Baixe aqui os ANAIS 72ª SBEn 2011 e 42ª Jornada Maranhense de

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42ª JMEn
JORNADA MARANHENSE DE
ENFERMAGEM
ANAIS
12 a 18 de maio de 2011
ISSN:
42ª JMEn
ANAIS
Tema: “Cuidado de Enfermagem, Ética e Inovação”
Organizadores:
Caius César Araújo Melo
Claudia Teresa Frias Rios
Lucian da Silva Viana
São Luís – Maranhão - Brasil
12 a 18 de maio de 2011
Jornada Maranhense de Enfermagem (42.: 2011, São Luís, MA)
Anais da 42. Jornada Maranhense de Enfermagem [e] 72. Semana
Brasileira de Enfermagem/ Caius César Araújo Melo, Cláudia Teresa Frias
Rios, Lucian da Silva Viana (Organizadores).—São Luís: ABEn, 2011.
270 p.
Tema: Cuidado, Ética e Inovação
1. Enfermagem- Jornada Maranhense 2. Enfermagem- Congressos I.
Melo, Caius César Araújo II. Rios, Cláudia Teresa Frias III. Viana, Lucian da
Silva IV. Cuidado, Ética e Inovação V.Título
CDU 616-083(063)
REALIZAÇÃO:
Seção Maranhão
APOIO:
Presidente ABEn-MA:
Profª. Dr. Francisca Georgina Macedo de Sousa
Coordenador Geral:
Prof. Msc. Carlos Leonardo Figueiredo Cunha
Coordenadora da Comissão de Infra-estrutura:
Profª. Msc. Andréa Cristina Oliveira Silva
Coordenadora da Comissão Científica:
Profª. Msc. Líscia Divana Pacheco Carvalho
Coordenadora da Comissão de Divulgação:
Profª. Msc. Elza Lima da Silva
Editoração dos ANAIS:
Caius César Araújo Melo
Claudia Teresa Frias Rios
Lucian da Silva Viana
SUMÁRIO
PAG
1.
APRESENTAÇÃO.................................................................................................................................
12
2.
PROGRAMAÇÃO CIENTÍFICA.........................................................................................................
13
3.
CONFERÊNCIAS..................................................................................................................................
15
3.1
A FORMAÇÃO ÉTICA NOS CURRÍCULOS DOS CURSOS DE SAÚDE/ENFERMAGEM............
16
3.2
GLOBALIZAÇÃO, HUMANIZAÇÃO E BIOÉTICA: DESAFIOS DO ENFERMEIRO NO
PROCESSO DE CUIDAR........................................................................................................................
34
4.
MESA REDONDA..................................................................................................................................
37
4.1
GÊNERO, RAÇA/ETNIA E SAÚDE: INTERFACES DOS SABERES E PRÁTICAS DA
ENFERMAGEM. Palestrante: Rdo. Augusto Martins Torres..................................................................
38
4.2
GÊNERO, RAÇA/ETNIA E SAÚDE: INTERFACES DOS SABERES E PRÁTICAS DA
ENFERMAGEM. Palestrante: Enfa. Maria das Graças Lima.................................................................
56
5.
COMUNICAÇÃO ORAL......................................................................................................................
63
5.1
A CONDIÇÃO CRÔNICA E SUA INFLUÊNCIA NA SOBRECARGA DO CUIDADO
MATERNO..............................................................................................................................................
64
5.2
ANÁLISE DA COBERTURA DE PRÉ-NATAL DO SUS E DA PREVALÊNCIA DO TÉTANO
NEONATAL NO BRASIL.......................................................................................................................
66
5.3
ASPECTOS POSITIVOS E NEGATIVOS DO ENFRENTAMENTO MATERNO NO CUIDADO A
CRIANÇA COM CONDIÇÃO CRÔNICA ............................................................................................
68
5.4
ASSISTÊNCIA DE ENFERMAGEM FRENTE SITUAÇÕES DE VIOLÊNCIA SEXUAL
CONTRA A MULHER – UMA ABORDAGEM ÉTICA.......................................................................
70
5.5
ASSISTÊNCIA DE ENFERMAGEM AO PACIENTE COM O DIAGNÓSGICO DE
INCONTINÊNCIA URINÁRIA DE ESTRESSE....................................................................................
72
5.6
AUTO-EXAME DAS MAMAS CONHECIMENTO E PRÁTICAS DAS MULHERES
ATENDIDAS EM UMA UNIDADE BÁSICA DE SAÚDE...................................................................
74
5.7
CAMPANHA DE VACINAÇÃO COMO OPORTUNIDADE PARA ATUALIZAÇÃO DA
VITAMINA A .........................................................................................................................................
76
5.8
EMPREENDENDO ESFORÇOS E APONTANDO DIFICULDADES NO CUIDADO AO FILHO
COM PARALISIA CEREBRAL..............................................................................................................
78
5.9
FATORES DE RISCO PARA DOENÇAS CARDIOVASCULARES EM JOVENS.............................
80
5.10
HIDROCEFALIA CUIDADOS DE ENFERMAGEM FRENTE A CRIANÇA COM DERIVAÇÃO
VENTRICULAR EXTERNA...................................................................................................................
82
5.11
INTOXICAÇÕES EXÓGENAS NOTIFICADAS NO SINAN NET EM 2010 PERFIL
EPIDEMIOLÓGICO DOS CASOS CONFIRMADOS NO MARANHÃO ..........................................
84
5.12
NÍVEL DE CONHECIMENTO DOS ADOLESCENTES PARTICIPANTES DO PROGRAMA
PET SOBRE DOENÇAS SEXUALMENTE TRANSMISSÍVEIS AIDS...............................................
86
5.13
O CONHECIMENTO DAS MÃES SOBRE O ESQUEMA VACINAL PARA CRIANÇAS DE ATÉ
1 ANO......................................................................................................................................................
88
5.14
O USO DE MEDICAMENTOS SEM PRESCRIÇÃO MÉDICA ENTRE OS ESTUDANTES DA
ÁREA DE SAÚDE...................................................................................................................................
90
5.15
PERFIL EPIDEMIÓLOGICO DOS CLIENTES EM TERAPIA RENAL SUBSTUTIVAHEMODIÁLISE, EM SÃO LUÍS-MA....................................................................................................
92
5.16
PET-SAÚDE E HANSENÍASE É BOM SABER RELATO DE EXPERIÊNCIA.................................
94
5.17
RELEVÂNCIA SOCIAL DA VIGILÂNCIA EM SAÚDE E IMPORTÂNCIA DA BUSCA ATIVA
COMO FONTE DE DADOS ..................................................................................................................
96
5.18
SISTEMATIZAÇÂO DA ASSISTÊNCIA DE ENFERMAGEM A UM PACIENTE HIV POSITIVO
USUÁRIO DE SUBSTÂNCIAS PSICODISLÉPTICAS EM UM CAPSad DE SÃO LUIS MA
ESTUDO DE CASO.................................................................................................................................
98
6.
SESSÃO POSTER..................................................................................................................................
100
6.1
A AMAMENTAÇÃO E EDUCAÇÃO EM SAÚDE NA ATENÇÃO BÁSICA UMA REVISÃO DE
LITERATURA ........................................................................................................................................
101
6.2
A ASSISTÊNCIA DE ENFERMAGEM AO PACIENTE ADULTO
HIPERTENSO.........................................................................................................................................
103
6.3
A ATUAÇÃO DO ENFERMEIRO NO CENTRO CIRÚRGICO: RELATO DE
EXPERIÊNCIA........................................................................................................................................
105
6.4
A AUTOMEDICAÇÃO ENTRE OS ESTUDANTES DE GRADUAÇÃO DE
ENFERMAGEM......................................................................................................................................
106
6.5
A ENFERMAGEM NO DESENVOLVIMENTO DE ATIVIDADES NO PET/SAÚDE–SAÚDE DA
FAMÍLIA.................................................................................................................................................
108
6.6
A IMPORTÂNCIA DA ASSISTÊNCIA DE ENFERMAGEM AO PACIENTE IDOSO QUE FAZ
USO DE MEDICAMENTOS HIPERTENSIVOS...................................................................................
110
6.7
A IMPORTÂNCIA DA VISITA DE ENFERMAGEM PRÉ-OPERATÓRIA : REVISÃO DE
LITERATURA.........................................................................................................................................
112
6.8
A IMPORTÂNCIA DO SIAB E SEUS INDICADORES NA ATENÇÃO BÁSICA............................
114
6.9
ACESSO À CONSULTA NA ATENÇÃO BÁSICA NO MUNICÍPIO DE SÃO LUÍS –
116
MARANHÃO...........................................................................................................................................
6.10
ÁLCOOL, ESTRESSE E SUAS INFLUÊNCIAS NA SAÚDE DO TRABALHADOR.......................
118
6.11
ANÁLISE DOS FATORES DE AVALIAÇÃO E SUPRESSÃO DA DOR NO PÓS
OPERATÓRIO.........................................................................................................................................
120
6.12
AS TEORIAS ECONOMICAS PARA UMA ATUAÇÃO INOVADORA DO ENFERMEIRO EM
UMA UNIDADE HOSPITALAR...........................................................................................................
122
6.13
ASSISTÊNCIA DE ENFERMAGEM A PACIENTE ACOMETIDA POR COMPLICAÇÕES
CARDIOVASCULARES.........................................................................................................................
124
6.14
ASSISTÊNCIA DE ENFERMAGEM A PACIENTE COM LÚPUS ERITEMATOSO SISTÊMICO
E OSTEOPOROSE COM QUADRO ÁLGICO INTENSO....................................................................
126
6.15
ASSISTÊNCIA DE ENFERMAGEM A UM PACIENTE SUBMETIDO À PROSTATECTOMIA:
RELATO DE EXPERIÊNCIA.................................................................................................................
128
6.16
ASSISTÊNCIA DE ENFERMAGEM À UMA CLIENTE COM GESTAÇÃO GEMELAR:
ESTUDO DE CASO.................................................................................................................................
129
6.17
ASSISTÊNCIA DE ENFERMAGEM A UMA PACIENTE SUBMETIDA À TRATAMENTO
CIRURGICO DE FRATURA DO TORNOZELO UNIMALEOLAR....................................................
131
6.18
ASSISTÊNCIA DE ENFERMAGEM NA PROMOÇÃO DA SAÚDE DO PACIENTE
HIPERTENSO EM UMA LIGA DE HIPERTENSÃO...........................................................................
133
6.19
ATENÇÃO A USUÁRIOS DE DROGAS DURANTE ESTÁGIO DE ENFERMAGEM
PSIQUIÁTRICA: RELATO DE EXPERIÊNCIA..................................................................................
135
6.20
ATUAÇÃO DO PET VIGILÂNCIA – UFMA NO MONITORAMENTO DA INFLUENZA A
H1N1 EM UMA UNIDADE SENTINELA............................................................................................
137
6.21
ATUAÇÃO DA ENFERMAGEM NO PROCESSO DE DOAÇÃO E TRANSPLANTE DE
ÓRGÃOS..................................................................................................................................................
139
6.22
AUTONOMIA DAS MULHERES NO PLANEJAMENTO FAMILIAR..............................................
141
6.23
AVALIAÇÃO DA ADESÃO DO AUTOCUIDADO EM PACIENTES PORTADORES DE
DIABETES MELLITUS..........................................................................................................................
143
6.24
AVALIAÇÃO SOCIOECONÔMICA DE ADULTOS PORTADORES DE DIABETES MELLITUS
TIPO 2.....................................................................................................................................................
145
6.25
CORREÇÃO DE COMUNICAÇÃO INTERATRIAL: RELATO DE
EXPERIÊNCIA.......................................................................................................................................
147
6.26
CUIDADO DE ENFERMAGEM A GESTANTE COM DIAGNÓSTICO DE OLIGODRÂMNIO
POR RUPTURA DE MEMBRANA.......................................................................................................
149
6.27
CUIDADO DE ENFERMAGEM A PACIENTE I.C.S.S COM DIAGNOSTICO DE DOENÇA DE
ADDISON................................................................................................................................................
151
6.28
CUIDADOS DE ENFERMAGEM A PACIENTE SUBMETIDA A PROCEDIMENTO
CIRÚRGICO DE TROCA DE PRÓTESE MITRAL..............................................................................
153
6.29
DECLARAÇÃO DE NASCIDO VIVO: INSTRUMENTO PARA A VIGILÂNCIA EM SAÚDE DA
CRIANÇA................................................................................................................................................
155
6.30
DESIGUALDADES SOCIAIS NO PROCESSO SAÚDE-DOENÇA EM SÃO LUÍS-MA...................
157
6.31
DIAGNÓSTICO DE ENFERMAGEM NO TRANSOPERATÓRIO DE CIRURGIA CARDÍACA:
REVISÃO DE LITERATURA................................................................................................................
159
6.32
DIFICULDADES ENCONTRADAS PELOS PROFISSIONAIS DO PRÉ-HOSPITALAR NO
ATENDIMENTO AO PACIENTE VÍTIMA DE TRAUMA..................................................................
161
6.33
DOENÇA DE CHAGAS: UMA ANÁLISE SOCIOGEOGRÁFICA NO BRASIL DURANTE O
PERÍODO DE 2005 A 2010....................................................................................................................
163
6.34
EDUCAÇÃO EM SAÚDE NO PRÉ-NATAL: DESCREVENDO A AÇÃO EM UMA EQUIPE DO
SAÚDE DA FAMÍLIA.............................................................................................................................
165
6.35
EDUCAÇÃO PERMANENTE: FERRAMENTA PARA A PROMOÇÃO DA SAÚDE.......................
167
6.36
ESTUDO DE CASO DE UMA PACIENTE COM LEIOMIOMA SUBMETIDA À CIRÚRGIA DE
HISTERECTOMIAL TOTAL..................................................................................................................
169
6.37
ESTUDO SE CASO DA PACIENTE R.A.M., ACOMETIDA POR ANEMIA APLÁSTICA,
MONILÍASE ORAL E NEUTROPENIA FEBRIL.................................................................................
171
6.38
FATORES DESENCADEANTES DE ESTRESSE GESTACIONAL E A ATUAÇÃO DO
ENFERMEIRO: REVISÃO INTEGRATIVA........................................................................................
173
6.39
FUNCIONAMENTO FAMILIAR E RISCOS DE AGRESSÃO E VITIMIZAÇÃO EM
ADOLESCENTES ESCOLARES............................................................................................................
175
6.40
GRAVIDEZ GEMELAR COM MORTE UNIFETAL: RELATO DE EXPERIÊNCIA BASEADO
NA TEORIA DE WANDA HORTA........................................................................................................
177
6.41
IDENTIFICAÇÃO DE NEOPLASIA INTRAEPITELIAL CERVICAL (NIC) EM PACIENTES
ATENDIDAS EM UMA UNIDADE HOSPITAR..................................................................................
179
6.42
INDICADORES OPERACIONAIS DA ATENÇÃO BÁSICA EM SÃO LUÍS – MARANHÃO.........
181
6.43
INSUFICIÊNCIA CARDÍACA: ESTUDO DE CASO............................................................................
183
6.44
INVESTIGAÇÃO DA INFLUÊNCIA DE QUEDAS EM IDOSOS ATENDIDOS EM UMA
UNIDADE DE SAÚDE DA FAMÍLIA: UM RELATO DE EXPERIÊNCIA........................................
185
6.45
JULGAMENTOS DE VALOR E PRECONCEITOS QUE INFLUENCIAM NO CUIDADO ÀS
MULHERES NO ABORTO INSEGURO...............................................................................................
187
6.46
LEIOMIOMA E A CIRURGIA DE HISTERECTOMIA TOTAL: RELATO DE EXPERIÊNCIA...
189
6.47
MEDIDAS DE PREVENÇÃO AO CÂNCER DE PELE........................................................................
191
6.48
MORTALIDADE MATERNA NO MUNICÍPIO DE SÃO LUIS-MA NO PERÍODO DE 2007 A
2009.........................................................................................................................................................
193
6.49
MORTALIDADE POR CÂNCER EM HOMENS E MULHERES: COMPARATIVO ENTRE
BRASIL E MARANHÃO........................................................................................................................
194
6.50
MOTIVOS DE ARREPENDIMENTO DE MULHERES SUBMETIDAS À LAQUEADURA
TUBÁRIA.................................................................................................................................................
196
6.51
O PROCESSO DE AUTO-CUIDADO EM PÓS-OPERATÓRIO DE CIRURGIA CARDÍACA..........
198
6.52
O PROCESSO DE ENFERMAGEM DE WANDA HORTA NA FORMAÇÃO BIOÉTICA DOS
ESTUDANTES DE ENFERMAGEM.....................................................................................................
200
6.53
O SIGNIFICADO DO ESTÁGIO CURRICULAR EM SAÚDE COLETIVA PARA O
GRADUANDO EM ENFERMAGEM.....................................................................................................
202
6.54
O TRABALHO EM SAÚDE SOB O PARADIGMA DA ÉTICA: ANÁLISE DAS PUBLICAÇÕES
DE 1993 A 2010.......................................................................................................................................
204
6.55
O USO DA MONITORIZAÇÃO HEMODINÂMICA NO CONTROLE DO DÉBITO CARDÍACO:
RELATO DE EXPERIÊNCIA................................................................................................................
205
6.56
OBESIDADE E RISCO CARDIOVASCULAR EM MULHERES PORTADORAS DE
HIPERTENSÃO ARTERIAL SISTÊMICA............................................................................................
207
6.57
OLIGOIDRAMNIO E GRAVIDEZ: RELATO DE EXPERIÊNCIA.....................................................
209
6.58
PERCEPÇÃO DE DOR EM PACIENTE COM QUADRO DE CEFALÉIA DO TIPO TENSIONAL:
RELATO DE CASO.................................................................................................................................
210
6.59
PERCEPÇÃO DE DOR EM UM PACIENTE ACOMETIDO POR ESTENOSE CERVICAL.............
212
6.60
PERFIL DAS MULHERES QUE REALIZARAM CONSULTAS DE PRÉ-NATAL EM UMA
UNIDADE DE SAÚDE DA FAMÍLIA...................................................................................................
214
6.61
REFLEXÕES SOBRE O PROCESSO DE MORTE E DO MORRER: ATUAÇÃO DO
PROFISSIONAL DE ENFERMAGEM...................................................................................................
216
6.62
RELATO DE CASO DE UM PACIENTE ACOMETIDO POR ESTENOSE LOMBAR
SUBMETIDO A UMA ARTRODESE DE COLUNA............................................................................
218
6.63
RELATO DE CASO DO SR. J.M.P.D ACOMETIDO POR CIRROSE HEPÁTICA
DESCOMPENSADA COM ASCITE.....................................................................................................
220
6.64
RELATO DE EXPERIÊNCIA: A VISITA DOMICILIAR COMO PRÁTICA PARA
ACADÊMICOS DE ENFERMAGEM.....................................................................................................
222
6.65
RELATO DE EXPERIÊNCIA: ASSISTÊNCIA DE ENFERMAGEM A UMA GESTANTE DE
ALTO RISCO...........................................................................................................................................
224
6.66
RELATO DE EXPERIÊNCIA: ATIVIDADES DE PLANEJAMENTO EM UMA UNIDADE
BÁSICA DE SAÚDE...............................................................................................................................
226
6.67
RELATO DE EXPERIÊNCIA: VIVENCIANDO A CAMPANHA DE VACINAÇÃO CONTRA
GRIPE......................................................................................................................................................
228
6.68
REVISÃO BIBLIOGRÁFICA: A INFLUÊNCIA DO AMBIENTE FAMILIAR NO PACIENTE
COM TRANSTORNO BIPOLAR...........................................................................................................
230
6.69
RISCO CIRÚRGICO EM PACIENTES HIPERTENSOS: UMA AVALIAÇÃO CRITERIOSA..........
232
6.70
ROTINAS DE UMA CENTRAL DE MATERIAL E ESTERILIZAÇÃO, EM UM HOSPITAL
UNIVERSITÁRIO DE SÃO LUIS/MA..................................................................................................
234
6.71
SÍNDROME DE BURNOUT: entre os profissionais de um hospital em Santa Inês – MA....................
236
6.72
SÍNDROME ALCOÓLICA FETAL......................................................................................................
238
6.73
SISTEMATIZAÇÃO DA ASSISTÊNCIA DE ENFERMAGEM À PACIENTE SUBMETIDA À
CISTOLITOTOMIA................................................................................................................................
240
6.74
SISTEMATIZAÇÃO DA ASSISTÊNCIA DE ENFERMAGEM A UM PACIENTE
ESPLENECTOMIZADO-RELATO DE EXPERIÊNCIA.......................................................................
242
6.75
SISTEMATIZAÇÃO DA ASSISTÊNCIA DE ENFERMAGEM A UMA PACIENTE
PORTADORA DE ESCLEROSE MÚLTIPLA.......................................................................................
244
6.76
SISTEMATIZAÇÃO DA ASSISTÊNCIA DE ENFERMAGEM AO PORTADOR DE ANEMIA
FALCIFORME.........................................................................................................................................
246
6.78
SISTEMATIZAÇÃO DO CUIDADO A UMA PACIENTE COM DIABETES GESTACIONAL EM
UM HOSPITAL DE ALTA COMPLEXIDADE.....................................................................................
248
6.79
TRABALHADOR DE ENFERMAGEM NA CME: REFLEXÃO SOBRE SUAS PRINCIPAIS
TEMÁTICAS...........................................................................................................................................
250
6.80
TRATAMENTO DE FERIDAS E CUIDADO DE ENFERMAGEM: UMA REVISÃO
SISTEMÁTICA........................................................................................................................................
252
6.81
TUBERCULOSE: ANÁLISE DA INCIDÊNCIA DE CASOS NO BRASIL – 2001 A 2009................
254
6.82
VELHICE BEM-SUCEDIDA: PROMOÇÃO DA SAÚDE, DO BEM-ESTAR E DA QUALIDADE
DE VIDA..................................................................................................................................................
256
7.
TRABALHOS PREMIADOS................................................................................................................
258
7.1
1º LUGAR EM COMUNICAÇÃO ORAL: ASPECTOS POSITIVOS E NEGATIVOS DO
ENFRENTAMENTO MATERNO NO CUIDADO A CRIANÇA COM CONDIÇÃO
CRÔNICA................................................................................................................................
259
7.2
2º LUGAR EM COMUNICAÇÃO ORAL: ANÁLISE DA COBERTURA DE PRÉ-NATAL DO
SUS E DA PREVALÊNCIA DO TÉTANO NEONATAL NO BRASIL......................................
261
7.3
3º LUGAR EM COMUNICAÇÃO ORAL: ASSISTÊNCIA DE ENFERMAGEM AO PACIENTE
COM O DIAGNÓSGICO DE INCONTINÊNCIA URINÁRIA DE ESTRESSE............................
263
7.4
1º LUGAR EM SESSÃO POSTER: FUNCIONAMENTO FAMILIAR E RISCOS DE
AGRESSÃO E VITIMIZAÇÃO EM ADOLESCENTES ESCOLARES............................................
265
7.5
2º LUGAR EM SESSÃO POSTER: DIFICULDADES ENCONTRADAS PELOS
PROFISSIONAIS DO PRÉ-HOSPITALAR NO ATENDIMENTO AO PACIENTE VÍTIMA DE
TRAUMA................................................................................................................................
267
7.6
3º LUGAR EM SESSÃO POSTER: JULGAMENTOS DE VALOR E PRECONCEITOS QUE
INFLUENCIAM NO CUIDADO ÀS MULHERES NO ABORTO INSEGURO...............................
269
Apresentação
A Semana Brasileira de Enfermagem é promovida pela ABEn Nacional, Seções e
Regionais anualmente em todo país no período de 12 a 20 de maio 2011.
A ABEn – Seção Maranhão realiza em 2011 a 72ª edição da Semana Brasileira
de Enfermagem e a 42ª Jornada Maranhense de Enfermagem, refletindo e
discutindo o tema central: “Cuidado de Enfermagem, Ética e Inovação” na
perspectiva de desenvolver atividades científicas e culturais e o congraçamento da
categoria reafirmando seu compromisso social com as necessidades de saúde e a
qualidade dos serviços prestados à população.
A Comissão Organizadora da 72ª SBEn e 42ª JMEn, convida enfermeiros,
técnicos, auxiliares, estudantes, demais profissionais e representantes das instituições de
saúde e ensino, para debater sobre o Cuidado de Enfermagem e a sua interface com a
Ética e com a Inovação.
Assim, aguardamos a todos para compartilharem das atividades cuidadosamente
preparadas, e que os resultados contribuam para o projeto coletivo da Enfermagem com
avanços das conquistas para profissão.
Francisca Georgina Macedo de Sousa
Presidente da ABEn – Secção Maranhão
Programação Científica
Dia 12/maio
18: 00 – Auditório da Assembléia Legislativa do Maranhão
Culto Ecumênico
Dia 13/maio
18: 00 – Auditório da Assembléia Legislativa do Maranhão
Solenidade de Abertura
Conferência: A ética nos currículos de formação dos cursos de saúde/ Enfermagem
Conferencista: Profª. Drª. Magda Santos Koerish- Universidade Federal de Santa
Catarina – UFSC
21: 00 – Jantar de Adesão- Churrascaria Pavan
Dia 16/maio
14: 00 – Auditório da Assembléia Legislativa do Maranhão
Conferência: Inovações Tecnológicas e as dimensões éticas
Conferencista: Profª. Drª. Rosane Guerra- Fundação de Amparo a Pesquisa e ao
Desenvolvimento Científico e Tecnológico do Maranhão (FAPEMA).
16: 00 – Auditório da Assembléia Legislativa do Maranhão
Conferência: Globalização, Bioética e Humanização: atualidades e desafios
importantes para o Enfermeiro no processo do cuidar
Conferencista: Prof. Msc. William Mallagutti- Universidade Gama Filho
17: 00 – Auditório da Assembléia Legislativa do Maranhão
Lançamento de Livros:
1. Bioética e Enfermagem: controvérsias, desafios e conquistas- William
Mallagutti, Editora Rubio.
2. Os caminhos da Enfermagem: de Florence à Globalização- William
Malagutti e Sônia Miranda Rezende Carvalho de Miranda, Editora Phorte.
Dia 17/maio
14: 00 – Departamento de Enfermagem- UFMA
Apresentação de trabalhos científicos – modalidade: comunicação oral
14: 00 – Instituto Florence de Ensino Superior
Apresentação de trabalhos científicos – modalidade: comunicação pôster
Dia 18/maio
14: 00 – Auditório da Assembléia Legislativa do Maranhão
Mesa Redonda: Gênero, raça/etnia e saúde: interfaces dos saberes e práticas da
Enfermagem
Conferencistas:
Prof. Dr. Raimundo Augusto Martins Torres-Universidade Estadual do Ceará
(UECE),
Enfª.Graça Lima – Coordenadora Estadual da Bem Estar Familiar ( BEMFAM)
16: 00 – Auditório da Assembléia Legislativa do Maranhão
Conferência: Educação em Saúde mediada por TICs (Tecnologia de Informação e
Comunicação): diálogos necessários à prática de Enfermagem
Conferencista: Prof. Dr. Raimundo Augusto Martins Torres- Universidade
Estadual do Ceará (UECE)
17: 00 – Auditório da Assembléia Legislativa do Maranhão
Premiação dos trabalhos científicos
Encerramento do evento
CONFERÊNCIAS
A FORMAÇÃO ÉTICA NOS CURRÍCULOS DOS CURSOS DE
SAÚDE/ENFERMAGEM
KOERICH, Magda Santos1
ERDMANN, Alacoque Lorenzini 2
Antes de iniciar, quero fazer um agradecimento à Associação Brasileira de
Enfermagem – ABEn/Maranhão, na pessoa da Professora Georgina Francisca Macêdo
de Sousa ou só Francisca como sempre a tratei, pelo convite para participar desta 72ª
Semana Brasileira de Enfermagem. Convite este que me deixou muito honrada e feliz.
Agradeço também ao Carlos Leonardo pelo cuidado e pelo empenho em fazer as
reservas de passagens.
Cumprimento cordialmente a todos os presentes e à Enfermagem pela realização
de mais uma semana comemorativa.
Trago também um abraço afetuoso da Enfermagem de Florianópolis para a
Enfermagem do Estado do Maranhão, tão bem representada pela cidade de São Luiz.
Introdução
Ao preparar um texto para lhes apresentar nesta conferência passei a refletir
sobre as questões éticas atuais e alguns temas e interrogações começaram a surgir em
relação ao conceito de ética, à confusão entre os significados de ética e moral, ética
profissional e ética de relações profissionais, ou ainda se estamos ou não, passando por
1
Enfermeira. Doutora em Enfermagem. Professora do Departamento de Patologia da Universidade
Federal de Santa Catarina (UFSC), Brasil. Vice Coordenadora do Núcleo de Pesquisas e Estudos em
Enfermagem, Quotidiano , Imaginário e Saúde de Santa Catarina (NUPEQUIS-SC) e Membro do Grupo
de Estudos e Pesquisa em Administração e Gerência do Cuidado em Enfermagem e Saúde (GEPADES)
da UFSC. Vice Coordenadora do Comitê de Ética em Pesquisa com Seres Humanos (CEP). E-mail:
[email protected].
2
Enfermeira. Doutora em Filosofia da Enfermagem. Professora Titular do Departamento de Enfermagem
e do Programa de Pós Graduação em Enfermagem da UFSC. Coordenadora do Grupo de Estudos e
Pesquisa em Administração e Gerência do Cuidado em Enfermagem (GEPADES) e Membro do Núcleo
de Pesquisas e Estudos em Enfermagem, Quotidiano, Imaginário e Saúde de Santa Catarina (NUPEQUISSC). Pesquisadora do Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq).
Coordenadora de área de Enfermagem na Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior
(CAPES). E-mail: [email protected]
uma crise ética? O Bem e o Mal existem? E se existem, são considerados temas éticos?
É possível um código de ética universal, válido para todos?
No entanto, me foi solicitado falar sobre a ética nos currículos dos cursos da
área da saúde e enfermagem e a formação ética dos profissionais da saúde.
Surgiram assim, outras questões: É possível ensinar ética? Os professores estão
preparados? E os estudantes têm interesse em aprender ética? Qual ética?
Passarei, então, a apresentar alguns dados que poderão contribuir para as
reflexões a cerca da temática, parte deles já publicados (KOERICH e ERDMANN,
2011).
A exemplo dos níveis fundamental e médio, a educação de nível superior no
Brasil está sob influência das discussões que vem ocorrendo desde os anos 90 em
organismos internacionais como a Organização das Nações Unidas para Educação,
Ciência e Cultura (UNESCO), as quais já sinalizavam a “expectativa generalizada por
novos caminhos e por uma nova ética do desenvolvimento, em que uma das missões
mais nobres da universidade é a de discutir alternativas, apontar direções e indicar
rumos” (WERTHEIN e CUNHA, 2001:11-12).
Essas reflexões influenciaram fortemente as políticas educacionais no Brasil,
com destaque para a Lei 9.394/96 que estabelece as diretrizes e bases da educação
nacional (LDB); ou dos Atos Normativos do Conselho Nacional de Educação (CNE);
ou ainda, para a educação de nível superior, as Resoluções da Câmara de Educação
Superior (CES), especialmente as de 2001 e 2002 que instituiram as Diretrizes
Curriculares Nacionais dos cursos de graduação da área da saúde (BRASIL, 2001,
2009).
Destaca-se, como característica de tais diretrizes e resoluções, a grande
aproximação da educação com o mundo do trabalho, a influência da pedagogia das
competências e a orientação para associar conteúdos técnicos com conteúdos éticos e
humanistas.
Neste contexto, é desafiante o trabalho de formação dos profissionais da saúde, o
qual deverá conciliar as exigências do mercado de trabalho, que espera o atendimento
da lógica empresarial, com a responsabilidade e o compromisso ético de atender às reais
necessidades de cuidado da maioria da população que faz uso dos serviços de saúde.
Na área da saúde, além do direcionamento mundial para a necessária formação
intelectual, técnica e humanística, as diretrizes curriculares apontam para a formação de
profissionais com base nos princípios do Sistema Único de Saúde (SUS) e para atender
às suas necessidades, uma vez que, a partir da formatura, os jovens profissionais estarão
inseridos nesse sistema.
Mediante este cenário é solicitada aos cursos da área da saúde, a formação de
profissionais tecnicamente competentes, que possam oferecer à população uma
assistência de qualidade, humanizada, de forma responsável e ética, com vistas à
cidadania.
Assim, questiona-se: o professor universitário está apto para tal desafio? Como
ele percebe sua inserção nesse processo de mudanças? As mudanças curriculares
implementadas ou em fase de implementação possibilitam a formação ética dos futuros
profissionais? Quanto aos estudantes, que significado há para eles em ocupar-se com
outras disciplinas e temáticas que não apresentam as características técnicas próprias da
profissão escolhida?
Seguindo o caminho dessas reflexões, destaca-se outro aspecto importante que
caracteriza e diferencia o ensino superior do ensino em outros níveis, a figura do
professor universitário que, simultaneamente à sua atuação na docência, exerce
atividades como profissional autônomo ou porque antes de ser professor obteve um
título universitário e identifica-se muito mais com ele do que com o título de professor.
Identificar-se com o ser professor ou com o título profissional prévio, aponta
para uma problemática sobre o que é ser professor e sobre as condições do exercício
profissional. Na maioria das instituições espera-se do professor universitário o domínio
suficiente dos conhecimentos específicos que o qualifique em pesquisa e/ou no
exercício profissional. Nas palavras de Pimenta e Anastasiou, “[...] predomina o
despreparo e até um desconhecimento científico do que seja o processo de ensino e de
aprendizagem, pelo qual passam a ser responsáveis a partir do instante em que
ingressam na sala de aula” (PIMENTA e ANASTASIOU, 2002:37).
Assim, o ensino universitário se depara com múltiplos desafios: atender à
normatização das diretrizes da educação nacional com mudanças profundas nos
currículos; tornar metodologicamente possível o ensino sob os fundamentos do aprender
a conhecer, aprender a fazer, aprender a viver juntos e aprender a ser; prestigiar as ações
e práticas interdisciplinares mantendo as estruturas rígidas dos departamentos e
disciplinas; fazer com que os professores se identifiquem como educadores e não apenas
com sua titulação profissional.
Ao professor cabe o desafio e a responsabilidade da formação dos futuros
profissionais, a partir do desenvolvimento de aptidões técnicas e intelectuais, mas
também provocando a emergência de um agir pautado em atitudes éticas.
O interesse com a questão da ética não tem motivação apenas intelectual, para
contribuir na produção do conhecimento; é também um tema de interesse pessoal e
motivo de inquietação constante, tanto na minha atuação como enfermeira, quanto na
condição de professora/educadora envolvida com a formação de futuros profissionais
em vários cursos da área da saúde.
A inserção profissional em setores tão diversos e, ao mesmo tempo, tão
próximos, saúde e educação, onde a convivência nem sempre é harmoniosa, onde as
interações e relações são conflitantes, despertou meu interesse pela ética e inspirou
minha busca por mais conhecimentos nesta área.
A ética, tema polissêmico e, dessa forma, também polêmico, poderá ficar restrita
ao atendimento dos códigos e legislações que normatizam as profissões da saúde ou ser
enfocada de maneira mais ampla, com outras abordagens para que possa guiar não
somente as decisões críticas, mas também a prática cotidiana dos profissionais de saúde.
A temática da ética atravessa toda a história do mundo ocidental e desponta, na
atualidade, como uma necessidade de toda humanidade para permitir a convivência, o
viver junto.
Assim, ao buscar as ações e interações que conduzem ao processo formativo de
estudantes e professores, destacou-se a emergência das competências e aptidões éticas
como sendo um processo concomitante e complementar à formação técnica.
Competência é um conceito que remete à orientação do Ministério da Educação
para as Diretrizes Curriculares de todos os níveis de educação no Brasil. Entre as
competências necessárias para a formação de profissionais da saúde, destaca-se a
valorização das dimensões éticas e humanísticas.
“A ação competente é uma invenção bem temperada, uma variação sobre temas
parcialmente conhecidos, uma maneira de reinvestir no já vivenciado, o já visto, o já
entendido ou o já dominado”, segundo nos coloca PERRENOUD (1999: 31).
Enfrentar situações inéditas ou já vivenciadas de formas diferentes, criativas e
com efetividade na solução proposta aos problemas que se apresentarem, é agir com
competência.
Para atuar dessa forma, é preciso preparar-se, formar-se sob vários aspectos,
conhecer várias temáticas, incluindo questões culturais, comunicativas e relacionais, o
que implica, também, na competência ética. Sob esse prisma a ética deverá ser abordada
como tema transversal sendo necessária a participação de todos os envolvidos no
processo educativo.
Essas e outras mudanças vêm ocorrendo para atender às novas Diretrizes
Curriculares para os cursos de graduação da área da saúde, que foram elaboradas
conjuntamente com o Ministério da Saúde e prevêem a preparação dos profissionais
para atuarem no SUS. Apontam para uma formação generalista, humanista, crítica e
reflexiva, com base científica e pautada em princípios éticos. Prescreve ainda, como
perfil do egresso, um profissional capacitado a atuar com responsabilidade social, com
compromisso com a cidadania e para a promoção da saúde integral. Essa característica
exigiu que fossem feitas mudanças profundas tanto na distribuição da carga horária
entre disciplinas e atividades práticas, quanto na orientação para utilização de
metodologias de ensino e de avaliação menos tradicionais
Assim, a reforma curricular foi inicialmente colocada muito mais como uma
exigência legal para atender às políticas públicas do que como uma real necessidade
percebida pelos diversos cursos da área da saúde o que foi um dos principais motivos de
resistência e posição contrária às mudanças, considerado o desafio dos coordenadores
de curso e comissões de discussão e implantação da reforma curricular. Por outro lado,
tais mudanças coincidem com um momento em que os próprios cursos percebiam uma
profunda insatisfação e desmotivação por parte de professores e estudantes que
apontavam a necessidade de várias mudanças, especialmente no eixo pedagógico, nas
metodologias de ensino e maior integração entre disciplinas do ciclo básico e
profissionalizante.
Para as diretrizes interessa a aproximação do ensino profissional em saúde aos
principais problemas de saúde da população e a formação de profissionais para o SUS,
enquanto os cursos enfrentavam e enfrentam uma série de dificuldades práticas para
realizar as mudanças cabíveis. Desde a resistência às mudanças, passando pelo
desinteresse de instâncias superiores nas Universidades e carência de experiência prática
na construção de currículos, além da dificuldade em implementar metodologias de
ensino inovadoras.
Por outro lado, apesar desses entraves, o financiamento dos Projetos Políticos
Pedagógicos dos cursos e as penalidades previstas pelo sistema de avaliação do MEC,
foram fatores determinantes para incentivar as reformas e implementar os novos
currículos.
Percebe-se em vários cursos um grande interesse em que o currículo seja aceito,
mas é inegável a grande resistência à mudança e uma forte tendência a manutenção do
modelo biomédico na formação.
Torna-se evidente que o problema da formação não se resolve com apenas uma
ou outra solução, mas precisa de muitas aberturas, além de persistência e obstinação
daqueles que encabeçam a reformulação curricular.
É sabido que a educação influencia as mudanças na sociedade, enquanto essa
mesma sociedade exige reformas educacionais para atender suas necessidades. A
sociedade produz a educação que, por sua vez, produz a sociedade. Foi a educação que
influenciou as reformas sanitárias e sua incorporação na Constituição de 1988 o que
refletiu na saúde para todos através do SUS. Essa mesma sociedade vem cobrando da
educação a formação de profissionais da saúde em consonância com as necessidades
sociais e de saúde da população.
Dessa forma, as diretrizes curriculares do MEC em regime de colaboração com o
Ministério da Saúde vêm adequar a formação profissional a essas necessidades sociais,
dando ênfase ao fortalecimento da atenção básica.
Em pesquisa realizada em 2008, observamos a existência de diferentes
motivações entre diferentes cursos e entre a Universidade pública e a privada,
destacando a maior perspectiva de emprego público para Enfermagem, Medicina e,
mais recentemente, a Odontologia, enquanto Farmácia, Fisioterapia e Nutrição colocam
o serviço público como uma possibilidade menos palpável com visível direcionamento
para a iniciativa privada. Essa mudança de foco é um fator de peso para garantir, ou
não, o êxito das mudanças curriculares propostas.
Neste mesmo estudo vale ressaltar que os estudantes, embora estivessem
bastante envolvidos tanto no processo de reformulação curricular quanto nas avaliações
e adequações curriculares posteriores, não referiam preocupação com necessidades do
mercado de trabalho, mas sim com aquisição de competências que garantisse sua
empregabilidade. Suas motivações para buscar a área da saúde como profissão,
influenciam sua formação e sua disposição em trabalhar para promoção da saúde ou
simplesmente para garantir seu sustento. Bom seria poder associar essas duas metas.
A necessidade de formação de profissionais generalistas, capacitados para
resolver os principais problemas de saúde da população obrigou as Universidades e os
cursos a adequarem seus currículos para preparar os egressos para atuar em diversos
cenários da prática. Apesar dessas providências e boas intenções, passados 10 anos, o
acesso aos serviços de saúde ainda se apresenta como um dos nós críticos do SUS e
motivo de constante reclamação dos usuários.
O acesso é uma questão complexa, com múltiplas possibilidades de
compreensão e análise, que se coloca como um direito instituído por lei, de cuja fruição
as pessoas ainda não têm garantia e por isso é também uma questão ética.
As diretrizes curriculares e mudanças implementadas nos cursos da área da
saúde não devem ser colocadas como a ponte de salvação para melhoria da saúde no
Brasil. Constituem apenas um caminho, uma tentativa de acerto.
As propostas de articulação entre ensino, pesquisa e assistência orientam para
integração entre atividades práticas e teóricas desde o inicio do curso; para a utilização
de metodologias e tecnologias de ensino que estimulem a reflexão sobre a realidade
social e articulem o saber, o saber fazer e o saber conviver; além do estímulo às
dinâmicas de trabalho em grupos, por favorecerem a discussão coletiva e as relações
interpessoais.
A necessidade de utilizar metodologias de ensino mais participativas e
dinâmicas, tem sido o maior desafio enfrentado pelos cursos. Isto porque exige abertura
dos professores para rever suas maneiras tradicionais de ensinar, para aprender a ver os
estudantes como agentes co-responsáveis pela sua formação e para aprender, eles
mesmos, a trabalhar em grupo e a atualizar seus conhecimentos em outras áreas visando
a interdisciplinaridade e integralidade.
Muitos professores, acostumados ao modelo tradicional de ensino, em que se
consideram detentores de um conhecimento específico, têm dificuldade em assimilar
novas formas de ensinar e aprender e em compreender um método em que o estudante
observa os problemas na prática e participa na construção de seu saber, trazendo para
discussão, temas de seu interesse. Essas metodologias ativas ou construtivistas ou
participativas exigem que o professor esteja sempre atento aos cenários da prática, às
possíveis mudanças e que amplie seus conhecimentos para estar apto a orientar a
formação dos estudantes em várias frentes (intelectual, crítica, reflexiva, ética) e
contextualizado de acordo com o perfil epidemiológico da região.
A inclusão de temas transversais nos currículos é um dos objetivos das
Diretrizes Curriculares e constituem temas que deverão ser apresentados, discutidos e
refletidos em associação com os temas ou assuntos previstos para disciplinas ou
módulos. A idéia de transversalidade remete a necessidade de prever o tema nas
ementas e programas de todas as disciplinas. Remete também para o conceito de
interdisciplinaridade, uma vez que se faz necessário o consenso entre professores das
várias disciplinas para articular os temas e decidir a melhor forma de explorar o
conteúdo que muitas vezes não é de domínio de todo o conjunto de professores do
curso.
Um exemplo disso é a temática da ética, que se coloca como tema transversal em
alguns cursos enquanto em outros continua como disciplina formal, embora afirmem
que a temática deverá ser resgatada em todas as fases, especialmente nos estágios.
Nesses últimos prevalece a colocação da ética na mesma disciplina que discute historia
da profissão, exercício profissional ou legislação.
Os temas transversais são como uma “faca de dois gumes”, com grande
potencialidade e grande risco ou ainda como um conteúdo diluído que pode se perder
pela sua invisibilidade. Se a idéia de tema transversal não estiver bem internalizada e
planejada corre o risco de ser engolida e sufocada pelos outros conteúdos. Em relação à
ética, torna-se essencial sua inserção nas diversas fases do curso como uma discussão
que deve permear toda atuação profissional e se torna, dessa forma, interdisciplinar.
No entanto, apesar de ser vista como inerente ao processo de reformulação o
alcance da interdisciplinaridade é dependente da competência e habilidade de trabalhar
em grupo tanto de professores quanto dos estudantes. Está atrelada aos esforços
integrativos das propostas curriculares e do quanto seus atores estão envolvidos no
processo.
O caminho a ser percorrido para alcançar a compreensão do processo educativo
com essas características tem sido bastante tortuoso e sem perspectiva de que seja
totalmente alcançado em médio prazo, mas, percebe-se de várias maneiras que é um
processo e está em andamento.
O compromisso com a formação de profissionais da saúde não é restrito à
aquisição de conhecimentos e habilidades técnicas. É preciso associar valores e
maneiras de convívio que possibilitarão ao futuro profissional humanizar sua prática.
Os desafios são inúmeros! Formar profissionais cidadãos ultrapassa o espaço da
sala de aula e de uma disciplina formal. Para os cursos tem sido uma grande dificuldade
conciliar a necessária aquisição de formação técnica, oferecendo conteúdos atualizados
e oportunidades de maior produção de conhecimentos através da pesquisa, associando
competências éticas e humanas.
É ainda visível a dificuldade em formar generalistas com professores
acostumados com o cenário de especialidades que ainda predomina na ciência hoje, pois
é impossível saber tudo sobre todas as coisas.
Conferindo múltiplos significados à formação ética.
Os significados sobre ética e formação ética ou em ética, apontam para múltiplas
dimensões e maneiras diversas de verbalizar esse conceito. A ética pode ser
compreendida como atitude, mais especificamente atitude profissional e/ou remete a
uma aprendizagem prévia de valores, desde a família, passando pela formação pré
universitária e pelo contexto social e político vivenciado pelo futuro profissional.
Tais significados são também permeados por algumas contradições como “fazer
o bem” e constatar a existência do “mal no ser humano”, ou as noções do que é “certo”
e “errado” e ainda, entre “humanização” e “padronização/normatização”. Destacam-se
ainda, alguns termos como “altruísmo”, “bom senso”, “princípios”, “felicidade” e
“amor”, termos utilizados para dar uma explicação e caracterizar o entendimento sobre
ética.
A aprendizagem ética passa pela aprendizagem da responsabilidade profissional,
do compromisso com a qualidade da assistência, da necessidade de julgar, discernir e
tomar decisões. Uma ética do “dever ser”, da “obrigação” do profissional que, muitas
vezes é confrontado com situações conflituosas entre o compromisso de ser ético e a
possibilidade de quebrar regras assumindo os riscos de tal atitude.
MORIN (2005) adverte que a consciência de responsabilidade é característica de
um sujeito com autonomia e precisa ser irrigada pelo sentimento de solidariedade e de
pertencimento a uma comunidade, ou seja, responsabilizarmo-nos pela nossa vida e em
relação aos outros.
A responsabilidade é cotidiana na vida do profissional da saúde. Está embutida
nos questionamentos e na tomada de decisões por tratamentos, cuidados, pesquisas, na
escolha das palavras certas e do momento certo de pronunciá-las. Está proposta nas
diretrizes e currículos como competência a ser alcançada pelos estudantes, mas como,
quando e quanto nossos egressos se tornam responsáveis?
A ética está presente em todas as relações; pode ser abordada a partir das
vivências e observações práticas dos estudantes ou ao apoiar e cuidar desses mesmos
estudantes, ou seja, aprende-se ética ao praticar a vida. Emerge da prática as questões de
relações com o usuário, com o colega ou a equipe multiprofissional, com pessoas de
outros setores, com gestores, com pessoas de pouca escolaridade e com características
culturais variadas e também os dilemas.
O ser humano é um ser de relações e a ética é, muitas vezes, entendida como
capacidade ou habilidade para relações e inter-relações e manifesta-se como
necessidade de estar junto. Não se coloca como um saber teórico, mas de vivência
prática, da experiência individual que se enraíza na experiência coletiva, dando ritmo à
vida.
A ética das relações é uma ética da compreensão que passa pelas questões de
comunicação. A incompreensão gera mal entendidos e causa estragos na vida familiar,
profissional e nas relações comunitárias.
MORIN (2005) sugere que a compreensão possa ser ensinada nas escolas,
propondo uma disciplina de compreensão humana na Universidade. A compreensão
leva à civilidade e à possibilidade de “boas” relações.
O entendimento de ética também está associado aos valores e à influência
exercida pela família para sua incorporação, assim torna-se possível ensinar ética aos
jovens, quase adolescentes, se eles receberam uma educação adequada em casa, se
aprenderam princípios de conduta perante a sociedade. Destaca-se a necessidade de
incorporar conhecimentos éticos profissionais aos técnicos e agregar à formação
familiar para formar o profissional que a gente precisa.
Conforme afirma PEDRO DEMO (1996), o processo educativo precisa aceitar o
desafio do conhecimento e humanizar o progresso. Acompanhar o processo de
maturidade dos nossos jovens, futuros profissionais e orientá-los para compreensão de
valores como a tolerância, cooperação, solidariedade e respeito, sem os quais se torna
desgastante viver e conviver a vida social.
A ética sinaliza para a reflexão, como uma atitude pensada, refletida. Sempre
que é preciso pensar para agir, julgar ou decidir percebe-se aí uma atitude ética. Para
encontrar soluções ou para emitir uma opinião ou fazer julgamentos é preciso
estabelecer um vínculo, uma aliança entre a sensibilidade e a racionalidade. É
necessário formar o profissional da saúde com capacidade de discernir e tomar decisões.
Agir com discernimento exige, no conflito de idéias, argumentar, refutar, em lugar de
excomungar e de lançar anátemas, acatando as palavras de MORIN (2005).
Resta saber se estamos no caminho certo e se vamos dar conta dessa formação
num momento em que se busca uma nova ordem na desordem colocada pela incerteza
das novas diretrizes e num contexto em que a ética se faz presente como tábua de
salvação.
Como contraponto ao ensino transversal de ética, observa-se que o
comportamento do professor é uma forma importante de ensino da ética fora da
disciplina específica. De várias maneiras, com várias nuanças o exemplo destaca-se
como ferramenta de aprendizagem ética. Essa maneira informal de aprender segue o
mesmo princípio da aprendizagem trazida de casa e pode ser exigida pelos estudantes
que colocam no professor grande parte da responsabilidade pela sua aprendizagem. São
as pequenas coisas do cotidiano, o banal, o comum, as frivolidades do dia a dia,
utilizando expressões de MAFFEZOLI (2007), que em consonância com outros saberes
e outras práticas direcionam nosso estudante (saindo da adolescência) no sentido da vida
profissional.
No contexto atual em que a informação é acessada por muitos de forma
acelerada, o significado da formação ética dos futuros profissionais extrapolou os muros
da educação formal e familiar e estendeu-se para outros contextos, com destaque para a
pesquisa, a política e a própria atividade profissional. Desse modo, as questões da ética
em pesquisa, do uso de animais, da necessidade de procedimentos invasivos, de uso dos
prontuários, dos trabalhos em grupo e entrevistas ou do sigilo e publicações são temas
que deverão ser enfatizados.
A ética na política e as famosas questões éticas envolvendo políticos e partidos
políticos no Brasil e a impunidade que acompanha as denúncias apresentadas pelos
meios de comunicação também deve ser discutida.
A ética profissional é a maior preocupação dos cursos e todas as disciplinas
destacam o código de ética profissional como um tema prioritário a ser discutido.
Utilizando metodologias tradicionais ou participativas, todos procuram abordar esse
tema.
Assim, de alguma forma, os cursos apresentam a temática da ética aos
estudantes e professores que percebem a necessidade de se atualizar para um tema que
se dedica aos problemas éticos emergentes, além dos já existentes. Contata-se a
necessidade de desenvolver a competência ética em todos os momentos e de todos os
professores estarem comprometidos com a ética, fortalecendo as vivências, ressaltando
as questões éticas que possam ocorrer durante seu contato com os estudantes, mas,
persiste o questionamento sobre o quanto estão preparados e como desenvolver a
competência ética?
Não se pode esquecer que a boa vontade não basta, pois mesmo com as melhores
intenções, as condições da ação e a própria ação pode conduzir a consequências
desastrosas, de acordo com MORIN (2005). Também não basta seguir o código de ética
profissional, é preciso que as ações sejam permeadas de sensibilidade e de
compreensão.
É comum o entendimento de que passamos por um momento de crise ética e da
necessidade de resgatar valores que possam fortalecer os laços e relações sociais. Ética e
moral são termos que se confundem e são impostos e modulados pela cultura, costumes
e reconhecidos como cerceadores e limitantes das atitudes individuais em prol da
convivência social, para torná-la uma prática “costumeira” que possa ser transposta
também aos cenários de atuação dos profissionais egressos dos cursos da área da saúde.
Percebe-se assim, a convivência de múltiplas éticas, em que as regras não
cessam de se multiplicar, pois cada grupo vai desenvolvendo a sua.
Construindo um perfil para os estudantes da área da saúde.
Ao entrar na Universidade os estudantes se caracterizam, de maneira geral, pelo
comportamento adolescente, por uma grande preocupação com o que vai ser ensinado e
o quanto precisará estudar, pouca informação sobre o futuro profissional e a incerteza de
ter feito a escolha certa.
Essa mesma incerteza acompanha os estudantes de fases intermediárias e finais
do curso, estes últimos especialmente em relação ao mercado de trabalho. Destaca-se a
percepção do desenvolvimento alcançado pelos estudantes e dos sinais que indicam a
ultrapassagem do período de adolescência para o início da fase adulta, em relação à sua
maturidade, comportamento, opiniões, responsabilidade, posicionamento crítico e
preparo técnico.
A importância dessa caracterização é a certeza de que a aprendizagem ocorre
como construção, com influência de múltiplos aspectos e na dependência de seus atores,
o que coloca o perfil dos estudantes como uma das dimensões moduladoras do processo
de aprendizagem ética à qual se agregam outras experiências de aprendizagem que
permitem a construção do conhecimento do profissional e um nível mais elevado de
maturidade e comportamento com postura adulta.
O processo de construção da adultez é concomitante e necessário à passagem
pela Universidade para tornar nossos estudantes aptos e competentes para cuidar da
saúde da população.
A expectativa dos estudantes que iniciam um curso profissionalizante está
atrelada ao seu conhecimento prévio sobre a profissão e o curso. Dessa forma, justificase que, na área da saúde, os estudantes se interessem em aprender conteúdos
relacionados com processo saúde doença ou com suas práticas profissionais.
É então, fato anunciado, o desinteresse por temas e disciplinas que não atendam
suas expectativas tais como sociologia, antropologia e ética fazendo com que os
estudantes frequentem a disciplina apenas porque é obrigatória e que cheguem na
Universidade a procura de técnica ou temas relacionados.
Os futuros profissionais costumam ser altruístas e idealistas e muitas vezes
fazem sua opção pela área da saúde por gostarem de lidar com pessoas ou para poder
ajudá-las. No entanto, enfrentam incertezas e contradições e reconhecem que o ser
humano possui, ao mesmo tempo, características altruístas e egoístas e a intenção de
fazer o bem nem sempre se concretiza. Ser ético é sempre uma aposta e precisa de
estratégia ou pode resultar em fracasso ético.
A formação de formadores
Um estudo de KOERICH (2009) constatou que os professores não têm formação
específica em Ética ou Bioética. São geralmente profissionais e professores com grande
interesse pela temática, que buscam aprofundar seu conhecimento ou por terem uma
vivência prática nos Conselhos Profissionais. Essa contextualização indica que são os
próprios professores que estão construindo seu conhecimento em ética. Descortina-se
assim, a necessidade de sua formação, especialmente nos cursos que pretendem a
transversalidade da ética.
Nas palavras de MORIN (2000, 2001a, 2001b, 2005) a complexidade do
processo formativo se mostra nas associações e interações diárias, na convivência
cotidiana e na percepção da ética de relações, como uma emergência que depende das
condições sociais e históricas que a fazem emergir.
As considerações finais
A formação ética dos futuros profissionais da saúde exerce influência e é
influenciada pelas políticas públicas de educação e saúde e o contexto de mudanças
curriculares vivenciado na maior parte dos cursos da área da saúde. Na experiência
vivida nesse processo formativo, em um contexto de mudanças, é possível perceber a
emergência das competências e aptidões éticas.
As relações, associações e interações cotidianas e intersubjetivas constituem um
processo dialético de convergências e divergências, onde são percebidas potências e
fragilidades, vivenciadas por professores e estudantes que vêem a ética como a
argamassa que oferece resistência e possibilita a união dos tijolos a fim de dar firmeza
às suas próprias construções.
Partindo dessa reflexão é possível compreender a dialética acerca das
convergências e divergências em embate constante na formação ética, que se
manifestam muitas vezes como fragilidade, mas também como potência do processo
formativo.
Moral versus ética constitui-se como uma dicotomia presente em nossa época,
porém não significa que não existam códigos específicos, apesar do fim de uma moral
universal e do relativismo moral visível no cotidiano.
Sabendo disso, resta apostar na ética. Encaminhar a formação ética para a
religação desses opostos, para resistência ao bárbaro que existe em nós, e que remeta
para uma postura de tolerância, compaixão, mansidão e compreensão, que reconheça a
complexidade humana.
Neste contexto a ética coloca-se como atitude refletida e ponderada, uma ação
que envolve sensibilidade e discernimento, além de conhecimento técnico.
Para alcançar tal comportamento, é necessário aprender a lidar com o ser
humano, remetendo a uma ética de relações e interações entre as pessoas, do sentir
juntos com vistas à compreensão.
No processo educativo, o conhecimento formal se desenvolve através de
percepções que são, ao mesmo tempo, traduções e construções cerebrais com base em
estímulos ou sinais captados e codificados pelos sentidos. Como comporta
interpretação, está sujeito ao risco do erro na subjetividade do conhecedor, de sua visão
de mundo e de seus princípios de conhecimento. O desenvolvimento da inteligência é
inseparável do mundo da afetividade, isto é, da curiosidade, da paixão.
Recomenda-se o fortalecimento da ética que é complexa e propõe a dialógica
entre a racionalidade e a sensibilidade. Uma ética que nunca está pronta, que precisa
regenerar-se permanentemente.
É assim, valorizando a emoção, o intuitivo, o contato, o simbólico, a
contextualização, enfim, o dia a dia, que as aptidões técnicas poderão ser adquiridas,
enquanto se desenvolve e potencializa a consciência ética. Seja uma ética da estética (do
conjunto, do estar junto, do vir a ser), seja uma ética da solidariedade e da compreensão,
ou das virtudes e valores, ou ainda, uma ética da responsabilidade (do dever ser ou do
ser preciso) e dos princípios bioéticos.
Sugere-se, então, um olhar compreensivo para a natureza humana, a fim de
estabelecer a ética como atitude refletida, “bem” pensada. Refletir para agir com
ponderação; desenvolver o discernimento para julgar qual melhor conduta deve ser
tomada mediante situações rotineiras, cotidianas ou conflituosas, ou seja, capacitar-se
para decidir. Uma compreensão que conduza à ação e não à passividade, que permita
relações cotidianas solidárias e que possibilite a afirmação das potências humanas,
apesar das nossas fragilidades.
A formação profissional para a ética ou a formação ética dos futuros
profissionais da saúde e Enfermagem é um processo e está em andamento!
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http://portal.mec.gov.br/sesu/. Acesso em 26/06/2010.
GLOBALIZAÇÃO, HUMANIZAÇÃO E BIOÉTICA:
DESAFIOS DO ENFERMEIRO NO PROCESSO DE CUIDAR.
William Malagutti
O objetivo da palestra proferida honrosamente no evento da ABEn-MA, no
mês de Maio de 2011, foi remeter aos profissionais de enfermagem discentes e docentes
a fazerem uma reflexão de
como a Globalização, Humanização e Bioética são
condições imprescindíveis no agir do profissional Enfermeiro.
A Globalização que nos trouxe coisas boas, também trouxe coisas ruins.
Com o “turbinamento” do capitalismo, a desigualdade social aumentou incrivelmente,
gerando sérios problemas na área de saúde – criminalidade, violência, destruição do
meio ambiente afetando a saúde das pessoas. Para tanto os profissionais,
preferencialmente os da área de saúde, onde se insere a Enfermagem, precisam ter
muito empenho, determinação e conhecimento técnico-científico para lidar com essa
nova realidade.
