir as necessidades básicas da paciente; Avaliar através das evoluções diárias e da implementação das intervenções de enfermagem a capacidade da I. P. L. em atender suas necessidades básicas alteradas. Metodologia: Trata-se de um estudo descritivo, qualitativo do tipo Estudo de Caso, realizado no período de 23 de novenbro a 25 de novenbro de 2010, no Hospital Universitário Presidente Dutra (HUPD) na ala A da Clínica Cirurgica, baseado no Diagnóstico da Taxonomia da NANDA, nas Intervenções da NIC e Resultados da NOC. Resultados: Os resultados mostraram que o comportamento da paciente frente ao diagnóstico de leiomioma esta associado a uma série de sentimentos e reações emocionais que precisam ser compreendidos pela equipe multidisciplinar responsável pela assistência. Conclusão: Diante de sua natureza benigna, o leiomioma do útero apresenta, de modo geral bom prognostico. Assim, analise critica e a seleção do procedimento adequado para cada caso proporcionam maior satisfação e resultados apropriados. Através desse Estudo de Caso, pôde-se conhecer a patologia apresentada pela paciente e o seu tratamento cirúrgico, assim como a utilização do Processo de Enfermagem do Diagnóstico da Taxonomia da NANDA, nas Intervenções da NIC e Resultados da NOC visando o atendimento das Necessidades Humanas Básicas Afetadas, para um melhor cuidado da paciente. Palavras chave: Leiomioma, Histerectomia, Assistência de Enfermagem. ___________________________ 1,2,3,4,5 Acadêmicos de Enfermagem do 8º período da UFMA. 6 Professora Mscº Liscia Divana P. Carvalho. E-mail: [email protected] ESTUDO SE CASO DA PACIENTE R.A.M., ACOMETIDA POR ANEMIA APLÁSTICA, MONILÍASE ORAL E NEUTROPENIA FEBRIL. Thamires Pestana Sousa1; Thalita Gracyelle Aragão Siqueira2 ; Caius Cesar Araujo Melo3; Bruna Gomes; Lana Carla Sousa Mendes5; Lena M. B. Fonseca6 Introdução: A anemia aplástica é uma doença rara provocada por uma diminuição das células-tronco medulares ou lesão nessas células, por lesão do microambiente dentro da medula e pela substituição da medula pela gordura. A etiologia exata é desconhecida, porém acredita-se que as células T do organismo medeiam um ataque inadequado contra a medula óssea resultando em aplasia da medula óssea (hematopiese acentuadamente reduzida). Por conseguinte, além da anemia grave, a neutropenia significativa e trombocitopenia (uma deficiência de plaquetas) também são observadas (SMELTZER; BARE, 2009). Monilíase oral é uma micose oportunistas são infecções cosmopolitas causadas por fungos de baixa virulência, que convivem pacificamente com o hospedeiro, mas, ao encontrarem condições favoráveis, como distúrbios do sistema imunodefensivo, desenvolvem seu poder patogênico, invadindo tecidos. Atingem indivíduos de ambos os sexos, de todas as faixas etárias e raças (TRABULSI, 2005). A neutropenia febril (uma contagem de neutrolfilos inferior a 2.000/mm3) resulta da produção diminuída d neutrófilos ou destruição aumentada dessas celulas. Os neutrófilos são essenciais na prevenção e limitação da infecção bacteriana. Um paciente com neutropenia esta em risco aumentado para a infecção por fontes exógenas e endógenas. ( o trato Gastrointestinal e a pele são fontes endógenas e exógenas comuns). O risco de infecção baseia-se não somente na gravidade da neutropenia (contagem baixa de neutrófilos), como também na duração da neutropenia (SMELTZER; BARE, 2009). Objetivos: Implementar a assistência de enfermagem sistematizada, fundamentada no Diagnóstico da Taxonomia da NANDA, nas Intervenções da NIC e resultados da NOC em uma paciente acometida de anemia aplastica e monilíase oral. Implementar um processo de enfermagem de forma a suprir as necessidades básicas da paciente; Avaliar através das evoluções diárias e da implementação das intervenções de enfermagem a capacidade da R.A.M. em atender suas necessidades básicas alteradas. Metodologia: Trata-se de um estudo descritivo, qualitativo do tipo Estudo de Caso, realizado no período de 17 de agosto a 14 de setembro de 2010, no Hospital Universitário Presidente Dutra (HUPD) na ala feminina da Clínica Médica, baseado no Diagnóstico da Taxonomia da NANDA, nas Intervenções da NIC e Resultados da NOC. Resultados: Com a assistência de enfermagem prestada a paciente pode se observar que houve uma pequena melhora em seu prognostico. Conclusão: A sistematização da assistência, utilizando taxonomias, organiza o cuidado, orienta o paciente, familiares e a equipe de enfermagem. Concluímos que o grande número de intervenções e resultados de enfermagem oferecem uma magnitude de possibilidades para a realização de novos estudos que possam enriquecer a realidade da profissão. Palavras chave: Anemia aplástica, monilíase oral, neutropenia febril. ______________________________ 1,2,3,4,5 Acadêmicas de Enfermagem da Universidade Federal do Maranhão 6 Professora Mscª do curso de Enfermagem da Universidade Federal do Maranhão. Email: [email protected] FATORES DESENCADEANTES DE ESTRESSE GESTACIONAL E A ATUAÇÃO DO ENFERMEIRO: REVISÃO INTEGRATIVA Larissa Siqueira Lima 1; Nalciran Rute Câmara Dias 1; Yonna Costa Barbosa 2; Carlos Leonardo Figueiredo Cunha 3 INTRODUÇÃO: O estresse pode ser definido como uma condição mental ou emocionalmente disruptiva ou perturbadora, que acontece em resposta às influências externas adversas. O período gestacional é importante momento de mudanças físicas, sociais, familiares e psicológicas, no qual a mulher fica exposta a diversas situações estressantes, podendo gerar prejuízos à sua saúde física e mental e também danos ao desenvolvimento do bebê. OBJETIVO: Investigar os principais estressores que afetam a saúde da mulher no período gestacional, bem como a atuação do enfermeiro frente a essa realidade. MATERIAIS E MÉTODOS: Realizou-se uma pesquisa integrativa na base de dados da LILACS e em revistas eletrônicas, no período de abril 2010, com publicações dos últimos cinco anos. RESULTADOS: Observou-se a presença de estressores relacionados à gestação e estressores não relacionados à gestação, que estão ligados a: situação econômica; eventos relacionados à saúde; fatores familiares e sociais; sendo que, as principais estratégias de enfrentamento adotadas pelas gestantes são: pensar no bebê; praticar atividades físicas; buscar apoio da família, de amigos, e de profissionais; evitar e/ou adaptar-se às situações estressantes. CONCLUSÃO: A saúde da gestante é influenciada por eventos multifatoriais, com os quais o enfermeiro deve estar qualificado para intervir, no intuito de identificar os eventos estressores e propor estratégias de enfrentamento, porém, cabe à gestante identificar quais estratégias lhe são mais prazerosas para que possa adaptá-las à sua rotina, levando-as à coresponsabilização do cuidado da sua própria saúde e da saúde do feto, uma vez que, a ausência ou controle dos eventos estressores na gestação são determinantes para um bom desenvolvimento fetal e para a saúde materna. PALAVRAS-CHAVE: Estresse da Vida; Gestação; Bem-Estar Materno. ____________________________ 1-Acadêmica de Enfermagem da Universidade Federal do Maranhão; monitora bolsista do PET-Saúde da Família/UFMA. 2-Acadêmica de Enfermagem da Universidade Federal do Maranhão; monitora bolsista do PET-Saúde da Família/UFMA. E-mail: [email protected] 3 - Mestre em Saúde Materno-Infantil; Professor Substituto do Departamento de Saúde Pública-UFMA; Coordenador Científico- Cultural da Associação Brasileira de Enfermagem (ABEn)- seção Maranhão. FUNCIONAMENTO FAMILIAR E RISCOS DE AGRESSÃO E VITIMIZAÇÃO EM ADOLESCENTES ESCOLARES NOGUEIRA, Ana Larissa Araujo 1; SOUSA, Francisca Georgina Macedo 2; SANTOS, Marinese Hermínia3; SILVA, Ítalo Rodolfo 4; AMARAL, Marcia Raquel Lima5 ; SILVA, Andréa Cristina Oliveira6 Introdução: O funcionamento familiar compreende a qualidade do relacionamento entre os membros da família. Famílias caracterizadas como funcionais ou de bom funcionamento caracterizam-se por ser afetuosas, com boa comunicação e com regras flexíveis, caso não apresentem tais características, são consideradas disfuncionais. Dentro do contexto familiar encontra-se o adolescente, que adquire valores e padrões de conduta no ambiente familiar e a partir do relacionamento com os pares, sejam eles amigos, colegas de classe ou parceiros românticos, adquire também um estilo de vida que poderá ou não predispor a eventos de violência e ocasionar prejuízos no seu desenvolvimento. A partir de tais assertivas questiona-se: Qual a relação entre funcionalidade familiar dos adolescentes escolares e os riscos de violência que estes foram ou são submetidos no ambiente escolar? Objetivos: Relacionar funcionalidade familiar de adolescentes escolares e os riscos de violência a que foram ou são submetidos em ambiente escolar. Metodologia: Trata-se de estudo exploratório descritivo de natureza quantitativa. Para a coleta dos dados foi utilizado o APGAR Familiar e a Escala de Vitimização e Agressão entre Pares (EVAP). Foram sujeitos 1.035 adolescentes escolares de duas instituições públicas de ensino do município de São Luís – MA. Resultados: 73% dos adolescentes apresentaram famílias funcionais com 54,6% de baixo risco para a agressão direta, 56,9% de baixo risco para agressão relacional e 41,7% de alto risco para a vitimização. Dos 25% dos adolescentes com famílias disfuncionais leves, 52,3% apresentaram baixo risco para a agressão direta, 55,9% baixo risco para a agressão relacional e 44,9% alto risco para a vitimização. Dos 2% dos adolescentes de famílias disfuncionais graves, 57,1% apresentaram alto risco para a agressão direta, 71,4% de alto risco para a agressão relacional e 61,9% de alto risco para a vitimização. Conclusão: Os dados obtidos evidenciam a funcionalidade familiar como um fator que poderá influenciar nas condutas agressivas adotadas pelo adolescente no contexto escolar, visto que os adolescentes de famílias funcionais, embora apresentem maior frequência de baixo risco para a agressão direta e agressão relacional, possuem alto risco de serem vitimizados. Nas famílias disfuncionais leves, a frequência de alto risco para a vitimização aumenta quando comparado às funcionais e prevalece o baixo risco para a agressão direta e para a agressão relacional. Valores bastante diferenciados foram observados nas famílias disfuncionais graves, pois os adolescentes pertencentes a esse tipo de família apresentaram alto risco para a agressão direta, agressão relacional e vitimização. Tais resultados evidenciam a necessidade de estreitamento das relações entre família, escola e saúde, bem como a necessidade da Enfermagem como rede de apoio ao cuidado com adolescentes escolares. Palavras-chave: Família. Adolescência. Enfermagem. _____________________________ 1 Enfermeira Assistencial do Programa Saúde da Família de São Luís – MA, Especialista em Saúde da Família, Membro do Grupo de Estudo e Pesquisa em Saúde da Família, da Criança e do Adolescente – GEPSFCA E-mail: [email protected] 2 Enfermeira Assistencial do Programa Saúde da Família de São Luís – MA, Especialista em Saúde da Família 3 Enfermeira Assistencial do Programa Saúde da Família de São Luís – MA, Especialista em Saúde da Família, Membro do Grupo de Estudo e Pesquisa em Saúde da Família, da Criança e do Adolescente – GEPSFCA 4 Enfermeira, Doutora em Enfermagem, Docente UFMA, Coordenadora do GEPSFCA 5Enfermeira Assistencial do Programa Saúde da Família de São Luís – MA, Especialista em Saúde da Família, Membro do Grupo de Estudo e Pesquisa em Saúde da Família, da Criança e do Adolescente – GEPSFCA GRAVIDEZ GEMELAR COM MORTE UNIFETAL: RELATO DE EXPERIÊNCIA BASEADO NA TEORIA DE WANDA HORTA ARAÚJO, Glauciene Rocha de; SILVA1 , Elen Patrícia Licar da2; SANTOS, Yelenna Rafysa Mendes3; SILVA, Maria das Graças Rodrigues4, MAIA, Mirian da Silva5, RIOS, Cláudia Teresa Frias6 Introdução: a presença simultânea, na mulher, de dois ou mais conceptos, constitui a prenhez múltipla, classificada em dupla ou gemelar, tripla, quádrupla, etc. Os gêmeos podem ser monozigóticos ou dizigóticos. No que se refere ao tipo de placentação, os monozigóticos podem ser de qualquer tipo e depende do tempo no qual houve a divisão do zigoto. Quando ocorre entre o 4º e o 8º dia o resultado será a placentação monocoriônica, diamniótica. Neste caso, ocorrendo morte unifetal muito antes do termo, a gravidez pode continuar com o feto vivo. Objetivos: sistematizar a assistência de enfermagem a uma paciente com gravidez gemelar monocoriônica diamniótica e morte unifetal, conforme o processo de enfermagem proposto por Wanda Horta. Metodologia: trata-se de um estudo descritivo do tipo relato de experiência, realizado em um Hospital Universitário no período de junho de 2010. A pesquisa consistiu em entrevista, exame físico e gineco-obstétrico e análise de prontuário. Foi aplicado o Processo de Enfermagem proposto por Wanda de Aguiar Horta. Resultados: a paciente apresentou as necessidades humanas básicas de oxigenação, regulação térmica, vascular e hidrossalina, percepção dolorosa, aprendizagem e segurança afetadas. O plano assistencial implementado consistiu na avaliação da dor, sangramento transvaginal, sinais vitais, terapêutica medicamentosa e apoio emocional; ajuda à deambulação; orientação quanto ao diagnóstico obstétrico atual e tratamento, cuidados pessoais, desconfortos do perioperatório, recuperação pós-operatória e cuidados iniciais com o RN, supervisão das orientações e encaminhamento à realização de PCCU. Conclusão: a paciente respondeu satisfatoriamente às intervenções de enfermagem prestadas. No pósparto manteve um quadro clínico estável até a alta hospitalar, no qual foi orientada quanto à alimentação adequada, consulta no puerpério, cuidados com o RN, aleitamento materno exclusivo, teste do pezinho e imunização. Palavras –chave: Gêmeos; Morte fetal;Complicações na gravidez; Assistência de enfermagem. ____________________________ 1,2,3,4,5 Acadêmicos de Enfermagem – Departamento de Enfermagem – Universidade Federal do Maranhão – UFMA. Email relator: [email protected] 6 Profª. Msc. do Departamento de Enfermagem – Universidade Federal do Maranhão – UFMA IDENTIFICAÇÃO DE NEOPLASIA INTRAEPITELIAL CERVICAL (NIC) EM PACIENTES ATENDIDAS EM UMA UNIDADE HOSPITAR SOARES, Dolores Helena Silva1; LIRA, Maria dos Remedios da Silva 2 ; NAPOLEÃO, Émille Borralho 3 Introdução: O câncer do colo do útero caracterizado por transformações celulares intraepiteliais progressivas e desordenadas, é uma doença de crescimento lento e silencioso. Classifica-se de acordo com o aspecto histológico da lesão em Neoplasia Intraepitelial Cervical Grau I(NIC I) – Baixo Grau; Neoplasia Intraepitelial Cervical Grau II(NIC II), Neoplasia Intraepitelial Cervical Grau III (NIC III) e Carcinoma Invasor todos tido como lesão de Alto Grau. No Brasil, a principal estratégia utilizada para detecção precoce/rastreamento do câncer do colo uterino é o exame de citologia oncótica. Objetivo: Identificar as mulheres que foram diagnosticadas com Neoplasia Intraepitelial Cervical em um Hospital de São Luis-MA no período de 2009 a 2010. Metodologia: Estudo de caráter descritivo e retrospectivo. A amostra foi composta pelos resultados de preventivo de mulheres atendidas em uma na unidade hospitalar da capital no período de março de 2009 a março de 2010, totalizando 7.214 mulheres. A coleta de dados foi feita pela revisão dos prontuários das mulheres e os resultados condensados por meios de um formulário estruturado com questões fechadas e coerentes com o objetivo do estudo. Resultados: Demonstraram que 77% das mulheres apresentaram NIC I, 13% apresentaram NIC II e 10% com NIC III. Cerca de 60% das mulheres apresentaram NICs associado com o vírus HPV. A faixa etária de maior incidência foi de 30 a 34 anos (19%), e a menor entre 60 a 64 anos (1%). Quanto ao tratamento, em 64% dos prontuários não havia qualquer informação registrada ; 17% foram submetidas a aplicação de ATA; 9% foram submetidas à Conização; 4% usaram tratamento tópico; 2% foram submetidas a CAF; em 1% foi realizado o procedimento cirúrgico; e em 3% foram encaminhadas ao Hospital de Referência para tratamento Oncológico. Conclusão: De acordo com os resultados obtidos na pesquisa, a maioria das mulheres é originaria de São Luis MA, ficando evidente que a população do município tem usufruído do serviço. O tipo de Neoplasia Intraepitelial Cervical que predominou no estudo foi o NIC I, revelando a importância da disponibilização na rede de atenção básica de saúde a coleta do Papanicolau. A relação do vírus HPV com os tipos de NICs foi bem caracterizada, trazendo e respaldando a questão das relações sexuais protegidas. Com esse estudo evidenciou-se a importância da prevenção no rastreio e tratamento precoce desse agravo que tem atingido com freqüência a população feminina, e demonstrou o quanto a saúde da mulher nessa unidade hospitalar precisa avançar, apesar de muitos desafios. Descritores: Citologia Oncótica, Neoplasia Intra-epitelial, Saúde da Mulher ________________________________ ¹ Enfermeira (Instituto Florence de Ensino Superior)[email protected] ² Enfermeira Especializada em Saúde da Família (FACINTER- PR) ³ Enfermeira (Instituto Florence de Ensino Superior) INDICADORES OPERACIONAIS DA ATENÇÃO BÁSICA EM SÃO LUÍS - MARANHÃO PEREIRA, Odineilce Sampaio 1; SILVA, Naylle de Jesus2; LIMA, Alice Bianca Santana3 ; REIS, Regimarina Soares4; COIMBRA, Liberata Campos5 Introdução: Indicadores são medidas-síntese que contém informação relevante sobre determinados atributos e dimensões do estado de saúde, bem como do desempenho do sistema de saúde. Vistos em conjunto, devem refletir a situação sanitária de uma população e servir para a vigilância das condições de saúde. A construção de um indicador é um processo cuja complexidade pode variar desde a simples contagem direta de casos de determinada doença, até o cálculo de proporções, razões, taxas ou índices mais sofisticados, como a esperança de vida ao nascer. Objetivo: Estudar a utilização dos Indicadores Operacionais da Atenção Básica através do Sistema de Informação da Atenção Básica - SIAB, em São Luis - MA. Metodologia: O presente trabalho trata-se de um projeto de iniciação científica do departamento de enfermagem da UFMA, ligado ao Núcleo de Pesquisa em Enfermagem NUPEN, fazendo parte de um projeto maior intitulado: Avaliação da Qualidade dos Serviços de Atenção Básica do Sistema Único de Saúde no Município de São Luís Maranhão. Foi realizada revisão de literatura em artigos, revistas e sites como LILACS e SCIELO. Resultados: O SIAB constitui-se em um dos principais instrumentos nacionais de monitoramento e avaliação da Atenção Básica a Saúde. Os dados consolidados pelas secretarias municipais, diretorias regionais e secretaria estadual são resultados do trabalho de agentes comunitários de saúde, médicos, enfermeiras, cirurgiões-dentistas e auxiliares. A qualidade e consistência destes dados decorrem do conhecimento dos instrumentos e do uso correto das instruções de preenchimento, alimentação cuidadosa, cumprimento de prazos, fluxos, críticas, divulgação e utilização dos dados. O SIAB permite o estudo de indicadores epidemiológicos, socioeconômicos, demográficos e operacionais. Os indicadores operacionais permitem a equipe observar a capacidade do serviço em dar cobertura à população, podendo relacionar o cadastramento e o acompanhamento dos usuários. Os instrumentos disponibilizados pelo SIAB proporcionam o acompanhamento de gestantes, hipertensos, diabéticos, pacientes com tuberculose, pacientes com hanseníase, crianças e também o registro de atividades, procedimentos e notificações. Conclusão: A utilização do SIAB como instrumento do trabalho da equipe de saúde da família (ESF) é útil na identificação e avaliação das famílias, na construção de indicadores de saúde, na definição de prioridades, na organização do trabalho, na programação local e no direcionamento das visitas domiciliares. Palavras chaves: Atenção Básica; Indicadores Operacionais; Sistema de Informação. ____________________________ (1): Acadêmica do 7° Período do curso de Enfermagem da Universidade Federal do Maranhão-UFMA, Bolsista Voluntária – PIBIC, Aluna de Iniciação Científica. Email:[email protected] (2): Acadêmica do 7° Período do curso de Enfermagem da Universidade Federal do Maranhão-UFMA, Bolsista - CNPq, Aluna de Iniciação Científica. (3): Acadêmica do 6° Período do curso de Enfermagem da Universidade Federal do Maranhão-UFMA, Bolsista - FAPEMA, Aluna de Iniciação Científica. (4): Mestranda em Saúde Coletiva-UFMA. (5): Professora Adjunto III do Departamento de Enfermagem da UFMA, Enfermeira, Doutora em Políticas Públicas, Orientadora de Iniciação Científica. INSUFICIÊNCIA CARDÍACA: ESTUDO DE CASO. ARAÚJO, Glauciene Rocha de; SILVA, Elen Patrícia Licar da2; SANTOS, Yelenna Rafysa Mendes3; SILVA, Maria das Graças Rodrigues4 ; TEIXEIRA FILHO, José Carlos5; AZEVEDO, Patrícia Ribeiro 6 Introdução: a insuficiência cardíaca é uma síndrome clínica complexa e progressiva, que pode resultar de qualquer distúrbio funcional ou estrutural do coração, alterando sua capacidade de satisfazer as necessidades de oxigênio e