DIALOGANDO SOBRE A SUBJETIVAÇÃO FEMININA A PARTIR DE GABRIELA Úrsula Lima Brugge RESUMO Neste trabalho, busco elaborar uma análise a respeito dos processos de subjetivação do feminino presentes na obra Gabriela Cravo e Canela. Meu principal objetivo é pensar a educação por dentro da literatura, especificamente por dentro da obra de Jorge Amado, buscando compreender como as personagens femininas são constituídas. Especificamente, objetivo identificar e problematizar os diferentes perfis de mulher presentes em Gabriela Cravo e Canela; identificar e problematizar os modos de subjetivação da mulher presentes nesta obra e, por fim, investigar até que ponto a protagonista Gabriela se caracteriza como um modelo de resistência aos padrões femininos estabelecidos dentro do universo da obra selecionada. Metodologicamente, este estudo se caracteriza como uma análise discursiva ancorada em pressupostos teóricos advindos do campo da Filosofia da Diferença. Este é um estudo, devido ao momento ainda inicial que se encontra, ainda não possui resultados conclusivos, mas dentre as minhas principais hipóteses que levanto, destaco o fato de enxergar em Gabriela uma expressão de resistência em relação ao perfil corrente imposto pela sociedade brasileira dos anos de 1920 às mulheres. Ou seja, a educação não é tão impositiva a ponto de matar o indivíduo. Em outras palavras, a educação não matou Gabriela. PALAVRAS-CHAVE: Gabriela Cravo e Canela, subjetivação feminina, resistência.