Roteiro Aula Prática Medicina - IBB

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Universidade Estadual Paulista
Instituto de Biociências
Departamento de Morfologia
EMBRIOLOGIA
ROTEIROS PARA AULAS PRÁTICAS
Profa. Dra. Maria Dalva Cesario
Responsável
2008
1
ÍNDICE
ESPERMATOGÊNESE
2
OVOGÊNESE
6
CLIVAGEM
8
GASTRULAÇÃO NAS AVES
10
ORGANOGÊNESE RUDIMENTAR
13
SISTEMA NERVOSO I
16
SISTEMA NERVOSO II
19
SISTEMA NERVOSO III
22
APARELHO DA VISÃO
26
SISTEMA MUSCULAR ESQUELÉTICO
30
DESENVOLVIMENTO DO CORAÇÃO
33
SISTEMA UROGENITAL
37
SISTEMA DIGESTÓRIO
40
2
A GAMETOGÊNESE
Em todos os organismos de reprodução sexuada ocorre o processo
de gametogênese em órgãos especiais denominados GÔNADAS. Neste
processo, as células sexuais primitivas sofrem determinadas modificações
para a produção dos gametas. Esta evolução se faz diferentemente de
acordo com o sexo do indivíduo, porém possuem algumas características
comuns.
Em ambos os sexos, o processo de gametogênese compreende quatro
etapas:
A)
Etapa de Origem e Migração dos Gonócitos
as
células germinativas primordiais, os gonócitos se originam na
parede do Saco vitelino e em seguida migram para dentro do
corpo do Embrião em desenvolvimento.
-
B) Etapa de Multiplicação Os Gonócitos começam a se
multiplicar por mitose, a partir do momento em que a gônada
se diferencia, aumentando com isso o número de células na
gônada ainda em desenvolvimento. Estes elementos são
diplóides (2 n).
C) Etapa de Redução do Lote cromossômico 2n - n - As
células germinativas sofrem sucessivamente duas divisões
especiais, ditas de maturação, ou meiose. Esta divisão meiótica
tem por efeito, não somente a redução dos números de
cromossomos pela metade como também fornecer enfim, o
gameta, a célula germinativa sexuada.
D) Etapa de Maturação Estrutural e Funcional dos
Gametas. As células passam por mudanças especiais e
peculiares de cada sexo para se tornarem os gametas maduros
e funcionais
.
3
A ESPERMATOGÊNESE
O processo nos indivíduos de sexo masculino é denominado
espermatogênese. Ocorre nos testículos, no interior dos túbulos
seminíferos.
É o processo através do qual a célula germinativa primordial sofre
modificações para originar a célula sexuada masculina, chamada
espermatozóide.
ANÁLISE AO MICROSCÓPIO ÓPTICO
Lâmina nº.______ - Corte transversal de testículo de rato.
Orientação:
1. Com a objetiva de menor aumento, observe o corte histológico. A
coloração realizada foi H.E., hematoxilina-eosina. Observe os diferentes
túbulos seminíferos. Estes estão contidos em um tecido que reveste o órgão
externamente, a túnica albugínea a qual é uma cápsula de tecido conjuntivo
fibromuscular. Observe que os túbulos seminíferos estão circundados por
um tecido conjuntivo também chamado de tecido intersticial. Ele contém,
além dos elementos conjuntivos, neurais e vasculares pequenos grupos de
células endócrinas chamadas Células de Leydig. Estas células produzem o
hormônio sexual masculino, a testosterona.
2. Mude de objetiva para ampliar as estruturas. Focalize um túbulo
seminífero para analisar as células que compõem seu epitélio. A luz de
cada túbulo seminífero é revestida por um epitélio seminífero com várias
camadas celulares. Este epitélio seminífero localiza-se sobre uma
membrana basal que é circundada por uma túnica própria fibromuscular.
Passaremos a analisar o epitélio seminífero:
A) A camada basal deste epitélio é constituída pelas
espermatogônias. As espermatogônias dividem-se por mitose e produzem
um maior número de espermatogônias. São denominadas de “stem cells”.
Esta atividade caracteriza a Fase de Multiplicação. As espermatogônias se
encontram junto à parede do túbulo seminífero e são visíveis através dos
seus núcleos que se apresentam ovalados ou arredondados, com cromatina
densa, portanto são bem corados.
4
B) Após a puberdade, as espermatogônias, por aumento do volume,
originam os Espermatócitos Primários, os quais se preparam para sofrer a
meiose. Estas células se localizam um pouco mais central no túbulo e se
apresentam com um núcleo volumoso e a cromatina já está se
condensando. Podemos observar espermatócitos I nos diferentes estágios
da 1a. prófase da meiose. Nesta primeira etapa, estas células se encontram
em Fase de Crescimento.
C) No final desta divisão reducional, resultam os Espermatócitos
Secundários (n). Estas células estão em direção mais central e poderão ser
vistas em alguns túbulos seminíferos apenas. O núcleo do espermatócito II
é menor e está bem denso, com uma grande área citoplasmática eosinófila
ao redor. Esta célula está na Fase de Maturação.