de nutrientes do organismo. Objetivos: aplicar a sistematização da assistência de enfermagem a um paciente acometido por insuficiência cardíaca, visando a sua participação como elemento ativo em seu autocuidado. Metodologia: Trata-se de um estudo descritivo do tipo estudo de caso, realizado no Hospital Universitário Unidade Presidente Dutra, no período de 09 a 18 de junho de 2009. O estudo foi realizado após a autorização do paciente, por meio do termo de consentimento livre e esclarecido. A pesquisa constou-se de entrevista, exame físico e análise de prontuário. Utilizou-se como referencial a Teoria das Necessidades Humanas Básicas de Wanda de Aguiar Horta, sendo aplicado o Processo de Enfermagem proposto por ela. Resultados: o paciente apresentou as necessidades humanas básicas de nutrição, sono e repouso, exercício e atividade física, percepção dolorosa, integridade física e cutâneo-mucosa, auto-imagem, cuidado corporal, aprendizagem, educação à saúde, regulação neurológica, segurança e terapêutica afetadas. O plano assistencial implementado consistiu na aferição dos sinais vitais e peso diário, administração da terapêutica medicamentosa, prestação de apoio emocional e promoção do conforto; orientações quanto à importância da deambulação, da prática de exercícios físicos, de uma alimentação completa e diversificada, da higiene oral e também sobre a patologia e o tratamento; supervisão dos episódios de dor e da compreensão e seguimento das orientações prestadas. Conclusão: o paciente respondeu satisfatoriamente às intervenções de enfermagem prestadas, com uma boa evolução e mantendo um quadro clínico estável até o final do estudo. A sistematização da assistência é de fato uma ferramenta eficiente no trabalho da enfermagem, pois organiza e direciona o cuidado, o que o torna de qualidade e humanizado. Palavras-chaves: Insuficiência cardíaca; Assistência de enfermagem. ____________________________ 1,2,3,4,5 Acadêmicos de Enfermagem – Departamento de Enfermagem – Universidade Federal do Maranhão – UFMA. Email relator: [email protected] 6 Profª Msc. do Departamento de Enfermagem – Universidade Federal do Maranhão – UFMA. INVESTIGAÇÃO DA INFLUÊNCIA DE QUEDAS EM IDOSOS ATENDIDOS EM UMA UNIDADE DE SAÚDE DA FAMÍLIA: UM RELATO DE EXPERIÊNCIA NOLÊTO, Felipe Barros¹; SARAIVA, Adriana Laís Oliveira Saraiva²; ARAUJO, Neria Veanne Sousa Silva³; SOUSA, Jordana de Moura e4; ROLIM, Isaura Letícia Tavares Palmeira5 INTRODUÇÃO: As lesões se situam em sétimo lugar como causa de morte para as pessoas idosas, e as quedas constituem uma causa importante de lesão. Dentre os impactos que as quedas provocam na vida de um idoso, pode-se incluir morbidade, mortalidade, deterioração funcional, hospitalização, institucionalização e consumo de serviços sociais e de saúde. É nesse contexto, que o projeto “A influência da queda na qualidade de vida dos idosos atendidos em uma unidade de saúde da família”, ofereceu a oportunidade de vivenciar diversas experiência durante a coleta de dados com os idosos. OBJETIVO: Relatar as experiências adquiridas com a coleta de dados para o projeto de pesquisa desenvolvido durante a participação no PET-SAÚDE/Saúde da Família. METODOLOGIA: Relato de experiência tendo como referencial a familiarização do aluno com a atenção básica através da participação em projeto de pesquisa desenvolvido durante a participação no PET-SAÚDE/ Saúde da Família. O processo de coleta de dados ocorreu no período de Agosto de 2010 à Fevereiro de 2011 na Unidade de Saúde Vila Embratel. RESULTADOS: Durante o período de coleta de dados, foi possível presenciar diversas situações. Dentre elas pode-se citar a dificuldade em conseguir entrevistas com idosos na unidade básica de saúde, tínhamos que muitas vezes esperar a consulta médica e acabávamos tendo um descontrole na hora das entrevistas. Outro fato, foi a repetição de idosos na pesquisa. Mas também houveram experiências facilitadoras e interessantes. Durante as visitas domiciliares com a Enfermeira e o agente comunitário de saúde, foi possível vivenciar de maneira mais concreta as respostas que eram dadas às entrevistas, pois além de obter dados através do idoso podíamos analisar sua residência e comparar com as respostas. Além disso, era mais fácil fazer orientações e ajudar a prevenir as quedas, já que podíamos mostrar na íntegra o que poderia ocasionar uma queda e conseqüentemente uma lesão. CONCLUSÃO: Falar sobre a influência de quedas em idosos é importantes e o processo de coleta de dados nos mostrou o quanto é necessário que se faça atividades educativas em incentivo a prevenção. Elas podem ser feitas através dos profissionais de saúde, tanto no ato da consulta quanto nas visitas domiciliares. Palavras-chaves: Idosos, Saúde da Família, Enfermagem. ____________________________ 1Estagiário do 8º de Enfermagem na Universidade Federal do Maranhão-UFMA, bolsista do PETSaúde/Saúde da Família; Email: [email protected] 2 Graduanda do 7º período em Enfermagem na Universidade Federal do Maranhão-UFMA; voluntária do PET-Saúde/Saúde da Família;E-mail:[email protected] 3 Enfermeira da Estratégia Saúde da Família, preceptora do PET-Saúde/Saúde da Família;E-mail: [email protected] 4 Enfermeira da Estratégia Saúde da Família, preceptora do PET-Saúde/Saúde da Família;E-mail: [email protected] 5 Enfermeira, profª. Drª. do Departamento de Enfermagem da Universidade Federal do Maranhão – UFMA;coordenadora do PET-Saúde/Saúde da Família.E-mail: [email protected] JULGAMENTOS DE VALOR E PRECONCEITOS QUE INFLUENCIAM NO CUIDADO ÀS MULHERES NO ABORTO INSEGURO Lucian da Silva Viana¹, Caius César Araújo Melo², Josiane dos Santos Costa², Lana Carla de Souza Mendes², Wesley da Silva Marques², Carlos Leonardo Figueiredo Cunha³ INTRODUÇÃO: O aborto é referido como sendo envolto em tabus, preconceitos, discriminações, o que o caracteriza como uma questão polêmica desde a antigüidade. Muitas vezes, o abortamento induzido é apresentado como uma decisão egoísta e fria. Assim, de acordo com esse ponto de vista, a mulher é vista como uma criminosa. OBJETIVO: Objetiva-se abordar o cuidado às mulheres no aborto inseguro, com ênfase nos julgamentos de valor e preconceitos que influenciam nesse tipo de atendimento. METODOLOGIA: Realizou-se uma pesquisa sistemática nacional em teses, dissertações e revistas eletrônicas, com publicações dos últimos dez anos sobre aborto inseguro e o cuidado de enfermagem. Utilizaram-se as bases de dados: Bireme, Google Acadêmico e Scielo. RESULTADOS: Alguns profissionais de enfermagem, no ato de cuidar de mulheres em situação de abortamento, o fazem de forma diferente dependendo da provável etiologia do aborto. Entretanto, esse cuidado deve ser de ajuda e orientação proporcionando um atendimento que contemple sua situacionalidade e temporalidade. A falta de qualificação para o trabalho na assistência do abortamento e da compreensão da problemática do aborto no Brasil, igualmente contribui para o surgimento de julgamentos de valor e preconceitos. É necessária uma busca por novos horizontes, o que inclui a educação e o pronto acesso aos Serviços de Saúde Integral da Mulher. É uma tarefa a ser perseguida por meio de uma educação sexual mais aberta, sincera, científica, apegada aos direitos e à realidade, sendo uma situação multifatorial, onde não existe somente um responsável, pois não há falhas apenas institucionais no setor de saúde; mas na dinâmica familiar, além do fator econômico, religioso e social. CONCLUSÃO: O abortamento não deve ser justificado e sim compreendido. Os atributos e significados de humanização e acolhimento, embora base sustentadora para um novo modelo de atenção, ainda não estão plenamente presentes nesse tipo de assistência. Atitudes de curiosidade ou de reprovação são inúteis e não ajudam a resolver o grande problema de saúde pública no qual o aborto foi transformado. Palavras-chave: Aborto. Preconceito. Saúde da mulher. _____________________________ 1. Acadêmico em Enfermagem pela Universidade Federal do Maranhão – UFMA. Email: [email protected] 2. Acadêmico(a) em Enfermagem pela Universidade Federal do Maranhão - UFMA 3. Enf. Ms. em Saúde Materno-Infantil pela Universidade Federal do Maranhão - UFMA LEIOMIOMA E A CIRURGIA DE HISTERECTOMIA TOTAL: RELATO DE EXPERIÊNCIA Thamires Pestana Sousa1;Thalita Gracyelle Aragão Siqueira2; Caius Cesar Araujo Melo3; Abrahão Tairo Carneiro Palma4 ; Lana Carla Sousa Mendes5 ; Líscia Divana P. Carvalho6 Introdução: Os leiomiomas são tumores do músculo liso uterino, sendo geralmente descritos como submucosos, intramurais e subserorosos, mais comum na raça negra, em nulíparas e em pacientes portadoras de síndromes hiperestrogênicas. Apresenta maior incidência na quarta década de vida da mulher, com sintomas de dor, distensão abdominal, constipação, problemas urinários, menorragia e metrorragia, dentre outros. A histerectomia é indicada em casos de tumores volumosos, sangramento aumentado sem reposta ao tratamento clínico e manifestações álgicas intensas. Objetivo: Aplicar a metodologia da assistência de enfermagem em uma paciente com diagnóstico médico de leiomioma, nas fases pré e pós-operatória de histerectomia. Metodologia: Relato de experiência, realizado no mês de novenbro de 2010, na Clínica Cirurgica do Hospital Universitário Unidade Presidente Dutra (HUPD) da Universidade Federal do Maranhão. O referencial teórico utilizado foi a Teoria de Enfermagem de Wanda Horta (1979), associado a Classificação Diagnóstica da NANDA (2009-2011), a Classificação de Intervenções de Enfermagem (NIC) e a Classificação dos Resultados de Enfermagem (NOC). A coleta de dados foi realizada através de entrevista, exame físico e consulta aos registros de prontuário. Resultados: I. P. L., 47 anos, feminino, 1° grau incompleto, parda, casada, natural de Perimirim-MA, queixa principal: sangramento transvaginal aumentado. Os Diagnóstcos mais frequentes nas fases pré e pós-operatória foram: Conhecimento deficiente, Baixa auto-estima situacional, Integridade tissular prejudicada, Perfusão tissular periférica diminuida, Risco de infecção, Disfunção sexual, Estilo de vida sedentário. Os resultados de enfermagem alcançados (NOC) e as intervenções de enfermagem realizadas (NIC) foram respectivamente: Conhecimento sobre o processo de doença- Educação para a saúde; Melhora do enfrentamentoDesenpenho de papel; Cicatrização da pele - Cuidado com incisão, sondas e drenos; Proteção contra infecção- Prevenção, detecção e controle de riscos; Restauração da perfusão periférica-Adequação de cuidados; Restabelecimento da função sexualAconselhamento sexual; Encorajar Atividade física- Promoção de deambulação e exercício. Conclusão: A utilização de uma metodologia na assistência de enfermagem proporcionou uma prática mais organizada com identificação das situações de saúdeproblema, subsidiando a implementação de intervenções que contribuíram para promoção, prevenção, recuperação e reabilitação da paciente. Palavras chave: Leiomioma, Histerectomia, Assistência de Enfermagem. __________________________ 1,2,3,4,5 Acadêmicos de Enfermagem do 8º período da UFMA. 6 Enfermeira. Supervisora de Estágio. Docente da UFMA. E-mail: [email protected] MEDIDAS DE PREVENÇÃO AO CÂNCER DE PELE AZEVEDO, Paula Maria Bezerra Aragão*; COSTA, Andréa de Jesus Sá*; REIS, Bianca de Jesus Coelho*; GUIMARÂES, Thaíse Almeida*; MOCHEL, Elba Gomide** INTRODUÇÃO: A maior parcela da ocorrência dos cânceres de pele é atribuída à exposição solar. Outros fatores de risco têm sido descritos, como características fenotípicas, história pessoal e/ou familiar de câncer de pele e exposição a substâncias químicas. Desses, o mais fortemente associado ao risco de desenvolver câncer de pele é, sem duvida, a exposição à radiação ultravioleta. É fato que a incidência de raios ultravioletas sobre a superfície do planeta está cada vez maior. Tal situação representa um risco para a população, que deve encontrar maneiras eficientes de se proteger. OBJETIVO: Realizar análise de publicações sobre a aplicação dos níveis de prevenção no cuidado ao câncer de pele. METODOLOGIA: A pesquisa foi realizada a partir de um levantamento de artigos disponibilizados em bases de dados na internet. RESULTADOS: Verificou-se que a população alvo da prevenção primária deve ser a infantil, pois é uma fase particularmente vulnerável aos efeitos nocivos do sol, sendo que crianças se expõem mais e tal exposição é cumulativa durante os primeiros 20 anos de vida. Já a prevenção secundária, deve ser voltada para a população adulta, e requer maior engajamento dos profissionais e da população. Constatou-se que o câncer de pele é facilmente detectável e o tratamento, quando em fase inicial das lesões, é bastante eficaz, levando praticamente à cura completa. Além do diagnóstico e tratamento, as campanhas educativas têm um grande impacto. Elas servem para esclarecer a população quanto às características das lesões suspeitas e o que deve ser feito quando encontradas, além de alertar quanto às medidas que podem ser tomadas para evitar o câncer de pele. É essencial também uma avaliação clinica da pele periodicamente para prevenir o desenvolvimento da doença e estar atento ao aparecimento de sinais, como manchas que mudam de cor e textura, que apresentam irregularidade e aumentam de tamanho. CONCLUSÃO: A consciência da gravidade do câncer de pele ainda é pequena em várias partes do mundo. O conhecimento dos fatores de risco e dos sinais da doença ajuda no esclarecimento da população e é um fator importante na prevenção primária e secundária. A proteção contra a exposição excessiva à luz solar, bem como a detecção precoce e tratamento adequado são pontos importantes para prevenção, controle ou cura da doença. Palavras – chaves: prevenção, cuidado, câncer de pele. ______________________________ * Acadêmicas do 5º período do Curso de Enfermagem da UFMA. E-mail do relator: [email protected] ** Enfermeira Docente da UFMA MORTALIDADE MATERNA NO MUNICÍPIO DE SÃO LUIS-MA NO PERÍODO DE 2007 A 2009 Fernanda Mendes Pereira* Retratar a mortalidade materna constitui-se de um estudo amplamente difundido, e que por seu impacto é inquestionavelmente necessário no campo epidemiológico. Desenvolver estudos sobre essa temática é um processo complexo, pois possibilita uma avaliação ampla, que varia desde o impacto das ações dos serviços de saúde até questões sociais. Esse artigo objetiva investigar a mortalidade materna no município de São Luís – MA no período de 2007 a 2009. Caracteriza-se por ser um estudo exploratório do tipo retrospectivo de caráter quantitativo. A população do estudo é constituída por 65 mulheres que evoluíram á óbito devido causas maternas. As informações foram coletadas a partir dos arquivos do Comitê Municipal de Prevenção da Mortalidade Materno-Infantil. Após a conclusão da coleta, os dados foram analisados pelo programa Microsoft Excel 2007, sendo então organizados em forma gráficos e tabelas. Evidenciou-se um quantitativo de 65 mulheres, sendo que 55,38% estavam na faixa etária de 20 a 29 anos, 78,46% eram solteiras, 40,00% possuíam escolaridade entre 4 a 7 anos, 56,92% eram pardas e 41,54% eram do lar. Quanto à resolução da gravidez em 44,62% dos casos foi realizado parto cesariana, e em relação à paridade 24,62% eram tercíparas. Quanto à causa, 66,15% foram obstétricas diretas e a Doença Hipertensiva Específica da Gestação foi responsável por 36,92% dos casos. Perante os resultados obtidos, observou-se a necessidade de uma melhoria na qualidade da assistência pré-natal e hospitalar direcionada à mulher durante o ciclo gravídicopuerperal, como meio de garantir uma atenção obstétrica qualificada e humanizada, como proposta inicial para o alcance da redução da mortalidade materna no município. Palavras-chave: Mortalidade Materna. Causa do Òbito. ____________________ * Enfermeira graduada pelo Centro Universitário do Maranhão e Residente em Atenção Integral à Saúde da Criança pela Universidade Federal do Maranhão. E-mail: [email protected] MORTALIDADE POR CÂNCER EM HOMENS E MULHERES: COMPARATIVO ENTRE BRASIL E MARANHÃO DIAS, Nalciran Rute Câmara1; OLIVEIRA,Danielle Luce Almeida2 ; LIMA,Elida Chaves de Carvalho3 ; BARBOSA, Yonna Costa4; LIMA, Larissa Siqueira5; ROLIM, Isaura Leticia Tavares Palmeira 6 INTRODUÇÃO: A mortalidade por neoplasias cresceu consideravelmente ao longo das últimas décadas, ao mesmo tempo em que diminuíram as mortes por doenças infectoparasitárias (BRASIL, 2006). Ao se comparar às taxas de mortalidade por neoplasias entre homens e mulheres observa-se um maior risco entre homens, porém com variações, pois na mortalidade masculina, as neoplasias estão em terceiro lugar, já entre as mulheres, aparecem em segundo (INCA, 2006). OBJETIVO: Descrever a taxa de mortalidade dos cânceres que mais acometem homens e mulheres, fazendo um comparativo entre os dados nacionais com os do estado do Maranhão. METODOLOGIA: Trata-se de um estudo retrospectivo, descritivo com abordagem quantitativa. Realizado no período de março e abril de 2011. A coleta de dados foi realizada no Atlas de mortalidade do INCA, para taxas de mortalidade das cinco localizações primárias mais frequentes em 2007, disponível no sítio do Departamento de Informática do SUS – DATASUS. O universo do estudo foi composto pelos dados de mortalidade dos cinco cânceres referidos, notificados no período de 1997 a 2007 no Brasil e Estado do Maranhão. A pesquisa não envolveu qualquer procedimento invasivo, nem contato direto com a amostra, uma vez que as variáveis estudadas foram coletadas na base de dados do INCA. RESULTADOS: No Maranhão o câncer de próstata destaca-se como o mais letal entre os homens. Verificou-se um aumento de 6,91‰ na mortalidade pelo câncer de próstata no período 1997-2007, chegando a 10,25‰ em 2007. No Brasil a morte por câncer de traquéia, brônquios e pulmões destaca-se em primeiro lugar com 15.94‰. Destaca-se ainda entre homens no Maranhão, o aumento da mortalidade por câncer de encéfalo, de 0,83‰ em 1997 a 2,31‰ em 2007. Entre as mulheres, observou-se no Maranhão uma taxa de mortalidade por câncer de colo uterino de 9,37‰ em 2007, com um aumento de 4,76 no período de 1997-2007, sendo o principal responsável pela mortalidade por câncer entre as mulheres no estado, diferentemente da taxa nacional, que tem o câncer de mama como principal responsável pela mortalidade. CONCLUSÃO: Percebe-se uma diferença entre tipos de câncer que mais levam a óbitos no Brasil e Maranhão, enquanto o câncer de colo de uterino é o primeiro responsável pela mortalidade entre as mulheres no Maranhão, no Brasil ele ocupa o quarto lugar de ocorrência. Entre os homens o câncer de encéfalo nem aparece entre os cinco mais freqüentes a nível nacional. Ressaltamos que um dos problemas persistentes no Brasil é a imprecisão no preenchimento da causa básica da morte nas declarações de óbito e até mesmo sub-registro de óbitos, situação essa que tem dimensão expressiva, sobretudo nas regiões Norte e Nordeste. Palavras chave: Mortalidade; Câncer; Neoplasias. ___________________________ 1 Acadêmica de Enfermagem do 6º período da UFMA, monitora bolsita do PET-Saúde. e- mail: [email protected] 2 Enfermeira Assistencial do Programa Saúde da Família de São Luís – MA, Especialista em Saúde da Família,Preceptora do PET-Saúde 3 Enfermeira Assistencial do Programa Saúde da Família de São Luís – MA, Especialista em Saúde da Família,Preceptora do PET-Saúde 4 Acadêmica de Enfermagem do 6º período da UFMA, monitora bolsita do PET-Saúde. 5 Acadêmica de Enfermagem do 6º período da UFMA, monitora bolsita do PET-Saúde. 