A ciência é uma ferramenta importante e imprescindível para a globalização
tendo uma importância relevante na evolução de informações cada vez mais rápidas, as
quais remete os profissionais da área de saúde, estarem sempre atentos às mudanças
tecnológicas de sua área de atuação, sempre observando às transformações do mundo
moderno, fazendo com que os mesmos tenham uma compromisso contínuo de
crescimento profissional(1).
A Humanização envolve esses profissionais a desenvolverem e aflorarem
mais seu lado "humano" no cuidado à seus pacientes, permitindo com que haja uma
comunicação terapêutica eficaz para um pronto restabelecimento da alteração na saúde
de seu rol de clientes/pacientes, e/ ou permitindo que a terminalidade da vida, quando
ocorrer em algumas situações com seus pacientes , seja envolvida de uma maneira
menos agressiva.
Cuidar é ir de encontro de outra pessoa para acompanhá-la na promoção de
saúde. O prestador de cuidados, em um encontro que visa criar laço de confiança e
vínculo, mostra-se como um profissional que pode ajudar e acompanhar a pessoas de
quem esta cuidando. E o faz observando su singularidade, identificando seus recursos e
procurando com ela a via que faça sentido na sua situação e para seu projeto de vida.
(...) (2).
A humanização encontra respaldo, também, na atual Constituição Federal,
no artigo primeiro, Inciso III, que assinala "a dignidade da pessoa humana" como um
dos fundamentos do Estado Democrático de Direito(3)
O verdadeiro cuidado humano prima pela ética, enquanto elemento
impulsionador das ações e intervenções pessoais e profissionais (4), constituindo a base
do processo de humanização (5).
A Bioética é, definitivamente, campo de ação e de interação de profissionais
e estudiosos, oriundos das mais diversificadas a´reas do conhecimento humano (...).
Porque a bioética, discutindo a vida e saúde humana, não apenas interessa a todos os
humanos, bem como requer para essa discussão a bagagem do reconhecimento de todos
os profissionais(6).
Segundo Barchifontaine , Bioética, ética da vida, é o espaço de diálogo
transprofissional, transdisciplinar e transcultural na área de saúde e da vida, um grito de
resgate e dignidade da pessoa humana, dando ênfase na qualidade de vida: proteção à
vida humana e seu ambiente, não é ética pré-fabricada, mas um processo (7).
Por outro lado, a Bioética vem nortear a equipe de enfermagem com
subsídios dos princípios éticos que possam direcionar o agir e cuidar desses pacientes
em todos os ciclos de vida, de uma maneira isenta de problemas como imperícia,
negligência e imprudência, garantindo uma assistência com qualidade a todos , e
garantindo a todos os profissionais uma segurança em suas ações dioturnas na
assistência de enfermagem.
Os desafios da globalização para a profissão do enfermeiro estão
diretamente relacionados com à complexidade de conflitos existentes no dia-a-dia do
seu agir e cuidar que deparam-se com diferentes tipos de
pacientes sejam eles :
excluídos, vulneráveis, violentos e com diferentes opções sexuais, onde a bioética e
humanização são ferramentas que contribuem para um cuidado adequado .
Referencias
1, Malagutti W .
Globalização, Bioética e Humanização: atualidades e desafios
importantes para o enfermeiro no processo de Cuidar in: Malagutti W; Bioética e
Enfermagem : controvérsias, desafios e conquistas , Rubio , Rj, 2007 2º ed.
2. Zoboli ELCP Bioética e Enfermagem in : Vieira TR (Org) Bioética nas profissões .
Petrópolis. Vozes, 2005 p. 103
3. Constituição da República Federativa do Brasil, 1988. São Paulo (SP): Saraiva;
2000.
4. Mezomo JC. Hospital Humanizado. Fortaleza (CE): Premius; 2001.
5. Selli L. Reflexão sobre o atendimento profissional humanizado. O Mundo da Saúde
2003 abril-junho; 27(2): 248-53.
6. Segre M. Bioética . São Paulo Edusp, 1999 p.25
7. Barchifontaine CP Bioética e início da vida. Alguns desafios São Paulo, Idéias e
letras Centro Universitário São Camilo, SP, 2004
MESA REDONDA
GÊNERO, RAÇA/ETNIA E SAÚDE: INTERFACES DOS
SABERES E PRÁTICAS DA ENFERMAGEM
Rdo. Augusto Martins Torres13
Inicialmente, gostaria de agradecer o convite da comissão de temas do
72ª Semana Brasileira de Enfermagem e 42ª Jornada Maranhense de Enfermagem
promovida pela ABEN-MA. Este encontro da enfermagem brasileira é de extrema
relevância política, cultural e científica para o engrandecimento da categoria
de enfermagem.
Assim, debater a temática em
questão, no dá outras
possibilidade de compartilharmos as inquietações que temos expressado ao longo da
nossa incursão pelo território da saúde e da enfermagem, bem como da minha
própria história de vida e formação. Portanto, faremos uma breve referência à
construção do percurso de vida e o encontro com a temática gênero e depois
situaremos seus aspectos conceituais e sua legitimação como uma categoria “útil
de análise”(SCOTT, 1995). E em seguida, traremos do diálogo de gênero e os
outros marcadores sociais, como raça/cor e etnica.
Ao iniciar este texto imediatamente me vem à mente a imagem de um
grande educador brasileiro que ao longo de sua obra nos ensinou: o caminho se
faz caminhando. Suas palavras me levam a realizar uma viagem imaginária através
do meu percurso de vida e nesse caminho, vou percebendo como as coisas
começaram há muito tempo atrás. É uma viagem que começa ainda no alvorecer de
minha vida estudantil, pois
mesmo
antes
de
iniciar
meus
estudos
na
universidade, fiz formação para o magistério, no antigo curso normal, na cidade
de Hidrolândia, no Ceará.
1
Esta primeira incursão pelo território da educação
Professor doutor em educação brasileira pela Universidade Federal do Ceará – UFC. Docente do
quadro efetivo da Universidade Estadual do Ceará – UECE ministrando as disciplinas Políticas e
Saberes em Saúde Coletiva e Saúde Coletiva. Participa do Grupo de Pesquisa cadastrado no
CNPq – Políticas, Práticas e Saberes em Saúde Coletiva, produzindo na linha de pesquisa: Práticas de
cuidado em saúde e educação com enfoque em gênero, juventude e tecnologias.
colocou-me em contato com os campos de estudos sobre a sexualidade e as relações
de gênero e com a proposta da educação libertadora de Paulo Freire. No curso
normal, a formação era um campo marcadamente feminino e, desta forma, minha
imersão nas questões de gênero não se deu apenas em sua vertente teórica, mas sim
da convivência cotidiana. Outra experiência marcante desses tempos de normalista foi
à oportunidade de desenvolver, com outros jovens, a educação popular no distrito de
4
5
Irajá3 através da Associação dos Jovens de Irajá – AJIR4 , caracterizando como um
movimento de jovens que tinha nas suas ações a mobilização da juventude local. E
com o qual ainda hoje me encontro envolvido.
Em 1989, conheci o espaço da universidade pública mediante a aprovação
no vestibular no curso de Enfermagem da Universidade Estadual Vale do Acaraú –
UVA. Depois 1991 ingressei no curso de graduação para a Universidade Estadual do
Ceará – UECE. Lá permaneci e dei seguimento aos meus estudos de graduação em
enfermagem no qual, atualmente, sou professor integrando o quadro permanente de
docentes.
Nessa instituição, encontrei o Movimento Estudantil (M.E) e, em
especial, as lutas da profissão que havia escolhido.
Um
curso
representado
socialmente por vieses femininos e não-feministas, marcado pelas relações de gênero
e de classe, com a divisão social e sexual presentes na formação e no mercado de
trabalho (TORRES, 1999; PEREIRA, 1999). Na universidade encontrei diferentes
sujeitos que militavam no M.E e no Centro Acadêmico de Enfermagem Ana Nery.
As meninas e os poucos meninos que encontrei no curso de enfermagem.
No entanto, minha participação em projetos de extensão subsidiada
pelos estudos sobre educação debatidos na graduação, fez-me compreender melhor a
dinâmica das relações humanas tendo como foco as questões políticas e sociais.
Porém, foi com o meu envolvimento com organizações não-governamentais – ONG‟s
no campo da Síndrome da Imunodeficiência Adquirida – AIDS, que escolhi as
4 3
Irajá é distrito do município de Hidrolândia, situando-se a 320 km de Fortaleza, geograficamente localizado na
região Centro-Norte do Estado (IBGE, 2000).
54
A Associação dos Jovens de Irajá – AJIR – foi criada em 20 de abril de 1987.
temáticas, gênero e seus derivantes como campo de estudo. Posteriormente, ao iniciar
minha atividade como professor em escolas públicas, estas temáticas se fizeram
ainda mais presentes, pois dediquei-me a lecionar as disciplinas de ciências e
biologia, em função da minha formação no curso da saúde.
Em 1997, tive a oportunidade de ingressar no Mestrado em Enfermagem onde
realizei um estudo sobre as relações de gênero no âmbito da formação em
enfermagem. Neste estudo, pude analisar que os homens que escolhem a
enfermagem como profissão passam por limitações a partir da escolha profissional,
pois a família e os amigos insistem em perguntar: por quê não um curso para
homens, como Medicina, Direito, Engenharia? Percebemos, assim, a existência de
uma “desconfiança” em relação à orientação sexual desses alunos, decorrente da
associação da homossexualidade com as profissões historicamente femininas.
Portanto, o
processo
de
formação
nas escolas
de enfermagem
parece reproduzir qualidades profissionais que referendam as qualidades tidas como
naturais entre homens e mulheres. Em alguns campos de formação para esse tipo de
trabalho há um direcionamento que privilegia o disciplinamento dessas qualidades
e
as
fazem parecer como adequadas e fundamentais ao desenvolvimento das
práticas de trabalho. Ou seja, cuidar da saúde das pessoas é uma vocação, um dom,
uma naturalização das características femininas. Neste sentido, podemos2 analisar
que a profissionalização da mulher como força produtiva tem expressão na
escolarização, já que a escola é responsável pela qualificação da força de trabalho
que a integrará no sistema produtivo.
Apesar de não ser freqüente a discriminação explícita no acesso à
instrução, podemos notar que há segregação de gênero distribuída pelos ramos de
conhecimento e profissões. Esta segregação parte da sociedade e da família, e os
próprios indivíduos a incorporam, conforme observamos nos depoimentos dos
sujeitos da pesquisa citada acima quanto à receptividade dos familiares e amigos à
6
sua opção pela profissão de enfermagem3 . Atentar, portanto, para a análise do
6
3
TORRES, Raimundo Augusto Martins. Gênero e trabalho de enfermagem: inserção e condição dos
enfermeiros do sexo masculino. 1999. Dissertação (Mestrado) Departamento de Enfermagem, Universidade
Federal do Ceará, Fortaleza, 1999.
gênero como categoria em pauta nas relações humanas – posto que são relações
mediadas por práticas de poder e movida pelo habitus4 cultural de uma dada sociedade
– é pôr em suspensão a fixidez das relações entre homens e mulheres. Desta forma, a
categoria gênero na nossa análise é considerada a partir das relações culturais e
sociais construídas entre os sexos, ou seja, numa perspectiva que não trata a
formação social e educacional de homens e mulheres isoladamente, mas de
relações fundadas na cultura e mediadas pelas relações de poder. Aqui,
demonstramos
nossa
perspectiva
teórica
fundamentada
nos/as
teóricos/as
contemporâneos, como Michel Foucault, Gilles Deleuze, Joan Scott, Guacira
Lopes Louro, Dagmar Meyer, Judith Butler, Donna Haraway, entre outro/as.
Sendo assim, faremos uma descrição das construções teórica da
categoria gênero e seus campos de estudos.
Gênero: campos de estudos e suas construções teóricas
A construção
da
categoria
gênero
que
enfatizamos
neste
estudo
liga-se
diretamente à história do movimento feminista contemporâneo, que na virada do
século XIX, no Ocidente, influenciou as mudanças sociais e políticas através de
manifestações contra
evidência
a
discriminação
feminina,
aparecendo
com
maior
no chamado “sufragismo”, que estendia o direito de voto às mulheres
(LOURO, 1997).
Este movimento se ampliou por vários países ocidentais e se
caracterizou como a
primeira “onda” do feminismo, que mesmo com suas
desigualdades, pleiteou algumas reivindicações
para as mulheres, como a
organização familiar, o acesso aos estudos, às formações profissionais, entre outras,
embora tais reivindicações fossem, sem dúvida, encampadas pelas mulheres
brancas e de classe média de alguns países desenvolvidos. Todavia, foi na dobra da
segunda “onda” feminista iniciada no final da década
4
de
1960
que
este
Habitus é um conceito de Bourdieu (1989) que implica na posição e na trajetória social dos indivíduos
e dos interesses associados a ela, sendo esquemas de percepção e de apreciação, como estruturas cognitivas e
avaliadoras, adquiridas através da experiência no mundo social
movimento se interessou pelas construções teóricas da categoria gênero, a partir
de debates entre militantes feministas e estudiosas do tema. E gênero passou a ser
problematizado, para além das preocupações sociais e políticas.
Contudo, o ano de 1968 é um marco de ebulição política e social
movimentado
por ações coletivas de insatisfação de grupos de intelectuais,
mulheres, negros, jovens, estudantes, em relação às grandes teorias universais,
ao vazio do formalismo acadêmico, à discriminação e segregação. De modo que, a
efervescência destes movimentos faz ressurgir várias estratégias de lutas, de
expressão e visibilidades que marcam um novo direcionamento à categoria. Gênero,
no entanto, será apropriado pelas
feministas
que
participam
do
mundo
acadêmico que, através do seu fazer intelectual, constroem os campos de estudo
sobre a mulher (LOURO, 1997).
As manifestações de 1968 repercutiram em outros países ocidentais
provocando mudanças de comportamento, nas ações políticas, nas construções
teóricas na academia e influenciando outros movimentos sociais ativos nesses países.
No Brasil, Gênero surge na década de 1980, influenciado pelo movimento de
libertação política contra o regime ditatorial vigente no país (LOURO, 1997).
Porém, é por volta da metade da década de 1970, mais precisamente em
1975 que a Organização das Nações Unidas decretou este ano como sendo o
Ano Internacional da Mulher (FERREIRA, 2000).
Deste modo, faz-se necessário historizarmos este percurso que o
movimento feminista teve, suas lutas, seu aparecimento e avanços no decurso da
histórica social e da política mundial. Para isso lançaremos um olhar histórico e ao
mesmo tempo crítico à luz de autores/as que fizeram de suas reflexões teóricas a
luta do cotidiano de suas vidas, ou seja, uma luta pelos direitos de igualdades e
oportunidades para todos/as.
Assinala-se ainda que o movimento feminista constituiu-se como um
movimento social que mais influiu no pensamento social e político ocidental, quando
se observa sua emergência no século XIX (BANDEIRA, 2000).
Porém, foi na metade do século XIX que este movimento teve
maior expressão, pois surgem, neste período, as primeiras correntes feministas
que se espalharam pelo mundo ocidental questionando e criticando a exclusão em
que viveram as mulheres ao longo da história da humanidade.
Localizamos uma periodização dos primeiros movimentos feministas,
que datam cem anos (1850 a 1950), através das pioneiras que lutaram pelo direito ao
voto e o acesso à instrução, ou seja, as sufragistas e igualitarístas (BANDEIRA,
2000). Neste aspecto,as reivindicações passam
profundamente
pelas
questões
trabalhistas vivenciadas no cotidiano das fábricas. Tais lutas atravessaram os
séculos XIX e XX e foram a base do movimento para novas lutas e batalhas
incorporadas às reivindicações contemporâneas que podem ser situadas entre as
décadas de 1960 a 1990. Neste período, as mulheres já ocupam os espaços
sociais e acadêmicos, surgindo assim, os primeiros estudos relativos a gênero.
Ressalta-se que o interesse por esta área de estudo, a partir do
ressurgimento da onda chamada “novo feminismo”, teve sua maior expressão a
partir dos anos 1960 nos países desenvolvidos. Porém, esse processo parece ter
efeito com a “ressaca” deixada pela Segunda Guerra Mundial e os esforços dos
movimentos sociais e organizações mundiais pela elaboração e pactuação
dos
direitos humanos universais postulados pela Organização das Nações Unidas.
Portanto, os Direitos Humanos trazem uma "nova ordem" no campo
do reconhecimento dos direitos das mulheres,
enquanto
sujeitos
sociais
e
políticos detentores de direitos inalienáveis e imprescritíveis. Estes direitos se
configuram como um código que orienta e direciona o campo feminino para as lutas
e o reconhecimento da igualdade e da disputa de poderes no aspecto social e político.
Muito embora o movimento feminista tenha se reorganizado a partir
deste código ético, temos a frisar que até hoje, estes sujeitos (mulheres) não
usufruem desta igualdade de direitos em vários aspectos de suas vidas (BARBIERE,
1993).
Assim, o movimento
feminista,
após
sua
imersão
em
diversos
campos sociais, elege diversos modos e formas de lutas e reivindicações,
constituindo-se como um movimento político em defesa dos direitos feministas.
Como frisa Bandeira (2000, p.17),
De um modo geral, podemos afirmar que o movimento feminista, sobretudo a partir da metade do
século XIX, foi o portador das vozes dissonantes da matriz hegemônica que recobriu e
predominou desde o mundo grego até a modernidade, ao resgatar a condição de exclusão e de
inferioridade da mulher, não apenas como categoria estatística e sócio-econômica, mas da
condição de sujeito sócio- histórico e cidadão.
No conjunto deste movimento e nas suas formas de expressão em defesa
das mulheres, identifica-se nas
dinâmica
relações
sociais
dos
seres
humanos
uma
de dominação e opressão consubstanciada pelas relações de poderes
instituídas na história da humanidade. No entanto, poderes não são apenas instituídos
no campo institucional, como o Estado e sua extensão burocratizada, mas sim um
modo de construir relações em que práticas de dominação e subordinação se
manifestam de vários modos, não seguindo modos determinados e unilineares nas
relações sociais.
Essa nova visão de poder traz outras compreensões, ou seja, não mais
aquela em que um poder total estava sobre as demais ordens institucionalizadas,
mas aquele que se difunde nas relações do afeto, nas produções discursivas e nas
mais variadas relações sociais.
Tal perspectiva é mais evidente à medida que a categoria toma corpo
nas produções acadêmicas e seus desdobramentos em outros campos de estudos,
como também adotando novas metodologias de pesquisa voltadas para os
aspectos sociológicos e culturais das relações de gênero, que focavam as questões das
mulheres.
Sendo assim, este modo de olhar as relações das mulheres nos
espaços sociais problematiza a relação natureza e cultura, quando privilegia no
centro
das produções acadêmicas explicações que questionam e, muitas vezes,
tentam justificar as desigualdades sociais e políticas em função de determinismos
biológicos.
Neste
sentido,
várias
vozes
foram
dissonantes
da
tese
das
determinações biológicas das diferenças entre os sexos, argumentando que todas as
formas
elementares de
sobrevivência
dos
seres
humanos
se
traduzem,
necessariamente, por construções sociais e culturais (BARBIERE, 1993).
No entanto, essa perspectiva tentou desvincular a determinação
biológica das questões sociais e explicar as desigualdades sociais e políticas no
campo feminino, porém, pareceu reforçar esta desigualdade à medida que colocara
os comportamentos humanos marcados, quase exclusivamente, por determinações
culturais.
Dentre tantas vertentes que problematizam as questões teóricas
explicativas do feminismo, podemos identificar uma primeira que influenciou as
construções e as diversas organizações que tratam das questões feministas. Neste
sentido, temos a perspectiva do patriarcado, onde algumas teóricas se utilizaram do
pensamento de Max Weber (BARBIERE, 1993), para explicar que a subordinação
feminina está centralizada na postura do pai, patriarca, ou seja, a submissão das
mulheres era produto deste ordenamento social e cultural. Portanto, destruir tal
ordenamento e desconstituí-lo enquanto ordem social, libertaria as mulheres do
jugo dos seus principais algozes, a submissão ao pai, filho (varão) e os demais
herdeiros homens.
As teóricas do patriarcado focam suas análises na subordinação
das mulheres e
homens
questionam
as
e
todavia,
mulheres,
desigualdades
fundamentam
entre
suas
proposições explicando a necessidade masculina de dominar as mulheres. Elas
reforçam a análise interna do sistema de gênero definindo-o como prioridade
em relação ao sistema social como um todo. Consideram ainda, que as diferença
físicas e a “dominação toma a forma de apropriação do trabalho reprodutivo da
mulher pelo homem ou da reificação sexual das mulheres pelos homens. Toda a
diferença física se reveste de um caráter universal e imutável” (FROTA, 2004, p.17).
O patriarcado se expandiu nas análises e produções acadêmicas tornandose um discurso político do movimento feminista e do campo analítico das teóricas
que aderiram a esta perspectiva.
É conveniente dizer que outras posições foram sendo constituídas e
pensadas pelas feministas. Dentre elas podemos localizar; a) as posições que se
utilizaram da tradição marxista e buscaram um compromisso com a crítica feminista;
b) as que se dividem entre o pós-estruturalismo francês e as teorias angloamericanas de relação de objeto, que se ampararam nas diferentes escolas da
psicanálise para explicar a produção e a reprodução da identidade do sujeito (SCOTT,
1995).
Tomando como
idéia
as
proposições
destacadas
por
Scott
(1995), focalizaremos as análises a partir das posições estruturalistas, notadamente,
no campo das correntes marxistas e, em seguida, passaremos às de base pósestruturalista, tentando delinear os pressupostos que fundamentam o objeto/tema deste
estudo.
Ao analisarmos a perspectiva do patriarcado, nota-se a ausência de
uma análise histórica nas relações sociais entre homens e mulheres, focandose no determinismo biológico que caracteriza a expressão objetiva, exclusiva,
dos sexos. Porém, as posições marxistas empreenderam outros modos de perceber
esta relação, ao agruparem à análise histórica as questões das relações sociais,
embora determinadas pela materialidade destas relações.
Para Scott (1995, p.78) as análises das marxistas se colocam em dois
pólos, o patriarcado e o capitalismo, ambos separados, porém interagindo
mutuamente. Mas, quando estas análises partem da corrente ortodoxa sobre os
modos de produção, as explicações das origens e das transformações do sistema de
gênero encontram-se fora da divisão social do trabalho. Para Scott (1995) famílias,
lares, sexualidades são, no fim das contas, todos, produtos cambiantes de modo
produção; percepção cunhada a partir da análise da obra de Engels (1884) – A
Origem da Família, da Propriedade Privada e o do Estado.
No entanto, a concepção materialista centra-se nos fatores determinantes
da história; em último caso, na produção e na reprodução da vida social. Porém,
para Engels e Marx a produção e a reprodução têm dupla definição, ou seja, em
primeira mão se relacionam com a garantia dos meios de sobrevivência, meios de
alimentação, habitação, entre outros; enquanto a segunda, refere-se à própria
produção/reprodução da espécie (ENGELS, 1987).
As argumentações das feministas marxistas se opõem à posição das
teóricas do patriarcado, ao rejeitarem as explicações naturalistas que colocam a
reprodução no campo biológico e que, por sua vez, determinam a divisão sexual do
trabalho.
As marxistas se atêm ao campo econômico destacando que os modos
de produção são determinantes na subordinação das mulheres, mas as relações de
gênero não são determinadas de maneira direta pelos sistemas econômicos. E
reconhecem também, que esse processo é anterior ao capitalismo e permaneceu no
socialismo.
Dentro dessa lógica das várias perspectivas de gênero localizamos
também, outra que
situa a divisão social do trabalho como motor das
desigualdades entre os sexos. Esta tese foi desenvolvida na França e tem como
principal representante Daniele Kergoat (RUBIN, 1993).
Sua abordagem
fundamenta-se fortemente nas categorias marxianas; dentre
elas,
inserção
têm-se
a
feminina no mercado de trabalho, os movimentos sindicais e as
análises sobre os processos de reestruturação produtivas tecnológicas.
Têm-se, portanto, muitas derivações do pensamento marxista nas
questões dedicadas às investigações sobre as mulheres; porém, é nessa busca da
problematização conceitual que a categoria gênero se expande como um campo
específico de estudos sobre as mulheres. E é com as feministas marxistas que esta
categoria passa a ter suporte do social. Gênero passa a ser o sexo socialmente
construído.
Gayle Rubin (1993) classifica esta construção do gênero a partir de
seus estudos sobre Marxismo, Lévi-Strauss e Freud, argumentando que eles
fornecem elementos-chaves à análises da vida social de homens e mulheres. Para
tanto, a autora nomeia gênero a partir de um sistema sexo/gênero, como sendo
“um conjunto de arranjos através dos quais uma sociedade transforma a
sexualidade
biológica
em produtos da atividade humana e na qual estas
necessidades sexuais transformadas, são satisfeitas” (RUBIN, 1993, p.2).
Tal definição relaciona
a produção/reprodução econômica
com
a produção/reprodução sexual, embora não possa reduzir esses processos apenas
ao campo econômico e biológico, pois no sistema sexo/gênero outros aspectos
podem ser observados, por exemplo, a formação da identidade de gênero que se
encontra no campo do sistema sexual.
Assim, o sistema sexo/gênero se configura como um campo amplo
que permite compreender a relação de dominação/subordinação homem/mulher, já
que trata de formas diversas e diferentes entre homens e mulheres em períodos
históricos diferentes, sinalizando as análises a partir das formas de organização social
existentes.
Porém, na visão marxista, os sujeitos sociais são trabalhadores,
camponeses ou capitalistas. E, portanto, estes sujeitos aparecem como homens e
mulheres sem muito significado dos modos de constituição de suas identidades e
subjetividades. No entanto, nos recortes sociais feitos por Lévi-Strauss e Freud,
percebe-se uma forte localização da sexualidade na sociedade, bem como as
diferentes experiências sociais vividas por homens e mulheres (RUBIN, 1993).
Lévi-Strauss se dedicou
ao
estudo
do
sistema de parentesco,
diferenciando-o de um sistema que tomasse como base a pirâmide biológica, pois
um antropólogo lida com esses tipos de sistemas a partir de categorias e status que
contradizem, na maioria das vezes, orientações genéticas (RUBIN, 1993).
Na obra de Engels citada anteriormente, percebe-se que há uma proposta
de criação de uma teoria que aponte a questão da opressão sexual no estudo do
parentesco. Neste sentido, constatamos também que Strauss contribui com esse
debate quando publicou em 1949 a obra As Estruturas Elementares do
Parentesco, que trata detalhadamente do casamento entre humanos.
Já a perspectiva da escola anglo-americana que se liga às vertentes
psicanalíticas e centram suas análises nas teorias das relações do objeto (Objectrelation theories), o desempenho de papéis são pontos cruciais observados na
criação das identidades dos sujeitos. Representadas algumas teóricas vêem que
esta construção reforça a tese defendida pelo funcionalismo sociológico, sendo nos
Estados Unidos, Nancy Chodorow e Gilligan, as autoras mais associadas com este
tipo de abordagem (BARBIERE, 1993; SCOTT, 1995).
No entanto, a Escola Francesa centra suas análises de gênero
nos referenciais
sobre
estruturalistas e pós-estruturalistas, privilegiando as leituras
a linguagem. Segue a linha Freudiana, diferenciando-se com seus
derivantes, como exemplo as vertentes lacanianas.
Para as duas escolas a preocupação central é com a identidade do
sujeito, como é criada a partir da infância e qual seu desdobramento na formação da
identidade de gênero. A concepção dos/as teóricos/as estruturalistas ocupar-se-á das
experiências concretas de vida na infância vividas no espaço familiar e como estas
influenciam no desenvolvimento sexual e de gênero de meninos e
meninas.
Enquanto as escolas pós- estruturalistas utilizaram-se da abordagem lacaniana da
linguagem como significado para fazerem suas análises do ordenamento simbólico que
se passa antes mesmo do exercício da linguagem real.
Com efeito, essas escolas influenciaram nas concepções das diversas
abordagens sobre as mulheres. Embora, a categoria gênero só tivesse maior
visibilidade na metade do século XX, quando algumas teóricas feministas colocaram
em discussão a oposição entre masculino e feminino, até então muito presente nos
estudos e pesquisas da área.
Portanto, gênero é uma categoria que vai assumir diversos empregos
e conceitos, com as seguintes substituições, sexo por gênero e depois de gênero por
mulher (SCOTT, 1995).
Scott (1995) destaca que gênero não aparece nos estudos acadêmicos
feministas
como
relações
sociais
ou
sexuais
marcadas
pela
posição
politicamente definida. Para ela, gênero parece não ter esse intuito de resguardar
seu conteúdo histórico de libertação ou de opressão entre os sexos. Daí advir várias
dificuldades em se trabalhar com uma categoria “neutra", que não se interessa pelas
diferenças vividas por homens e mulheres.
Todavia, na
contemporaneidade,
várias
feministas
trabalham
a
categoria gênero a partir das contribuições teóricas do pós-estruturalismo, em destaque os
estudiosos Foucault, Deleuze, Derrida, entre outros. Por sua vez, estes estudos se filiam
às análises pós-estruturalistas, empreendidas por Joan Scott, feminista americana que
define gênero como sendo um elemento constitutivo de relações sociais baseadas
nas
diferenças percebidas entre os sexos. Sendo ainda, uma forma primária de dar
significado às relações de poder (SCOTT, 1995).
A proposta é perceber a não-fixidez da categoria e tratá-la nos seus
aspectos relacionais colocando como reflexão “os mundos” em que homens e
mulheres se constroem e desconstroem. Analisá-la sem separação, pois de outro
modo, reforçamos a ótica binária da categoria nas relações de homens e mulheres no
contexto social, político e cultural. De modo que, ao percebemos as variadas maneiras
que legitimam os gêneros e como eles se constroem nas relações sociais, vai se
compreendendo os aspectos recíprocos do gênero e da sociedade, bem como as
maneiras particulares e contextuais de sua construção e desconstrução.
Quando Scott trabalha com a idéia de gênero como forma primária
de significação das relações de poder, sua análise sinaliza que as relações de
gênero se engendram no campo social mediadas por significados, linguagens, ações
e percepções traduzidas nas vidas concretas e simbólicas no campo social, político e
histórico. Pois são nestes campos que as relações sociais são legitimadas e
disputadas. Neste sentido, gênero constrói a política e, ao contrário também, a
política constrói o gênero, já que se dão no esteio das construções sociais e relacionais
dos sujeitos.
A base teórica de Scott se filia a alguns conceitos do pós-estruturalismo,
tais como linguagem, discurso, diferença e desconstrução, chamando a atenção de
como eles possibilitam ampliar
as análises do feminismo, especificamente, e de
outras categorias, de modo geral.
Deste modo, a autora se utiliza do conceito de linguagem como sendo
um sistema de códigos verbais e não-verbais que dão significados às práticas
culturais, às representações dos modos de ser e perceber o mundo e à maneira com
que homens e mulheres interagem entre si. É, portanto, a linguagem produtora e
reprodutora das formas de expressão e mediação entre os sujeitos e seus mundos.
A análise da linguagem em Scott é percebida como campo de
produção coletiva a partir do modo de organização social e cultural; portanto, ponto
de partida para se entender a produção das identidades dos sujeitos.
Aproximando a interpretação da linguagem de Scott ao conceito de
Foucault sobre discurso, percebe-se uma real articulação conceitual. Tendo em vista
que discurso para Foucault (1996) se relaciona com a estrutura histórica, social e
institucional de modos de expressão da linguagem, traduzidas por crenças, valores,
categorias, entre outras. Neste sentido, percebe-se a partir da conceituação de
discurso, uma forte relação entre gênero, poder e saber, com pontos interceptivos
entre as construções que Scott sinaliza e as apreensões conceituais de Foucault.
Neste sentido, faz-se necessário trazermos esta análise para o campo
da enfermagem como prática social, ou seja, um conjunto de saberes que distribuem
em dispositivos que impulsionam os sujeitos em seu cotidiano, seja constituído
modos de vida e/ou produzindo ações de cuidado com estes fazeres humanos.
E a enfermagem e sua constituição histórica já preenchem uma forte
relação com gênero e seus derivantes, pois aponta seu processo de trabalho
focado na articulação das mulheres em busca de um espaço de visibilidade social.
Porém, a divisão sexual e social é uma expressão de como esta relação
é expressa na estrutura social, bem como este agenciamento vai se constituir como
campo de força da inserção das mulheres na saúde e na enfermagem.
Há
um
reconhecimento
moderna reproduziu a divisão
consensual
de
que
a
enfermagem
social do trabalho existente na sociedade britânica,
havendo na estruturação nightingaleana as figuras das ladies-nurses e nurses,
ou
seja, aquelas exercentes da enfermagem que pensavam
os
e
coordenavam
cuidados e as que executavam. As primeiras provinham da classe social mais
elevada, preparadas para o ensino e supervisão de pessoal. As nurses eram da
classe
operária,
moravam
e trabalhavam no hospital durante todo o curso,
recebendo compensação financeira pelo seu trabalho.
A divisão social do trabalho em enfermagem naquele momento
histórico não se fez por acaso e continua até hoje, não por tradição, mas pela
posição ocupada pela mulher e sua adequação à estrutura do modo de produção
dominante.
Apesar da enfermagem atualmente ser quase eminentemente feminina,
vale salientar que, em seu nascedouro, nos hospitais militares britânicos,havia
os enfermeiros, soldados que não se adaptavam às fileiras do exército, sendo
remanejados às atividades do cuidado hospitalar (MELO, 1986).
Segundo Germano (1993), a figura masculina encontrada no âmbito
da saúde, e mais precisamente no hospital, não se referia somente aos enfermeiros,
mas, principalmente, ao médico que, em virtude do domínio do saber e pela sua
condição de gênero, era preparado para coordenar e mandar nos demais.
No Brasil, as primeiras atividades registradas de enfermagem eram
exercidas também por indivíduos do sexo masculino, como são exemplos os
padres jesuítas e os
irmãos-enfermeiros (GERMANO, 1993; MELO, 1986).
Segundo Pires (1989), no Brasil, inicialmente, as ações de cuidado ao enfermo não
se estruturaram como ofício, mas como atividade caritativa, sendo exercidas por
homens.
Neste sentido a enfermagem vai se constituíndo como uma prática
social, em que as relações de gênero são articuladas se expressando nos mais
diversos espaços de poder e saber, sendo mediadas pelo modo como seus sujeitos
ocupam os espaços sociais.
Todavia, gênero não tem ressonância nas práticas
de
enfermagem
isoladamente, pois dialoga com as categorias etnia e raça que implicada em
discutirmos o processo de análise das matrizes de desconstrução do pensamento
binário presente nas teóricas funcionalista.
Desta maneira, é importante colocarmos que a prática social
da enfermagem, e nossa perspectiva
teórica,
não
se
produz
focada
nas
matrizes materialistas
somente, mas contextualizada por uma conjunção de
elementos força que dão um positividade as representação sociais da mesma.
Aqui nos remetemos a Foucault(1979, p. 26) quando se ajuda a entender que
uma prática social é catalizada pelo conjunto de dispositivos que se constituem no
jogo de saber/poder produtivo, ou seja,
gerador
de
resistências,
“como
a
multiplicidade de correlações de forças imanentes ao domínio onde se exercem e
constitutivas de sua organização; o jogo que, através de lutas e afrontamentos
incessantes as transforma, reforça, inverte.”
No entanto, a prática social da enfermagem é corpo de forças da produção
e conservação desta, ou seja, os corpos produtivos (de significados, de economia,
de desejo, etc), são “máquinas que se afetam”(DELEUZE, 1997). São estratos que
estão numa cadeia circular que se movimenta e se afetam, ao mesmo tempo em que
7
estão sofre os agenciamentos5 seja da ordem disciplinar, da sujeição e/ou resistência.
Porém, ao pensarmos nesta perspectiva de corpos como máquinas,
desejantes, produtivos, reprodutivos, etc. Estamos nos remetendo ao campo de
uma pedagogia ou de uma prática social que nos dá possibilidade de
problematizar o contexto em que estão inseridos os sujeitos humanos “cuidados” pela
enfermagem.
Neste sentido, podemos levantar algumas interrogações sobre a prática
social da enfermagem a sua constituição histórica produzida pelo gênero e sua
relação outros marcadores sociais, como etnia e raça: a) Qual pensamento (teoria)
nos permite trazer esta prática como campo de força para analisarmos que saber e
poder implicam a enfermagem com estas categorias que estamos tratando
aqui(Gênero, etnia/raça)? b) Quais elementos se expressam na constituição da
enfermagem como uma prática social quando capitalizada pelo viés de gênero,
etnia/raça?
Entendemos que estas questões não são fáceis de serem respondidas
7 5
Agenciamento é uma estratégia maquínica de corpos, de ações e de paixões, ou seja, uma mistura de
corpos reagindo uns sobre os outros. E que se expressam através de enunciados que se remetem às
transformações incorpóreas sendo atribuídas aos corpos. O agenciamento tem lados territoriais ou
reterritorializados que o estabilizam e, de outra parte picos de desterritorialização que o arrebatam (MENEZES,
2006).
e também não é nossa intenção resolver tais indagações. Apenas, queremos
compartilhar sua reflexão e análise.
Deste modo, nos aproximando do que elegemos como a prática social
da enfermagem tida num contexto de pluralidade em que alguns conceitos são
apontados. Portanto, concebemos esta prática da enfermagem constituída de
dispositivos dialógicos, relacionais, éticos, estéticos e políticos. E com os quais
damos força nossas análises, assim descrevemo-los:
Destarte, as construções teóricas que amparam as análises sobre o
gênero, etnia/raça e a prática social da enfermagem se apóia em conceitos plurais,
tendo em vista que é na instância social, que saberes e práticas são produzidos e
engendrados como elementos mobilizadores das diversas sociabilidades.
Grato!
Prof. Dr. Rdo.Augusto Martins Torres.
REFERÊNCIAS
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Celecina de Maria Veras et al. (Orgs.). Feminismo: memória e história. Fortaleza:
Imprensa Universitária, 2000.
BARBIERE, Teresita de. Sobre a categoria
teórico- metodológica. Recife: S.O.S. Corpo, 1993.
gênero:
uma
introdução
BOURDIEU, Pierre. A dominação masculina. Revista Educação e Realidade,
Porto Alegre, v.1, p.133-184, jul./dez. 1995.
DELEUZE, Gilles. Foucault. Tradução de Cláudia Sant´Ana Martins. São
Paulo: Brasiliense, 1988.
ENGELS, Friedrich. A origem da família, da propriedade privada e do
estado. Tradução de Ciro Mioranza. Editora: Escala, São Paulo, [19--]. (Coleção
Grandes Obras do Pensamento Universal, n.2).
FERREIRA, Maria Mary. Movimento feminista, movimento de mulheres: ações
e desafios para as próximas décadas. In: SALAES, Celecina de Maria Veras et al.
(Orgs.). Feminismo: memória e história. Fortaleza: Imprensa Universitária, 2000.
FOUCAULT, Michel. Microfísica do poder. Tradução e organização de
Roberto Machado. 23. ed. Rio de Janeiro: Graal, 1979.
FROTA, Maria Helena de Paula; OSTERNE, Maria do Socorro Ferreira
(Orgs.). Família, gênero e geração: temas transversais. Fortaleza: EdUECE, 2004.
GERMANO, R. M. A ética e o ensino de ética na enfermagem do Brasil. São Paulo:
Cortez, 1993.
LOURO, Guacira Lopes. Gênero, sexualidade e educação: uma perspectiva
pós- estruturalista. Petrópolis, RJ: Vozes, 1997.
MELO, C. Divisão social do trabalho e a enfermagem. São
Paulo: Cortez, 1986.
MENEZES, Rodrigo Carqueja de. Devir e agenciamento no pensamento de
Gilles
Deleuze. Comum, Rio de Janeiro, v.11, n.26, p.66-85,
2006.
PEREIRA, Álvaro. O quotidiano profissional do enfermeiro: das aparências
às diferenças de gênero. Pelotas: Editora Universitária/UFPel; Florianópolis: UFSC,
1999.
RUBIN, Gayle. O tráfico de mulheres: notas sobre a “economia política” do
sexo. Recife: S.O.S. Corpo, 1993.
SCOTT Joan. Gênero: uma categoria útil de análise histórica. Porto
Alegre: Universidade Federal do Rio Grande do Sul, Faculdade de Educação, 1995.
(Gênero e educação, v.20, n.2).
TORRES, Raimundo Augusto Martins. Gênero e trabalho de enfermagem: inserção
e condição dos enfermeiros do sexo masculino. 1999. Dissertação (Mestrado
em Enfermagem) – Departamento de Enfermagem, Universidade Federal do Ceará –
UFC, Fortaleza, 1999.
GÊNERO, RAÇA/ETNIA E SAÚDE: INTERFACES DOS SABERES E
PRÁTICAS DA ENFERMAGEM
Enfa. Maria das Graças Lima8
Em nome da BEMFAM, agradecemos o convite da comissão de temas da
72ª Semana Brasileira de Enfermagem e da 42ª Jornada Maranhense de Enfermagem
promovidas pela ABEN-MA. A escolha deste tema expressa o compromisso político,
cultural e científico da ABEN-MA com a categoria de enfermagem. Compartilhar desta
mesa com o ²Prof. Doutor Raimundo Augusto Martins Torres é um privilégio e a
certeza plena do enriquecimento do debate.
Para abordar sobre, raça/etnia e saúde, é necessário fazer algumas
considerações sobre as assimetrias econômicas, exclusões e vulnerabilidades que
aprofundam as desigualdades em um país que a ³taxa de analfabetismo em mulheres
negras é o dobro das brancas, o salário inicial pago aos homens em 2010 foi, em média,
R$ 113,3 maior que o vencimento pago às mulheres no ato da admissão no emprego.
Outro fator que leva às relações de gênero desiguais é a reprodução dos
estereótipos no nosso cotidiano, que limitam o desenvolvimento pleno tanto de
mulheres quanto de homens, tendem a aprofundar outras desigualdades, estabelece uma
discriminação de classe, raça, religião, idade, orientação sexual, deficiência, etc.
4
Em uma perspectiva dos direitos humanos, a saúde é reconhecida como
o conjunto de condições integrais e coletivas de existência, influenciado por fatores
políticos, culturais, socioeconômicos e ambientais. Nesse sentido é impossível deixar de
considerar o avanço inegável da instituição da saúde como direito de todos (as) e dever
¹Enfermeira especialista em auditoria, planejamento em saúde pela Universidade Estácio de Sá - Laboro,Coordenadora Estadual do
Programa de Saúde Sexual e Saúde Reprodutiva da BEMFAM no Estado do Maranhão.
²Professor doutor em educação brasileira pela Universidade Federal do Ceará – UFC. Docente do quadro efetivo da Universidade
Estadual do Ceará – UECE.
³Perspectiva da Eqüidade no Pacto Nacional pela Redução da Mortalidade Materna e Neonatal-MS eCadastro Geral de Empregados
e Desempregados (Caged),
4
Saúde da População Negra no Brasil- Contribuições para promoção da equidade – Ministério da Saúde/Fundação Nacional de Sa
.Organizado pelos profs. Edgar Merchan Hamann e Pedro Luiz Tauil; coordenado pelo Departamento de Saúde Coletiva da
Faculdade de Ciências da Saúde da Universidade de Brasília e patrocínio do Ministério da Saúde e, junho de 2000.
www.saude.gov.br/sps/menu.htm#
do Estado (artigo 196 da Constituição Federal), entretanto, a garantia legal ao acesso e
igualitário às ações e aos serviços de saúde não tem assegurado aos negros e indígena so
mesmo nível, qualidade de atenção e perfil de saúde apresentado pelos brancos.
Indígenas, negros e brancos ocupam lugares desiguais nas redes sociais e trazem
consigo experiências também desiguais ao nascer, viver, adoecer e morrer.
Estudo realizado por Leal e col (2005), revela que mulheres que não
tiveram acesso a anestesia durante o parto vaginal foi maior entre as negras em
maternidades do Rio de Janeiro.
5.Segundo Alves e Barbosa (2), concentra-se no Brasil “a maior população
negra (englobando pretos e pardos) fora da África e a segunda do mundo, superada
apenas pela da Nigéria.” Mais de 40% da população brasileira corresponde a afrodescendentes. Em geral, esta fração da população, do ponto de vista econômico e social,
é mais pobre e menos instruída que o restante da população brasileira. Entre os afrodescendentes, apenas 2% recebem mais de dez salários mínimos mensais (2). Grande
parte vive na periferia de centros urbanos, com moradias inadequadas, baixa cobertura
de saneamento básico, proporção elevada de analfabetismo, pouca qualificação
profissional e pouca perspectiva de ascensão social. É uma população marginalizada,
discriminada socialmente e mais vulnerável à violência e a doenças.
É possível, portanto, que, o ponto de vista das doenças com forte
determinação genética, a população brasileira afro-descendente possa manifestá-las com
características próprias, no entanto, as doenças ligadas à pobreza, como desnutrição,
verminoses, gastroenterites, tuberculose e outras infecções, alcoolismo, etc., são mais
incidentes na população negra e não por razões étnicas. O acesso a serviços de saúde é
mais difícil e o uso de meios diagnósticos e terapêuticos é mais precário, produzindo,
em geral, evolução e prognóstico piores para as doenças que afetam negros no Brasil.
A mortalidade proporcional segundo idade (em anos) e raça/cor - Brasil,
2005, confirma a realidade acima exposta raça/cor: branca, 27,8%; preta 41,4%;
amarela 20,4%; parda 39,5% e indígena 25,0%.(SIM/SUS/MS).
É importante destacar que o racismo influencia como fator determinante
na produção das diversas violências, mas há um agravamento da violência quando é
mulher e é negra, que se dá dentro das comunidades onde está a maioria da população
negra – palafitas, ocupações, bairros populares, favelas, comunidades rurais quilombola,
desassistida das políticas públicas. Podemos ilustrar esta realidade apresentando os
dados Casos de Violência Sexual,registrados pelo VIVA por raça/cor e sexo, Brasil
2006-2007. Cor Branca: 38% Masculino e 32% Feminino, enquanto Parda e Preta: 52%
Masculino e 55% Feminino, Amarela, < 1% Masculino e 1% Feminino, Indígena: 0%
Masculino e 1% feminino.
Em novembro de 2006 é materializado um marco político importante,
fruto da luta do movimento afro brasileiro, o reconhecimento da desigualdade
étnico-racial na saúde, com aprovação pelo Conselho Nacional de Saúde da Política
Nacional de Saúde Integral da População Negral - PNSIPN com objetivo geral de
promover a eqüidade em saúde da população negra, priorizando o
combate ao racismo e a discriminação nas instituições e serviços do
SUS e objetivos específicos de promover a eqüidade em saúde da
população negra, priorizando o combate ao racismo e a discriminação
nas instituições e serviços do SUS;. reduzir os indicadores de morbimortalidade por: hipertensão arterial, diabetes mellitus, doença
falciforme, hiv/aids, tuberculose, hanseníase, câncer de colo uterino e
de mama, transtornos mentais.(Brasil,2007)
Esta política coloca na ordem do dia um grande desafio para o
desenvolvimento pleno e resolutivo; com a derrubada de práticas do
racismo institucional com o estabelecimento de ferramentas capazes
de promover uma re-significação de uma cultura não discriminatória
que contribuam para um modelo de gestão democrática que assegure
o direito universal.
69
A eficácia do cuidado em saúde varia de acordo com as condições
socioeconômicas do sujeito, o lugar onde ele vive, a qualidade dos equipamentos sociais
9 6
Saúde da População Negra no Brasil- Contribuições para promoção da equidade – Ministério da Saúde/Fundação Nacional de
Saúde.
que ele tem acesso, a sensibilidade, a humanização e compromisso da equipe de
profissionais pelos quais ele é atendido
De acordo com os dados registrados por Perpétuo (2000) em relação à
baixa qualidade do tratamento oferecido às mulheres negras, os dados da Pesquisa
Nacional de Demografia e Saúde – 1996 – evidenciam as diferenças raciais presentes no
cuidado oferecido às mulheres na área de saúde sexual e saúde reprodutiva. A não
realização de consultas ginecológicas completas, a ausência de consultas de pré-natal, o
número de consultas abaixo do preconizado e o não oferecimento do exame
ginecológico pós parto estiveram estatisticamente associados à variável cor da pele,
mesmo após ajuste e controle por nível de escolaridade e renda.
Na mesma pesquisa nacional, observou-se que, das mulheres entrevistadas
que tiveram filho(s) nos 5 (cinco) anos anteriores à realização da Pesquisa (n=3.025), as
negras apresentaram menores probabilidades de realizar a primeira consulta em período
igual ou inferior ao quarto mês de gravidez e maiores probabilidades de não terem
recebido assistência médica durante todo o período gravídico. A chance de pelo menos
um dos filhos dessas mulheres ter nascido em casa foi 3,73 vezes a chance observada
para as brancas.
Esta situação coloca o cuidado de enfermagem como dispositivo
técnico-assistencial que permite refletir e mudar os modos de operar este cuidado, em
uma
perspectiva
crítica
de
empoderamento
dos
sujeitos,
possibilitando
a
conscientização das pessoas em relação aos direitos constitucionais.
É importante, enquanto prática da enfermagem, identificar o racismo e
suas conseqüências sobre as mulheres negras; manejar os agravos prevalentes:
promoção de saúde, proteção, recuperação e reabilitação e acolhimento.
107
Aspectos importantes no cuidado a anticoncepção: ser portadora de
Anemia Falciforme não constitui em indicação para a esterilização. Os métodos para
contracepção são: barreira (preservativo masculino e feminino), contraceptivo oral
progestagênio, injetável à base de medroxiprogesterna, Dispositivo Intra-Uterino –
10 7
Manual de Diagnóstico e Tratamento de Doenças Falcêmicas, do Ministério da Saúde
(8incluso nos Critérios Médicos de elegibilidade – categoria 2), o uso de contraceptivos
orais combinados – (incluso nos Critérios Médico de Elegibilidade – categoria 2) e
Anticoncepção de Emergência – levonorgestrel.
Aspectos importantes no cuidado ao pré-natal de pacientes com anemia
falciforme: deve ser feito de modo mais apurado e com acompanhamento de um
hematologista. A anamnese inclui atenção especial às crises antes, durante e após as
gestações pregressas, a fim de se observar o curso da anemia antes desta gestação e,
principalmente, o comportamento observado em gestação anterior.
Os exames laboratoriais incluem hemograma completo com contagem
de reticulócitos, eletroforese de hemoglobina, ferro sérico, avaliação hepática e renal.
As pacientes devem receber suplemento de ácido fólico diariamente.
Gestante, com orientação sobre os riscos, identificação precoce de
sintomas e cuidados na hipertensão arterial e na diabetes mellitus - enfatizar a
necessidade da triagem neonatal para hemoglobinopatias, que inclui o diagnóstico da
anemia falciforme.
É fundamental garantir que seja aferida a pressão arterial de todas as
gestantes em todas as consultas de pré-natal. Atenção especial deve ser dada para
qualquer alteração nos níveis pressóricos das gestantes negras, com o devido
acompanhamento e encaminhamento para serviços de alto-risco, quando detectadas
alterações significativas.
Garantir a realização de dois exames de glicemia de rotina, conforme
preconiza o Programa de Humanização no Pré-natal e Nascimento.
Investigar se no município há comunidades quilombolas. Incluí-las
nas ações de saúde em uma abordagem adequada às suas necessidades considerando a
sua realidade.
Cuidados com os recém-nascidos: devem ser submetidos à triagem
neonatal, atentando especialmente para a anemia falciforme, e dispor de serviço para
atenção precoce aos portadores desta hemoglobinopatia, conforme preconiza o
Programa de Anemia Falciforme, criado em 2000 pelo Ministério da Saúde e cuja
operacionalização está a cargo dos estados e municípios.
Alguns avanços importantes na implantação POLÍTICA NACIONAL
DE SAÚDE INTEGRAL DA POPULAÇÃO NEGRA: a introdução do quesito cor nos
sistemas de informação em saúde, tanto no Sistema de Acompanhamento do Programa
de Humanização no Pré-natal como no Sistema de Informação do câncer do colo do
útero, o que permitirá análises mais precisas da situação de saúde das mulheres negras.
A Política Nacional de Atenção Integral às Pessoas com Doença
Falciforme e outras Hemoglobinopatias enfatiza as especificidades das mulheres em
idade fértil e no ciclo gravídico-puerperal. A anemia falciforme foi incluída no
conteúdo programático dos Seminários de Atenção Obstétrica e Neonatal Humanizada
Baseada em Evidências Científicas, que devem ser implementados nos estados e
municípios para a qualificação da atenção ao parto prestada pelos profissionais de
saúde às mulheres negras.
Os principais desafios: A produção de material sobre saúde das mulheres
negras e a inserção de temas relacionados com esta população na formação/capacitação
de profissionais de saúde, alinhadas com a vontade política do governo de eliminar
quaisquer formas de discriminação por conta das diferenças de raça/cor. Expandir a
Política Nacional de Atenção Integral às Pessoas com Doença Falciforme e outras
Hemoglobinopatias, por intermédio do apoio à capacitação de gestores estaduais e
municipais, elaboração e distribuição de material informativo e educativo sobre
gravidez da mulher com anemia falciforme.
Incluir o debate sobre o racismo no
processo de organização das Redes de Atenção Integral à Saúde das Mulheres em
Situação de Violência Doméstica e Sexual.
Muito Obrigada!
BIBLIOGRAFIA:
Organizado pelos profs. Edgar Merchan Hamann e Pedro Luiz Tauil; coordenado pelo
Departamento de Saúde Coletiva da Faculdade de Ciências da Saúde da Universidade de
Brasília e patrocínio do Ministério da Saúde e, junho de 2000.
www.saude.gov.br/sps/menu.htm#
Saúde da População Negra no Brasil- Contribuições para promoção da equidade – Ministério
da Saúde/Fundação Nacional de Saúde
OLIVEIRA, Fátima. Uma contribuição ao debate sobre raça/etnia e saúde. Sexualidade, gênero
e sociedade. Números 15 e 16. Edição Especial
Pacto Nacional pela Redução da Mortalidade Materna e Neonatal Atenção à Saúde das
Mulheres Negras, Brasil,2006
Costa, N F Pinto, Almeida, Mônica de -Normas Técnicas em Anticoncepção –BEMFAM,2007
COMUNICAÇÃO
ORAL
A CONDIÇÃO CRÔNICA E SUA INFLUÊNCIA NA SOBRECARGA
DO CUIDADO MATERNO
Daniele Castro Barbosa1; Francisca Georgina Macedo de Sousa2; Thiago Privado da
Silva3; Mirian Chaves Miranda4; Dennyse Cristina Macedo de Sousa5 ; Fabyanne de
Carvalho Nunes6
Introdução: as condições crônicas são definidas como problemas de saúde que persistem
durante determinado tempo, podendo ou não ser superados, assim como deixar ou não
sequelas. Dentre as condições crônicas que surgem na infância pode-se destacar as
cardiopatias, neuropatias, câncer, nefropatias, síndromes raras, entre outras. Todas estas
condições variam na intensidade dos sintomas como no comprometimento das funções
da criança. Entretanto, independente das alterações, exigem cuidados intensivos e
permanentes em contexto hospitalar e domiciliar. Na maioria das vezes, todas essas
funções ficam sob responsabilidade da figura materna configurando-se, portanto, como
fatores geradores de sobrecarga para a mãe cuidadora. Sob esta perspectiva questionase: qual a relação entre a condição crônica da criança e a sobrecarga do cuidado
materno? Objetivos: relacionar a condição crônica da criança com a sobrecarga materna
no cuidado diário ao filho. Metodologia: estudo exploratório, transversal descritivo com
abordagem quantitativa. Participaram da investigação 59 mães e uma cuidadora (avó) de
crianças com condições crônicas em tratamento no período de agosto a outubro de 2010.
Entre as mães, duas possuíam dois filhos com a mesma patologia totalizando 62
crianças. O estudo foi desenvolvido na internação pediátrica do Hospital Universitário
Materno Infantil (HUMI/UFMA), no serviço ambulatorial da Clínica Escola Santa
Edwiges da Associação de Pais e Amigos de Excepcionais (APAE) e em casas de apoio
a famílias de pacientes em tratamento no Hospital do Aparelho Locomotor (SARAH).
Para coleta de dados utilizou-se a Burden Interview - Escala de Sobrecarga para
Cuidadores Informais. Resultados: a relação entre a patologia da criança e a sobrecarga
do cuidado materno, aponta para uma maior sobrecarga entre as mães de crianças
neuropatas, tendo em vista que 57,6% mães que compõem a classificação sobrecarga
moderada possuem filhos com algum problema neurológico, o mesmo aconteceu com
100% das mães que apresentaram sobrecarga elevada. Após as neuropatias, os Erros
Inatos do Metabolismo e as Síndromes Raras, foram as patologias que sugeriram maior
sobrecarga materna, sendo que 25% das mães cuidadoras de filhos com esses problemas
apresentaram sobrecarga moderada, seguidas pelas nefropatias (9,61% das mães) e
cardiopatias (7,81% das mães). Conclusões: as mães de filhos com problemas
neurológicos enfrentam maior sobrecarga de cuidados relacionados às limitações
motoras e neurológicas das crianças e consequente dependência dessas crianças aos
cuidados maternos. Considerando esses aspectos o enfermeiro deve realizar um
planejamento consistente dos cuidados para suprir as necessidades da criança e da mãe
cuidadora.
Palavras-chaves: Enfermagem; Saúde da Criança; Doença Crônica.
_________________________________
1
Enfermeira, Mestranda em Enfermagem pela Universidade Federal do Maranhão, Membro do Grupo de
Estudo e Pesquisa na Saúde da Família, da Criança e do Adolescente - GEPSFCA/Universidade Federal
do Maranhão. E-mail: [email protected]
1
Enfermeira, Doutora em Enfermagem, Professora Adjunta do Curso de Graduação em Enfermagem da
Universidade Federal do Maranhão, Coordenadora do GEPSFCA/UFMA.
1
Enfermeiro, Membro do GEPSFCA/UFMA.
1
Enfermeira, Aluna da Residência em Enfermagem Clínico-Cirúrgica do Hospital Universitário -UFMA,
Membro do GEPSFCA/UFMA.
1
Enfermeira, Membro do GEPSFCA/UFMA.
1
Aluna do Curso de Graduação em Enfermagem da UFMA, Membro do GEPSFCA/UFMA, Bolsista
PIBIC/UFMA.
ANÁLISE DA COBERTURA DE PRÉ-NATAL DO SUS E DA
PREVALÊNCIA DO TÉTANO NEONATAL NO BRASIL.
BARROS, Marina Apolônio de1, COSTA, André Luís Braga2, MUALEM, Rayanne
Luiza Tajra3, THOMAZ, Érika Bárbara Abreu Fonseca4 ; ALBUQUERQUE, Rafaela
Pontes5; NETA, Raimunda Silva Santos6
INTRODUÇÃO: A assistência pré-natal visa a manter a integridade das condições de
saúde materna e fetal. Para isso, é necessário que o início do pré-natal seja o mais
precoce possível, de preferência antes da 12ª semana de gestação, a fim de identificar e
prevenir intercorrências clínicas, cirúrgicas e obstétricas que possam trazer agravos à
gestante e/ou ao feto. Devem-se oferecer diversas informações à gestante, e uma delas é
o esclarecimento sobre a importância das vacinas. Dentre as vacinas, a dupla tipo adulto
(dT) pode ser administrada com segurança em gestantes e constitui a principal medida
de prevenção do tétano neonatal. OBJETIVO: Analisar a prevalência do tétano neonatal
no Brasil no período de 1994 a 2008 relacionando com a cobertura de pré-natal do SUS.
METODOLOGIA: Trata-se de um estudo observacional do tipo ecológico, baseado em
dados secundários. A coleta de dados ocorreu no site do Ministério da Saúde, nos
relatórios de indicadores do SISPRENATAL e SINAN/SVS/MS, ano base 1994 a 2008.
Efetuou-se análise descritiva dos dados, comparando as taxas de cada ano em relação à
cobertura de pré-natal do SUS. RESULTADOS: A partir dos dados do
SINAN/SVS/MS, verificou-se que, no período avaliado, o tétano neonatal foi mais
prevalente na região Nordeste (60%), seguida da região norte (40%). Acredita-se que
este resultado pode ser explicado pelo fato de que essas regiões possuem um índice
socioeconômico inferior e que a ocorrência da doença é mais frequente em regiões onde
a cobertura vacinal da população é baixa e o acesso á assistência médica é limitado. Dos
dados coletados, destaca-se que houve uma redução de 291 casos para 5 casos no Brasil.