D) Observe próximo à luz tubular, muitas células pouco coradas com
núcleos esféricos, cromatina frouxa e nucléolo evidente. São as
espermátides. Elas se encontram na maioria dos túbulos seminíferos e são
as mais numerosas. Como estas células estão em processo de
citodiferenciação denominado de Espermiogênese, para se transformar em
espermatozóides, poderão ser observadas ainda espermátides com formato
ovalado, alongado ou fusiforme.
E) Finalmente os espermatozóides são encontrados dispersos neste
epitélio seminífero e o seu flagelo está no centro do túbulo seminífero. A
cabeça do espermatozóide contém os cromossomos bem compactados,
portanto ela se cora intensamente.
F) Além das células germinativas, existe um outro tipo celular, neste
epitélio, que é da linhagem somática. É a célula de Sertoli. Esta célula se
apresenta com um núcleo pálido localizado na base do epitélio
germinativo, ou seja, entre as espermatogônias. Estas células emitem
prolongamentos citoplasmáticos para o centro do túbulo, nos quais as
células germinativas estão sustentadas. Possuem a cromatina pouco visível
e nucléolo bem evidente.
Assim, pode-se notar que o processo de espermatogênese, no interior
do túbulo seminífero tem direção centrípeta.
Esquematize as estruturas observadas.
5
Lâmina nº. _______ Esfregaço de sêmen
Focalize primeiramente, na objetiva de menor aumento e em seguida
mude para a objetiva de maior aumento. Observe a morfologia das células
germinativas masculinas - os espermatozóides.
Toda célula, independente da espécie animal é constituída das
seguintes porções:
A) Cabeça - geralmente é alongada e aplanada. Nela estão o núcleo
da célula e uma organela denominada ACROSSOMO - é uma estrutura
membranosa rica em enzimas as quais têm importância para a penetração
no óvulo.
B) Colo - é uma região de constrição onde estão os centríolos.
C) Peça intermediária - é a região seguinte, onde estão as
mitocôndrias, organizadas em forma de espiral em torno do filamento
central.
D) Flagelo - é constituído de uma sucessão de microfibrilas
circulares.
Todas estas
citoplasmática.
porções
estão
envoltas
por
uma
membrana
6
A OVOGÊNESE
O processo de gametogênese nos indivíduos do sexo feminino é
denominado de Ovogênese. Ocorre no interior do Ovário, na região
cortical. É o processo através do qual a célula germinativa primitiva sofre
modificações para originar a célula sexual feminina chamada óvulo.
Nos mamíferos a produção de óvulos obedece a um ciclo
denominado Ciclo Sexual.
ANÁLISE AO MICROSCÓPIO ÓPTICO
|
Lâmina nº.
Corte longitudinal de ovário de cadela.
Orientação:
1. Observe o corte com a objetiva de menor aumento. Foi corado
com HE (Hematoxilina-eosina). O órgão possui duas porções bem
diferenciadas pela coloração; uma porção externa, que circunda todo o
órgão, onde predomina a coloração violeta. É a região cortical ou
simplesmente córtex. Possui ainda outra região central onde predomina a
coloração rosa - é a região medular ou medula.
A região cortical é recoberta por um epitélio germinativo. Abaixo
deste epitélio encontra-se a túnica albugínea, cápsula de tecido conjuntivo
fibroso do ovário. O restante do tecido conjuntivo ovariano é denominado
estroma. O córtex contém os folículos ovarianos em diferentes estágios de
desenvolvimento.
A medula do ovário é constituída por tecido conjuntivo fibroelástico
relativamente frouxo com vasos sanguíneos.
2. Focalize, portanto, apenas a região cortical para começar a
classificar os folículos. Todo folículo ovariano é formado pela célula
germinativa envolta por uma ou mais camadas de células foliculares.
São os seguintes, os folículos ovarianos:
A) Folículo Primordial; Encontre uma célula germinativa pequena,
envolta por uma camada de poucas células foliculares aplanadas ou
ovaladas. A célula germinativa é o Ovócito Primário em Fase de
Crescimento. O ovócito primário iniciou a fase de crescimento ainda na
vida intra-uterina, parando antes do nascimento em Prófase I, no diploteno.
7
B) Folículo Primário: É quando a célula germinativa estiver envolta
por uma camada mais numerosa de células foliculares cúbicas de núcleo
arredondado. Este folículo começa a surgir após a puberdade, por ação dos
hormônios, quando se inicia o ciclo sexual.
C) Folículo em crescimento: É o Ovócito Primário envolto por duas
ou mais camadas de células foliculares. Estas camadas de células
foliculares constituem a Granulosa. Entre a granulosa e o ovócito, surge a
Zona Pelúcida, uma camada de glicoproteínas secretadas pelas células
foliculares. Esta camada se apresenta com uma coloração avermelhada e
quanto maior o folículo, mais espessa ela fica. A teca folicular também se
organiza.
Assim, os eventos que caracterizam esta fase são:
a. aumento do numero de células foliculares (granulosa)
b. aumento do diâmetro (volume) do ovócito I
c. formação da Zona Pelúcida
d. Formação da Teca Folicular
D) Folículo de De Graaf: Este folículo é bastante grande e se
caracteriza pelo aparecimento de um espaço intercelular denominado de
ANTRO, que está preenchido por líquido folicular. A camada de células
foliculares que circunda o ovócito é a corona radiata. O ovócito se torna
secundário momentos antes da ovulação. Ele é também chamado de
Folículo Maduro ou Folículo Antral.