6 Drª. em Enfermagem-Universidade Federal do Ceará-UFC. Professor Adjunto da Universidade Federal do Maranhão-UFMA. Coordenadora do Pet MOTIVOS DE ARREPENDIMENTO DE MULHERES SUBMETIDAS À LAQUEADURA TUBÁRIA Agostinha Pereira Rocha Neta1, Alice Bianca Santana Lima2, Neidna Raissa Soeiro de Almeida², Lucian da Silva Viana², Wesley da Silva Marques², Carlos Leonardo Figueiredo Cunha³ INTRODUÇÃO: A dificuldade de acesso aos métodos contraceptivos, o uso pouco eficiente daqueles a que se tem acesso e a má qualidade do acompanhamento dos serviços de saúde, são fatores que têm contribuído para que as mulheres recorram em tão grande número à esterilização cirúrgica como principal recurso para regular a fecundidade. Em conseqüência, podem herdar sequelas, quase sempre definitivas, que levam a sentimentos de arrependimento ou de insatisfação, e a uma demanda crescente de cirurgia para reversão da laqueadura. Objetiva-se com esse estudo focalizar os motivos para arrependimento de mulheres submetidas à Laqueadura Tubária. METODOLOGIA: Utilizou-se revisão bibliográfica constituída de pesquisa em seis artigos de periódicos, no período de 2004 a 2010, utilizando como descritores: Esterilização tubária, Saúde da mulher, Anticoncepção; através das bases de dados: Bireme, Medline, Google Acadêmico e Scielo. RESULTADOS: A elevação da taxa de esterilização em mulheres mais jovens e com um número reduzido de filhos, alterações orgânicas e/ou emocionais atribuídas ao procedimento, falta de saber e de controle sobre o seu corpo, acesso limitado à informação e aos métodos contraceptivos somados à tomada de decisão em momento pouco adequado e coação social, gerada pelo constrangimento das necessidades financeiras que dificultam criar mais filhos são os principais motivos que levam ao arrependimento e/ou insatisfação da Ligadura Tubária. É necessário que os profissionais de saúde discutam a possibilidade de acesso e utilização de outros métodos, ou informem sobre a irreversibilidade da cirurgia. CONCLUSÃO: A pequena chance de reversão da laqueadura tubária e a dinamicidade dos seres humanos são aspectos que devem ser levados em consideração na tomada de decisão em realizar o procedimento. Há possibilidade de que essas mulheres venham a mudar de opinião e a expressar, no futuro, problemas em relação à decisão que foi tomada. Palavras-Chave: Esterilização tubária. Saúde da mulher. Anticoncepção. ___________________________________ ¹ Relator. Acadêmico de [email protected] Enfermagem da Universidade Federal do Maranhão. ² Acadêmico de Enfermagem da Universidade Federal do Maranhão. ³ Enfermeiro, Mestre em Saúde Materno Infantil pela Universidade Federal do Maranhão. E-mail: O PROCESSO DE AUTO-CUIDADO EM PÓS-OPERATÓRIO DE CIRURGIA CARDÍACA Maria dos Remédios Oliveira de Araujo 2 ; Líscia Divana Pachêco Carvalho 1 ; Ione Rocha Neves3; Andréa Caroline da Silva4 INTRODUÇÃO: A doença cardíaca torna-se uma ameaça constante a integridade e a qualidade de vida. A cirurgia cardíaca constitui-se num procedimento complexo que inclui uma situação transformadora, gerando novas percepções sobre a vida futura. O planejamento cirúrgico através de uma equipe multidisciplinar é muito importante para o sucesso da cirurgia. OBJETIVO: Identificar o conhecimento dos pacientes em pósoperatório de cirurgia cardíaca sobre o processo de autocuidado. METODOLOGIA: Pesquisa exploratória descritiva realizada no ambulatório de Cirurgia Cardíaca da Unidade Presidente Dutra do Hospital Universitário da Universidade Federal do Maranhão (UFMA). A coleta de dados teve início após aprovação do Comitê de Ética em Pesquisa (Parecer nº 065/10 Processo n°04645/2009 de 29-03-2010). A amostra foi representada por dez pacientes adultos, conscientes, submetidos à cirurgia cardíaca e que se apresentaram para primeira consulta no ambulatório de cirurgia cardíaca. O período de coleta de dados foi entre os meses de abril a maio de 2010. O instrumento de coleta de dados utilizado foi baseado em modelo construído e validado por Hermida (2005), fundamentado no modelo conceitual da Teoria de Autocuidado de Orem (1980). Constou-se de entrevista e consulta aos registros em prontuário. RESULTADOS: Nos fatores pessoais e condicionantes básicos, a maioria foi constituída por mulheres, a faixa etária mais freqüente foi de 31 a 50 anos (60%), o diagnóstico médico mais identificado foi à disfunção da válvula mitral (70%), à hipertensão foi o antecedente pessoal mais freqüente apresentado em (40%) e o familiar foi à cardiopatia (60%). A queixa principal relatada pelos pacientes foi à dor em toracotomia (50%), seguida da tontura (20%). Nos requisitos de autocuidado universais, observou-se que (60%) dos pacientes referiu dificuldade para iniciar e manter o sono. A maioria relatou não realizar atividade física. Em relação à higiene corporal, 70% afirmaram a realização da mesma sem ajuda, utilizando na incisão cirúrgica o sabão (50%). Quando questionados sobre a reincidência de sintomas, houve relato da procura ao Pronto Socorro (80%) e 20% referiram a procura por um atendimento ambulatorial. Observou-se que 40% dos pacientes relataram dúvidas quanto ao seu estado de saúde, ao ato de tossir ou realizar esforço físico como ameaça principal a abertura de pontos, 60% relataram como contribuição para a equipe de cirurgia que as informações fossem dadas também por escrito, sugerindo a entrega de um manual de orientações ao pacientes e familiares. CONCLUSÃO: As análises realizadas nesse estudo reforçam a necessidade de serem elaborados programas de educação com ênfase na reabilitação cardiovascular. Todo o profissional de saúde tem um papel importante na aplicação de ações educativas favorecendo, inclusive, a prática do autocuidado e melhorando a qualidade de vida de pacientes e familiares. Palavras-chave: Cirurgia cardíaca. Pós-operatório. Autocuidado. _______________________________ 1 Enfermeira Graduada pela Faculdade Santa Terezinha -CEST. Enfermeira, Doutoranda em Ciências da Saúde (USP-UFMA). Docente da UFMA. 3 Enfermeira Especialista em Enfermagem Clínico-Cirúrgica. 4 Enfermeira, Especialista em Cardiologia. 2 O PROCESSO DE ENFERMAGEM DE WANDA HORTA NA FORMAÇÃO BIOÉTICA DOS ESTUDANTES DE ENFERMAGEM ALBUQUERQUE, Ingrid de Campos 1 ;DUTRA, Alyni Sebastiany Mendes1;CACAU, Méllany Pinheiro 2 ; JANSSEN, Alana da Silva2; LIMA, Alice Bianca Santana 3; DIAS, Rosilda Silva4 Introdução: A Enfermagem compreende conhecimentos científicos e técnicos, acrescido das práticas sociais, éticas e políticas vivenciadas no ensino, na pesquisa e assistência. Presta serviços ao ser humano no contexto saúde-doença, atuando na promoção da saúde em atividades com grupos sociais ou com indivíduos, respeitando a individualidade e sua inserção social. Por ser uma ciência, a Enfermagem, necessita de um método que é o Processo de Enfermagem, que foi introduzido no Brasil por Wanda Horta. Porém, para que esse processo seja eficaz, deve ser baseado em princípios éticos que se refletem sobre o agir humano e suas finalidades. Objetivo: Demonstrar a relação do Processo de Enfermagem de Wanda Horta entre a formação ética dos estudantes de enfermagem. Metodologia: O trabalho tem enfoque descritivo a partir de pesquisa bibliográfica em livros e artigos do banco de dados eletrônicos LILACS, IBECS, MEDLINE e SCIELO, compreendendo a publicação de 1979 a 2008. Resultados: Dos 15 artigos pesquisados, 4 descorriam sobre o Processo de Enfermagem de Wanda Horta, que no Brasil teve sua divulgação na década de 70, sendo o seu impacto observado por meio de sua aplicação na assistência, no ensino e na pesquisa até os dias atuais. Às convergências no cenário das escolas nacionais, pode-se dizer que o ensino do Processo de Enfermagem é recente, predominando a abordagem em disciplinas isoladas, exigindo abordagem contínua ao longo da formação do aluno, que poderia ser direcionado por complexidade progressiva. Os demais artigos abordam a Bioética na formação do estudante de Enfermagem que requer a implementação da mudança no processo de formação e se apresenta regida por valores morais, onde seus sujeitos – docentes, alunos e profissionais – assumem a responsabilidade pelo seu caminhar com qualidade, orientando suas condutas pela integridade. Isto implica na utilização dos construtos teóricos dos princípios éticos que norteiam o processo de formação do enfermeiro que são: princípio da autonomia, da beneficência e o da justiça. Os profissionais da área de saúde devem conciliar, no seu exercício profissional, além da ciência e tecnologia, um sólido embasamento ético-moral. Conclusão: O Processo de Enfermagem enquanto instrumento metodológico guarda relação com a bioética, pois suas bases constitutivas são as mesmas que possibilitam os profissionais e estudantes identificar, compreender, descrever, explicar e/ou predizer como nossa clientela responde aos problemas de saúde ou aos processos vitais, e determinar que aspectos dessas respostas exigem uma intervenção profissional de enfermagem, implicando na existência de alguns elementos que lhe são inerentes. Os resultados apontam um crescimento no úmero de publicações na área e um salto no que se refere ao enfoque das pesquisas, que vão além da busca de compreensão da vivência de adoecimento pelos envolvidos com o câncer infantil (crianças, famílias, equipe de saúde e professores) e descrevem um leque de possibilidades de atuação junto ao paciente e seus familiares envolvendo profissionais de diversas áreas que se unem com o objetivo da promoção de saúde global das crianças. PALAVRAS-CHAVE: Processo de Enfermagem e Bioética. ___________________________________________ 1 Alunas do quinto período de graduação do curso de Enfermagem da Universidade Federal do Maranhão - UFMA, voluntárias do PET-Saúde/Saúde da Família/UFMA. Email: [email protected] 2 Alunas do quinto período de graduação do curso de Enfermagem da Universidade Federal do Maranhão - UFMA. 5 Aluna do sexto período de graduação do curso de Enfermagem da Universidade Federal do Maranhão UFMA. 4 Enfermeira, Mestre em Enfermagem e Professora Assistente do Departamento de Enfermagem da UFMA. O SIGNIFICADO DO ESTÁGIO CURRICULAR EM SAÚDE COLETIVA PARA O GRADUANDO EM ENFERMAGEM DE MARTINI, Araceli Moreira1; AMATE, Elisa Maria2 ; MOCHEL, Elba Gomide3 Introdução: A Saúde Coletiva representa um campo científico, no qual se produzem saberes e conhecimento acerca do objetivo “saúde” e se realizam ações em diferentes organizações e instituições por diversos agentes, especializados ou não, dentro e fora do espaço conhecido como “setor de saúde”. Preocupa-se com a Saúde Pública enquanto saúde do público-indivíduo, grupos éticos, gerações, castas, classes sociais e populações. De acordo com Figueiredo (2008), a Saúde Coletiva envolve determinadas práticas que tomam como objeto, as necessidades sociais de saúde; como instrumentos de trabalho, saberes distintos, disciplina, tecnologias materiais e não materiais e como atividades, intervenções centradas nos grupos sociais e no ambiente. O enfermeiro possui, basicamente, quatro atividades que norteiam sua profissão: assistencial, gerencial, educativa e de pesquisa. No cotidiano de trabalho não podem ser desenvolvidas separadamente, pois a intersecção é um fator importante para a assistência segura e livre de riscos para a população. Os estágios curriculares representam, para o estudante de enfermagem, uma oportunidade de construção do saber profissional, relacionando o saber formalizado com a prática, isto é, o saber, com o saber fazer e o saber ser. A riqueza e a natureza das aprendizagens que eles podem proporcionar possibilita, ao futuro enfermeiro, identificar seus aspectos fortes e fracos, analisar as possibilidades, buscar melhorias, desenvolver o auto-conhecimento e a autoregulação, além de subsidiar a tomada de decisões relativas à profissão, dando-lhe o respaldo necessário para desenvolver o cuidado e promoção à saúde nos mais diversos âmbitos onde a enfermagem possa atuar. Objetivo: Relatar a experiência do estágio curricular em Saúde Coletiva para graduandos do último semestre do Curso de Enfermagem de uma instituição de ensino superior. Metodologia: Foi realizado um estudo descritivo com abordagem qualitativa. Os sujeitos da pesquisa foram graduandos do último semestre do Curso de Enfermagem do Centro Universitário do Maranhão (UNICEUMA), em São Luís-MA. A coleta de dados foi realizada no período de agosto a dezembro de 2009, por meio de entrevista semiestruturada, com questões norteadoras, versando sobre a experiência do estágio curricular em Saúde Coletiva. Os dados foram agrupados de acordo com a semelhança dos depoimentos e posteriormente, forma organizados em categorias, conforme o método de Análise de Conteúdo proposta por Bardin (2003). Resultados: Os dados foram agrupados em quatro categorias temáticas: possibilidade de aliar a teoria à prática, autonomia do enfermeiro no Programa Saúde da Família, o enfermeiro como mediador da educação em saúde e o exercício da relação enfermeiro-paciente. Conclusões: O estágio curricular em Saúde Coletiva, segundo a fala dos acadêmicos, oportunizou o enlace dos conhecimentos teóricos com a prática assistencial, permitindo a operacionalização clínica da enfermagem. Além disso, acredita-se que o ambiente do estágio constitui uma importante ferramenta para o desenvolvimento da criatividade e da tomada de decisões diante dos desafios encontrados, qualificando assim os futuros enfermeiros para o exercício profissional. Palavras-chave: Estágio clínico. Educação em enfermagem. Estudantes de Enfermagem. Saúde Coletiva. _______________________________________ 1. Enfermeira Residente do Programa de Residência Multiprofissional em Saúde da UFMA. Email: [email protected] 2. Enfermeira. Doutora em Enfermagem. Professora Associada II do Departamento de Enfermagem da UFMA 3. Enfermeira assistencial do Hospital Universitário da Universidade Federal do Maranhão (HUUFMA). Mestranda do Programa de Pós-Graduação Saúde Materno-Infantil da Universidade Federal do Maranhão (UFMA). HUMANIZAÇÃO DO PROFISSIONAL DE SAÚDE COMO EXPRESSÃO DA ÉTICA ALVES, Sâmya Maria Andrade1; FONTINELE, Araceli Moreira De Martini2 ; BEZERRA, Sinara Araújo 1; MESTRELA, Aline Roberta Silva1; SOUSA, Camila Marques de 1. Introdução: As relações éticas e humanizadas em saúde exigem uma demanda atual e crescente no contexto brasileiro emergindo em uma realidade em que os usuários dos serviços de saúde se queixam dos maus tratos de que são vítimas. Objetivo: O presente estudo o tem como objetivo fazer uma análise acerca da produção científica sobre o cuidado humanizado exercido pelos profissionais nas práticas de saúde e relacioná-la com a ética. Metodologia: trata-se de uma revisão sistemática de artigos publicados no período de 2000 a 2010, na qual foram consultadas as bases de dados Lilacs e Scielo e Medline, utilizando-se para a busca os seguintes descritores: ética e bioética, ética e moral na assistência de enfermagem, humanização na assistência à saúde. Resultados: Os trabalhos analisados evidenciaram a humanização como um processo de transformação da cultura institucional, no qual se reconhece e valoriza os aspectos subjetivos, históricos e socioculturais de usuários e profissionais, para a compreensão dos problemas e elaboração de ações que promovam boas condições de trabalho e qualidade no atendimento. Além disso, identificou-se também que a humanização é característica fundamental como expressão da ética e da moral onde encontra respaldo no Código de Ética dos Profissionais de Enfermagem (CEPE), que norteia a prática profissional para o respeito à vida, à dignidade e aos direitos da pessoa humana, sem qualquer discriminação. Conclusão: A prática da humanização deve ser observada ininterruptamente e o comportamento ético deve ser o princípio de vida da organização, uma vez que ser ético é preocupar-se com o bem-estar pessoal e da coletividade. Palavras-chave: Ética e bioética. Enfermagem. Humanização ___________________________________ 1 - Integrantes do Programa de Residência Multiprofissional em Saúde do Adulto e do Idoso pelo Hospital Universitário da Universidade Federal do Maranhão. Bacharel em Enfermagem pela Universidade Federal do Maranhão 2 - Enfermeira do Hospital Universitário da Universidade Federal do Maranhão. Mestranda do Programa de Pós-Graduação em Saúde Materno-Infantil da Universidade Federal do Maranhão O USO DA MONITORIZAÇÃO HEMODINÂMICA NO CONTROLE DO DÉBITO CARDÍACO: RELATO DE EXPERIÊNCIA Leciane de Jesus Mendes13; Nayara Frais de Andrade14; Jacqueline Dutra Nascimento15; Milena da Rocha Rodrigues Meneses16 Introdução: a monitorização hemodinâmica é um dos principais recursos empregados no cuidado ao paciente crítico. Procedimentos que são realizados apenas com a avaliação clínica são muito arriscados para os pacientes com instabilidade hemodinâmica. Assim, a monitorização se faz complementar no raciocínio clínico, mas para que ela seja útil e empregada com segurança, é necessário que a equipe esteja capacitada para sua utilização. Nesse contexto, o assunto foi selecionado como conteúdo a ser desenvolvido em treinamentos com enfermeiros a fim de proporcionar maior familiarização com tal equipamento. Objetivo: descrever a experiência, como instrutoras de uma equipe de qualificação no uso de materiais e equipamentos hospitalares, no treinamento dos enfermeiros para o uso de um equipamento de monitorização do débito cardíaco. Metodologia: trata-se de um estudo descritivo do tipo relato de experiência, que foi realizado em uma Unidade de Terapia Intensiva de um hospital oncológico do município de São Luís, Maranhão. Foram realizados dois treinamentos (um teórico e um prático) com duração de três horas cada, sobre monitorização do débito cardíaco. Participaram do treinamento 16 enfermeiros. Na aula teórica eles puderam tirar dúvidas em relação à indicação da monitorização e na aula prática puderam manusear o equipamento, esclarecendo dúvidas quanto ao seu funcionamento. Resultados: na aula teórica 70% dos enfermeiros demonstraram entendimento suficiente para usar o equipamento, diferindo da aula prática, onde apenas 30% conseguiram manusear o equipamento de forma correta, havendo a necessidade de marcar novos encontros para acompanhamento da prática clínica desses profissionais. Conclusão: o treinamento 13 Discente do curso de Enfermagem da Faculdade Pitágoras- Campus São Luís. E-mail: [email protected] 14 Enfermeira, Especialista em Terapia Intensiva, Especialista em Enfermagem do Trabalho, Instrutora do Núcleo de Educação em Urgência do SAMU/ São Luís, Professora da Faculdade Pitágoras de São Luís. 15 Enfermeira, Especialista em Terapia Intensiva, Diretora administrativa do SAMU São Lúis. 16 Enfermeira, Especialista em Terapia Intensiva, Especialista em Enfermagem do Trabalho, Especialista em Saúde da Família, Intervencionista do SAMU São Luís. teórico é importante, entretanto a realização de treinamento prático é fundamental, pois, garantirá aproximação dos enfermeiros com o equipamento, fato este que pode sanar todas as dúvidas e dificuldades no momento do seu manuseio. É necessário um acompanhamento mais adequado quanto ao uso dos equipamentos de monitorização hemodinâmica por parte dos profissionais qualificados, além da realização de treinamentos contínuos tendo em vista, que a ausência de informações e a incapacidade de operá-los corretamente podem configurar-se como fonte de iatrogenias. Palavras chave: Monitorização Hemodinâmica; Débito Cardíaco; Treinamento. OBESIDADE E RISCO CARDIOVASCULAR EM MULHERES PORTADORAS DE HIPERTENSÃO ARTERIAL SISTÊMICA GOMES, Bruna1.; RODRIGUES, Jéssica Brito 2.; SARDINHA, Ana Hélia de Lima3. Introdução: A relação entre grau de obesidade e incidência de doença cardiovascular (DCV) tem sido abundantemente descrita na literatura (BRASIL, 2006). A avaliação de homens e mulheres participantes do estudo de Framingham, em um período de 26 anos, revelou que a obesidade é um fator de risco para a ocorrência de eventos cardiovasculares, especialmente doença coronariana, insuficiência cardíaca e acidente vascular cerebral, independente da idade, pressão arterial sistólica, níveis de colesterol, tabagismo, intolerância à glicose e presença de hipertrofia ventricular esquerda (CERCATO et al. 2000). Por outro lado, a obesidade, especialmente do tipo abdominal ou visceral, se associa com outros fatores que contribuem para um maior risco cardiovascular (BRASIL, 2006). Objetivos: Classificar a população em grupos de alto, moderado e baixo risco cardiovascular de acordo com o IMC e a circunferência abdominal. Metodologia: Trata-se de estudo transversal, descritivo, realizado com 88 mulheres hipertensas em três Unidades de Atenção Básica em São Luís – MA, no período de novembro de 2009 a maio de 2010. Resultados: O cálculo do IMC evidenciou que mulheres obesas e pré-obesidade apresentam maior risco cardiovascular se comparadas àquelas com baixo peso. Quanto à circunferência abdominal, o risco cardiovascular foi maior nas mulheres com 80 -100 cm de circunferência abdominal. Conclusão: Diante dos resultados apresentados, conclui-se que o IMC e a circunferência abdominal foram parâmetros preditores para o risco cardiovascular. O sedentarismo, sobrepeso/obesidade e a distribuição central da gordura corporal são passíveis de intervenção, demonstrando assim a importância do acompanhamento clínico-nutricional na redução dos riscos de doenças cardiovasculares e melhora da qualidade de vida da população feminina. Palavras - chave: Risco cardiovascular, mulher, obesidade. ____________________________________ 1 Graduanda, Universidade Federal do Maranhão. Bolsista do Projeto de Pesquisa: Avaliação do risco cardiovascular em mulheres portadoras de Hipertensão arterial sistêmica. Email: [email protected]. 2 Graduanda, 8 período, Universidade Federal do Maranhão. 