No entanto, é preciso levar em consideração que a subnotificação de casos de tétano
neonatal ainda permanece como um problema de grande relevância no Brasil. De
qualquer forma, a redução de casos notificados pode ser melhor analisada quando
relacionada com a cobertura de pré-natal do SUS. Da década de 90 até a o ano de 2008
houve um aumento da cobertura de pré-natal do SUS. Em 1994, observou-se um milhão
de atendimentos e em 2008 identificaram-se 19,1 milhões de atendimentos. A cobertura
do atendimento pré-natal, pelo menos uma consulta de pré-natal durante a gravidez,
aumentou. E a cobertura do atendimento pré-natal com pelo menos quatro consultas
subiu de 75,9% para 90%. Gestantes brasileiras com sete ou mais consultas de pré-natal
já são maioria, representando 57,1% em 2008, ao passo que em 2000 era 43,7%.
Investimentos em saúde, especialmente na Atenção Primária, com aumento da cobertura
da Estratégia de Saúde da Família e valorização das ações de Promoção de Saúde,
somados à sensibilização de gestores, profissionais e usuárias podem estar repercutindo
na melhoria destes indicadores. CONCLUSÕES: A cobertura de pré-natal do SUS está
aumentando no Brasil e, considerando que a vacinação contra o tétano é uma das
principais medidas preventivas do tétano neonatal, supõe-se um aumento na cobertura
vacinal dessa população assistida. Sugere-se, então, que esse crescimento esteja
relacionado com a redução da prevalência de tétano neonatal no Brasil.
Palavras-chave: Assistência pré-natal. Vacinação. Tétano neonatal.
1- Enfermeira. Mestranda em Enfermagem. Universidade Federal do Maranhão.
[email protected]
2- Enfermeiro. Universidade Federal do Maranhão. E-mail: [email protected]
3- Enfermeira. Residente de enfermagem. Universidade Federal do Maranhão.
[email protected]
4- Odontologista. Doutora em saúde pública. Docente da Universidade Federal do Maranhão.
[email protected]
5- Enfermeira. Residente de enfermagem. Universidade Federal do Maranhão.
rafaela.pontes@hotmail
6- Enfermeira. Universidade Federal do Maranhão. E-mail: [email protected]
E-mail:
E-mail:
E-mail:
E-mail:
ASPECTOS POSITIVOS E NEGATIVOS DO ENFRENTAMENTO
MATERNO NO CUIDADO A CRIANÇA COM CONDIÇÃO CRÔNICA
Mirian Chaves Miranda1; Francisca Georgina Macedo de Sousa2; Daniele Castro
Barbosa3; Dennyse Cristina Macedo de Sousa4; Thiago Privado da Silva5; Fabyanne de
Carvalho Nunes6
Introdução: a condição crônica é aquela que interfere no funcionamento corporal da
criança a longo prazo, requer assistência e seguimento por profissionais de saúde, limita
as atividades diárias, causa repercussões no seu processo de crescimento e
desenvolvimento. Rotineiramente, a mãe é quem permanece junto ao filho esforçandose para suprir todas as necessidades da criança. Para tanto, é fundamental que a mãe
cuidadora utilize determinados modos de enfrentar a situação a fim de lidar com as
demandas de cuidado do filho. Nesse contexto questiona-se: de que formas a mãe
enfrenta o adoecimento do filho? Objetivos: identificar os aspectos positivos ou
negativos do enfrentamento materno no cuidado ao filho com condição crônica.
Metodologia: estudo exploratório, descritivo e quantitativo. A população compreendeu
59 mães e uma cuidadora principal (avó) de crianças com condição crônicas em
tratamento ambulatorial e hospitalar entre agosto e outubro de 2010. Duas dessas mães
possuíam dois filhos com a mesma condição totalizando assim 62 crianças. O estudo foi
desenvolvido no serviço ambulatorial da clínica Escola Santa Edwiges da Associação de
Pais e Amigos de Excepcionais (APAE), no serviço de internação pediátrica do Hospital
Universitário Materno Infantil (HUMI) e com pacientes do Hospital do Aparelho
Locomotor – SARA. O instrumento de coleta de dados foi a Escala de Modos de
Enfrentamento de Problemas – EMEP que é composta por 45 itens que, neste estudo,
foram distribuídos em dois grupos o enfrentamento materno positivo e o enfretamento
materno negativo. Destaca-se que este estudo faz parte de um projeto maior financiado
pela Fundação de Amparo a Pesquisa e ao Desenvolvimento Científico e Tecnológico
do Maranhão – FAPEMA. Resultados: os resultados encontrados demonstram que os
itens “Espero que um milagre aconteça”, “Eu rezo ou oro”, “Eu insisto e luto pelo que
quero”, “tento ser uma pessoa mais forte e otimista”, “Eu me concentro nas coisas boas
da vida”, “Eu sonho ou imagino um tempo melhor que esse que estou” e “Eu me apego
a minha fé para superar esta situação” tiveram frequência expressiva para a resposta
sempre (acima de 60%) denotando formas de enfrentamento positivas focalizadas em
aspectos como a religião e o pensamento positivo frente à situação. Os itens “Eu tento
guardar meus sentimentos para mim mesma” e “Eu desejaria poder mudar o que
aconteceu comigo” foram os itens do enfrentamento negativo mais utilizados pelas
mães devido a maior frequência da resposta sempre (acima de 40%). Tais dados
demonstram que as formas negativas de enfrentamento mais usadas estavam associadas
ao afastamento do suporte social e ao pensamento fantasioso mediante a condição do
filho. Conclusões: o enfrentamento positivo foi bastante utilizado sobrepondo-se, porém
não extinguindo, o enfrentamento negativo que permaneceu bastante heterogêneo em
sua utilização. Entendendo-se que os modos de enfrentamento utilizados são individuais
e passíveis de mudanças de acordo com as oscilações cotidianas, não é possível julgálos. Importa respeitar a situação vivida pela mãe/cuidadora bem como identificar os
modos de enfrentamento utilizados por ela adequando a assistência para promoção de
um cuidar sensível as necessidades maternas.
Palavras-Chave: Enfermagem; Cuidado; Doença Crônica.
_________________________________
1
Enfermeira, Aluna da Residência em Enfermagem Clínico-Cirúrgica do Hospital Universitário -UFMA,
Membro do Grupo de Estudo e Pesquisa na Saúde da Família, da Criança e do Adolescente GEPSFCA/Universidade Federal do Maranhão. E-mail: [email protected]
1
Enfermeira, Doutora em Enfermagem, Professora Adjunta do Curso de Graduação em Enfermagem da
Universidade Federal do Maranhão, Coordenadora do GEPSFCA/UFMA.
1
Enfermeira, Mestranda em Enfermagem pela Universidade Federal do Maranhão, Membro do
GEPSFCA/UFMA.
1
Enfermeira, Membro do GEPSFCA/UFMA.
1
Enfermeiro, Membro do GEPSFCA/UFMA.
1
Aluna do Curso de Graduação em Enfermagem da UFMA, Membro do GEPSFCA/UFMA, Bolsista
PIBIC/UFMA.
ASSISTÊNCIA
DE
ENFERMAGEM
FRENTE
SITUAÇÕES
DE
VIOLÊNCIA SEXUAL CONTRA A MULHER – UMA ABORDAGEM
ÉTICA
Lucian da Silva Viana¹, Agostinha Pereira Rocha Neta², Alice Bianca Santana Lima²,
Neidna Raissa Soeiro de Almeida², Vanessa Moreira da Silva², Carlos Leonardo
Figueiredo Cunha³
INTRODUÇÃO: A violência contra a mulher é um fenômeno universal que ocorre
em populações de diferentes níveis de desenvolvimento econômico e social. Sabendo
disso, o enfermeiro, como profissional inserido dentro do ciclo de atendimento a
essas mulheres, deve conduzir o atendimento avaliando os aspectos éticos que
permeiam a situação. OBJETIVO: Objetiva-se abordar a assistência prestada pela
enfermagem às mulheres frente à situação de violência sexual, com enfoque ético
sobre o tema. METODOLOGIA: Realizou-se uma pesquisa sistemática nacional em
livros, teses, dissertações e revistas eletrônicas, com publicações dos últimos dez
anos sobre a violência contra a mulher. Utilizou-se as bases de dados: Bireme,
Google Acadêmico e Scielo. RESULTADOS: A mulher submetida aos agravos
físicos, psicológicos e sociais decorrentes da violência sexual, ao pedir ajuda, muitas
vezes está sujeita a sofrer outra violência: a do preconceito, do julgamento e da
intolerância. Estes fatores dificultam que se conheça a prevalência real deste tipo de
violência na população. Assim, o enfermeiro por ser na maioria das vezes o primeiro
profissional a se deparar com a situação, deve embasar o atendimento em condutas
éticas que ofereçam o suporte adequado à situação, abstendo-se de qualquer
julgamento de valor ou crenças. Nesse sentido, a capacitação dos enfermeiros deve
incluir tanto conhecimentos técnicos quanto a reflexão sobre suas atitudes e seus
conceitos de violência. CONCLUSÃO: Faz-se necessário que o enfermeiro busque
formas de apoiar as mulheres que vivenciam a violência sexual no processo de
reconstrução de suas vidas. Baseado no exposto, o conhecimento adquirido com
pesquisa reforça a necessidade do desenvolvimento de programas educacionais que
abordem a problemática, focando a relevância da ética no cotidiano do trabalho da
enfermagem.
Palavras-chave: Violência sexual. Assistência de enfermagem. Ética de enfermagem.
_______________________________
1. Acadêmico em Enfermagem pela Universidade Federal do Maranhão – UFMA. Email:
[email protected]
1. Acadêmico (a) em Enfermagem pela Universidade Federal do Maranhão - UFMA
3. Enf. Ms. em Saúde Materno-Infantil pela Universidade Federal do Maranhão - UFMA
ASSISTÊNCIA DE ENFERMAGEM AO PACIENTE COM O
DIAGNÓSGICO DE INCONTINÊNCIA URINÁRIA DE ESTRESSE.
ALBUQUERQUE, Rafaela Pontes1; CARVALHO, Líscia Divana Pachêco 2; ARAÚJO,
Rayanne Luiza Tajra Mualem3; BARROS, Marina Apolônio de4; COSTA, André Luís
Braga5; NETA, Raimunda Silva Santos6
INTRODUÇÃO: A incontinência urinária afeta pessoas de todas as idades, porém é
particularmente comum nos idosos. Embora a incontinência não seja uma conseqüência
normal do envelhecimento, as alterações no trato urinário ligadas ao envelhecimento
predispõem a pessoa idosa à incontinência. O tratamento para incontinência pode ser
cirúrgico, pela técnica de SLING, ou medicamentoso, associado à fisioterapia da
musculatura pélvica. O fato é que para esse problema constrangedor que atinge milhares
de pessoas, existe tratamento, mas muitas pessoas não o procuram. OBJETIVO:
Elaborar os diagnósticos de enfermagem apresentados por uma paciente portadora de
incontinência urinária de estresse submetida à cirurgia de sling nas fases pré e pósoperatórias, identificar resultados esperados e estabelecer as intervenções de
enfermagem. METODOLOGIA: Relato de experiência realizado em uma paciente
internada na Ala “A” da Clínica Cirúrgica do Hospital Universitário Unidade Presidente
Dutra da Universidade Federal do Maranhão. A coleta de dados aconteceu no mês de
março de 2010 e baseou-se na anamnese, exame físico e consulta aos registros de
prontuário. Utilizou-se para elaboração dos diagnósticos a nomenclatura da North
American Nursing Diagnosis Association (NANDA, 2011). Estabeleceu-se os
resultados e as intervenções de enfermagem segundo nomenclaturas padronizadas Classificação das Intervenções de Enfermagem (NIC) e Classificação dos Resultados de
Enfermagem (NOC). RESULTADOS: M. J. P., 67 anos, feminino. Gesta: 10, Para: 8,
Aborto: 2. Queixa principal: incontinência urinária. Há 10 anos durante cirurgia de
perineoplastia, já apresentava incontinência urinária a qual se agravou, motivo de
procura ao serviço de saúde. Apresenta sono não reparador devido à incontinência.
Sedentária, hipertensa e acometida por Acidente Vascular Encefálico há 2 anos, sem
seqüela aparente. Eliminação vesical presente e espontânea, porém sem controle
esfincteriano. Diagnóstico médico: incontinência urinária, submetida à cirurgia de sling.
Os diagnósticos de enfermagem identificados no pré e pós-operatório foram: estilo de
vida sedentário; conhecimento deficiente; eliminação urinária prejudicada; integridade
tissular prejudicada; comunicação verbal prejudicada; dentição prejudicada; risco de
infecção; insônia; débito cardíaco diminuído; incontinência urinária de esforço. Foram
realizadas intervenções de enfermagem (NIC) aos diagnósticos estabelecidos: oferecer
informações sobre diagnóstico, tratamento e prognóstico; manter níveis pressóricos
dentro do padrão da normalidade; orientar e incentivar o autocuidado; monitorar para as
manifestações de infecção; promoção de segurança e conforto; cuidados com a ferida
operatória; observar circunstâncias físicas e/ou psicológicas que interferem no sono.
CONCLUSÃO: Este estudo possibilitou um cuidado de enfermagem de forma
sistematizada além de contribuir para a experiência e aprendizagem de conhecimentos.
Palavras-chave: Cuidado. Diagnóstico de Enfermagem. Assistência de Enfermagem.
1- Enfermeira. Residente de enfermagem. Universidade Federal do Maranhão. E-mail:
[email protected]
2- Odontologista. Mestre. Docente da Universidade Federal do Maranhão. E-mail: [email protected]
3- Enfermeira. Residente de enfermagem. Universidade Federal do Maranhão. E-mail:
[email protected]
4- Enfermeira. Mestranda em Enfermagem. Universidade Federal do Maranhão. E-mail:
[email protected]
5- Enfermeiro. Universidade Federal do Maranhão. E-mail: [email protected] 6- Enfermeira.
Universidade Federal do Maranhão. E-mail: [email protected]
AUTO-EXAME DAS MAMAS: CONHECIMENTO E PRÁTICAS DAS
MULHERES ATENDIDAS EM UMA UNIDADE BÁSICA DE SAÚDE
ABREU, Jerusa Emídia Rôxo de¹; AQUINO, Dorlene Maria Cardoso²; DESTERRO,
Priscila Henriqueta Oliveira³; MORAIS, Cintia Daniele Machado de4; MOREIRA,
Thaís Marques5 ; ROCHA, Tânia Pavão Oliveira6
INTRODUÇÃO: O câncer de mama caracteriza-se como uma doença de grande
morbidade e mortalidade entre a população mundial, portanto o diagnóstico precoce é
imprescindível. OBJETIVO: Esta pesquisa objetivou identificar o conhecimento e a
pratica do auto-exame das mamas pelas mulheres atendidas no posto de saúde,
pertencente a estratégia saúde da família, localizado na Vila Nova República em São
Luís-MA; buscando também, levantar o perfil sócio-econômico das
mulheres
entrevistada; conhecer a freqüência da realização do auto-exame nas mulheres e
levantar os fatores dificultadores para a realização do auto-exame das mamas pelas
mulheres. METODOLOGIA: O presente trabalho constitui-se em um estudo descritivo
que usa métodos da abordagem quantitativa, realizado no Centro de Saúde da Vila Nova
República, Dr. José Ribamar Frazão Corrêa, no período de agosto a outubro de 2009.
RESULTADO: A amostra compõe-se de 25 mulheres que compareceram neste período,
para a realização do exame preventivo do câncer de colo uterino. O instrumento de
coleta de dados foi elaborado e compõe-se de um questionário composto de 15
perguntas abertas e fechadas, divididos em 3 partes: Na primeira parte compõem-se de
dados que permitem caracterizar a amostra em relação aos dados sócio-econômicos; na
segunda parte os dados buscam identificar nas mulheres, noções sobre o câncer , bem
como a freqüência da realização do auto-exame das mamas e na terceira parte os dados
permitem levantar os fatores dificultadores
para a realização do auto-exame das
mamas. CONCLUSÃO: Os dados da pesquisa evidenciaram que 40% das mulheres
mantêm relação estável; 56% possuem o ensino médio, são do lar, possuem 01 filho,
tendo como renda máxima na família 1 salário mínimo.Em relação ao conhecimento e
prática do auto-exame das mamas observou-se que: 88% tem o conhecimento, porém
apenas 56% fazem a auto-exame em suas casas, contudo, de forma errada e no período
errado. Quanto aos fatores dificultadores informados, destacou-se o esquecimento por
parte das mulheres. Portanto, é necessário os profissionais de saúde conscientizem
melhor ás mulheres, através de campanhas educativas, sobre a importância desta prática
para que estas, dêem mais importância ao auto-exame das mamas, uma vez, que a
detecção precoce do câncer nos estágios iniciais possibilita em muitos casos aumento de
chances significativas de cura e também de utilização de tratamentos menos agressivo,
proporcionando assim um aumento da expectativa de vida dessas mulheres.
palavras-chaves: câncer de mama, auto-exame das mamas, conhecimento e prática
_______________________________
¹ Enfermeira do Hospital Universitário Presidente Dutra(HUPD)e da Estratégia Saúde da
Família(SEMUS), Preceptora do PET Saúde da Família, mestranda em Saúde e Ambiente.
² Enfermeira Doutora em Patologia Humana pela UFBA, professora da Universidade Federal do
Maranhão – UFMA, Coordenadora da árvore do PET Saúde da Família.
3
Enfermeira da Estratégia Saúde da Família do Município de Rosário - MA.
4
Graduanda de Enfermagem, do 5º Período da UFMA.
5
Graduanda de Enfermagem, do 5º Período da UFMA. Bolsista do PET Saúde da Família.
e-mail: [email protected]
6
Enfermeira do Hospital Universitário Presidente Dutra(HUPD)e da Estratégia Saúde da
Família(SEMUS), mestranda em Ciências da Saúde.
CAMPANHA DE VACINAÇÃO COMO OPORTUNIDADE PARA
ATUALIZAÇÃO DA VITAMINA A.
LIMA, Élida Chaves de Carvalho 1 ; OLIVEIRA, Danielle Luce Almeida ²; SOUSA,
Francisca Georgina Macedo ³; AMARAL, Márcia Raquel Lima 4
Introdução: A vitamina A é essencial ao crescimento e desenvolvimento do ser humano.
É a vitamina mais estudada, pois pode causar xeroftalmia, que quando não tratada, leva
a cegueira irreversível. A hipovitaminose A é um problema de saúde pública que
acomete principalmente pré-escolares e pessoas com baixo nível socioeconômico,
devido à alimentação inadequada. Desde 1994, o Ministério da Saúde intensifica as
ações do Programa Nacional de Suplementação de Vitamina A – Vitamina A Mais, com
o objetivo de reduzir e erradicar a hipovitaminose no país, atuando principalmente na
região nordeste. A megadose da vitamina é indicada para crianças de 6 meses a 59
meses de idade, com dosagem de 100.000 (para crianças de 6 meses a menores de um
ano) e 200.000 UI (para crianças de 12 a 59 meses), com intervalo de 6 meses entre as
doses. Objetivo: Descrever a estratégia para atualizar o calendário de doses da vitamina
A utilizando o Dia Nacional de Vacinação. Metodologia: Trata-se de relato de
experiência realizado a partir da avaliação da Caderneta de Saúde da Criança, no que
diz respeito ao número de doses aplicadas de vitamina A de crianças maiores de seis
meses e menores de dois anos, durante o Dia D da Campanha de Vacinação contra a
Influenza no dia 30 de abril de 2011, realizada em uma Unidade Básica de Saúde na
periferia de São Luís/MA. As crianças que estavam com doses atrasadas, foram
atualizadas com a administração das megadoses respectivas às idades. Resultados: No
dia D da Campanha de Vacinação contra a Influenza, compareceram à unidade de saúde
49 crianças para serem vacinadas, destas, 44,8% iniciaram o esquema da vitamina A
com idade acima de seis meses, sendo que três crianças receberam a primeira dose com
mais de 18 meses de idade. No que diz respeito à segunda dose, quatro crianças, que
corresponde a 20,4% receberam com mais de 18 meses de idade. Duas crianças (4%)
fizeram a 3ª dose com a idade adequada de 18 meses. Conclusão: O Maranhão, por ser
um estado da região nordeste, é considerado área de risco para o desenvolvimento da
hipovitaminose A, devido à ingesta inadequada de nutrientes e níveis de pobreza
maiores do país. Portanto, há necessidade de conscientização maior por parte dos
profissionais de saúde e dos familiares, quanto à importância da vitamina A para o
crescimento e desenvolvimento humano. As Campanhas de Vacinação, por se tratar de
uma ação de saúde pública de grande alcance, torna-se uma excelente oportunidade para
atualização, não só calendário vacinal da criança, mas, também como uma grande aliada
na busca da cobertura da vitamina A, para que desta forma, a hipovitaminose seja
controlada ou erradicada no país.
Palavras-chave: Enfermagem, Vitamina A, Campanhas de Vacinação.
________________________________
1
Enfermeira Assistencial da Estratégia Saúde da Família do município de São Luís – MA, Especialista
em Saúde da Família, Membro do Grupo de Estudo e Pesquisa na Saúde da Família, da Criança e do
Adolescente – GEPSFCA/UFMA. E-mail: [email protected].
² Enfermeira Assistencial da Estratégia Saúde da Família do município de São Luís – MA, Especialista
em Saúde da Família, Membro do Grupo de Estudo e Pesquisa na Saúde da Família, da Criança e do
Adolescente – GEPSFCA/UFMA.
³ Enfermeira, Doutora em Enfermagem, Docente da Universidade Federal do Maranhão, Coordenadora
do GEPSFCA
4
Enfermeira Assistencial da Estratégia Saúde da Família do município de São Luís – MA, Especialista
em Saúde da Família, Membro do Grupo de Estudo e Pesquisa na Saúde da Família, da Criança e do
Adolescente – GEPSFCA/UFMA.
EMPREENDENDO ESFORÇOS E APONTANDO DIFICULDADES NO
CUIDADO AO FILHO COM PARALISIA CEREBRAL
Dennyse Cristina Macedo da Silva1; Francisca Georgina Macedo de Sousa2; Thiago
Privado da Silva3; Andrea Cristina Oliveira Silva4 ; Daniele Castro Barbosa5
Introdução: O cuidado materno à criança com paralisia cerebral caracteriza-se como
uma experiência complexa que demanda atenção permanente que envolve consultas,
fisioterapia e cuidados domiciliares com a alimentação, higiene e administração de
medicamentos. Por ser a mãe, na grande maioria das vezes, o principal cuidador, é sobre
ela que recai todo o cuidado ao filho. A partir da afirmativa foi elaborada a seguinte
pergunta de pesquisa: que significados são revelados pela mãe ao cuidar do filho com
paralisia cerebral? Objetivo: Compreender dificuldades e esforços da mãe no cotidiano
de cuidados à criança com paralisia cerebral. Metodologia: estudo descritivo com
abordagem qualitativa. Para coleta de dados foi utilizada a entrevista não estruturada na
modalidade não dirigida. Para apoiar a coleta e a análise dos dados foram utilizados os
pressupostos da Análise Temática. Participaram do estudo 10 (dez) mães de crianças
com diagnóstico de paralisia cerebral atendidas no ambulatório de Fisioterapia da
Clínica Escola Santa Edwiges. As entrevistas foram realizadas após as sessões de
fisioterapia as quais as crianças eram submetidas em pleno acordo com a mãe e
profissionais do serviço. Para garantir sigilo, privacidade e a redução de ruídos e
interferências de terceiros, as entrevistas foram realizadas em ambiente especifico
definido pela coordenação do serviço. Resultados: neste manuscrito serão descritos dois
temas relativos às dificuldades e esforços vivenciados pelas mães no cuidado ao filho
com paralisia cerebral: Dificuldades do processo de cuidar do filho e Esforçando-se para
atender todas as necessidades do filho. As dificuldades de locomoção aliadas ao tamanho e
ao peso da criança são as maiores dificuldades relatadas pelas mães no processo de cuidar do
filho. Os indicadores do crescimento (peso e idade) conferem dificuldades ao cuidado e queixas
maternas de dores e desconfortos resultantes do esforço empreendido nos cuidados diários que
exigem mobilidade da criança. Esforçando-se para atender todas as necessidades do filho
as mães vivenciam a exigência de integral disponibilidade para o cuidado do filho afetando
inclusive a satisfação de suas próprias necessidades. O cuidado materno significa para as mães,
trabalho, compromisso, responsabilidade e dedicação. Nesse processo as mães se percebem
essenciais aos cuidados e vivenciam dificuldades em partilhar o cuidado do filho com
outros agentes por acreditarem que estes não saberiam cuidar como elas. O filho passa a
ser a prioridade absoluta da mãe, e, assim, disponibiliza-se integralmente ao filho.
Conclusão: ao cuidar do filho com paralisia cerebral as mães empreendem esforços e
despertam sentimentos, significados e emoções de amor, orgulho e satisfação. Apesar
das dificuldades apresentadas para a manutenção do regime terapêutico que a condição
do filho exige, as falas revelaram mães fortes e esperançosas. Considerar as dificuldades
e esforços despendidos pela mãe durante o cuidado ao filho com paralisia cerebral
contribui para uma prática profissional de Enfermagem eficaz e coerente com o
contexto e realidades de cada mãe e de cada família.
Descritores:Enfermagem; Comportamento Materno; Cuidado; Criança;
____________________________________
1- Enfermeira, Membro do GEPSFCA. E-mail: [email protected]
2-Enfermeira, Doutora em Enfermagem, Docente dos Cursos de Graduação e Pós-Graduação em
Enfermagem da Universidade Federal do Maranhão, Coordenadora do Grupo de Estudo e Pesquisa em
Saúde da Família, da Criança e do Adolescente – GEPSFCA
3-Enfermeiro, Membro do GEPSFCA
4-Enfermeira, Doutoranda do Programa Interinstitucional UFMA/EERP-USP, Docente do Curso de
Enfermagem da UFMA, Membro do GEPSFCA
5-Enfermeira, Mestranda do Programa de Pós-Graduação em Enfermagem da UFMA, Membro do
GEPSFCA
FATORES DE RISCO PARA DOENÇAS CARDIOVASCULARES
EM JOVENS
COSTA, Josiane dos Santos¹; CORRÊA, Laísa Brenda²; MORAIS, Cintia Daniele
Machado³; MOREIRA, Thais Marques4; VIANA, Lucian da Silva5 ;
AZEVEDO,
Patrícia Ribeiro 6
INTRODUÇÃO: As doenças cardiovasculares são responsáveis por aproximadamente
300 mil mortes por ano e estão acometendo cada vez mais, pessoas jovens. Várias
doenças estão diretamente relacionadas ao modo de viver da sociedade. Na medida em
que a modernização ganha espaço, as pessoas mudam seus hábitos de vida. O
sedentarismo, associado à má alimentação leva as pessoas a adquirirem doenças que se
constituem fatores de risco para o desenvolvimento de doenças cardiovasculares, como
por exemplo, o diabetes mellitus, a hipertensão arterial e obesidade. Todos esses fatores
fazem com que haja um enfoque ainda maior na promoção da saúde, no bem estar e a
prevenção da doença. OBJETIVO: Traçar os principais fatores de risco para o
desenvolvimento das DCVs em jovens, afim de que os mesmos auxiliem uma
prevenção efetiva. METODOLOGIA: Trata-se de um estudo a partir de um
levantamento bibliográfico realizado na base LILACS e SCIELO usando seis artigos
publicados entre 1997 a 2006, sendo utilizados os descritores: doença cardiovascular,
atividade física, prevenção, jovens, obesidade e alimentação. RESULTADOS: O IMC
na população jovem tem se mostrado com freqüência acima da esperada, associado a
hábitos de vida que tendem a favorecer o desenvolvimento das doenças
cardiovasculares. Alguns artigos apontaram o excesso de peso como fator de risco para
o desenvolvimento de doenças. Os dados epidemiológicos mostraram que o número de
crianças obesas aumentou, o consumo do álcool e tabaco tem ocorrido cada vez mais
cedo. O alcoolismo na infância foi citado como um problema social que deve ser
discutido amplamente, a influência do ambiente familiar é fundamental, uma vez que o
uso abusivo do álcool pelos familiares é capaz de levar uma criança a despertar o
interesse pela bebida, um fator agravante do processo da doença. O acréscimo de
atividade física, seja no lazer, seja em atividades formais, tem sido associado a uma
melhor expectativa de vida e decréscimo do risco cardiovascular. Isso se dá pela
prevenção do desenvolvimento da obesidade, evita a elevação da pressão arterial,
melhora a resistência à insulina e também evita a elevação do colesterol,
freqüentemente presentes em crianças e adolescentes. Os estudos demonstraram que a
realização de atividades como palestra, reuniões ou encontros que abordem os fatores de
risco pra doença cardiovascular: tabagismo, dislipidemias, hipertensão arterial, diabetes
mellitus, obesidade, sedentarismo tem sido uma alternativa no combate ao
desenvolvimento precoce dessas doenças. CONCLUSÃO: É necessário trabalhar de
forma multidisciplinar desenvolvendo um papel preventivo para combater as doenças
cardiovasculares em jovens a partir do monitoramento contínuo da prevalência dos
fatores de risco. Já que os fatores de risco se instalam na infância, sua abordagem
também deve começar lá, tendo a família como grupo social com fim na proposição de
uma transformação que envolva conhecimentos, práticas e atitudes e um ambiente
escolar saudável como oportunizador de práticas cotidianas. Além disso, promovendo
educação, conscientizando jovens, para a realização de exercícios físicos, consumo de
frutas e verduras e ainda evitar o consumo excessivo de bebidas alcoólicas e do tabaco
visando diminuir a progressão das DCV e suas complicações proporcionando um
envelhecimento com qualidade.
Palavras- chave: Jovens, doenças cardiovasculares, obesidade
________________________________
¹ Acadêmica de Enfermagem da UFMA, 5º Período.Voluntária do Pet Saúde da família.
e-mail: [email protected]
² Acadêmica de Enfermagem da UFMA, 5º Período.Bolsista do Pet/ Vigilância
Sanitária.
³ Acadêmica de Enfermagem da UFMA, 5°período, voluntária do Projeto de Extensão
Saúde da Pele e da Liga Acadêmica de Diabetes e Obesidade (LADO).
4
Graduanda de Enfermagem na UFMA, 5º Período. Bolsista do PET Saúde da Família.
5
Acadêmico de Enfermagem da UFMA, 6º período, voluntário do Projeto de Extensão
Saúde da Pele
6
Professora Mestre em Ciências da Saúde da UFMA
HIDROCEFALIA:
CUIDADOS
DE
ENFERMAGEM
FRENTE
A
CRIANÇA COM DERIVAÇÃO VENTRICULAR EXTERNA
Flávia Cristine Abreu Sena; Maria Elizieth da Luz Santos e Silva; Jedaías Silas da
Silva; Francisca Georgina Macedo de Sousa; Girlene Alves Baima; Heloína Maria
Siqueira de Sousa
INTRODUÇÃO: a hidrocefalia caracteriza-se pelo acúmulo anormal e excessivo de
líquido cefalorraquidiano dentro dos ventrículos ou do espaço subaracnóideo devido um
aumento de sua produção, bloqueio ao trânsito ou déficit em sua reabsorção. Salvo
algumas exceções, o tratamento definitivo da hidrocefalia é cirúrgico. O hospital
Universitário Materno Infantil é referência no estado do Maranhão para tratamento de
crianças com hidrocefalia. A utilização da Derivação Ventricular Externa (DVE) se
constitui como uma das formas de tratamento para a referida patologia e exige da equipe
de saúde e, em especial, do enfermeiro cuidado específico e permanente. No entanto,
não há uniformidade das práticas de cuidado de enfermagem à criança com DVE e onde
muitas dúvidas são suscitadas, motivadas por falta de capacitação específica ou mesmo
pela pouca experiência de alguns profissionais. OBJETIVO: descrever os cuidados de
enfermagem com o sistema Derivação Ventricular Externo em unidade pediátrica.
METODOLOGIA: trata-se de relato de experiência de cuidado de enfermagem a
criança com DVE internadas na Clínica Cirúrgica Pediátrica do Hospital Universitário
Materno Infantil. Os cuidados foram enumerados tendo como referência as necessidades
de adequado funcionamento e manipulação do sistema tendo como base os mecanismos
de drenagem. RESULTADOS: os cuidados específicos com o sistema de drenagem
dizem respeito ao posicionamento da criança e do próprio sistema: manter a criança em
decúbito ventral evitando a flexão do quadril, pois aumenta a pressão intracraniana;
manter DVE na linha zero, tomando como base o ponto médio de uma linha imaginária
entre o canto da órbita e o conduto auditivo externo, que equivale ao forame de Monroe;
manter altura do sistema conforme decisão da equipe de neurocirurgia respeitando os
limites de pressão intracraniana; manipular o sistema de drenagem o mínimo possível;
anotar débito, aspecto e cor da drenagem de líquor a cada 6 horas ou a cada 2 horas
quando instabilidade; anotar sinais e sintomas de infecção como mudança na coloração
normal do líquor, calafrios, febre, confusão mental, rebaixamento do nível de
consciência, alteração pupilar, déficits motores, cefaléia, rigidez de nuca e vômitos;
manipular com cuidado a criança evitando tracionamento do catéter; nunca aspirar ou
injetar solução no catéter, salvo em caso de antibioticoterapia intraventricular; em caso
de obstrução, notificar a equipe de neurocirurgia; realizar curativo na região peri-catéter
a cada 2 dias; fechar o catéter de DVE durante o transporte ou quando baixar a
cabeceira a zero grau, evitando hiperdrenagem; desprezar a bolsa coletora quando
atingir 2/3 de sua capacidade; manter técnica asséptica, ao manipular a via de saída da
bolsa; registrar o tempo de permanência do catéter e realizar cultura da bolsa de DVE
semanalmente. CONCLUSÃO: discutir os cuidados de enfermagem com o sistema de
DVE entre outros benefícios garante eficácia do cuidado e reduz os riscos de
complicações e consequente comprometimento do quadro clínico da criança. Portanto,
manipular corretamente o sistema de DVE poderá prover a criança de tratamento e
prognóstico mais satisfatório, sendo, portanto, elementar que o profissional de
enfermagem que presta assistência à clientela do tipo abordado, esteja devidamente
preparado para desempenhar o referido cuidado.
Descritores: Enfermagem; Cuidado; Hidrocefalia.
INTOXICAÇÕES EXÓGENAS NOTIFICADAS NO SINAN NET EM
2010: PERFIL EPIDEMIOLÓGICO DOS CASOS CONFIRMADOS NO
MARANHÃO
Vanessa Moreira da Silva1, Thaiza Rodrigues Noronha2, Wesley da Silva Marques2,
Lucian da Silva Viana2, Augusto Jader de Oliveira Santos2, Dorlene Maria Cardoso de
Aquino3.
Introdução: A intoxicação exógena é entendida como a evidenciação de efeitos nocivos
causados em um organismo como resultado de sua interação com uma substância
química e exógena. Constitui-se um grave problema de saúde publica devido à ausência
de estratégias de prevenção e controle, e ao fácil acesso da população a substâncias
licitas e ilícitas com alto grau de toxicidade. Objetivo: este artigo traça um perfil
epidemiológico dos casos confirmados de intoxicação por substâncias exógenas, no
estado do Maranhão, no ano de 2010. Metodologia: Utilizou-se a base de dados SINAN
NET para levantar os casos notificados. As variáveis analisadas foram: faixa etária,
sexo, cor, escolaridade, agente tóxico, Microrregião de Residência, circunstancia e
evolução. Resultados: Em 2010, 98 casos de intoxicação exógena confirmada foram
notificados pelo SINAN NET. Observou-se maior frequência da faixa etária de 15 a 39
anos (51%), sexo feminino (56,1%) e cor parda (73,4%). Dos casos notificados, 37,8%
possuíam ensino fundamental incompleto; 27,6% foram intoxicados por medicamentos;
35,8% dos casos foram notificados na microrregião de Imperatriz; 43% configuraram-se
como tentativa de homicídio, e; 80% evoluíram para cura sem sequelas. Conclusão: A
investigação possibilitou conhecer as características da intoxicação exógena na
população estudada, além de avaliar, indiretamente, a qualidade da coleta dos dados,
haja vista que alguns destes não foram registrados (sendo notificados como
ignorados/brancos). Ressalta-se a importância do correto e fidedigno preenchimento das
fichas de notificação uma vez que a identificação do perfil epidemiológico deste agravo
subsidia os órgãos sanitários para elaboração de ações de caráter preventivo.
Palavras-chave: Intoxicação. Perfil Epidemiológico. Notificação.
____________________________________
1- Relatora. Graduanda em Enfermagem pela Universidade Federal do Maranhão. E-mail:
[email protected]
2- Graduando (a) em Enfermagem pela Universidade Federal do Maranhão.
6- Enfermeira Doutora em Patologia Humana pela Universidade Federal da Bahia. Professora Adjunta III
do Departamento de Enfermagem da Universidade Federal do Maranhão
NÍVEL
DE
CONHECIMENTO
DOS
ADOLESCENTES
PARTICIPANTES DO PROGRAMA PET SOBRE DOENÇAS
SEXUALMENTE TRANSMISSÍVEIS/AIDS
Gliccia Morguethe Vieira Rego 1; Adriana Heleny Borralho de Araújo 2; Diogo Alencar
de Carvalho3; Jéssica Brito Rodrigues4 ; Regina Maria Abreu Mota5
INTRODUÇÃO: As doenças sexualmente transmissíveis são prevalentes na
adolescência e facilitadoras da contaminação pelo HIV. A baixa idade das primeiras
relações sexuais, a variabilidade de parceiros, o não uso de preservativo são apontados
como fatores de risco às doenças sexualmente transmissíveis(DST‟s). OBJETIVO:
Verificar o nível de conhecimento dos escolares adolescentes de uma escola pública de
São Luís-MA sobres as DST/AIDS. MATERIAL E MÉTODO: Estudo descritivo
realizado no mês de março de 2011 com adolescentes do pPrograma PET ( Programa de
Educação Tutorial) do bairro Vila Luisão, no município de São Luís – MA. Os dados
foram coletados por meio de um questionário estruturado. RESULTADOS: Dos 25
participantes, 48% eram do sexo masculino e 52% do sexo feminino, a idade variou
entre 12 e 15 anos. 28% informaram já ter praticado relação sexual com idade média de
13,85 anos, onde 14,28% (n=5) usaram camisinha, tiveram entre 1 a 3 parceiros e
referiram ainda que não adquiriram nenhuma DST. Observou-se que a doença
sexualmente transmitida mais conhecida é a AIDS (88%), seguida do HPV com 32%,
Sífilis 30%, Gonorréia 13%, Herpes Simples 10%, Clamídia, Cancro Mole e
Tricomoníase 0%. Além disso 4% dos alunos nunca ouviram falar em nenhuma das
DST‟s citadas no questionário.100% dos meninos e das meninas não virgens, relataram
nunca terem feito exames ginecológicos e urológicos e nunca terem tido nenhuma
DST.CONCLUSÃO: Considerando o conhecimento dos adolescentes sobre DST/AIDS
observado nesse estudo sugere-se que mais ações de prevenção devem ser
desenvolvidas com participação de setores governamentais, não-governamentais,
escolas, serviços de saúde e comunidade, visando transformar o conhecimento sobre
DST e AIDS em comportamento sexual seguro e responsável. Acredita-se que a partir
do momento que as escolas e os pais se empenharem na preparação dos jovens sobre a
sexualidade, será menor a prevalência de DST entre os adolescentes.
DESCRITORES: Enfermagem em Saúde Pública, Saúde do Adolescente, Doenças
Sexualmente Transmissíveis.
1
Acadêmica do Curso de Enfermagem da Universidade Federal do Maranhão – UFMA. Email:
[email protected]. Endereço: Rua 05, quadra 08, casa 34, Cohatrac IV . São Luís – MA.
Brasil.
2,3,4
Acadêmicos do Curso de Enfermagem da Universidade Federal do Maranhão – UFMA.
5
Enfermeira. Professora Assistente da Universidade Federal do Maranhão – UFMA
O CONHECIMENTO DAS MÃES SOBRE O ESQUEMA VACINAL
PARA CRIANÇAS DE ATÉ 1 ANO
ABREU, Jerusa Emídia Rôxo de¹; AQUINO, Dorlene Maria Cardoso²; CASTRO,
Sthennio Macedo³; COSTA, Josiane dos Santos4; MOREIRA, Thaís Marques5 ;
ROCHA, Tânia Pavão Oliveira6
INTRODUÇÃO: As vacinas são uma das medidas mais importantes de prevenção das
doenças, que poderiam afetar seriamente a saúde das crianças levando inclusive a morte.
OBJETIVO: Esta pesquisa objetivou identificar o conhecimento das mães sobre o
esquema vacinal para as crianças de 0 a 12 anos, atendidas no posto de saúde,
pertencente a estratégia saúde da família de São Luís – MA; buscando também levantar
o perfil sócio-econômico das
mães entrevistadas identificando nas cadernetas das
crianças de 0 a 12 anos a ocorrência do esquema vacinal atualizado. METODOLOGIA:
O presente trabalho constitui-se em um estudo descritivo que usa métodos da
abordagem quantitativa, realizado no Centro de Saúde do Pirapora no período de
novembro de 2010. RESULTADOS: A população compõe-se de 50 mães que
compareceram neste período na sala de vacina no turno da tarde para a vacinação dos
seus filhos. O instrumento de coleta de dados foi elaborado e compõe-se de um
questionário composto de perguntas abertas e fechadas, divididos em 2 partes: na
primeira parte compõem-se de dados que permitem caracterizar a amostra em relação
aos dados sócio-econômicos; na segunda parte os dados
buscam identificar o
conhecimento das mães sobre as vacinas, e o esquema vacinal disponibilizados para as
crianças de 0 a 12 meses na rede básica de saúde. CONCLUSÃO: Os dados da pesquisa
evidenciaram que 60% das mulheres não mantêm relação estável; 46% possuem o
ensino fundamental, 75% são do lar, possuem em média 03 filhos, tendo como renda
máxima na família 1 salário mínimo. Em relação ao conhecimento do esquema vacinal
em crianças de 0 a 12 anos apenas 20% das mães conheciam, e 35% estavam com o
esquema vacinal atualizado. A baixa cobertura vacinal evidenciada no estudo aponta a
necessidade de mais campanhas educativas dos profissionais de saúde para com as mães
sobre a importância e magnitude das vacinas no combate ás doenças, tendo em vista que
é um direito assegurado por lei, e um dever de todos os pais.
Palavras- chave: Vacinas; Mães; Conhecimento
________________________________
¹ Enfermeira do Hospital Universitário Presidente Dutra(HUPD) e da Estratégia Saúde da
Família(SEMUS), Preceptora do PET Saúde da Família, mestranda em Saúde e Ambiente.
² Enfermeira Doutora em Patologia Humana pela UFBA, professora da Universidade Federal do
Maranhão – UFMA, Coordenadora da árvore do PET Saúde da Família.
³Enfermeiro da Estratégia Saúde da Família do Município de Bacabal – MA.
4
Graduanda de Enfermagem na UFMA, 5º Período.Voluntária do Pet Saúde da família.
e-mail: [email protected]
5
Graduanda de Enfermagem na UFMA, 5º Período. Bolsista do PET Saúde da Família.
6
Enfermeira do Hospital Universitário Presidente Dutra (HUPD) e da Estratégia Saúde da
Família(SEMUS), mestranda em Ciências da Saúde
O USO DE MEDICAMENTOS SEM PRESCRIÇÃO MÉDICA ENTRE
OS ESTUDANTES DA ÁREA DE SAÚDE
MORAIS, Cintia Daniele Machado i; SARDINHA, Ana Hélia de Lima2 ; MURICI, Aline
Fernanda Fontinele3; VASCONCELOS, Giselle Matteucci4 ; COSTA, Josiane dos
Santos5; SANTOS, Liane Maria Rodrigues6
INTRODUÇÃO: A automedicação é uma prática bastante difundida no Brasil e consiste
na utilização de medicamentos sem prescrição médica. É uma forma de auto-atenção à
saúde, com o objetivo de trazer benefícios no tratamento de doenças ou alívio de
sintomas e para isso, segundo Vilarino et al. o paciente recorre as pessoas não
habilitadas, como amigos, familiares e balconistas de farmácia. Ocorre também a
automedicação orientada, na qual o indivíduo faz uso de receitas antigas, mesmo que
estas não tenham sido prescritas para uso contínuo. A maioria dos remédios tem uma
composição química que pode trazer sérios danos ao organismo caso não sejam
ministrados em uma dosagem correta. Acadêmicos da área de saúde realizam
automedicação para tratamento imediato de sinais e sintomas de algumas patologias
simples, mesmo sabendo que o uso indiscriminado pode causar efeitos desfavoráveis,
ocasionando conseqüências graves. Discussões em sala e conteúdos vivenciados
formaram as premissas desta revisão bibliográfica, mesmo antes do primeiro contato
com os conhecimentos farmacológicos. OBJETIVO: Investigar sobre a prática de
automedicação entre os acadêmicos da área da saúde. METODOLOGIA: Tratou-se de
um estudo bibliográfico acerca da automedicação entre acadêmicos da área de saúde.
Foram selecionados nove artigos de periódicos através das bases de dados: Bireme,
Google Acadêmico e Scielo com publicações no período de 2000 a 2010.
RESULTADOS: Os artigos selecionados sobre o tema relatam que a prática da
automedicação entre os acadêmicos da área da saúde é elevada, mas encontra-se dentro
dos parâmetros observados por outros estudos. Os medicamentos mais utilizados foram
os analgésicos e as vitaminas e os motivos mais apontados foram a dor, a
suplementação alimentar e a prevenção de resfriados. A preocupação com o crescente
consumo de medicamentos prende-se ao fato de que a maioria causa efeitos colaterais,
muitas vezes mais graves do que a própria doença original. CONCLUSÃO: O consumo
de medicamentos sem prescrição médica entre os universitários da área da saúde é
elevado. Todavia, por se tratar de futuros profissionais da área de saúde, esperava-se
que o consumo fosse menor e mais racionalizado, mas parece que é justamente esse
maior conhecimento que os predispõe ao uso de forma inadequada.
Palavras-chave: Automedicação. Acadêmicos de saúde. Utilização de medicamentos.
______________________________________
i
Acadêmicade Enfermagem da UFMA, 5°período, voluntária do Projeto de Extensão Saúde da Pele e da
Liga Acadêmica de Diabetes e Obesidade (LADO) Email: [email protected]
2
Enfermeira, Professora Dra do Curso de Enfermagem da UFMA
3
Acadêmica de Enfermagem da UFMA, 5° período, voluntária da Liga Acadêmica de Diabetes e
Obesidade(LADO)
4
Acadêmica de Enfermagem da UFMA, 4°período.
5
Acadêmica de Enfermagem da UFMA, 5° período, voluntária do PET- Saúde da Familia
6
Acadêmico de Enfermagem da UFMA, 4º período,voluntária do Núcleo de Imunologia Básica e
Aplicada(NIBA)
PERFIL EPIDEMIÓLOGICO DOS CLIENTES EM TERAPIA RENAL
SUBSTUTIVA- HEMODIÁLISE, EM SÃO LUÍS-MA.
PIRES, Claudyene1; ; CHAVES, Anne Carine Silva1;; SOARES, Maria do Socorro
Marques1;; TEIXEIRA, Fernanda Ismaela Rolim2;
3;
; MORAES, Regina de Fátima
4
Cruz ; AZEVEDO, Patrícia Ribeiro ;
INTRODUÇÃO: A insuficiência renal crônica (DRC) é uma doença que afeta a
população mundial, sendo considerada como um grave problema de saúde pública.
Apesar dos grandes avanços tecnológicos no atendimento fisiológico da DRC, bem
como no tratamento e assistência às pessoas com esta doença, ainda ocorrem elevados
índices de mortalidade, o que representa um desafio para os profissionais de saúde. A
DRC é um problema mundial de saúde pública. Hipertensão e diabetes são os principais
fatores de risco para DRC e estão se tornando mais freqüentes na população em geral,
contribuindo para o aumento da incidência de DRC. O estágio final da DRC é
denominado insuficiência renal crônica terminal (IRCT), quando o paciente necessita de
uma terapia renal substitutiva (TRS) para sobreviver. As TRSs disponíveis são a diálise
(hemodiálise [HD] e diálise peritoneal [DP]) e o transplante renal (TX). O enfermeiro
está envolvido no cuidado a pacientes com DRC em tratamento de hemodiálise,
promovendo os cuidados específicos ao paciente durante e após as sessões de diálise, na
coordenação do serviço e da equipe de enfermagem. OBJETIVO: Caracterizar o perfil
epidemiológico
de
pacientes
renais
crônicos,
submetidos
à
hemodiálise.
METODOLOGIA: Estudo descritivo, quantitativo, retrospectivo e exploratório, na qual
se utilizou o NEFRO DATA como base de dados. A amostra se constituiu de 137
pacientes que realizam tratamento hemodialítico no Hospital Universitário Unidade
Presidente Dutra, em São Luís- MA. RESULTADOS: A média de idade foi 48,45 anos,
num intervalo de 5 a 93 anos, 52% eram do sexo feminino, 82% referiram ser pardos,
42% eram casados, 35% tinham tipagem sanguínea O positivo. As principais causas
determinadas de DRC foram a hipertensão e o diabetes (82%) seguidas das
glomerulonefrites (21%). A média de tempo de realização de hemodiálise foi de 48
meses. CONCLUSÃO: Considerando estes dados percebe-se a alta prevalência de
pacientes com patologia de base sugestiva a DRC, prevalência de pacientes do sexo
feminino. A principal causa de DRC encontrada neste estudo foi a hipertensão e o
diabetes. Apesar dos resultados quanto ao tempo de tratamento pode-se considerar um
aumento na sobrevida do paciente com IRC, relacionado aos avanços tecnológicos e
alto investimento financeiro pelo SUS para o tratamento. A enfermagem tem um papel
de destaque nas ações de prevenção das DRC, promoção da saúde e qualidade de vida.
Além de seu papel essencial na assistência do cliente durante a hemodiálise.
Palavras-chave: Insuficiência renal crônica; Diálise renal; Enfermagem.
______________________________________
1
Enf. Residente do HUPD_ [email protected];
Enf. Residente do HUPD Esp. em Saúde da Família;
3
Enf. Esp. em Nefrologia;
4
Enf. Mestre em Ciências da Saúde e docente do departamento de Enfermagem;
2
PET-SAÚDE E HANSENÍASE É BOM SABER: RELATO DE
EXPERIÊNCIA
OLIVEIRA, Luana Pontes1; OLIVEIRA, Danielle Luce Almeida2 ; LIMA, Élida Chaves
de Carcvalho3; ROLIM, Isaura Letícia Tavares4 ; MESQUITA, Leonel Lucas Smith5 ;
DIAS, Nalciram Rute6
Introdução: Visando o fortalecimento da Atenção Básica e da Vigilância em Saúde de
acordo com as políticas públicas estabelecidas pelo Sistema Único de Saúde – SUS o
Programa de Educação pelo Trabalho para a Saúde (PET-Saúde) presumi a educação
pelo trabalho, caracterizando-se como instrumento para a qualificação em serviço dos
profissionais em saúde e de iniciação ao trabalho 1. Dentre uns dos grandes problemas da
Saúde Pública está a hanseníase, uma das doenças mais antigas que acometem o
homem. A Hanseníase apresenta tendências de estabilização dos coeficientes de
detecção no Brasil, mas ainda em patamares muito altos nas regiões Norte, CentroOeste e Nordeste2. A vigilância da doença deve ser organizada em todos os níveis de
atenção, dentre elas a Unidade Básica de Saúde (UBS), que contribuirá com as
informações a cerca da distribuição, da magnitude e da carga de morbidade da doença
nas diversas áreas geográficas3. Mediante a essa situação acredita-se que ações
educativas com foco na promoção, prevenção e recuperação são de suma importância
para a sociedade, uma vez que a doença tem tratamento e cura. Objetivo: Contribuir
para o esclarecimento da população sobre a hanseníase ensinando a detectar a doença,
prevenção e tratamento. Metodologia: Este estudo consiste de um relato de experiência
vivenciado pelos monitores e preceptores do PET-Saúde da Família, durante um dia
educativo em contribuição pelo Dia Mundial da Saúde desenvolvido em uma
comunidade carente do município de São Luís- MA, no mês de abril de 2011. Nesta
ocasião abordamos vários temas de preocupação da Saúde Pública, dentre eles a
hanseníase. Resultados: Foi realizada uma ação educativa sobre a Hanseníase,
abordando a doença, sua forma de detecção, transmissão, sinais e sintomas, tratamento e
a convivência com o paciente portador. Foram utilizados como instrumentos folders,
cartazes, álbuns seriados e a verbalização de experiências. Nas explicações utilizamos
uma linguagem direta e coloquial para melhor entendimento da comunidade.
Percebemos que houve um interesse da comunidade em relação ao tema, devido às
dúvidas que surgiram no decorrer da ação, sendo estas esclarecidas no momento.
Conclusão: A possibilidade de estar próximo à comunidade por meio de ações
educativas, permite a criação de um vínculo maior entre usuários e profissionais de
saúde que atuam na UBS. Desta forma, foi de fundamental importância a abordagem da
hanseníase na ação, porque permitiu esclarecimentos e desmistificações de questões
acerca da doença e contribuiu muito significativamente para a construção do elo entre o
PET/Saúde e a comunidade.
Descritores: Enfermagem, Promoção da Saúde, Hanseníase.
__________________________________
1-Acadêmica de Enfermagem do 6° período UFMA, Monitora do PET-Saúde/ Saúde da Família
e-mail: [email protected]
2
Enfermeira Assistencial do Programa Saúde da Família de São Luís – MA, Especialista em Saúde da
Família,Preceptora do PET-Saúde/saúde da Família
3
Enfermeira Assistencial do Programa Saúde da Família de São Luís – MA, Especialista em Saúde da
Família,Preceptora do PET-Saúde/saúde da Família
4
Dr em Enfermagem-Universidade Federal do Ceará-UFC. Professor Adjunto da Universidade Federal
do Maranhão-UFMA. Coordenadora do PET-Saúde/Saúde da Família
5
Acadêmico de Enfermagem do 6° período UFMA, Monitora do PET-Saúde/ Saúde da Família
6
Acadêmica de Enfermagem do 6° período UFMA, Monitora do PET-Saúde/ Saúde da Família
RELEVÂNCIA
SOCIAL
DA
VIGILÂNCIA
EM
SAÚDE
E
IMPORTÂNCIA DA BUSCA ATIVA COMO FONTE DE DADOS.
Augusto Jader de Oliveira Santos1, Áurea Mariana Costa Farias2, Mayane de Melo
Bezerra2, Liberata Campos Coimbra3, Andréa Cristina Oliveira Silva4, Marinete
Rodrigues de Farias Diniz5
Introdução: Trata-se de um relato de experiências que descreve e analisa a visita
domiciliar na modalidade de busca ativa como instrumento de coleta de dados para a
prática de pesquisa e vigilância em saúde. Objetivos: Discutir as potencialidades da
utilização das visitas domiciliares em pesquisas acadêmicas e na prática de vigilância
em saúde, descrever e analisar a visita domiciliar do tipo busca ativa como instrumento
de coleta de dados para a prática de pesquisa e vigilância em saúde; sistematizar as
vivências práticas das visitas domiciliares para a busca ativa, visando identificar e
discutir os benefícios e limitações dessa modalidade como instrumento de coleta de
dados e vigilância em saúde. Metodologia: Este relato descreve e analisa as experiências
vivenciadas no Programa PET Vigilância em Saúde em cinco visitas domiciliares
desenvolvidas no projeto: A Mortalidade por causas maternas em São Luis-MA, de
outubro de 2010 a fevereiro de 2011. Teve como base as anotações de campo. As
experiências foram anotadas pelas temáticas, aspectos relevantes e dificuldades
encontradas na coleta de dados. A partir da utilização de critérios, elaborou-se
categorias para a sistematização da experiência de utilização das visitas domiciliares
como forma de coleta de dados, são elas: organização da coleta de dados e das visitas
domiciliares; localização das famílias; as reações dos familiares e da comunidade;
desigualdades sociais e culturas locais.Resultados: salientam-se entre os benefícios da
visita domiciliar: o conhecimento do contexto social em que vivem as famílias e
comunidades; a visualização in loco do que os documentos oficiais mostram de forma
limitada; a identificação do perfil epidemiológico das comunidades; a avaliação do
impacto das ações dos serviços de saúde; a identificação de situações de risco; o
fornecimento de dados para o planejamento de políticas públicas direcionadas à
promoção da saúde; a possibilidade de fazer vigilância em saúde, a chance de interagir e
vivenciar o meio em que os indivíduos viveram; a possibilidade de ter experiência no
conhecimento de outras realidades; a rica experiência para acadêmicos e para
capacitação de recursos humanos em saúde; a oportunidade de (re) ligar teoria e prática;
a possibilidade de ouvir as pessoas e não vê-las como números ou índices; a obtenção
de dados fidedignos; suas limitações foram: a dificuldade de encontrar os endereços das
falecidas, a reação de alguns familiares,pessoas que se negavam a dar informações ou
referiam outros informantes e assim,
iam empurrando de um lado para
outro.Conclusão:Conclui-se que a visita domiciliar é um instrumento eficiente de coleta
de dados e de vigilância em saúde ainda pouco divulgado. Por fim, salienta-se que os
benefícios da visita domiciliar são mais significativos do que suas limitações. Estas
acabam se tornando transponíveis com o decorrer do trabalho e com a experiência em
visitas.
Palavras Chave: Visita Domiciliar, Coleta de Dados, Vigilância, Perfil epidemiológico
__________________________________
1-Relator Graduando em Enfermagem pela Universidade Federal do Maranhão
([email protected])
2-Aluno(a) de graduação do curso de Enfermagem da Universidade Federal do Maranhão
3-Enfermeira Doutora em Políticas Públicas e Mestre em Saúde e Ambiente na Universidade Federal do
Maranhão.
4-Enfermeira Mestre em Saúde Ambiente
6-Enfermeira com Especialização em Enfermagem Obstétrica
SISTEMATIZAÇÂO DA ASSISTÊNCIA DE ENFERMAGEM A UM
PACIENTE
HIV
POSITIVO
USUÁRIO
DE
SUBSTÂNCIAS
PSICODISLÉPTICAS EM UM CAPSad DE SÃO LUIS MA: ESTUDO DE
CASO
JOSÉ ADAILTON ROLAND DINIZ *; MAX RAFAEL ALMEIDA RODRIGUES**
Devido aos problemas psíquicos e comportamentais conseqüentes do uso de drogas
psicodislépticas, rotineiramente tem chegado ao serviços
reabilitação, indivíduos
usuários dessas substância convivendo com o HIV, situação que nos desafia a buscar
um aprimoramento e inovações na assistência a fim de que seja capaz de responder as
mais diversas necessidades desses indivíduos, adequando ás suas reais necessidades.O
enfermeiro por estar co-responsabilidado nesse contexto, deverá tomar atitudes e buscar
um maior comprometimento na resolução dos problemas em qualquer espaço
terapêutico que o mesmos esteja ocupando. Daí o objetivo deste estudo é propor um
plano assistencial de enfermagem a um paciente HIV positivo usuário de substâncias
psicodislépticas, através da metodologia qualitativa do tipo estudo de caso, realizado no
CAPS ad estadual , na zona urbana do município de São Luís – MA, no período de
Junho a outubro de 2010. Utilizamos para
Sistematização
traçar a proposta assistencial
a
da Assistência de Enfermagem com elaboração dos diagnósticos e
intervenções após levantamento dos dados durante o acompanhamento do paciente,
tomando como base a Taxonomia II NANDA. A partir dos diagnósticos encontrados a
proposta de cuidados nos direcionam para assistência através de acolhimento e a
informações com ênfase no autocuidado, uso de medicamentos psicotrópicos e anti retrovirais,
trabalhos grupais, imunização,
prevenção de recaídas, incentivo à
melhorias na ergonomia domiciliar, realização de exames regulares dentre outros. Ao
concluir o trabalho
ficou
constatada a importância
do estudo da temática,
principalmente por evidenciarmos a poucas publicações dentro do mesmo contexto e
pela possibilidade de escuta singular do indivíduo conhecer um pouco mais desse
universo transversalizado de vivências atreladas ás drogas e soropositividade e podendo
a partir daí fornecer subsídio teórico à assistência de enfermagem.