As tecas interna e externa estão bem desenvolvidas, a primeira
apresentando numerosas células e capilares, enquanto que a outra é menos
celularizada e mais fibrosa. Nesta fase da meiose ocorre a liberação do 1º.
corpúsculo polar. Este folículo é um folículo pronto para a ovulação.
F) Folículos Atrésicos; Estes folículos estão em degeneração e
caracterizam-se pela presença de fibroblastos, núcleos picnóticos e um
ovócito degenerado.
G) Corpo Lúteo: Após a ovulação do ovócito secundário com a zona
pelúcida e a corona radiata, o restante do folículo, ou seja, a granulosa
juntamente com a teca interna, se transforma em células luteínicas,
formando no conjunto, o Corpo Lúteo. Esta estrutura pode ser observada
no corte histológico, entre as regiões cortical e medular, como uma área
amarelo-esbranquiçada.
Esquematize os folículos observados para melhor memorização:
8
A CLIVAGEM
É um processo biológico desencadeado pela fecundação que se manifesta
através de sucessivas mitoses dividindo o ovo, uma única célula em células
menores ou blastômeros, formando uma estrutura pluricelular. A clivagem
varia com o tipo de ovo e o ovo se caracteriza pela quantidade de vitelo
presente.
Utilizaremos um modelo de estudo de clivagem: o ouriço do mar.
O DESENVOLVIMENTO INICIAL DO OURIÇO DO MAR
Material de estudo: estruturas de ouriço do mar (Echinodermata)
Tipo de ovo - Oligolecito
Tipo de clivagem: holoblástica igual
Observação da preparação histológica:
Lâmina n.______
Use a objetiva de menor aumento para encontrar o campo a ser
observado, local onde há uma concentração maior das estruturas. Mude
para a objetiva de aumento médio e passe a identificar:
1. Os ovos ou zigotos, os quais possuem uma constituição
homogênea.
2. Os estadios de 2 células, 4 células, 8 células. Compare o zigoto
com outro estadio mais adiantado e verifique como o tamanho total da
célula ovo manteve-se quase idêntico ao do estágio segmentado. A
segmentação não interferiu no tamanho total da estrutura. Os blastômeros
resultantes da clivagem nos diferentes estadios guardam proporções iguais.
3. Com esta mesma objetiva, procure uma estrutura constituída de
várias células compactadas em uma esfera. A partir de 16 blastômeros o
embrião é considerado MÓRULA. Este aspecto deve-se às sucessivas
divisões, as quais diminuíram progressivamente o tamanho dos
blastômeros. A estrutura se assemelha a uma amora, daí a denominação
deste estágio.
9
4. Identifique agora, uma estrutura que possua uma borda mais
escura. O centro desta estrutura apresenta-se mais claro, indicando que ela
é constituída de uma camada celular externa que encerra uma cavidade. A
camada celular chama-se Blastoderme e a cavidade, Blastocele. A estrutura
é a BLÁSTULA.
5. Observe agora, estruturas que possuem uma formação tubular no
centro da esfera. Aconteceu uma invaginação num dos polos da blástula,
em direção ao polo oposto. Formou-se assim, uma nova cavidade no
interior da blastocele, limitada pela parede epitelial que invaginou. Esta
nova cavidade é o Arquênteron, o qual se comunica com o meio externo
por uma abertura denominada Blastóporo. Esta estrutura é a GÁSTRULA.
6. Poderá ser observada, ainda, a larva PLUTEUS, a qual tem um
formato triangular.
Assim, a gastrulação é um processo caracterizado por movimentos
morfogenéticos que originaram três folhetos germinativos; ectoderme,
mesoderme e endoderme. Os movimentos morfogenéticos variam com o
tipo de animal, mas o resultado final é o mesmo. No ouriço do mar, foram
dois os movimentos; invaginação e migração celular.
O processo de gastrulação envolve a Ectodermogênese, a
Endodermogênese e Mesodermogênese.
Esquematize as diferentes fases observadas:
10
A GASTRULAÇÃO NAS AVES
O estudo do desenvolvimento das aves, tendo como modelo o
embrião de galinha, tem como finalidade facilitar a compreensão da
embriogênese dos mamíferos dadas as semelhanças existentes durante o
desenvolvimento inicial.
As observações dos embriões das aves começam com estágio de
gástrula devido ao fato das fases anteriores se desenvolverem no interior
do oviduto da fêmea.
O desenvolvimento do ovo estaciona, após a postura e somente
prossegue se posteriormente incubado a uma temperatura entre 37 e 38o C.
A gastrulação tem seu início de 5 - 6 horas de incubação, atingindo o ponto
culminante dentro de 16 a 18 horas.
ESTUDO AO MICROSCÓPIO ÓPTICO
Lâmina nº_________
Embrião de galinha com 18 horas de incubação - Montagem Total
Coloração - Hematoxilina
Use o microscópio com a objetiva de menor aumento para ter uma
visão de aspecto morfológico geral.