3 Doutora em Educação, Universidade Instituto Central em Ciências Pedagógicas, Cuba. Enfermeira Docente da Universidade Federal do Maranhão. OLIGOIDRAMNIO E GRAVIDEZ: RELATO DE EXPERIÊNCIA SANTOS, Yelenna Rafysa Mendes Santos1; CASTRO, Leda Barros de2; SILVA, Elen Patrícia Licar da3; SILVA, Maria das Graças Rodrigues4 ; ARAÚJO, Glauciene Rocha de5; MOCHEL, Elba Gomide6. Introdução: A oligohidramnio se caracteriza por uma diminuição significativa do volume de líquido amniótico (VLA), este por sua vez indispensável ao desenvolvimento fetal. Objetivos: Aplicar a assistência de enfermagem em paciente gestante com oligoidramnio, baseando-se no Processo de Enfermagem de Wanda Horta, visando ao atendimento das Necessidades Humanas Básicas afetadas. Metodologia: A pesquisa do tipo relato de experiência, foi realizada no Hospital Universitário da Universidade Federal do Maranhão, no período de 31 de maio a 9 de junho de 2010, durante o período de internação obstétrica da gestante. Apresentou como recursos a entrevista, exame físico e análise de prontuário. Foi aplicado o Processo de Enfermagem proposto por Wanda Horta. Resultados: A partir dos dados colhidos na anamnese, exame-físico, evoluções e prontuário identificamos os seguintes problemas de enfermagem: perda de líquido amniótico; medo e ansiedade; ingesta hídrica diminuída; intervalo inferior a 2 anos entre os filhos; não faz uso de preservativos, edema em MMII e restrição ao leito. A partir de tais problemas o plano assistencial aplicado a gestante caracterizou-se por: avaliar características perda de líquido (quantidade, característica, odor), oferecer apoio emocional e proporcionar conforto; orientar quanto a necessidade de aumento da ingesta hídrica; orientar quanto a prática de planejamento familiar e uso de preservativo; avaliar edema e orientar a manter MMII elevados e orientar quanto a importância do repouso. Conclusão: Paciente em conduta expectante, permaneceu em internação hospitalar com diminuição da perda de líquido. Palavras-chave: gravidez; oligoidramnio; desenvolvimento fetal. ____________________________________ 1,2,3,4,5 Acadêmicos de Enfermagem – Departamento de Enfermagem – Universidade Federal do Maranhão – UFMA. Email relator: [email protected] 6 Profª. Drª. do Departamento de Enfermagem – Universidade Federal do Maranhão – UFMA PERCEPÇÃO DE DOR EM PACIENTE COM QUADRO DE CEFALÉIA DO TIPO TENSIONAL: RELATO DE CASO. ARAÚJO, Rayanne Luiza Tajra Mualem1 ; BARROS, Marina Apolônio de2 ; COSTA, André Luis Braga3; ALBUQUERQUE, Rafaela Pontes4; NETA, Raimunda Silva Santos5; THOMAZ, Érika Bárbara Abreu Fonseca6 INTRODUÇÃO: A cefaléia do tipo tensional (CTT) caracteriza-se por dor cefálica de caráter constritivo, geralmente frontal bilateral, de intensidade leve a moderada, com duração variável entre 30 minutos e 7 dias, podendo apresentar freqüência média menor ou igual a 15 dias por mês (cefaléia do tipo tensional episódica) ou maior ou igual a 15 dias por mês (cefaléia do tipo tensional crônica). Em geral, o perfil sociodemográfico do paciente consiste: predominância do sexo feminino, menor nível educacional e faixa etária entre 20 a 50 anos. Em geral, os tratamentos recomendados para os casos de CTT são os farmacológicos (analgésicos, antiinflamatórios e antidepressivos) e os não farmacológicos. OBJETIVO: O presente estudo tem como objetivo avaliar a percepção da dor em uma paciente apresentando quadro de cefaléia do tipo tensional e identificar intervenções de enfermagem no alívio da dor. METODOLOGIA: Pesquisa descritiva com abordagem qualitativa de uma paciente internada na Ala B da Clínica Cirúrgica do Hospital Universitário Unidade Presidente Dutra da Universidade Federal do Maranhão. O período de coleta de dados foi de 23/03 a 27/03 de 2010. Como instrumento de avaliação da intensidade da dor utilizou-se a escala numérica de 0 – 10. A dor, como 5o sinal vital, foi avaliada durante a aferição diária dos sinais vitais. RESULTADOS: M.A.N., 42 anos, feminino, parda, divorciada, lavradora e analfabeta. Há 3 anos, iniciou quadro de cefaléia frontal, bilateral, sem irradiação, de escore 5, de moderada intensidade associada a ansiedade, melhora com repouso e uso de analgésicos e piora com claridade. Apresenta este quadro sempre próximo à menstruação. Caracteriza-se por dor intermitente, com duração de 5 a 7 dias, tendo início principalmente pela manhã e aumentando gradativamente ao longo do dia, apresentando uma sensação de pressão forte. Relata uso de analgésicos auto-prescritos em seu domicílio para alívio da dor. Algumas intervenções de enfermagem realizadas para o alivio da dor foram: administração das medicações prescritas (analgésico, antiinflamatórios, ansiolíticos) nos horários, controle emocional da paciente, controle dos sinais vitais, promoção de conforto, técnicas de relaxamento e imageação orientada. CONCLUSÃO: A percepção de dor devido à cefaléia é grande. O planejamento e a escolha das intervenções adequadas permitiram a percepção da importância do profissional de enfermagem, no alívio da dor e na promoção da saúde da paciente. Palavras-chave: Assistência de enfermagem. Cefaleia tensional. Avaliação da dor. 1- Enfermeira. Residente de enfermagem. Universidade Federal do Maranhão. [email protected] 2- Enfermeira. Mestranda em Enfermagem. Universidade Federal do Maranhão. [email protected] 3- Enfermeiro. Universidade Federal do Maranhão. E-mail: [email protected] 4- Enfermeira. Residente de enfermagem. Universidade Federal do Maranhão. [email protected] 5- Enfermeira. Universidade Federal do Maranhão. E-mail: [email protected] 6- Odontologista. Doutora em saúde pública. Docente da Universidade Federal do Maranhão. [email protected] E-mail: E-mail: E-mail: E-mail: PERCEPÇÃO DE DOR EM UM PACIENTE ACOMETIDO POR ESTENOSE CERVICAL. NETA, Raimunda Silva Santos1; THOMAZ, Érika Bárbara Abreu Fonseca2 ; ARAÚJO, Rayanne Luiza Tajra Mualem3; BARROS, Marina Apolônio de4; COSTA, André Luis Braga5; ALBUQUERQUE, Rafaela Pontes6 INTRODUÇÃO: A estenose do canal espinhal cervical consiste na diminuição do espaço do canal vertebral e forame neural comprimindo a medula e as raízes nervosas. A dor é a principal queixa encontrada. Além disso, pode apresentar paresia ou paralisia do território correspondente, hipotrofia dos músculos acometidos e parestesias, com perda de sensibilidade no território radicular correspondente. Crises de cervicalgia podem acontecer e em alguns casos, há o sinal de Lhermitte, caracterizado por sensação de choques elétricos no corpo, desencadeados pela flexão da cabeça. Uma parte importante do tratamento é a orientação do paciente em relação às atividades cotidianas, explicando-lhe noções de postura e ergonomia e solicitando que evite carregar peso. Medicamentos analgésicos, miorrelaxantes e antiinflamatórios não hormonais são as drogas de escolha para iniciar o tratamento. OBJETIVO: Avaliar a percepção da dor em um paciente acometido por estenose cervical e estabelecer intervenções de enfermagem no alívio da dor. Metodologia: Relato de experiência realizado na Clínica Cirúrgica do Hospital Universitário Unidade Presidente Dutra da Universidade Federal do Maranhão no período de 23/03 a 29/03 de 2010. Como instrumento de avaliação da intensidade da dor utilizou-se a escala numérica de 0 – 10. A dor, como 5o sinal vital, foi avaliada durante a aferição diária dos sinais vitais. RESULTADOS: L.M.L, 77 anos, masculino, aposentado, natural de São João Batista- MA. Há 9 meses paciente queixa-se de dor na região cervical, de forte intensidade, escore 6, associada a paresia em membro inferior esquerdo, paralisia no membro inferior direito e presença de sinal de Lhermitte. Caracteriza-se por dor referida com irradiação para o ombro esquerdo, contínua, em queimação, tendo como etiologia a isquemia decorrente da compressão vascular prejudicando a nutrição neural. Encontrou-se como fator agravante, a atividade; e fatores aliviadores: repouso e terapia farmacológica. As intervenções de enfermagem realizadas para o alivio da dor foram: mudanças posturais, distração, massagem, terapias com gelo e calor, administração de medicamentos prescritos (analgésico, antiinflamatório e relaxante muscular). CONCLUSÃO: O paciente com estenose tem alta percepção de dor e as intervenções da enfermagem, associadas ao tratamento médico, podem produzir alívio da dor. Palavras-chave: Assistência de enfermagem. Dor. Estenose. 1- Enfermeira. Universidade Federal do Maranhão. E-mail: [email protected] 2- Odontologista. Doutora em saúde pública. Docente da Universidade Federal do Maranhão. [email protected] 3- Enfermeira. Residente de enfermagem. Universidade Federal do Maranhão. [email protected] 4- Enfermeira. Mestranda em Enfermagem. Universidade Federal do Maranhão. [email protected] 5- Enfermeiro. Universidade Federal do Maranhão. E-mail: [email protected] 6- Enfermeira. Residente de enfermagem. Universidade Federal do Maranhão. [email protected] E-mail: E-mail: E-mail: E-mail: PERFIL DAS MULHERES QUE REALIZARAM CONSULTAS DE PRÉNATAL EM UMA UNIDADE DE SAÚDE DA FAMÍLIA NAPOLEÃO, Emille Borralho 17 ; OLIVEIRA, Danielle Luce Almeida2; SOARES, Dolores Helena Silva 3 Introdução: A atenção materno-infantil na história da saúde pública tem sido reconhecida como prioritária. Em 1983, ampliaram-se as ações de saúde destinadas à parcela feminina da população com a introdução do Programa de Assistência Integral à Saúde da Mulher (PAISM) no Brasil, destacando a atenção pré-natal pelo seu impacto e transcendência do resultado perinatal. A assistência oferecida no pré-natal constitui-se num conjunto de procedimentos clínicos e educativos que tem por objetivos manter a integridade das condições de saúde materna e fetal. Objetivo: Traçar o perfil das mulheres que realizaram consultas de pré-natal em uma Unidade de Saúde da Família. Metodologia: Pesquisa de caráter descritivo com abordagem quantitativa dos dados. Participaram 18 gestantes que realizavam acompanhamento pré-natal em uma Unidade de Saúde da periferia de São Luis/MA. Para a coleta de dados, utilizou-se um questionário estruturado com perguntas sobre dados sócio-demográficos, ginecológicoobstétricos, número de consultas pré-natais realizadas e ocorrência de complicações na gestação. Resultados: Entre as gestantes, 44,4% estavam na faixa etária de 20 a 29 anos; 55,5% tinham o ensino fundamental incompleto; 61,1% viviam em união estável e 55,5% relataram serem donas de casa. Quanto aos dados obstétricos, 38,9% eram primigestas; 9,09% apresentaram DHEG e pré-eclâmpsia na gestação anterior e 63,6% das multíparas relataram ter realizado parto normal. A média de consultas realizadas pelas gestantes por trimestre gestacional mostrou que estão de acordo com o número que o Ministério da Saúde preconiza. Quanto ao método contraceptivo utilizado antes de engravidar 77,7% das gestantes disseram não fazer uso. Conclusão: Percebemos a partir desses resultados que a maioria dessas mulheres está vulnerável a doenças 1 Enfermeira (Instituto Florence de Ensino Superior) – [email protected] Enfermeira Assistencial do Programa Saúde da Família de São Luís – MA, Especialista em Saúde da Família (Universidade Federal do Maranhão) 3 Enfermeira (Instituto Florence de Ensino Superior) 2 ginecológicas e gravidezes indesejadas, influenciado diretamente pelos resultados encontrados na pesquisa como a baixa escolaridade, e a não utilização de métodos contraceptivos. É de grande importância que a Unidade de Saúde pesquisada juntamente com os profissionais envolvidos na ESF trabalhe com a inserção precoce das mulheres atendidas por essas equipes em um planejamento familiar, além de oferecer atenção integral, clínico-ginecológica e educativa às mesmas, voltada principalmente ao aperfeiçoamento do controle pré-natal, parto e puerpério. Descritores: Saúde da Mulher; Gestação; Pré-natal REFLEXÕES SOBRE O PROCESSO DE MORTE E DO MORRER: ATUAÇÃO DO PROFISSIONAL DE ENFERMAGEM SANTOS, Vandiel Barbosa 1; ALBUQUERQUE, Ingrid de Campos 2 ; DUTRA, Alyni Sebastiany Mendes 2 ; JANSEN, Alana Michele da Silva 3; CACAU, Méllany Pinheiro 3 ; DIAS, Rosilda Silva 4 Introdução: O conceito de morte nos dias de hoje, evidencia a parada das funções vitais e a separação do corpo e da alma. Nos tempos mais remotos era considerado como diagnóstico de morte a cessação da respiração e das funções cardíacas. Morrer, cientificamente, é deixar de existir; quando o corpo acometido por uma patologia ou acidente qualquer tem a falência de seus órgãos vitais, tendo uma parada progressiva de toda atividade do organismo. No entanto, vale ressaltar, que a morte e o morrer são mais do que eventos biológicos; eles têm uma dimensão religiosa, social, filosófica, antropológica, espiritual e pedagógica. Objetivo: Compreender o processo de morte e morrer em sua essência, no sentido de conhecer o papel da enfermagem nesse processo. Metodologia: O trabalho tem enfoque descritivo a partir de pesquisa bibliográfica em dois livros e quatro artigos referentes aos anos de 1986 a 2010 e escritos em língua portuguesa, estes, do banco de dados LILACS e SCIELO, realizada nos meses de março e abril de 2011. Resultados: A morte é considerada como parte constituída da existência humana, sendo que o processo de morte e do morrer é cheio de questões que permeiam o campo dos sentimentos: o temor da morte, a dor da perda. O agravante na nossa cultura, é que os profissionais de saúde, dentre esses os da enfermagem, estão despreparados, pois atender as necessidades psicoemocionais de indivíduos no processo de morte e morrer exige que o enfermeiro reflita sobre sua vida, o significado de sua morte e a do próximo, o que é algo difícil de fazer quando o tema é pouco discutido. Mediante a iminência da morte, os indivíduos sofrem reações diferentes constituindo-se num complexo processo. Alguns se retraem e vivenciam o medo, outros, porém, começam a valorizar o tempo que ainda dispõem e passam a enxergar a vida de maneira mais plena o que favorece uma adaptação. Nesse sentido temos que o principal papel do enfermeiro é ajudar o paciente em todos os momentos, dando apoio emocional, atenção, respeitando seus sentimentos e limitações. O profissional deve estar preparado para prestar um atendimento de qualidade aos pacientes no processo de morte e morrer, como também estar atento para os questionamentos e queixas da família. Conclusão: Percebe-se que reflexões sobre o tema morte e morrer, deveriam fazer parte do cotidiano de todas as pessoas, em essencial observância na formação dos profissionais envolvidos diretamente com o binômio saúde/doença. Isso no sentido de desmistificar o tema garantindo melhor planejamento das ações ao paciente terminal e família. _____________________________________ 1 Acadêmico do 5º período de Enfermagem e monitor bolsista do PET-Saúde/Saúde da Família/UFMA . E-mail: [email protected]. 2 Acadêmicas do 5º período de Enfermagem e monitoras voluntárias do PET-Saúde/ Saúde da Família/UFMA 3 Acadêmicas do 5º período de Enfermagem da Universidade Federal do Maranhão. 4 Enfermeira, Mestre em Enfermagem, Professora Assistente IV do Departamento de Enfermagem da UFMA. RELATO DE CASO DE UM PACIENTE ACOMETIDO POR ESTENOSE LOMBAR SUBMETIDO A UMA ARTRODESE DE COLUNA LIMA JUNIOR, Jose de Ribamar Medeiros¹ ; SILVA, Andréa Cristina Oliveira²; SOUZA, Albina Karolyne Diniz¹ ; SILVA, Nayra Souza¹; COSTA, Larissa Di Leo Nogueira¹; REIS, Thaianne Raquel Jansen ¹ INTRODUÇÃO: A coluna é uma estrutura móvel, sujeita a traumatismo e a degeneração, que é o processo de desgaste gradual que acompanha o envelhecimento, podendo ser acelerado em alguns indivíduos. O termo estenose lombar refere-se ao estreitamento do canal que existe no meio das vértebras da coluna, chamado canal raquimedular. A artrodese da coluna vertebral é um procedimento cirúrgico que fixa as vértebras da coluna, reduz a dor e devolve a capacidade de movimentação. OBJETIVO: Implementar uma assistência de enfermagem sistematizada no pré e pós operatório fundamentada na Teoria das Necessidades Humanas Básicas de Wanda Aguiar Horta em um paciente submetido a cirurgia de artrodese de coluna. METODOLOGIA: Tratase de um estudo descritivo qualitativo do tipo Estudo de Caso realizado no período de 07 de junho à 10 de junho de 2010 no Hospital Universitário Unidade Presidente Dutra na ala A da Clínica Cirúrgica, onde foi realizado o histórico de Enfermagem e a sistematização da assistência. RESULTADOS: o acompanhamento do paciente G. T. R., Masculino, branco, 37 anos, católico, casado, lavrador, 1° grau incompleto, natural de Esperantinópolis-MA, domiciliado em São Luís. Ao exame físico não encontramos nenhum estado de alteração de órgãos e sistemas. Os problemas de enfermagem identificados no pré-operatório foram: Dor, Ausência de atividade física, Dentição incompleta e mal conservada, déficit de conhecimento sobre tratamento, ansiedade. Já os identificados no pós-operatório foram: dreno suctor, ferida operatória, dor aos esforços no local de inserção do dreno, acesso venoso periférico, sonda vesical de demora, restrição ao leito. O plano assistencial no pré-operatório contemplou aferição dos sinais vitais, ouvir e esclarecer as dúvidas, orientar o paciente e a família, sobre a alimentação e o tratamento, supervisionar o estado nutricional, eliminações dar apoio emocional, proporcionar conforto e encaminhar a fisioterapia, educador físico e dentista. No pós-operatório o plano assistencial fez curativo em Dreno Suctor, terapêutica medicamentosa, reposição de liquidos, aferição dos SSVV, esvaziamento da sonda vesical, administração da dieta oral líquida ajuda na mudança de decúbito e deambulação precoce., orientado sobre auto-cuidado e limitações, supervisionado quanto à dreno suctor, débito da Sonda vesical, queixas álgicas, encaminhado ao Ortopedista. Nas evoluções não foram verificadas intercorrências na melhora do quadro clínico do paciente. Ao fim do acompanhamento do paciente G. T. R., o prognóstico foi de dependência parcial da Enfermagem. Foram prestadas as orientações sobre autocuidado, recomendando-se também, mudança de hábitos de vida, adequação da dieta, realização de exercícios físicos. CONCLUSÃO: O estudo objetivou a aplicação do processo de Enfermagem de Wanda Aguiar Horta no atendimento ao Senhor G.T.R. para identificação e atendimento das suas Necessidades Humanas Básicas afetadas, prestando-se uma assistência integral, adequada e específica. Através desse Estudo de Caso se pode conhecer a patologia que pelo qual o Senhor G.T.R. foi acometido, o seu tratamento cirúrgico, artrodese de coluna, e a técnica operatória através da abordagem literária disponível, propiciando o aprofundamento de um conhecimento científico. Palavras-chave: Estudo de caso. Estenose Lombar. Artrodese de Coluna. __________________________________ ¹ Acadêmicos do Curso de Enfermagem Universidade Federal do Maranhão – UFMA. ² Enfermeira, Mestre, docente do curso de Enfermagem da Universidade Federal do Maranhão – UFMA RELATO DE CASO DO SR. J.M.P.D ACOMETIDO POR CIRROSE HEPÁTICA DESCOMPENSADA COM ASCITE CORREIA, Alanna Dayse Nogueira¹; SILVA, Naylle de Jesus1; DIAS, Rosilda Silva2 Introdução: Cirrose é uma doença crônica caracterizaad pela substituição do tecido hepático normal por fibrose difusa, a qual rompe com a estrutura e a função do fígado. Os sinais e sintomas são semelhantes em todos os tipos de cirrose, independentemente da sua etiologia. Objetivo: Identificar as necessidades humanas básicas (NHB) afetadas e implementar a assistência de enfermagem baseada na Teoria das Necessidades Humanas Básicas, segundo Wanda Aguiar Horta, a um portador de cirrose hepática descompensada com ascite. Metodologia: Trata-se de um relato de experiência qualitativo descritivo realizado na Clínica Médica Ala masculina do Hospital do Hospital Universitário Unidade Presidente Dutra (HUUPD) em São Luís- MA no período de 16 a 23 de junho de 2010, utilizando-se histórico de enfermagem padronizado pelo Hospital. Este estudo foi estruturado em seis fases: histórico, diagnóstico, plano assistencial, plano de cuidados, evolução e prognóstico. Resultados: Nos dados do histórico conferem: J. M. P. D, 63 anos, masculino, pardo, católico, casado, ensino fundamental incompleto, lavrador, aposentado, portador de cirrose hepática descompensada com ascite, refere hábito tabagista durante 43 anos em abandono há 5 anos e hábito etilista há 7 anos, sedentário, sono e repouso preservados, dieta hipossódica ingestão hídrica de 2l/dia, eliminação vesical 3x/dia e intestinal 1x/dia, faz uso de furosemida AAS, sinvastatina, inalapril, alopurinol, refere pai falecido há 12 anos em decorrência de problemas intestinais e mãe hipertensa, falecida há 11 anos de Infarto Agudo do Miocárdio , refere hipertensão e cardiopatia, estado geral e nutricional regular, ictérico, bulhas cardíacas hipofonéticas, presença de sopro em foco mitral, abdome globoso, sem circulação coleteral em parede abdominal, cicatriz umbilical protusa, presença de timpanismo em linha hemiclavicular direita, doloroso à palpação profunda em hipocôndrio direito e esquerdo, presença de ascite, edema em membros inferiores (2+/4+), eritema palmar em membros inferiores. Diagnósticos de Enfermagem: Atividade física, sexualidade e nutrição alterados, uso de medicamentos, regulação vascular, hídrica e celular e integridade cutâneo-mucosa alteradas, envolvendo os graus de dependência (Fazer, Ajudar, Supervisionar). O plano assistencial e de cuidados inclui o (F); verificação de sinais viatis, admistraçaõ de medicação prescrita, controle de peso, edema e dieta. (A): autocuidado, (O,S): sobre a patologia, o tratamento, dieta, ingesta hídrica, administração medicamentosa, circunferência abdominal, complicações e prognóstico. Na evolução de enferamgem registrou-se melhora da icterícia, edema, turgor e integridade da pele. O prognóstico de Enfermagem obteve resultados satisfatórios do