Palavras chaves: Drogadição; HIV/AIDS;Centro de Atenção Psicossocial;
Sistematização da Assistência de Enfermagem
___________________________________
* Enfermeiro Especialista em Saúde Mental, Coordenador do CAPS ad estadual.
**Bacharelado em Enfermagem
SESSÃO PÔSTER
A AMAMENTAÇÃO E EDUCAÇÃO EM SAÚDE NA ATENÇÃO
BÁSICA: UMA REVISÃO DE LITERATURA
Lima, Alice Bianca Santana1; Coimbra, Liberata Campos 2; Rocha Neta, Agostinha
Pereira 3; Soeiro, Neidna Raissa de Almeida3 ; Viana, Lucian da Silva3; Albuquerque,
Ingrid de Campos3
Introdução: A amamentação tem desempenhado um papel importante na saúde da
mulher e da criança e inúmeros trabalhos têm sido publicados ressaltando a proteção
conferida à criança, a curto e longo prazo. O leite humano é considerado o padrão ouro
na alimentação do lactente e o crescimento e desenvolvimento da criança. A mesma
enquanto um processo psicossexual, deve proporcionar satisfação e estar baseada na
confiança. A amamentação estabelece uma relação íntima, corporal, de conhecimento e
reconhecimento mútuo, entre a mãe e o bebê. No entanto, depois de tantas décadas de
"desmame comerciogênico", a cultura da amamentação havia sido rompida e a
alimentação por mamadeira passou a ser considerada como natural. Fatores
macroeconômicos e sociais, como a crescente urbanização da população mundial, o
ingresso de parcela do sexo feminino no mercado de trabalho e o movimento pela
igualdade entre os sexos, consubstanciados no movimento feminista, contribuíram
também para a adoção do aleitamento artificial. Considerando o importante papel do
aleitamento materno na redução da morbimortalidade infantil, as iniciativas de
promoção, proteção e apoio ao aleitamento materno começaram ser priorizadas nos
hospitais e na atenção básica pela Política Nacional de Saúde da Criança/Aleitamento
Materno. Em 2008, o Ministério da Saúde lançou uma nova estratégia de promoção ao
aleitamento materno na atenção básica, por meio da revisão do processo de trabalho
interdisciplinar nas unidades básicas de saúde, apoiada nos princípios da educação
permanente em saúde. Objetivos: O presente estudo tem por finalidade expor a
importância da ação educativa para amamentação na atenção básica. Metodologia:
Utilizou-se revisão bibliográfica constituída de pesquisa em artigos de periódicos,
através das bases de dados: Bireme, Lilacs e Scielo. Resultados: A Estratégia Saúde da
Família (ESF), pelos seus princípios e forma de organização do processo de trabalho,
reúne condições favoráveis à atuação positiva sobre os indicadores de aleitamento
materno. Evidencia-se a prática do cuidado familiar ampliado, efetivada por meio do
conhecimento do território, bem como da estrutura, desenvolvimento e funcionabilidade
das famílias e as ações voltadas à promoção da saúde. A carência de informações, ou
informações inadequadas sobre o parto, o medo do desconhecido, bem como os
cuidados a serem prestados ao recém-nascido nos primeiros dias são fatores mais
comuns de tensão da gestante, influenciando negativamente durante o processo de
amamentação.
As dificuldades encontradas neste processo, manifestam-se na
inadequação do posicionamento e da pega do bebê, na confusão de bicos e na falta de
apoio familiar e social à amamentação. Contudo, é de competência da equipe de saúde
acolher a gestante e a família, desde o primeiro contato com a unidade e repassar as
orientações necessárias, dando apoio a lactante, ensinando-a na amamentação e expondo
a importância do aleitamento materno. Conclusão: As unidades básicas de saúde devem
priorizar o desenvolvimento de ações educativas, fazendo com que a puérpera
compreenda a importância da amamentação, o modo adequado de amamentar e o laço
de segurança e afeto entre ambos neste processo.
Palavras-chaves: Aleitamento Materno. Amamentação. Mulher.
1.Relatora. Acadêmica de Enfermagem da Universidade Federal do Maranhão – UFMA;
[email protected] – Bolsista de iniciação científica/ FAPEMA
2.Professora Adjunto III do Departamento de Enfermagem da UFMA, Enfermeira, Doutora em Políticas
Públicas pela Universidade Federal do Maranhão- UFMA- Orientador.
3. Graduando (a) em Enfermagem da Universidade Federal do Maranhão – UFMA.
A ASSISTÊNCIA DE ENFERMAGEM AO PACIENTE ADULTO
HIPERTENSO
CORREA, Laísa Brenda¹; COSTA, Josiane dos Santos²; MACHADO, Cintia Daniel3 ;
MOREIRA, Thaís Marques4; PESSOA, Luciane Sousa5; SOUSA, Andréa Cristina
Oliveira6
INTRODUÇÃO: A pressão arterial é o produto do débito cardíaco multiplicado pela
resistência periférica. Na circulação normal, a pressão é exercida pelo fluxo de sangue
através do coração e dos vasos sanguíneos. A pressão arterial alta, conhecida como
hipertensão, pode resultar de uma alteração no débito cardíaco, uma modificação na
resistência periférica ou de ambas. Esta, também conhecida como doença crônica nãotransmissível, tem apresentado um aumento significativo nas últimas décadas, sendo
responsável por um grande número de óbitos em todo o país. OBJETIVOS: Demonstrar
a relevância da assistência e orientação da enfermagem ao paciente com hipertensão.
METODOLOGIA: Trata- se de uma pesquisa bibliográfica feita através de uma busca
eletrônica nos bancos de dados SCIELO e LILAC‟S, onde foram selecionados cinco
artigos que tratam sobre pacientes hipertensos e seus cuidados entre 2003 a 2010.
RESULTADOS: A hipertensão arterial pode ser entendida como a apresentação de
níveis de pressão arterial sistólica acima de 140mmHg e de pressão diastólica acima de
90mmHg em adultos. Trata-se de uma doença considerada a grande responsável pelo
surgimento da insuficiência cardíaca, infarto do miocárdio e insuficiência renal. É
chamada popularmente de “matador silencioso”, pois a pessoa que sofre de hipertensão
arterial (HA) geralmente não apresenta sintomas. A hipertensão é, incontestavelmente,
área de investigação médica das mais relevantes em termos mundiais, ocupando
também papel de destaque na saúde pública e economia da saúde, entre outras. Com os
avanços da ciência e da tecnologia, a equipe de enfermagem tem atuado numa
abordagem multiprofissional aos pacientes portadores de doenças crônicas, esta tem
sido aceita como mais um reforço na estratégia para se melhorar a aderência destes
pacientes ao tratamento, já que há uma necessidade muito grande em conscientizar o
paciente que esta patologia terá um cuidado rotineiro em sua vida. O tratamento para o
controle da hipertensão arterial inclui, além da utilização de medicamentos, a
modificação de hábitos de vida. O tratamento não-farmacológico (TNF) envolve
mudanças do estilo de vida (MEV) e está indicado para todos os pacientes hipertensos
ou como terapia inicial na HÁ não complicada recém-diagnosticada ou em associação a
fármacos anti-hipertensivos. Para os pacientes com hipertensão não-complicada e
nenhuma indicação específica para outro medicamento, os medicamentos iniciais
recomendados incluem diuréticos, beta-bloqueadores ou ambos. CONCLUSÃO: O
enfermeiro tem um papel muito importante no acompanhamento de pacientes
hipertensos, porém, uma das dificuldades encontradas no atendimento destes é a falta de
aderência ao tratamento, 50% dos hipertensos conhecidos não fazem nenhum tipo de
tratamento e dentre aqueles que o fazem, poucos têm a pressão arterial controlada. Entre
30 a 50% dos hipertensos interrompem o tratamento no primeiro ano e 75%, depois de
cinco anos. Assegurar a aderência do paciente ao tratamento é o principal passo da
enfermagem para o sucesso do controle pressórico.
PALAVRAS-CHAVE: Hipertensão; Assistência; Tratamento
¹Graduanda de Enfermagem- UFMA, 5º período. Bolsista do PET- Vigilância em Saúde.
² Graduanda de Enfermagem- UFMA, 5º período. Voluntária do PET – Saúde da Família.
³ Graduanda de Enfermagem UFMA, 5º período
4
Graduanda de Enfermagem UFMA, 5º período, bolsista do PET- Saúde da Família.
e-mail: thaí[email protected]
5
Graduanda de Enfermagem UFMA, 2º período.
6
Enfermeira graduada pela Universidade Federal do Maranhão (1994) e mestre em Saúde e Ambiente.
Atualmente é assistente I da Universidade Federal do Maranhão - UFMA. Membro do Grupo de Estudo e
Pesquisa na Saúde da Família, Criança e Adolescente - GEPSFCA.
A ATUAÇÃO DO ENFERMEIRO NO CENTRO CIRÚRGICO: RELATO
DE EXPERIÊNCIA
LISBÔA, Luciana Léda Carvalho 11. REGO, Gliccia Morguethe Vieira². COSTA,
Larissa Di Leo Nogueira². SERRA, Moisés Ferreira². RAMOS, Walna Luisa Barros e².
SILVA, Elza Lima³.
Introdução: O centro cirúrgico visa atender a resolução de intercorrências cirúrgicas, por
meio da ação de uma equipe integrada. Considerando-se o elevado número de
procedimentos realizados e a complexidade da unidade, o papel do enfermeiro exige,
além do conhecimento cientifico, responsabilidade, habilidade técnica e estabilidade
emocional. Organizar o processo de cuidar, coordenar e controlar o trabalho da equipe
de enfermagem e também as atividades que o centro cirúrgico mantém com outras
seções do hospital e garantir uma assistência completa ao paciente são finalidades do
trabalho da enfermagem em centro cirúrgico. Objetivo: Relatar a experiência vivenciada
durante o período de estágio no centro cirúrgico. Metodologia: Relato de experiência
dos Estagiários do curso de enfermagem da Universidade Federal do Maranhão no
centro cirúrgico do Hospital Universitário Unidade Presidente Dutra, no mês de
Setembro de 2010. Resultados: Ficou evidente durante o período de estágio a
singularidade do trabalho da equipe de enfermagem no setor avaliado. A presença dos
profissionais de enfermagem se torna indispensável em praticamente todas as situações
decorrentes, desde a parte burocrática de organização do setor até a funcionalidade e
esclarecimentos/orientações gerais tanto para o paciente quanto para os acompanhantes.
As deficiências no trabalho e na equipe também foram evidenciadas, já que, são lacunas
que não podem existir, sendo este um local de grande estresse, delicadeza profissional e
responsabilidade. Conclusão: O processo de enfermagem pode ser empregado como
metodologia assistencial pelo enfermeiro para o planejamento e implementação dos
cuidados de enfermagem necessários ao paciente cirúrgico, bem como na organização e
administração do setor.Palavras- chave: Centro cirúrgico, enfermagem, equipe.
11
Acadêmica de enfermagem da Universidade Federal do Maranhão. Email: [email protected]
² Acadêmicos de enfermagem da Universidade Federal do Maranhão.
³ Enfermeira. Docente do Departamento de Enfermagem da Universidade Federal do Maranhão.
A AUTOMEDICAÇÃO ENTRE OS ESTUDANTES DE GRADUAÇÃO
DE ENFERMAGEM
BEZERRA, Mayane de Melo 12; FRANÇA, Anderson Cardoso Baldez1; SILVA, Nayra
Souza da1; SOUZA, Albina Karolyne Diniz1; AZEVEDO, Patrícia Ribeiro 2
INTRODUÇÃO: O medicamento é um bem essencial à saúde e uma importante
ferramenta terapêutica, sendo responsável por parte significativa da melhoria da
qualidade e expectativa de vida da população. Entretanto, seu uso irracional eleva os
gastos na área da saúde, o que torna o tema de grande relevância. A automedicação
pode ser realizada com produtos industrializados ou remédios caseiros. A intoxicação
por medicamentos é responsável por 29% das mortes no Brasil e, na maioria dos casos,
é consequência da automedicação. Além disso, o alívio momentâneo dos sintomas pode
mascarar a doença de base, podendo agravá-la. Há uma tendência da prevalência da
automedicação entre pessoas com maior grau de escolaridade, levando em conta que o
conhecimento pode dar maior segurança a essa prática. A universidade é vista como
uma fonte de grandes conhecimentos para os estudantes da área da saúde, que, por isso,
são cobrados quanto a um comportamento diferenciado em relação a cuidados com a
própria vida e saúde. No entanto, o que é observado é exatamente o oposto,
contradizendo as expectativas da maioria. OBJETIVO: Analisar a produção do
conhecimento, através da pesquisa bibliográfica, sobre a temática: “automedicação entre
os estudantes de graduação de enfermagem”. MÉTODO: Realizada revisão de literatura
científica por meio de pesquisa bibliográfica em banco de dados MEDLINE (PubMed:
Cumulative Index Medicus), SCIELO (Scentific Eletronic Libary online) e LILACS
(Literatura Latino-Americana e do Caribe em Ciência da Saúde). Os critérios de seleção
incluirão artigos publicados entre 2005 e 2010, escritos em língua portuguesa. Os
seguintes termos de pesquisa e operadores foram utilizados: “automedicação”,
“universitários”, “enfermagem”. RESULTADOS: Através da revisão de literatura,
pode-se inferir que a automedicação é uma prática comum entre os estudantes de
Enfermagem, com predominância do sexo feminino e que as drogas usualmente
consumidas sem prescrição são analgésicos/antipiréticos, por serem utilizados no alívio
da dor e apresentarem maior facilidade de aquisição, mostrando que o acesso à
informação não trouxe diferença qualitativa quanto à realização dessa prática. Os efeitos
colaterais mais frequentemente encontrados foram mal estar, alergias, reações
respiratórias, ânsia e vômitos. CONCLUSÃO: Verificou-se que é fundamental que os
estudantes de enfermagem tenham maior conhecimento real de como lidar com a
automedicação, para que esta seja realizada de forma consciente, sem perder de vista o
fato de que como futuros profissionais serão também formadores de opiniões e terão
que promover a prevenção da prática de automedicação.
Palavras-chaves: automedicação/universitários/enfermagem.
1
Alunos do 7º Período do Curso de Enfermagem da Universidade Federal do Maranhão. Email do relator:
[email protected]
2
Professora Mestre do Departamento de Enfermagem da Universidade Federal do Maranhão.
A ENFERMAGEM NO DESENVOLVIMENTO DE ATIVIDADES NO
PET/SAÚDE–SAÚDE DA FAMÍLIA.
LIMA, Élida Chaves de Carvalho 1; BERNARDES, Ariane Cristina Ferreira²;
OLIVEIRA, Danielle Luce Almeida³; ROLIM, Isaura Letícia Tavares Palmeira4
Introdução: O Programa de Educação pelo Trabalho para a Saúde – PET-Saúde/Saúde
da Família é regulamentado pela portaria interministerial conjunta nº 2, de 03 de março
de 2010. É uma ação que busca contribuir com o fortalecimento da Estratégia de Saúde
da Família, focalizando-se no estudo e experimentação de tecnologias leves que
favoreçam a promoção da saúde, através da educação, do trabalho em saúde e do
controle social. O Programa tem como pressuposto a educação pelo trabalho e tem
como fio condutor a integração ensino-serviço-comunidade. Cada grupo PETSaúde/Saúde da Família é formado por 1 (um) tutor acadêmico, 30 estudantes - sendo
12 estudantes monitores, que efetivamente recebem bolsas - e 6 (seis) preceptores
(trabalhadores da saúde). Objetivo: Descrever as atividades desenvolvidas pelos
enfermeiros-preceptores do PET-Saúde/Saúde da Família. Metodologia: Trata-se de um
relato de experiência vivenciado por enfermeiras-preceptoras de uma árvore que
compõem o programa, cujas atividades são desenvolvidas em uma Unidade Básica de
Saúde (UBS) da periferia de São Luís/MA, em um ano de implantação do programa.
Resultados: As atividades de enfermagem no PET-Saúde/Saúde da Família são pautadas
em ações no âmbito da extensão, da pesquisa e do ensino. No campo da extensão foram
realizadas atividades voltadas para educação/promoção da saúde. Tais atividades
envolveram o planejamento e execução de ações educativas e interdisciplinares de
saúde, juntamente com os profissionais das equipes de saúde da família da UBS,
estudantes dos cursos de Enfermagem e Medicina. Dentre estas atividades podemos
destacar: palestras educativas em escolas, na praça e na sala de espera da UBS, visitas
domiciliares, consultas de enfermagem a grupos prioritários, realização de
procedimentos
da
enfermagem,
participações
em
campanhas
de
vacinação,
comemoração dos dias alusivos a datas do calendário da saúde. No campo do ensino
foram realizadas atividades para aprofundamento teórico sobre educação em saúde,
através de seminários e capacitações, aproximando-se de metodologias que resgatem a
autonomia das pessoas, valorizem os saberes populares e objetivem a transformação de
hábitos, atitudes e comportamentos para promoção da saúde e qualidade de vida. E em
relação à pesquisa, estão sendo executados projetos sobre a saúde do idoso na Atenção
Básica, levantando dados sobre depressão na terceira idade, adesão ao tratamento da
hipertensão arterial, diabetes mellitus, imunização, sexualidade na terceira idade, entre
outras pesquisas. Conclusão: O desenvolvimento das atividades da Enfermagem no
PET-Saúde/Saúde da Família, apropriando-se da educação em saúde como principal
estratégia de transformação de hábitos, busca promover a saúde e a qualidade de vida no
âmbito da atenção básica da população atendida.
Palavras-chave: Enfermagem, Educação em Saúde.
___________________________
1. Enfermeira Assistencial da Estratégia Saúde da Família do município de São Luís – MA, Especialista
em Saúde da Família, Preceptora do PET/Saúde-Saúde da Família-UFMA. E-mail:
[email protected]
2. Enfermeira Assistencial da Estratégia Saúde da Família do município de São Luís – MA, Especialista
em Saúde da Família, Mestranda em Saúde coletiva, Preceptora do PET-Saúde/Saúde da Família –
UFMA.
3. Enfermeira Assistencial da Estratégia Saúde da Família do município de São Luís – MA, Especialista
em Saúde da Família, Preceptora do PET/Saúde-Saúde da Família-UFMA.
4. Enfermeira, Doutora em Enfermagem, Professora Adjunto do Curso de Enfermagem da Universidade
Federal do Maranhão/UFMA, Coordenadora do PET-Saúde/Saúde da Família/UFMA.
A IMPORTÂNCIA DA ASSISTÊNCIA DE ENFERMAGEM AO
PACIENTE
IDOSO
QUE
FAZ
USO
DE
MEDICAMENTOS
HIPERTENSIVOS
MORAIS, Cintia Daniele Machado¹; SARDINHA, Ana Hélia de Lima2 ; COSTA,
Josiane dos Santos3; CORRÊA,Laisa Brenda 4; PESSOA, Luciane Sousa5; MOREIRA,
Thais Marques6
INTRODUÇÃO: A hipertensão arterial (HAS) é a doença de maior prevalência em
nosso país, sobretudo entre os idosos, que constituem, possivelmente, o grupo etário
mais medicalizado na sociedade. Assim o número de idosos vem aumentando e o
consumo de medicamentos por esta faixa etária acompanha essa tendência. O uso
indiscriminado de medicamentos pode trazer riscos para a saúde do idoso e uma das
causas é a falta de informação que eles não possuem sobre o medicamento em uso. Na
prática, a importância do enfermeiro está ligada ao processo de educação, motivando o
idoso com hipertensão arterial a realizar o autocuidado, utilizando estratégias de ensinoaprendizagem, O enfermeiro pode ser identificado como um elemento de confiança no
compartilhamento dos problemas e questões de ordem física, social, familiar,
econômica e emocional. Na maioria das vezes, os portadores de hipertensão arterial
desejam não só esclarecimentos para suas dúvidas, mas de alguém que amenize seus
anseios.OBJETIVO: Analisar a importância da assistência de enfermagem ao idoso com
hipertensão em terapêutica medicamentosa de hipertensivos, visando o cuidado,
controlando a doença e melhorando a qualidade de vida do idoso. METODOLOGIA:
Tratou-se de um estudo de revisão bibliográfica acerca da assistência de enfermagem ao
idoso em uso de medicamentos hipertensivos. Foram selecionados dez artigos de
periódicos através das bases de dados: Bireme, Google Acadêmico e Scielo com
publicações no período de 2000 a 2010. RESULTADOS: Os artigos selecionados sobre
o tema relatam que os medicamentos são o principal instrumento terapêutico para tratar
a maior parte dos problemas de saúde dos idosos e estes possuem poucas informações a
respeito de suas medicações e sobre os efeitos colaterais destas drogas e que as ações
educativas de enfermagem podem minimizar as complicações amenizando assim os
problemas decorrentes do uso de medicamentos. CONCLUSÃO: A partir da revisão
bibliográfica pode-se perceber que a deficiência a adesão, entre os idosos portadores de
hipertensão arterial têm relação direta com os diversos fatores associados à falta de
informação sobre o tratamento. As ações de enfermagem educativas podem
proporcionar ao paciente idoso a conscientização quanto ao seu estado de saúde, a
necessidade do uso correto de medicamentos e motivar o idoso com hipertensão arterial
a realizar o autocuidado tornando o tratamento mais efetivo e seguro.
Palavras-chave:
Hipertensão
Arterial no
idoso.
Assistência de enfermagem.
Medicamentos hipertensivos.
____________________________
1
Acadêmica de Enfermagem da UFMA, 5°período, voluntária do Projeto de Extensão Saúde da Pele e da
Liga Acadêmica de Diabetes e Obesidade (LADO) Email: [email protected]
2
Enfermeira, Professora Dra do Curso de Enfermagem da UFMA
3
Acadêmica de Enfermagem da UFMA, 5° período, voluntária do PET- Saúde da Familia
4
Acadêmica de Enfermagem da UFMA, 5°período, bolsista do PET-Vigilância em Saúde
5
Acadêmica de Enfermagem da UFMA, 3° período.
6
Acadêmica de Enfermagem da UFMA, 5º período,bolsista do PET- Saúde da Familia
A
IMPORTÂNCIA
DA
VISITA
DE
ENFERMAGEM
PRÉ-
OPERATÓRIA : REVISÃO DE LITERATURA
SANTOS, Yelenna Rafysa Mendes Santos1; MENDES, Lana Carla de Souza2; SILVA,
Elen Patrícia Licar da3; SILVA, Maria das Graças Rodrigues4 ; ARAÚJO, Glauciene
Rocha de5; SILVA, Elza Lima da6.
Introdução: A visita pré-operatória é um recurso usado para levantar dados sobre o
paciente cirúrgico, por intermédio dos quais detecta os problemas ou alterações
relacionadas aos aspectos biopsico-sócio-espirituais do paciente e planeja a assistência
de enfermagem a ser prestada no período perioperatório. Objetivos: Identificar
características comuns dos pacientes cirúrgicos; ressaltar a importância da visita préoperatória e a maneira adequada como o profissional de enfermagem deve comportarse. Metodologia: Trata-se de um estudo de revisão bibliográfica, exploratório sobre a
importância da visita de enfermagem pré-operatória. Por meio de um levantamento
bibliográfico acerca da temática, utilizando as bases de dados do Lilacs, Medline e
Scielo, no Sistema Bireme. Resultados: Cada paciente é ensinado como um indivíduo,
com consideração para quaisquer preocupações ou necessidades de aprendizado
próprias. É primordial para se atingir a finalidade do recurso, que a confiança do
paciente seja conquistado. Para tanto é preciso que a enfermeira seja cordial; saiba ouvir
atentamente; seja compreensiva; tenha disponibilidade; mostre-se preocupada; ofereça
segurança;tenha conhecimentos científicos; respeite crenças espirituais e valores
culturais;dê informações que ajudem na irradiação ou diminuição dos desconfortos
emocionais e encoraje a verbalização. Conclusão: O cliente cirúrgico apresenta um nível
de estresse e ansiedade no período pré-operatório, independente do grau de
complexidade da cirurgia. Há muito, as enfermeiras reconheceram o valor da instrução
pré-operatória.
Palavras-chave: cirurgia; orientação; ansiedade.
_________________________________
1,2,3,4,5
Acadêmicos de Enfermagem – Departamento de Enfermagem – Universidade Federal do Maranhão
– UFMA. Email relator: [email protected]
6
Profª. Msc. do Departamento de Enfermagem – Universidade Federal do Maranhão – UFMA
A IMPORTÂNCIA DO SIAB E SEUS INDICADORES NA ATENÇÃO
BÁSICA
Lima, Alice Bianca Santana 1 ; Coimbra, Liberata Campos 2; Silva, Naylle de Jesus da 3,
Pereira, Odineilce Sampaio 4, Reis, Regimarina Soares 5
INTRODUÇÃO: O Sistema de Informação da Atenção Básica (SIAB) foi criado em
1998 como ferramenta de planejamento e orientação para a gestão das equipes de saúde
da família e constitui um dos principais instrumentos de monitoramento e avaliação da
atenção básica à saúde; as informações coletadas têm por objetivo o diagnóstico local
em saúde e o planejamento de ações no âmbito da unidade básica, visando a
organização de acordo com necessidades de saúde da população. OBJETIVO: Com base
nestas questões, o objetivo deste estudo é identificar e expor a importância do uso deste
sistema de informação na atenção básica. METODOLOGIA: Utilizou-se revisão
bibliográfica constituída de pesquisa em artigos de periódicos, através das bases de
dados: Bireme, Lilacs e Scielo. O presente trabalho trata-se de um projeto de iniciação
científica do Departamento de Enfermagem da UFMA, ligado ao Núcleo de Pesquisa
em Enfermagem- NUPEM, fazendo parte de um projeto maior, intitulado Avaliação da
qualidade dos serviços de atenção básica do Sistema Único de Saúde no município de
São Luis, Maranhão. RESULTADOS: Como sistema de informação, o SIAB produz
relatórios, que irão servir como instrumento gerencial dos sistemas locais de saúde. O
mesmo descreve a realidade demográfica, socioeconômica, sinaliza a situação de
adoecimento, morte da população adscrita e fatores determinantes do processo saúdedoença na atenção básica. Esses dados servem de subsídios para realização de
estratégias de mudança dos indicadores locais. Contudo, para que as ações se
concretizem, é necessário que os dados sejam consolidados, relacionados, analisados e
discutidos, como forma de planejamento, tanto em âmbito local, como em âmbito
municipal, para que oriente o trabalho da equipe e se atinjam os objetivos propostos e
metas pactuadas. Um bom planejamento deve partir do conhecimento da situação,
descobrindo assim a causa que a produz e as medidas a serem adotadas. Um dos índices
a serem analisados e priorizados para a análise e investigação da situação de saúde da
população é o de mortalidade materno-infantil, sendo este utilizado como referência
situacional dos países, refletindo a eficácia dos sistemas de saúde.
CONCLUSÃO: A realização do diagnóstico de saúde é uma etapa fundamental para
planejar as ações de uma equipe, pois identifica, caracteriza e analisa uma situação com
o propósito de desenhar um quadro de necessidades e soluções. O SIAB possibilita aos
gestores essa análise minuciosa, proporcionando os dados para tomada de decisões e
transformação situacional de saúde.
DESCRITORES: SIAB. Atenção Básica. Sistema de Informação.
__________________________________
1.Relatora. Acadêmica de Enfermagem da Universidade Federal do Maranhão – UFMA;
[email protected] – Bolsista de iniciação científica/ FAPEMA
2.Professora Adjunto III do Departamento de Enfermagem da UFMA, Enfermeira, Doutora em Políticas
Públicas pela Universidade Federal do Maranhão- UFMA- Orientador.
3. Acadêmica de Enfermagem da Universidade Federal do Maranhão – UFMA – Bolsista de iniciação
científica/CNPq.
4. Acadêmica de Enfermagem da Universidade Federal do Maranhão- UFMA – Bolsista Voluntária de
iniciação científica.
5. Mestranda em Políticas Públicas pela Universidade Federal do Maranhão – UFMA
ACESSO À CONSULTA NA ATENÇÃO BÁSICA NO MUNICÍPIO DE
SÃO LUÍS – MARANHÃO
SILVA, Naylle de Jesus1 ; PEREIRA, Odineilce Sampaio 2 ; LIMA, Alice Bianca
Santana3 ; REIS, Regimarina Soares4; CORREIA, Alanna Dayse Nogueira5; COIMBRA,
Liberata Campos6
Introdução: O acesso é estudado como categoria estratégica para o planejamento,
organização e produção de ações e serviços de saúde. Configura-se elemento central de
qualificação da atenção à saúde, sobretudo no contexto atual de expansão e
reestruturação. Objetivo: Caracterizar o acesso à consulta na Atenção Básica no
município de São Luís - Maranhão. Metodologia: O presente trabalho trata de um
projeto de iniciação científica do Departamento de Enfermagem da UFMA, ligado ao
Núcleo de Pesquisa em Enfermagem-NUPEN, fazendo parte de um projeto maior
intitulado “Avaliação da qualidade dos serviços da atenção básica do Sistema Único de
Saúde no município de São Luís, Maranhão”. Trata-se de um estudo de caráter
avaliativo da qualidade dos serviços de Atenção Básica em Saúde, quanto ao acesso do
usuário às Unidades Básicas em São Luís – Maranhão. A população de referência deste
estudo é composta por usuários cadastrados na Estratégia Saúde da Família (ESF).
Desta população trabalhou-se com uma amostra representativa de 882 usuários adultos e
acompanhantes adultos de crianças ou incapacitados. Foram utilizados instrumentos
validados no Brasil a partir dos componentes do Primary Care Assessment Tool
(PCATool), formulados e validados para avaliar os atributos da atenção primária ( Porta
de entrada, Acesso, Coordenação, Vínculo, Elenco de serviços, Enfoque familiar,
Orientação para a comunidade e Formação profissional). O acesso à consulta na
Unidade foi investigado buscando-se identificar a perda de trabalho para consulta,
pagamento pelo atendimento, espera por mais de 30 minutos para o atendimento, bem
como a facilidade para conseguir consulta médica, tanto na Unidade, quanto no prazo de
24 horas. Resultados: Observou-se que 35,2% dos usuários sempre faltam ao trabalho
para obter uma consulta, seguido de 16,9% responderam que nunca faltam o trabalho.
Quanto ao pagamento pelo atendimento, observou-se que 93,4% responderam que
nunca pagaram pelo mesmo. Quanto à espera por mais de 30 minutos, observou-se que
55,4% responderam que sempre esperam por muito tempo, todavia observou-se que
5,1% responderam que nunca esperam por mais de 30 minutos. Quanto à facilidade para
conseguir uma consulta na Unidade, observou-se que 33,5% responderam que sempre
conseguem consulta na Unidade, seguindo de 4,2% responderam que nunca conseguem.
Quanto à facilidade de conseguir um consulta médica em 24 horas, observou-se 22,8%
responderam algumas vezes conseguem consulta médica no prazo. No entanto, 18,0%
responderam nunca conseguem consulta médica em 24 horas na Unidade. Conclusão:
Por meio dos dados apresentados se pode perceber ainda dificuldades no acesso à
consulta na atenção básica em São Luís, uma vez que nem todos os usuários tem
facilidade em conseguir sempre consulta médica, precisam faltar ao trabalho e esperam
por mais de 30 minutos para atendimento na Unidade Básica de Saúde.
Palavras chaves: Atenção básica; Acesso; Avaliação em saúde.
__________________________
(1) Acadêmica do 7º período do Curso de Enfermagem da Universidade Federal do Maranhão-UFMA.
Email: [email protected]. Bolsista de Iniciação Científica/CNPq
(2) Acadêmica do 7º período do Curso de Enfermagem da Universidade Federal do Maranhão-UFMA.
Bolsista voluntária de Iniciação Científica
(3) Acadêmica do 6º período do Curso de Enfermagem da Universidade Federal do Maranhão-UFMA.
Bolsista de Iniciação Científica/FAPEMA
(4) Mestranda em Saúde Coletiva da Universidade Federal do Maranhão-UFMA.
(5) Acadêmica do 7º período do Curso de Enfermagem da Universidade Federal do Maranhão-UFMA.
(6) Professora Adjunto III do Departamento de Enfermagem da UFMA, Enfermeira, Doutora em Políticas
Públicas. Orientadora.
ÁLCOOL, ESTRESSE E SUAS INFLUÊNCIAS NA SAÚDE DO
TRABALHADOR
Wesley da Silva Marques,¹ Augusto Jader de Oliveira², Agostinha Pereira Rocha Neta²,
Lucian da Silva Viana², Thayane Costa Ferreira², Carlos Leonardo Figueiredo Cunha³
INTRODUÇÃO: O desgaste emocional o qual as pessoas são submetidas nas relações
com o trabalho é um fator muito significativo na determinação de transtornos
relacionados ao estresse, como é o caso das depressões, ansiedade, alcoolismo etc. No
Brasil, o alcoolismo é responsável por 50% de absenteísmo no trabalho, sendo a causa
mais freqüente de aposentadorias precoces e acidentes. Por consequência, o interesse na
criação de programas de tratamento direcionados a essa população tem crescido nas
ultimas décadas. OBJETIVO: Abordar o alcoolismo como um sintoma de sofrimento
psíquico no trabalho, identificando a influência do estresse e álcool na saúde do
trabalhador. MÉTODOS: Utilizou-se revisão bibliográfica constituída de pesquisa em
oito artigos de periódicos, no período de 2003 a 2010, utilizando como descritores:
Saúde do Trabalhador, Alcoolismo, Estresse, etc; através das bases de dados: Bireme,
Google Acadêmico e Scielo. RESULTADOS: Os programas de tratamento do
alcoolismo devem objetivar a redução do estresse do trabalhador e aumentar seu suporte
interpessoal, visto que as características sociais do ambiente de trabalho, assim como os
fatores psicossociais e pessoais, poderão afetar os motivos ou formas de consumo de
bebidas alcoólicas. Os fatores predisponentes ao estresse foram: sobrecarga de trabalho,
conflito de funções, desvalorização e condições de trabalho. Em suma, submetido à
exposição constante a agentes estressores relacionados ao seu fazer profissional, o
sujeito apresenta maior vulnerabilidade, de modo a comprometer sua resposta à
demanda do trabalho, podendo vir a desenvolver respostas patológicas, geralmente
identificadas
como
irritabilidade,
nervosismo,
humor
deprimido,
etc.
CONSIDERAÇÕES FINAIS: Poucas pesquisas têm explorado a extensão do uso do
álcool e suas consequências no local de trabalho, mas alguns estudos testemunham que
as dificuldades nesse ambiente podem provocar um aumento do estresse ligado à vida
profissional. Esse sofrimento mental continua difícil de ser identificado devido à
subjetividade das avaliações.
Palavras-chave: Trabalho. Saúde do Trabalhador. Alcoolismo. Estresse.
___________________________________
¹ Relator. Acadêmico de
[email protected]
Enfermagem
da
Universidade
Federal
do
Maranhão.
² Acadêmicos de Enfermagem da Universidade Federal do Maranhão.
³ Enfermeiro, Mestre em Saúde Materno Infantil pela Universidade Federal do Maranhão.
E-mail:
ANÁLISE DOS FATORES DE AVALIAÇÃO E SUPRESSÃO DA DOR
NO PÓS OPERATÓRIO
Augusto Jader de Oliveira Santos1; Neidna Raíssa Soeiro de Almeida2, Wesley da Silva
Marques², Vanessa Moreira da Silva², Dayanne da Silva Freitas², Poliana Pereira Costa
Rabêlo3
Introdução: A dor é uma sensação perceptiva e subjetiva, que cria impotência, medo e
diminuição da qualidade de vida do ser humano. É uma das razões mais comuns da
busca por cuidados médicos e é responsável pelo aumento de complicações pósoperatórias, pós-traumáticas, prolongamento das internações, aumento dos custos e
insatisfação do doente com os tratamentos. A ocorrência e a intensidade da dor pósoperatória dependem de fatores constitucionais e relacionados à natureza dos
procedimentos operatórios como localização e tipo de incisão, natureza e magnitude do
traumatismo e duração das cirurgias, o preparo/cuidados aos pacientes no período préoperatório e pós-operatório e muitos outros. Objetivos: Demonstrar a importância do
controle da dor no pós operatório e das terapêuticas medicamentosas para o seu
controle; identificar o motivo da não eficácia destas como esperado; evidenciar qual
instrumento de medida mais prevalece na sua mensuração;Corroborar o envolvimento
dos enfermeiros nas pesquisas sobre dor e os fatores contribuintes para a não supressão
da mesma no pós operatório. Identificar técnica e medicações mais utilizadas na sua
supressão. Metodologia: Trata-se de um estudo integrativo de literatura, com busca nas
bases de dados LILACS e Scielo utilizando os descritores: Analgesia, multimodal,
opióides, dor e supressão. Foram incluídos artigos publicados entre maio de 1997 e
maio de 2007. Resultados: Foram encontrados 9 estudos, os quais consideraram o
controle da dor pós-operatória como um aspecto importante do cuidado no meio
cirúrgico, com vista a diminuir as complicações pós-operatórias e garantir uma
recuperação mais rápida e sem sofrimento. Para a maioria dos autores no tratamento da
dor é indicada uma abordagem multimodal, que inclui técnicas farmacológicas e não
farmacológicas. Em relação aos instrumentos de medida, prevaleceram às escalas
unidimensionais, utilizadas na maioria dos artigos pesquisados. Observou-se o pequeno
envolvimento de enfermeiros em pesquisas que abordam o controle da dor no pósoperatório e falhas dos profissionais em identificar as características da dor, avaliá-la
indevidamente e com instrumentos inadequados, ou levando em consideração suas
experiências particulares, além de desconhecimento relacionado à farmacocinética e a
farmacodinâmica das drogas analgésicas em geral. A técnica de analgesia mais utilizada
foi a Analgesia Controlada pelo Paciente (ACP) e os medicamentos mais utilizados
foram os opióides, como a morfina, seguidos por antiflamatórios não esteroidais
(AINEs) e dipirona. Conclusões: Deve haver educação continuada para os enfermeiros
que atuam na área do C.C e a mesma deve ser realizada como fator prioritário de
atualização; É importante um maior incentivo na participação desse profissional em
pesquisas na área da dor como busca pela melhor assistência e, sugere-se ainda, o
aumento da abordagem multimodal como técnica eficiente de supressão da dor.
Palavras-chave: Analgesia, multimodal, opióides, dor e supressão.
__________________________________
1. Relator Graduando em Enfermagem pela Universidade Federal do Maranhão.
([email protected])
2. Graduando (a) em Enfermagem pela Universidade Federal do Maranhão.
3. Enfermeira, Doutoranda em Ciências pela Escola de Enfermagem da USP/Ribeirão Preto (DINTER) e
Mestre em Ciências da Saúde pela Universidade Federal do Maranhão. Professor Assistente I do
Departamento de Enfermagem da Universidade Federal do Maranhão.
.
AS TEORIAS ECONOMICAS PARA UMA ATUAÇÃO INOVADORA
DO ENFERMEIRO EM UMA UNIDADE HOSPITALAR
PESSOA, Luciane Sousa¹; MELO, Franscisco Flávio de Sousa²; MOREIRA, Thais
Marques³; MACHADO, Cíntia Daniele4 ; COSTA, Josiane dos Santos5; BANDEIRA,
Sandra de Castilho6
INTRODUÇÃO: A análise de aspectos econômicos em saúde mostra-se extremamente
atual e oportuno, uma vez que as organizações de saúde vivem momentos de grande
competitividade, de busca pela qualidade do atendimento aos clientes e de necessidade
de incorporação de tecnologia avançada. Em decorrência do significativo aumento de
competitividade, as organizações têm como alternativas, maximizar as receitas, pela
quantidade e diversificação dos serviços prestados, ou minimizar as despesas, reduzindo
continuamente seus custos através da padronização de procedimentos médicohospitalares e ganhos de qualidade e produtividade(1). Alguns autores(2) afirmam que
custos crescentes e recursos escassos têm afetado todos os prestadores de serviços de
saúde, e que não houve outro momento, em que as organizações de saúde tiveram de
operar com mais eficiência ou ter mais cuidado com as restrições de custos, como na
atualidade. Os mesmos(2) comentam que a restrição de custos é responsabilidade de
qualquer provedor de assistência à saúde e a sobrevivência de muitas organizações
depende de sua capacidade de geri-los. A Organização Mundial de Saúde aponta o
enfermeiro como o profissional da área de saúde com o maior potencial para assegurar
uma assistência rentável, ou seja, eficaz em função dos custos (3). Quando se trata da
preocupação com o custo do atendimento à saúde, percebe-se que os aspectos
econômico-financeiros relacionados à assistência de Enfermagem foram historicamente
ignorados, apesar dos enfermeiros efetivamente gerenciarem as unidades assistenciais,
através da coordenação, controle do trabalho, planejamento e supervisão, viabilizando,
favorecendo e criando condições técnicas e políticas para a realização do mesmo.
OBJETIVOS: Identificar os princípios teóricos da Economia que estão inseridos na
prática assistencial em uma unidade hospitalar aperfeiçoando a atuação do enfermeiro.
METODOLOGIA: O trabalho tem enfoque descritivo analítico apartir de pesquisas
bibliográficas em livros e artigos sobre Economia em Saúde. RESULTADOS:
Observou-se que o profissional enfermeiro, engajado no processo gerencial das
Unidades Hospitalares, seja como gerentes ou diretores de divisão ou de serviço,
necessitam mais do que nunca buscar conhecimentos sobre custos, controle,
planejamento e organização reconhecendo seu papel como agente de mudanças no
alcance de resultados positivos, bem como buscando o equilíbrio entre qualidade,
quantidade e recursos limitados. CONCLUSÃO: O enfermeiro tem papel preponderante
na administração de recursos materiais e humanos, visto que usualmente assume o
gerenciamento das unidades e a coordenação das atividades assistenciais realizadas pelo
conjunto da equipe de saúde, o que leva a necessidade de desenvolvimento de um
sistema de gerenciamento de materiais. Ressaltamos a importância do conhecimento
teórico e prático de Economia em Saúde para a atuação do enfermeiro em relação ao
gerenciamento dos serviços em unidades hospitalares.
Palavras- chave: Inovação; Economia e Saúde
___________________________
1
Graduanda do 2º período do Curso de Enfermagem, participante do Projeto de Extensão “Peregrinação
de mães”, UFMA, [email protected].
2
Graduando do 3º período do Curso de Enfermagem.
3
Graduanda do 5º período do Curso de Enfermagem, bolsista do PET-Saúde Família, UFMA.
4
Graduanda do 5º período do Curso de Enfermagem, UFMA.
5
Graduanda do 5º período do Curso de Enfermagem, voluntária do PET-Saúde, UFMA.
6
Profª. Msc. Departamento de Enfermagem, UFMA.
ASSISTÊNCIA DE ENFERMAGEM A PACIENTE ACOMETIDA POR
COMPLICAÇÕES CARDIOVASCULARES
Lana Carla de Souza Mendes1, Caius César Araújo Melo 2, Jordana de Moura e Sousa3,
Lucian da Silva Viana4 , Natália Ribeiro Mandarino 5, Thamires Pestana Sousa6
INTRODUÇÃO: As doenças cardiovasculares representam uma das principais causas
de óbito no mundo contemporâneo. Nos países desenvolvidos as doenças
cardiovasculares são responsáveis por quase 50% das mortes entre mulheres e homens
com mais de 30 anos. Nos Estados Unidos estima-se que anualmente 4,5 milhões de
pacientes têm dor torácica, cerca de 500 mil apresentam angina instável e 1,5 milhão
infarto agudo do miocárdio (IAM). São aproximadamente 500 mil óbitos ao ano e se
acredita que 50% desses ocorram antes da admissão hospitalar. OBJETIVO: Aplicar a
Metodologia da Assistência de Enfermagem a portadora de Infarto Agudo do
Miocárdio, Insuficiência Cardíaca Congestiva e Aneurisma do VE. METODOLOGIA:
Estudo descritivo, do tipo estudo de caso, realizado na Clínica Médica Feminina do
Hospital Universitário Unidade Presidente Dutra da Universidade Federal do Maranhão.
Os dados foram coletados através de entrevista, exame físico e consulta aos registros de
prontuário. RESULTADOS: Foi realizado um levantamento dos problemas de
enfermagem, baseados no modelo de Taxonomia Diagnóstica da North American
Nursing Diagnosis Association (NANDA, 2010). Identificaram-se os resultados
esperados e se estabeleceu as intervenções de enfermagem segundo nomenclaturas
padronizadas de acordo com a Classificação das Intervenções de Enfermagem (NIC).
Diante disso foram tomadas as seguintes condutas: orientar sobre as patologias, orientar
sobre o procedimento cirúrgico, administrar medicação prescrita pelo médico, orientar
sobre cuidados pré e pós-operatório, supervisionar evolução da dor, supervisionar
hidratação venosa, verificar, na prescrição, a liberação da dieta, monitorar sinais vitais.
A mesma permaneceu internada aguardando resultado de exames e intervenção
cirúrgica, a critério médico. CONCLUSÃO: A assistência de enfermagem a pacientes
cardiopatas tem sido de grande relevância uma vez que estes necessitam de cuidados
essenciais para uma boa evolução e prognóstico. A atuação da enfermagem nesse
momento é de fundamental importância na prevenção e diagnóstico precoce das
complicações e na manutenção do conforto do paciente, com observação rigorosa,
detalhada e sistematizada do mesmo.
Palavras- Chave: Assistência de Enfermagem; Complicações Cardiovasculares;
Intervenções.
__________________________________
1. Graduanda de Enfermagem pela Universidade Federal
[email protected]
2,4,6. Graduandos de Enfermagem pela Universidade Federal do Maranhão
3. Enfermeira especializada em Saúde da Família e Urgência e Emergência.
5. Enf. Ms. pela Universidade Federal do Maranhão.
do
Maranhão.
Email:
ASSISTÊNCIA DE ENFERMAGEM A PACIENTE COM LÚPUS
ERITEMATOSO SISTÊMICO E OSTEOPOROSE COM QUADRO
ÁLGICO INTENSO
ARAÚJO, Rayanne Luiza Tajra Mualem1 ; BARROS, Marina Apolônio de2 ; COSTA,
André Luis Braga3; ALBUQUERQUE, Rafaela Pontes4; NETA, Raimunda Silva
Santos5; THOMAZ, Érika Bárbara Abreu Fonseca 6
INTRODUÇÃO: O Lúpus Eritematoso Sistêmico (LES) é uma doença inflamatória
crônica, de causa desconhecida e de natureza auto-imune, caracterizada pela presença
de auto-anticorpos. Seu desenvolvimento está ligado à predisposição genética e aos
fatores ambientais, como luz ultravioleta e alguns medicamentos. Os aspectos clínicos
envolvem múltiplos sistemas orgânicos como o musculoesquelético e nervoso. O termo
osteoporose refere-se a um grupo de desordens e é caracterizado por perda de massa
óssea, baixa qualidade óssea e propensão a fraturas. Com o envelhecimento da
população, a incidência de fraturas, de dor e incapacidade associadas à osteoporose está
aumentando. OBJETIVO: O trabalho tem por objetivo avaliar a percepção da dor em
um paciente acometido por LES e estabelecer intervenções de enfermagem no alivio da
dor. METODOLOGIA: O relato de caso foi realizado no Hospital Universitário
Unidade Presidente Dutra em São Luís – MA, no período de 01/06 a 25/06/2010, na
clínica médica feminina. Para avaliar a dor utilizou-se a escala numérica de 0 – 10. A
dor como 5 sinal vital foi avaliada durante a aferição diária dos sinais vitais.
RESULTADOS: E.M.S.S., 43 anos, feminino, branca, solteira, profissão e ocupação
atual dona-de-casa, natural de Tufilândia – MA. Diagnóstico médico de LES e
osteoporose. Procurou o serviço de saúde devido à úlcera vascular em MIE e dores em
toda a coluna torácica irradiada para hemitórax direito e esquerdo, contínua, intensa
(escore 9), em queimação e facada, melhora ao sentar, piora ao deitar, desencadeada ao
movimento e ao tossir; dor óssea em MIE, intermitente, cansada, leve na maior parte do
tempo (escore 3), intensa ao manuseio, melhora com o repouso e piora ao movimento.
Sono não reparador devido queixa álgica e inapetente. Administração das medicações
nos horários, aplicação de calor e frio, elevação do membro, dieta conforme aceitação,
controle emocional da paciente, orientações e esclarecimentos acerca de sua doença e
tratamento, promoção de conforto, melhora da ferida e do estado geral e controle dos
sinais vitais foram algumas das intervenções de enfermagem com a paciente para que
ela apresentasse um bom prognóstico e recebesse alta hospitalar. CONCLUSÃO: A
paciente evoluiu com alta hospitalar, alívio da dor e melhora do estado geral, mostrando
assim a importância da intervenção adequada da enfermagem e o conhecimento da
equipe acerca da dor.
Palavras-chave: Lúpus eritematoso sistêmico. Dor. Assistência de enfermagem.
1- Enfermeira. Residente de enfermagem. Universidade Federal do Maranhão.
[email protected]
2- Enfermeira. Mestranda em Enfermagem. Universidade Federal do Maranhão.
[email protected]
3- Enfermeiro. Universidade Federal do Maranhão. E-mail: [email protected]
4- Enfermeira. Residente de enfermagem. Universidade Federal do Maranhão.
[email protected]
5- Enfermeira. Universidade Federal do Maranhão. E-mail: [email protected]
6- Odontologista. Doutora em saúde pública. Docente da Universidade Federal do Maranhão.
[email protected]
E-mail:
E-mail:
E-mail:
E-mail:
ASSISTÊNCIA DE ENFERMAGEM A UM PACIENTE SUBMETIDO À
PROSTATECTOMIA: RELATO DE EXPERIÊNCIA
REGO, Gliccia Morguethe Vieira1. LISBÔA, Luciana Léda Carvalho². COSTA, Larissa
Di Leo Nogueira². SERRA, Moisés Ferreira². CARVALHO, Líscia Divana Pacheco 3.
Introdução: A próstata tem como função a produção e excreção de cerca de 20% do
volume ejaculado. Hiperplasia Prostática Benigna ocorre em cerca de 60% dos homens.
Objetivo: Implementar uma assistência de enfermagem a partir do Sistema das
Classificações (NANDA, NIC e NOC). Metodologia: Estudo descritivo, realizado na
Ala A da Clínica Cirúrgica, do Hospital Universitário Unidade Presidente Dutra, no
período de 18 a 25 de Outubro de 2010. Resultados: Diagnósticos de enfermagem no
pré operatório: Disfunção sexual caracterizado por limitações reais impostas pela
terapia, dentição prejudicada caracterizada por ausência de dentes, retenção urinária
caracterizada por disúria relacionada a bloqueio, estilo de vida sedentário caracterizado
por escolher uma rotina diária sem exercícios físicos, risco de infecção relacionada à
exposição ambiental aumentada a patógenos e procedimentos invasivos. Diagnósticos
de enfermagem no pós operatório: Risco de infecção relacionado à exposição ambiental
a patógenos e procedimentos invasivos, padrão de sono prejudicado caracterizado por
capacidade funcional diminuída, integridade tissular prejudicada caracterizada por
tecido lesado evidenciada por fatores mecânicos. Conclusão: A elaboração da
sistematização da assistência de enfermagem foi o meio que disponibilizamos para
aplicar nossos conhecimentos técnico-científicos e humanos na assistência ao paciente,
melhora o controle clínico e permitir o gerenciamento de riscos. A assistência de
enfermagem visa não só a satisfação dos clientes, mas também busca esclarecer fatos ao
paciente/família.
Descritores: Assistência de enfermagem, processo de enfermagem, prostatectomia.
_______________________________
1
Acadêmica de enfermagem da Universidade Federal do Maranhão.
Email:[email protected]
² Acadêmicos de enfermagem da Universidade Federal do Maranhão.
³ Enfermeira. Docente do Departamento de Enfermagem da Universidade Federal do Maranhão.
ASSISTÊNCIA DE ENFERMAGEM À UMA CLIENTE COM
GESTAÇÃO GEMELAR: ESTUDO DE CASO
BOTENTUIT, Thaís Natália Araújo1; SIQUEIRA,Thalita Gracyelle Aragão2;
DOMINICE, Aline Kércia Dias3; ALMADA, Monique Pereira4; COSTA JUNIOR,
Joaquim Alves5; FONSECA, Lena Maria Barros6
Introdução: A presença simultânea, na mulher de dois ou mais conceptos, no útero ou
fora dele, constitui a prenhez múltipla classificada em dupla ou gemelar, tripla,
quádrupla, quíntupla, sêxtupla etc.Objetivo: Implementar a assistência de enfermagem
sistematizada a gestante com prenhez múltipla classificada em dupla, que foi submetida
à cirurgia cesariana, aplicando o processo de enfermagem utilizando sistema das
classificações ( NANDA, NIC, NOC). Metodologia: Trata-se de um estudo descritivo
do tipo estudo de caso, realizado primeiramente no centro Obstétrico e posteriormente
na Ala E do Alcon, do Hospital Universitário Unidade Materno Infantil (HUUMI UFMA) no período de 14 de abril a 19 de abril de 2011. O estudo obteve como amostra
a gestante M. V. B. M. de 26 anos com prenhez múltipla submetida a cirurgia
cesareana.Fundamentado no Sistema das Classificações (NANDA, NIC, NOC),
aplicamos todo o processo de enfermagem de forma sistematizada no pós operatório.
Primeiramente realizamos o histórico de enfermagem com anamnese e exame físico
minucioso, o que possibilitou o levantamento dos diagnósticos de enfermagem segundo
a taxonomia dos diagnósticos da NANDA (North American Nursing Diagnosis
Association). Tais diagnósticos constituíram a base para a seleção das intervenções de
enfermagem, estabelecidas de acordo com a classificação das Intervenções de
Enfermagem (NIC), para o alcance dos resultados visados. Os resultados, por sua vez,
foram estipulados em conformidade com a Classificação dos Resultados de
Enfermagem (NOC). Resultados: Os diagnósticos identificados nas fases pré e pósoperatória segundo a NANDA (2010) foram: Disfunção sexual relacionada à estrutura
corporal alterada( gravidez), estilo de vida sedentário, ansiedade, risco de infecção, dor
aguda, integridade tissular prejudicada. As intervenções de enfermagem conforme NIC
dentre outras foram: Discutir formas alternativas de expressão sexual que sejam
aceitáveis ao paciente; quando adequada; Informar ao individuo sobre os benefícios a
saúde e os efeitos psicológicos do exercício; assegurar que o paciente receba cuidados
precisos de analgesia; Investigar com o paciente os fatores que aliviam/pioram a dor;
Oferecer informações sobre a dor, como suas causas, tempo de duração e desconfortos
decorrentes de procedimentos; esclarecer as expectativas da situação; de acordo com o
comportamento do paciente; Examinar a condição de qualquer incisão cirúrgica /ferida;
Orientar o paciente sobre as formas de cuidar da incisão durante o banho.Conclusão:
Este estudo serviu como um instrumento para ampliar nosso conhecimento cientifico,
sendo embasado no Sistema de Classificações (NANDA, NIC e NOC), nos permitindo
desta forma realizar o planejamento de uma assistência melhorada com o máximo de
benefícios para a paciente.
Palavras-chave: gemelaridade, enfermagem
________________________
1,2,3,5 Acadêmicos do curso de Enfermagem da Universidade Federal do Maranhão
6 Mestre em Enfermagem e professora do curso de Enfermagem da Universidade Federal do Maranhão
Email: [email protected]
ASSISTÊNCIA DE ENFERMAGEM A UMA PACIENTE SUBMETIDA
À TRATAMENTO CIRURGICO DE FRATURA DO TORNOZELO
UNIMALEOLAR
RODRIGUES, Jéssica Brito 1; ARAÚJO, Adriana Heleny Borralho de2; COSTA,
Larissa Di Leo Nogueira2; LISBÔA, Luciana Léda Carvalho 2; REGO, Gliccia
Morguethe Vieira2; CARVALHO, Líscia Divana Pachêco 3
INTRODUÇÃO: De todas as fraturas tratadas pelos ortopedistas, a fratura maleolar ao
nível do tornozelo está entre as mais freqüentes. Fraturas maleolares são lesões causadas
por traumas rotacionais na região do tornozelo. Apesar do mecanismo de trauma ser
comum, caracteriza-se por enorme variação de lesões. O objetivo do tratamento destas
fraturas é a obtenção de uma superfície articular anatômica harmoniosa. OBJETIVO:
Aplicar o Processo de Enfermagem proposto por Wanda de Aguiar Horta, visando
atender às necessidades básicas afetadas da paciente. METODOLOGIA: Estudo
descritivo com abordagem qualitativa, fundamentada na Teoria das Necessidades
Humanas Básicas de Wanda de Aguiar Horta realizada no período de 12 de setembro a
15 de setembro de 2010 em um Hospital Universitário de São Luís-MA.
RESULTADOS: Os principais problemas de enfermagem encontrados no préoperatório foram: déficit de conhecimento sobre o tratamento, ansiedade, dentição
prejudicada, integridade da pele prejudicada; no pós-operatório: presença de ferida
operatória, déficit de conhecimento sobre tratamento, vômito, ausência de eliminações
intestinais, dor aos esforços em ferida operatória. As Necessidades Humanas Básicas
Afetadas (NHBA) no pré-operatório foram: Aprendizagem (educação em saúde),
segurança, integridade cutânea-mucosa; no pós-operatório: Integridade cutânea,
aprendizagem (educação em saúde), nutrição, eliminação e percepção sensorial
dolorosa. CONCLUSÃO: O prognostico foi satisfatório, observou-se uma melhora no
estado clínico da paciente que evoluiu para uma dependência parcial da enfermagem,
demonstrando aprendizado quanto às orientações, a fim de obter um bom estado de pósoperatório. A assistência de enfermagem qualificada é de fundamental importância para
o restabelecimento físico, psicológico e emocional do paciente.
___________________________
1
Acadêmica do Curso de Enfermagem da Universidade Federal do Maranhão – UFMA
e-mail:[email protected]; Rua 21,quadra 24,casa 03, IV conjunto,Cohab.
2
Acadêmicas do Curso de Enfermagem da Universidade Federal do Maranhão – UFMA
³ Docente da UFMA. Supervisora de Estágio de Clínica Cirúrrgica.
ASSISTÊNCIA DE ENFERMAGEM NA PROMOÇÃO DA SAÚDE DO
PACIENTE HIPERTENSO EM UMA LIGA DE HIPERTENSÃO
Larissa Di Leo Nogueira Costa, Adriana Heleny Borralho de Araújo, José de Ribamar
Medeiros Lima Júnior, Luciana Léda Carvalho Lisbôa, Moisés Ferreira Serra, Maria
Lúcia Lopes Holanda
Introdução: As doenças cardiovasculares ainda são a primeira causa de óbitos no país. A
hipertensão arterial atinge grande parte da população adulta muitas vezes de forma
silenciosa. As interações entre predisposição genética fatores ambientais e estilo de vida
levam a um descontrole dos mecanismos que regulam a pressão arterial e de forma
sistêmica o organismo vai sofrendo danos a curto e longo prazo. Em geral, um
indivíduo é considerado portador de hipertensão arterial quando a pressão arterial
diastólica permanece acima de 90 mm de Hg e a sistólica acima de 160 mm de Hg.
Nesse contexto, foi criada a Liga de Hipertensão Arterial, cujo objetivo principal da
enfermagem é o acompanhamento de cada paciente e a promoção da saúde, ou seja,
desenvolver um alto nível de bem-estar influenciando o comportamento individual e o
ambiente em que as pessoas vivem. Objetivos: Ilustrar as diversas maneiras pelas quais,
a LHA - Enfermagem do Hospital Universitário Unidade Presidente Dutra –
HUUPD/UFMA, realiza a promoção da saúde com qualidade de vida a usuários do
serviço de saúde portadores de hipertensão arterial realizando ações educativas, visando
o auto-cuidado, realizadas pelos acadêmicos de enfermagem-UFMA. Metodologia:
Pesquisa qualitativa, descritiva que norteia a assistência de enfermagem da Liga de
Hipertensão-Enfermagem através dos três pilares: ensino, pesquisa e extensão.