1. Observe no blastoderme:
a) sua forma em "pera"
b) uma região interna mais transparente. É a Área Pelúcida.
c) Uma região externa de aspecto turvo e manchado. É a Área
Opaca.
d) No centro está a Linha Primitiva.
Esta formação é resultado de um deslizamento superficial de células
que convergem para a linha média. É por esta linha medial que células
superficiais passam para o interior.
2. Identifique os seguintes pormenores na Linha Primitiva:
a) Região alongada mais clara entre duas bordas escuras. A região
clara denomina-se de Sulco Primitivo: as bordas são as Bordas Primitivas.
b) Uma região mais compacta na extremidade do Sulco é o Nó de
11
Hensen. Esta região indica a futura posição cefálica. No centro do Nó, há
uma área mais clara arredondada. É a fosseta primitiva.
3. Observe acima do Nó de Hensen um espessamento celular, sob a
camada superficial em direção cefálica. É o processo cefálico ou
notocordal, o esboço do Notocorda. É a formação do eixo de sustentação
do embrião ou corda dorsal embrionária.
4. Localize manchas mais coradas na Zona Opaca, são as Ilhotas
sanguíneas ou Wolf Pander.
Desenhe este estágio de desenvolvimento.
Para melhor compreensão dos fatos observados anteriormente, um
estudo cuidadoso de cortes seriados transversais se torna indispensável.
Esquema para a observação dos cortes seriados transversais
Os cortes seriados de todos os estágios embrionários são realizados
desde a região cefálica até a região caudal do embrião e são colocados na
lâmina histológica numa seqüência ordenada da seguinte maneira:
1 2 3 4 5 6 7 8 9 10
11 12 13 14 15 .................19 20
21 22 23......................................30
ETIQUETA
Deste modo, a observação deverá ser feita, obedecendo esta
sequência: 1a. fileira - da esquerda para a direita; 2a. fileira - da esquerda
para a direita, e assim por diante. Quanto maior o embrião mais lâminas
serão necessárias para ele.
12
CORTES SERIADOS TRANSVERSAIS
Lâmina nº _______
1. Repasse corte por corte para ter uma idéia geral da morfologia
interna do embrião, neste estádio.
Os cortes foram realizados no sentido céfalo-caudal. Os primeiros
cortes correspondem à região cefálica do disco trilaminar onde está situado
o processo notocordal.
2. Na seqüência dos cortes você observará o aparecimento do Nó de
Hensen - um aglomerado maior de células no centro do corte transversal.
3. Observe nos próximos cortes a Linha Primitiva que aparece como
uma depressão no meio de saliências laterais: são o Sulco Primitivo e as
Bordas Primitivas respectivamente. Por este sulco invaginaram células
formando o endoderme primeiramente e depois, uma camada
intermediária. As células invaginadas pela Linha Primitiva se dirigiram
lateral e caudalmente, formando o mesoderma indiferenciado Mesodermogênese.
4. Identifique os três folhetos embrionários que caracterizam o
processo de gastrulação.
Desenho: escolha os cortes em que se encontram os itens acima
observados.
13
PERÍODO DE ORGANOGÊNESE RUDIMENTAR
Com a definição dos três folhetos embrionários: Ectoderme,
Mesoderme e Endoderme, resultantes do processo de gastrulação, o
desenvolvimento do embrião entra numa fase de maior complexidade que
vai se acentuando cada vez mais.
O início da especialização destes folhetos é o que se denomina de
“Organogênese Rudimentar”.
Os primeiros fenômenos da organogênese são:
a) Neurulação para o Ectoderma
b) Metamerização para o Mesoderma
c) Formação do intestino primitivo para o Endoderme
Estes fatos levam à Morfogênese Primária do Embrião.
MATERIAL DE ESTUDO
Embrião de galinha - 24 horas de incubação
Coloração - hematoxilina
ESTUDO MICROSCÓPICO
I- MONTAGEM TOTAL
Lâmina n. __________
Use a objetiva de menor aumento para ter uma visão geral do
embrião.
As estruturas a serem observadas estarão em três planos distintos:
1. Em primeiro plano, na região adiante do Nó de Hensen, pode-se
observar a diferenciação do ectoderme. É o processo de Neurulação.
2. Por transparência, em segundo plano, estão os somitos,
diferenciações metaméricas do mesoderme.
3. Em terceiro plano, pode-se observar as paredes do intestino
primitivo, na região cefálica - endoderme.
14
A) ESTRUTURA EM PRIMEIRO PLANO
1.Observe como, na região à frente do Nó de Hensen, aparecem duas
estrias escuras paralelas. São as bordas neurais que tendem a se aproximar
numa posição média do seu eixo longitudinal para a formação do Tubo
Neural. É o início do Eixo Nervoso: Cérebro - medula. É o processo de
Neurulação. O ectoderme que não se neuraliza denomina-se de Ectoderme
Epidermal e tem continuidade com o ectoderme neural.
2. Note como a Linha primitiva e o Nó de Hensen regridem na parte
caudal. Esta regressão é devido ao avanço do Notocorda.
B) ESTRUTURAS EM SEGUNDO PLANO (vistas por transparência
do ectoderme neural)
1. Identifique a metamerização do mesoderme, nos lados da região
que será a futura medula. São formações cúbicas que correspondem à
segmentação do Mesoderme Paraxial = Somitos.