estado clínico com dependência parcial da equipe de Enfermagem em Orientar I para: educação à saúde; Supervisionar I para integridade cutâneo, nutrição. Conclusão: Este estudo evidenciou a importância da sistematização da assistência de enfermagem a fim de facilitar o planejamento e implementação de ações eficazes e humanizada. Palavras-chave: Assistência de Enfermagem; cirrose hepática; alcoólica; autocuidado. ____________________________________ (¹) Acadêmicas do Curso de Enfermagem Universidade Federal do Maranhão. E-mail: [email protected] (²) Enfermeira Professora Mestra do Departamento de Enfermagem da Universidade Federal do Maranhão – UFMA RELATO DE EXPERIÊNCIA: A VISITA DOMICILIAR COMO PRÁTICA PARA ACADÊMICOS DE ENFERMAGEM NOLÊTO, Felipe Barros¹; SARAIVA, Adriana Laís Oliveira Saraiva²; ARAUJO, Neria Veanne Sousa Silva³; SOUSA, Jordana de Moura e4; ROLIM, Isaura Letícia Tavares Palmeira5 INTRODUÇÃO: A visita domiciliar cada vez mais possibilita conhecer a realidade do cliente e sua família, contribuindo para a diminuição de internações hospitalares, além de fortalecer os vínculos entre a clientela e os profissionais de saúde envolvidos nesse processo. Desta forma, entende-se que as visitas domiciliares constituem um instrumento fundamental para atividades de educação em saúde. Nesse contexto, acadêmicos de Enfermagem vivenciam essa prática através da participação no PETSAÚDE/ Saúde da Família. OBJETIVO: Relatar como os acadêmicos de enfermagem participam das ações educativas durante a visita domiciliar com os Enfermeiros em uma unidade básica de saúde onde é desenvolvido o PET-SAÚDE/Saúde da Família. METODOLOGIA: Relato de experiência tendo como referencial a familiarização do aluno com a atenção básica e as atividades relacionadas a ela, nesse caso a visita domiciliar. A participação nas visitas foi durante o período de Agosto de 2010 à Fevereiro de 2011. RESULTADOS: Verificou-se que as atividades de educação em saúde para o auto cuidado desenvolvidas durante a visita domiciliar, contribuíram como objeto de investigação para o aprendizado teórico-prático e familiarização com o tema em estudo. Esta oportunidade permitiu reconhecer e identificar as necessidades das famílias que foram acompanhadas, além de aprender e participar das estratégias de intervenção ajustadas a realidade para o desenvolvimento de ações em saúde. CONCLUSÃO: A visita domiciliar nos mostrou a importância dos trabalhos desenvolvidos pelas equipes de Saúde da Família para a aproximação entre profissionais da saúde com os usuários, estabelecendo interação de informações e aproximando realidades, baseadas na prática assistencial, sendo subsídio também para experiências práticas dos acadêmicos na promoção e prevenção da saúde. Palavras- chave: visita domiciliar, Enfermagem, Saúde da Família _________________________________ 1Estagiário do 8º de Enfermagem na Universidade Federal do Maranhão-UFMA, bolsista do PETSaúde/Saúde da Família; Email: [email protected] 2 Graduanda do 7º período em Enfermagem na Universidade Federal do Maranhão-UFMA; voluntária do PET-Saúde/Saúde da Família;E-mail:[email protected] 3 Enfermeira da Estratégia Saúde da Família, preceptora do PET-Saúde/Saúde da Família;E-mail: [email protected] 4 Enfermeira da Estratégia Saúde da Família, preceptora do PET-Saúde/Saúde da Família;E-mail: [email protected] 5 Enfermeira, profª. Drª. do Departamento de Enfermagem da Universidade Federal do Maranhão – UFMA;coordenadora do PET-Saúde/Saúde da Família.E-mail: [email protected] RELATO DE EXPERIÊNCIA: ASSISTÊNCIA DE ENFERMAGEM A UMA GESTANTE DE ALTO RISCO. Caius César Araújo Melo 1, Lana Carla de Souza Mendes2, Lucian da Silva Viana3, Thamires Pestana Sousa4, Rodrigo Lira Sousa Lima5, Lena Maria Barros6 . INTRODUÇÃO: Toda gestação traz em si mesmo risco para a mãe ou para o feto. No entanto, em pequeno número delas esse risco está muito aumentado e é então incluído entre as chamadas gestações de alto-risco. Desta forma, pode-se conceituar gravidez de alto risco aquela na qual a vida ou saúde da mãe e/ou do feto e/ou do recém-nascido, têm maiores chances de serem atingidas que as da média da população considerada. Entre as condições que caracterizam a gravidez como de alto risco, disposta no Manual Técnico de Gestação de Alto Risco do Ministério da Saúde, encontram-se o Crescimento intrauterino retardado e às doenças infecciosas como a Sífilis. OBJETIVOS: Aplicar a Metodologia da Assistência de Enfermagem através da implementação do processo de enfermagem baseados nos diagnósticos de NANDA e nas intervenções de NIC. METODOLOGIA: Relato de experiência realizado no Hospital Universitário Unidade Materno Infantil da Universidade Federal do Maranhão no período de 04 a 08 de Abril de 2011. Foi eleito o modelo proposto, associado à Taxonomia Diagnóstica da NANDA, 2010. Em seguida, foram estabelecidas intervenções de enfermagem segundo nomenclaturas padronizadas de acordo com a Classificação das Intervenções de Enfermagem (NIC). Os dados foram coletados através de entrevista, exame físico e consulta aos registros de prontuário. RESULTADOS: Os diagnósticos identificados nas fases pré e pós-operatória segundo a NANDA (2010) foram: estilo de vida sedentário, ansiedade, dentição prejudicada, amamentação eficaz , risco de infecção, dor aguda, .integridade da pele prejudicada, disposição para o conhecimento aumentado. As intervenções de enfermagem conforme NIC dentre outras foram: Orienta quanto aos benefícios de praticas esportivas; Explicar todos os procedimentos, inclusive de acordo com o comportamento do paciente possa ter durante o procedimento; Encaminhar para especialista em busca de um tratamento adequado; Corrigir conceitos errôneos, informações incorretas e dados imprecisos sobre aleitamento materno; Ensinar aos pais habilidades de cuidados ao recém-nascido; Examinar a pele a condição de qualquer incisão cirúrgica/ferida; Assegurar que o paciente receba cuidados precisos de analgesia; Oferecer informações sobre a dor, como suas causas, tempo de duração e desconfortos decorrentes de procedimentos; Ensinar princípios de controle da dor; Orientar repouso nas primeiras horas após procedimento cirúrgico. CONCLUSÃO: Por meio deste estudo houve uma aproximação maior da aplicação principalmente no que diz respeito à caracterização do diagnóstico de enfermagem de acordo com NANDA, as intervenções de Enfermagem segundo NIC em uma gestante de alto risco. Possibilitou também um acompanhamento diferenciado da paciente por meio de um estudo de suas causas, manifestações clínicas, complicações e tratamento, e nos demonstrou grande importância, já que nos permitiu vivenciar uma das atividades do enfermeiro à medida que o conteúdo teórico sobre a assistência de enfermagem foi posto em prática. Palavras-chave: Gestação de Alto Risco x Diagnósticos de Enfermagem x Intervenções de Enfermagem ______________________________ 1,2,3,4 ,5 – Alunos do curso de Enfermagem da Universidade Federal do Maranhão 6 – Prof.ª Msc. do Departamento de Enfermagem da Universidade Federal do Maranhão E-mail do relator: [email protected] RELATO DE EXPERIÊNCIA: ATIVIDADES DE PLANEJAMENTO EM UMA UNIDADE BÁSICA DE SAÚDE NOLÊTO, Felipe Barros¹; SARAIVA, Adriana Laís Oliveira Saraiva²; ARAUJO, Neria Veanne Sousa Silva³; SOUSA, Jordana de Moura e4; ROLIM, Isaura Letícia Tavares Palmeira5 INTRODUÇÃO: A atenção primária é considerada como a porta de entrada do SUS com o intuito de atender à maioria dos problemas de saúde da população. Para toda e qualquer prática de assistência de saúde, faz-se necessário, que os profissionais sejam previamente capacitados e se identifiquem com as questões sociais com as quais irão se deparar ao longo de sua jornada de trabalho. Partindo desse pressuposto, o PETSAÚDE/ Saúde da Família, programa que tem como objetivo a educação pelo trabalho, com ações de intersecção direcionadas ao fortalecimento da atenção básica e da vigilância em saúde de acordo com os objetivos do SUS, proporciona a acadêmicos de Enfermagem e Medicina a oportunidade de vivenciar e obter diversas experiências em atividades educativas que são desenvolvidas em Unidades Básicas de Saúde. OBJETIVOS: Relatar as experiências adquiridas com as atividades educativas que são desenvolvidas na Unidade de Saúde da Família Vila Embratel através da participação no PET-SAÚDE/Saúde da Família. METODOLOGIA: Relato de experiência tendo como referencial a familiarização do aluno com a atenção básica através da participação em atividades educativas organizadas na Unidade. O desenvolvimento das atividades ocorreu no período de Agosto de 2010 à Abril de 2011 na Unidade de Saúde Vila Embratel. RESULTADOS: Durante a participação no PET-SAÚDE nesse período houve o desenvolvimento das seguintes atividades: semana do idoso, caminhada na Avenida Litorânea no dia mundial do diabetes, comemoração do dia do idoso na Unidade com lanches, sorteios e explanação sobre qualidade de vida, palestras sobre DST‟s, hipertensão arterial, diabetes, dengue e tuberculose nas escolas da comunidade visando a educação em saúde, confecção de materiais educativos sobre câncer para apresentação na comemoração do dia mundial da saúde, curso de capacitação em vacinas para ACS‟s. Essas atividades evidenciaram uma diversidade no cotidiano da Unidade de Saúde da Família. Demonstrando como se pode ser empenhado na construção de novas formas de produzir saúde, promovendo ações de caráter individual e coletivo, bem como realizando atividades que interligam o centro de saúde com a família. CONCLUSÃO: As atividades de planejamento desenvolvidas nesta unidade de saúde possibilitaram ao aluno uma visão ampliada e a vivência no que realmente é preconizado pelo Ministério da saúde para o ESF, além de proporcionar uma verdadeira integração entre dois eixos norteadores: a educação e a saúde. Palavras-chave: Atenção básica, Saúde da Família, Atividades __________________________________ 1Estagiário do 8º de Enfermagem na Universidade Federal do Maranhão-UFMA, bolsista do PETSaúde/Saúde da Família; Email: [email protected] 2 Graduanda do 7º período em Enfermagem na Universidade Federal do Maranhão-UFMA; voluntária do PET-Saúde/Saúde da Família;E-mail:[email protected] 3 Enfermeira da Estratégia Saúde da Família, preceptora do PET-Saúde/Saúde da Família;E-mail: [email protected] 4 Enfermeira da Estratégia Saúde da Família, preceptora do PET-Saúde/Saúde da Família;E-mail: [email protected] 5 Enfermeira, profª. Drª. do Departamento de Enfermagem da Universidade Federal do Maranhão – UFMA;coordenadora do PET-Saúde/Saúde da Família.E-mail: [email protected] RELATO DE EXPERIÊNCIA: VIVENCIANDO A CAMPANHA DE VACINAÇÃO CONTRA GRIPE COSTA, Andréa de Jesus Sá Costa¹; SILVA, Elza Lima da²; REIS, Bianca de Jesus Coelho³; SOUSA, Jordana de Moura³ ; AZEVEDO, Paula Maria Bezerra Aragão³; PEREIRA, Tayane Cristina Araújo³ INTRODUÇÃO: A Campanha de Vacinação contra gripe tem como objetivo principal à redução da morbimortalidade e as internações advindas da ação do vírus influenza nos grupos considerados prioritários, tais como: pessoas com idade a partir de 60 anos, crianças de 6 meses a menores de 2 anos, gestantes, trabalhadores de saúde e povos indígenas. A estimativa nacional de imunização é de 29,8 milhões de pessoas, enquanto no Estado do Maranhão é de 932.013 pessoas, e em São Luís 118.598 pessoas, sendo que, a meta no Estado é imunizar 80% da população alvo. No dia de Mobilização Nacional, dia 30 de Abril, estavam previstos 1700 postos de vacinação, incluindo igrejas, praças, comércios e outros. A vacina influenza apresenta as seguintes composições: Vírus similar ao vírus influenza A/Califórnia/7/2009 (H1N1), Vírus similar ao vírus influenza A/Perth/16/2009 (H3N2), Vírus similar ao vírus influenza B/Brisbane/60/2008. Os vírus da Influenza pertencem a família Ortomixovírus e subdividem-se em três tipos: A, B e C. A transmissão do vírus pode ocorrer de forma direta, por gotículas de pessoas infectadas através de espirros ou tosses; ou da forma indireta, contato com superfície infectadas com o vírus. OBJETIVO: Relatar à experiência das ações de Vigilância Epidemiológica, sobre o Programa Nacional de Imunizações. METODOLOGIA: Trata-se de um relato de experiência, realizado no dia D da Campanha de Vacinação Contra Gripe, 30 de Abril de 2011, no bairro Vila Embratel. Além da imunização na Unidade Básica de Saúde houve a descentralização da vacinação em vários pontos estratégicos da comunidade, visando englobar o maior número pessoas do grupo prioritário. O cenário do presente estudo foi um clube de lazer da comunidade local. RESULTADOS: O estudo aborda 19 pessoas submetidas à imunização contra a Influenza. No período compreendido das 8h 30 min às 12h houve o comparecimento de 14 pessoas, sendo que 6 possuíam a idade acima de 60 anos; 3 gestantes; 4 crianças de idade inferior a 2 anos e 1 trabalhador da área da saúde. Entretanto no período da 12h às 16 h houve redução no comparecimento da população ao local, totalizando 5 pessoas, sendo 1 com idade acima de 60 anos e 4 crianças com idade inferior a 2 anos. Por meio do presente estudo foi possível vivenciar a atuação da enfermagem na prevenção primária; pode-se também observar o comparecimento reduzido da população aos pontos de vacinação, dificultando assim uma interação de âmbito maior com a comunidade. CONCUSÃO: Foi possível vivenciar a dinâmica de ação da Vigilância Epidemiológica, no âmbito preventivo, durante o Dia D da Campanha de Vacinação contra gripe, do Programa Nacional de Imunização bem como, adquirir habilidades técnicas ao somar conhecimento teórico e prático. Palavras chaves: Imunização; Influenza; Campanha ___________________________________ 1 Acadêmica do Curso de Enfermagem da Universidade Federal do Maranhão/UFMA/ E-mail: andré[email protected] ² Professora Mestre do Curso de Enfermagem da Universidade Federal do Maranhão/UFMA/ ³Acadêmica do Curso de Enfermagem da Universidade Federal do Maranhão/UFMA ³ Enfermeira da Estratégia Saúde da Família; especializada em Estratégia da Família e em Urgência e Emergência ³ Acadêmica do Curso de Enfermagem da Universidade Federal do Maranhão/UFMA ³ Acadêmica do Curso de Enfermagem da Universidade Federal do Maranhão/UFMA ³ Acadêmica do Curso de Enfermagem da Universidade Federal do Maranhão/UFMA REVISÃO BIBLIOGRÁFICA: A INFLUÊNCIA DO AMBIENTE FAMILIAR NO PACIENTE COM TRANSTORNO BIPOLAR¹ ERICEIRA, Vanessa Virginia Lopes²; MARTINS, Vicenilma de Andrade²; SANTOS, Vandiel Barbosa²; SOUSA, Anderson Pereira²; OLIVEIRA: Poliana Soares de³ INTRODUÇÃO: O „‟CID10‟‟ define o Transtorno Afetivo Bipolar como sendo um transtorno caracterizado por dois ou mais episódios nos quais o humor e o nível de atividade do sujeito estão profundamente alterados. Estima-se que 1% da população brasileira é acometida pelo transtorno bipolar. Não existe cura para o transtorno bipolar, porém com o diagnóstico precoce aliado a um tratamento adequado, o paciente pode levar uma vida saudável. Para a Enfermagem Psiquiátrica, conhecer o processo de acolhida do paciente no ambiente familiar mostra-se cada vez mais importante para o processo do cuidar, porque a reincidiva do quadro, a reinserção do paciente na sociedade, a relação enfermeiro - paciente - família depende também dessa influência do ambiente familiar. OBJETIVO: Demonstrar a influência do ambiente familiar no transtorno bipolar; Demonstrar os principais problemas enfrentados pelos familiares e pacientes bipolares no processo de acolhida; Demonstrar a importância do relacionamento familiar para o paciente bipolar; Analisar dados existentes sobre a acolhida do paciente no ambiente familiar. METODOLOGIA: Trata-se de uma revisão bibliográfica, cujos dados foram coletados através do levantamento das produções científicas sobre ambiente familiar, transtorno bipolar, produzidas entres os anos de 2001 e 2008. A base utilizada para a coleta de dados foi a Literatura Latino-Americana e do Caribe em Ciências da Saúde (LILACS) e o Google Acadêmico, e os descritores utilizados foram: família e transtorno bipolar. Os conteúdos temáticos encontrados nos resumos dos trabalhos foram categorizados em: “O impacto do transtorno afetivo bipolar na família”, “Ajuste social em pacientes com transtorno afetivo bipolar, unipolar, distimia e depressão dupla” e „‟ Transtorno bipolar e o uso indevido de substâncias psicoativas‟‟. RESULTADOS: O estudo mostrou que o ambiente familiar é um dos fatores nos quais afetam o quadro clínico do paciente, ocasionando prejuízos na qualidade de vida, dificultando ajustamento social, o seu tratamento. Trabalhos mostraram que a dinâmica familiar conflituosa, permeada por sentimentos hostis e presença excessiva de críticas, desencadeiam mau ajustamento psicossocial nos pacientes com transtornos do humor; Possivelmente o quadro clínico fica instável, havendo uma reincidiva de novos episódios. (Revista Brasileira de Psiquiatria, 2001) CONCLUSÃO: O ambiente familiar de pacientes com transtorno bipolar é tido como fator que afeta o início e o curso desse transtorno. O ambiente familiar, permeado de sentimentos negativos, funciona como forte fator estressante e desencadeador de novos episódios, os quais, muitas vezes, os conduzem a internações e constantes rupturas com o meio social, trabalhista e familiar. Cabe aos profissionais de enfermagem possuir uma visão holística, possibilitando uma melhor intervenção garantindo uma melhor qualidade de vida pro paciente. ________________________________________________ 1 Trabalho desenvolvido por alunos do 5º e 6º período do curso de enfermagem da Universidade Federal do Maranhão. 2 Acadêmicos do curso de enfermagem da Universidade Federal do Maranhão. 3 Professora Substituta do Departamento de Enfermagem da Universidade Federal do Maranhão, Especialista em Saúde Mental. Email do relator: [email protected] RISCO CIRÚRGICO EM PACIENTES HIPERTENSOS: UMA AVALIAÇÃO CRITERIOSA. QUEIROZ, Sousa de Janayna Karla ¹; CASTRO, de Edson Ferdinand2 ; FERREIRA, Costa Thayane3; PEREIRA, Sampaio Odineilce4 ; FIGUEREDO, Rosario do Adriana5 ; JÚNIOR, Macedo de Ferreira Bernardino6 INTRODUÇÃO: A hipertensão é uma doença assintomática que se caracteriza por uma elevação anormal da pressão sangüínea sistólica arterial, em repouso, acima de 140 mm Hg e/ou a elevação da pressão sangüínea diastólica acima de 90 mm Hg. Normalmente, suas complicações podem levar ao comprometimento do coração, rins, cérebro, olhos e das artérias. O paciente hipertenso deve ser minuciosa e cuidadosamente avaliado no pré-operatório pela equipe médica no papel do anestesiologista e equipe de Enfermagem. Além de sua doença de base, devem ser pesquisadas comorbidades e possíveis lesões em órgãos alvo, principalmente isquemia coronariana e disfunção ventricular. Não se pode, também, deixar de valorizar o nível de estresse e ansiedade do paciente no pré-operatório, onde o plano de cuidados do Enfermeiro deve ser direcionado e eficaz, já que este fato contribui para a elevação da pressão arterial na cirurgia. OBJETIVOS: Compreender os riscos cirúrgicos para o paciente hipertenso para melhor planejamento e execução de atividades voltadas ao cuidado, prevenção e possíveis complicações no perioperatório, principalmente a elevação dos níveis pressóricos durante a anestesia e no pós-operatório. METODOLOGIA: Revisão bibliográfica e busca de artigos em bancos de dados: Scielo, Bireme e Google Acadêmico. RESULTADOS: A avaliação do risco cirúrgico do paciente hipertenso está muito mais relacionada com os antecedentes de gravidade e complicações da HAS que com os valores da pressão arterial obtidos na hospitalização para cirurgia. A Anamnese e exame clínico realizados de maneira cuidadosa e minuciosa pelo Enfermeiro, aliados a exames subsidiários essenciais para detectar lesão de órgãos-alvo são de grande importância na avaliação do risco operatório do paciente hipertenso. A abordagem adequada dessas variáveis poderá evitar o uso inadequado ou desnecessário de drogas anti-hipertensivas e evitará possíveis complicações no perioperatório. CONCLUSÃO: Conclui-se deste estudo, que o risco cirúrgico da HAS isoladamente não é tão significativo. No entanto, quando este está associado a existência de lesão de órgãos-alvo, o risco é ampliado de acordo com a severidade do envolvimento do órgão e a magnitude do ato cirúrgico, levando-se em consideração o estado psicológico do paciente e o tipo de anestesia aplicada. Palavras-chave: Cirurgia, Hipertensão, Risco, Equipe. _________________________________ 1 Acadêmica de Enfermagem – UFMA. 6° período. Participante do Grupo de Tecnologia do Cuidado GRUETEC e Liga de Hipertensão Arterial – LHA. E-mail: [email protected]. 098 8733-5528. 2 Médico Anestesiologista. Professor do Departamento de Enfermagem – UFMA. 3 Acadêmica de Enfermagem – UFMA. 7° período. Participante da Liga Acadêmica de Diabetes Obesidade – LADO e Liga de Ginecologia e Endocrinologia – LAGEC. 4 Acadêmica de Enfermagem –UFMA. 7° período. Voluntária do PET/Saúde da Família- UFMA Voluntária do PIBIC. 5 Acadêmica de Enfermagem –UFMA. 7° período. Participante do Projeto de Extensão Saúde da Pele Grupo de Estudo de Saúde do Adulto – GEPSA. 