Resultados: O ensino acontece através de reuniões científicas quinzenais, em que são
discutidos casos clínicos, apresentados seminários envolvendo temas ligados à
hipertensão arterial e aulas ministradas por profissionais da área. Na área de pesquisa
são desenvolvidos projetos de iniciação científica, monografias e trabalhos científicos.Já
as atividades de extensão ocorrem em atendimentos ambulatoriais realizados
diariamente pelos acadêmicos de Enfermagem no HUUPD/UFMA, discorridos em
anamnese, exame físico, solicitação de exames de rotina, e ao final da consulta, o
paciente recebe orientações de saúde, como a importância de realizar atividades físicas,
o seguimento de uma dieta adequada, terapêutica medicamentosa, informações
pertinentes sobre a hipertensão arterial e o esclarecimento de eventuais dúvidas, além de
participação em mutirões. Conclusão: Além da promoção da saúde, a Enfermagem é
responsável pela orientação e educação do paciente hipertenso, alertando-o sobre os
riscos da doença e importância do auto-cuidado. Portanto, a LHA – Enfermagem,
desenvolve educação em saúde de forma efetiva junto aos seus pacientes, visto que
promove a conscientização sobre a doença e capacita o paciente para o seu autocuidado, comprovado pela aderência ao tratamento, prática indispensável para a
diminuição dos níveis pressóricos e para a promoção de uma melhor qualidade de vida.
Palavras-chave: Enfermagem, Hipertensão arterial, Liga.
ATENÇÃO A USUÁRIOS DE DROGAS DURANTE ESTÁGIO DE
ENFERMAGEM PSIQUIÁTRICA: RELATO DE EXPERIÊNCIA
LISBÔA, Luciana Léda Carvalho 1. COSTA, Larissa Di Leo Nogueira². REGO, Gliccia
Morguethe Vieira². SERRA, Moisés Ferreira². RODRIGUES, Jéssica Brito². GOMES,
Rita Ivana Barbosa3.
Introdução: Droga é toda e qualquer substância, natural ou sintética que, introduzida
no organismo, modifica suas funções. É comum distinguir o abuso do uso de drogas de
seu consumo normal, esta classificação refere-se à quantidade e periodicidade em que
ela é usada. O uso abusivo de drogas é um dos principais problemas de saúde pública
em todo o mundo. Estima-se que 185 milhões de pessoas acima de quinze anos já
consumiram drogas ilícitas, ou seja, 4,75% da população mundial. O abuso de
cocaína/crack está associado a inúmeros problemas de ordem física, psiquiátrica e
social. Destaca-se que os profissionais de enfermagem são agentes-chave no processo
da transformação social dos países, participando no desenho e na implantação de
programas e projetos de promoção de saúde, prevenção do uso e abuso de álcool e
outras drogas e integração social. Objetivo: Relatar a experiência vivida por acadêmicos
de enfermagem no estagio de enfermagem psiquiátrica acerca da atenção a usuários de
drogas em um Hospital psiquiátrico de referência. Metodologia: Relato de experiência,
realizado no mês de Maio de 2011, com pacientes internos em um Hospital Dia no
município da Raposa-MA. Resultados: Foi observada uma faixa etária variável entre os
18 e 60 anos, em sua maioria homens solteiros. Também pôde ser observada claramente
a associação do uso de álcool e drogas à internação da maioria dos pacientes, muitos
apresentando transtorno após longos anos de uso abusivo. Geralmente levados à
internação por sua família contra a sua própria vontade após mudanças de
comportamento em casa ou raptos de agressividade. Além disso, há relatos de
sentimentos de tristeza e desejo de isolamento social. A prática tabagista é muito
comum e se faz muito presente dentre os pacientes. Conclusão: Considerando que todos
os participantes se encontram em tratamento psicoterápico é relevante citar os aspectos
sociais, assim como o sentimento depressivo (tristeza) que cada um expressa.
Orientações e promoção da saúde mental, também voltada para o usuário de drogas,
vem a ser essencial tanto para o tratamento quando para uma possível prevenção.
Descritores: Consumo de drogas, álcool, saúde mental.
______________________________
1
Acadêmica de enfermagem da Universidade Federal do Maranhão. Email: [email protected]
² Acadêmicos de enfermagem da Universidade Federal do Maranhão.
³ Enfermeira. Docente do Departamento de Enfermagem da Universidade Federal do Maranhão.
ATUAÇÃO DO PET VIGILÂNCIA – UFMA NO MONITORAMENTO
DA INFLUENZA A H1N1 EM UMA UNIDADE SENTINELA
SOUZA, Albina Karolyne Diniz¹; SILVA, Andréa Cristina Oliveira²; SILVA, Nayra
Souza da4; LIMA JUNIOR, Jose de Ribamar Medeiros¹; BEZERRA, Mayane de Melo¹
OLIVEIRA, Avessanha Costa Cardoso³
INTRODUÇÃO: As atividades de rastreamento realizadas nas unidades sentinelas para
influenza A H1N1 são necessárias para monitorar as cepas virais, detectar e oferecer
respostas a novos subtipos que podem estar relacionados à influenza pandêmica. Os
alunos do PET Vigilância em Saúde - UFMA desenvolvem ações de vigilância
permanente da influenza A H1N1 em colaboração com os técnicos das Unidades.
OBJETIVOS: Relatar as ações de vigilância desenvolvidas por membros do PET
Vigilância - UFMA na Unidade Mista do São Bernardo relacionadas à influenza A
H1N1. METODOLOGIA: Estudo descritivo que tem como cenário a Unidade Sentinela
da Influenza A H1N1 do São Bernardo em São Luís – MA, referência para atendimento
a adultos com Síndrome Gripal – SG que para efeito da vigilância da influenza, é
compreendido como “indivíduo com doença aguda (com duração máxima de cinco
dias), apresentando febre (ainda que referida) acompanhada de tosse ou dor de garganta,
na ausência de outros diagnósticos”. Os dados são referentes ao período de agosto de
2010 a fevereiro de 2011. RESULTADOS: Os participantes realizaram triagem de todos
os pacientes com SG que procuraram o serviço. Após a triagem, os dados do paciente
foram registrados em um formulário clinico laboratorial e posteriormente realizado a
coleta de secreções respiratórias por meio da técnica de swab combinado de nasofaringe
e orofaringe. Após a coleta, as amostras são acondicionadas e enviadas para laboratórios
estaduais responsáveis pelo diagnóstico etiológico. Realizando posteriormente o
consolidado semanal de casos atendidos com SG na Unidade através dos registros nos
prontuários da internação, ficha de serviço de pronto atendimento e registro dos
atendimentos ambulatoriais e informação desses dados no sistema de informação de
vigilância epidemiológica da gripe - SIVEP_GRIPE. Após uma semana, a equipe da
unidade de saúde entra em contato com o cliente, para entrega do resultado.
CONCLUSÃO: Na unidade sentinela os membros do PET colocam em prática
atividades de vigilância em saúde da Influenza A H1N1. Por meio da coleta de amostras
realizam o monitoramento da circulação dos vírus respiratórios, contribuindo para a
execução de estratégias de vigilância do município. O monitoramento deve ser contínuo
devido a possíveis mutações do vírus influenza que podem aumentar a virulência e seu
poder de letalidade. Palavras-chave: Vírus da Influenza A; Evento Sentinela; Vigilância
Epidemiológica.
¹ Alunos do Curso de Enfermagem da UFMA, Bolsistas do PET Vigilância UFMA.(Email do relator:
[email protected])
² Enfermeira, Docente do Departamento de Enfermagem da UFMA, Tutora do PET Vigilância-UFMA
³ Técnica da Vigilância Epidemiológica do Município de São Luís; Preceptora do PET Vigilância em
Saúde - UFMA
4
Aluna do Curso de Enfermagem da UFMA
ATUAÇÃO DA ENFERMAGEM NO PROCESSO DE DOAÇÃO E
TRANSPLANTE DE ÓRGÃOS
SANTOS, Vandiel Barbosa 1; ALBUQUERQUE, Ingrid de Campos 2 ; DUTRA, Alyni
Sebastiany Mendes 2 ; JANSEN, Alana Michele da Silva 3; CACAU, Méllany Pinheiro 3 ;
AQUINO, Dorlene Maria Cardoso de 4
Introdução: O transplante de órgãos tornou-se uma opção de excelência no tratamento
da falência terminal orgânica de pacientes. Na prática, a política de transplante
constitui-se em um processo que se divide na detecção, avaliação, manutenção do
potencial doador, diagnóstico de morte encefálica, consentimento familiar ou ausência
de negativa, documentação de morte encefálica, remoção, distribuição de órgãos e
tecidos, transplante e acompanhamento de resultados. O profissional de Enfermagem
integra a equipe transplantadora, as organizações de procura de órgãos e participa ainda
de diversas atividades, estas, determinadas pela Resolução do Conselho Federal de
Enfermagem. Objetivo: Conhecer a atuação da enfermagem no processo de doação e
transplante de órgão. Metodologia: O trabalho tem enfoque descritivo a partir de
pesquisa bibliográfica em livros e artigos escritos em língua portuguesa do banco de
dados LILACS e SCIELO, tendo como descritores: enfermagem, doação e transplante
de órgãos, esta, realizada nos meses de setembro a novembro de 2010. Resultados: Para
a realização de todo processo de doação e transplante de órgãos, há necessidade de uma
equipe multidisciplinar especializada, estes, conscientes dos limites existentes entre o
uso da tecnologia e a ética profissional. Nesse sentido, a Resolução COFEN 292/2004,
delibera que a assistência de enfermagem prestada ao doador de órgãos tem como
objetivo a viabilização dos órgãos para transplante bem como a necessidade de
permanência do doador em unidade de terapia intensiva, até a retirada dos órgãos, sendo
que a assistência de enfermagem deve atender as necessidades fisiológicas básicas do
potencial doador, dentre todos os cuidados. Cabendo ainda ao enfermeiro, a
incumbência de aplicar a SAE em todas as fases do processo de doação e transplante de
órgãos e tecidos, ao receptor e família, que inclui o acompanhamento pós-transplante
(no nível ambulatorial) e transplante (intra-hospitalar). Sendo o enfermeiro responsável
por planejar, executar, coordenar, supervisionar os procedimentos de enfermagem
prestados aos doadores de órgãos e tecidos. Conclusão: O processo de doação de órgãos
é complexo, e o enfermeiro tem um papel determinante, sendo o responsável por
realizar a avaliação clinica do potencial doador e orientar ou promover a manutenção
hemodinâmica deste. Sendo a enfermagem atuante no processo doação-transplante, ela
deve ser capaz de suprir as necessidades básicas de um transplante, considerando o grau
de complexidade que este envolve, precisando estar muito bem treinada, capacitada e
atualizada, acompanhando a evolução tecnológica e científica.
____________________________
1
Acadêmico do 5º período de Enfermagem e monitor bolsista do PET-Saúde/Saúde da Família/UFMA .
E-mail: [email protected]
2
Acadêmicas do 5º período de Enfermagem e monitoras voluntárias do PET-Saúde/ Saúde da
Família/UFMA
3
Acadêmicas do 5º período de Enfermagem da Universidade Federal do Maranhão.
4
Enfermeira, Doutora, Professora Adjunta do departamento de enfermagem da UFMA.
AUTONOMIA DAS MULHERES NO PLANEJAMENTO FAMILIAR
Kathiussa Costa Leite Cardoso¹, Agostinha Pereira Rocha Neta2, Alice Bianca Santana
Lima2, Lucian da Silva Viana², Neidna Raissa Soeiro de Almeida², Carlos Leonardo
Figueiredo Cunha³
INTRODUÇÃO: O Planejamento Familiar consiste no direito à informação, à
assistência especializada e ao acesso aos recursos que permitam optar livre e
conscientemente por ter ou não ter filhos. O número, o espaçamento entre eles e a
preferência pelo método anticoncepcional mais adequado, são opções que o casal deve
ter, pois devem ter o direito de escolher de forma livre e por meio da informação, sem
discriminação, coerção ou violência. Mesmo com a predominância de mulheres na
demanda pelos grupos de planejamento familiar, não é garantido que elas sejam os
agentes principais ou exclusivos da escolha do método contraceptivo. Com este estudo
objetiva-se abordar a questão das mulheres como principal sujeito na decisão do uso dos
recursos oferecidos pelos serviços do Planejamento Familiar. METODOLOGIA:
Utilizou-se revisão bibliográfica constituída de pesquisa em seis artigos de periódicos,
no período de 2001 a 2010, utilizando como descritores: Serviços de planejamento
familiar, Saúde da mulher, Anticoncepção; através das bases de dados: Bireme,
Medline, Google Acadêmico e Scielo. RESULTADOS: A predominância feminina nos
grupos aponta para traços ambíguos de autonomia e de encargo. A decisão do
planejamento familiar é teoricamente partilhada pelo casal, porém a subalternidade
feminina deixa ao homem as decisões relativas à vida sexual. Mas é a mulher que
demanda os métodos contraceptivos, cabendo-lhe a decisão de delimitação da prole ou à
prevenção da gravidez não desejada. CONCLUSÃO: Na maioria das vezes, a decisão
pelo método contraceptivo não se traduz em uma escolha ou opção, mas em falta de
escolha, imposta pelas circunstâncias vividas, e às vezes, sem a colaboração do parceiro.
Palavras-Chave: Planejamento Familiar. Saúde da Mulher. Anticoncepção
___________________________
¹ Relator. Acadêmico de
[email protected]
Enfermagem
da
Universidade
Federal
do
Maranhão.
² Acadêmicos de Enfermagem da Universidade Federal do Maranhão.
³ Enfermeiro, Mestre em Saúde Materno Infantil pela Universidade Federal do Maranhão.
E-mail:
AVALIAÇÃO DA ADESÃO DO AUTOCUIDADO EM PACIENTES
PORTADORES DE DIABETES MELLITUS
SILVA, Clarissa Galvão da1; MACHADO, Larissa Rodrigues²; MURICI, Aline
Fernanda Fontinele3; OLIVEIRA, Bruna da Silva4 ; BRAGA, Lorena Carvalho5 ;
LOPES, Maria Lúcia Holanda6
Introdução: Entende-se por Diabetes Mellitus (DM) como sendo uma patologia de
etiologia múltipla decorrente da falta de insulina e/ou incapacidade de a insulina exercer
seus efeitos adequadamente. Esta constitui em um importante problema de saúde
pública, chegando a atingir, de acordo com o Ministério da Saúde, aproximadamente 6
milhões de pessoas em todo o Brasil. Dessas, 3 milhões fazem acompanhamento nas
Unidades Básicas do Sistema Único de Saúde. Segundo Duque (2009), a importância
dos cuidados com o paciente diabético dá-se pela elevada taxa de mortalidade e
morbidade desta doença, apresentando
importantes complicações de caráter
degenerativas, manifestando-se de 5 a 10 anos após o início da doença. Para o
tratamento do DM, além do uso da medicação, são necessárias diversas atividades de
autocuidado como o seguimento de um plano alimentar, a monitoração da glicemia e a
realização de atividades físicas. Objetivo: Realizar um levantamento bibliográfico sobre
a avaliação da adesão ao autocuidado nos pacientes diabéticos. Metodologia: O trabalho
tem um enfoque descritivo a partir de pesquisa bibliográfica realizada de fevereiro à
abril de 2011 em livros e artigos científicos no banco de dados LILACS e SCIELO.
Resultados: Identificou-se o consenso entre os autores de que a avaliação da adesão ao
tratamento dos diabéticos dá-se normalmente durantes as consultas, pelas avaliações
clínica e laboratorial desses pacientes. São utilizadas diversas medidas para essa
avaliação como a hemoglobina glicada (HbA1c), a contagem da medicação e o relato
dos pacientes. Vale ressaltar que o autorrelato a partir de perguntas específicas em
entrevistas ou questionários tem se mostrado uma das abordagens mais práticas e
efetivas para avaliar a adesão aos cuidados com o diabetes (MICHELS, 2010).
Conclusão: O tratamento do diabetes mellitus é complexo e seus resultados dependem,
em grande parte, do nível de compreensão do paciente em relação à sua doença e de sua
destreza perante seus cuidados domiciliares diários. Destacamos ainda que os pacientes
diabéticos apresentam sérias complicações que poderiam ser evitadas, em grande parte,
se os mesmos tivessem informações adequadas, conhecimento a respeito de sua doença
e sobre os cuidados a serem tomados para evitar as possíveis complicações.
PALAVRAS-CHAVE: Diabetes Mellitus. Autocuidado. Adesão.
1
Aluna do quinto período de graduação do curso de Enfermagem da Universidade Federal do Maranhão
– UFMA, voluntária do PET-Saúde/Saúde da Família/UFMA e membro efetivo da Liga Acadêmica de
Diabetes e Obesidade. Endereço: [email protected]
2
Aluna do quinto período de graduação do curso de Enfermagem da Universidade Federal do Maranhão
- UFMA e voluntária do PET-Saúde/Saúde da Família/UFMA.
3
Aluna do quinto período de graduação do curso de Enfermagem da Universidade Federal do Maranhão
– UFMA e membro efetivo da Liga Acadêmica de Diabetes e Obesidade.
4
Aluna do quinto período de graduação do curso de Enfermagem da Universidade Federal do Maranhão
– UFMA, integrante do Grupo de Estudo em Tecnologia do Cuidado em Enfermagem (GRUETEC) e
voluntária do Projeto de pesquisa “Avaliação da Pressão Arterial de crianças e adolescentes”.
5
Aluna do quinto período de graduação do curso de Enfermagem da Universidade Federal do Maranhão –
UFMA.
6
Enfermeira, Mestre em Enfermagem e Professora do Departamento de Enfermagem da UFMA.
AVALIAÇÃO SOCIOECONÔMICA DE ADULTOS PORTADORES DE
DIABETES MELLITUS TIPO 2
RODRIGUES, Jéssica Brito 1; GOMES, Bruna2; SILVA, Clarissa Galvão da2; SILVA,
Kely Nayara dos Reis2 ; SARDINHA, Ana Hélia de Lima3
INTRODUÇÃO: As doenças crônicas não transmissíveis representam a principal causa
de mortalidade e incapacidade do mundo inteiro. Gradativamente, o problema afeta as
populações dos países desenvolvidos e em desenvolvimento. O número de portadores
de Diabetes Mellitus cresce consideravelmente a cada ano, sendo importante a
realização de pesquisas com esta população. OBJETIVO: Avaliar os fatores
socioeconômicos presentes nos pacientes acometidos por Diabetes Mellitus tipo 2
(DM2).
METODOLOGIA:
Pesquisa
exploratória
descritiva
com
abordagem
quantitativa, desenvolvida no setor de endocrinologia do Hospital Universitário
Presidente Dutra- HUPD da Universidade Federal do Maranhão - UFMA, com um
grupo de 35 indivíduos adultos (idade ≥ 18 anos) com diagnóstico de Diabetes Mellitus
2 assistidos no HUPD que se dispuseram a participar do estudo, após assinar o termo de
consentimento livre e esclarecido. RESULTADOS: A média de idade dos portadores de
Diabetes Mellitus tipo 2
(DM2) foi de 58,97 anos. Estes pacientes eram
predominantemente do sexo feminino (60%), casados (62,9%), viviam com
companheiro (71,5%). Em relação à escolaridade 34,3% possuíam o fundamental
incompleto e à renda variou entre 2 a 3 salários mínimos o que equivaleu a 60% dos
entrevistados. CONCLUSÃO: O estudo permitiu caracterizar os portadores de diabetes
mellitus tipo 2, atendidos no ambulatório do Hospital Universitário do Maranhão quanto
a idade, sexo, estado civil, nível educacional e ocupação, confirmando muitos dos
estudos realizados, evidenciando algumas características peculiares e indicando a
necessidade de mais estudos nos aspectos que preocupam os profissionais da saúde
como o nível educacional e a baixa renda, pois há uma necessidade maior de mudanças
e/ou melhorias na abordagem a esses pacientes como a forma e o tipo de linguagem
mais acessível garantindo um entendimento correto das informações transmitidas.
_______________________
1Acadêmica do Curso de Enfermagem da Universidade Federal do Maranhão – UFMA. Email:
[email protected]. Endereço: Rua 21, quadra 24, casa 03, IV conjunto, Cohab. São Luís – MA. Brasil.
2Acadêmica do Curso de Enfermagem da Universidade Federal do Maranhão – UFMA.
3Enfermeira. Mestre em Ciências da Saúde. Professora Assistente I da Universidade Federal do
Maranhão – UFMA
CORREÇÃO DE COMUNICAÇÃO INTERATRIAL: RELATO DE
EXPERIÊNCIA
Líscia Divana Pachêco Carvalho 1; Rosilda Silva Dais2; Luciana Tenório de Moraes 3
INTRODUÇÃO: A comunicação interatrial (CIA) é uma anomalia congênita comum e
ocorre mais freqüentemente no sexo feminino. A correção cirúrgica precoce é o
tratamento definitivo para neonatos e lactentes com os sintomas significativos ou de
insuficiência cardíaca congestiva. OBJETIVO: Identificar os diagnósticos de
enfermagem presentes nas fases pré e pós-operatória de uma paciente acometida de CIA
e estabelecer intervenções específicas. METODOLOGIA: Pesquisa do tipo relato de
experiência adotou-se a Teoria das Necessidades Humanas Básicas (NHB), associado à
taxonomia diagnóstica da Norh American Nursing Diagnostic Association (NANDA,
2011). A coleta de dados foi no mês de junho de 2010 na Clínica Cirúrgica e na UTICÁRDIO do Hospital Universitário Unidade Presidente Dutra, em São Luís – MA,
constando de entrevista, exame clínico e consulta aos registros de prontuário. O
instrumento de coleta de dados utilizado foi o histórico de enfermagem do Hospital que
tem como fundamentação a Teoria de Wanda Horta. Foram obedecidos os preceitos
ético-legais da pesquisa. RESULTADOS: E.E.S.M., 2 anos, feminino, branca, natural e
residente em São Luís- Ma. Admitida com história de “falta de apetite”. A informante
(mãe) refere que a mesma apresentou aos seis meses anorexia, desconforto respiratório
e vômitos após alimentação. Procurou Serviço de Saúde, realizado vários exames,
porém sem alterações. Em consulta de rotina com a pediatra, foi identificado, alteração
na ausculta cardíaca, presença de sopro. Encaminhada ao cardiologista e confirmado
através do ecodoppler comunicação interatrial, indicado tratamento cirúrgico. No préoperatório: estado geral regular, comunicativa,
lúcida, eupnéica,
murmúrios
normoaudíveis, acianótica, afebril, hidratada, desdobramento fixo e amplo de segunda
bulha e sopro sistólico no terceiro espaço intercostal esquerdo. No pós-operatório:
hemodinamicamente estável, acianótica, anictérica, afebril, normotensa, eupnéica,
mantendo cateter venoso central em subclávia direita e fio marcapasso, sono e repouso
interrompidos, aceita pouco a dieta, eliminação intestinal ausente há dois dias.
Toracotomia com bom aspecto. Apresentou edema discreto em membro superior direito
e membros inferiores. Os Diagnósticos de enfermagem identificados foram: Nutrição
Desequilibrada Menos do que as Necessidades Corporais, Amamentação Interrompida,
Síndrome do Estresse da Mudança de Ambiente, Integridade da Pele Prejudicada
Relacionada à Incisão Cirúrgica, Distúrbio no Padrão do Sono, Volume Excessivo de
Líquidos, Risco Para o Comportamento Infantil Desorganizado, Risco para Infecção. As
intervenções de Enfermagem realizadas foram: Oferecer ambiente silencioso e medidas
de conforto; Pesar a paciente e estimular ingestão alimentar; Elevação das extremidades
inferiores, Utilizar técnicas assépticas, Realizar curativos; Monitorar sinais vitais,
complicações e risco de infecção; Ensinar a paciente e a família aos cuidados básicos.
CONCLUSÃO:
Foram
identificados
alterações
nas
necessidades
biológicas,
psicológicas e sociais, com predomínio das biológicas. A paciente apresentou
dependência parcial da enfermagem no momento da alta hospitalar, sendo prestadas
todas as orientações para os familiares, como cuidados com a ferida operatória, higiene,
retorno ambulatorial, terapêutica medicamentosa, acompanhamento no serviço de
nutrição.
Palavras-Chaves: Diagnósticos de Enfermagem. Cirurgia cardíaca. Comunicação
interatrial.
____________________________
1
Enfermeira, Doutoranda em Ciências da Saúde (EERP-USP-UFMA). Docente da Universidade Federal
do Maranhão – UFMA. Email: [email protected]
2
Enfermeira, Doutoranda em Fisiopatologia (UFRJ-UFMA). Docente da Universidade Federal do
Maranhão – UFMA.
3
Enfermeira Graduada pela Universidade Federal do Maranhão – UFMA.
CUIDADO DE ENFERMAGEM A GESTANTE COM DIAGNÓSTICO
DE OLIGODRÂMNIO POR RUPTURA DE MEMBRANA
Lana Carla de Souza Mendes1, Caius César Araújo Melo 2, Elba Gomide Mochel3,
Thamires Pestana Sousa4, Thalita Gracyelle Aragão Siqueira5, Yelenna Rafysa Mendes
Santos6
INTRODUÇÃO: Segundo Neto e Tadini (2002), o volume do líquido amniótico (LA)
aumenta progressivamente no decorrer da gestação, em torno de 20 ml semanais (10ª a
14ª semanas) e 50 ml por semana (15ª a 28ª). Costuma atingir o máximo de um litro em
torno da 38ª semana, decrescendo daí até o parto. O desvio da normalidade para menos
é chamado de oligodrâmnio (chegando ao volume inferior a 400 ml) e, para mais,
polidrâmnio. OBJETIVO: Desenvolver um cuidado de Enfermagem à paciente
acometida por oligodrâmnio por ruptura de membrana, visando uma boa conduta a fim
de diminuir os riscos para mãe e bebê. METODOLOGIA: Estudo descritivo, do tipo
estudo de caso realizado na ala da Alcom do Hospital Universitário Materno Infantil da
Universidade Federal do Maranhão, através de entrevista com a paciente e busca de
dados em prontuário. RESULTADOS: Diante dos problemas que a paciente
apresentava, foram seguidas as seguintes condutas de Enfermagem: orientação quanto
ao repouso no leito; orientação quanto ao aumento da ingesta hídrica; monitoração da
freqüência cardíaca fetal; observação dos movimentos fetais diariamente; mensurar a
temperatura (a fim de se detectar uma possível infecção); administração de medicação
analgésica conforme prescrição médica, para alívio da cefaléia; avaliação do Doppler (a
fim de se verificar o índice do líquido amniótico – ILA). A mesma permaneceu
internada aguardando completar idade gestacional favorável para intervenção cirúrgica,
além disso, tais condutas puderam contribuir para uma boa evolução, contribuindo para
que a gestação prosseguisse dentro das condições necessárias para um bom prognóstico.
CONCLUSÃO: A assistência de enfermagem durante a gestação é de suma importância
no que diz respeito a possíveis intercorrências que possam surgir, visando o bem-estar
da mãe e feto e um cuidado eficaz. Quando há risco na gravidez o enfermeiro (a) deve
estar ainda mais atento, supervisionado e orientado a paciente, pois a parceria
profissional-paciente se faz necessário para um bom desempenho desse processo.
Palavras-chave: Cuidado de Enfermagem; Gestante; Ruptura de Membrana.
______________________________
1. Graduanda de Enfermagem pela Universidade Federal do
[email protected]
2,4,5,6. Graduandos de Enfermagem pela Universidade Federal do Maranhão
3. Profª. Dra. em Enfermagem pela Escola Paulista de Medicina.
Maranhão.
Email:
CUIDADO DE ENFERMAGEM A PACIENTE I.C.S.S COM
DIAGNOSTICO DE DOENÇA DE ADDISON
Anderson Pereira Sousa,¹ Wesley da Silva Marques², Thiago Costa Miranda², Vanessa
Virginia Lopes Ericeira², Karla Janaina de Sousa Queiroz², Rosilda Silva Dias³
INTRODUÇAO: A doença de Addison (DA), também conhecida como hipofunção
adrenal primaria, é uma endocrinopatia potencialmente fatal caracterizada pela ausência
ou redução na produção de cortisol, aldosterona e esteróides sexuais. Manifesta-se,
usualmente, quando mais de 90% do córtex adrenal são destruídos. OBJETIVO: abordar
a implementação do cuidado de enfermagem a uma paciente com doença de Addison.
METODOLOGIA: Trata-se de um estudo descritivo, do tipo estudo de caso realizado
na clinica médica feminina do Hospital Universitário Presidente Dutra, no período 21 de
setembro a 06 de outubro de 2010, utilizando o processo de enfermagem de Wanda
Horta. RESULTADOS: Avaliação clinica de I.C.S.S, 43anos, feminina, cor parda,
solteira, ensino médio completo, natural e residente de Colinas-MA, foram observadas
algumas necessidades humanas básicas afetadas, dentre elas estão: sono e repouso,
regulação eletrolítica, mucosa cutânea, regulação vascular, eliminação, nutrição,
regulação hormonal e neural, e educação em saúde. Implementação da assistência, ao
fazer: reposição hormonal e eletrolítica, aferir sinais vitais e aplicar troco térmico.
Orientar: sono diário, exercício abdominal, movimentação ativa no leito, deambulação,
ingesta hídrica, eliminação intestinal e vesical, dieta hipolipidica, sobre os sinais e
sintomas da doença, os efeitos colaterais das medicações e restrição de esforço fisico.
Supervisionar: alimentação, eliminação intestinal, débito urinário, hiperpigmentação da
pele e hematoma. CONCLUSÃO: Através da aplicação do processo de enfermagem de
Wanda Horta, pudemos aprofundar nosso conhecimento científico acerca da
sistematização do cuidado de enfermagem, elaborar um plano terapêutico para melhor
prognostico da paciente e com a revisão bibliográfica ter o conhecimento de tal
patologia, aparelhos afetados e das necessidades humanas básicas prejudicadas da
usuária em questão.
Palavras- Chave: Enfermagem. Cuidado. Doença de Addison.
_____________________________
1. Graduando em Enfermagem pela Universidade Federal do Maranhão - UFMA
2- Graduando em Enfermagem pela Universidade Federal do Maranhão – UFMA
3. Enf. MsC. Profª do departamento de enfermagem da Universidade Federal do Maranhão – UFMA;
[email protected]
CUIDADOS DE ENFERMAGEM A PACIENTE SUBMETIDA A
PROCEDIMENTO CIRÚRGICO DE TROCA DE PRÓTESE MITRAL
MARTINS, Rosana de Jesus Santos¹; MOREIRA, Valéria Oliveira²; CAVALCANTE,
Marcos Ronald Mota²; SILVA, Andréa Cristina Oliveira³
INTRODUÇÃO: A estenose mitral é um distúrbio cardíaco ocasionado pela diminuição
do calibre do orifício mitral, dificultando o fluxo sanguíneo do átrio para o ventrículo,
sendo a endocardite reumática a causa mais predominante. Uma opção de tratamento é a
substituição valvular, que é realizada quando os folhetos já se encontram imobilizados
por calcificações, inviabilizando assim, para estes casos, a valvuloplastia ou reparação
valvular. (Brunner, et al...2008). Este resumo se trata de um estudo de caso cujo
objetivo foi aplicação da assistência de enfermagem segundo Wanda Horta para a
cliente R.K.P.F., internada no Hospital Universitário Presidente Dutra (HUPD) para
troca de prótese mitral. OBJETIVO: Relatar a assistência de enfermagem oferecida à
usuária no pré e pós-operatório de troca de prótese mitral. METODOLOGIA: Trata-se
de um estudo descritivo realizado em um Hospital Universitário. O trabalho foi
realizado durante as atividades práticas da Disciplina Saúde do Adulto no mês de junho
de 2010.
Para a realização deste estudo houve a autorização da responsável pela
paciente e o seu consentimento por meio do termo de consentimento livre e esclarecido.
Utilizou-se como referencial teórico a Teoria das Necessidades Humanas Básicas com
aplicação das seguintes etapas do processo de enfermagem de Wanda Horta: Histórico
de Enfermagem padronizado pelo Hospital; Diagnósticos de Enfermagem no pré e pósoperatório; Plano de Cuidados; Evoluções e o Prognóstico de Enfermagem.
RESULTADOS: A partir da realização do Histórico de Enfermagem e das evoluções
diárias foram estabelecidos os Diagnósticos de Enfermagem sendo identificadas as
seguintes Necessidades Humanas Básicas Afetadas no pré-operatório: oxigenação,
exercício e atividade física, e segurança. No pós-operatório: oxigenação, integridade
cutâneo-mucosa, regulação hídrica, exercício e atividade física. No diagnóstico de
enfermagem, puderam ser observados os seguintes problemas: no pré- operatório:
dispnéia, fadiga, déficit de lazer, ansiedade, sopro cardíaco. No pós- operatório: ferida
operatória fechada, catéter venoso central (CVC), edema em MMSSII e dispnéia. O
Plano de Cuidados consiste no FAOSE, ou seja, fazer: verificar os SSVV, administrar
medicação prescrita, curativo de ferida operatória (FO) e CVC; ajudar: mudança de
decúbito; orientar: quanto ao procedimento cirúrgico, deambulação, elevação de
membros inferiores; supervisionar: preparo intestinal e vesical, alimentação e dispnéia;
e encaminhar: serviço odontológico. O prognóstico foi de alta hospitalar com
dependência parcial da enfermagem para: o fazer: retirada de pontos da incisão
cirúrgica; orientar: auto-cuidado e limpeza da ferida operatório. CONCLUSÃO: O
cuidado da enfermagem deve acontecer de forma sistematizada, visando atender as
necessidades básicas afetadas do paciente. Através da aplicação do processo de
enfermagem de Wanda Horta, pôde-se aprofundar o conhecimento científico acerca da
sistematização da assistência de enfermagem e obter maior conhecimento sobre a
patologia e as NHB prejudicadas da paciente em questão.
Palavras chaves: Assistência de Enfermagem, Cardiologia, Estenose Mitral.
___________________________
1
Aluna do Curso de Enfermagem da Universidade Federal do Maranhão. Relatora.
[email protected]
² Alunos do Curso de Enfermagem da Universidade Federal do Maranhão
E-mail:
DECLARAÇÃO DE NASCIDO VIVO: INSTRUMENTO PARA A
VIGILÂNCIA EM SAÚDE DA CRIANÇA
CUBA, Tássia Marília Castelo Branco Freire1; NOGUEIRA, Lady Dayana Aguiar2;
SOUSA, Francisca Georgina Macedo de3; SANTOS, Marinese Hermínia4
Introdução: Nos últimos anos, o Governo Federal tem realizado ações e campanhas para
reduzir o sub-registro de nascimentos no país e possibilitar o acesso do brasileiro à
documentação básica, o que lhe permite exercer seus direitos civis. Uma ação
fundamental tem sido a implantação do uso obrigatório em todo o território nacional da
Declaração de Nascido Vivo – DN, documento padrão do Ministério da Saúde, hábil
para a lavratura da Certidão de Nascimento pelos Cartórios de Registro Civil e,
portanto, para a garantia dos direitos de cidadania. A Declaração de Nascido Vivo (DN)
foi criada em 1990 e seu formulário passou por diversas modificações. Estudos
anteriores apontam como principais dificultadores para preenchimento adequado da
Declaração de Nascido Vivo as falhas no Manual de 2001, incompletude das
informações, a falta de comprometimento dos profissionais com a fidedignidade das
informações. Em fevereiro de 2011, o Ministério disponibilizou um novo Manual para
preenchimento da Declaração de Nascido Vivo que entra em vigor neste ano,
substituindo a versão de 2001. Esta versão atualizada pretende contribuir para a
melhoria da qualidade dos dados informados. Objetivos: apresentar a nova Declaração
de Nascido Vivo e apontar as alterações ocorridas em relação à versão anterior.
Metodologia: trata-se de estudo documental utilizando a Declaração de Nascido Vivo e
o manual para preenchimento publicado pelo Ministério da Saúde. Resultados: a nova
versão da Declaração de Nascimento tem como principal objetivo contribuir para a
melhoria da qualidade dos dados informados em relação ao nascimento da criança.
Dentre as principais alterações estão a inclusão do nome do recém-nascido, a inserção
de um bloco com a identificação do pai, dados da gestação e parto tais como, Data da
Ultima Menstruação, método utilizado para estimar a idade gestacional, mês do início
do pré-natal, se a cesárea aconteceu antes do parto iniciar, por quem o nascimento foi
assistido, além da criação da Declaração de Nascido Vivo Epidemiológica. Conclusão:
O adequado preenchimento da Declaração de Nascido Vivo é de grande relevância,
pois, além de ser fonte de informação do sistema, serve de base para o registro civil,
podendo prevenir incorreções na Certidão de Nascimento da criança. Portanto, é preciso
entendimento, atenção e precisão por parte dos responsáveis pelo preenchimento da
declaração. A participação de todos os profissionais envolvidos na produção e uso da
informação sobre nascimentos é fundamental, para que seja possível retratar com
fidedignidade o perfil dos nascidos vivos e subsidiar ações de melhoria e ampliação da
atenção à gestante, ao parto e ao recém-nascido.
___________________________
1
Aluna do Curso de Enfermagem da Universidade Federal do Maranhão/UFMA, Membro do Grupo de
Estudo e Pesquisa na Saúde da Família, da Criança e do Adolescente – GEPSFCA. E-mail:
[email protected]
2
Aluna do Curso de Enfermagem da Universidade Federal do Maranhão/UFMA, Membro do Grupo de
Estudo e Pesquisa na Saúde da Família, da Criança e do Adolescente – GEPSFCA
3
Enfermeira, Doutora em Enfermagem, Docente do Curso de Graduação e Pós-Graduação em
Enfermagem da UFMA, Coordenadora do GEPSFCA.
4
Enfermeira, Mestre em Ciências da Saúde, Docente do Curso de Graduação em Enfermagem da
UFMA, Membro do GEPSFCA
DESIGUALDADES SOCIAIS NO PROCESSO SAÚDE-DOENÇA EM
SÃO LUÍS-MA
NOGUEIRA,
Lady
Dayana
Aguiar1 ;
VASCONCELOS,
Giselle
Matteucci2 ;
ALMEIDA, Evellyn Ferreira de3; MORAIS, Cintia Daniele Machado 4; COIMBRA,
Liberata Campos5
Introdução: No século XIX a cidade de São Luís começou a crescer rapidamente,
construíram-se edificações civis belíssimas, ressaltando o empenho da elite local em se
igualarem aos europeus nos hábitos e nas práticas, ressalva-se que a chegada da família
real intensificou este processo, ocasionando consequentemente à marginalização dos
escravos. Nos anos 1970 e 1980 cresceu em grandes proporções. Em decorrência disso,
vários fatores socioeconômicos contribuiram para influenciar no processo saúde –
doença e aumentar as desigualdades. Cidadãos marginalizados apresentavam condições
de vida precária. Em 1978, a Conferência Internacional sobre Cuidados Primários de
Saúde, reunida em Alma- Ata, defendeu que as condições básicas, como nutrição,
moradia, educação, saneamento básico e condições ambientais podem reduzir o número
de doenças, abordando os determinantes do processo saúde - doença: biológicos,
psicossociais, culturais, ambientais e sociais. Objetivos: Refletir sobre as desigualdades
sociais como fatores condicionantes e determinantes do processo- saúde. Metodologia:
trata-se de um estudo bibliográfico e de campo, utilizou-se recursos multimídias, foram
feitas fotografias, filmagens nos bairros do Ipase, Lagoa da Jansen, São Francisco,
Camboa, entre outos, abordando o contraste entre os ricos e pobres que convivem lado a
lado. Este estudo foi apresentado no 1º período da disciplina Eixo Integrador I da
Universidade Federal do Maranhão. Resultados: O estudo foi realizado em pontos
chaves da cidade de São Luís, município brasileiro, capital do estado do Maranhão, esta
cresceu sem um controle e desencadeou uma má distribuição de renda, situação que
vem se agravando. As precárias condições de vida se expressaram na baixa renda da
unidade familiar, no limitado poder de compra, particularmente dos alimentos, sendo
observado crianças alimentando-se do lixo, enquanto outras em lanchonetes, em relação
a precariedade das condições de saneamento do domicílio e do meio ambiente,
percebeu-se que a moradia dos ricos e dos pobres ficavam em locais muito próximos,
evidenciando o intenso contraste entre o luxo e a pobreza, além disso, algumas crianças
trabalhavam no semáforo, outras se divertiam em playgrouds, entre outras. Essas
adversidades podem levar há um padrão de morbidade, caracterizado por altas taxas de
doenças infecciosas, parasitárias e carenciais. Conclusão: A desigualdade social e seus
impactos em uma parcela da sociedade são de grande relevância, pois nos retoma uma
reflexão: Saúde um direito de todos, que, ao contrário dos direitos individuais civis e
políticos, exigem a intervenção do Estado. Mediante o que foi vivenciado, notou-se que
na cidade de São Luís, em várias regiões existem duas realidades diferentes, pessoas de
baixa renda convivendo paralelamente com a elite. No tocante da questão, a saúde era
antes definida apenas com um conceito organicista, agora vem implantando a
importância do ambiente social, físico e psiquico. Em Alma-Ata, afirmava-se a
necessidade de uma estratégia de saúde abrangente, que abordasse as causas sociais,
econômicas e políticas dos problemas de saúde. Logo, percebe-se a necessidade de
reformas políticas com o intuito de garantir o direito de melhores condições de vida.
________________________________
1 Aluna do Curso de Enfermagem da Universidade Federal do Maranhão/UFMA
E-mail: [email protected]
Telefone: (98) 88215370
2 Aluna do curso de Enfermagem da Universidade Federal do Maranhão/UFMA
3 Aluna do curso de Enfermagem da Universidade Federal do Maranhão/UFMA
4 Aluna do curso de Enfermagem da Universidade Federal do Maranhão/ UFMA
5 Enfermeira, Doutora em Políticas Públicas, professora do Departamento de Enfermagem da UFMA,
orientadora.
DIAGNÓSTICO DE ENFERMAGEM NO TRANSOPERATÓRIO DE
CIRURGIA CARDÍACA: REVISÃO DE LITERATURA
SILVA, Maria Das Graças Rodrigues da1 ; SANTOS, Yelenna Rafysa Mendes1; SILVA,
Elen Patrícia Licar da1; ARAÚJO, Glauciene Rocha de1; SILVA. Elza lima da2.
Introdução: O período transoperatório da cirurgia cardíaca é considerado um momento
crítico para o paciente devido sua complexidade e aos procedimentos a ela inerentes. A
importância de se realizar o diagnóstico de enfermagem, tendo em vista que é um
instrumento a ser utilizado no gerenciamento da assistência é que ele possibilita a
melhoria da qualidade da assistência prestada. Objetivos: Relacionar os principais
diagnósticos de enfermagem identificados no paciente durante o período transoperatório
de cirurgia cardíaca. Metodologia: Trata-se de um estudo de revisão bibliográfica,
exploratório sobre os principais diagnósticos de enfermagem segundo a taxonomia II de
NANDA (North American Nursing Diagnosis Association ) no transoperatório de
cirurgia cardíaca. Por meio de um levantamento bibliográfico acerca da temática,
utilizando as bases de dados do Lilacs, Scielo, no Sistema Bireme. Resultados: Os
principais diagnósticos de enfermagem relacionados foram risco para infecção, risco
para desequilíbrio no volume de líquidos, troca de gases prejudicada, integridade da
pele prejudicada, ansiedade, hipotermia e medo. Os fatores relacionados aos
diagnósticos são desequilíbrio da ventilação-perfusão, fatores mecânicos, exposição à
ambiente frio e ameaça de morte. Os fatores de risco dos diagnósticos de riscos
encontrados foram procedimentos invasivos, defesa primaria inadequada, sepse e lesão
traumática. Conclusão: Através deste trabalho, observou-se a necessidade da
implementação adequada do processo de enfermagem aos pacientes submetidos à
cirurgia cardíaca, uma vez que norteia a assistência prestada. Dentro desse processo
destacou-se a importância do levantamento dos diagnósticos de enfermagem, pois eles
direcionam a tomada de decisões no cuidado ao paciente.
Palavras-Chaves: Diagnóstico de enfermagem; Cirurgia cardíaca.
___________________________
1
Acadêmicos de Enfermagem – Departamento de Enfermagem – Universidade federal do Maranhão –
UFMA. Email relator: [email protected]
2
Professora Mestre em Enfermagem do Departamento de Enfermagem – Universidade Federal do
Maranhão – UFMA.
DIFICULDADES ENCONTRADAS PELOS PROFISSIONAIS DO PRÉHOSPITALAR NO ATENDIMENTO AO PACIENTE VÍTIMA DE
TRAUMA
Nayara Frais de Andrade1 ; Lícia Feitosa Coelho 2; Jacqueline Dutra Nascimento 3
Introdução: o atendimento às vítimas traumatizadas deve ser realizado pelo Serviço PréHospitalar Móvel, que é o atendimento que procura chegar à vítima precocemente após
ter ocorrido agravo à saúde que possa levar ao sofrimento, seqüelas ou mesmo à morte,
sendo necessário, portanto, prestar-lhe atendimento e/ou transporte adequado ao serviço
de saúde devidamente hierárquico e integrado ao Sistema Único de Saúde. Entretanto,
alguns fatores configuram-se como empecilho para a realização eficaz desse serviço
como
aspectos
sociodemográficos,
profissionais
e
principalmente
problemas
relacionados ao deslocamento da ambulância, chegada ao local do acidente bem como,
dificuldades durante o transporte e na chegada ao hospital. Ao reconhecer tal situação
buscou-se realizar esta investigação a fim de identificar tais problemas. Objetivo:
identificar as principais dificuldades encontradas pelos profissionais do serviço de
atendimento Pré-Hospitalar no atendimento ao paciente vítima de trauma. Metodologia:
trata-se de uma pesquisa exploratória, descritiva com análise quantitativa dos dados,
tendo como população estudada os profissionais do Serviço de Atendimento Móvel de
Urgência (SAMU), em São Luis, Maranhão. O questionário foi aplicado em 40
profissionais, entre eles, médicos, enfermeiros, técnicos de enfermagem e condutores de
veículo de urgência, no período de outubro e novembro de 2010. Resultados: a maioria
da população se constituiu por homens (60%), atuando de 1 a 5 anos no serviço
(72,5%), foram apontados como principais dificuldades o tráfego congestionado
dificultando a passagem da ambulância (42,5%); os riscos físicos – trânsito, agressões
físicas e locais perigosos (40%); ruas e avenidas mal conservadas, impedindo a rapidez
na chegada ao hospital (70%) e a má vontade dos profissionais em receber os pacientes
nos hospitais de destino (42,5%). Conclusão: os resultados dessa pesquisa sinalizam que
a busca de soluções para as dificuldades encontradas pelos profissionais no atendimento
às vítimas de trauma requer novas visões e perspectivas que privilegiam a consolidação
do serviço e das políticas de saúde.
Palavras-Chaves: Atendimento Pré-Hospitalar; Emergência; SAMU; Vítimas de
Trauma.
______________________________
1 Enfermeira, Especialista em Terapia Intensiva, Especialista em Enfermagem do Trabalho, Instrutora do
Núcleo de Educação em Urgência do SAMU/ São Luís, Professora da Faculdade Pitágoras de São Luís.
E-mail: [email protected]
2 Enfermeira, Intervencionista do SAMU/ São Luís.
3 Enfermeira, Especialista em Terapia Intensiva, Diretora administrativa do SAMU/ São Luís.
DOENÇA DE CHAGAS: UMA ANÁLISE SOCIOGEOGRÁFICA NO
BRASIL DURANTE O PERÍODO DE 2005 A 2010
BARROS, Marina Apolônio de1, COSTA, André Luís Braga2, MUALEM, Rayanne
Luiza Tajra3, THOMAZ, Érika Bárbara Abreu Fonseca4 ; ALBUQUERQUE, Rafaela
Pontes5; NETA, Raimunda Silva Santos6
INTRODUÇÃO: As doenças, de modo geral, em especial as infecto-parasitárias, são
produto do maior desequilíbrio ambiental e da menor equidade social. A doença de
Chagas, primitivamente uma enzootia, passou a ser considerada uma antropozoonose, a
partir da domiciliação dos vetores, deslocados de seus ecótopos silvestres originais pela
ação do homem sobre o ambiente. O mundo perdeu uma área superior a dois Estados de
São Paulo em florestas na última década, apesar da queda no desmatamento. Dentre os
nove países que compõem a Amazônia, o Brasil é, de longe, o país que mais perdeu
florestas e biodiversidade. OBJETIVO: Estudar a ocorrência de casos de doença de
chagas no Brasil durante o período de 2005 a 2010, identificando elementos físicos,
socioeconômicos
preponderantes
para
a
maturação
do
ambiente
de
risco.
METODOLOGIA: Trata-se de um estudo observacional do tipo ecológico, baseado em
dados secundários. A coleta de dados ocorreu no site do Ministério da Saúde, nos
relatórios de indicadores do SINAN/SVS/MS, ano base 2005 a 2010, sendo
complementada com pesquisas bibliográficas realizadas nos arquivos da Biblioteca
Virtual em Saúde e noticiários. RESULTADOS:
A partir dos dados do
SINAN/SVS/MS durante o período de 2005 a 2010 no Brasil, verificou-se que a região
Norte (91%) foi a região de maior incidência de doença de Chagas, seguida pela região
Nordeste (5,2%). Dentre os estados com maiores casos da doença durante o período
estudado, o Pará ficou em primeiro lugar. Suspeita-se que os desmatamentos que
ocorreram no oeste do Pará tenham a ver com essa história. Há acentuado número de
grileiros de terras atuando na região, abrindo caminho para o plantio de extensas áreas
de soja. De acordo com o Ministério do Meio Ambiente, foram desmatados em 2002 15
mil hectares de terra no oeste do Pará. Em 2006, com a chegada da soja, a área
desmatada quase dobrou, passando a 28 mil hectares. No entanto, é preciso tomar
cuidado na interpretação das situações da realidade cotidiana porque há outros fatores,
especialmente socioeconômicos, que são determinantes da introdução e manutenção
deste tipo de endemia. O estado do Ceará é o segundo estado nordestino com maior
incidência de doença de Chagas, ocupa uma área de 146.817 km², mas sua população
está distribuída de forma desigual, rarefeita nos sertões e adensada nas serras. As casas
dos habitantes do município são típicas de regiões pobres, sendo o piso e as paredes de
barro batido ou taipa nas áreas de menor nível socioeconômico. Os estudos
epidemiológicos sobre a doença na região são unânimes em afirmar que é o tipo de
habitação que vem causando a maior infecção, servindo aos triatomíneos silvestres
como ecótopos artificiais. CONCLUSÃO: Seria indicado atribuir essa endemia ao
triângulo “desmatamento – habitações não saudáveis – falta de investimento em
educação”. Somente pela educação as populações poderão perceber as origens dos
problemas e se apropriar do conhecimento sobre as estratégias de intervenção
necessárias – desta forma, com participação social, as soluções serão construídas
coletivamente e o processo, dinâmico, se reverterá no sentido da saúde de forma
gradual, mas duradoura.
Palavras-chave: Doença de chagas. Desmatamento. Epidemiologia.
EDUCAÇÃO EM SAÚDE NO PRÉ-NATAL: DESCREVENDO A AÇÃO
EM UMA EQUIPE DO SAÚDE DA FAMÍLIA
OLIVEIRA,Danielle Luce Almeida1; FERES,Conceição de Maria2; LIMA, Elida
Chaves de Carvalho3; SOUSA,Francisca Georgina Macedo de4; AMARAL, Marcia
Raquel Lima5
Introdução: A gestação representa período ímpar e especial na vida da mulher, no qual a
sensação de tornar-se mãe confunde-se muitas vezes com incertezas, medos e
inseguranças. É um evento biossocial, pois está cercado de valores culturais, sociais e
emocionais. A atenção obstétrica e neonatal por diminuir riscos e complicações
inerentes à gravidez, ao parto e ao puerpério torna-se importante para a preservação da
saúde materna e infantil. Ao proteger a saúde materna no decorrer da gestação, protegese também a criança, garantindo sua higidez e evitando os agravos aos quais está sujeita,
como baixo peso, prematuridade e tétano neonatal. Enfatiza-se a importância das ações
educativas no decorrer de todas as etapas do ciclo grávido-puerperal. No entanto, é no
pré-natal que a mulher deverá ser orientada para que possa viver o parto de forma
positiva, ter menos riscos de complicações no puerpério e mais sucesso na
amamentação. Considerando o pré-natal e o nascimento como momentos únicos para
cada mulher e uma experiência especial no universo feminino, os profissionais de saúde
devem assumir a postura de educadores compartilhando saberes, buscando devolver à
mulher sua autoconfiança para viver a gestação, o parto e o puerpério. OBJETIVOS:
descrever práticas educativas no cuidado à mulher grávida realizadas por enfermeiros de
uma Equipe Saúde da Família. METODOLOGIA:Trata-se de relato de experiência de
práticas de cuidado realizadas no pré-natal por enfermeiras da Estratégia Saúde da
Família do município de São Luís – MA. As práticas de cuidado são desenvolvidas com
apoio de práticas educativas apoiadas por dinâmicas de grupo com um grupo de
gestantes pertencentes a uma comunidade da periferia do município. As atividades são
desenvolvidas continuamente em encontros semanais realizados todas as primeiras
quartas-feiras de cada mês. Para a construção do conhecimento e de habilidades para o
autocuidado de mulheres grávidas são utlizados folders, cartazes, álbuns seriados e a
verbalização de experiências como instrumentos pedagógicos. RESULTADOS: As
atividades desenvolvidas funcionam como espaço para trabalhar as dúvidas que não são
contempladas nas consultas de pré-natal. Constitui-se em momentos de socialização de
vivências, tornando-se uma oportunidade para a gestante expressar seus medos,
ansiedades e sentimentos, bem como relacionar-se com outras pessoas que estão
passando pela mesma experiência. Estas possibilidades têm permitido melhor
enfrentamento das mudanças e situações que envolvem a gestação. O encerramento dos
grupos se dá de forma festiva sendo concedido às gestantes que participam de pelo
menos dois encontros durante a gestação e tenham feito, no mínimo, seis consultas prénatal um item para o enxoval na visita domiciliar realizada no puerpério.
Descritores: Enfermagem; Cuidado; Pré-Natal
___________________________
1 Enfermeira Assistencial do Programa Saúde da Família de São Luís – MA, Especialista em Saúde da
Família, Membro do Grupo de Estudo e Pesquisa em Saúde da Família, da Criança e do Adolescente –
GEPSFCA E-mail: [email protected]
2 Enfermeira Assistencial do Programa Saúde da Família de São Luís – MA, Especialista em Saúde da
Família
3 Enfermeira Assistencial do Programa Saúde da Família de São Luís – MA, Especialista em Saúde da
Família, Membro do Grupo de Estudo e Pesquisa em Saúde da Família, da Criança e do Adolescente –
GEPSFCA
4 Enfermeira, Doutora em Enfermagem, Docente UFMA, Coordenadora do GEPSFCA
5 Enfermeira Assistencial do Programa Saúde da Família de São Luís – MA, Especialista em Saúde da
Família, Membro do Grupo de Estudo e Pesquisa em Saúde da Família, da Criança e do Adolescente –
GEPSFCA
EDUCAÇÃO PERMANENTE: FERRAMENTA PARA A PROMOÇÃO
DA SAÚDE
AMARAL, Márcia Raquel Lima¹; LIMA, Élida Chaves de Carvalho²; OLIVEIRA,
Danielle Luce Almeida³
Introdução: Para o Ministério da Saúde, a Educação em Saúde se constitui como um
conjunto de práticas pedagógicas e sociais, de conteúdo técnico, político e científico,
que no âmbito das práticas de atenção à saúde deve ser vivenciada e compartilhada
pelos trabalhadores da área, pelos setores organizados da população e consumidores de
bens e serviços de saúde e de saneamento ambiental. No que diz respeito à Estratégia de
Saúde da Família uma de suas diretrizes operacionais consiste em educação permanente
dos profissionais das equipes de saúde da família. A partir destes conceitos viu-se a
necessidade de trazer os Agentes Comunitários de Saúde para dentro do processo
educacional, visto que uma de suas atribuições é desenvolver atividades de prevenção
de doenças e promoção da saúde, por meio de ações educativas individuais e coletivas,
nos domicílios e na comunidade, sob supervisão competente. Objetivo: Capacitar os
Agentes Comunitários de Saúde para desenvolver atividades educativas junto à
comunidade. Metodologia: Trata-se de um relato de experiência vivenciada durante a
criação de um grupo de estudo implantado em 2008 por uma equipe da Estratégia Saúde
da Família em uma comunidade periférica da cidade de São Luís/MA. As reuniões do
grupo de estudo são realizadas na própria Unidade de Saúde, com temas relacionados às
necessidades da comunidade naquele momento. Posteriormente ao estudo os Agentes
Comunitários repassam as informações adquiridas à comunidade através de palestras,
principalmente em sala de espera. Resultados: Com o desenvolvimento desta atividade
dentro da unidade de saúde notou-se uma maior segurança por parte dos Agentes
Comunitários de Saúde no momento da multiplicação destas informações. À
comunidade por sua vez passou a dar mais atenção aos temas colocados em pauta,
estando muito mais ativa no cuidado com sua própria saúde. Conclusão: O processo de
educação em saúde contribui para a formação da consciência crítica das pessoas a
respeito de seus problemas de saúde, a partir da sua realidade, e estimula a busca de
soluções e organização para a ação individual e coletiva. Com a criação deste grupo
estamos reforçando a promoção da saúde através de mudanças de estilos de vida
levando a uma melhoria da qualidade de vida e o aumento do vínculo entre a Unidade
de saúde, os profissionais e a comunidade. A partir do momento em que se dão os
instrumentos para a construção de uma nova realidade tudo passa a ser mais facilmente
resolvido.
Descritores: Enfermagem, Educação em saúde, Agente Comunitário de Saúde.
_____________________________
¹ Enfermeira. Especialista em Saúde da Família. Enfermeira Assistencial da Estratégia Saúde da Família
do município de São Luís – MA, membro do Grupo de Estudo e Pesquisa na Saúde da Família, da
Criança e do Adolescente – GEPSFCA/UFMA. [email protected]
² Enfermeira. Especialista em Saúde da Família. Enfermeira Assistencial da Estratégia Saúde da Família
do município de São Luís – MA, membro do Grupo de Estudo e Pesquisa na Saúde da Família, da
Criança e do Adolescente – GEPSFCA/UFMA.
³ Enfermeira. Especialista em Saúde da Família. Enfermeira Assistencial da Estratégia Saúde da Família
do município de São Luís – MA, membro do Grupo de Estudo e Pesquisa na Saúde da Família, da
Criança e do Adolescente – GEPSFCA/UFMA.
ESTUDO DE CASO DE UMA PACIENTE COM LEIOMIOMA
SUBMETIDA À CIRÚRGIA DE HISTERECTOMIAL TOTAL
Thamires Pestana Sousa1; Thalita Gracyelle Aragão Siqueira2; Caius Cesar Araujo
Melo3; Abrahão Tairo Carneiro Palma4 ; Lana Carla Sousa Mendes5 ; Líscia Divana P.
Carvalho6.