2. Conte o número de somitos que caracteriza seu embrião.
3. Perifericamente, na Zona Opaca, note como as Ilhotas sanguíneas
aumentaram em número.
C) ESTRUTURAS EM TERCEIRO PLANO
Procure a região cefálica para identificar as seguintes estruturas:
1. De ambos os lados da extremidade cefálica do tubo neural pode
ser notada uma estrutura com formato de “asa”.
Essas estruturas constituem as paredes do Intestino Anterior.
2. Tente entender como, por baixo do tubo neural, essa estrutura se
dobrou, formando uma “bolsa”. É o esboço do intestino denominado de
Intestino Primitivo ou Anterior que se formou através da Dobra Cefálica.
Esta região, futuramente formará a Faringe.
II. CORTES SERIADOS TRANSVERSAIS
Lâminas n. __________
1. Repasse os cortes procurando superpô-los mentalmente ao
embrião total estudado, para se acostumar à idéia da cinética do
desenvolvimento.
15
2. Procure observar como a parte anterior do cérebro se apresenta
como se estivesse solta do restante. É devido a projeção desta região
anterior sobre a membrana bucofaringeal pela Dobra Cefálica.
3. Observe como o tubo neural não se fechou na extremidade
anterior - Sulco Neural.
4. Siga através de vários cortes a morfologia desta região anterior do
tubo verificando:
a) como o tubo neural se apresenta fechado no seu segmento médio.
b) Como o tubo neural começa a se abrir novamente, na região da
futura medula espinhal.
c) Note, sob o tubo neural, a formação do Notocorda que corre
céfalo-caudamente em forma de eixo maciço.
d) Na região anterior, observe o intestino primitivo cujo
revestimento é endoderme.
e) Na região medular, observe os somitos e as outras divisões do
mesoderme: intermediário, e os laterais somático e esplâncnico.
Estes cortes têm como finalidade mostrar como se processa o
fechamento da placa neural para formar o tubo neural. A seqüência dos
cortes seriados mostra que o fechamento começa na região medial e corre
deste ponto para as duas extremidades, cefálica e caudal. Como
conseqüência, temos a origem dos Neuroporos Anterior (região cefálica) e
posterior (região caudal).
III. CORTE SAGITAL
Lâmina n. __________
1. Observe como numa extremidade, há uma dobra. É a projeção da
parte anterior do tubo neural sobre a membrana bucofaringeal.
2. À frente e em plano inferior à dobra, observe as camadas de
células que correm juntas, formando a membrana bucofaringeal.
A camada ventral é o Endoderme e a dorsal, o Ectoderme.
3. Veja neste corte:
a) A posição do intestino anterior, formada pela dobra cefálica.
b) A entrada do intestino anterior.
c) O interior do intestino primitivo em forma de “bolsa”.
Esquematize
memorização.
as
estruturas
observadas
para
uma
melhor
16
SISTEMA NERVOSO I
Para o estudo do desenvolvimento do sistema nervoso central, um derivado
do ectoderme, é necessário comparar os embriões em suas diferentes faixas
etárias, tendo-se em vista que cada estadio é um momento de
desenvolvimento e que todos juntos nos darão uma idéia da cinética
embrionária. O material empregado será embriões de galinha com 33, 48 e
72 horas de desenvolvimento.
A diferenciação do Ectoderme Geral em Ectoderme Neural é devido a ação
indutora do Notocorda que se localiza sob o ectoderme. Esta indução inicia
o processo da neurulação estudado no embrião de 24 hs. A neurulação dura
cerca de l2 horas em embriões de galinha. Pode ser assim resumido:
a. Ectoderme neural
b. Placa neural
c. Tubo neural
Este capítulo estuda a subseqüente modificação do tubo neural, dando
prosseguimento ao processo de organogênese do sistema nervoso. Esse
processo se caracteriza pelo aparecimento do Prosencéfalo, Mesencéfalo e
Rombencéfalo, ou seja, as Vesículas Encefálicas Primárias e da Medula
Espinhal.
MATERIAL DE ESTUDO
Embrião de galinha com 33 horas de incubação
Coloração: Hematoxilina
ESTUDO MICROSCÓPICO
I - MONTAGEM TOTAL
Use a objetiva de pequeno aumento e observe:
1. A morfologia externa do cérebro que apresenta 3 divisões bem nítidas.
a) cérebro anterior ou Prosencéfalo
b) cérebro médio ou Mesencéfalo
17
c) cérebro posterior ou Rombencéfalo
d) segue a Medula Espinhal
O conjunto Prosencéfalo, Mesencéfalo e Rombencéfalo formará o futuro
Encéfalo:
2. Note o Prosencéfalo ou cérebro anterior com suas duas dilatações
laterais, são as vesículas ópticas, região indutora das lentes oculares. Aqui
aparecerão os futuros elementos do globo ocular.
3. Logo abaixo, existe uma segunda dilatação do tubo neural, é o
Mesencéfalo.