6 Acadêmico de Enfermagem –UFMA. 7° período. Participante da Liga de Hipertensão Arterial- LHA. – e e e ROTINAS DE UMA CENTRAL DE MATERIAL E ESTERILIZAÇÃO, EM UM HOSPITAL UNIVERSITÁRIO DE SÃO LUIS/MA. Caius César Araújo Melo 1, Lana Carla de Souza Mendes2, Lucian da Silva Viana3, Thamires Pestana Sousa4, Joaquim Alves da Costa Júnior5, Elza Lima da Silva6. INTRODUÇÃO: A Central de Material Esterilizado (CME) é o conjunto de áreas destinadas à recepção, limpeza, preparo, esterilização, guarda e distribuição do material a todos os departamentos de um hospital. As diferentes áreas do CME devem ser distribuídas de forma a permitir um fluxo de trabalho progressivo, em linha reta e sequencial, do expurgo até a área de distribuição, com o objetivo de reduzir as possibilidades de contaminação. OBJETIVOS: Observar as rotinas básicas da Central de Material e Esterilização do Hospital Universitária Presidente Dutra. Aperfeiçoando os conhecimentos sobre CME adquiridos enquanto acadêmico. Acompanhar os procedimentos de limpeza, desinfecção, preparo, esterilização, acondicionamento e distribuição de materiais. METODOLOGIA: Trata-se de um estudo transversal e ecológico , realizado na Central de Material e Esterilização, lotada no Hospital Universitário Unidade Presidente Dutra (HUUPD), no período de 14 a 19 de Outubro de 2010, durante a realização do Estágio Curricular de Enfermagem em Centro Cirúrgico. Para coleta de dados foi realizado a observação das rotinas do setor e consultas ao Protocolo de Operacional Padrão (POP) da CME. RESULTADOS: Ao serem recebidos no expurgo, os artigos são encaminhadas para a limpeza sob água corrente fria ou morna, utilizando escovas com cerdas de nylon resistentes e com detergentes, preferencialmente neutros ou produtos enzimáticos. A desinfecção, logo em seguida, é realizada por meio físico, através da água quente (60 a 90°C) ou em ebulição e pelo meio químico, através de produtos denominados de desinfetantes (Hipoclorito de sódio a 0,5%). Após a desinfecção ocorre o preparo do artigo e consideração sobre sua classificação em: crítico, semi- crítico e não críticos, o seu peso e sua rotatividade, este procedimento é indicado para todos os materias processados pela CME de uso diversos setores do HUPD. Em seguida, ocorre o processo de Esterilização. No estabelecimento de saúde HUPD, existem 3 autoclaves ( duas funcionam a vapor e uma a eletricidade ) e uma unidade de esterilização rápida (flash sterilitation). Por fim os materias são armazenados e guardados, seguindo rigorosamente os cuidados para manter sua integridade. A Distribuição é o processo de entrega dos materias acondicionados na CME para os diversos setores. CONCLUSÃO: Entende-se que é necessária uma correta atuação da equipe de enfermagem durante os processos de limpeza, preparo, esterilização, guarda e distribuição do material, compreendendo também a importância de que seja uma atividade realizada com responsabilidade, visto que, o cuidar do paciente também se reflete na Central de Material e Esterilização. Palavras- chave: Enfermagem x Central de Material e Esterilização x Rotinas ____________________________________ 1,2,3,4,5 – Alunos do curso de Enfermagem da Universidade Federal do Maranhão 6 – Prof.ª Msc. do Departamento de Enfermagem da Universidade Federal do Maranhão E-mail do relator: [email protected] SÍNDROME DE BURNOUT: entre os profissionais de um hospital em Santa Inês – MA ROCHA, Tânia Pavão Oliveira;ABREU, Jerusa Emídia Rôxo de; AQUINO, Dorlene Maria Cardoso; BARBOSA, Sara Moreira; MORAIS, Cintia Daniele Machado de; BARROS, Walna Luisa INTRODUÇÃO. Segundo Lima (2004) Burnout é uma síndrome de exaustão emocional, despersonalização e reduzida realização que pode ocorrer entre indivíduos que trabalham com pessoas. Trata – se de um problema que afeta principalmente os trabalhadores encarregados de cuidar de outros (caregivers), como profissionais da área da educação, saúde, etc., que possuem intenso e constante contato interpessoal. OBJETIVOS. Caracterizar como ocorre a síndrome de burnout, bem como sua repercussão nos aspectos biopsicossociais em profissionais de enfermagem (enfermeiros, técnicos e auxiliares) de um hospital da rede pública do município de Santa Inês. METODOLOGIA. Delineamento da pesquisa. Trata-se de uma pesquisa exploratória, descritiva e bibliográfica. Local da pesquisa. A pesquisa foi realizada no período de agosto a setembro de 2010 em um hospital de referência de Santa Inês – MA, o Hospital Municipal Thomas Martins, onde possui atendimento de urgência e emergência, nas mais variadas especialidades. População e amostra. A população foi composta pelos profissionais de enfermagem do Hospital Tomaz Martins, totalizando 29 entrevistados no período de agosto a setembro de 2010. Resultados. Quanto à profissão, 65,5% são técnicos; 27,5% são enfermeiros; e 7% são auxiliares de enfermagem. Quanto aos sinais/sintomas de Burnout encontrados no grupo de estudo o verdadeiro produtor do Burnout é o ambiente de trabalho, as condições e a organização do trabalho. A equipe mais afetada pela síndrome é a dos auxiliares de enfermagem, pois todos (100%) estão com exaustão emocional; e 50% em baixo rendimento profissional. Seguido pelos técnicos com 57,9% em exaustão emocional; 36,9% em baixo rendimento profissional; e 21% em despersonalização. Por último os enfermeiros com 50% em exaustão emocional; 25% em despersonalização; e 12,5% em baixo rendimento. Outro fator desencadeante da síndrome refere-se ao sofrimento do paciente, 41,1% diz que sofre junto com os pacientes; 11,7% ficam deprimidos e penalizados; 17,7% diz que estar acostumado com a situação, e somente 29,5% não se envolve diretamente com o sofrimento dos pacientes. Conclusão. Os resultados confirmam que uma grande parte dos pesquisados apresentam sinais e sintomas característicos do burnout, bem como as suas respectivas dimensões que explicitamos. A equipe apontou várias dificuldades que enfrenta na instituição, incluindo conflitos interpessoais, deficiência de pessoal e material. A maioria relatou que a sobrecarga de trabalho, as precárias condições do ambiente hospitalar, material insuficiente e inadequado, e relacionamento grupal deficiente como os principais fatores desencadeantes da síndrome. Desta forma é preciso identificar caminhos para modificar essa realidade, sendo fundamental que a prevenção e o tratamento do burnout sejam abordados como problema coletivo e organizacional e não como um problema individual. Palavras-chave: Síndrome de Burnout. Enfermagem. Ambiente Hospitalar ________________________________ ¹Enfermeira do Hospital Universitário Presidente Dutra(HUPD)e da Estratégia Saúde da Família(SEMUS), mestranda em Ciências da Saúde. 2Enfermeira do Hospital Universitário Presidente Dutra(HUPD)e da Estratégia Saúde da Família(SEMUS), Preceptora do PET Saúde da Família, mestranda em Saúde e Ambiente. 3Enfermeira Doutora em Patologia Humana pela UFBA, professora da Universidade Federal do Maranhão – UFMA, Coordenadora da árvore do PET Saúde da Família. 4 Enfermeira da Estratégia Saúde da Família do Município de Rosário - MA. 5 Graduanda de Enfermagem, do 5º Período da UFMA. 6 Graduanda de Enfermagem, do 8º Período da UFMA.Voluntária do PET Saúde da Família. e-mail: [email protected] SÍNDROME ALCOÓLICA FETAL OLIVEIRA, Bruna da Silva1 ; SILVA, Clarissa Galvão da2; MACHADO, Larissa Rodrigues3; SILVA, Kely Nayara dos Reis4 ; BRAGA, Lorena Carvalho5; LOPES, Maria Lúcia Holanda6 Introdução: A Síndrome Alcoólica Fetal (SAF) é caracterizada por déficit de crescimento, malformações e evidência de anormalidades do sistema nervoso central, alterações comportamentais e/ou de aprendizado, que podem ser irreversíveis e levar à dependência de álcool e de outras drogas. A síndrome alcoólica fetal (SAF), os defeitos congênitos relacionados ao álcool e as desordens de neurodesenvolvimento relacionadas ao álcool são abrangidos pelo FASD (espectro de desordens fetais alcoólicas), sendo a SAF a mais grave. Tal síndrome foi observada e descrita, primeiramente, na França e, posteriormente, ratificada em trabalhos científicos nos EUA. No Brasil, as primeiras referências à SAF foram feitas em meados da década de 1980, despertando a atenção para a importância e gravidade do problema. Quando a gestante ingere bebidas alcoólicas, seu filho também o faz, pois o álcool ingerido atravessa a placenta e a imaturidade e os baixos níveis de enzimas fetais tornam o metabolismo e a eliminação do álcool mais lentos, levando a uma maior exposição do feto. Durante a gestação, qualquer dose de álcool consumido poderá levar a alterações do desenvolvimento. A probabilidade de acometimento do recém-nascido e a gravidade da síndrome dependerão da dose de álcool consumida pela gestante, seu padrão de consumo, metabolismo e da alcoolemia materna e fetal, saúde materna, período gestacional de exposição fetal e suscetibilidade genética fetal. Atualmente, ainda não é conhecido um nível seguro de consumo de bebida alcoólica durante a gravidez, por esta razão, gestantes devem ser alertadas para a completa abstenção do álcool. Objetivo: Elaborar uma revisão de literatura sobre o consumo de álcool pela gestante e suas repercussões no filho. Metodologia: Foi realizado levantamento bibliográfico da literatura por meio de busca nas bases de dados Medline, LILACS, na plataforma SciELO. As palavras-chave utilizadas foram: “gestante”, “álcool”, “alcoolismo”, “síndrome alcoólica fetal”. Resultado: O alcoolismo é mal diagnosticado na gravidez pelo despreparo dos profissionais de saúde em investigá-lo adequadamente e pelo maior preconceito social na gestação, levando a grávida a encobri-lo. Fatores como a baixa idade, menor escolaridade, baixa renda mensal, não coabitação com o companheiro, coabitação com consumidores de álcool, tabagismo, uso de drogas ilícitas, gravidez não-planejada, início tardio do pré-natal e menor número de consultas no pré-natal associam-se ao consumo de álcool pelas gestantes. Conclusão: Para efeito positivo no caso da síndrome alcoólica fetal (SAF), os profissionais da saúde têm a obrigação de prevenir as lesões que o álcool pode causar ao concepto, além de realizar o diagnóstico precoce seguido das intervenções necessárias. É preciso que todas as pessoas que fazem parte do processo de crescimento e de desenvolvimento destas crianças sejam elas pais, professores ou cuidadores, se envolvam de forma integral na assistência das suas desabilidades. O governo e a população devem se unir no planejamento e execução de medidas que previnam e minimizem todas as consequências fetais do consumo de álcool pelas gestantes. UNITERMOS: Síndrome Alcoólica Fetal; Alcoolismo; Gestante. ______________________________ 1 Aluna do quarto período de graduação do curso de Enfermagem da Universidade Federal do Maranhão – UFMA, integrante do Grupo de Estudo em Tecnologia do Cuidado em Enfermagem (GRUETEC) e voluntária do Projeto de pesquisa “Avaliação da Pressão Arterial de Crianças e Adolescentes”. Endereço: [email protected] 2 Aluna do quinto período de graduação do curso de Enfermagem da Universidade Federal do Maranhão – UFMA, voluntária do PET-Saúde/Saúde da Família/UFMA e membro efetivo da Liga Acadêmica de Diabetes e Obesidade. 3 Aluna do quinto período de graduação do curso de Enfermagem da Universidade Federal do Maranhão UFMA e voluntária do PET-Saúde/Saúde da Família/UFMA. 4 Aluna do quinto período de graduação do curso de Enfermagem da Universidade Federal do Maranhão – UFMA, voluntária do PET-Saúde/Saúde da Família/UFMA e membro efetivo da Liga Acadêmica de Diabetes e Obesidade. 5 Aluna do quinto período de graduação do curso de Enfermagem da Universidade Federal do Maranhão – UFMA. 6 Enfermeira, Mestre em Enfermagem e Professora do Departamento de Enfermagem da UFMA. SISTEMATIZAÇÃO DA ASSISTÊNCIA DE ENFERMAGEM À PACIENTE SUBMETIDA À CISTOLITOTOMIA Rômulo Luiz Neves Bogéa¹, Marcos Ronad Mota Cavalcante¹, Taísa Rocha Berrêdo¹, Santana de Maria A. Sousa². Introdução: Litíase é a formação de cálculo no trato urinário – bexiga, ureteres e, mais comumente, rins. A Cistolitíase ou Litíase Vesical é a presença de cálculo na bexiga urinária. O cálculo pode se formar a partir do depósito de substâncias cristalinas como oxalato de cálcio, fosfato de cálcio e ácido úrico ou pela ausência de substâncias que impedem a cristalização na urina como citrato e magnésio. Objetivo: Sistematizar a Assistência de Enfermagem à paciente submetida à Cistolitotomia, aplicando o diagnóstico de enfermagem de Wanda de Aguiar Horta. Metodologia: Trata-se de um estudo qualitativo descritivo realizado na clínica cirúrgica do HUUPD em São Luís – MA, no período de 10/06 a 16/06 de 2010, utilizando-se histórico de enfermagem padronizado pelo Hospital. Esse estudo baseou-se segundo o processo de enfermagem de Wanda Horta, constituído por seis fases: histórico de enfermagem, diagnóstico de enfermagem, plano assistencial, plano de cuidados ou prescrição de enfermagem, evolução e prognóstico, com o intuito de proporcionar uma assistência integral e adequada às necessidades da paciente. O estudo de caso foi realizado após autorização da paciente por meio do termo de consentimento livre e esclarecido. Resultados: Paciente J.J.T., 27 anos, sexo feminino, solteira admitida no Hospital Dutra no dia 10/06/10 com diagnóstico médico de Cistolitíase submetida à Cistolitotomia. No Diagnóstico de Enfermagem, puderam ser observadas as seguintes Necessidades Humanas Básicas Afetadas no Pré-Operatório – Percepção Dolorosa, Integridade Cutâneo-Mucosa, Locomoção, Hidratação e Nutrição. No Pós-Operatório – Percepção Dolorosa, Integridade Cutâneo-Mucosa, Regulação Hidroeletrolítica, Hidratação, Eliminação, Nutrição e Locomoção. O Plano Assistencial consiste em – Fazer aferição de Sinais Vitais, Administração de Medicações, Curativo de Ferida Operatória, Troca de Soro Glicosado, Curativo de Inserção de Dreno; Ajudar na Deambulação e Mudança de Decúbito; Orientar Quanto ao Procedimento Cirúrgico, Dieta, Hidratação e Repouso; Supervisionar Estado Clínico, Nutrição, Eliminação, Dreno, Soro Glicosado e Ferida Operatória. A paciente foi acompanhada no período de 11/06/10 à 16/06/10 evoluindo para melhora do quadro clínico. O Prognóstico foi de alta hospitalar com dependência parcial da enfermagem para a retirada de pontos da incisão e orientação quanto ao acompanhamento terapêutico, autocuidado, repouso e ingesta hídrica para evitar recidiva. Conclusão: Pôde-se observar a importância da sistemática na aplicação da assistência de Enfermagem durante todo o período de internação da paciente, identificando o papel e a autonomia do profissional de enfermagem nesse processo de cuidar. Além de obter mais conhecimento sobre o processo saúde-doença na litíase vesical. Palavras-Chave: Enfermagem – Litíase Vesical – Litíase _________________________________ 1 Aluno do Curso de Enfermagem da Universidade Federal do Maranhão. Relator. E-mail: [email protected] ¹ Aluno do Curso de Enfermagem da Universidade Federal do Maranhão 2 Enfermeira, Profª Dr.ª do Departamento de Enfermagem da Universidade Federal do Maranhão. SISTEMATIZAÇÃO DA ASSISTÊNCIA DE ENFERMAGEM A UM PACIENTE ESPLENECTOMIZADO-RELATO DE EXPERIÊNCIA Mirian da Silva Maia¹; Isys Fialho Nascimento ; Marcos Ronad Mota Cavalcante3; Líscia Divana Pachêco Carvalho 4 Introdução: O baço é um órgão de estrutura complexa, possui múltiplas funções, o que explica sua participação em grande número de condições patológicas de diversos tipos. A esplenomegalia é causada por diversos motivos como doenças infecciosas, resposta imune à infecção, neoplasia e amiloidose que afetam a atividade do órgão. A esplenectomia é um procedimento cirúrgico indicado como forma de tratamento para distúrbios relacionados ao trauma, púrpura trombocitopênica imunológica e hiperesplenismo, e requer atenção especial, na medida em que os indivíduos esplenectomizados são mais suscetíveis a infecções graves. Objetivo: Descrever a Sistematização da Assistência de Enfermagem a um paciente esplenectomizado com diagnóstico médico de massa esplênica aumentada. Metodologia: Relato de experiência realizado na Clínica Cirúrgica do Hospital Universitário Unidade Presidente Dutra, em São Luís, Maranhão, no período de 24 de agosto a 10 de setembro de 2010, constando de entrevista, exame clínico e consulta aos registros de prontuário. O referencial teórico utilizado foi o modelo conceitual de HORTA (1970), associado à Taxonomia Diagnóstica da North American Nursing Diagnosis Association –NANDA (2009-2011). O planejamento e a implementação de enfermagem foram baseados nas intervenções de enfermagem da Nursing Interventions Classification (NIC) e nos resultados de enfermagem da Nursing Outcomes Classification (NOC). Foram identificados os dados mais significativos e foram estabelecidos os diagnósticos de enfermagem de acordo com a Taxonomia II da NANDA. Os aspectos éticos da pesquisa envolvendo seres humanos foram respeitados conforme Resolução de n.° 196/96 do Conselho Nacional de Saúde. Resultados: J.A.S.V., masculino, 50 anos, pardo, motorista, protestante, casado, 2º grau completo, natural de São Luís-MA. Os diagnósticos de enfermagem identificados foram: Conhecimento deficiente, Dor crônica, Hipertermia, Negligência unilateral, Padrão de sono prejudicado, Ansiedade, Dentição prejudicada, Nutrição desequilibrada menos do que as necessidades corporais, Disposição para estado de imunização melhorado, Mobilidade física prejudicada, Padrões de sexualidade ineficaz, Padrão respiratório ineficaz, Risco de quedas, Risco de Trauma e Risco de infecção. Foram realizadas intervenções de enfermagem aos diagnósticos elaborados: Educação e Promoção da saúde, Aconselhamento, Redução da ansiedade, Monitoração dos sinais vitais, Regulação da temperatura, Controle da dor, Controle da nutrição, Promoção de Exercício, Orientação quanto ao sistema de saúde, Supervisão da pele, Cuidados com o local da incisão e com o dreno, Proteção contra infecção, Controle do ambiente, Conforto, Aumento da segurança, Oxigenoterapia, Estímulo à tosse. Conclusão: A aplicação de uma metodologia da assistência de enfermagem favorece o melhor planejamento das ações de enfermagem ao permitir a elaboração de cuidados com base em fundamentos mais sistematizados. Palavras-chave: Esplenectomia; Assistência de enfermagem; Sistematização. ___________________________________ 1,2,3 Acadêmicos. Graduandos do Curso de Enfermagem da Universidade Federal do Maranhão (UFMA). E-mail para contato: [email protected] ³ Enfermeira. Supervisora de Estágio. Docente da Universidade Federal do Maranhão (UFMA). SISTEMATIZAÇÃO DA ASSISTÊNCIA DE ENFERMAGEM A UMA PACIENTE PORTADORA DE ESCLEROSE MÚLTIPLA Mírian da Silva Maia 18; Isys Fialho Nascimento19; Natália Ribeiro Mandarino 20; Isaura Letícia Tavares Palmeira Rolim21 Introdução: A esclerose múltipla é uma doença desmielinizante progressiva do SNC, manifestando-se tipicamente em adultos jovens entre 20 e 40 anos e com maior freqüência em mulheres. Suas manifestações são diversas, dependendo dos nervos afetados. As áreas mais afetadas são os nervos ópticos, encéfalo, tronco cerebral, cerebelo e medula espinhal, e os danos irreversíveis. As estratégias de tratamento têm como alvo sintomas motores e sensoriais e os efeitos da imobilidade que podem ocorrer. Objetivos: Descrever a Sistematização da Assistência de Enfermagem a uma paciente acometida por esclerose múltipla, utilizando os Diagnósticos de Enfermagem da Taxonomia II da NANDA, as Intervenções de Enfermagem da NIC e os Resultados de Enfermagem da NOC. Metodologia: Estudo do tipo descritivo desenvolvido junto a uma paciente diagnosticada com esclerose múltipla internada na Ala B da Clínica Médica do Hospital Universitário Unidade Presidente Dutra, em São Luís, Maranhão, durante o período de 16 de novembro a 12 de dezembro de 2010. Etapas: Coleta de Dados; Diagnósticos de Enfermagem; Planejamento de Enfermagem; Implementação e Evolução de Enfermagem. A partir dos dados coletados foram estabelecidos diagnósticos de enfermagem de acordo com a taxonomia II da NANDA; posteriormente, o planejamento e a implementação de enfermagem, baseados nas intervenções da Nursing Interventions Classification (NIC) que pudessem levar a resultados da Nursing Outcomes Classification (NOC) durante sua evolução. Resultados: Entre os diagnósticos de enfermagem identificados incluíram-se deambulação prejudicada, risco de quedas, percepção sensorial tátil prejudicada, 18 Acadêmica. Graduanda do 8º período do curso de Enfermagem da Universidade Federal do Maranhão (UFMA). Endereço de e-mail: [email protected] 19 Acadêmica. Graduanda do 8º período do curso de Enfermagem da Universidade Federal do Maranhão (UFMA). 20 Enfermeira. Professora Mestra da Faculdade de Enfermagem da Universidade Federal do Maranhão (UFMA). 