Introdução: O leiomioma é o tumor benigno mais comum do corpo uterino. Sua
incidência é de difícil precisão: 20 a 50% das mulheres terão leiomioma em alguma fase
de sua vida. Parece ser mais comum na raça negra, em nuliparas e em pacientes
portadoras de síndromes hiperestrogênicas. Atinge seu pico de incidência na quarta
década de vida da mulher (CAETANO, FARIA, 1997). Os leiomiomas podem não gerar
sintomas ou podem produzir sangramento vaginal anormal. Os outros sintomas
decorrem da pressão sobre os órgãos adjacentes e incluem dor, dor lombar, pressão,
distensão abdominal, constipação e problemas urinários. A menorragia (sangramento
excessivo) e a metrorragia (sangramento irregular) podem acontecer porque os fibróides
podem distorcer o revestimento uterino. Os fibróides podem interferir com a fertilidade
(SMELTZER, BARE, 2009). Objetivos: Implementar a assistência de enfermagem
sistematizada, fundamentada no Diagnóstico da Taxonomia da NANDA, nas
Intervenções da NIC e resultados da NOC em uma paciente acometida por miomatose
uterina. Implementar um processo de enfermagem de forma a suprir as necessidades
básicas da paciente; Avaliar através das evoluções diárias e da implementação das
intervenções de enfermagem a capacidade da I. P. L. em atender suas necessidades
básicas alteradas. Metodologia: Trata-se de um estudo descritivo, qualitativo do tipo
Estudo de Caso, realizado no período de 23 de novenbro a 25 de novenbro de 2010, no
Hospital Universitário Presidente Dutra (HUPD) na ala A da Clínica Cirurgica, baseado
no Diagnóstico da Taxonomia da NANDA, nas Intervenções da NIC e Resultados da
NOC. Resultados: Os resultados mostraram que o comportamento da paciente frente ao
diagnóstico de leiomioma esta associado a uma série de sentimentos e reações
emocionais que precisam ser compreendidos pela equipe multidisciplinar responsável
pela assistência. Conclusão: Diante de sua natureza benigna, o leiomioma do útero
apresenta, de modo geral bom prognostico. Assim, analise critica e a seleção do
procedimento adequado para cada caso proporcionam maior satisfação e resultados
apropriados. Através desse Estudo de Caso, pôde-se conhecer a patologia apresentada
pela paciente e o seu tratamento cirúrgico, assim como a utilização do Processo de
Enfermagem do Diagnóstico da Taxonomia da NANDA, nas Intervenções da NIC e
Resultados da NOC visando o atendimento das Necessidades Humanas Básicas
Afetadas, para um melhor cuidado da paciente.
Palavras chave: Leiomioma, Histerectomia, Assistência de Enfermagem.
___________________________
1,2,3,4,5 Acadêmicos de Enfermagem do 8º período da UFMA.
6 Professora Mscº Liscia Divana P. Carvalho. E-mail: [email protected]
ESTUDO SE CASO DA PACIENTE R.A.M., ACOMETIDA POR
ANEMIA APLÁSTICA, MONILÍASE ORAL E NEUTROPENIA
FEBRIL.
Thamires Pestana Sousa1; Thalita Gracyelle Aragão Siqueira2 ; Caius Cesar Araujo
Melo3; Bruna Gomes; Lana Carla Sousa Mendes5; Lena M. B. Fonseca6
Introdução: A anemia aplástica é uma doença rara provocada por uma diminuição das
células-tronco medulares ou lesão nessas células, por lesão do microambiente dentro da
medula e pela substituição da medula pela gordura. A etiologia exata é desconhecida,
porém acredita-se que as células T do organismo medeiam um ataque inadequado contra
a medula óssea resultando em aplasia da medula óssea (hematopiese acentuadamente
reduzida). Por conseguinte, além da anemia grave, a neutropenia significativa e
trombocitopenia (uma deficiência de plaquetas) também são observadas (SMELTZER;
BARE, 2009). Monilíase oral é uma micose oportunistas são infecções cosmopolitas
causadas por fungos de baixa virulência, que convivem pacificamente com o
hospedeiro, mas, ao encontrarem condições favoráveis, como distúrbios do sistema
imunodefensivo, desenvolvem seu poder patogênico, invadindo tecidos. Atingem
indivíduos de ambos os sexos, de todas as faixas etárias e raças (TRABULSI, 2005). A
neutropenia febril (uma contagem de neutrolfilos inferior a 2.000/mm3) resulta da
produção diminuída d neutrófilos ou destruição aumentada dessas celulas. Os
neutrófilos são essenciais na prevenção e limitação da infecção bacteriana. Um paciente
com neutropenia esta em risco aumentado para a infecção por fontes exógenas e
endógenas. ( o trato Gastrointestinal e a pele são fontes endógenas e exógenas comuns).
O risco de infecção baseia-se não somente na gravidade da neutropenia (contagem baixa
de neutrófilos), como também na duração da neutropenia (SMELTZER; BARE, 2009).
Objetivos: Implementar a assistência de enfermagem sistematizada, fundamentada no
Diagnóstico da Taxonomia da NANDA, nas Intervenções da NIC e resultados da NOC
em uma paciente acometida de anemia aplastica e monilíase oral. Implementar um
processo de enfermagem de forma a suprir as necessidades básicas da paciente; Avaliar
através das evoluções diárias e da implementação das intervenções de enfermagem a
capacidade da R.A.M. em atender suas necessidades básicas alteradas. Metodologia:
Trata-se de um estudo descritivo, qualitativo do tipo Estudo de Caso, realizado no
período de 17 de agosto a 14 de setembro de 2010, no Hospital Universitário Presidente
Dutra (HUPD) na ala feminina da Clínica Médica, baseado no Diagnóstico da
Taxonomia da NANDA, nas Intervenções da NIC e Resultados da NOC. Resultados:
Com a assistência de enfermagem prestada a paciente pode se observar que houve uma
pequena melhora em seu prognostico. Conclusão: A sistematização da assistência,
utilizando taxonomias, organiza o cuidado, orienta o paciente, familiares e a equipe de
enfermagem. Concluímos que o grande número de intervenções e resultados de
enfermagem oferecem uma magnitude de possibilidades para a realização de novos
estudos que possam enriquecer a realidade da profissão.
Palavras chave: Anemia aplástica, monilíase oral, neutropenia febril.
______________________________
1,2,3,4,5 Acadêmicas de Enfermagem da Universidade Federal do Maranhão
6 Professora Mscª do curso de Enfermagem da Universidade Federal do Maranhão. Email:
[email protected]
FATORES DESENCADEANTES DE ESTRESSE GESTACIONAL E A
ATUAÇÃO DO ENFERMEIRO: REVISÃO INTEGRATIVA
Larissa Siqueira Lima 1; Nalciran Rute Câmara Dias 1; Yonna Costa Barbosa 2; Carlos
Leonardo Figueiredo Cunha 3
INTRODUÇÃO: O estresse pode ser definido como uma condição mental ou
emocionalmente disruptiva ou perturbadora, que acontece em resposta às influências
externas adversas. O período gestacional é importante momento de mudanças físicas,
sociais, familiares e psicológicas, no qual a mulher fica exposta a diversas situações
estressantes, podendo gerar prejuízos à sua saúde física e mental e também danos ao
desenvolvimento do bebê. OBJETIVO: Investigar os principais estressores que afetam a
saúde da mulher no período gestacional, bem como a atuação do enfermeiro frente a
essa realidade. MATERIAIS E MÉTODOS: Realizou-se uma pesquisa integrativa na
base de dados da LILACS e em revistas eletrônicas, no período de abril 2010, com
publicações dos últimos cinco anos. RESULTADOS: Observou-se a presença de
estressores relacionados à gestação e estressores não relacionados à gestação, que estão
ligados a: situação econômica; eventos relacionados à saúde; fatores familiares e
sociais; sendo que, as principais estratégias de enfrentamento adotadas pelas gestantes
são: pensar no bebê; praticar atividades físicas; buscar apoio da família, de amigos, e de
profissionais; evitar e/ou adaptar-se às situações estressantes. CONCLUSÃO: A saúde
da gestante é influenciada por eventos multifatoriais, com os quais o enfermeiro deve
estar qualificado para intervir, no intuito de identificar os eventos estressores e propor
estratégias de enfrentamento, porém, cabe à gestante identificar quais estratégias lhe são
mais prazerosas para que possa adaptá-las à sua rotina, levando-as à coresponsabilização do cuidado da sua própria saúde e da saúde do feto, uma vez que, a
ausência ou controle dos eventos estressores na gestação são determinantes para um
bom desenvolvimento fetal e para a saúde materna.
PALAVRAS-CHAVE: Estresse da Vida; Gestação; Bem-Estar Materno.
____________________________
1-Acadêmica de Enfermagem da Universidade Federal do Maranhão; monitora bolsista do PET-Saúde da
Família/UFMA.
2-Acadêmica de Enfermagem da Universidade Federal do Maranhão; monitora bolsista do PET-Saúde da
Família/UFMA. E-mail: [email protected]
3 - Mestre em Saúde Materno-Infantil; Professor Substituto do Departamento de Saúde Pública-UFMA;
Coordenador Científico- Cultural da Associação Brasileira de Enfermagem (ABEn)- seção Maranhão.
FUNCIONAMENTO FAMILIAR E RISCOS DE AGRESSÃO E
VITIMIZAÇÃO EM ADOLESCENTES ESCOLARES
NOGUEIRA, Ana Larissa Araujo 1; SOUSA, Francisca Georgina Macedo 2; SANTOS,
Marinese Hermínia3; SILVA, Ítalo Rodolfo 4; AMARAL, Marcia Raquel Lima5 ;
SILVA, Andréa Cristina Oliveira6
Introdução: O funcionamento familiar compreende a qualidade do relacionamento entre
os membros da família. Famílias caracterizadas como funcionais ou de bom
funcionamento caracterizam-se por ser afetuosas, com boa comunicação e com regras
flexíveis, caso não apresentem tais características, são consideradas disfuncionais.
Dentro do contexto familiar encontra-se o adolescente, que adquire valores e padrões de
conduta no ambiente familiar e a partir do relacionamento com os pares, sejam eles
amigos, colegas de classe ou parceiros românticos, adquire também um estilo de vida
que poderá ou não predispor a eventos de violência e ocasionar prejuízos no seu
desenvolvimento. A partir de tais assertivas questiona-se: Qual a relação entre
funcionalidade familiar dos adolescentes escolares e os riscos de violência que estes
foram ou são submetidos no ambiente escolar? Objetivos: Relacionar funcionalidade
familiar de adolescentes escolares e os riscos de violência a que foram ou são
submetidos em ambiente escolar. Metodologia: Trata-se de estudo exploratório
descritivo de natureza quantitativa. Para a coleta dos dados foi utilizado o APGAR
Familiar e a Escala de Vitimização e Agressão entre Pares (EVAP). Foram sujeitos
1.035 adolescentes escolares de duas instituições públicas de ensino do município de
São Luís – MA. Resultados: 73% dos adolescentes apresentaram famílias funcionais
com 54,6% de baixo risco para a agressão direta, 56,9% de baixo risco para agressão
relacional e 41,7% de alto risco para a vitimização. Dos 25% dos adolescentes com
famílias disfuncionais leves, 52,3% apresentaram baixo risco para a agressão direta,
55,9% baixo risco para a agressão relacional e 44,9% alto risco para a vitimização. Dos
2% dos adolescentes de famílias disfuncionais graves, 57,1% apresentaram alto risco
para a agressão direta, 71,4% de alto risco para a agressão relacional e 61,9% de alto
risco para a vitimização. Conclusão: Os dados obtidos evidenciam a funcionalidade
familiar como um fator que poderá influenciar nas condutas agressivas adotadas pelo
adolescente no contexto escolar, visto que os adolescentes de famílias funcionais,
embora apresentem maior frequência de baixo risco para a agressão direta e agressão
relacional, possuem alto risco de serem vitimizados. Nas famílias disfuncionais leves, a
frequência de alto risco para a vitimização aumenta quando comparado às funcionais e
prevalece o baixo risco para a agressão direta e para a agressão relacional. Valores
bastante diferenciados foram observados nas famílias disfuncionais graves, pois os
adolescentes pertencentes a esse tipo de família apresentaram alto risco para a agressão
direta, agressão relacional e vitimização. Tais resultados evidenciam a necessidade de
estreitamento das relações entre família, escola e saúde, bem como a necessidade da
Enfermagem como rede de apoio ao cuidado com adolescentes escolares.
Palavras-chave: Família. Adolescência. Enfermagem.
_____________________________
1 Enfermeira Assistencial do Programa Saúde da Família de São Luís – MA, Especialista em Saúde da
Família, Membro do Grupo de Estudo e Pesquisa em Saúde da Família, da Criança e do Adolescente –
GEPSFCA E-mail: [email protected]
2 Enfermeira Assistencial do Programa Saúde da Família de São Luís – MA, Especialista em Saúde da
Família
3 Enfermeira Assistencial do Programa Saúde da Família de São Luís – MA, Especialista em Saúde da
Família, Membro do Grupo de Estudo e Pesquisa em Saúde da Família, da Criança e do Adolescente –
GEPSFCA
4 Enfermeira, Doutora em Enfermagem, Docente UFMA, Coordenadora do GEPSFCA
5Enfermeira Assistencial do Programa Saúde da Família de São Luís – MA, Especialista em Saúde da
Família, Membro do Grupo de Estudo e Pesquisa em Saúde da Família, da Criança e do Adolescente –
GEPSFCA
GRAVIDEZ GEMELAR COM MORTE UNIFETAL: RELATO DE
EXPERIÊNCIA BASEADO NA TEORIA DE WANDA HORTA
ARAÚJO, Glauciene Rocha de; SILVA1 , Elen Patrícia Licar da2; SANTOS, Yelenna
Rafysa Mendes3; SILVA, Maria das Graças Rodrigues4, MAIA, Mirian da Silva5,
RIOS, Cláudia Teresa Frias6
Introdução: a presença simultânea, na mulher, de dois ou mais conceptos, constitui a
prenhez múltipla, classificada em dupla ou gemelar, tripla, quádrupla, etc. Os gêmeos
podem ser monozigóticos ou dizigóticos. No que se refere ao tipo de placentação, os
monozigóticos podem ser de qualquer tipo e depende do tempo no qual houve a divisão
do zigoto. Quando ocorre entre o 4º e o 8º dia o resultado será a placentação
monocoriônica, diamniótica. Neste caso, ocorrendo morte unifetal muito antes do
termo, a gravidez pode continuar com o feto vivo. Objetivos: sistematizar a assistência
de enfermagem a uma paciente com gravidez gemelar monocoriônica diamniótica e
morte unifetal, conforme o processo de enfermagem proposto por Wanda Horta.
Metodologia: trata-se de um estudo descritivo do tipo relato de experiência, realizado
em um Hospital Universitário no período de junho de 2010. A pesquisa consistiu em
entrevista, exame físico e gineco-obstétrico e análise de prontuário. Foi aplicado o
Processo de Enfermagem proposto por Wanda de Aguiar Horta. Resultados: a paciente
apresentou as necessidades humanas básicas de oxigenação, regulação térmica, vascular
e hidrossalina, percepção dolorosa, aprendizagem e segurança afetadas. O plano
assistencial implementado consistiu na avaliação da dor, sangramento transvaginal,
sinais vitais, terapêutica medicamentosa e apoio emocional; ajuda à deambulação;
orientação quanto ao diagnóstico obstétrico atual e tratamento, cuidados pessoais,
desconfortos do perioperatório, recuperação pós-operatória e cuidados iniciais com o
RN, supervisão das orientações e encaminhamento à realização de PCCU. Conclusão: a
paciente respondeu satisfatoriamente às intervenções de enfermagem prestadas. No pósparto manteve um quadro clínico estável até a alta hospitalar, no qual foi orientada
quanto à alimentação adequada, consulta no puerpério, cuidados com o RN, aleitamento
materno exclusivo, teste do pezinho e imunização.
Palavras –chave: Gêmeos; Morte fetal;Complicações na gravidez; Assistência de
enfermagem.
____________________________
1,2,3,4,5
Acadêmicos de Enfermagem – Departamento de Enfermagem – Universidade Federal do Maranhão
– UFMA. Email relator: [email protected]
6
Profª. Msc. do Departamento de Enfermagem – Universidade Federal do Maranhão – UFMA
IDENTIFICAÇÃO DE NEOPLASIA INTRAEPITELIAL CERVICAL
(NIC) EM PACIENTES ATENDIDAS EM UMA UNIDADE HOSPITAR
SOARES, Dolores Helena Silva1; LIRA, Maria dos Remedios da Silva 2 ; NAPOLEÃO,
Émille Borralho 3
Introdução: O câncer do colo do útero caracterizado por transformações celulares
intraepiteliais progressivas e desordenadas, é uma doença de crescimento lento e
silencioso. Classifica-se de acordo com o aspecto histológico da lesão em Neoplasia
Intraepitelial Cervical Grau I(NIC I) – Baixo Grau; Neoplasia Intraepitelial Cervical
Grau II(NIC II), Neoplasia Intraepitelial Cervical Grau III (NIC III) e Carcinoma
Invasor todos tido como lesão de Alto Grau. No Brasil, a principal estratégia utilizada
para detecção precoce/rastreamento do câncer do colo uterino é o exame de citologia
oncótica. Objetivo: Identificar as mulheres que foram diagnosticadas com Neoplasia
Intraepitelial Cervical em um Hospital de São Luis-MA no período de 2009 a 2010.
Metodologia: Estudo de caráter descritivo e retrospectivo. A amostra foi composta pelos
resultados de preventivo de mulheres atendidas em uma na unidade hospitalar da capital
no período de março de 2009 a março de 2010, totalizando 7.214 mulheres. A coleta de
dados foi feita pela revisão dos prontuários das mulheres e os resultados condensados
por meios de um formulário estruturado com questões fechadas e coerentes com o
objetivo do estudo. Resultados: Demonstraram que 77% das mulheres apresentaram
NIC I, 13% apresentaram NIC II e 10% com NIC III. Cerca de 60% das mulheres
apresentaram NICs associado com o vírus HPV. A faixa etária de maior incidência foi
de 30 a 34 anos (19%), e a menor entre 60 a 64 anos (1%). Quanto ao tratamento, em
64% dos prontuários não havia qualquer informação registrada ; 17% foram submetidas
a aplicação de ATA; 9% foram submetidas à Conização; 4% usaram tratamento tópico;
2% foram submetidas a CAF; em 1% foi realizado o procedimento cirúrgico; e em 3%
foram encaminhadas ao Hospital de Referência para tratamento Oncológico. Conclusão:
De acordo com os resultados obtidos na pesquisa, a maioria das mulheres é originaria de
São Luis MA, ficando evidente que a população do município tem usufruído do serviço.
O tipo de Neoplasia Intraepitelial Cervical que predominou no estudo foi o NIC I,
revelando a importância da disponibilização na rede de atenção básica de saúde a coleta
do Papanicolau. A relação do vírus HPV com os tipos de NICs foi bem caracterizada,
trazendo e respaldando a questão das relações sexuais protegidas. Com esse estudo
evidenciou-se a importância da prevenção no rastreio e tratamento precoce desse agravo
que tem atingido com freqüência a população feminina, e demonstrou o quanto a saúde
da mulher nessa unidade hospitalar precisa avançar, apesar de muitos desafios.
Descritores: Citologia Oncótica, Neoplasia Intra-epitelial, Saúde da Mulher
________________________________
¹ Enfermeira (Instituto Florence de Ensino Superior)[email protected]
² Enfermeira Especializada em Saúde da Família (FACINTER- PR)
³ Enfermeira (Instituto Florence de Ensino Superior)
INDICADORES OPERACIONAIS DA ATENÇÃO BÁSICA EM SÃO
LUÍS - MARANHÃO
PEREIRA, Odineilce Sampaio 1; SILVA, Naylle de Jesus2; LIMA, Alice Bianca
Santana3 ; REIS, Regimarina Soares4; COIMBRA, Liberata Campos5
Introdução: Indicadores são medidas-síntese que contém informação relevante sobre
determinados atributos e dimensões do estado de saúde, bem como do desempenho do
sistema de saúde. Vistos em conjunto, devem refletir a situação sanitária de uma
população e servir para a vigilância das condições de saúde. A construção de um
indicador é um processo cuja complexidade pode variar desde a simples contagem
direta de casos de determinada doença, até o cálculo de proporções, razões, taxas ou
índices mais sofisticados, como a esperança de vida ao nascer. Objetivo: Estudar a
utilização dos Indicadores Operacionais da Atenção Básica através do Sistema de
Informação da Atenção Básica - SIAB, em São Luis - MA. Metodologia: O presente
trabalho trata-se de um projeto de iniciação científica do departamento de enfermagem
da UFMA, ligado ao Núcleo de Pesquisa em Enfermagem NUPEN, fazendo parte de
um projeto maior intitulado: Avaliação da Qualidade dos Serviços de Atenção Básica
do Sistema Único de Saúde no Município de São Luís Maranhão. Foi realizada revisão
de literatura em artigos, revistas e sites como LILACS e SCIELO. Resultados: O SIAB
constitui-se em um dos principais instrumentos nacionais de monitoramento e avaliação
da Atenção Básica a Saúde. Os dados consolidados pelas secretarias municipais,
diretorias regionais e secretaria estadual são resultados do trabalho de agentes
comunitários de saúde, médicos, enfermeiras, cirurgiões-dentistas e auxiliares. A
qualidade e consistência destes dados decorrem do conhecimento dos instrumentos e do
uso correto das instruções de preenchimento, alimentação cuidadosa, cumprimento de
prazos, fluxos, críticas, divulgação e utilização dos dados. O SIAB permite o estudo de
indicadores epidemiológicos, socioeconômicos, demográficos e operacionais. Os
indicadores operacionais permitem a equipe observar a capacidade do serviço em dar
cobertura à população, podendo relacionar o cadastramento e o acompanhamento dos
usuários.
Os
instrumentos
disponibilizados
pelo
SIAB
proporcionam
o
acompanhamento de gestantes, hipertensos, diabéticos, pacientes com tuberculose,
pacientes com hanseníase, crianças e também o registro de atividades, procedimentos e
notificações. Conclusão: A utilização do SIAB como instrumento do trabalho da equipe
de saúde da família (ESF) é útil na identificação e avaliação das famílias, na construção
de indicadores de saúde, na definição de prioridades, na organização do trabalho, na
programação local e no direcionamento das visitas domiciliares.
Palavras chaves: Atenção Básica; Indicadores Operacionais; Sistema de Informação.
____________________________
(1): Acadêmica do 7° Período do curso de Enfermagem da Universidade Federal do Maranhão-UFMA,
Bolsista Voluntária – PIBIC, Aluna de Iniciação Científica. Email:[email protected]
(2): Acadêmica do 7° Período do curso de Enfermagem da Universidade Federal do Maranhão-UFMA,
Bolsista - CNPq, Aluna de Iniciação Científica.
(3): Acadêmica do 6° Período do curso de Enfermagem da Universidade Federal do Maranhão-UFMA,
Bolsista - FAPEMA, Aluna de Iniciação Científica.
(4): Mestranda em Saúde Coletiva-UFMA.
(5): Professora Adjunto III do Departamento de Enfermagem da UFMA, Enfermeira, Doutora em
Políticas Públicas, Orientadora de Iniciação Científica.
INSUFICIÊNCIA CARDÍACA: ESTUDO DE CASO.
ARAÚJO, Glauciene Rocha de; SILVA, Elen Patrícia Licar da2; SANTOS, Yelenna
Rafysa Mendes3; SILVA, Maria das Graças Rodrigues4 ; TEIXEIRA FILHO, José
Carlos5; AZEVEDO, Patrícia Ribeiro 6
Introdução: a insuficiência cardíaca é uma síndrome clínica complexa e progressiva, que
pode resultar de qualquer distúrbio funcional ou estrutural do coração, alterando sua
capacidade de satisfazer as necessidades de oxigênio e de nutrientes do organismo.
Objetivos: aplicar a sistematização da assistência de enfermagem a um paciente
acometido por insuficiência cardíaca, visando a sua participação como elemento ativo
em seu autocuidado. Metodologia: Trata-se de um estudo descritivo do tipo estudo de
caso, realizado no Hospital Universitário Unidade Presidente Dutra, no período de 09 a
18 de junho de 2009. O estudo foi realizado após a autorização do paciente, por meio do
termo de consentimento livre e esclarecido. A pesquisa constou-se de entrevista, exame
físico e análise de prontuário. Utilizou-se como referencial a Teoria das Necessidades
Humanas Básicas de Wanda de Aguiar Horta, sendo aplicado o Processo de
Enfermagem proposto por ela. Resultados: o paciente apresentou as necessidades
humanas básicas de nutrição, sono e repouso, exercício e atividade física, percepção
dolorosa, integridade física e cutâneo-mucosa, auto-imagem, cuidado corporal,
aprendizagem, educação à saúde, regulação neurológica, segurança e terapêutica
afetadas. O plano assistencial implementado consistiu na aferição dos sinais vitais e
peso diário, administração da terapêutica medicamentosa, prestação de apoio emocional
e promoção do conforto; orientações quanto à importância da deambulação, da prática
de exercícios físicos, de uma alimentação completa e diversificada, da higiene oral e
também sobre a patologia e o tratamento; supervisão dos episódios de dor e da
compreensão e seguimento das orientações prestadas. Conclusão: o paciente respondeu
satisfatoriamente às intervenções de enfermagem prestadas, com uma boa evolução e
mantendo um quadro clínico estável até o final do estudo. A sistematização da
assistência é de fato uma ferramenta eficiente no trabalho da enfermagem, pois organiza
e direciona o cuidado, o que o torna de qualidade e humanizado.
Palavras-chaves: Insuficiência cardíaca; Assistência de enfermagem.
____________________________
1,2,3,4,5
Acadêmicos de Enfermagem – Departamento de Enfermagem – Universidade Federal do Maranhão
– UFMA. Email relator: [email protected]
6
Profª Msc. do Departamento de Enfermagem – Universidade Federal do Maranhão – UFMA.
INVESTIGAÇÃO DA INFLUÊNCIA DE QUEDAS EM IDOSOS
ATENDIDOS EM UMA UNIDADE DE SAÚDE DA FAMÍLIA: UM
RELATO DE EXPERIÊNCIA
NOLÊTO, Felipe Barros¹; SARAIVA, Adriana Laís Oliveira Saraiva²; ARAUJO, Neria
Veanne Sousa Silva³; SOUSA, Jordana de Moura e4; ROLIM, Isaura Letícia Tavares
Palmeira5
INTRODUÇÃO: As lesões se situam em sétimo lugar como causa de morte para as
pessoas idosas, e as quedas constituem uma causa importante de lesão. Dentre os
impactos que as quedas provocam na vida de um idoso, pode-se incluir morbidade,
mortalidade, deterioração funcional, hospitalização, institucionalização e consumo de
serviços sociais e de saúde. É nesse contexto, que o projeto “A influência da queda na
qualidade de vida dos idosos atendidos em uma unidade de saúde da família”, ofereceu
a oportunidade de vivenciar diversas experiência durante a coleta de dados com os
idosos. OBJETIVO: Relatar as experiências adquiridas com a coleta de dados para o
projeto de pesquisa desenvolvido durante a participação no PET-SAÚDE/Saúde da
Família. METODOLOGIA: Relato de experiência tendo como referencial a
familiarização do aluno com a atenção básica através da participação em projeto de
pesquisa desenvolvido durante a participação no PET-SAÚDE/ Saúde da Família. O
processo de coleta de dados ocorreu no período de Agosto de 2010 à Fevereiro de 2011
na Unidade de Saúde Vila Embratel. RESULTADOS: Durante o período de coleta de
dados, foi possível presenciar diversas situações. Dentre elas pode-se citar a dificuldade
em conseguir entrevistas com idosos na unidade básica de saúde, tínhamos que muitas
vezes esperar a consulta médica e acabávamos tendo um descontrole na hora das
entrevistas. Outro fato, foi a repetição de idosos na pesquisa. Mas também houveram
experiências facilitadoras e interessantes. Durante as visitas domiciliares com a
Enfermeira e o agente comunitário de saúde, foi possível vivenciar de maneira mais
concreta as respostas que eram dadas às entrevistas, pois além de obter dados através do
idoso podíamos analisar sua residência e comparar com as respostas. Além disso, era
mais fácil fazer orientações e ajudar a prevenir as quedas, já que podíamos mostrar na
íntegra o que poderia ocasionar uma queda e conseqüentemente uma lesão.
CONCLUSÃO: Falar sobre a influência de quedas em idosos é importantes e o processo
de coleta de dados nos mostrou o quanto é necessário que se faça atividades educativas
em incentivo a prevenção. Elas podem ser feitas através dos profissionais de saúde,
tanto no ato da consulta quanto nas visitas domiciliares.
Palavras-chaves: Idosos, Saúde da Família, Enfermagem.
____________________________
1Estagiário do 8º de Enfermagem na Universidade Federal do Maranhão-UFMA, bolsista do PETSaúde/Saúde da Família; Email: [email protected]
2 Graduanda do 7º período em Enfermagem na Universidade Federal do Maranhão-UFMA; voluntária do
PET-Saúde/Saúde da Família;E-mail:[email protected]
3 Enfermeira da Estratégia Saúde da Família, preceptora do PET-Saúde/Saúde da Família;E-mail:
[email protected]
4 Enfermeira da Estratégia Saúde da Família, preceptora do PET-Saúde/Saúde da Família;E-mail:
[email protected]
5 Enfermeira, profª. Drª. do Departamento de Enfermagem da Universidade Federal do Maranhão –
UFMA;coordenadora do PET-Saúde/Saúde da Família.E-mail: [email protected]
JULGAMENTOS DE VALOR E PRECONCEITOS QUE INFLUENCIAM
NO CUIDADO ÀS MULHERES NO ABORTO INSEGURO
Lucian da Silva Viana¹, Caius César Araújo Melo², Josiane dos Santos Costa², Lana
Carla de Souza Mendes², Wesley da Silva Marques², Carlos Leonardo Figueiredo
Cunha³
INTRODUÇÃO: O aborto é referido como sendo envolto em tabus, preconceitos,
discriminações, o que o caracteriza como uma questão polêmica desde a antigüidade.
Muitas vezes, o abortamento induzido é apresentado como uma decisão egoísta e fria.
Assim, de acordo com esse ponto de vista, a mulher é vista como uma criminosa.
OBJETIVO: Objetiva-se abordar o cuidado às mulheres no aborto inseguro, com ênfase
nos julgamentos de valor e preconceitos que influenciam nesse tipo de atendimento.
METODOLOGIA: Realizou-se uma pesquisa sistemática nacional em teses,
dissertações e revistas eletrônicas, com publicações dos últimos dez anos sobre aborto
inseguro e o cuidado de enfermagem. Utilizaram-se as bases de dados: Bireme, Google
Acadêmico e Scielo. RESULTADOS: Alguns profissionais de enfermagem, no ato de
cuidar de mulheres em situação de abortamento, o fazem de forma diferente
dependendo da provável etiologia do aborto. Entretanto, esse cuidado deve ser de ajuda
e orientação proporcionando um atendimento que contemple sua situacionalidade e
temporalidade. A falta de qualificação para o trabalho na assistência do abortamento e
da compreensão da problemática do aborto no Brasil, igualmente contribui para o
surgimento de julgamentos de valor e preconceitos. É necessária uma busca por novos
horizontes, o que inclui a educação e o pronto acesso aos Serviços de Saúde Integral da
Mulher. É uma tarefa a ser perseguida por meio de uma educação sexual mais aberta,
sincera, científica, apegada aos direitos e à realidade, sendo uma situação multifatorial,
onde não existe somente um responsável, pois não há falhas apenas institucionais no
setor de saúde; mas na dinâmica familiar, além do fator econômico, religioso e social.
CONCLUSÃO: O abortamento não deve ser justificado e sim compreendido. Os
atributos e significados de humanização e acolhimento, embora base sustentadora para
um novo modelo de atenção, ainda não estão plenamente presentes nesse tipo de
assistência. Atitudes de curiosidade ou de reprovação são inúteis e não ajudam a
resolver o grande problema de saúde pública no qual o aborto foi transformado.
Palavras-chave: Aborto. Preconceito. Saúde da mulher.
_____________________________
1. Acadêmico em Enfermagem pela Universidade Federal do Maranhão – UFMA. Email:
[email protected]
2. Acadêmico(a) em Enfermagem pela Universidade Federal do Maranhão - UFMA
3. Enf. Ms. em Saúde Materno-Infantil pela Universidade Federal do Maranhão - UFMA
LEIOMIOMA E A CIRURGIA DE HISTERECTOMIA TOTAL: RELATO
DE
EXPERIÊNCIA
Thamires Pestana Sousa1;Thalita Gracyelle Aragão Siqueira2; Caius Cesar Araujo
Melo3; Abrahão Tairo Carneiro Palma4 ; Lana Carla Sousa Mendes5 ; Líscia Divana P.
Carvalho6
Introdução: Os leiomiomas são tumores do músculo liso uterino, sendo geralmente
descritos como submucosos, intramurais e subserorosos, mais comum na raça negra, em
nulíparas e em pacientes portadoras de síndromes hiperestrogênicas. Apresenta maior
incidência na quarta década de vida da mulher, com sintomas de dor, distensão
abdominal, constipação, problemas urinários, menorragia e metrorragia, dentre outros.
A histerectomia é indicada em casos de tumores volumosos, sangramento aumentado
sem reposta ao tratamento clínico e manifestações álgicas intensas. Objetivo: Aplicar a
metodologia da assistência de enfermagem em uma paciente com diagnóstico médico de
leiomioma, nas fases pré e pós-operatória de histerectomia. Metodologia: Relato de
experiência, realizado no mês de novenbro de 2010, na Clínica Cirurgica do Hospital
Universitário Unidade Presidente Dutra (HUPD) da Universidade Federal do Maranhão.
O referencial teórico utilizado foi a Teoria de Enfermagem de Wanda Horta (1979),
associado a Classificação Diagnóstica da NANDA (2009-2011), a Classificação de
Intervenções de Enfermagem (NIC) e a Classificação dos Resultados de Enfermagem
(NOC). A coleta de dados foi realizada através de entrevista, exame físico e consulta
aos registros de prontuário. Resultados: I. P. L., 47 anos, feminino, 1° grau incompleto,
parda, casada, natural de Perimirim-MA, queixa principal: sangramento transvaginal
aumentado. Os Diagnóstcos mais frequentes nas fases pré e pós-operatória foram:
Conhecimento
deficiente,
Baixa
auto-estima
situacional,
Integridade
tissular
prejudicada, Perfusão tissular periférica diminuida, Risco de infecção, Disfunção
sexual, Estilo de vida sedentário. Os resultados de enfermagem alcançados (NOC) e as
intervenções de enfermagem realizadas (NIC) foram respectivamente: Conhecimento
sobre o processo de doença- Educação para a saúde; Melhora do enfrentamentoDesenpenho de papel; Cicatrização da pele - Cuidado com incisão, sondas e drenos;
Proteção contra infecção- Prevenção, detecção e controle de riscos; Restauração da
perfusão periférica-Adequação de cuidados; Restabelecimento da função sexualAconselhamento sexual; Encorajar Atividade física- Promoção de deambulação e
exercício. Conclusão: A utilização de uma metodologia na assistência de enfermagem
proporcionou uma prática mais organizada com identificação das situações de saúdeproblema, subsidiando a implementação de intervenções que contribuíram para
promoção, prevenção, recuperação e reabilitação da paciente.
Palavras chave: Leiomioma, Histerectomia, Assistência de Enfermagem.
__________________________
1,2,3,4,5 Acadêmicos de Enfermagem do 8º período da UFMA.
6 Enfermeira. Supervisora de Estágio. Docente da UFMA.
E-mail: [email protected]
MEDIDAS DE PREVENÇÃO AO CÂNCER DE PELE
AZEVEDO, Paula Maria Bezerra Aragão*; COSTA, Andréa de Jesus Sá*; REIS,
Bianca de Jesus Coelho*; GUIMARÂES, Thaíse Almeida*; MOCHEL, Elba Gomide**
INTRODUÇÃO: A maior parcela da ocorrência dos cânceres de pele é atribuída à
exposição solar. Outros fatores de risco têm sido descritos, como características
fenotípicas, história pessoal e/ou familiar de câncer de pele e exposição a substâncias
químicas. Desses, o mais fortemente associado ao risco de desenvolver câncer de pele é,
sem duvida, a exposição à radiação ultravioleta. É fato que a incidência de raios
ultravioletas sobre a superfície do planeta está cada vez maior. Tal situação representa
um risco para a população, que deve encontrar maneiras eficientes de se proteger.
OBJETIVO: Realizar análise de publicações sobre a aplicação dos níveis de prevenção
no cuidado ao câncer de pele. METODOLOGIA: A pesquisa foi realizada a partir de
um levantamento de artigos disponibilizados em bases de dados na internet.
RESULTADOS: Verificou-se que a população alvo da prevenção primária deve ser a
infantil, pois é uma fase particularmente vulnerável aos efeitos nocivos do sol, sendo
que crianças se expõem mais e tal exposição é cumulativa durante os primeiros 20 anos
de vida. Já a prevenção secundária, deve ser voltada para a população adulta, e requer
maior engajamento dos profissionais e da população. Constatou-se que o câncer de pele
é facilmente detectável e o tratamento, quando em fase inicial das lesões, é bastante
eficaz, levando praticamente à cura completa. Além do diagnóstico e tratamento, as
campanhas educativas têm um grande impacto. Elas servem para esclarecer a população
quanto às características das lesões suspeitas e o que deve ser feito quando encontradas,
além de alertar quanto às medidas que podem ser tomadas para evitar o câncer de pele.
É essencial também uma avaliação clinica da pele periodicamente para prevenir o
desenvolvimento da doença e estar atento ao aparecimento de sinais, como manchas que
mudam de cor e textura, que apresentam irregularidade e aumentam de tamanho.
CONCLUSÃO: A consciência da gravidade do câncer de pele ainda é pequena em
várias partes do mundo. O conhecimento dos fatores de risco e dos sinais da doença
ajuda no esclarecimento da população e é um fator importante na prevenção primária e
secundária. A proteção contra a exposição excessiva à luz solar, bem como a detecção
precoce e tratamento adequado são pontos importantes para prevenção, controle ou cura
da doença.
Palavras – chaves: prevenção, cuidado, câncer de pele.
______________________________
* Acadêmicas do 5º período do Curso de Enfermagem da UFMA. E-mail do relator:
[email protected]
** Enfermeira Docente da UFMA
MORTALIDADE MATERNA NO MUNICÍPIO DE SÃO LUIS-MA NO
PERÍODO DE 2007 A 2009
Fernanda Mendes Pereira*
Retratar a mortalidade materna constitui-se de um estudo amplamente difundido, e que
por seu impacto é inquestionavelmente necessário no campo epidemiológico.
Desenvolver estudos sobre essa temática é um processo complexo, pois possibilita uma
avaliação ampla, que varia desde o impacto das ações dos serviços de saúde até
questões sociais. Esse artigo objetiva investigar a mortalidade materna no município de
São Luís – MA no período de 2007 a 2009. Caracteriza-se por ser um estudo
exploratório do tipo retrospectivo de caráter quantitativo. A população do estudo é
constituída por 65 mulheres que evoluíram á óbito devido causas maternas. As
informações foram coletadas a partir dos arquivos do Comitê Municipal de Prevenção
da Mortalidade Materno-Infantil. Após a conclusão da coleta, os dados foram analisados
pelo programa Microsoft Excel 2007, sendo então organizados em forma gráficos e
tabelas. Evidenciou-se um quantitativo de 65 mulheres, sendo que 55,38% estavam na
faixa etária de 20 a 29 anos, 78,46% eram solteiras, 40,00% possuíam escolaridade
entre 4 a 7 anos, 56,92% eram pardas e 41,54% eram do lar. Quanto à resolução da
gravidez em 44,62% dos casos foi realizado parto cesariana, e em relação à paridade
24,62% eram tercíparas. Quanto à causa, 66,15% foram obstétricas diretas e a Doença
Hipertensiva Específica da Gestação foi responsável por 36,92% dos casos. Perante os
resultados obtidos, observou-se a necessidade de uma melhoria na qualidade da
assistência pré-natal e hospitalar direcionada à mulher durante o ciclo gravídicopuerperal, como meio de garantir uma atenção obstétrica qualificada e humanizada,
como proposta inicial para o alcance da redução da mortalidade materna no município.
Palavras-chave: Mortalidade Materna. Causa do Òbito.
____________________
* Enfermeira graduada pelo Centro Universitário do Maranhão e Residente em Atenção Integral à Saúde
da Criança pela Universidade Federal do Maranhão. E-mail: [email protected]
MORTALIDADE POR CÂNCER EM HOMENS E MULHERES:
COMPARATIVO ENTRE BRASIL E MARANHÃO
DIAS, Nalciran Rute Câmara1; OLIVEIRA,Danielle Luce Almeida2 ; LIMA,Elida
Chaves de Carvalho3 ; BARBOSA, Yonna Costa4; LIMA, Larissa Siqueira5; ROLIM,
Isaura Leticia Tavares Palmeira 6
INTRODUÇÃO: A mortalidade por neoplasias cresceu consideravelmente ao longo das
últimas décadas, ao mesmo tempo em que diminuíram as mortes por doenças
infectoparasitárias (BRASIL, 2006). Ao se comparar às taxas de mortalidade por
neoplasias entre homens e mulheres observa-se um maior risco entre homens, porém
com variações, pois na mortalidade masculina, as neoplasias estão em terceiro lugar, já
entre as mulheres, aparecem em segundo (INCA, 2006). OBJETIVO: Descrever a taxa
de mortalidade dos cânceres que mais acometem homens e mulheres, fazendo um
comparativo
entre os dados nacionais com os do
estado do
Maranhão.
METODOLOGIA: Trata-se de um estudo retrospectivo, descritivo com abordagem
quantitativa. Realizado no período de março e abril de 2011. A coleta de dados foi
realizada no Atlas de mortalidade do INCA, para taxas de mortalidade das cinco
localizações primárias mais frequentes em 2007, disponível no sítio do Departamento
de Informática do SUS – DATASUS. O universo do estudo foi composto pelos dados
de mortalidade dos cinco cânceres referidos, notificados no período de 1997 a 2007 no
Brasil e Estado do Maranhão. A pesquisa não envolveu qualquer procedimento
invasivo, nem contato direto com a amostra, uma vez que as variáveis estudadas foram
coletadas na base de dados do INCA. RESULTADOS: No Maranhão o câncer de
próstata destaca-se como o mais letal entre os homens. Verificou-se um aumento de
6,91‰ na mortalidade pelo câncer de próstata no período 1997-2007, chegando a
10,25‰ em 2007. No Brasil a morte por câncer de traquéia, brônquios e pulmões
destaca-se em primeiro lugar com 15.94‰. Destaca-se ainda entre homens no
Maranhão, o aumento da mortalidade por câncer de encéfalo, de 0,83‰ em 1997 a
2,31‰ em 2007. Entre as mulheres, observou-se no Maranhão uma taxa de mortalidade
por câncer de colo uterino de 9,37‰ em 2007, com um aumento de 4,76 no período de
1997-2007, sendo o principal responsável pela mortalidade por câncer entre as mulheres
no estado, diferentemente da taxa nacional, que tem o câncer de mama como principal
responsável pela mortalidade. CONCLUSÃO: Percebe-se uma diferença entre tipos de
câncer que mais levam a óbitos no Brasil e Maranhão, enquanto o câncer de colo de
uterino é o primeiro responsável pela mortalidade entre as mulheres no Maranhão, no
Brasil ele ocupa o quarto lugar de ocorrência. Entre os homens o câncer de encéfalo
nem aparece entre os cinco mais freqüentes a nível nacional. Ressaltamos que um dos
problemas persistentes no Brasil é a imprecisão no preenchimento da causa básica da
morte nas declarações de óbito e até mesmo sub-registro de óbitos, situação essa que
tem dimensão expressiva, sobretudo nas regiões Norte e Nordeste.
Palavras chave: Mortalidade; Câncer; Neoplasias.
___________________________
1 Acadêmica de Enfermagem do 6º período da UFMA, monitora bolsita do PET-Saúde. e- mail:
[email protected]
2 Enfermeira Assistencial do Programa Saúde da Família de São Luís – MA, Especialista em Saúde da
Família,Preceptora do PET-Saúde
3 Enfermeira Assistencial do Programa Saúde da Família de São Luís – MA, Especialista em Saúde da
Família,Preceptora do PET-Saúde
4 Acadêmica de Enfermagem do 6º período da UFMA, monitora bolsita do PET-Saúde.
5 Acadêmica de Enfermagem do 6º período da UFMA, monitora bolsita do PET-Saúde.
6 Drª. em Enfermagem-Universidade Federal do Ceará-UFC. Professor Adjunto da Universidade Federal
do Maranhão-UFMA. Coordenadora do Pet
MOTIVOS DE ARREPENDIMENTO DE MULHERES SUBMETIDAS À
LAQUEADURA TUBÁRIA
Agostinha Pereira Rocha Neta1, Alice Bianca Santana Lima2, Neidna Raissa Soeiro de
Almeida², Lucian da Silva Viana², Wesley da Silva Marques², Carlos Leonardo
Figueiredo Cunha³
INTRODUÇÃO: A dificuldade de acesso aos métodos contraceptivos, o uso pouco
eficiente daqueles a que se tem acesso e a má qualidade do acompanhamento dos
serviços de saúde, são fatores que têm contribuído para que as mulheres recorram em
tão grande número à esterilização cirúrgica como principal recurso para regular a
fecundidade. Em conseqüência, podem herdar sequelas, quase sempre definitivas, que
levam a sentimentos de arrependimento ou de insatisfação, e a uma demanda crescente
de cirurgia para reversão da laqueadura. Objetiva-se com esse estudo focalizar os
motivos para arrependimento de mulheres submetidas à Laqueadura Tubária.
METODOLOGIA: Utilizou-se revisão bibliográfica constituída de pesquisa em seis
artigos de periódicos, no período de 2004 a 2010, utilizando como descritores:
Esterilização tubária, Saúde da mulher, Anticoncepção; através das bases de dados:
Bireme, Medline, Google Acadêmico e Scielo. RESULTADOS: A elevação da taxa de
esterilização em mulheres mais jovens e com um número reduzido de filhos, alterações
orgânicas e/ou emocionais atribuídas ao procedimento, falta de saber e de controle sobre
o seu corpo, acesso limitado à informação e aos métodos contraceptivos somados à
tomada de decisão em momento pouco adequado e coação social, gerada pelo
constrangimento das necessidades financeiras que dificultam criar mais filhos são os
principais motivos que levam ao arrependimento e/ou insatisfação da Ligadura Tubária.
É necessário que os profissionais de saúde discutam a possibilidade de acesso e
utilização de outros métodos, ou informem sobre a irreversibilidade da cirurgia.
CONCLUSÃO: A pequena chance de reversão da laqueadura tubária e a dinamicidade
dos seres humanos são aspectos que devem ser levados em consideração na tomada de
decisão em realizar o procedimento. Há possibilidade de que essas mulheres venham a
mudar de opinião e a expressar, no futuro, problemas em relação à decisão que foi
tomada.
Palavras-Chave: Esterilização tubária. Saúde da mulher. Anticoncepção.
___________________________________
¹ Relator. Acadêmico de
[email protected]
Enfermagem
da
Universidade
Federal
do
Maranhão.
² Acadêmico de Enfermagem da Universidade Federal do Maranhão.
³ Enfermeiro, Mestre em Saúde Materno Infantil pela Universidade Federal do Maranhão.
E-mail:
O PROCESSO DE AUTO-CUIDADO EM PÓS-OPERATÓRIO DE
CIRURGIA CARDÍACA
Maria dos Remédios Oliveira de Araujo 2 ; Líscia Divana Pachêco Carvalho 1 ; Ione Rocha
Neves3; Andréa Caroline da Silva4
INTRODUÇÃO: A doença cardíaca torna-se uma ameaça constante a integridade e a
qualidade de vida. A cirurgia cardíaca constitui-se num procedimento complexo que
inclui uma situação transformadora, gerando novas percepções sobre a vida futura. O
planejamento cirúrgico através de uma equipe multidisciplinar é muito importante para
o sucesso da cirurgia. OBJETIVO: Identificar o conhecimento dos pacientes em pósoperatório de cirurgia cardíaca sobre o processo de autocuidado. METODOLOGIA:
Pesquisa exploratória descritiva realizada no ambulatório de Cirurgia Cardíaca da
Unidade Presidente Dutra do Hospital Universitário da Universidade Federal do
Maranhão (UFMA). A coleta de dados teve início após aprovação do Comitê de Ética
em Pesquisa (Parecer nº 065/10 Processo n°04645/2009 de 29-03-2010). A amostra foi
representada por dez pacientes adultos, conscientes, submetidos à cirurgia cardíaca e
que se apresentaram para primeira consulta no ambulatório de cirurgia cardíaca. O
período de coleta de dados foi entre os meses de abril a maio de 2010. O instrumento de
coleta de dados utilizado foi baseado em modelo construído e validado por Hermida
(2005), fundamentado no modelo conceitual da Teoria de Autocuidado de Orem (1980).
Constou-se de entrevista e consulta aos registros em prontuário. RESULTADOS: Nos
fatores pessoais e condicionantes básicos, a maioria foi constituída por mulheres, a faixa
etária mais freqüente foi de 31 a 50 anos (60%), o diagnóstico médico mais identificado
foi à disfunção da válvula mitral (70%), à hipertensão foi o antecedente pessoal mais
freqüente apresentado em (40%) e o familiar foi à cardiopatia (60%).
A queixa
principal relatada pelos pacientes foi à dor em toracotomia (50%), seguida da tontura
(20%). Nos requisitos de autocuidado universais, observou-se que (60%) dos pacientes
referiu dificuldade para iniciar e manter o sono. A maioria relatou não realizar atividade
física. Em relação à higiene corporal, 70% afirmaram a realização da mesma sem ajuda,
utilizando na incisão cirúrgica o sabão (50%). Quando questionados sobre a
reincidência de sintomas, houve relato da procura ao Pronto Socorro (80%) e 20%
referiram a procura por um atendimento ambulatorial. Observou-se que 40% dos
pacientes relataram dúvidas quanto ao seu estado de saúde, ao ato de tossir ou realizar
esforço físico como ameaça principal a abertura de pontos, 60% relataram como
contribuição para a equipe de cirurgia que as informações fossem dadas também por
escrito, sugerindo a entrega de um manual de orientações ao pacientes e familiares.
CONCLUSÃO: As análises realizadas nesse estudo reforçam a necessidade de serem
elaborados programas de educação com ênfase na reabilitação cardiovascular. Todo o
profissional de saúde tem um papel importante na aplicação de ações educativas
favorecendo, inclusive, a prática do autocuidado e melhorando a qualidade de vida de
pacientes e familiares.
Palavras-chave: Cirurgia cardíaca. Pós-operatório. Autocuidado.
_______________________________
1
Enfermeira Graduada pela Faculdade Santa Terezinha -CEST.
Enfermeira, Doutoranda em Ciências da Saúde (USP-UFMA). Docente da UFMA.
3
Enfermeira Especialista em Enfermagem Clínico-Cirúrgica.
4
Enfermeira, Especialista em Cardiologia.
2
O PROCESSO DE ENFERMAGEM DE WANDA HORTA NA
FORMAÇÃO BIOÉTICA DOS ESTUDANTES DE ENFERMAGEM
ALBUQUERQUE, Ingrid de Campos 1 ;DUTRA, Alyni Sebastiany Mendes1;CACAU,
Méllany Pinheiro 2 ; JANSSEN, Alana da Silva2; LIMA, Alice Bianca Santana 3; DIAS,
Rosilda Silva4
Introdução: A Enfermagem compreende conhecimentos científicos e técnicos, acrescido
das práticas sociais, éticas e políticas vivenciadas no ensino, na pesquisa e assistência.
Presta serviços ao ser humano no contexto saúde-doença, atuando na promoção da
saúde em atividades com grupos sociais ou com indivíduos, respeitando a
individualidade e sua inserção social. Por ser uma ciência, a Enfermagem, necessita de
um método que é o Processo de Enfermagem, que foi introduzido no Brasil por Wanda
Horta. Porém, para que esse processo seja eficaz, deve ser baseado em princípios éticos
que se refletem sobre o agir humano e suas finalidades. Objetivo: Demonstrar a relação
do Processo de Enfermagem de Wanda Horta entre a formação ética dos estudantes de
enfermagem. Metodologia: O trabalho tem enfoque descritivo a partir de pesquisa
bibliográfica em livros e artigos do banco de dados eletrônicos LILACS, IBECS,
MEDLINE e SCIELO, compreendendo a publicação de 1979 a 2008. Resultados: Dos
15 artigos pesquisados, 4 descorriam sobre o Processo de Enfermagem de Wanda Horta,
que no Brasil teve sua divulgação na década de 70, sendo o seu impacto observado por
meio de sua aplicação na assistência, no ensino e na pesquisa até os dias atuais. Às
convergências no cenário das escolas nacionais, pode-se dizer que o ensino do Processo
de Enfermagem é recente, predominando a abordagem em disciplinas isoladas, exigindo
abordagem contínua ao longo da formação do aluno, que poderia ser direcionado por
complexidade progressiva. Os demais artigos abordam a Bioética na formação do
estudante de Enfermagem que requer a implementação da mudança no processo de
formação e se apresenta regida por valores morais, onde seus sujeitos – docentes, alunos
e profissionais – assumem a responsabilidade pelo seu caminhar com qualidade,
orientando suas condutas pela integridade. Isto implica na utilização dos construtos
teóricos dos princípios éticos que norteiam o processo de formação do enfermeiro que
são: princípio da autonomia, da beneficência e o da justiça. Os profissionais da área de
saúde devem conciliar, no seu exercício profissional, além da ciência e tecnologia, um
sólido embasamento ético-moral. Conclusão: O Processo de Enfermagem enquanto
instrumento metodológico guarda relação com a bioética, pois suas bases constitutivas
são as mesmas que possibilitam os profissionais e estudantes identificar, compreender,
descrever, explicar e/ou predizer como nossa clientela responde aos problemas de saúde
ou aos processos vitais, e determinar que aspectos dessas respostas exigem uma
intervenção profissional de enfermagem, implicando na existência de alguns elementos
que lhe são inerentes. Os resultados apontam um crescimento no úmero de publicações
na área e um salto no que se refere ao enfoque das pesquisas, que vão além da busca de
compreensão da vivência de adoecimento pelos envolvidos com o câncer infantil
(crianças, famílias, equipe de saúde e professores) e descrevem um leque de
possibilidades de atuação junto ao paciente e seus familiares envolvendo profissionais
de diversas áreas que se unem com o objetivo da promoção de saúde global das
crianças.
PALAVRAS-CHAVE: Processo de Enfermagem e Bioética.
___________________________________________
1
Alunas do quinto período de graduação do curso de Enfermagem da Universidade Federal do Maranhão
- UFMA, voluntárias do PET-Saúde/Saúde da Família/UFMA. Email: [email protected]
2
Alunas do quinto período de graduação do curso de Enfermagem da Universidade Federal do Maranhão
- UFMA.
5
Aluna do sexto período de graduação do curso de Enfermagem da Universidade Federal do Maranhão UFMA.
4
Enfermeira, Mestre em Enfermagem e Professora Assistente do Departamento de Enfermagem da
UFMA.
O
SIGNIFICADO
DO
ESTÁGIO
CURRICULAR
EM
SAÚDE
COLETIVA PARA O GRADUANDO EM ENFERMAGEM
DE MARTINI, Araceli Moreira1; AMATE, Elisa Maria2 ; MOCHEL, Elba Gomide3
Introdução: A Saúde Coletiva representa um campo científico, no qual se produzem
saberes e conhecimento acerca do objetivo “saúde” e se realizam ações em diferentes
organizações e instituições por diversos agentes, especializados ou não, dentro e fora do
espaço conhecido como “setor de saúde”. Preocupa-se com a Saúde Pública enquanto
saúde do público-indivíduo, grupos éticos, gerações, castas, classes sociais e
populações. De acordo com Figueiredo (2008), a Saúde Coletiva envolve determinadas
práticas que tomam como objeto, as necessidades sociais de saúde; como instrumentos
de trabalho, saberes distintos, disciplina, tecnologias materiais e não materiais e como
atividades, intervenções centradas nos grupos sociais e no ambiente. O enfermeiro
possui, basicamente, quatro atividades que norteiam sua profissão: assistencial,
gerencial, educativa e de pesquisa. No cotidiano de trabalho não podem ser
desenvolvidas separadamente, pois a intersecção é um fator importante para a
assistência segura e livre de riscos para a população. Os estágios curriculares
representam, para o estudante de enfermagem, uma oportunidade de construção do
saber profissional, relacionando o saber formalizado com a prática, isto é, o saber, com
o saber fazer e o saber ser. A riqueza e a natureza das aprendizagens que eles podem
proporcionar possibilita, ao futuro enfermeiro, identificar seus aspectos fortes e fracos,
analisar as possibilidades, buscar melhorias, desenvolver o auto-conhecimento e a autoregulação, além de subsidiar a tomada de decisões relativas à profissão, dando-lhe o
respaldo necessário para desenvolver o cuidado e promoção à saúde nos mais diversos
âmbitos onde a enfermagem possa atuar. Objetivo: Relatar a experiência do estágio
curricular em Saúde Coletiva para graduandos do último semestre do Curso de
Enfermagem de uma instituição de ensino superior. Metodologia: Foi realizado um
estudo descritivo com abordagem qualitativa. Os sujeitos da pesquisa foram graduandos
do último semestre do Curso de Enfermagem do Centro Universitário do Maranhão
(UNICEUMA), em São Luís-MA. A coleta de dados foi realizada no período de agosto
a dezembro de 2009, por meio de entrevista semiestruturada, com questões norteadoras,
versando sobre a experiência do estágio curricular em Saúde Coletiva. Os dados foram
agrupados de acordo com a semelhança dos depoimentos e posteriormente, forma
organizados em categorias, conforme o método de Análise de Conteúdo proposta por
Bardin (2003). Resultados: Os dados foram agrupados em quatro categorias temáticas:
possibilidade de aliar a teoria à prática, autonomia do enfermeiro no Programa Saúde da
Família, o enfermeiro como mediador da educação em saúde e o exercício da relação
enfermeiro-paciente. Conclusões: O estágio curricular em Saúde Coletiva, segundo a
fala dos acadêmicos, oportunizou o enlace dos conhecimentos teóricos com a prática
assistencial, permitindo a operacionalização clínica da enfermagem. Além disso,
acredita-se que o ambiente do estágio constitui uma importante ferramenta para o
desenvolvimento da criatividade e da tomada de decisões diante dos desafios
encontrados, qualificando assim os futuros enfermeiros para o exercício profissional.
Palavras-chave: Estágio clínico. Educação em enfermagem. Estudantes de Enfermagem.
Saúde Coletiva.
_______________________________________
1.
Enfermeira Residente do Programa de Residência Multiprofissional em Saúde da UFMA.
Email: [email protected]
2.
Enfermeira. Doutora em Enfermagem. Professora Associada II do Departamento de
Enfermagem da UFMA
3.
Enfermeira assistencial do Hospital Universitário da Universidade Federal do Maranhão
(HUUFMA). Mestranda do Programa de Pós-Graduação Saúde Materno-Infantil da Universidade Federal
do Maranhão (UFMA).
HUMANIZAÇÃO
DO
PROFISSIONAL
DE
SAÚDE
COMO
EXPRESSÃO DA ÉTICA
ALVES, Sâmya Maria Andrade1; FONTINELE, Araceli Moreira De Martini2 ;
BEZERRA, Sinara Araújo 1; MESTRELA, Aline Roberta Silva1; SOUSA, Camila
Marques de 1.
Introdução: As relações éticas e humanizadas em saúde exigem uma demanda atual e
crescente no contexto brasileiro emergindo em uma realidade em que os usuários dos
serviços de saúde se queixam dos maus tratos de que são vítimas. Objetivo: O presente
estudo o tem como objetivo fazer uma análise acerca da produção científica sobre o
cuidado humanizado exercido pelos profissionais nas práticas de saúde e relacioná-la
com a ética. Metodologia: trata-se de uma revisão sistemática de artigos publicados no
período de 2000 a 2010, na qual foram consultadas as bases de dados Lilacs e Scielo e
Medline, utilizando-se para a busca os seguintes descritores: ética e bioética, ética e
moral na assistência de enfermagem, humanização na assistência à saúde. Resultados:
Os trabalhos analisados evidenciaram a humanização como um processo de
transformação da cultura institucional, no qual se reconhece e valoriza os aspectos
subjetivos, históricos e socioculturais de usuários e profissionais, para a compreensão
dos problemas e elaboração de ações que promovam boas condições de trabalho e
qualidade no atendimento. Além disso, identificou-se também que a humanização é
característica fundamental como expressão da ética e da moral onde encontra respaldo
no Código de Ética dos Profissionais de Enfermagem (CEPE), que norteia a prática
profissional para o respeito à vida, à dignidade e aos direitos da pessoa humana, sem
qualquer discriminação. Conclusão: A prática da humanização deve ser observada
ininterruptamente e o comportamento ético deve ser o princípio de vida da organização,
uma vez que ser ético é preocupar-se com o bem-estar pessoal e da coletividade.