4. A porção que segue é o Rombencéfalo. Observe:
a. É contínuo com Medula Espinhal
b. Internamente, há pequenas ondulações, são os Neurômeros
c. Ventralmente à ele pode-se observar o esboço cardíaco
d. Nas proximidades do Rombencéfalo, externamente, procure
observar com atenção duas suaves reentrâncias ou depressões no
ectoderma epidermal. São as placas auditivas ou óticas, de onde se
diferenciará o epitélio sensorial do ouvido interno.
Desenhe o embrião total de 33 horas com todas as estruturas observadas.
N.B. Neste momento, somente as estruturas referentes ao Sistema
Nervoso devem ser observadas.
Após o exame microscópico do embrião pode-se observar:
1. Que a região anterior cefálica sofreu profundas modificações,
apresentando-se subdividida nas Vesículas cerebrais ou encefálicas.
2. Que o tubo neural se encontra quase completamente fechado. O
neuroporo anterior está fechado mas a porção extrema posterior permanece
ainda aberta - seio romboidal.
3. O mesmo processo de desenvolvimento estudado aqui se pode aplicar
aos embriões dos animais domésticos e aos do Ser Humano, somente
variando o tempo em que este processo ocorre.
II - CORTES SERIADOS TRANSVERSAIS
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l. Começando pelo primeiro corte, examine-os em sequência, prestando a
atenção para a morfologia interna das três divisões cerebrais.
2. Veja como, gradativamente, o Prosencéfalo se dilata lateralmente.
Examine o seu interior. As dilatações laterais existentes são as Vesículas
Ópticas que se encontram com o revestimento externo, o Ectoderma
Epidermal. Examine com cuidado o ponto de contacto das vesículas
ópticas com o ectoderma epidermal.
3. Repare como o Prosencéfalo está mergulhado numa massa celular
irregular. É a massa Mesenquimal ou simplesmente Mesênquima Cefálico.
4. Observe como o Prosencéfalo não se apoia sobre a membrana
bucofaringeal indicando que o crescimento da região anterior do tubo
neural se projeta sobre o ectoderma subjacente.
5. Na seqüência dos cortes, observe o diâmetro do tubo neural diminuindo.
Na região ventral ao tubo neural surge uma estrutura central que
corresponde ao intestino primitivo. Aos lados, observam-se duas aberturas
que correspondem aos arcos aórticos. Esta parte do tubo neural
corresponde, portanto, ao Mesencéfalo.
6. Observe que, na região ventral, o intestino primitivo se expande
lateralmente, na seqüência dos cortes e os arcos aórticos agora se dividem
em 2 pares de vasos: as artérias aortas dorsais e as aortas ventrais ao
intestino primitivo. O tubo neural, neste trecho continua sendo o
Mesencéfalo.
7. Continue percorrendo os cortes em série, observando agora, as 2 aortas
ventrais. Num dado trecho, estes dois vasos se fundem em um vaso apenas,
designado de tubo endocárdico único. Neste corte, o tubo neural
corresponde agora ao Rombencéfalo. Na seqüência dos cortes observe
como este tubo endocárdico único se amplia - é o esboço cardíaco.
8. Continuando a seqüência dos cortes, ao nível do Rombencéfalo,
identifique um corte em que o Ectoderme epidermal que reveste o
rombencéfalo se apresenta espessado - é a Placa Auditiva ou Ótica.
9. No momento em que o tubo endocárdico se bifurcar nas veias
vitelínicas, o tubo neural agora corresponde à Medula Espinhal. Neste
nível podemos identificar os somitos aos lados da medula.
19
SISTEMA NERVOSO II
Após as primeiras modificações morfológicas estudadas no embrião de 33
hs, o sistema nervoso se apresenta mais complexo num embrião de 48 hs
de incubação em aves.
MATERIAL DE ESTUDO
Embrião de galinha com 48 horas de incubação
Coloração: Hematoxilina
Estádio de 26 - 27 somitos
ESTUDO MICROSCÓPICO
I - MONTAGEM TOTAL
Usando o aumento menor procure observar a morfologia geral do embrião,
dando ênfase às modificações que ocorrem no cérebro ou encéfalo.
1. Observe como o embrião de 48 horas modificou sua morfologia inicial.
Identifique os movimentos que alteraram a posição inicial:
a) Movimentos de rotação ou torção da parte anterior da região cefálica
sobre a porção caudal que se mantém firme. No embrião total esta torção
se manifesta pelo desvio da posição dos somitos e notocorda, ao longo do
eixo maior do embrião.
b) Dois movimentos de flexuras:
• Cefálica, na região do mesencéfalo, inclina o prosencéfalo em direção
caudal (próximo ao coração).
Esta flexura dá início a formação dos arcos branquiais.
• - Cervical, na região final do rombencéfalo, aprofundará e ampliará a
curvatura do encéfalo. Neste estadio, esta flexura é apenas esboçada. As
flexuras se originam devido ao aumento do volume da região anterior
cefálica.
2. Note como as três vesículas cerebrais primitivas do embrião de 33 horas
se subdividiram, tornando mais complexa a morfologia do encéfalo.