21 Enfermeira. Professora Doutora da Faculdade de Enfermagem da Universidade Federal do Maranhão (UFMA). interação social prejudicada, controle familiar ineficaz do regime terapêutico e conhecimento deficiente. Durante a entrevista de enfermagem, a revelação da prática da automedicação aliada à indicação indevida de medicamentos em estabelecimentos de venda de fármacos contribuiu para o estado de agravo em que a usuária se encontrava ao ser internada no hospital universitário. Conclusão: As ações do enfermeiro aliadas a um instrumento cientificamente respaldado voltado para a assistência permitem a elaboração de um processo de enfermagem capaz de elevar a qualidade dos serviços de enfermagem. Palavras-chave: Sistematização, Esclerose Múltipla, Enfermagem. SISTEMATIZAÇÃO DA ASSISTÊNCIA DE ENFERMAGEM AO PORTADOR DE ANEMIA FALCIFORME MACEDO JÚNIOR, Bernardino Ferreira de1; FARIAS, Áurea Mariana Costa Farias2 ; SERRA, Rayna Bianca Rodrigues3 ; DIAS, Rosilda Silva4 Introdução: A anemia falciforme é uma anemia hemolítica grave que resulta da herança do gene da hemoglobina falciforme, tornando a molécula da hemoglobina defeituosa, assumindo uma forma de foice, rígida e deformada (BRUNNER, 2009). Objetivo: Aplicar a Sistematização da Assistência de Enfermagem ao portador de Anemia Falciforme. Metodologia: Relato de experiência de um estudo pautado na assistência com o referencial teórico das Necessidades Humanas Básicas de Wanda Horta a um portador de anemia falciforme no período de 02 de junho e 14 de junho de 2010. Nas práticas da disciplina Saúde do Adulto, no Hospital Universitário Unidade Presidente Dutra (HUUPD), Clínica Médica, ala masculina. Resultados: E.J.S.f., masculino, negro, 17 anos, 1º grau incompleto, evangélico, natural e residente de Apicum-Açú-MA, com pai, mãe e 2 irmãos. Diagnosticado portador de anemia falciforme aos 5 anos, realizando acompanhamento ambulatorial periódico no hemocentro em São Luis-MA. Internado no HUUPD com icterícia, colúria e artralgia em joelhos, para tratamento clínico, realizando exames laboratoriais e de imagem. Apresentou como principais problemas: artralgia em joelho e punho, atraso no desenvolvimento sexual, edema em joelho, força muscular diminuída, gânglio com sinais floglísticos, icterícia, lesão maleolar direita, pápulas em região fronto-temporal, baixa auto-estima/auto-imagem, taquipnéia, expansibilidade torácica de reduzida e tiragem. Prescrições de enfermagem: F Administrar terapêutica, interação medicamentosa e curativo 1 x ao dia, curva térmica; A Proporcionar ambiente confortável, na mudança de decúbito e deambulação; O e S sobre patologia, tratamento, higiene e exercícios respiratórios; E ao nutricionista, dermatologista, endocrinolista, psicólogo e odontólogo. Conclusão: A experiência do cuidar permitiu reflexões que extrapolaram as vivenciadas em sala de aula. Por ser uma patologia não muito comum, que requer atenção à saúde de controle e prevenção de sintomas bem como educação em saúde ao cliente e a família, o leque para atuações ampliadas e a Sistematização da Assistência foram essenciais para o cuidado eficaz. FAOSE: Fazer (F); Ajudar(A); Orientar (O); Supervisionar (S) e Encaminhar (E) Palavras-chave: Sistematização da assistência; Anemia Falciforme; Enfermagem. __________________________________ 1 Acadêmico de Enfermagem da Universidade Federal do Maranhão. Integrante da Liga de Hipertensão Arterial – LHA ([email protected]) 2 Acadêmica de Enfermagem da Universidade Federal do Maranhão. Bolsista do PET Vigilância em Saúde - UFMA 3 Acadêmica de Enfermagem da Universidade Federal do Maranhão.Integrante da Liga de Tanatologia THÂNATOS 4 Enfermeira. Professora do Departamento de Enfermagem UFMA SISTEMATIZAÇÃO DO CUIDADO A UMA PACIENTE COM DIABETES GESTACIONAL EM UM HOSPITAL DE ALTA COMPLEXIDADE FILHO, José Carlos Texeira¹; ANDRADE, Paula Cristina Aroucha² ; ARAÚJO, Glauciene Rocha de³ ; PEREIRA, Rosely de Brito 4; SILVA, Elza Lima 5 Introdução: O diabetes melito é definido como uma intolerância aos carboidratos de gravidade variável. É uma condição clínica bastante comum que complica a gravidez, estima-se que 1 de cada 200 gravidezes é complicada pelo diabetes melito gestacional2 . Objetivo: elaborar e implementar uma sistematização da assistência de Enfermagem segundo a teoria de Wanda Aguiar Horta a uma paciente acometida de diabetes gestacional. Metodologia: Pesquisa qualitativa descritiva fundamentada no modelo de Horta, no período de 05/04 a 16/04 de 2010, em um hospital de alta complexidade. Na coleta de dados utilizou-se o histórico modelo I e II de Horta e exame físico completo de Porto. Resultados: histórico1: Identificação: M.M., natural de São Luís-MA, 36 a; G: XVIII; P: VII; A: X. Com dores na cabeça e em MMII e náuseas. Déficit de conhecimento acerca da doença e tratamento. Refere sono irregular de 3 hs/dia e sem repouso após as refeições. Ingesta hídrica de 5 copos/dia entre água natural e sucos. Eliminação vesical 5x/dia, aspecto concentrado e intestinal 4x/dia, pastosa, amarelo escuro. Higiene corporal 6 x/dia e oral 2x/dia. Caminhada de 30 minutos 2x/dia. Atividade sexual 2x por semana. Auto-estima não preservada. Paciente pouco comunicativa e cooperativa na avaliação física e impaciente. Não sabe da gravidade da gravidez. Paciente com histórico de infecção urinária, de ascaris lumbricóides e tinha corporis em gestação anterior. Peso de 71 kg e dor pélvica. Na internação, ingesta hídrica de 6 copos entre água natural e suco em média. Deambulação reduzida. Abdome integro, globoso e indolor à palpação, com a presença de estrias e linha negra. Ruídos hidroaéreos não audíveis. BCF (+) com 145 bpm. MMII com edemas (+/4+). Não permitiu avaliação da genitália, relata não haver sangramento ou corrimento. Diagnósticos de Enfermagem1: percepção sensorial dolorosa, déficit de conhecimento da patologia e terapêutica, estado emocional alterado, baixa auto-estima, dificuldade na locomoção; ingesta hídrica insuficiente envolvendo o grau de dependência (FAOS). Implementou-se o plano assistencial1 e de cuidado1 por meio das ações de: (F): monitorização dos sinais vitais, intensidade e duração da queixa álgica em região pélvica, MMII e peso, administração de medicamentos prescritos e preparo de exames; (A): autocuidado, mudança de decúbito e apoio emocional; (O e S): tratamento, sinais vitais; administração de medicamentos; dieta; deambulação; AVP; Evolução de enfermagem1: maior grau de conhecimento sobre a doença e necessidade dos cuidados pela Enfermagem. Prognóstico de enfermagem1: para a paciente na alta hospitalar apresenta dependência parcial de Enfermagem com bom potencial para recuperação e boa compreensão da doença e tipo de tratamento e caminhada ou outro exercício físico e plano de acompanhamento. Conclusão: os resultados em curto e longo prazo correspondem à potencialização das ações, humanização do cuidado, individualização e garantia da qualidade da assistência, além disso, contribui para a formação acadêmica ao propiciar a experiência de uma assistência integral e humanizada. Palavras chaves: Diabetes gestacional. Assistência de Enfermagem. Unidade Hospitalar. ___________________________________ ¹ Estagiário do 8º período de Enfermagem da Universidade Federal do Maranhão. Endereço: Rua Alfarra, Q01, Solar dos Lusitanos, nº 03, Turu; telefones: (98) 81618148/32261076; email: [email protected]; ² Estagiária do 8º período de Enfermagem da Universidade Federal do Maranhão; ³ Estagiária do 8º período de Enfermagem da Universidade Federal do Maranhão; 4 Estagiária do 8º período de Enfermagem da Universidade Federal do Maranhão; 5 Enfermeira mestre da Universidade Federal do Maranhão. TRABALHADOR DE ENFERMAGEM NA CME: REFLEXÃO SOBRE SUAS PRINCIPAIS TEMÁTICAS Neidna Raíssa Soeiro de Almeida1, Agostinha Pereira Rocha Neta2, Alice Bianca Santana Lima2, Lucian da Silva Viana2, Wesley da Silva Marques2, Poliana Pereira Costa Rabêlo3 INTRODUÇÃO: O trabalhador da Central de Materiais e Esterilização- CME tem um processo diferenciado de trabalho nas instituições hospitalares, pois realiza a previsão e produção de materiais estéreis no serviço, ou seja, não mantém contato direto com o cliente, porém seu labor tem meta semelhante ao da equipe multiprofissional, devido seu produto final destinar-se ao cuidado de pessoas. Logo, estabelecer melhorias das condições laborais do setor representa garantir assistência de qualidade ao cliente. Para tanto é necessário conhecer de forma reflexiva o conjunto de temáticas que permeiam atualmente esse ambiente de trabalho e assim compreender suas vivências e dificuldades, que irão direcionar ações que valorizem esse serviço e seu processo de trabalho.OBJETIVO: Abordar de forma reflexiva os principais temas identificados na literatura descrevendo o trabalhador da CME. METODOLOGIA: Utilizou-se revisão sistemática na literatura, considerando os artigos publicados em periódicos nacionais entre os anos 2002 e 2010, a partir dos descritores em saúde: Enfermagem, Recursos Humanos, Saúde do Trabalhador, Assistência à Saúde; através das bases de dados: Bireme, Medline, Google acadêmico e Scielo. RESULTADOS: Sendo localizados 12 artigos em periódicos, encontrou-se que, atualmente os temas em foco na literatura relacionados ao trabalhador da equipe de enfermagem da CME são: qualidade de vida, relações interpessoais e comunicação, ergonomia, gestão do enfermeiro na CME, biossegurança, carência de recursos materiais e humanos. Os assuntos abordados na literatura ressaltam a importância da contribuição da pesquisa na CME para os recursos humanos da enfermagem e assistência ao usuário e apontam caráter repetitivo e entrelaçado dos problemas presentes no cotidiano desse trabalhador, ressaltam ainda a dificuldade do observador para a coleta de dados, por exigir um olhar assertivo para as reais necessidades desse trabalhador. CONCLUSÃO: É notório o conhecimento literário sobre a maioria dos aspectos que permeiam o ambiente de trabalho da CME, porém as pesquisas nesse setor necessitam explorar temáticas ainda pouco ou não abordadas de forma mais específica, pois delas ainda provém queixas dos trabalhadores quanto à efetividade do retorno benéfico de resultados para seu trabalho na rotina, ou seja, não vêem o retorno esperado. PALAVRAS-CHAVES: Enfermagem, Recursos Humanos, Saúde do Trabalhador, Assistência à Saúde _______________________________ 1 Relatora. Acadêmica de Enfermagem da Universidade Federal do Maranhão. Bolsista do Programa de Educação pelo Trabalho – PET/ Saúde da Família. 2 Autor. Acadêmico de Enfermagem da Universidade Federal do Maranhão. 3 Orientadora. Mestre em Ciências da Saúde. Professora Assistente do Departamento de Enfermagem da Universidade Federal do Maranhão (UFMA) TRATAMENTO DE FERIDAS E CUIDADO DE ENFERMAGEM: UMA REVISÃO SISTEMÁTICA ALVES, Sâmya Maria Andrade1 ; BEZERRA, Sinara Araújo 1; ESTRELA, Aline Roberta Silva1 ; SOUSA, Camila Marques de 1 ; FONTINELE, Araceli Moreira De Martini2 ; MENDES, Euricléia Ferreira Araújo 3 Introdução: As feridas são modificações da pele ocasionadas por traumas, processos inflamatórios, degenerativos, circulatórios ou por distúrbios do metabolismo. O tratamento destas lesões tem recebido atenção especial dos profissionais da área de saúde, principalmente da área da enfermagem, que muito têm contribuído para o avanço e consequente sucesso do tratamento. Como parte da assistência de enfermagem, é imprescindível o desenvolvimento de um plano de cuidados pautado nas principais necessidades do portador da ferida. Dessa forma, o enfermeiro, dotado de um saber que lhe é peculiar, poderá estabelecer metas factíveis, obtendo assim, melhor qualidade da assistência. Objetivo: Analisar a assistência de enfermagem no tratamento destas lesões com base na literatura científica. Metodologia: trata-se de uma revisão sistemática, na qual foram consultadas as bases de dados Lilacs, Scielo e Medline, de 2001 a 2009. Resultados: Por meio do levantamento bibliográfico, foi observado que no ambiente hospitalar, as estratégias de prevenção de úlceras por pressão e cuidados com a integridade tissular inclui alguns elementos chaves que consistem em: avaliar o risco para integridade da pele prejudicada devido perfusão tissular ineficaz, relacionada a diminuição na oxigenação, resultando na incapacidade de nutrir os tecidos a nível capilar do paciente. Os estudos ressaltam que esse diagnóstico de enfermagem deve ser observado na admissão do paciente em qualquer serviço de saúde e a reavaliação periódica deve ser realizada, baseada nos seguintes critérios: inspecionar a pele diariamente e protegê-la contra excesso de umidade, ressecamento, fricção e cisalhamento; realizar tratamento precoce ao detectar anormalidades e usar superfícies de suporte e alívio da carga mecânica, a fim de minimizar os efeitos do excesso de pressão causado pela imobilidade. Em relação à sistematização da assistência de enfermagem, alguns estudos relataram a realização da prescrição de enfermagem em alguns estabelecimentos de saúde funcionam como rotina de cada setor, porém, sem estar individualizada para cada paciente. Conclusão: Concluiu-se que é de suma importância o desenvolvimento e aplicação da SAE como metodologia de trabalho nos estabelecimentos de saúde onde se desempenham os cuidados de enfermagem que tem como alicerce os cuidados posteriores a procedimentos cirúrgicos ou clínicos e a prevenção de agravos a integridade do ser como um todo, pois é um processo que torna o cuidado mais qualificado prezando-se pela satisfação do usuário com os cuidados de enfermagem prestados com fundamentação científica. PALAVRAS-CHAVES: Assistência de Enfermagem. Tratamento de Feridas. Sistematização da Assistência de Enfermagem. ________________________________ 1 – Integrantes do Programa de Residência Multiprofissional em Saúde do Adulto e do Idoso pelo Hospital Universitário da Universidade Federal do Maranhão. Bacharel em Enfermagem pela Universidade Federal do Maranhão 2 - Enfermeira do Hospital Universitário da Universidade Federal do Maranhão. Mestranda do Programa de PósGraduação em Saúde Materno-Infantil da Universidade Federal do Maranhão 3 - Bacharel em Enfermagem pela Universidade Estadual do Maranhão TUBERCULOSE: ANÁLISE DA INCIDÊNCIA DE CASOS NO BRASIL – 2001 A 2009. Aline da Silva Leitão1; Dayanne da Silva Freitas 1; Luana Pontes Oliveira 1; Thaíze Souza Ferreira1; Drª Msª Profª Érika Bárbara Abreu Fonseca Thomaz 2 RESUMO A tuberculose (TB) é uma doença infecciosa que se mantém como importante causa de morbimortalidade. Segundo o Ministério da Saúde, no Brasil e em outros 21 países em desenvolvimento, a tuberculose é um importante problema de saúde pública. No Brasil, estima-se que mais de 57 milhões de pessoas estão infectadas pelo bacilo da tuberculose. A incidência observada é maior em áreas de grande concentração populacional, e precárias condições sócio-econômicas e sanitárias. Trata-se de um estudo ecológico. As variáveis como sexo, faixa etária, raça, escolaridade foram coletadas, efetuando-se análise descritiva dos dados citados. O objetivo deste trabalho foi analisar o perfil epidemiológico de casos de tuberculose ocorridos no país, por macrorregião brasileira, para identificar a maior incidência anual no período de 2001 a 2009. Identificou-se 84% dos casos de tuberculose da forma pulmonar, e com predomínio do sexo masculino. Tal situação demonstra o que afirma o Ministério da Saúde - os homens adoecem mais que as mulheres. As maiores taxas observadas foram na faixa de 20-39 anos para ambos os sexos. Existe uma maior percentagem de doentes que se encontra na cor parda com 29% dos casos e em relação à escolaridade, as taxas encontram-se maiores em analfabetos e nas séries do ensino fundamental, crescendo novamente na educação superior. As três regiões com o maior número de casos no intervalo foram respectivamente: Norte, Sudeste e Nordeste. Os dados expostos não permitiram evidenciar redução da transmissão de tuberculose no país e mostram que esta é ainda grave problema de saúde pública no país e que a incidência é proporcionalmente direta com o ambiente de pobreza-doença e de alta densidade demográfica. Percebeu-se também que o sexo masculino predomina no número de casos, atentando para incentivo de programas relacionados à saúde do homem. Em termos operacionais o programa necessita de um olhar mais atento, principalmente no que tange a maior detecção dos casos, precisando diminuir o percentual de abandono e aumentar o percentual de curas. Palavras-chave: Tuberculose, Epidemiologia, Incidência. _____________________________ 1 : Acadêmica do Departamento de Enfermagem da Universidade Federal do Maranhão. : Doutorado em Saúde Pública (Epidemiologia) pelo Instituto de Saúde Coletiva da Universidade Federal da Bahia (2007), Mestrado em Odontologia (Diagnóstico Bucal) pela Universidade Federal da Paraíba (2001) e Graduação em Odontologia pela Universidade Federal do Maranhão (2000) – Atualmente Professora Adjunta do Departamento de Saúde Pública da Universidade Federal do Maranhão. E-mail: [email protected] 2 VELHICE BEM-SUCEDIDA: PROMOÇÃO DA SAÚDE, DO BEMESTAR E DA QUALIDADE DE VIDA OLIVEIRA,Danielle Luce Almeida1; FERES,Conceição de Maria2; LIMA, Elida Chaves de Carvalho3; SOUSA,Francisca Georgina Macedo de 4; AMARAL,Marcia Raquel Lima5 Introdução:Vivenciamos um período de transição demográfica com inversão na pirâmide etária com vertiginoso aumento da população de 60 anos ou mais. Em virtude dessa mudança em contexto mundial e, em particular, brasileiro, surge uma maior necessidade assistencial voltada para a atenção e o cuidado às pessoas na terceira idade. Assim, é necessário que o enfermeiro atue não apenas nas questões clínicas, mas pensar em práticas que promovam à saúde, pois a promoção desta dinâmica permite que as pessoas possam controlar e melhorar sua saúde, visando o seu bem-estar. Objetivo: relatar a experiência de cuidado de enfermeiros a população idosa em uma Equipe do Saúde da Família. Metodologia: Trata-se de relato de experiência vivenciada pelos Enfermeiros e agentes comunitários de saúde da Estratégia Saúde da Família durante atividade de educação em saúde desenvolvida com idosos pertencentes ao Grupo de 3ª Idade “REAPRENDENDO A VIVER”, grupo organizado e mantido pela Equipe de Saúde da Família de uma comunidade da periferia do município de São Luís–MA Resultados: foram ministradas oficinas de arte e pintura para os idosos duas vezes por semana e antes de cada oficina eram abordados temas relacionados a saúde. Ao final de cada semestre é realizada caminhada pela praia de São José de Ribamar, seguido da prática de exercícios físicos leves, orientações sobre hábitos de vida saudável. Esta atividade é finalizada com um lanche a base de frutas e sucos naturais. Conclusão: A Atenção Básica funciona como porta de entrada aos usuários, inclusive os idosos, devendo contribuir de modo a dar resolutividade aos problemas de saúde da população e acolher as mais diversas necessidades. A promoção da saúde e os cuidados de prevenção, dirigidos às pessoas idosas, aumentam a longevidade e melhoram a saúde e a qualidade de vida e ajudam a racionalizar os recursos da sociedade. As ações educativas possibilitaram a construção de um vínculo maior entre os idosos, a Unidade de Saúde da Família e os profissionais. Descritores: Enfermagem; Idoso; Promoção da Saúde. ___________________________________ 1 Enfermeira Assistencial do Programa Saúde da Família de São Luís – MA, Especialista em Saúde da Família, Membro do Grupo de Estudo e Pesquisa em Saúde da Família, da Criança e do Adolescente – GEPSFCA E-mail: [email protected] 2 Enfermeira Assistencial do Programa Saúde da Família de São Luís – MA, Especialista em Saúde da Família, 3 Enfermeira Assistencial do Programa Saúde da Família de São Luís – MA, Especialista em Saúde da Família, Membro do Grupo de Estudo e Pesquisa em Saúde da Família, da Criança e do Adolescente – GEPSFCA 4 Enfermeira, Doutora em Enfermagem, Docente UFMA, Coordenadora do GEPSFCA 5 Enfermeira Assistencial do Programa Saúde da Família de São Luís – MA, Especialista em Saúde da Família, Membro do Grupo de Estudo e Pesquisa em Saúde da Família, da Criança e do Adolescente – GEPSFCA TRABALHOS PREMIADOS TRABALHO PREMIADO EM PRIMEIRO LUGAR MODALIDADE: COMUNICAÇÃO ORAL ASPECTOS POSITIVOS E NEGATIVOS DO ENFRENTAMENTO MATERNO NO CUIDADO A CRIANÇA COM CONDIÇÃO CRÔNICA Mirian Chaves Miranda1; Francisca Georgina Macedo de Sousa2; Daniele Castro Barbosa3; Dennyse Cristina Macedo de Sousa4; Thiago Privado da Silva5; Fabyanne de Carvalho Nunes6 Introdução: a condição crônica é aquela que interfere no funcionamento corporal da criança a longo prazo, requer assistência e seguimento por profissionais de saúde, limita as atividades diárias, causa repercussões no seu processo de crescimento e desenvolvimento. Rotineiramente, a mãe é quem permanece junto ao filho esforçandose para suprir todas as necessidades da criança. Para tanto, é fundamental que a mãe cuidadora utilize determinados modos de enfrentar a situação a fim de lidar com as demandas de cuidado do filho. Nesse contexto questiona-se: de que formas a mãe enfrenta o adoecimento do filho? Objetivos: identificar os aspectos positivos ou negativos do enfrentamento materno no cuidado ao filho com condição