Palavras-chave: Ética e bioética. Enfermagem. Humanização
___________________________________
1 - Integrantes do Programa de Residência Multiprofissional em Saúde do Adulto e do Idoso pelo
Hospital Universitário da Universidade Federal do Maranhão. Bacharel em Enfermagem pela
Universidade Federal do Maranhão
2 - Enfermeira do Hospital Universitário da Universidade Federal do Maranhão. Mestranda do Programa
de Pós-Graduação em Saúde Materno-Infantil da Universidade Federal do Maranhão
O USO DA MONITORIZAÇÃO HEMODINÂMICA NO CONTROLE DO
DÉBITO CARDÍACO: RELATO DE EXPERIÊNCIA
Leciane de Jesus Mendes13; Nayara Frais de Andrade14; Jacqueline Dutra Nascimento15;
Milena da Rocha Rodrigues Meneses16
Introdução: a monitorização hemodinâmica é um dos principais recursos empregados no
cuidado ao paciente crítico. Procedimentos que são realizados apenas com a avaliação
clínica são muito arriscados para os pacientes com instabilidade hemodinâmica. Assim,
a monitorização se faz complementar no raciocínio clínico, mas para que ela seja útil e
empregada com segurança, é necessário que a equipe esteja capacitada para sua
utilização. Nesse contexto, o assunto foi selecionado como conteúdo a ser desenvolvido
em treinamentos com enfermeiros a fim de proporcionar maior familiarização com tal
equipamento. Objetivo: descrever a experiência, como instrutoras de uma equipe de
qualificação no uso de materiais e equipamentos hospitalares, no treinamento dos
enfermeiros para o uso de um equipamento de monitorização do débito cardíaco.
Metodologia: trata-se de um estudo descritivo do tipo relato de experiência, que foi
realizado em uma Unidade de Terapia Intensiva de um hospital oncológico do
município de São Luís, Maranhão. Foram realizados dois treinamentos (um teórico e
um prático) com duração de três horas cada, sobre monitorização do débito cardíaco.
Participaram do treinamento 16 enfermeiros. Na aula teórica eles puderam tirar dúvidas
em relação à indicação da monitorização e na aula prática puderam manusear o
equipamento, esclarecendo dúvidas quanto ao seu funcionamento. Resultados: na aula
teórica 70% dos enfermeiros demonstraram entendimento suficiente para usar o
equipamento, diferindo da aula prática, onde apenas 30% conseguiram manusear o
equipamento de forma correta, havendo a necessidade de marcar novos encontros para
acompanhamento da prática clínica desses profissionais. Conclusão: o treinamento
13
Discente do curso de Enfermagem da Faculdade Pitágoras- Campus São Luís. E-mail:
[email protected]
14
Enfermeira, Especialista em Terapia Intensiva, Especialista em Enfermagem do Trabalho, Instrutora do
Núcleo de Educação em Urgência do SAMU/ São Luís, Professora da Faculdade Pitágoras de São Luís.
15
Enfermeira, Especialista em Terapia Intensiva, Diretora administrativa do SAMU São Lúis.
16
Enfermeira, Especialista em Terapia Intensiva, Especialista em Enfermagem do Trabalho, Especialista
em Saúde da Família, Intervencionista do SAMU São Luís.
teórico é importante, entretanto a realização de treinamento prático é fundamental, pois,
garantirá aproximação dos enfermeiros com o equipamento, fato este que pode sanar
todas as dúvidas e dificuldades no momento do seu manuseio. É necessário um
acompanhamento mais adequado quanto ao uso dos equipamentos de monitorização
hemodinâmica por parte dos profissionais qualificados, além da realização de
treinamentos contínuos tendo em vista, que a ausência de informações e a incapacidade
de operá-los corretamente podem configurar-se como fonte de iatrogenias.
Palavras chave: Monitorização Hemodinâmica; Débito Cardíaco; Treinamento.
OBESIDADE
E
RISCO
CARDIOVASCULAR
EM
MULHERES
PORTADORAS DE HIPERTENSÃO ARTERIAL SISTÊMICA
GOMES, Bruna1.; RODRIGUES, Jéssica Brito 2.; SARDINHA, Ana Hélia de Lima3.
Introdução: A relação entre grau de obesidade e incidência de doença cardiovascular
(DCV) tem sido abundantemente descrita na literatura (BRASIL, 2006). A avaliação de
homens e mulheres participantes do estudo de Framingham, em um período de 26 anos,
revelou que a obesidade é um fator de risco para a ocorrência de eventos
cardiovasculares, especialmente doença coronariana, insuficiência cardíaca e acidente
vascular cerebral, independente da idade, pressão arterial sistólica, níveis de colesterol,
tabagismo, intolerância à glicose e presença de hipertrofia ventricular esquerda
(CERCATO et al. 2000). Por outro lado, a obesidade, especialmente do tipo abdominal
ou visceral, se associa com outros fatores que contribuem para um maior risco
cardiovascular (BRASIL, 2006). Objetivos: Classificar a população em grupos de alto,
moderado e baixo risco cardiovascular de acordo com o IMC e a circunferência
abdominal. Metodologia: Trata-se de estudo transversal, descritivo, realizado com 88
mulheres hipertensas em três Unidades de Atenção Básica em São Luís – MA, no
período de novembro de 2009 a maio de 2010. Resultados: O cálculo do IMC
evidenciou que mulheres obesas e pré-obesidade apresentam maior risco cardiovascular
se comparadas àquelas com baixo peso. Quanto à circunferência abdominal, o risco
cardiovascular foi maior nas mulheres com 80 -100 cm de circunferência abdominal.
Conclusão: Diante dos resultados apresentados, conclui-se que o IMC e a circunferência
abdominal foram parâmetros preditores para o risco cardiovascular. O sedentarismo,
sobrepeso/obesidade e a distribuição central da gordura corporal são passíveis de
intervenção, demonstrando assim a importância do acompanhamento clínico-nutricional
na redução dos riscos de doenças cardiovasculares e melhora da qualidade de vida da
população feminina.
Palavras - chave: Risco cardiovascular, mulher, obesidade.
____________________________________
1
Graduanda, Universidade Federal do Maranhão. Bolsista do Projeto de Pesquisa: Avaliação do risco
cardiovascular
em
mulheres
portadoras
de
Hipertensão arterial
sistêmica.
Email:
[email protected].
2
Graduanda, 8 período, Universidade Federal do Maranhão.
3
Doutora em Educação, Universidade Instituto Central em Ciências Pedagógicas, Cuba. Enfermeira
Docente da Universidade Federal do Maranhão.
OLIGOIDRAMNIO E GRAVIDEZ: RELATO DE EXPERIÊNCIA
SANTOS, Yelenna Rafysa Mendes Santos1; CASTRO, Leda Barros de2; SILVA, Elen
Patrícia Licar da3; SILVA, Maria das Graças Rodrigues4 ; ARAÚJO, Glauciene Rocha
de5; MOCHEL, Elba Gomide6.
Introdução: A oligohidramnio se caracteriza por uma diminuição significativa do
volume de líquido amniótico (VLA), este por sua vez indispensável ao desenvolvimento
fetal.
Objetivos: Aplicar a assistência de enfermagem em paciente gestante com
oligoidramnio, baseando-se no Processo de Enfermagem de Wanda Horta, visando ao
atendimento das Necessidades Humanas Básicas afetadas. Metodologia: A pesquisa do
tipo relato de experiência, foi realizada no Hospital Universitário da Universidade
Federal do Maranhão, no período de 31 de maio a 9 de junho de 2010, durante o período
de internação obstétrica da gestante. Apresentou como recursos a entrevista, exame
físico e análise de prontuário. Foi aplicado o Processo de Enfermagem proposto por
Wanda Horta. Resultados: A partir dos dados colhidos na anamnese, exame-físico,
evoluções e prontuário identificamos os seguintes problemas de enfermagem: perda de
líquido amniótico; medo e ansiedade; ingesta hídrica diminuída; intervalo inferior a 2
anos entre os filhos; não faz uso de preservativos, edema em MMII e restrição ao leito.
A partir de tais problemas o plano assistencial aplicado a gestante caracterizou-se por:
avaliar características perda de líquido (quantidade, característica, odor), oferecer apoio
emocional e proporcionar conforto; orientar quanto a necessidade de aumento da ingesta
hídrica; orientar quanto a prática de planejamento familiar e uso de preservativo; avaliar
edema e orientar a manter MMII elevados e orientar quanto a importância do repouso.
Conclusão: Paciente em conduta expectante, permaneceu em internação hospitalar com
diminuição da perda de líquido.
Palavras-chave: gravidez; oligoidramnio; desenvolvimento fetal.
____________________________________
1,2,3,4,5
Acadêmicos de Enfermagem – Departamento de Enfermagem – Universidade Federal do Maranhão
– UFMA. Email relator: [email protected]
6
Profª. Drª. do Departamento de Enfermagem – Universidade Federal do Maranhão – UFMA
PERCEPÇÃO DE DOR EM PACIENTE COM QUADRO DE CEFALÉIA
DO TIPO TENSIONAL: RELATO DE CASO.
ARAÚJO, Rayanne Luiza Tajra Mualem1 ; BARROS, Marina Apolônio de2 ; COSTA,
André Luis Braga3; ALBUQUERQUE, Rafaela Pontes4; NETA, Raimunda Silva
Santos5; THOMAZ, Érika Bárbara Abreu Fonseca6
INTRODUÇÃO: A cefaléia do tipo tensional (CTT) caracteriza-se por dor cefálica de
caráter constritivo, geralmente frontal bilateral, de intensidade leve a moderada, com
duração variável entre 30 minutos e 7 dias, podendo apresentar freqüência média menor
ou igual a 15 dias por mês (cefaléia do tipo tensional episódica) ou maior ou igual a 15
dias por mês (cefaléia do tipo tensional crônica). Em geral, o perfil sociodemográfico do
paciente consiste: predominância do sexo feminino, menor nível educacional e faixa
etária entre 20 a 50 anos. Em geral, os tratamentos recomendados para os casos de CTT
são os farmacológicos (analgésicos, antiinflamatórios e antidepressivos) e os não
farmacológicos. OBJETIVO: O presente estudo tem como objetivo avaliar a percepção
da dor em uma paciente apresentando quadro de cefaléia do tipo tensional e identificar
intervenções de enfermagem no alívio da dor. METODOLOGIA: Pesquisa descritiva
com abordagem qualitativa de uma paciente internada na Ala B da Clínica Cirúrgica do
Hospital Universitário Unidade Presidente Dutra da Universidade Federal do Maranhão.
O período de coleta de dados foi de 23/03 a 27/03 de 2010. Como instrumento de
avaliação da intensidade da dor utilizou-se a escala numérica de 0 – 10. A dor, como 5o
sinal vital, foi avaliada durante a aferição diária dos sinais vitais. RESULTADOS:
M.A.N., 42 anos, feminino, parda, divorciada, lavradora e analfabeta. Há 3 anos, iniciou
quadro de cefaléia frontal, bilateral, sem irradiação, de escore 5, de moderada
intensidade associada a ansiedade, melhora com repouso e uso de analgésicos e piora
com claridade. Apresenta este quadro sempre próximo à menstruação. Caracteriza-se
por dor intermitente, com duração de 5 a 7 dias, tendo início principalmente pela manhã
e aumentando gradativamente ao longo do dia, apresentando uma sensação de pressão
forte. Relata uso de analgésicos auto-prescritos em seu domicílio para alívio da dor.
Algumas intervenções de enfermagem realizadas para o alivio da dor foram:
administração das medicações prescritas (analgésico, antiinflamatórios, ansiolíticos) nos
horários, controle emocional da paciente, controle dos sinais vitais, promoção de
conforto, técnicas de relaxamento e imageação orientada. CONCLUSÃO: A percepção
de dor devido à cefaléia é grande. O planejamento e a escolha das intervenções
adequadas permitiram a percepção da importância do profissional de enfermagem, no
alívio da dor e na promoção da saúde da paciente.
Palavras-chave: Assistência de enfermagem. Cefaleia tensional. Avaliação da dor.
1- Enfermeira. Residente de enfermagem. Universidade Federal do Maranhão.
[email protected]
2- Enfermeira. Mestranda em Enfermagem. Universidade Federal do Maranhão.
[email protected]
3- Enfermeiro. Universidade Federal do Maranhão. E-mail: [email protected]
4- Enfermeira. Residente de enfermagem. Universidade Federal do Maranhão.
[email protected]
5- Enfermeira. Universidade Federal do Maranhão. E-mail: [email protected]
6- Odontologista. Doutora em saúde pública. Docente da Universidade Federal do Maranhão.
[email protected]
E-mail:
E-mail:
E-mail:
E-mail:
PERCEPÇÃO DE DOR EM UM PACIENTE ACOMETIDO POR
ESTENOSE CERVICAL.
NETA, Raimunda Silva Santos1; THOMAZ, Érika Bárbara Abreu Fonseca2 ; ARAÚJO,
Rayanne Luiza Tajra Mualem3; BARROS, Marina Apolônio de4; COSTA, André Luis
Braga5; ALBUQUERQUE, Rafaela Pontes6
INTRODUÇÃO: A estenose do canal espinhal cervical consiste na diminuição do
espaço do canal vertebral e forame neural comprimindo a medula e as raízes nervosas.
A dor é a principal queixa encontrada. Além disso, pode apresentar paresia ou paralisia
do território correspondente, hipotrofia dos músculos acometidos e parestesias, com
perda de sensibilidade no território radicular correspondente. Crises de cervicalgia
podem acontecer e em alguns casos, há o sinal de Lhermitte, caracterizado por sensação
de choques elétricos no corpo, desencadeados pela flexão da cabeça. Uma parte
importante do tratamento é a orientação do paciente em relação às atividades cotidianas,
explicando-lhe noções de postura e ergonomia e solicitando que evite carregar peso.
Medicamentos analgésicos, miorrelaxantes e antiinflamatórios não hormonais são as
drogas de escolha para iniciar o tratamento. OBJETIVO: Avaliar a percepção da dor em
um paciente acometido por estenose cervical e estabelecer intervenções de enfermagem
no alívio da dor. Metodologia: Relato de experiência realizado na Clínica Cirúrgica do
Hospital Universitário Unidade Presidente Dutra da Universidade Federal do Maranhão
no período de 23/03 a 29/03 de 2010. Como instrumento de avaliação da intensidade da
dor utilizou-se a escala numérica de 0 – 10. A dor, como 5o sinal vital, foi avaliada
durante a aferição diária dos sinais vitais. RESULTADOS: L.M.L, 77 anos, masculino,
aposentado, natural de São João Batista- MA. Há 9 meses paciente queixa-se de dor na
região cervical, de forte intensidade, escore 6, associada a paresia em membro inferior
esquerdo, paralisia no membro inferior direito e presença de sinal de Lhermitte.
Caracteriza-se por dor referida com irradiação para o ombro esquerdo, contínua, em
queimação, tendo como etiologia a isquemia decorrente da compressão vascular
prejudicando a nutrição neural. Encontrou-se como fator agravante, a atividade; e
fatores aliviadores: repouso e terapia farmacológica. As intervenções de enfermagem
realizadas para o alivio da dor foram: mudanças posturais, distração, massagem, terapias
com gelo e calor, administração de medicamentos prescritos (analgésico, antiinflamatório e relaxante muscular). CONCLUSÃO: O paciente com estenose tem alta
percepção de dor e as intervenções da enfermagem, associadas ao tratamento médico,
podem produzir alívio da dor.
Palavras-chave: Assistência de enfermagem. Dor. Estenose.
1- Enfermeira. Universidade Federal do Maranhão. E-mail: [email protected]
2- Odontologista. Doutora em saúde pública. Docente da Universidade Federal do Maranhão.
[email protected]
3- Enfermeira. Residente de enfermagem. Universidade Federal do Maranhão.
[email protected]
4- Enfermeira. Mestranda em Enfermagem. Universidade Federal do Maranhão.
[email protected]
5- Enfermeiro. Universidade Federal do Maranhão. E-mail: [email protected]
6- Enfermeira. Residente de enfermagem. Universidade Federal do Maranhão.
[email protected]
E-mail:
E-mail:
E-mail:
E-mail:
PERFIL DAS MULHERES QUE REALIZARAM CONSULTAS DE PRÉNATAL EM UMA UNIDADE DE SAÚDE DA FAMÍLIA
NAPOLEÃO, Emille Borralho
17
; OLIVEIRA, Danielle Luce Almeida2; SOARES,
Dolores Helena Silva 3
Introdução: A atenção materno-infantil na história da saúde pública tem sido
reconhecida como prioritária. Em 1983, ampliaram-se as ações de saúde destinadas à
parcela feminina da população com a introdução do Programa de Assistência Integral à
Saúde da Mulher (PAISM) no Brasil, destacando a atenção pré-natal pelo seu impacto e
transcendência do resultado perinatal. A assistência oferecida no pré-natal constitui-se
num conjunto de procedimentos clínicos e educativos que tem por objetivos manter a
integridade das condições de saúde materna e fetal. Objetivo: Traçar o perfil das
mulheres que realizaram consultas de pré-natal em uma Unidade de Saúde da Família.
Metodologia: Pesquisa de caráter descritivo com abordagem quantitativa dos dados.
Participaram 18 gestantes que realizavam acompanhamento pré-natal em uma Unidade
de Saúde da periferia de São Luis/MA. Para a coleta de dados, utilizou-se um
questionário estruturado com perguntas sobre dados sócio-demográficos, ginecológicoobstétricos, número de consultas pré-natais realizadas e ocorrência de complicações na
gestação. Resultados: Entre as gestantes, 44,4% estavam na faixa etária de 20 a 29 anos;
55,5% tinham o ensino fundamental incompleto; 61,1% viviam em união estável e
55,5% relataram serem donas de casa. Quanto aos dados obstétricos, 38,9% eram
primigestas; 9,09% apresentaram DHEG e pré-eclâmpsia na gestação anterior e 63,6%
das multíparas relataram ter realizado parto normal. A média de consultas realizadas
pelas gestantes por trimestre gestacional mostrou que estão de acordo com o número
que o Ministério da Saúde preconiza. Quanto ao método contraceptivo utilizado antes
de engravidar 77,7% das gestantes disseram não fazer uso. Conclusão: Percebemos a
partir desses resultados que a maioria dessas mulheres está vulnerável a doenças
1
Enfermeira (Instituto Florence de Ensino Superior) – [email protected]
Enfermeira Assistencial do Programa Saúde da Família de São Luís – MA, Especialista em Saúde da
Família (Universidade Federal do Maranhão)
3
Enfermeira (Instituto Florence de Ensino Superior)
2
ginecológicas e gravidezes indesejadas, influenciado diretamente pelos resultados
encontrados na pesquisa como a baixa escolaridade, e a não utilização de métodos
contraceptivos. É de grande importância que a Unidade de Saúde pesquisada juntamente
com os profissionais envolvidos na ESF trabalhe com a inserção precoce das mulheres
atendidas por essas equipes em um planejamento familiar, além de oferecer atenção
integral, clínico-ginecológica e educativa às mesmas, voltada principalmente ao
aperfeiçoamento do controle pré-natal, parto e puerpério.
Descritores: Saúde da Mulher; Gestação; Pré-natal
REFLEXÕES SOBRE O PROCESSO DE MORTE E DO MORRER: ATUAÇÃO
DO PROFISSIONAL DE ENFERMAGEM
SANTOS, Vandiel Barbosa 1; ALBUQUERQUE, Ingrid de Campos 2 ; DUTRA, Alyni
Sebastiany Mendes 2 ; JANSEN, Alana Michele da Silva 3; CACAU, Méllany Pinheiro 3 ;
DIAS, Rosilda Silva 4
Introdução: O conceito de morte nos dias de hoje, evidencia a parada das funções vitais
e a separação do corpo e da alma. Nos tempos mais remotos era considerado como
diagnóstico de morte a cessação da respiração e das funções cardíacas. Morrer,
cientificamente, é deixar de existir; quando o corpo acometido por uma patologia ou
acidente qualquer tem a falência de seus órgãos vitais, tendo uma parada progressiva de
toda atividade do organismo. No entanto, vale ressaltar, que a morte e o morrer são mais
do que eventos biológicos; eles têm uma dimensão religiosa, social, filosófica,
antropológica, espiritual e pedagógica. Objetivo: Compreender o processo de morte e
morrer em sua essência, no sentido de conhecer o papel da enfermagem nesse processo.
Metodologia: O trabalho tem enfoque descritivo a partir de pesquisa bibliográfica em
dois livros e quatro artigos referentes aos anos de 1986 a 2010 e escritos em língua
portuguesa, estes, do banco de dados LILACS e SCIELO, realizada nos meses de março
e abril de 2011. Resultados: A morte é considerada como parte constituída da existência
humana, sendo que o processo de morte e do morrer é cheio de questões que permeiam
o campo dos sentimentos: o temor da morte, a dor da perda. O agravante na nossa
cultura, é que os profissionais de saúde, dentre esses os da enfermagem, estão
despreparados, pois atender as necessidades psicoemocionais de indivíduos no processo
de morte e morrer exige que o enfermeiro reflita sobre sua vida, o significado de sua
morte e a do próximo, o que é algo difícil de fazer quando o tema é pouco discutido.
Mediante a iminência da morte, os indivíduos sofrem reações diferentes constituindo-se
num complexo processo. Alguns se retraem e vivenciam o medo, outros, porém,
começam a valorizar o tempo que ainda dispõem e passam a enxergar a vida de maneira
mais plena o que favorece uma adaptação. Nesse sentido temos que o principal papel do
enfermeiro é ajudar o paciente em todos os momentos, dando apoio emocional, atenção,
respeitando seus sentimentos e limitações. O profissional deve estar preparado para
prestar um atendimento de qualidade aos pacientes no processo de morte e morrer,
como também estar atento para os questionamentos e queixas da família. Conclusão:
Percebe-se que reflexões sobre o tema morte e morrer, deveriam fazer parte do
cotidiano de todas as pessoas, em essencial observância na formação dos profissionais
envolvidos diretamente com o binômio saúde/doença. Isso no sentido de desmistificar o
tema garantindo melhor planejamento das ações ao paciente terminal e família.
_____________________________________
1
Acadêmico do 5º período de Enfermagem e monitor bolsista do PET-Saúde/Saúde da Família/UFMA .
E-mail: [email protected].
2
Acadêmicas do 5º período de Enfermagem e monitoras voluntárias do PET-Saúde/ Saúde da
Família/UFMA
3
Acadêmicas do 5º período de Enfermagem da Universidade Federal do Maranhão.
4
Enfermeira, Mestre em Enfermagem, Professora Assistente IV do Departamento de Enfermagem da
UFMA.
RELATO DE CASO DE UM PACIENTE ACOMETIDO POR ESTENOSE
LOMBAR SUBMETIDO A UMA ARTRODESE DE COLUNA
LIMA JUNIOR, Jose de Ribamar Medeiros¹ ; SILVA, Andréa Cristina Oliveira²;
SOUZA, Albina Karolyne Diniz¹ ; SILVA, Nayra Souza¹; COSTA, Larissa Di Leo
Nogueira¹; REIS, Thaianne Raquel Jansen ¹
INTRODUÇÃO: A coluna é uma estrutura móvel, sujeita a traumatismo e a
degeneração, que é o processo de desgaste gradual que acompanha o envelhecimento,
podendo ser acelerado em alguns indivíduos. O termo estenose lombar refere-se ao
estreitamento do canal que existe no meio das vértebras da coluna, chamado canal
raquimedular. A artrodese da coluna vertebral é um procedimento cirúrgico que fixa as
vértebras da coluna, reduz a dor e devolve a capacidade de movimentação. OBJETIVO:
Implementar uma assistência de enfermagem sistematizada no pré e pós operatório
fundamentada na Teoria das Necessidades Humanas Básicas de Wanda Aguiar Horta
em um paciente submetido a cirurgia de artrodese de coluna. METODOLOGIA: Tratase de um estudo descritivo qualitativo do tipo Estudo de Caso realizado no período de
07 de junho à 10 de junho de 2010 no Hospital Universitário Unidade Presidente Dutra
na ala A da Clínica Cirúrgica, onde foi realizado o histórico de Enfermagem e a
sistematização da assistência. RESULTADOS: o acompanhamento do paciente G. T.
R., Masculino, branco, 37 anos, católico, casado, lavrador, 1° grau incompleto, natural
de Esperantinópolis-MA, domiciliado em São Luís. Ao exame físico não encontramos
nenhum estado de alteração de órgãos e sistemas. Os problemas de enfermagem
identificados no pré-operatório foram: Dor, Ausência de atividade física, Dentição
incompleta e mal conservada, déficit de conhecimento sobre tratamento, ansiedade. Já
os identificados no pós-operatório foram: dreno suctor, ferida operatória, dor aos
esforços no local de inserção do dreno, acesso venoso periférico, sonda vesical de
demora, restrição ao leito. O plano assistencial no pré-operatório contemplou aferição
dos sinais vitais, ouvir e esclarecer as dúvidas, orientar o paciente e a família, sobre a
alimentação e o tratamento, supervisionar o estado nutricional, eliminações dar apoio
emocional, proporcionar conforto e encaminhar a fisioterapia, educador físico e
dentista. No pós-operatório o plano assistencial fez curativo em Dreno Suctor,
terapêutica medicamentosa, reposição de liquidos, aferição dos SSVV, esvaziamento da
sonda vesical, administração da dieta oral líquida ajuda na mudança de decúbito e
deambulação precoce., orientado sobre auto-cuidado e limitações, supervisionado
quanto à dreno suctor, débito da Sonda vesical, queixas álgicas, encaminhado ao
Ortopedista. Nas evoluções não foram verificadas intercorrências na melhora do quadro
clínico do paciente. Ao fim do acompanhamento do paciente G. T. R., o prognóstico foi
de dependência parcial da Enfermagem. Foram prestadas as orientações sobre autocuidado, recomendando-se também, mudança de hábitos de vida, adequação da dieta,
realização de exercícios físicos. CONCLUSÃO: O estudo objetivou a aplicação do
processo de Enfermagem de Wanda Aguiar Horta no atendimento ao Senhor G.T.R.
para identificação e atendimento das suas Necessidades Humanas Básicas afetadas,
prestando-se uma assistência integral, adequada e específica. Através desse Estudo de
Caso se pode conhecer a patologia que pelo qual o Senhor G.T.R. foi acometido, o seu
tratamento cirúrgico, artrodese de coluna, e a técnica operatória através da abordagem
literária disponível, propiciando o aprofundamento de um conhecimento científico.
Palavras-chave: Estudo de caso. Estenose Lombar. Artrodese de Coluna.
__________________________________
¹ Acadêmicos do Curso de Enfermagem Universidade Federal do Maranhão – UFMA.
² Enfermeira, Mestre, docente do curso de Enfermagem da Universidade Federal do Maranhão – UFMA
RELATO DE CASO DO SR. J.M.P.D ACOMETIDO POR CIRROSE
HEPÁTICA DESCOMPENSADA COM ASCITE
CORREIA, Alanna Dayse Nogueira¹; SILVA, Naylle de Jesus1; DIAS, Rosilda Silva2
Introdução: Cirrose é uma doença crônica caracterizaad pela substituição do tecido
hepático normal por fibrose difusa, a qual rompe com a estrutura e a função do fígado.
Os sinais e sintomas são semelhantes em todos os tipos de cirrose, independentemente
da sua etiologia. Objetivo: Identificar as necessidades humanas básicas (NHB) afetadas
e implementar a assistência de enfermagem baseada na Teoria das Necessidades
Humanas Básicas, segundo Wanda Aguiar Horta, a um portador de cirrose hepática
descompensada com ascite.
Metodologia: Trata-se de um relato de experiência
qualitativo descritivo realizado na Clínica Médica Ala masculina do Hospital do
Hospital Universitário Unidade Presidente Dutra (HUUPD) em São Luís- MA no
período de 16 a 23 de junho de 2010, utilizando-se histórico de enfermagem
padronizado pelo Hospital. Este estudo foi estruturado em seis fases: histórico,
diagnóstico, plano assistencial, plano de cuidados, evolução e prognóstico. Resultados:
Nos dados do histórico conferem: J. M. P. D, 63 anos, masculino, pardo, católico,
casado, ensino fundamental incompleto, lavrador, aposentado, portador de cirrose
hepática descompensada com ascite, refere hábito tabagista durante 43 anos em
abandono há 5 anos e hábito etilista há 7 anos, sedentário, sono e repouso preservados,
dieta hipossódica ingestão hídrica de 2l/dia, eliminação vesical 3x/dia e intestinal
1x/dia, faz uso de furosemida AAS, sinvastatina, inalapril, alopurinol, refere pai
falecido há 12 anos em decorrência de problemas intestinais e mãe hipertensa, falecida
há 11 anos de Infarto Agudo do Miocárdio , refere hipertensão e cardiopatia, estado
geral e nutricional regular, ictérico, bulhas cardíacas hipofonéticas, presença de sopro
em foco mitral, abdome globoso, sem circulação coleteral em parede abdominal, cicatriz
umbilical protusa, presença de timpanismo em linha hemiclavicular direita, doloroso à
palpação profunda em hipocôndrio direito e esquerdo, presença de ascite, edema em
membros inferiores (2+/4+), eritema palmar em membros inferiores. Diagnósticos de
Enfermagem: Atividade física, sexualidade e nutrição alterados, uso de medicamentos,
regulação vascular, hídrica e celular e integridade cutâneo-mucosa alteradas,
envolvendo os graus de dependência (Fazer, Ajudar, Supervisionar). O plano
assistencial e de cuidados inclui o (F); verificação de sinais viatis, admistraçaõ de
medicação prescrita, controle de peso, edema e dieta. (A): autocuidado, (O,S): sobre a
patologia, o tratamento, dieta, ingesta hídrica, administração medicamentosa,
circunferência abdominal, complicações e prognóstico. Na evolução de enferamgem
registrou-se melhora da icterícia, edema, turgor e integridade da pele. O prognóstico de
Enfermagem obteve resultados satisfatórios do estado clínico com dependência parcial
da equipe de Enfermagem em Orientar I para: educação à saúde; Supervisionar I para
integridade cutâneo, nutrição. Conclusão: Este estudo evidenciou a importância da
sistematização da assistência de enfermagem a fim de facilitar o planejamento e
implementação de ações eficazes e humanizada.
Palavras-chave: Assistência de Enfermagem; cirrose hepática; alcoólica; autocuidado.
____________________________________
(¹) Acadêmicas do Curso de Enfermagem Universidade Federal do Maranhão. E-mail:
[email protected]
(²) Enfermeira Professora Mestra do Departamento de Enfermagem da Universidade Federal do
Maranhão – UFMA
RELATO DE EXPERIÊNCIA: A VISITA DOMICILIAR COMO
PRÁTICA PARA ACADÊMICOS DE ENFERMAGEM
NOLÊTO, Felipe Barros¹; SARAIVA, Adriana Laís Oliveira Saraiva²; ARAUJO, Neria
Veanne Sousa Silva³; SOUSA, Jordana de Moura e4; ROLIM, Isaura Letícia Tavares
Palmeira5
INTRODUÇÃO: A visita domiciliar cada vez mais possibilita conhecer a realidade do
cliente e sua família, contribuindo para a diminuição de internações hospitalares, além
de fortalecer os vínculos entre a clientela e os profissionais de saúde envolvidos nesse
processo. Desta forma, entende-se que as visitas domiciliares constituem um
instrumento fundamental para atividades de educação em saúde. Nesse contexto,
acadêmicos de Enfermagem vivenciam essa prática através da participação no PETSAÚDE/ Saúde da Família. OBJETIVO: Relatar como os acadêmicos de enfermagem
participam das ações educativas durante a visita domiciliar com os Enfermeiros em uma
unidade básica de saúde onde é desenvolvido o PET-SAÚDE/Saúde da Família.
METODOLOGIA: Relato de experiência tendo como referencial a familiarização do
aluno com a atenção básica e as atividades relacionadas a ela, nesse caso a visita
domiciliar. A participação nas visitas foi durante o período de Agosto de 2010 à
Fevereiro de 2011. RESULTADOS: Verificou-se que as atividades de educação em
saúde para o auto cuidado desenvolvidas durante a visita domiciliar, contribuíram como
objeto de investigação para o aprendizado teórico-prático e familiarização com o tema
em estudo. Esta oportunidade permitiu reconhecer e identificar as necessidades das
famílias que foram acompanhadas, além de aprender e participar das estratégias de
intervenção ajustadas a realidade para o desenvolvimento de ações em saúde.
CONCLUSÃO: A visita domiciliar nos mostrou a importância dos trabalhos
desenvolvidos pelas equipes de Saúde da Família para a aproximação entre profissionais
da saúde com os usuários, estabelecendo interação de informações e aproximando
realidades, baseadas na prática assistencial, sendo subsídio também para experiências
práticas dos acadêmicos na promoção e prevenção da saúde.
Palavras- chave: visita domiciliar, Enfermagem, Saúde da Família
_________________________________
1Estagiário do 8º de Enfermagem na Universidade Federal do Maranhão-UFMA, bolsista do PETSaúde/Saúde da Família; Email: [email protected]
2 Graduanda do 7º período em Enfermagem na Universidade Federal do Maranhão-UFMA; voluntária do
PET-Saúde/Saúde da Família;E-mail:[email protected]
3 Enfermeira da Estratégia Saúde da Família, preceptora do PET-Saúde/Saúde da Família;E-mail:
[email protected]
4 Enfermeira da Estratégia Saúde da Família, preceptora do PET-Saúde/Saúde da Família;E-mail:
[email protected]
5 Enfermeira, profª. Drª. do Departamento de Enfermagem da Universidade Federal do Maranhão –
UFMA;coordenadora do PET-Saúde/Saúde da Família.E-mail: [email protected]
RELATO DE EXPERIÊNCIA: ASSISTÊNCIA DE ENFERMAGEM A
UMA GESTANTE DE ALTO RISCO.
Caius César Araújo Melo 1, Lana Carla de Souza Mendes2, Lucian da Silva Viana3,
Thamires Pestana Sousa4, Rodrigo Lira Sousa Lima5, Lena Maria Barros6 .
INTRODUÇÃO: Toda gestação traz em si mesmo risco para a mãe ou para o feto. No
entanto, em pequeno número delas esse risco está muito aumentado e é então incluído
entre as chamadas gestações de alto-risco. Desta forma, pode-se conceituar gravidez de
alto risco aquela na qual a vida ou saúde da mãe e/ou do feto e/ou do recém-nascido,
têm maiores chances de serem atingidas que as da média da população considerada.
Entre as condições que caracterizam a gravidez como de alto risco, disposta no Manual
Técnico de Gestação de Alto Risco do Ministério da Saúde, encontram-se o
Crescimento intrauterino retardado e às doenças infecciosas como a Sífilis.
OBJETIVOS: Aplicar a Metodologia da Assistência de Enfermagem através da
implementação do processo de enfermagem baseados nos diagnósticos de NANDA e
nas intervenções de NIC. METODOLOGIA: Relato de experiência realizado no
Hospital Universitário Unidade Materno Infantil da Universidade Federal do Maranhão
no período de 04 a 08 de Abril de 2011. Foi eleito o modelo proposto, associado à
Taxonomia Diagnóstica da NANDA, 2010. Em seguida, foram estabelecidas
intervenções de enfermagem segundo nomenclaturas padronizadas de acordo com a
Classificação das Intervenções de Enfermagem (NIC). Os dados foram coletados
através de entrevista, exame físico e consulta aos registros de prontuário.
RESULTADOS: Os diagnósticos identificados nas fases pré e pós-operatória segundo a
NANDA (2010) foram: estilo de vida sedentário, ansiedade, dentição prejudicada,
amamentação eficaz , risco de infecção, dor aguda, .integridade da pele prejudicada,
disposição para o conhecimento aumentado. As intervenções de enfermagem conforme
NIC dentre outras foram: Orienta quanto aos benefícios de praticas esportivas; Explicar
todos os procedimentos, inclusive de acordo com o comportamento do paciente possa
ter durante o procedimento; Encaminhar para especialista em busca de um tratamento
adequado; Corrigir conceitos errôneos, informações incorretas e dados imprecisos sobre
aleitamento materno; Ensinar aos pais habilidades de cuidados ao recém-nascido;
Examinar a pele a condição de qualquer incisão cirúrgica/ferida; Assegurar que o
paciente receba cuidados precisos de analgesia; Oferecer informações sobre a dor, como
suas causas, tempo de duração e desconfortos decorrentes de procedimentos; Ensinar
princípios de controle da dor; Orientar repouso nas primeiras horas após procedimento
cirúrgico. CONCLUSÃO: Por meio deste estudo houve uma aproximação maior da
aplicação principalmente no que diz respeito à caracterização do diagnóstico de
enfermagem de acordo com NANDA, as intervenções de Enfermagem segundo NIC em
uma gestante de alto risco. Possibilitou também um acompanhamento diferenciado da
paciente por meio de um estudo de suas causas, manifestações clínicas, complicações e
tratamento, e nos demonstrou grande importância, já que nos permitiu vivenciar uma
das atividades do enfermeiro à medida que o conteúdo teórico sobre a assistência de
enfermagem foi posto em prática.
Palavras-chave: Gestação de Alto Risco x Diagnósticos de Enfermagem x Intervenções
de Enfermagem
______________________________
1,2,3,4 ,5 – Alunos do curso de Enfermagem da Universidade Federal do Maranhão
6 – Prof.ª Msc. do Departamento de Enfermagem da Universidade Federal do Maranhão
E-mail do relator: [email protected]
RELATO DE EXPERIÊNCIA: ATIVIDADES DE PLANEJAMENTO EM
UMA UNIDADE BÁSICA DE SAÚDE
NOLÊTO, Felipe Barros¹; SARAIVA, Adriana Laís Oliveira Saraiva²; ARAUJO, Neria
Veanne Sousa Silva³; SOUSA, Jordana de Moura e4; ROLIM, Isaura Letícia Tavares
Palmeira5
INTRODUÇÃO: A atenção primária é considerada como a porta de entrada do SUS
com o intuito de atender à maioria dos problemas de saúde da população. Para toda e
qualquer prática de assistência de saúde, faz-se necessário, que os profissionais sejam
previamente capacitados e se identifiquem com as questões sociais com as quais irão se
deparar ao longo de sua jornada de trabalho. Partindo desse pressuposto, o PETSAÚDE/ Saúde da Família, programa que tem como objetivo a educação pelo trabalho,
com ações de intersecção direcionadas ao fortalecimento da atenção básica e da
vigilância em saúde de acordo com os objetivos do SUS, proporciona a acadêmicos de
Enfermagem e Medicina a oportunidade de vivenciar e obter diversas experiências em
atividades educativas que são desenvolvidas em Unidades Básicas de Saúde.
OBJETIVOS: Relatar as experiências adquiridas com as atividades educativas que são
desenvolvidas na Unidade de Saúde da Família Vila Embratel através da participação no
PET-SAÚDE/Saúde da Família. METODOLOGIA: Relato de experiência tendo como
referencial a familiarização do aluno com a atenção básica através da participação em
atividades educativas organizadas na Unidade. O desenvolvimento das atividades
ocorreu no período de Agosto de 2010 à Abril de 2011 na Unidade de Saúde Vila
Embratel. RESULTADOS: Durante a participação no PET-SAÚDE nesse período
houve o desenvolvimento das seguintes atividades: semana do idoso, caminhada na
Avenida Litorânea no dia mundial do diabetes, comemoração do dia do idoso na
Unidade com lanches, sorteios e explanação sobre qualidade de vida, palestras sobre
DST‟s, hipertensão arterial, diabetes, dengue e tuberculose nas escolas da comunidade
visando a educação em saúde, confecção de materiais educativos sobre câncer para
apresentação na comemoração do dia mundial da saúde, curso de capacitação em
vacinas para ACS‟s. Essas atividades evidenciaram uma diversidade no cotidiano da
Unidade de Saúde da Família. Demonstrando como se pode ser empenhado na
construção de novas formas de produzir saúde, promovendo ações de caráter individual
e coletivo, bem como realizando atividades que interligam o centro de saúde com a
família. CONCLUSÃO: As atividades de planejamento desenvolvidas nesta unidade de
saúde possibilitaram ao aluno uma visão ampliada e a vivência no que realmente é
preconizado pelo Ministério da saúde para o ESF, além de proporcionar uma verdadeira
integração entre dois eixos norteadores: a educação e a saúde.
Palavras-chave: Atenção básica, Saúde da Família, Atividades
__________________________________
1Estagiário do 8º de Enfermagem na Universidade Federal do Maranhão-UFMA, bolsista do PETSaúde/Saúde da Família; Email: [email protected]
2 Graduanda do 7º período em Enfermagem na Universidade Federal do Maranhão-UFMA; voluntária do
PET-Saúde/Saúde da Família;E-mail:[email protected]
3 Enfermeira da Estratégia Saúde da Família, preceptora do PET-Saúde/Saúde da Família;E-mail:
[email protected]
4 Enfermeira da Estratégia Saúde da Família, preceptora do PET-Saúde/Saúde da Família;E-mail:
[email protected]
5 Enfermeira, profª. Drª. do Departamento de Enfermagem da Universidade Federal do Maranhão –
UFMA;coordenadora do PET-Saúde/Saúde da Família.E-mail: [email protected]
RELATO DE EXPERIÊNCIA: VIVENCIANDO A CAMPANHA DE
VACINAÇÃO CONTRA GRIPE
COSTA, Andréa de Jesus Sá Costa¹; SILVA, Elza Lima da²; REIS, Bianca de Jesus
Coelho³; SOUSA, Jordana de Moura³ ; AZEVEDO, Paula Maria Bezerra Aragão³;
PEREIRA, Tayane Cristina Araújo³
INTRODUÇÃO: A Campanha de Vacinação contra gripe tem como objetivo principal à
redução da morbimortalidade e as internações advindas da ação do vírus influenza nos
grupos considerados prioritários, tais como: pessoas com idade a partir de 60 anos,
crianças de 6 meses a menores de 2 anos, gestantes, trabalhadores de saúde e povos
indígenas. A estimativa nacional de imunização é de 29,8 milhões de pessoas, enquanto
no Estado do Maranhão é de 932.013 pessoas, e em São Luís 118.598 pessoas, sendo
que, a meta no Estado é imunizar 80% da população alvo. No dia de Mobilização
Nacional, dia 30 de Abril, estavam previstos 1700 postos de vacinação, incluindo
igrejas, praças, comércios e outros. A vacina influenza apresenta as seguintes
composições: Vírus similar ao vírus influenza A/Califórnia/7/2009 (H1N1), Vírus
similar ao vírus influenza A/Perth/16/2009 (H3N2), Vírus similar ao vírus influenza
B/Brisbane/60/2008. Os vírus da Influenza pertencem a família Ortomixovírus e
subdividem-se em três tipos: A, B e C. A transmissão do vírus pode ocorrer de forma
direta, por gotículas de pessoas infectadas através de espirros ou tosses; ou da forma
indireta, contato com superfície infectadas com o vírus. OBJETIVO: Relatar à
experiência das ações de Vigilância Epidemiológica, sobre o Programa Nacional de
Imunizações. METODOLOGIA: Trata-se de um relato de experiência, realizado no dia
D da Campanha de Vacinação Contra Gripe, 30 de Abril de 2011, no bairro Vila
Embratel. Além da imunização na Unidade Básica de Saúde houve a descentralização
da vacinação em vários pontos estratégicos da comunidade, visando englobar o maior
número pessoas do grupo prioritário. O cenário do presente estudo foi um clube de lazer
da comunidade local. RESULTADOS: O estudo aborda 19 pessoas submetidas à
imunização contra a Influenza. No período compreendido das 8h 30 min às 12h houve o
comparecimento de 14 pessoas, sendo que 6 possuíam a idade acima de 60 anos; 3
gestantes; 4 crianças de idade inferior a 2 anos e 1 trabalhador da área da saúde.
Entretanto no período da 12h às 16 h houve redução no comparecimento da população
ao local, totalizando 5 pessoas, sendo 1 com idade acima de 60 anos e 4 crianças com
idade inferior a 2 anos. Por meio do presente estudo foi possível vivenciar a atuação da
enfermagem na prevenção primária; pode-se também observar o comparecimento
reduzido da população aos pontos de vacinação, dificultando assim uma interação de
âmbito maior com a comunidade. CONCUSÃO: Foi possível vivenciar a dinâmica de
ação da Vigilância Epidemiológica, no âmbito preventivo, durante o Dia D da
Campanha de Vacinação contra gripe, do Programa Nacional de Imunização bem como,
adquirir habilidades técnicas ao somar conhecimento teórico e prático.
Palavras chaves: Imunização; Influenza; Campanha
___________________________________
1
Acadêmica do Curso de Enfermagem da Universidade Federal do Maranhão/UFMA/ E-mail:
andré[email protected]
² Professora Mestre do Curso de Enfermagem da Universidade Federal do Maranhão/UFMA/
³Acadêmica do Curso de Enfermagem da Universidade Federal do Maranhão/UFMA
³ Enfermeira da Estratégia Saúde da Família; especializada em Estratégia da Família e em Urgência e
Emergência
³
Acadêmica do Curso de Enfermagem da Universidade Federal do Maranhão/UFMA
³
Acadêmica do Curso de Enfermagem da Universidade Federal do Maranhão/UFMA
³
Acadêmica do Curso de Enfermagem da Universidade Federal do Maranhão/UFMA
REVISÃO BIBLIOGRÁFICA:
A INFLUÊNCIA DO
AMBIENTE
FAMILIAR NO PACIENTE COM TRANSTORNO BIPOLAR¹
ERICEIRA, Vanessa Virginia Lopes²; MARTINS, Vicenilma de Andrade²; SANTOS,
Vandiel Barbosa²; SOUSA, Anderson Pereira²; OLIVEIRA: Poliana Soares de³
INTRODUÇÃO: O „‟CID10‟‟ define o Transtorno Afetivo Bipolar como sendo um
transtorno caracterizado por dois ou mais episódios nos quais o humor e o nível de
atividade do sujeito estão profundamente alterados. Estima-se que 1% da população
brasileira é acometida pelo transtorno bipolar. Não existe cura para o transtorno bipolar,
porém com o diagnóstico precoce aliado a um tratamento adequado, o paciente pode levar
uma vida saudável. Para a Enfermagem Psiquiátrica, conhecer o processo de acolhida do
paciente no ambiente familiar mostra-se cada vez mais importante para o processo do
cuidar, porque a reincidiva do quadro, a reinserção do paciente na sociedade, a relação
enfermeiro - paciente - família depende também dessa influência do ambiente familiar.
OBJETIVO: Demonstrar a influência do ambiente familiar no transtorno bipolar;
Demonstrar os principais problemas enfrentados pelos familiares e pacientes bipolares
no processo de acolhida; Demonstrar a importância do relacionamento familiar para o
paciente bipolar; Analisar dados existentes sobre a acolhida do paciente no ambiente
familiar. METODOLOGIA: Trata-se de uma revisão bibliográfica, cujos dados foram
coletados através do levantamento das produções científicas sobre ambiente familiar,
transtorno bipolar, produzidas entres os anos de 2001 e 2008. A base utilizada para a
coleta de dados foi a Literatura Latino-Americana e do Caribe em Ciências da Saúde
(LILACS) e o Google Acadêmico, e os descritores utilizados foram: família e transtorno
bipolar. Os conteúdos temáticos encontrados nos resumos dos trabalhos foram
categorizados em: “O impacto do transtorno afetivo bipolar na família”, “Ajuste social
em pacientes com transtorno afetivo bipolar, unipolar, distimia e depressão dupla” e „‟
Transtorno bipolar e o uso indevido de substâncias psicoativas‟‟. RESULTADOS: O
estudo mostrou que o ambiente familiar é um dos fatores nos quais afetam o quadro
clínico do paciente, ocasionando prejuízos na qualidade de vida, dificultando
ajustamento social, o seu tratamento. Trabalhos mostraram que a dinâmica familiar
conflituosa, permeada por sentimentos hostis e presença excessiva de críticas,
desencadeiam mau ajustamento psicossocial nos pacientes com transtornos do humor;
Possivelmente o quadro clínico fica instável, havendo uma reincidiva de novos
episódios. (Revista Brasileira de Psiquiatria, 2001) CONCLUSÃO: O ambiente familiar
de pacientes com transtorno bipolar é tido como fator que afeta o início e o curso desse
transtorno. O ambiente familiar, permeado de sentimentos negativos, funciona como
forte fator estressante e desencadeador de novos episódios, os quais, muitas vezes, os
conduzem a internações e constantes rupturas com o meio social, trabalhista e familiar.
Cabe aos profissionais de enfermagem possuir uma visão holística, possibilitando uma
melhor intervenção garantindo uma melhor qualidade de vida pro paciente.
________________________________________________
1
Trabalho desenvolvido por alunos do 5º e 6º período do curso de enfermagem da Universidade Federal
do Maranhão.
2
Acadêmicos do curso de enfermagem da Universidade Federal do Maranhão.
3
Professora Substituta do Departamento de Enfermagem da Universidade Federal do Maranhão,
Especialista em Saúde Mental.
Email do relator: [email protected]
RISCO
CIRÚRGICO
EM
PACIENTES
HIPERTENSOS:
UMA
AVALIAÇÃO CRITERIOSA.
QUEIROZ, Sousa de Janayna Karla ¹; CASTRO, de Edson Ferdinand2 ; FERREIRA,
Costa Thayane3; PEREIRA, Sampaio Odineilce4 ; FIGUEREDO, Rosario do Adriana5 ;
JÚNIOR, Macedo de Ferreira Bernardino6
INTRODUÇÃO: A hipertensão é uma doença assintomática que se caracteriza por uma
elevação anormal da pressão sangüínea sistólica arterial, em repouso, acima de 140 mm
Hg e/ou a elevação da pressão sangüínea diastólica acima de 90 mm Hg. Normalmente,
suas complicações podem levar ao comprometimento do coração, rins, cérebro, olhos e
das artérias. O paciente hipertenso deve ser minuciosa e cuidadosamente avaliado no
pré-operatório pela equipe médica no papel do anestesiologista e equipe de
Enfermagem. Além de sua doença de base, devem ser pesquisadas comorbidades e
possíveis lesões em órgãos alvo, principalmente isquemia coronariana e disfunção
ventricular. Não se pode, também, deixar de valorizar o nível de estresse e ansiedade do
paciente no pré-operatório, onde o plano de cuidados do Enfermeiro deve ser
direcionado e eficaz, já que este fato contribui para a elevação da pressão arterial na
cirurgia. OBJETIVOS: Compreender os riscos cirúrgicos para o paciente hipertenso
para melhor planejamento e execução de atividades voltadas ao cuidado, prevenção e
possíveis complicações no perioperatório, principalmente a elevação dos níveis
pressóricos durante a anestesia e no pós-operatório. METODOLOGIA: Revisão
bibliográfica e busca de artigos em bancos de dados: Scielo, Bireme e Google
Acadêmico. RESULTADOS: A avaliação do risco cirúrgico do paciente hipertenso está
muito mais relacionada com os antecedentes de gravidade e complicações da HAS que
com os valores da pressão arterial obtidos na hospitalização para cirurgia. A Anamnese
e exame clínico realizados de maneira cuidadosa e minuciosa pelo Enfermeiro, aliados a
exames subsidiários essenciais para detectar lesão de órgãos-alvo são de grande
importância na avaliação do risco operatório do paciente hipertenso. A abordagem
adequada dessas variáveis poderá evitar o uso inadequado ou desnecessário de drogas
anti-hipertensivas e evitará possíveis complicações no perioperatório. CONCLUSÃO:
Conclui-se deste estudo, que o risco cirúrgico da HAS isoladamente não é
tão significativo. No entanto, quando este está associado a existência de lesão de
órgãos-alvo, o risco é ampliado de acordo com a severidade do envolvimento do órgão e
a magnitude do ato cirúrgico, levando-se em consideração o estado psicológico do
paciente e o tipo de anestesia aplicada. Palavras-chave: Cirurgia, Hipertensão, Risco,
Equipe.
_________________________________
1
Acadêmica de Enfermagem – UFMA. 6° período. Participante do Grupo de Tecnologia do Cuidado
GRUETEC e Liga de Hipertensão Arterial – LHA. E-mail: [email protected]. 098 8733-5528.
2
Médico Anestesiologista. Professor do Departamento de Enfermagem – UFMA.
3
Acadêmica de Enfermagem – UFMA. 7° período. Participante da Liga Acadêmica de Diabetes
Obesidade – LADO e Liga de Ginecologia e Endocrinologia – LAGEC.
4
Acadêmica de Enfermagem –UFMA. 7° período. Voluntária do PET/Saúde da Família- UFMA
Voluntária do PIBIC.
5
Acadêmica de Enfermagem –UFMA. 7° período. Participante do Projeto de Extensão Saúde da Pele
Grupo de Estudo de Saúde do Adulto – GEPSA.
6
Acadêmico de Enfermagem –UFMA. 7° período. Participante da Liga de Hipertensão Arterial- LHA.
–
e
e
e
ROTINAS DE UMA CENTRAL DE MATERIAL E ESTERILIZAÇÃO,
EM UM HOSPITAL UNIVERSITÁRIO DE SÃO LUIS/MA.
Caius César Araújo Melo 1, Lana Carla de Souza Mendes2, Lucian da Silva Viana3,
Thamires Pestana Sousa4, Joaquim Alves da Costa Júnior5, Elza Lima da Silva6.
INTRODUÇÃO: A Central de Material Esterilizado (CME) é o conjunto de áreas
destinadas à recepção, limpeza, preparo, esterilização, guarda e distribuição do material
a todos os departamentos de um hospital. As diferentes áreas do CME devem ser
distribuídas de forma a permitir um fluxo de trabalho progressivo, em linha reta e
sequencial, do expurgo até a área de distribuição, com o objetivo de reduzir as
possibilidades de contaminação. OBJETIVOS: Observar as rotinas básicas da Central
de Material e Esterilização do Hospital Universitária Presidente Dutra. Aperfeiçoando
os conhecimentos sobre CME adquiridos enquanto acadêmico. Acompanhar os
procedimentos de limpeza, desinfecção, preparo, esterilização, acondicionamento e
distribuição de materiais. METODOLOGIA: Trata-se de um estudo transversal e
ecológico , realizado na Central de Material e Esterilização, lotada no Hospital
Universitário Unidade Presidente Dutra (HUUPD), no período de 14 a 19 de Outubro de
2010, durante a realização do Estágio Curricular de Enfermagem em Centro Cirúrgico.
Para coleta de dados foi realizado a observação das rotinas do setor e consultas ao
Protocolo de Operacional Padrão (POP) da CME. RESULTADOS: Ao serem recebidos
no expurgo, os artigos são encaminhadas para a limpeza sob água corrente fria ou
morna, utilizando escovas com cerdas de nylon resistentes e com detergentes,
preferencialmente neutros ou produtos enzimáticos. A desinfecção, logo em seguida, é
realizada por meio físico, através da água quente (60 a 90°C) ou em ebulição e pelo
meio químico, através de produtos denominados de desinfetantes (Hipoclorito de sódio
a 0,5%). Após a desinfecção ocorre o preparo do artigo e consideração sobre sua
classificação em: crítico, semi- crítico e não críticos, o seu peso e sua rotatividade, este
procedimento é indicado para todos os materias processados pela CME de uso diversos
setores do HUPD. Em seguida, ocorre o processo de Esterilização. No estabelecimento
de saúde HUPD, existem 3 autoclaves ( duas funcionam a vapor e uma a eletricidade ) e
uma unidade de esterilização rápida (flash sterilitation). Por fim os materias são
armazenados e guardados, seguindo rigorosamente os cuidados para manter sua
integridade. A Distribuição é o processo de entrega dos materias acondicionados na
CME para os diversos setores. CONCLUSÃO: Entende-se que é necessária uma correta
atuação da equipe de enfermagem durante os processos de limpeza, preparo,
esterilização, guarda e distribuição do material, compreendendo também a importância
de que seja uma atividade realizada com responsabilidade, visto que, o cuidar do
paciente também se reflete na Central de Material e Esterilização.
Palavras- chave: Enfermagem x Central de Material e Esterilização x Rotinas
____________________________________
1,2,3,4,5 – Alunos do curso de Enfermagem da Universidade Federal do Maranhão
6 – Prof.ª Msc. do Departamento de Enfermagem da Universidade Federal do Maranhão
E-mail do relator: [email protected]
SÍNDROME DE BURNOUT: entre os profissionais de um hospital em
Santa Inês – MA
ROCHA, Tânia Pavão Oliveira;ABREU, Jerusa Emídia Rôxo de; AQUINO, Dorlene
Maria Cardoso; BARBOSA, Sara Moreira; MORAIS, Cintia Daniele Machado de;
BARROS, Walna Luisa
INTRODUÇÃO. Segundo Lima (2004) Burnout é uma síndrome de exaustão
emocional, despersonalização e reduzida realização que pode ocorrer entre indivíduos
que trabalham com pessoas. Trata – se de um problema que afeta principalmente os
trabalhadores encarregados de cuidar de outros (caregivers), como profissionais da área
da educação, saúde, etc., que possuem intenso e constante contato interpessoal.
OBJETIVOS. Caracterizar como ocorre a síndrome de burnout, bem como sua
repercussão
nos
aspectos
biopsicossociais
em profissionais
de
enfermagem
(enfermeiros, técnicos e auxiliares) de um hospital da rede pública do município de
Santa Inês. METODOLOGIA. Delineamento da pesquisa. Trata-se de uma pesquisa
exploratória, descritiva e bibliográfica. Local da pesquisa. A pesquisa foi realizada no
período de agosto a setembro de 2010 em um hospital de referência de Santa Inês –
MA, o Hospital Municipal Thomas Martins, onde possui atendimento de urgência e
emergência, nas mais variadas especialidades. População e amostra. A população foi
composta pelos profissionais de enfermagem do Hospital Tomaz Martins, totalizando
29 entrevistados no período de agosto a setembro de 2010. Resultados. Quanto à
profissão, 65,5% são técnicos; 27,5% são enfermeiros; e 7% são auxiliares de
enfermagem. Quanto aos sinais/sintomas de Burnout encontrados no grupo de estudo o
verdadeiro produtor do Burnout é o ambiente de trabalho, as condições e a organização
do trabalho. A equipe mais afetada pela síndrome é a dos auxiliares de enfermagem,
pois todos (100%) estão com exaustão emocional; e 50% em baixo rendimento
profissional. Seguido pelos técnicos com 57,9% em exaustão emocional; 36,9% em
baixo rendimento profissional; e 21% em despersonalização. Por último os enfermeiros
com 50% em exaustão emocional; 25% em despersonalização; e 12,5% em baixo
rendimento. Outro fator desencadeante da síndrome refere-se ao sofrimento do paciente,
41,1% diz que sofre junto com os pacientes; 11,7% ficam deprimidos e penalizados;
17,7% diz que estar acostumado com a situação, e somente 29,5% não se envolve
diretamente com o sofrimento dos pacientes. Conclusão. Os resultados confirmam que
uma grande parte dos pesquisados apresentam sinais e sintomas característicos do
burnout, bem como as suas respectivas dimensões que explicitamos. A equipe apontou
várias dificuldades que enfrenta na instituição, incluindo conflitos interpessoais,
deficiência de pessoal e material. A maioria relatou que a sobrecarga de trabalho, as
precárias condições do ambiente hospitalar, material insuficiente e inadequado, e
relacionamento grupal deficiente como os principais fatores desencadeantes da
síndrome. Desta forma é preciso identificar caminhos para modificar essa realidade,
sendo fundamental que a prevenção e o tratamento do burnout sejam abordados como
problema coletivo e organizacional e não como um problema individual.
Palavras-chave: Síndrome de Burnout. Enfermagem. Ambiente Hospitalar
________________________________
¹Enfermeira do Hospital Universitário Presidente Dutra(HUPD)e da Estratégia Saúde da
Família(SEMUS), mestranda em Ciências da Saúde.
2Enfermeira do Hospital Universitário Presidente Dutra(HUPD)e da Estratégia Saúde da
Família(SEMUS), Preceptora do PET Saúde da Família, mestranda em Saúde e Ambiente.
3Enfermeira Doutora em Patologia Humana pela UFBA, professora da Universidade Federal do
Maranhão – UFMA, Coordenadora da árvore do PET Saúde da Família.
4
Enfermeira da Estratégia Saúde da Família do Município de Rosário - MA.
5
Graduanda de Enfermagem, do 5º Período da UFMA.