3. Procure identificar constrições externas na parte inicial do tubo neural,
que atuam como verdadeiros pontos de limite subdividindo esta região
cerebral em:
20
a - Telencéfalo - região bem anterior, dará o córtex cerebral e o estriado. A
cavidade dele formará os Ventrículos Laterais.
b - Diencéfalo - região onde se encontram os esboços dos olhos. Originará
o Tálamo, Hipotálamo, Epitálamo e Pálido. A cavidade será o 3º
Ventrículo.
c - Mesencéfalo - neste estadio, é o ponto mais alto do embrião. Não há
modificações notáveis, mas originará os Pendúculos Cerebrais e os
Tubérculos Quadrigêmeos.
d - Metencéfalo - na região dorsal, é a porção seguinte ao mesencéfalo
seguindo em direção caudal. Possui a parede dorsal fina. Originará
Cerebelo e a Ponte.
e - Mielencéfalo - caracterizado pela presença da Vesícula Auditiva e por
ter parede dorsal fina também. Originará o Bulbo.
A luz do Metencéfalo e Mielencéfalo formarão o 4º Ventrículo.
CONCLUSÕES:
1. Houve uma notável modificação no embrião de 48 hs em relação ao
embrião de 33 horas.
2. A região cerebral se tornou mais complexa dando um outro arranjo
morfológico ao embrião.
3. Devido às flexuras a região anterior à faringe origina os arcos
branquiais.
Desenhe o embrião total de 48 horas, procurando atentar aos itens
observados.
II - CORTES SERIADOS TRANSVERSAIS
1. Repasse com cuidado a série de cortes, procurando situá-los em posição
correta, no embrião total. Note as modificações internas. Devido à posição
anatômica desse embrião os primeiros cortes serão, obviamente feitos no
mesencéfalo.
21
2. Veja na seqüência dos cortes, como a cavidade interna cerebral, a
princípio se apresenta pequena, quase circular depois se torna longa com
ondulações internas. Identifique nesta única cavidade longa se ela possui
duas ou apenas uma constricção interna.
Se apresentar apenas uma, significa que o corte está passando por duas
porções do encéfalo. Uma delas é o Mesencéfalo. A outra você deverá
analisar se se trata do Metencefalo ( parede dorsal fina) ou do Diencéfalo.
Se apresentar duas constricções, então a situação do corte é outra. Neste
caso observe:
a) numa das extremidades, a cavidade é mais ampla, com paredes
espessas. É a região correspondente ao Diencéfalo.
b) em seguida, uma constricção e depois uma outra cavidade. É a região do
Mesencéfalo (central).
c) Na outra extremidade, separada por outra constricção uma região mais
estreita. É o metencéfalo. Note nesta extremidade, a parede fina.
3. Note a parede bem corada das porções cerebrais que acaba de observar.
Note ainda, o mesênquima que envolve as três porções identificadas. As
falhas encontradas no mesênquima são vasos e neste corte são ramificações
da Veia Cardinal Anterior. Externamente o Ectoderme está bem colado ao
Mesênquima.
4. Procure observar, na seqüência posterior dos cortes que essa cavidade
cerebral se divide em duas porções:
a) uma larga, é o Diencéfalo, em posição ventral.
b) Outra menor, como paredes grossas e finas. É o Metencéfalo, em
posição dorsal. A sintopia destas cavidades varia com o grau das
flexuras e do corte realizado.
5. Identifique nos cortes posteriores, o surgimento do Aparelho Ocular no
diencéfalo.
6. Analise os cortes posteriores e identifique as outras vesículas cerebrais:
Telencefalo na seqüência do Diencéfalo e Mielencéfalo, na seqüência do
Metencéfalo.
7. Enquanto estiver seccionando o Mielencefao deverá aparecer nos cortes,
a Vesícula Auditiva.
8. Identifique a medula espinhal, após o Mielencéfalo. É uma formação
com uma cavidade bem menor e estreita, com os somitos aos lados.
Desenhe: Escolha cortes que exemplifiquem os itens observados
22
SISTEMA NERVOSO III
No embrião de ave com 72 horas pode-se notar que o corpo do embrião
apresenta agora nítidas divisões: cabeça com as Vesículas Encefálicas
Secundárias, o tronco com esboços dos apêndices superiores e a cauda com
os esboços dos apêndices inferiores.
MATERIAL DE ESTUDO
Embrião de galinha com 72 horas de incubação
Coloração: Hematoxilina
ESTUDO MICROSCÓPIO
Montagem Total
Use o microscópio no menor aumento para estudar a morfologia geral.
1. Localize com cuidado a parte anterior do cérebro. Note como neste
estadio as divisões externas se apresentam bem diferenciadas e nítidas.
2. Observe como a flexura cervical está bem mais pronunciada curvando o
embrião.
3. Examine a região mais anterior do cérebro, o Telencéfalo e observe:
a) como há um limite nítido entre esta região e a imediatamente
superior, o diencéfalo.
b) como o telencefalo parece encostar-se no coração, devido a flexura
cervical.
c) como na porção bem anterior do telencefalo, pode ser vista uma
depressão do ectoderme epidermal. É a Placa Olfativa.
4. Observe agora o Diencéfalo com as suas características:
a) formação dos olhos: a lente envolta pelo cálice óptico.
23
b) procure encontrar na região externa (parede dorsal), uma pequena
saliência. É a Epífise.