crônica. Metodologia: estudo exploratório, descritivo e quantitativo. A população compreendeu 59 mães e uma cuidadora principal (avó) de crianças com condição crônicas em tratamento ambulatorial e hospitalar entre agosto e outubro de 2010. Duas dessas mães possuíam dois filhos com a mesma condição totalizando assim 62 crianças. O estudo foi desenvolvido no serviço ambulatorial da clínica Escola Santa Edwiges da Associação de Pais e Amigos de Excepcionais (APAE), no serviço de internação pediátrica do Hospital Universitário Materno Infantil (HUMI) e com pacientes do Hospital do Aparelho Locomotor – SARA. O instrumento de coleta de dados foi a Escala de Modos de Enfrentamento de Problemas – EMEP que é composta por 45 itens que, neste estudo, foram distribuídos em dois grupos o enfrentamento materno positivo e o enfretamento materno negativo. Destaca-se que este estudo faz parte de um projeto maior financiado pela Fundação de Amparo a Pesquisa e ao Desenvolvimento Científico e Tecnológico do Maranhão – FAPEMA. Resultados: os resultados encontrados demonstram que os itens “Espero que um milagre aconteça”, “Eu rezo ou oro”, “Eu insisto e luto pelo que quero”, “tento ser uma pessoa mais forte e otimista”, “Eu me concentro nas coisas boas da vida”, “Eu sonho ou imagino um tempo melhor que esse que estou” e “Eu me apego a minha fé para superar esta situação” tiveram frequência expressiva para a resposta sempre (acima de 60%) denotando formas de enfrentamento positivas focalizadas em aspectos como a religião e o pensamento positivo frente à situação. Os itens “Eu tento guardar meus sentimentos para mim mesma” e “Eu desejaria poder mudar o que aconteceu comigo” foram os itens do enfrentamento negativo mais utilizados pelas mães devido a maior frequência da resposta sempre (acima de 40%). Tais dados demonstram que as formas negativas de enfrentamento mais usadas estavam associadas ao afastamento do suporte social e ao pensamento fantasioso mediante a condição do filho. Conclusões: o enfrentamento positivo foi bastante utilizado sobrepondo-se, porém não extinguindo, o enfrentamento negativo que permaneceu bastante heterogêneo em sua utilização. Entendendo-se que os modos de enfrentamento utilizados são individuais e passíveis de mudanças de acordo com as oscilações cotidianas, não é possível julgálos. Importa respeitar a situação vivida pela mãe/cuidadora bem como identificar os modos de enfrentamento utilizados por ela adequando a assistência para promoção de um cuidar sensível as necessidades maternas. Palavras-Chave: Enfermagem; Cuidado; Doença Crônica. _________________________________ 1 Enfermeira, Aluna da Residência em Enfermagem Clínico-Cirúrgica do Hospital Universitário -UFMA, Membro do Grupo de Estudo e Pesquisa na Saúde da Família, da Criança e do Adolescente GEPSFCA/Universidade Federal do Maranhão. E-mail: [email protected] 1 Enfermeira, Doutora em Enfermagem, Professora Adjunta do Curso de Graduação em Enfermagem da Universidade Federal do Maranhão, Coordenadora do GEPSFCA/UFMA. 1 Enfermeira, Mestranda em Enfermagem pela Universidade Federal do Maranhão, Membro do GEPSFCA/UFMA. 1 Enfermeira, Membro do GEPSFCA/UFMA. 1 Enfermeiro, Membro do GEPSFCA/UFMA. 1 Aluna do Curso de Graduação em Enfermagem da UFMA, Membro do GEPSFCA/UFMA, Bolsista PIBIC/UFMA. TRABALHO PREMIADO EM SEGUNDO LUGAR MODALIDADE: COMUNICAÇÃO ORAL ANÁLISE DA COBERTURA DE PRÉ-NATAL DO SUS E DA PREVALÊNCIA DO TÉTANO NEONATAL NO BRASIL. BARROS, Marina Apolônio de1, COSTA, André Luís Braga2, MUALEM, Rayanne Luiza Tajra3, THOMAZ, Érika Bárbara Abreu Fonseca4 ; ALBUQUERQUE, Rafaela Pontes5; NETA, Raimunda Silva Santos6 INTRODUÇÃO: A assistência pré-natal visa a manter a integridade das condições de saúde materna e fetal. Para isso, é necessário que o início do pré-natal seja o mais precoce possível, de preferência antes da 12ª semana de gestação, a fim de identificar e prevenir intercorrências clínicas, cirúrgicas e obstétricas que possam trazer agravos à gestante e/ou ao feto. Devem-se oferecer diversas informações à gestante, e uma delas é o esclarecimento sobre a importância das vacinas. Dentre as vacinas, a dupla tipo adulto (dT) pode ser administrada com segurança em gestantes e constitui a principal medida de prevenção do tétano neonatal. OBJETIVO: Analisar a prevalência do tétano neonatal no Brasil no período de 1994 a 2008 relacionando com a cobertura de pré-natal do SUS. METODOLOGIA: Trata-se de um estudo observacional do tipo ecológico, baseado em dados secundários. A coleta de dados ocorreu no site do Ministério da Saúde, nos relatórios de indicadores do SISPRENATAL e SINAN/SVS/MS, ano base 1994 a 2008. Efetuou-se análise descritiva dos dados, comparando as taxas de cada ano em relação à cobertura de pré-natal do SUS. RESULTADOS: A partir dos dados do SINAN/SVS/MS, verificou-se que, no período avaliado, o tétano neonatal foi mais prevalente na região Nordeste (60%), seguida da região norte (40%). Acredita-se que este resultado pode ser explicado pelo fato de que essas regiões possuem um índice socioeconômico inferior e que a ocorrência da doença é mais frequente em regiões onde a cobertura vacinal da população é baixa e o acesso á assistência médica é limitado. Dos dados coletados, destaca-se que houve uma redução de 291 casos para 5 casos no Brasil. No entanto, é preciso levar em consideração que a subnotificação de casos de tétano neonatal ainda permanece como um problema de grande relevância no Brasil. De qualquer forma, a redução de casos notificados pode ser melhor analisada quando relacionada com a cobertura de pré-natal do SUS. Da década de 90 até a o ano de 2008 houve um aumento da cobertura de pré-natal do SUS. Em 1994, observou-se um milhão de atendimentos e em 2008 identificaram-se 19,1 milhões de atendimentos. A cobertura do atendimento pré-natal, pelo menos uma consulta de pré-natal durante a gravidez, aumentou. E a cobertura do atendimento pré-natal com pelo menos quatro consultas subiu de 75,9% para 90%. Gestantes brasileiras com sete ou mais consultas de pré-natal já são maioria, representando 57,1% em 2008, ao passo que em 2000 era 43,7%. Investimentos em saúde, especialmente na Atenção Primária, com aumento da cobertura da Estratégia de Saúde da Família e valorização das ações de Promoção de Saúde, somados à sensibilização de gestores, profissionais e usuárias podem estar repercutindo na melhoria destes indicadores. CONCLUSÕES: A cobertura de pré-natal do SUS está aumentando no Brasil e, considerando que a vacinação contra o tétano é uma das principais medidas preventivas do tétano neonatal, supõe-se um aumento na cobertura vacinal dessa população assistida. Sugere-se, então, que esse crescimento esteja relacionado com a redução da prevalência de tétano neonatal no Brasil. Palavras-chave: Assistência pré-natal. Vacinação. Tétano neonatal. 1- Enfermeira. Mestranda em Enfermagem. Universidade Federal do Maranhão. [email protected] 2- Enfermeiro. Universidade Federal do Maranhão. E-mail: [email protected] 3- Enfermeira. Residente de enfermagem. Universidade Federal do Maranhão. [email protected] 4- Odontologista. Doutora em saúde pública. Docente da Universidade Federal do Maranhão. [email protected] 5- Enfermeira. Residente de enfermagem. Universidade Federal do Maranhão. rafaela.pontes@hotmail 6- Enfermeira. Universidade Federal do Maranhão. E-mail: [email protected] E-mail: E-mail: E-mail: E-mail: TRABALHO PREMIADO EM TERCEIRO LUGAR MODALIDADE: COMUNICAÇÃO ORAL ASSISTÊNCIA DE ENFERMAGEM AO PACIENTE COM O DIAGNÓSGICO DE INCONTINÊNCIA URINÁRIA DE ESTRESSE. ALBUQUERQUE, Rafaela Pontes1; CARVALHO, Líscia Divana Pachêco 2; ARAÚJO, Rayanne Luiza Tajra Mualem3; BARROS, Marina Apolônio de4; COSTA, André Luís Braga5; NETA, Raimunda Silva Santos6 INTRODUÇÃO: A incontinência urinária afeta pessoas de todas as idades, porém é particularmente comum nos idosos. Embora a incontinência não seja uma conseqüência normal do envelhecimento, as alterações no trato urinário ligadas ao envelhecimento predispõem a pessoa idosa à incontinência. O tratamento para incontinência pode ser cirúrgico, pela técnica de SLING, ou medicamentoso, associado à fisioterapia da musculatura pélvica. O fato é que para esse problema constrangedor que atinge milhares de pessoas, existe tratamento, mas muitas pessoas não o procuram. OBJETIVO: Elaborar os diagnósticos de enfermagem apresentados por uma paciente portadora de incontinência urinária de estresse submetida à cirurgia de sling nas fases pré e pósoperatórias, identificar resultados esperados e estabelecer as intervenções de enfermagem. METODOLOGIA: Relato de experiência realizado em uma paciente internada na Ala “A” da Clínica Cirúrgica do Hospital Universitário Unidade Presidente Dutra da Universidade Federal do Maranhão. A coleta de dados aconteceu no mês de março de 2010 e baseou-se na anamnese, exame físico e consulta aos registros de prontuário. Utilizou-se para elaboração dos diagnósticos a nomenclatura da North American Nursing Diagnosis Association (NANDA, 2011). Estabeleceu-se os resultados e as intervenções de enfermagem segundo nomenclaturas padronizadas Classificação das Intervenções de Enfermagem (NIC) e Classificação dos Resultados de Enfermagem (NOC). RESULTADOS: M. J. P., 67 anos, feminino. Gesta: 10, Para: 8, Aborto: 2. Queixa principal: incontinência urinária. Há 10 anos durante cirurgia de perineoplastia, já apresentava incontinência urinária a qual se agravou, motivo de procura ao serviço de saúde. Apresenta sono não reparador devido à incontinência. Sedentária, hipertensa e acometida por Acidente Vascular Encefálico há 2 anos, sem seqüela aparente. Eliminação vesical presente e espontânea, porém sem controle esfincteriano. Diagnóstico médico: incontinência urinária, submetida à cirurgia de sling. Os diagnósticos de enfermagem identificados no pré e pós-operatório foram: estilo de vida sedentário; conhecimento deficiente; eliminação urinária prejudicada; integridade tissular prejudicada; comunicação verbal prejudicada; dentição prejudicada; risco de infecção; insônia; débito cardíaco diminuído; incontinência urinária de esforço. Foram realizadas intervenções de enfermagem (NIC) aos diagnósticos estabelecidos: oferecer informações sobre diagnóstico, tratamento e prognóstico; manter níveis pressóricos dentro do padrão da normalidade; orientar e incentivar o autocuidado; monitorar para as manifestações de infecção; promoção de segurança e conforto; cuidados com a ferida operatória; observar circunstâncias físicas e/ou psicológicas que interferem no sono. CONCLUSÃO: Este estudo possibilitou um cuidado de enfermagem de forma sistematizada além de contribuir para a experiência e aprendizagem de conhecimentos. Palavras-chave: Cuidado. Diagnóstico de Enfermagem. Assistência de Enfermagem. 1- Enfermeira. Residente de enfermagem. Universidade Federal do Maranhão. E-mail: [email protected] 2- Odontologista. Mestre. Docente da Universidade Federal do Maranhão. E-mail: [email protected] 3- Enfermeira. Residente de enfermagem. Universidade Federal do Maranhão. E-mail: [email protected] 4- Enfermeira. Mestranda em Enfermagem. Universidade Federal do Maranhão. E-mail: [email protected] 5- Enfermeiro. Universidade Federal do Maranhão. E-mail: [email protected] 6- Enfermeira. Universidade Federal do Maranhão. E-mail: [email protected] TRABALHO PREMIADO EM PRIMEIRO LUGAR MODALIDADE: SESSÃO PÔSTER FUNCIONAMENTO FAMILIAR E RISCOS DE AGRESSÃO E VITIMIZAÇÃO EM ADOLESCENTES ESCOLARES NOGUEIRA, Ana Larissa Araujo 1; SOUSA, Francisca Georgina Macedo 2; SANTOS, Marinese Hermínia3; SILVA, Ítalo Rodolfo4; AMARAL, Marcia Raquel Lima5 ; SILVA, Andréa Cristina Oliveira6 Introdução: O funcionamento familiar compreende a qualidade do relacionamento entre os membros da família. Famílias caracterizadas como funcionais ou de bom funcionamento caracterizam-se por ser afetuosas, com boa comunicação e com regras flexíveis, caso não apresentem tais características, são consideradas disfuncionais. Dentro do contexto familiar encontra-se o adolescente, que adquire valores e padrões de conduta no ambiente familiar e a partir do relacionamento com os pares, sejam eles amigos, colegas de classe ou parceiros românticos, adquire também um estilo de vida que poderá ou não predispor a eventos de violência e ocasionar prejuízos no seu desenvolvimento. A partir de tais assertivas questiona-se: Qual a relação entre funcionalidade familiar dos adolescentes escolares e os riscos de violência que estes foram ou são submetidos no ambiente escolar? Objetivos: Relacionar funcionalidade familiar de adolescentes escolares e os riscos de violência a que foram ou são submetidos em ambiente escolar. Metodologia: Trata-se de estudo exploratório descritivo de natureza quantitativa. Para a coleta dos dados foi utilizado o APGAR Familiar e a Escala de Vitimização e Agressão entre Pares (EVAP). Foram sujeitos 1.035 adolescentes escolares de duas instituições públicas de ensino do município de São Luís – MA. Resultados: 73% dos adolescentes apresentaram famílias funcionais com 54,6% de baixo risco para a agressão direta, 56,9% de baixo risco para agressão relacional e 41,7% de alto risco para a vitimização. Dos 25% dos adolescentes com famílias disfuncionais leves, 52,3% apresentaram baixo risco para a agressão direta, 55,9% baixo risco para a agressão relacional e 44,9% alto risco para a vitimização. Dos 2% dos adolescentes de famílias disfuncionais graves, 57,1% apresentaram alto risco para a agressão direta, 71,4% de alto risco para a agressão relacional e 61,9% de alto risco para a vitimização. Conclusão: Os dados obtidos evidenciam a funcionalidade familiar como um fator que poderá influenciar nas condutas agressivas adotadas pelo adolescente no contexto escolar, visto que os adolescentes de famílias funcionais, embora apresentem maior frequência de baixo risco para a agressão direta e agressão relacional, possuem alto risco de serem vitimizados. Nas famílias disfuncionais leves, a frequência de alto risco para a vitimização aumenta quando comparado às funcionais e prevalece o baixo risco para a agressão direta e para a agressão relacional. Valores bastante diferenciados foram observados nas famílias disfuncionais graves, pois os adolescentes pertencentes a esse tipo de família apresentaram alto risco para a agressão direta, agressão relacional e vitimização. Tais resultados evidenciam a necessidade de estreitamento das relações entre família, escola e saúde, bem como a necessidade da Enfermagem como rede de apoio ao cuidado com adolescentes escolares. Palavras-chave: Família. Adolescência. Enfermagem. _____________________________ 1 Enfermeira Assistencial do Programa Saúde da Família de São Luís – MA, Especialista em Saúde da Família, Membro do Grupo de Estudo e Pesquisa em Saúde da Família, da Criança e do Adolescente – GEPSFCA E-mail: [email protected] 2 Enfermeira Assistencial do Programa Saúde da Família de São Luís – MA, Especialista em Saúde da Família 3 Enfermeira Assistencial do Programa Saúde da Família de São Luís – MA, Especialista em Saúde da Família, Membro do Grupo de Estudo e Pesquisa em Saúde da Família, da Criança e do Adolescente – GEPSFCA 4 Enfermeira, Doutora em Enfermagem, Docente UFMA, Coordenadora do GEPSFCA 5Enfermeira Assistencial do Programa Saúde da Família de São Luís – MA, Especialista em Saúde da Família, Membro do Grupo de Estudo e Pesquisa em Saúde da Família, da Criança e do Adolescente – GEPSFCA TRABALHO PREMIADO EM SEGUNDO LUGAR MODALIDADE: SESSÃO PÔSTER DIFICULDADES ENCONTRADAS PELOS PROFISSIONAIS DO PRÉHOSPITALAR NO ATENDIMENTO AO PACIENTE VÍTIMA DE TRAUMA Nayara Frais de Andrade1 ; Lícia Feitosa Coelho2; Jacqueline Dutra Nascimento 3 Introdução: o atendimento às vítimas traumatizadas deve ser realizado pelo Serviço PréHospitalar Móvel, que é o atendimento que procura chegar à vítima precocemente após ter ocorrido agravo à saúde que possa levar ao sofrimento, seqüelas ou mesmo à morte, sendo necessário, portanto, prestar-lhe atendimento e/ou transporte adequado ao serviço de saúde devidamente hierárquico e integrado ao Sistema Único de Saúde. Entretanto, alguns fatores configuram-se como empecilho para a realização eficaz desse serviço como aspectos sociodemográficos, profissionais e principalmente problemas relacionados ao deslocamento da ambulância, chegada ao local do acidente bem como, dificuldades durante o transporte e na chegada ao hospital. Ao reconhecer tal situação buscou-se realizar esta investigação a fim de identificar tais problemas. Objetivo: identificar as principais dificuldades encontradas pelos profissionais do serviço de atendimento Pré-Hospitalar no atendimento ao paciente vítima de trauma. Metodologia: trata-se de uma pesquisa exploratória, descritiva com análise quantitativa dos dados, tendo como população estudada os profissionais do Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (SAMU), em São Luis, Maranhão. O questionário foi aplicado em 40 profissionais, entre eles, médicos, enfermeiros, técnicos de enfermagem e condutores de veículo de urgência, no período de outubro e novembro de 2010. Resultados: a maioria da população se constituiu por homens (60%), atuando de 1 a 5 anos no serviço (72,5%), foram apontados como principais dificuldades o tráfego congestionado dificultando a passagem da ambulância (42,5%); os riscos físicos – trânsito, agressões físicas e locais perigosos (40%); ruas e avenidas mal conservadas, impedindo a rapidez na chegada ao hospital (70%) e a má vontade dos profissionais em receber os pacientes nos hospitais de destino (42,5%). Conclusão: os resultados dessa pesquisa sinalizam que a busca de soluções para as dificuldades encontradas pelos profissionais no atendimento às vítimas de trauma requer novas visões e perspectivas que privilegiam a consolidação do serviço e das políticas de saúde. Palavras-Chaves: Atendimento Pré-Hospitalar; Emergência; SAMU; Vítimas de Trauma. ______________________________ 1 Enfermeira, Especialista em Terapia Intensiva, Especialista em Enfermagem do Trabalho, Instrutora do Núcleo de Educação em Urgência do SAMU/ São Luís, Professora da Faculdade Pitágoras de São Luís. E-mail: [email protected] 2 Enfermeira, Intervencionista do SAMU/ São Luís. 3 Enfermeira, Especialista em Terapia Intensiva, Diretora administrativa do SAMU/ São Luís. TRABALHO PREMIADO EM TERCEIRO LUGAR MODALIDADE: SESSÃO PÔSTER JULGAMENTOS DE VALOR E PRECONCEITOS QUE INFLUENCIAM NO CUIDADO ÀS MULHERES NO ABORTO INSEGURO Lucian da Silva Viana¹, Caius César Araújo Melo², Josiane dos Santos Costa², Lana Carla de Souza Mendes², Wesley da Silva Marques², Carlos Leonardo Figueiredo Cunha³ INTRODUÇÃO: O aborto é referido como sendo envolto em tabus, preconceitos, discriminações, o que o caracteriza como uma questão polêmica desde a antigüidade. Muitas vezes, o abortamento induzido é apresentado como uma decisão egoísta e fria. Assim, de acordo com esse ponto de vista, a mulher é vista como uma criminosa. OBJETIVO: Objetiva-se abordar o cuidado às mulheres no aborto inseguro, com ênfase nos julgamentos de valor e preconceitos que influenciam nesse tipo de atendimento. METODOLOGIA: Realizou-se uma pesquisa sistemática nacional em teses, dissertações e revistas eletrônicas, com publicações dos últimos dez anos sobre aborto inseguro e o cuidado de enfermagem. Utilizaram-se as bases de dados: Bireme, Google Acadêmico e Scielo. RESULTADOS: Alguns profissionais de enfermagem, no ato de cuidar de mulheres em situação de abortamento, o fazem de forma diferente dependendo da provável etiologia do aborto. Entretanto, esse cuidado deve ser de ajuda e orientação proporcionando um atendimento que contemple sua situacionalidade e temporalidade. A falta de qualificação para o trabalho na assistência do abortamento e da compreensão da problemática do aborto no Brasil, igualmente contribui para o surgimento de julgamentos de valor e preconceitos. É necessária uma busca por novos horizontes, o que inclui a educação e o pronto acesso aos Serviços de Saúde Integral da Mulher. É uma tarefa a ser perseguida por meio de uma educação sexual mais aberta, sincera, científica, apegada aos direitos e à realidade, sendo uma situação multifatorial, onde não existe somente um responsável, pois não há falhas apenas institucionais no setor de saúde; mas na dinâmica familiar, além do fator econômico, religioso e social. CONCLUSÃO: O abortamento não deve ser justificado e sim compreendido. Os atributos e significados de humanização e acolhimento, embora base sustentadora para um novo modelo de atenção, ainda não estão plenamente presentes nesse tipo de assistência. Atitudes de curiosidade ou de reprovação são inúteis e não ajudam a resolver o grande problema de saúde pública no qual o aborto foi transformado. Palavras-chave: Aborto. Preconceito. Saúde da mulher. _____________________________ 1. Acadêmico em Enfermagem pela Universidade Federal do Maranhão – UFMA. Email: [email protected] 2. Acadêmico(a) em Enfermagem pela Universidade Federal do Maranhão - UFMA 3. Enf. Ms. em Saúde Materno-Infantil pela Universidade Federal do Maranhão - UFMA