6
Graduanda de Enfermagem, do 8º Período da UFMA.Voluntária do PET Saúde da Família.
e-mail: [email protected]
SÍNDROME ALCOÓLICA FETAL
OLIVEIRA, Bruna da Silva1 ; SILVA, Clarissa Galvão da2; MACHADO, Larissa
Rodrigues3; SILVA, Kely Nayara dos Reis4 ; BRAGA, Lorena Carvalho5; LOPES,
Maria Lúcia Holanda6
Introdução: A Síndrome Alcoólica Fetal (SAF) é caracterizada por déficit de
crescimento, malformações e evidência de anormalidades do sistema nervoso central,
alterações comportamentais e/ou de aprendizado, que podem ser irreversíveis e levar à
dependência de álcool e de outras drogas. A síndrome alcoólica fetal (SAF), os defeitos
congênitos relacionados ao álcool e as desordens de neurodesenvolvimento relacionadas
ao álcool são abrangidos pelo FASD (espectro de desordens fetais alcoólicas), sendo a
SAF a mais grave. Tal síndrome foi observada e descrita, primeiramente, na França e,
posteriormente, ratificada em trabalhos científicos nos EUA. No Brasil, as primeiras
referências à SAF foram feitas em meados da década de 1980, despertando a atenção
para a importância e gravidade do problema. Quando a gestante ingere bebidas
alcoólicas, seu filho também o faz, pois o álcool ingerido atravessa a placenta e a
imaturidade e os baixos níveis de enzimas fetais tornam o metabolismo e a eliminação
do álcool mais lentos, levando a uma maior exposição do feto. Durante a gestação,
qualquer dose de álcool consumido poderá levar a alterações do desenvolvimento. A
probabilidade de acometimento do recém-nascido e a gravidade da síndrome dependerão da dose de álcool consumida pela gestante, seu padrão de consumo, metabolismo e
da alcoolemia materna e fetal, saúde materna, período gestacional de exposição fetal e
suscetibilidade genética fetal. Atualmente, ainda não é conhecido um nível seguro de
consumo de bebida alcoólica durante a gravidez, por esta razão, gestantes devem ser
alertadas para a completa abstenção do álcool. Objetivo: Elaborar uma revisão de
literatura sobre o consumo de álcool pela gestante e suas repercussões no filho.
Metodologia: Foi realizado levantamento bibliográfico da literatura por meio de busca
nas bases de dados Medline, LILACS, na plataforma SciELO. As palavras-chave
utilizadas foram: “gestante”, “álcool”, “alcoolismo”, “síndrome alcoólica fetal”.
Resultado: O alcoolismo é mal diagnosticado na gravidez pelo despreparo dos
profissionais de saúde em investigá-lo adequadamente e pelo maior preconceito social
na gestação, levando a grávida a encobri-lo. Fatores como a baixa idade, menor
escolaridade, baixa renda mensal, não coabitação com o companheiro, coabitação com
consumidores de álcool, tabagismo, uso de drogas ilícitas, gravidez não-planejada,
início tardio do pré-natal e menor número de consultas no pré-natal associam-se ao
consumo de álcool pelas gestantes. Conclusão: Para efeito positivo no caso da síndrome
alcoólica fetal (SAF), os profissionais da saúde têm a obrigação de prevenir as lesões
que o álcool pode causar ao concepto, além de realizar o diagnóstico precoce seguido
das intervenções necessárias. É preciso que todas as pessoas que fazem parte do
processo de crescimento e de desenvolvimento destas crianças sejam elas pais,
professores ou cuidadores, se envolvam de forma integral na assistência das suas
desabilidades. O governo e a população devem se unir no planejamento e execução de
medidas que previnam e minimizem todas as consequências fetais do consumo de
álcool pelas gestantes.
UNITERMOS: Síndrome Alcoólica Fetal; Alcoolismo; Gestante.
______________________________
1
Aluna do quarto período de graduação do curso de Enfermagem da Universidade Federal do Maranhão
– UFMA, integrante do Grupo de Estudo em Tecnologia do Cuidado em Enfermagem (GRUETEC) e
voluntária do Projeto de pesquisa “Avaliação da Pressão Arterial de Crianças e Adolescentes”. Endereço:
[email protected]
2
Aluna do quinto período de graduação do curso de Enfermagem da Universidade Federal do Maranhão –
UFMA, voluntária do PET-Saúde/Saúde da Família/UFMA e membro efetivo da Liga Acadêmica de
Diabetes e Obesidade.
3
Aluna do quinto período de graduação do curso de Enfermagem da Universidade Federal do Maranhão UFMA e voluntária do PET-Saúde/Saúde da Família/UFMA.
4
Aluna do quinto período de graduação do curso de Enfermagem da Universidade Federal do Maranhão
– UFMA, voluntária do PET-Saúde/Saúde da Família/UFMA e membro efetivo da Liga Acadêmica de
Diabetes e Obesidade.
5
Aluna do quinto período de graduação do curso de Enfermagem da Universidade Federal do Maranhão –
UFMA.
6
Enfermeira, Mestre em Enfermagem e Professora do Departamento de Enfermagem da UFMA.
SISTEMATIZAÇÃO
DA
ASSISTÊNCIA
DE
ENFERMAGEM
À
PACIENTE SUBMETIDA À CISTOLITOTOMIA
Rômulo Luiz Neves Bogéa¹, Marcos Ronad Mota Cavalcante¹, Taísa Rocha Berrêdo¹,
Santana de Maria A. Sousa².
Introdução: Litíase é a formação de cálculo no trato urinário – bexiga, ureteres e, mais
comumente, rins. A Cistolitíase ou Litíase Vesical é a presença de cálculo na bexiga
urinária. O cálculo pode se formar a partir do depósito de substâncias cristalinas como
oxalato de cálcio, fosfato de cálcio e ácido úrico ou pela ausência de substâncias que
impedem a cristalização na urina como citrato e magnésio. Objetivo: Sistematizar a
Assistência de Enfermagem à paciente submetida à Cistolitotomia, aplicando o
diagnóstico de enfermagem de Wanda de Aguiar Horta. Metodologia: Trata-se de um
estudo qualitativo descritivo realizado na clínica cirúrgica do HUUPD em São Luís –
MA, no período de 10/06 a 16/06 de 2010, utilizando-se histórico de enfermagem
padronizado pelo Hospital. Esse estudo baseou-se segundo o processo de enfermagem
de Wanda Horta, constituído por seis fases: histórico de enfermagem, diagnóstico de
enfermagem, plano assistencial, plano de cuidados ou prescrição de enfermagem,
evolução e prognóstico, com o intuito de proporcionar uma assistência integral e
adequada às necessidades da paciente. O estudo de caso foi realizado após autorização
da paciente por meio do termo de consentimento livre e esclarecido. Resultados:
Paciente J.J.T., 27 anos, sexo feminino, solteira admitida no Hospital Dutra no dia
10/06/10 com diagnóstico médico de Cistolitíase submetida à Cistolitotomia. No
Diagnóstico de Enfermagem, puderam ser observadas as seguintes Necessidades
Humanas Básicas Afetadas no Pré-Operatório – Percepção Dolorosa, Integridade
Cutâneo-Mucosa, Locomoção, Hidratação e Nutrição. No Pós-Operatório – Percepção
Dolorosa, Integridade Cutâneo-Mucosa, Regulação Hidroeletrolítica, Hidratação,
Eliminação, Nutrição e Locomoção. O Plano Assistencial consiste em – Fazer aferição
de Sinais Vitais, Administração de Medicações, Curativo de Ferida Operatória, Troca de
Soro Glicosado, Curativo de Inserção de Dreno; Ajudar na Deambulação e Mudança de
Decúbito; Orientar Quanto ao Procedimento Cirúrgico, Dieta, Hidratação e Repouso;
Supervisionar Estado Clínico, Nutrição, Eliminação, Dreno, Soro Glicosado e Ferida
Operatória. A paciente foi acompanhada no período de 11/06/10 à 16/06/10 evoluindo
para melhora do quadro clínico. O Prognóstico foi de alta hospitalar com dependência
parcial da enfermagem para a retirada de pontos da incisão e orientação quanto ao
acompanhamento terapêutico, autocuidado, repouso e ingesta hídrica para evitar
recidiva. Conclusão: Pôde-se observar a importância da sistemática na aplicação da
assistência de Enfermagem durante todo o período de internação da paciente,
identificando o papel e a autonomia do profissional de enfermagem nesse processo de
cuidar. Além de obter mais conhecimento sobre o processo saúde-doença na litíase
vesical.
Palavras-Chave: Enfermagem – Litíase Vesical – Litíase
_________________________________
1
Aluno do Curso de Enfermagem da Universidade Federal do Maranhão. Relator. E-mail:
[email protected]
¹ Aluno do Curso de Enfermagem da Universidade Federal do Maranhão
2
Enfermeira, Profª Dr.ª do Departamento de Enfermagem da Universidade Federal do Maranhão.
SISTEMATIZAÇÃO DA ASSISTÊNCIA DE ENFERMAGEM A UM
PACIENTE ESPLENECTOMIZADO-RELATO DE EXPERIÊNCIA
Mirian da Silva Maia¹; Isys Fialho Nascimento ; Marcos Ronad Mota Cavalcante3;
Líscia Divana Pachêco Carvalho 4
Introdução: O baço é um órgão de estrutura complexa, possui múltiplas funções, o que
explica sua participação em grande número de condições patológicas de diversos tipos.
A esplenomegalia é causada por diversos motivos como doenças infecciosas, resposta
imune à infecção, neoplasia e amiloidose que afetam a atividade do órgão. A
esplenectomia é um procedimento cirúrgico indicado como forma de tratamento para
distúrbios relacionados ao trauma, púrpura trombocitopênica
imunológica e
hiperesplenismo, e requer atenção especial, na medida em que os indivíduos
esplenectomizados são mais suscetíveis a infecções graves. Objetivo: Descrever a
Sistematização da Assistência de Enfermagem a um paciente esplenectomizado com
diagnóstico médico de massa esplênica aumentada. Metodologia: Relato de experiência
realizado na Clínica Cirúrgica do Hospital Universitário Unidade Presidente Dutra, em
São Luís, Maranhão, no período de 24 de agosto a 10 de setembro de 2010, constando
de entrevista, exame clínico e consulta aos registros de prontuário. O referencial teórico
utilizado foi o modelo conceitual de HORTA (1970), associado à Taxonomia
Diagnóstica da North American Nursing Diagnosis Association –NANDA (2009-2011).
O planejamento e a implementação de enfermagem foram baseados nas intervenções de
enfermagem da Nursing Interventions Classification (NIC) e nos resultados de
enfermagem da Nursing Outcomes Classification (NOC). Foram identificados os dados
mais significativos e foram estabelecidos os diagnósticos de enfermagem de acordo com
a Taxonomia II da NANDA. Os aspectos éticos da pesquisa envolvendo seres humanos
foram respeitados conforme Resolução de n.° 196/96 do Conselho Nacional de Saúde.
Resultados: J.A.S.V., masculino, 50 anos, pardo, motorista, protestante, casado, 2º grau
completo, natural de São Luís-MA. Os diagnósticos de enfermagem identificados
foram: Conhecimento deficiente, Dor crônica, Hipertermia, Negligência unilateral,
Padrão de sono prejudicado, Ansiedade, Dentição prejudicada, Nutrição desequilibrada
menos do que as necessidades corporais, Disposição para estado de imunização
melhorado, Mobilidade física prejudicada, Padrões de sexualidade ineficaz, Padrão
respiratório ineficaz, Risco de quedas, Risco de Trauma e Risco de infecção. Foram
realizadas intervenções de enfermagem aos diagnósticos elaborados: Educação e
Promoção da saúde, Aconselhamento, Redução da ansiedade, Monitoração dos sinais
vitais, Regulação da temperatura, Controle da dor, Controle da nutrição, Promoção de
Exercício, Orientação quanto ao sistema de saúde, Supervisão da pele, Cuidados com o
local da incisão e com o dreno, Proteção contra infecção, Controle do ambiente,
Conforto, Aumento da segurança, Oxigenoterapia, Estímulo à tosse. Conclusão: A
aplicação de uma metodologia da assistência de enfermagem favorece o melhor
planejamento das ações de enfermagem ao permitir a elaboração de cuidados com base
em fundamentos mais sistematizados.
Palavras-chave: Esplenectomia; Assistência de enfermagem; Sistematização.
___________________________________
1,2,3
Acadêmicos. Graduandos do Curso de Enfermagem da Universidade Federal do Maranhão (UFMA).
E-mail para contato: [email protected]
³ Enfermeira. Supervisora de Estágio. Docente da Universidade Federal do Maranhão (UFMA).
SISTEMATIZAÇÃO DA ASSISTÊNCIA DE ENFERMAGEM A UMA
PACIENTE PORTADORA DE ESCLEROSE MÚLTIPLA
Mírian da Silva Maia 18; Isys Fialho Nascimento19; Natália Ribeiro Mandarino 20; Isaura
Letícia Tavares Palmeira Rolim21
Introdução: A esclerose múltipla é uma doença desmielinizante progressiva do SNC,
manifestando-se tipicamente em adultos jovens entre 20 e 40 anos e com maior
freqüência em mulheres. Suas manifestações são diversas, dependendo dos nervos
afetados. As áreas mais afetadas são os nervos ópticos, encéfalo, tronco cerebral,
cerebelo e medula espinhal, e os danos irreversíveis. As estratégias de tratamento têm
como alvo sintomas motores e sensoriais e os efeitos da imobilidade que podem ocorrer.
Objetivos: Descrever a Sistematização da Assistência de Enfermagem a uma paciente
acometida por esclerose múltipla, utilizando os Diagnósticos de Enfermagem da
Taxonomia II da NANDA, as Intervenções de Enfermagem da NIC e os Resultados de
Enfermagem da NOC. Metodologia: Estudo do tipo descritivo desenvolvido junto a
uma paciente diagnosticada com esclerose múltipla internada na Ala B da Clínica
Médica do Hospital Universitário Unidade Presidente Dutra, em São Luís, Maranhão,
durante o período de 16 de novembro a 12 de dezembro de 2010. Etapas: Coleta de
Dados; Diagnósticos de Enfermagem; Planejamento de Enfermagem; Implementação e
Evolução de Enfermagem. A partir dos dados coletados foram estabelecidos
diagnósticos de enfermagem de acordo com a taxonomia II da NANDA;
posteriormente, o planejamento e a implementação de enfermagem, baseados nas
intervenções da Nursing Interventions Classification (NIC) que pudessem levar a
resultados da Nursing Outcomes Classification (NOC) durante sua evolução.
Resultados: Entre os diagnósticos de enfermagem identificados incluíram-se
deambulação prejudicada, risco de quedas, percepção sensorial tátil prejudicada,
18
Acadêmica. Graduanda do 8º período do curso de Enfermagem da Universidade Federal do Maranhão
(UFMA). Endereço de e-mail: [email protected]
19
Acadêmica. Graduanda do 8º período do curso de Enfermagem da Universidade Federal do Maranhão
(UFMA).
20
Enfermeira. Professora Mestra da Faculdade de Enfermagem da Universidade Federal do Maranhão
(UFMA).
21
Enfermeira. Professora Doutora da Faculdade de Enfermagem da Universidade Federal do Maranhão
(UFMA).
interação social prejudicada, controle familiar ineficaz do regime terapêutico e
conhecimento deficiente. Durante a entrevista de enfermagem, a revelação da prática da
automedicação aliada à indicação indevida de medicamentos em estabelecimentos de
venda de fármacos contribuiu para o estado de agravo em que a usuária se encontrava
ao ser internada no hospital universitário. Conclusão: As ações do enfermeiro aliadas a
um instrumento cientificamente respaldado voltado para a assistência permitem a
elaboração de um processo de enfermagem capaz de elevar a qualidade dos serviços de
enfermagem.
Palavras-chave: Sistematização, Esclerose Múltipla, Enfermagem.
SISTEMATIZAÇÃO DA ASSISTÊNCIA DE ENFERMAGEM AO
PORTADOR DE ANEMIA FALCIFORME
MACEDO JÚNIOR, Bernardino Ferreira de1; FARIAS, Áurea Mariana Costa Farias2 ;
SERRA, Rayna Bianca Rodrigues3 ; DIAS, Rosilda Silva4
Introdução: A anemia falciforme é uma anemia hemolítica grave que resulta da herança
do gene da hemoglobina falciforme, tornando a molécula da hemoglobina defeituosa,
assumindo uma forma de foice, rígida e deformada (BRUNNER, 2009). Objetivo:
Aplicar a Sistematização da Assistência de Enfermagem ao portador de Anemia
Falciforme. Metodologia: Relato de experiência de um estudo pautado na assistência
com o referencial teórico das Necessidades Humanas Básicas de Wanda Horta a um
portador de anemia falciforme no período de 02 de junho e 14 de junho de 2010. Nas
práticas da disciplina Saúde do Adulto, no Hospital Universitário Unidade Presidente
Dutra (HUUPD), Clínica Médica, ala masculina. Resultados: E.J.S.f., masculino, negro,
17 anos, 1º grau incompleto, evangélico, natural e residente de Apicum-Açú-MA, com
pai, mãe e 2 irmãos. Diagnosticado portador de anemia falciforme aos 5 anos,
realizando acompanhamento ambulatorial periódico no hemocentro em São Luis-MA.
Internado no HUUPD com icterícia, colúria e artralgia em joelhos, para tratamento
clínico, realizando exames laboratoriais e de imagem. Apresentou como principais
problemas: artralgia em joelho e punho, atraso no desenvolvimento sexual, edema em
joelho, força muscular diminuída, gânglio com sinais floglísticos, icterícia, lesão
maleolar direita, pápulas em região fronto-temporal, baixa auto-estima/auto-imagem,
taquipnéia, expansibilidade torácica de reduzida e tiragem. Prescrições de enfermagem:
F Administrar terapêutica, interação medicamentosa e curativo 1 x ao dia, curva
térmica; A Proporcionar ambiente confortável, na mudança de decúbito e deambulação;
O e S sobre patologia, tratamento, higiene e exercícios respiratórios; E ao nutricionista,
dermatologista, endocrinolista, psicólogo e odontólogo. Conclusão: A experiência do
cuidar permitiu reflexões que extrapolaram as vivenciadas em sala de aula. Por ser uma
patologia não muito comum, que requer atenção à saúde de controle e prevenção de
sintomas bem como educação em saúde ao cliente e a família, o leque para atuações
ampliadas e a Sistematização da Assistência foram essenciais para o cuidado eficaz.
FAOSE: Fazer (F); Ajudar(A); Orientar (O); Supervisionar (S) e Encaminhar (E)
Palavras-chave: Sistematização da assistência; Anemia Falciforme; Enfermagem.
__________________________________
1 Acadêmico de Enfermagem da Universidade Federal do Maranhão. Integrante da Liga de Hipertensão
Arterial – LHA ([email protected])
2 Acadêmica de Enfermagem da Universidade Federal do Maranhão. Bolsista do PET Vigilância em
Saúde - UFMA
3 Acadêmica de Enfermagem da Universidade Federal do Maranhão.Integrante da Liga de Tanatologia THÂNATOS
4 Enfermeira. Professora do Departamento de Enfermagem UFMA
SISTEMATIZAÇÃO DO CUIDADO A UMA PACIENTE COM
DIABETES
GESTACIONAL
EM
UM
HOSPITAL
DE
ALTA
COMPLEXIDADE
FILHO, José Carlos Texeira¹; ANDRADE, Paula Cristina Aroucha² ; ARAÚJO,
Glauciene Rocha de³ ; PEREIRA, Rosely de Brito 4; SILVA, Elza Lima 5
Introdução: O diabetes melito é definido como uma intolerância aos carboidratos de
gravidade variável. É uma condição clínica bastante comum que complica a gravidez,
estima-se que 1 de cada 200 gravidezes é complicada pelo diabetes melito gestacional2 .
Objetivo: elaborar e implementar uma sistematização da assistência de Enfermagem
segundo a teoria de Wanda Aguiar Horta a uma paciente acometida de diabetes
gestacional. Metodologia: Pesquisa qualitativa descritiva fundamentada no modelo de
Horta, no período de 05/04 a 16/04 de 2010, em um hospital de alta complexidade. Na
coleta de dados utilizou-se o histórico modelo I e II de Horta e exame físico completo
de Porto. Resultados: histórico1: Identificação: M.M., natural de São Luís-MA, 36 a; G:
XVIII; P: VII; A: X. Com dores na cabeça e em MMII e náuseas. Déficit de
conhecimento acerca da doença e tratamento. Refere sono irregular de 3 hs/dia e sem
repouso após as refeições. Ingesta hídrica de 5 copos/dia entre água natural e sucos.
Eliminação vesical 5x/dia, aspecto concentrado e intestinal 4x/dia, pastosa, amarelo
escuro. Higiene corporal 6 x/dia e oral 2x/dia. Caminhada de 30 minutos 2x/dia.
Atividade sexual 2x por semana. Auto-estima não preservada. Paciente pouco
comunicativa e cooperativa na avaliação física e impaciente. Não sabe da gravidade da
gravidez. Paciente com histórico de infecção urinária, de ascaris lumbricóides e tinha
corporis em gestação anterior. Peso de 71 kg e dor pélvica. Na internação, ingesta
hídrica de 6 copos entre água natural e suco em média. Deambulação reduzida. Abdome
integro, globoso e indolor à palpação, com a presença de estrias e linha negra. Ruídos
hidroaéreos não audíveis. BCF (+) com 145 bpm. MMII com edemas (+/4+). Não
permitiu avaliação da genitália, relata não haver sangramento ou corrimento.
Diagnósticos de Enfermagem1: percepção sensorial dolorosa, déficit de conhecimento
da patologia e terapêutica, estado emocional alterado, baixa auto-estima, dificuldade na
locomoção; ingesta hídrica insuficiente envolvendo o grau de dependência (FAOS).
Implementou-se o plano assistencial1 e de cuidado1 por meio das ações de: (F):
monitorização dos sinais vitais, intensidade e duração da queixa álgica em região
pélvica, MMII e peso, administração de medicamentos prescritos e preparo de exames;
(A): autocuidado, mudança de decúbito e apoio emocional; (O e S): tratamento, sinais
vitais; administração de medicamentos; dieta; deambulação; AVP; Evolução de
enfermagem1: maior grau de conhecimento sobre a doença e necessidade dos cuidados
pela Enfermagem. Prognóstico de enfermagem1: para a paciente na alta hospitalar
apresenta dependência parcial de Enfermagem com bom potencial para recuperação e
boa compreensão da doença e tipo de tratamento e caminhada ou outro exercício físico e
plano de acompanhamento. Conclusão: os resultados em curto e longo prazo
correspondem à potencialização das ações, humanização do cuidado, individualização e
garantia da qualidade da assistência, além disso, contribui para a formação acadêmica
ao propiciar a experiência de uma assistência integral e humanizada.
Palavras chaves: Diabetes gestacional.
Assistência de Enfermagem. Unidade
Hospitalar.
___________________________________
¹ Estagiário do 8º período de Enfermagem da Universidade Federal do Maranhão. Endereço: Rua Alfarra,
Q01, Solar dos Lusitanos, nº 03, Turu;
telefones: (98) 81618148/32261076; email:
[email protected]; ² Estagiária do 8º período de Enfermagem da Universidade Federal do
Maranhão; ³ Estagiária do 8º período de Enfermagem da Universidade Federal do Maranhão; 4 Estagiária
do 8º período de Enfermagem da Universidade Federal do Maranhão; 5 Enfermeira mestre da
Universidade Federal do Maranhão.
TRABALHADOR DE ENFERMAGEM NA CME: REFLEXÃO SOBRE
SUAS PRINCIPAIS TEMÁTICAS
Neidna Raíssa Soeiro de Almeida1, Agostinha Pereira Rocha Neta2, Alice Bianca
Santana Lima2, Lucian da Silva Viana2, Wesley da Silva Marques2, Poliana Pereira
Costa Rabêlo3
INTRODUÇÃO: O trabalhador da Central de Materiais e Esterilização- CME tem um
processo diferenciado de trabalho nas instituições hospitalares, pois realiza a previsão e
produção de materiais estéreis no serviço, ou seja, não mantém contato direto com o
cliente, porém seu labor tem meta semelhante ao da equipe multiprofissional, devido
seu produto final destinar-se ao cuidado de pessoas. Logo, estabelecer melhorias das
condições laborais do setor representa garantir assistência de qualidade ao cliente. Para
tanto é necessário conhecer de forma reflexiva o conjunto de temáticas que permeiam
atualmente esse ambiente de trabalho e assim compreender suas vivências e
dificuldades, que irão direcionar ações que valorizem esse serviço e seu processo de
trabalho.OBJETIVO: Abordar de forma reflexiva os principais temas identificados na
literatura descrevendo o trabalhador da CME. METODOLOGIA: Utilizou-se revisão
sistemática na literatura, considerando os artigos publicados em periódicos nacionais
entre os anos 2002 e 2010, a partir dos descritores em saúde: Enfermagem, Recursos
Humanos, Saúde do Trabalhador, Assistência à Saúde; através das bases de dados:
Bireme, Medline, Google acadêmico e Scielo. RESULTADOS: Sendo localizados 12
artigos em periódicos, encontrou-se que, atualmente os temas em foco na literatura
relacionados ao trabalhador da equipe de enfermagem da CME são: qualidade de vida,
relações interpessoais e comunicação, ergonomia, gestão do enfermeiro na CME,
biossegurança, carência de recursos materiais e humanos. Os assuntos abordados na
literatura ressaltam a importância da contribuição da pesquisa na CME para os recursos
humanos da enfermagem e assistência ao usuário e apontam caráter repetitivo e
entrelaçado dos problemas presentes no cotidiano desse trabalhador, ressaltam ainda a
dificuldade do observador para a coleta de dados, por exigir um olhar assertivo para as
reais necessidades desse trabalhador. CONCLUSÃO: É notório o conhecimento
literário sobre a maioria dos aspectos que permeiam o ambiente de trabalho da CME,
porém as pesquisas nesse setor necessitam explorar temáticas ainda pouco ou não
abordadas de forma mais específica, pois delas ainda provém queixas dos trabalhadores
quanto à efetividade do retorno benéfico de resultados para seu trabalho na rotina, ou
seja, não vêem o retorno esperado.
PALAVRAS-CHAVES: Enfermagem, Recursos Humanos, Saúde do Trabalhador,
Assistência à Saúde
_______________________________
1
Relatora. Acadêmica de Enfermagem da Universidade Federal do Maranhão. Bolsista do Programa de
Educação pelo Trabalho – PET/ Saúde da Família.
2
Autor. Acadêmico de Enfermagem da Universidade Federal do Maranhão.
3
Orientadora. Mestre em Ciências da Saúde. Professora Assistente do Departamento de Enfermagem da
Universidade Federal do Maranhão (UFMA)
TRATAMENTO DE FERIDAS E CUIDADO DE ENFERMAGEM: UMA
REVISÃO SISTEMÁTICA
ALVES, Sâmya Maria Andrade1 ; BEZERRA, Sinara Araújo 1; ESTRELA, Aline
Roberta Silva1 ; SOUSA, Camila Marques de 1 ; FONTINELE, Araceli Moreira De
Martini2 ; MENDES, Euricléia Ferreira Araújo 3
Introdução: As feridas são modificações da pele ocasionadas por traumas, processos
inflamatórios, degenerativos, circulatórios ou por distúrbios do metabolismo. O
tratamento destas lesões tem recebido atenção especial dos profissionais da área de
saúde, principalmente da área da enfermagem, que muito têm contribuído para o avanço
e consequente sucesso do tratamento. Como parte da assistência de enfermagem, é
imprescindível o desenvolvimento de um plano de cuidados pautado nas principais
necessidades do portador da ferida. Dessa forma, o enfermeiro, dotado de um saber que
lhe é peculiar, poderá estabelecer metas factíveis, obtendo assim, melhor qualidade da
assistência. Objetivo: Analisar a assistência de enfermagem no tratamento destas lesões
com base na literatura científica. Metodologia: trata-se de uma revisão sistemática, na
qual foram consultadas as bases de dados Lilacs, Scielo e Medline, de 2001 a 2009.
Resultados: Por meio do levantamento bibliográfico, foi observado que no ambiente
hospitalar, as estratégias de prevenção de úlceras por pressão e cuidados com a
integridade tissular inclui alguns elementos chaves que consistem em: avaliar o risco
para integridade da pele prejudicada devido perfusão tissular ineficaz, relacionada a
diminuição na oxigenação, resultando na incapacidade de nutrir os tecidos a nível
capilar do paciente. Os estudos ressaltam que esse diagnóstico de enfermagem deve ser
observado na admissão do paciente em qualquer serviço de saúde e a reavaliação
periódica deve ser realizada, baseada nos seguintes critérios: inspecionar a pele
diariamente e protegê-la contra excesso de umidade, ressecamento, fricção e
cisalhamento; realizar tratamento precoce ao detectar anormalidades e usar superfícies
de suporte e alívio da carga mecânica, a fim de minimizar os efeitos do excesso de
pressão causado pela imobilidade. Em relação à sistematização da assistência de
enfermagem, alguns estudos relataram a realização da prescrição de enfermagem em
alguns estabelecimentos de saúde funcionam como rotina de cada setor, porém, sem
estar individualizada para cada paciente. Conclusão: Concluiu-se que é de suma
importância o desenvolvimento e aplicação da SAE como metodologia de trabalho nos
estabelecimentos de saúde onde se desempenham os cuidados de enfermagem que tem
como alicerce os cuidados posteriores a procedimentos cirúrgicos ou clínicos e a
prevenção de agravos a integridade do ser como um todo, pois é um processo que torna
o cuidado mais qualificado prezando-se pela satisfação do usuário com os cuidados de
enfermagem prestados com fundamentação científica.
PALAVRAS-CHAVES:
Assistência de Enfermagem. Tratamento de Feridas.
Sistematização da Assistência de Enfermagem.
________________________________
1 – Integrantes do Programa de Residência Multiprofissional em Saúde do Adulto e do Idoso pelo Hospital
Universitário da Universidade Federal do Maranhão. Bacharel em Enfermagem pela Universidade Federal do
Maranhão
2 - Enfermeira do Hospital Universitário da Universidade Federal do Maranhão. Mestranda do Programa de PósGraduação em Saúde Materno-Infantil da Universidade Federal do Maranhão
3 - Bacharel em Enfermagem pela Universidade Estadual do Maranhão
TUBERCULOSE: ANÁLISE DA INCIDÊNCIA DE CASOS NO BRASIL
– 2001 A 2009.
Aline da Silva Leitão1; Dayanne da Silva Freitas 1; Luana Pontes Oliveira 1; Thaíze
Souza Ferreira1; Drª Msª Profª Érika Bárbara Abreu Fonseca Thomaz 2
RESUMO
A tuberculose (TB) é uma doença infecciosa que se mantém como importante causa de
morbimortalidade. Segundo o Ministério da Saúde, no Brasil e em outros 21 países em
desenvolvimento, a tuberculose é um importante problema de saúde pública. No Brasil,
estima-se que mais de 57 milhões de pessoas estão infectadas pelo bacilo da
tuberculose. A incidência observada é maior em áreas de grande concentração
populacional, e precárias condições sócio-econômicas e sanitárias. Trata-se de um
estudo ecológico. As variáveis como sexo, faixa etária, raça, escolaridade foram
coletadas, efetuando-se análise descritiva dos dados citados. O objetivo deste trabalho
foi analisar o perfil epidemiológico de casos de tuberculose ocorridos no país, por
macrorregião brasileira, para identificar a maior incidência anual no período de 2001 a
2009. Identificou-se 84% dos casos de tuberculose da forma pulmonar, e com
predomínio do sexo masculino. Tal situação demonstra o que afirma o Ministério da
Saúde - os homens adoecem mais que as mulheres. As maiores taxas observadas foram
na faixa de 20-39 anos para ambos os sexos. Existe uma maior percentagem de doentes
que se encontra na cor parda com 29% dos casos e em relação à escolaridade, as taxas
encontram-se maiores em analfabetos e nas séries do ensino fundamental, crescendo
novamente na educação superior. As três regiões com o maior número de casos no
intervalo foram respectivamente: Norte, Sudeste e Nordeste. Os dados expostos não
permitiram evidenciar redução da transmissão de tuberculose no país e mostram que
esta é ainda grave problema de saúde pública no país e que a incidência é
proporcionalmente direta com o ambiente de pobreza-doença e de alta densidade
demográfica. Percebeu-se também que o sexo masculino predomina no número de
casos, atentando para incentivo de programas relacionados à saúde do homem. Em
termos operacionais o programa necessita de um olhar mais atento, principalmente no
que tange a maior detecção dos casos, precisando diminuir o percentual de abandono e
aumentar o percentual de curas.
Palavras-chave: Tuberculose, Epidemiologia, Incidência.
_____________________________
1
: Acadêmica do Departamento de Enfermagem da Universidade Federal do Maranhão.
: Doutorado em Saúde Pública (Epidemiologia) pelo Instituto de Saúde Coletiva da Universidade Federal
da Bahia (2007), Mestrado em Odontologia (Diagnóstico Bucal) pela Universidade Federal da Paraíba
(2001) e Graduação em Odontologia pela Universidade Federal do Maranhão (2000) – Atualmente
Professora Adjunta do Departamento de Saúde Pública da Universidade Federal do Maranhão. E-mail:
[email protected]
2
VELHICE BEM-SUCEDIDA: PROMOÇÃO DA SAÚDE, DO BEMESTAR E DA QUALIDADE DE VIDA
OLIVEIRA,Danielle Luce Almeida1; FERES,Conceição de Maria2; LIMA, Elida
Chaves de Carvalho3; SOUSA,Francisca Georgina Macedo de 4; AMARAL,Marcia
Raquel Lima5
Introdução:Vivenciamos um período de transição demográfica com inversão na
pirâmide etária com vertiginoso aumento da população de 60 anos ou mais. Em virtude
dessa mudança em contexto mundial e, em particular, brasileiro, surge uma maior
necessidade assistencial voltada para a atenção e o cuidado às pessoas na terceira idade.
Assim, é necessário que o enfermeiro atue não apenas nas questões clínicas, mas pensar
em práticas que promovam à saúde, pois a promoção desta dinâmica permite que as
pessoas possam controlar e melhorar sua saúde, visando o seu bem-estar. Objetivo:
relatar a experiência de cuidado de enfermeiros a população idosa em uma Equipe do
Saúde da Família. Metodologia: Trata-se de relato de experiência vivenciada pelos
Enfermeiros e agentes comunitários de saúde da Estratégia Saúde da Família durante
atividade de educação em saúde desenvolvida com idosos pertencentes ao Grupo de 3ª
Idade “REAPRENDENDO A VIVER”, grupo organizado e mantido pela Equipe de
Saúde da Família de uma comunidade da periferia do município de São Luís–MA
Resultados: foram ministradas oficinas de arte e pintura para os idosos duas vezes por
semana e antes de cada oficina eram abordados temas relacionados a saúde. Ao final de
cada semestre é realizada caminhada pela praia de São José de Ribamar, seguido da
prática de exercícios físicos leves, orientações sobre hábitos de vida saudável. Esta
atividade é finalizada com um lanche a base de frutas e sucos naturais. Conclusão: A
Atenção Básica funciona como porta de entrada aos usuários, inclusive os idosos,
devendo contribuir de modo a dar resolutividade aos problemas de saúde da população e
acolher as mais diversas necessidades. A promoção da saúde e os cuidados de
prevenção, dirigidos às pessoas idosas, aumentam a longevidade e melhoram a saúde e a
qualidade de vida e ajudam a racionalizar os recursos da sociedade. As ações educativas
possibilitaram a construção de um vínculo maior entre os idosos, a Unidade de Saúde da
Família e os profissionais.
Descritores: Enfermagem; Idoso; Promoção da Saúde.
___________________________________
1
Enfermeira Assistencial do Programa Saúde da Família de São Luís – MA, Especialista em Saúde da
Família, Membro do Grupo de Estudo e Pesquisa em Saúde da Família, da Criança e do Adolescente –
GEPSFCA E-mail: [email protected]
2
Enfermeira Assistencial do Programa Saúde da Família de São Luís – MA, Especialista em Saúde da
Família,
3
Enfermeira Assistencial do Programa Saúde da Família de São Luís – MA, Especialista em Saúde da
Família, Membro do Grupo de Estudo e Pesquisa em Saúde da Família, da Criança e do Adolescente –
GEPSFCA
4
Enfermeira, Doutora em Enfermagem, Docente UFMA, Coordenadora do GEPSFCA
5
Enfermeira Assistencial do Programa Saúde da Família de São Luís – MA, Especialista em Saúde da
Família, Membro do Grupo de Estudo e Pesquisa em Saúde da Família, da Criança e do Adolescente –
GEPSFCA
TRABALHOS
PREMIADOS
TRABALHO PREMIADO EM PRIMEIRO LUGAR
MODALIDADE: COMUNICAÇÃO ORAL
ASPECTOS POSITIVOS E NEGATIVOS DO ENFRENTAMENTO
MATERNO NO CUIDADO A CRIANÇA COM CONDIÇÃO CRÔNICA
Mirian Chaves Miranda1; Francisca Georgina Macedo de Sousa2; Daniele Castro
Barbosa3; Dennyse Cristina Macedo de Sousa4; Thiago Privado da Silva5; Fabyanne de
Carvalho Nunes6
Introdução: a condição crônica é aquela que interfere no funcionamento corporal da
criança a longo prazo, requer assistência e seguimento por profissionais de saúde, limita
as atividades diárias, causa repercussões no seu processo de crescimento e
desenvolvimento. Rotineiramente, a mãe é quem permanece junto ao filho esforçandose para suprir todas as necessidades da criança. Para tanto, é fundamental que a mãe
cuidadora utilize determinados modos de enfrentar a situação a fim de lidar com as
demandas de cuidado do filho. Nesse contexto questiona-se: de que formas a mãe
enfrenta o adoecimento do filho? Objetivos: identificar os aspectos positivos ou
negativos do enfrentamento materno no cuidado ao filho com condição crônica.
Metodologia: estudo exploratório, descritivo e quantitativo. A população compreendeu
59 mães e uma cuidadora principal (avó) de crianças com condição crônicas em
tratamento ambulatorial e hospitalar entre agosto e outubro de 2010. Duas dessas mães
possuíam dois filhos com a mesma condição totalizando assim 62 crianças. O estudo foi
desenvolvido no serviço ambulatorial da clínica Escola Santa Edwiges da Associação de
Pais e Amigos de Excepcionais (APAE), no serviço de internação pediátrica do Hospital
Universitário Materno Infantil (HUMI) e com pacientes do Hospital do Aparelho
Locomotor – SARA. O instrumento de coleta de dados foi a Escala de Modos de
Enfrentamento de Problemas – EMEP que é composta por 45 itens que, neste estudo,
foram distribuídos em dois grupos o enfrentamento materno positivo e o enfretamento
materno negativo. Destaca-se que este estudo faz parte de um projeto maior financiado
pela Fundação de Amparo a Pesquisa e ao Desenvolvimento Científico e Tecnológico
do Maranhão – FAPEMA. Resultados: os resultados encontrados demonstram que os
itens “Espero que um milagre aconteça”, “Eu rezo ou oro”, “Eu insisto e luto pelo que
quero”, “tento ser uma pessoa mais forte e otimista”, “Eu me concentro nas coisas boas
da vida”, “Eu sonho ou imagino um tempo melhor que esse que estou” e “Eu me apego
a minha fé para superar esta situação” tiveram frequência expressiva para a resposta
sempre (acima de 60%) denotando formas de enfrentamento positivas focalizadas em
aspectos como a religião e o pensamento positivo frente à situação. Os itens “Eu tento
guardar meus sentimentos para mim mesma” e “Eu desejaria poder mudar o que
aconteceu comigo” foram os itens do enfrentamento negativo mais utilizados pelas
mães devido a maior frequência da resposta sempre (acima de 40%). Tais dados
demonstram que as formas negativas de enfrentamento mais usadas estavam associadas
ao afastamento do suporte social e ao pensamento fantasioso mediante a condição do
filho. Conclusões: o enfrentamento positivo foi bastante utilizado sobrepondo-se, porém
não extinguindo, o enfrentamento negativo que permaneceu bastante heterogêneo em
sua utilização. Entendendo-se que os modos de enfrentamento utilizados são individuais
e passíveis de mudanças de acordo com as oscilações cotidianas, não é possível julgálos. Importa respeitar a situação vivida pela mãe/cuidadora bem como identificar os
modos de enfrentamento utilizados por ela adequando a assistência para promoção de
um cuidar sensível as necessidades maternas.
Palavras-Chave: Enfermagem; Cuidado; Doença Crônica.
_________________________________
1
Enfermeira, Aluna da Residência em Enfermagem Clínico-Cirúrgica do Hospital Universitário -UFMA,
Membro do Grupo de Estudo e Pesquisa na Saúde da Família, da Criança e do Adolescente GEPSFCA/Universidade Federal do Maranhão. E-mail: [email protected]
1
Enfermeira, Doutora em Enfermagem, Professora Adjunta do Curso de Graduação em Enfermagem da
Universidade Federal do Maranhão, Coordenadora do GEPSFCA/UFMA.
1
Enfermeira, Mestranda em Enfermagem pela Universidade Federal do Maranhão, Membro do
GEPSFCA/UFMA.
1
Enfermeira, Membro do GEPSFCA/UFMA.
1
Enfermeiro, Membro do GEPSFCA/UFMA.
1
Aluna do Curso de Graduação em Enfermagem da UFMA, Membro do GEPSFCA/UFMA, Bolsista
PIBIC/UFMA.
TRABALHO PREMIADO EM SEGUNDO LUGAR
MODALIDADE: COMUNICAÇÃO ORAL
ANÁLISE DA COBERTURA DE PRÉ-NATAL DO SUS E DA
PREVALÊNCIA DO TÉTANO NEONATAL NO BRASIL.
BARROS, Marina Apolônio de1, COSTA, André Luís Braga2, MUALEM, Rayanne
Luiza Tajra3, THOMAZ, Érika Bárbara Abreu Fonseca4 ; ALBUQUERQUE, Rafaela
Pontes5; NETA, Raimunda Silva Santos6
INTRODUÇÃO: A assistência pré-natal visa a manter a integridade das condições de
saúde materna e fetal. Para isso, é necessário que o início do pré-natal seja o mais
precoce possível, de preferência antes da 12ª semana de gestação, a fim de identificar e
prevenir intercorrências clínicas, cirúrgicas e obstétricas que possam trazer agravos à
gestante e/ou ao feto. Devem-se oferecer diversas informações à gestante, e uma delas é
o esclarecimento sobre a importância das vacinas. Dentre as vacinas, a dupla tipo adulto
(dT) pode ser administrada com segurança em gestantes e constitui a principal medida
de prevenção do tétano neonatal. OBJETIVO: Analisar a prevalência do tétano neonatal
no Brasil no período de 1994 a 2008 relacionando com a cobertura de pré-natal do SUS.
METODOLOGIA: Trata-se de um estudo observacional do tipo ecológico, baseado em
dados secundários. A coleta de dados ocorreu no site do Ministério da Saúde, nos
relatórios de indicadores do SISPRENATAL e SINAN/SVS/MS, ano base 1994 a 2008.
Efetuou-se análise descritiva dos dados, comparando as taxas de cada ano em relação à
cobertura de pré-natal do SUS. RESULTADOS: A partir dos dados do
SINAN/SVS/MS, verificou-se que, no período avaliado, o tétano neonatal foi mais
prevalente na região Nordeste (60%), seguida da região norte (40%). Acredita-se que
este resultado pode ser explicado pelo fato de que essas regiões possuem um índice
socioeconômico inferior e que a ocorrência da doença é mais frequente em regiões onde
a cobertura vacinal da população é baixa e o acesso á assistência médica é limitado. Dos
dados coletados, destaca-se que houve uma redução de 291 casos para 5 casos no Brasil.
No entanto, é preciso levar em consideração que a subnotificação de casos de tétano
neonatal ainda permanece como um problema de grande relevância no Brasil. De
qualquer forma, a redução de casos notificados pode ser melhor analisada quando
relacionada com a cobertura de pré-natal do SUS. Da década de 90 até a o ano de 2008
houve um aumento da cobertura de pré-natal do SUS. Em 1994, observou-se um milhão
de atendimentos e em 2008 identificaram-se 19,1 milhões de atendimentos. A cobertura
do atendimento pré-natal, pelo menos uma consulta de pré-natal durante a gravidez,
aumentou. E a cobertura do atendimento pré-natal com pelo menos quatro consultas
subiu de 75,9% para 90%. Gestantes brasileiras com sete ou mais consultas de pré-natal
já são maioria, representando 57,1% em 2008, ao passo que em 2000 era 43,7%.
Investimentos em saúde, especialmente na Atenção Primária, com aumento da cobertura
da Estratégia de Saúde da Família e valorização das ações de Promoção de Saúde,
somados à sensibilização de gestores, profissionais e usuárias podem estar repercutindo
na melhoria destes indicadores. CONCLUSÕES: A cobertura de pré-natal do SUS está
aumentando no Brasil e, considerando que a vacinação contra o tétano é uma das
principais medidas preventivas do tétano neonatal, supõe-se um aumento na cobertura
vacinal dessa população assistida. Sugere-se, então, que esse crescimento esteja
relacionado com a redução da prevalência de tétano neonatal no Brasil.
Palavras-chave: Assistência pré-natal. Vacinação. Tétano neonatal.
1- Enfermeira. Mestranda em Enfermagem. Universidade Federal do Maranhão.
[email protected]
2- Enfermeiro. Universidade Federal do Maranhão. E-mail: [email protected]
3- Enfermeira. Residente de enfermagem. Universidade Federal do Maranhão.
[email protected]
4- Odontologista. Doutora em saúde pública. Docente da Universidade Federal do Maranhão.
[email protected]
5- Enfermeira. Residente de enfermagem. Universidade Federal do Maranhão.
rafaela.pontes@hotmail
6- Enfermeira. Universidade Federal do Maranhão. E-mail: [email protected]
E-mail:
E-mail:
E-mail:
E-mail:
TRABALHO PREMIADO EM TERCEIRO LUGAR
MODALIDADE: COMUNICAÇÃO ORAL
ASSISTÊNCIA DE ENFERMAGEM AO PACIENTE COM O
DIAGNÓSGICO DE INCONTINÊNCIA URINÁRIA DE ESTRESSE.
ALBUQUERQUE, Rafaela Pontes1; CARVALHO, Líscia Divana Pachêco 2; ARAÚJO,
Rayanne Luiza Tajra Mualem3; BARROS, Marina Apolônio de4; COSTA, André Luís
Braga5; NETA, Raimunda Silva Santos6
INTRODUÇÃO: A incontinência urinária afeta pessoas de todas as idades, porém é
particularmente comum nos idosos. Embora a incontinência não seja uma conseqüência
normal do envelhecimento, as alterações no trato urinário ligadas ao envelhecimento
predispõem a pessoa idosa à incontinência. O tratamento para incontinência pode ser
cirúrgico, pela técnica de SLING, ou medicamentoso, associado à fisioterapia da
musculatura pélvica. O fato é que para esse problema constrangedor que atinge milhares
de pessoas, existe tratamento, mas muitas pessoas não o procuram. OBJETIVO:
Elaborar os diagnósticos de enfermagem apresentados por uma paciente portadora de
incontinência urinária de estresse submetida à cirurgia de sling nas fases pré e pósoperatórias, identificar resultados esperados e estabelecer as intervenções de
enfermagem. METODOLOGIA: Relato de experiência realizado em uma paciente
internada na Ala “A” da Clínica Cirúrgica do Hospital Universitário Unidade Presidente
Dutra da Universidade Federal do Maranhão. A coleta de dados aconteceu no mês de
março de 2010 e baseou-se na anamnese, exame físico e consulta aos registros de
prontuário. Utilizou-se para elaboração dos diagnósticos a nomenclatura da North
American Nursing Diagnosis Association (NANDA, 2011). Estabeleceu-se os
resultados e as intervenções de enfermagem segundo nomenclaturas padronizadas Classificação das Intervenções de Enfermagem (NIC) e Classificação dos Resultados de
Enfermagem (NOC). RESULTADOS: M. J. P., 67 anos, feminino. Gesta: 10, Para: 8,
Aborto: 2. Queixa principal: incontinência urinária. Há 10 anos durante cirurgia de
perineoplastia, já apresentava incontinência urinária a qual se agravou, motivo de
procura ao serviço de saúde. Apresenta sono não reparador devido à incontinência.
Sedentária, hipertensa e acometida por Acidente Vascular Encefálico há 2 anos, sem
seqüela aparente. Eliminação vesical presente e espontânea, porém sem controle
esfincteriano. Diagnóstico médico: incontinência urinária, submetida à cirurgia de sling.
Os diagnósticos de enfermagem identificados no pré e pós-operatório foram: estilo de
vida sedentário; conhecimento deficiente; eliminação urinária prejudicada; integridade
tissular prejudicada; comunicação verbal prejudicada; dentição prejudicada; risco de
infecção; insônia; débito cardíaco diminuído; incontinência urinária de esforço. Foram
realizadas intervenções de enfermagem (NIC) aos diagnósticos estabelecidos: oferecer
informações sobre diagnóstico, tratamento e prognóstico; manter níveis pressóricos
dentro do padrão da normalidade; orientar e incentivar o autocuidado; monitorar para as
manifestações de infecção; promoção de segurança e conforto; cuidados com a ferida
operatória; observar circunstâncias físicas e/ou psicológicas que interferem no sono.
CONCLUSÃO: Este estudo possibilitou um cuidado de enfermagem de forma
sistematizada além de contribuir para a experiência e aprendizagem de conhecimentos.
Palavras-chave: Cuidado. Diagnóstico de Enfermagem. Assistência de Enfermagem.
1- Enfermeira. Residente de enfermagem. Universidade Federal do Maranhão. E-mail:
[email protected]
2- Odontologista. Mestre. Docente da Universidade Federal do Maranhão. E-mail: [email protected]
3- Enfermeira. Residente de enfermagem. Universidade Federal do Maranhão. E-mail:
[email protected]
4- Enfermeira. Mestranda em Enfermagem. Universidade Federal do Maranhão. E-mail:
[email protected]
5- Enfermeiro. Universidade Federal do Maranhão. E-mail: [email protected] 6- Enfermeira.
Universidade Federal do Maranhão. E-mail: [email protected]
TRABALHO PREMIADO EM PRIMEIRO LUGAR
MODALIDADE: SESSÃO PÔSTER
FUNCIONAMENTO FAMILIAR E RISCOS DE AGRESSÃO E
VITIMIZAÇÃO EM ADOLESCENTES ESCOLARES
NOGUEIRA, Ana Larissa Araujo 1; SOUSA, Francisca Georgina Macedo 2; SANTOS,
Marinese Hermínia3; SILVA, Ítalo Rodolfo4; AMARAL, Marcia Raquel Lima5 ;
SILVA, Andréa Cristina Oliveira6
Introdução: O funcionamento familiar compreende a qualidade do relacionamento entre
os membros da família. Famílias caracterizadas como funcionais ou de bom
funcionamento caracterizam-se por ser afetuosas, com boa comunicação e com regras
flexíveis, caso não apresentem tais características, são consideradas disfuncionais.
Dentro do contexto familiar encontra-se o adolescente, que adquire valores e padrões de
conduta no ambiente familiar e a partir do relacionamento com os pares, sejam eles
amigos, colegas de classe ou parceiros românticos, adquire também um estilo de vida
que poderá ou não predispor a eventos de violência e ocasionar prejuízos no seu
desenvolvimento. A partir de tais assertivas questiona-se: Qual a relação entre
funcionalidade familiar dos adolescentes escolares e os riscos de violência que estes
foram ou são submetidos no ambiente escolar? Objetivos: Relacionar funcionalidade
familiar de adolescentes escolares e os riscos de violência a que foram ou são
submetidos em ambiente escolar. Metodologia: Trata-se de estudo exploratório
descritivo de natureza quantitativa. Para a coleta dos dados foi utilizado o APGAR
Familiar e a Escala de Vitimização e Agressão entre Pares (EVAP). Foram sujeitos
1.035 adolescentes escolares de duas instituições públicas de ensino do município de
São Luís – MA. Resultados: 73% dos adolescentes apresentaram famílias funcionais
com 54,6% de baixo risco para a agressão direta, 56,9% de baixo risco para agressão
relacional e 41,7% de alto risco para a vitimização. Dos 25% dos adolescentes com
famílias disfuncionais leves, 52,3% apresentaram baixo risco para a agressão direta,
55,9% baixo risco para a agressão relacional e 44,9% alto risco para a vitimização. Dos
2% dos adolescentes de famílias disfuncionais graves, 57,1% apresentaram alto risco
para a agressão direta, 71,4% de alto risco para a agressão relacional e 61,9% de alto
risco para a vitimização. Conclusão: Os dados obtidos evidenciam a funcionalidade
familiar como um fator que poderá influenciar nas condutas agressivas adotadas pelo
adolescente no contexto escolar, visto que os adolescentes de famílias funcionais,
embora apresentem maior frequência de baixo risco para a agressão direta e agressão
relacional, possuem alto risco de serem vitimizados. Nas famílias disfuncionais leves, a
frequência de alto risco para a vitimização aumenta quando comparado às funcionais e
prevalece o baixo risco para a agressão direta e para a agressão relacional. Valores
bastante diferenciados foram observados nas famílias disfuncionais graves, pois os
adolescentes pertencentes a esse tipo de família apresentaram alto risco para a agressão
direta, agressão relacional e vitimização. Tais resultados evidenciam a necessidade de
estreitamento das relações entre família, escola e saúde, bem como a necessidade da
Enfermagem como rede de apoio ao cuidado com adolescentes escolares.
Palavras-chave: Família. Adolescência. Enfermagem.
_____________________________
1 Enfermeira Assistencial do Programa Saúde da Família de São Luís – MA, Especialista em Saúde da
Família, Membro do Grupo de Estudo e Pesquisa em Saúde da Família, da Criança e do Adolescente –
GEPSFCA E-mail: [email protected]
2 Enfermeira Assistencial do Programa Saúde da Família de São Luís – MA, Especialista em Saúde da
Família
3 Enfermeira Assistencial do Programa Saúde da Família de São Luís – MA, Especialista em Saúde da
Família, Membro do Grupo de Estudo e Pesquisa em Saúde da Família, da Criança e do Adolescente –
GEPSFCA
4 Enfermeira, Doutora em Enfermagem, Docente UFMA, Coordenadora do GEPSFCA
5Enfermeira Assistencial do Programa Saúde da Família de São Luís – MA, Especialista em Saúde da
Família, Membro do Grupo de Estudo e Pesquisa em Saúde da Família, da Criança e do Adolescente –
GEPSFCA
TRABALHO PREMIADO EM SEGUNDO LUGAR
MODALIDADE: SESSÃO PÔSTER
DIFICULDADES ENCONTRADAS PELOS PROFISSIONAIS DO PRÉHOSPITALAR NO ATENDIMENTO AO PACIENTE VÍTIMA DE
TRAUMA
Nayara Frais de Andrade1 ; Lícia Feitosa Coelho2; Jacqueline Dutra Nascimento 3
Introdução: o atendimento às vítimas traumatizadas deve ser realizado pelo Serviço PréHospitalar Móvel, que é o atendimento que procura chegar à vítima precocemente após
ter ocorrido agravo à saúde que possa levar ao sofrimento, seqüelas ou mesmo à morte,
sendo necessário, portanto, prestar-lhe atendimento e/ou transporte adequado ao serviço
de saúde devidamente hierárquico e integrado ao Sistema Único de Saúde. Entretanto,
alguns fatores configuram-se como empecilho para a realização eficaz desse serviço
como
aspectos
sociodemográficos,
profissionais
e
principalmente
problemas
relacionados ao deslocamento da ambulância, chegada ao local do acidente bem como,
dificuldades durante o transporte e na chegada ao hospital. Ao reconhecer tal situação
buscou-se realizar esta investigação a fim de identificar tais problemas. Objetivo:
identificar as principais dificuldades encontradas pelos profissionais do serviço de
atendimento Pré-Hospitalar no atendimento ao paciente vítima de trauma. Metodologia:
trata-se de uma pesquisa exploratória, descritiva com análise quantitativa dos dados,
tendo como população estudada os profissionais do Serviço de Atendimento Móvel de
Urgência (SAMU), em São Luis, Maranhão. O questionário foi aplicado em 40
profissionais, entre eles, médicos, enfermeiros, técnicos de enfermagem e condutores de
veículo de urgência, no período de outubro e novembro de 2010. Resultados: a maioria
da população se constituiu por homens (60%), atuando de 1 a 5 anos no serviço
(72,5%), foram apontados como principais dificuldades o tráfego congestionado
dificultando a passagem da ambulância (42,5%); os riscos físicos – trânsito, agressões
físicas e locais perigosos (40%); ruas e avenidas mal conservadas, impedindo a rapidez
na chegada ao hospital (70%) e a má vontade dos profissionais em receber os pacientes
nos hospitais de destino (42,5%). Conclusão: os resultados dessa pesquisa sinalizam que
a busca de soluções para as dificuldades encontradas pelos profissionais no atendimento
às vítimas de trauma requer novas visões e perspectivas que privilegiam a consolidação
do serviço e das políticas de saúde.
Palavras-Chaves: Atendimento Pré-Hospitalar; Emergência; SAMU; Vítimas de
Trauma.
______________________________
1 Enfermeira, Especialista em Terapia Intensiva, Especialista em Enfermagem do Trabalho, Instrutora do
Núcleo de Educação em Urgência do SAMU/ São Luís, Professora da Faculdade Pitágoras de São Luís.
E-mail: [email protected]
2 Enfermeira, Intervencionista do SAMU/ São Luís.
3 Enfermeira, Especialista em Terapia Intensiva, Diretora administrativa do SAMU/ São Luís.
TRABALHO PREMIADO EM TERCEIRO LUGAR
MODALIDADE: SESSÃO PÔSTER
JULGAMENTOS DE VALOR E PRECONCEITOS QUE INFLUENCIAM
NO CUIDADO ÀS MULHERES NO ABORTO INSEGURO
Lucian da Silva Viana¹, Caius César Araújo Melo², Josiane dos Santos Costa², Lana
Carla de Souza Mendes², Wesley da Silva Marques², Carlos Leonardo Figueiredo
Cunha³
INTRODUÇÃO: O aborto é referido como sendo envolto em tabus, preconceitos,
discriminações, o que o caracteriza como uma questão polêmica desde a antigüidade.
Muitas vezes, o abortamento induzido é apresentado como uma decisão egoísta e fria.
Assim, de acordo com esse ponto de vista, a mulher é vista como uma criminosa.
OBJETIVO: Objetiva-se abordar o cuidado às mulheres no aborto inseguro, com ênfase
nos julgamentos de valor e preconceitos que influenciam nesse tipo de atendimento.
METODOLOGIA: Realizou-se uma pesquisa sistemática nacional em teses,
dissertações e revistas eletrônicas, com publicações dos últimos dez anos sobre aborto
inseguro e o cuidado de enfermagem. Utilizaram-se as bases de dados: Bireme, Google
Acadêmico e Scielo. RESULTADOS: Alguns profissionais de enfermagem, no ato de
cuidar de mulheres em situação de abortamento, o fazem de forma diferente
dependendo da provável etiologia do aborto. Entretanto, esse cuidado deve ser de ajuda
e orientação proporcionando um atendimento que contemple sua situacionalidade e
temporalidade. A falta de qualificação para o trabalho na assistência do abortamento e
da compreensão da problemática do aborto no Brasil, igualmente contribui para o
surgimento de julgamentos de valor e preconceitos. É necessária uma busca por novos
horizontes, o que inclui a educação e o pronto acesso aos Serviços de Saúde Integral da
Mulher. É uma tarefa a ser perseguida por meio de uma educação sexual mais aberta,
sincera, científica, apegada aos direitos e à realidade, sendo uma situação multifatorial,
onde não existe somente um responsável, pois não há falhas apenas institucionais no
setor de saúde; mas na dinâmica familiar, além do fator econômico, religioso e social.
CONCLUSÃO: O abortamento não deve ser justificado e sim compreendido. Os
atributos e significados de humanização e acolhimento, embora base sustentadora para
um novo modelo de atenção, ainda não estão plenamente presentes nesse tipo de
assistência. Atitudes de curiosidade ou de reprovação são inúteis e não ajudam a
resolver o grande problema de saúde pública no qual o aborto foi transformado.
Palavras-chave: Aborto. Preconceito. Saúde da mulher.
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1. Acadêmico em Enfermagem pela Universidade Federal do Maranhão – UFMA. Email:
[email protected]
2. Acadêmico(a) em Enfermagem pela Universidade Federal do Maranhão - UFMA
3. Enf. Ms. em Saúde Materno-Infantil pela Universidade Federal do Maranhão - UFMA
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