5. Veja como o Mesencefalo mudou de posição projetando-se em direção
horizontal, para a nossa direita. Na sua anterior posição apical encontra-se
agora, o Mielencefalo e o Metencefalo. Este deslocamento deve-se à
flexura Cervical que cada vez mais encurva o embrião sobre si mesmo.
6) Note uma acentuada constricção entre o Mesencefalo e Metencefalo, é o
limite entre as duas porções, formando o Ístmo Rombencefálico. Observe a
parede dorsal do Metencefalo até o Mielencefalo apresentando-se
extremamente delgada. Neste local, futuramente aparecerá a Flexura
Pontina.
7. O Mielencefalo caracteriza-se pela formação auditiva (Vesícula
Auditiva)
CONCLUSÕES
1)As cinco regiões cerebrais já se encontram definidas.
2 ) As flexuras apenas esboçadas no embrião de 48 horas se aprofundam
mais, dando ao embrião de 72 horas uma curvatura característica.
3) Esta curvatura influenciou as estruturas que se desenvolvem na região
ventral.
NB: O estudo do embrião em corte sagital auxiliará a compreensão
dos ítens acima.
Corte Sagital:
Examine o interior das formações cerebrais
Internamente encontre a evaginação da parede ventral do Diencéfalo. É o
esboço da porção nervosa da Hipófise - O Infundíbulo. Procure encontrar
nessa região onde a parede do diencéfalo se cola ao ectoderme externo do
estomodeu. Observe aí uma invaginação do ectoderme epidermal. É o
esboço da porção glandular da hipófise - a Bolsa de Rathke.
A parede dorsal do cérebro posterior é bem fina. Talvez devido a isto, por
falta de sustentação, esta região sofre uma profunda inflexão, contribuindo
na formação da flexura pontina. As paredes da medula espinhal parecem
grossas.
24
CORTES SERIADOS TRANSVERSAIS
1) Repasse os cortes procurando entendê-los colocando-os em posição
correta.
2) Observe, como seguindo a seqüência dos cortes iniciais, a cavidade
cerebral, inicialmente pequena, torna-se longa. Pare neste corte e
identifique:
a) A parede neural é fortemente corada e mergulhada no mesênquima.
b) Como numa das extremidades, a cavidade é mais ampla
comparativamente ao resto. È a cavidade do Mesencefalo.
c) Na primeira metade a cavidade que segue ao mesencefalo é
denominada de Metencéfalo, onde se pode observar, lateralmente os
neurômeros (as ondulações do tecido neural).
d) Na outra extremidade, a cavidade se apresenta mais estreita, e cujas
paredes neurais vão se adelgaçando. È o Mielencefalo. Este corte
apresenta internamente uma longa cavidade que une as três diferentes
porções cerebrais.
3) Observe neste corte ainda, no mesênquima, estão mergulhadas várias
estruturas: a) Vesícula Ótica ou Otocisto em formato circular apresentando
uma coloração semelhante ao tecido neural e no nível do Mielencefalo. As
manchas escuras são os gânglios semilunar, acústico-facial e o superior.
4) Procure traçar uma linha no desenho do embrião total que posicione
corretamente este corte observado.
5) Tente encontrar em seus cortes, a porção cerebral de onde emergem
ventralmente duas ramificações nervosas que parecem penetrar no
mesênquima. Esta região é do Mesencefalo e as ramificações são os
Nervos Oculomotores.
6) Focalize a extremidade oposta à esta estrutura e identifique a Medula
Espinhal. As estruturas que sempre acompanham a medula são os somitos,
a aorta dorsal e a Notocorda.
25
7) Seguindo os cortes, tente encontrar uma região onde a parede cerebral
do Diencéfalo se cola ao ectoderme externo, do Estomodeu. É o esboço da
Hipófise sendo que do tecido neural, se originará a Parte Nervosa e do
Ectoderme se formará a Parte Glandular.
9) Identifique a parte cerebral do Diencéfalo onde se encontra a Epífise,
uma saliência na região anterior do corte. Neste mesmo corte, em oposição
à epífise, no ectoderme externo, se encontram duas espessas depressões:
são os esboços das Placas Nasais no nível do Telencefalo.
26
APARELHO DA VISÃO
O desenvolvimento do olho, pela diversidade de elementos formadores e
pela reciprocidade nas interações existentes entre esses elementos,
constitui um exemplo ilustrativo do complexo processo de organogênese.
O crescimento ectodérmico a partir do encéfalo transforma-se em Retina,
Íris, Nervo Óptico. A partir do ectoderme epidermal forma-se o Cristalino.
Os elementos formadores do olho são:
a) Ectoderme Neural do Prosencéfalo
Vesículas Ópticas
Cálice Óptico
Retina
b) Ectoderme Epidermal da Cabeça
Placa do cristalino
Vesícula do cristalino
Cristalino
c) Mesênquima cefálico
Coróide
Esclerótica
27
Esta seqüência de interações dos elementos formadores do olho
desencadeada por uma ação indutora primária da Placa Precordal,
transforma um campo potencialmente existente no Ectoderme Neural numa
expressão histológica funcionalmente diferenciada.
MATERIAL DE ESTUDO
Embriões de galinha com 33 - 48 e 72 horas de incubação.
Coloração: Hematoxilina - Eosina
ESTUDO MICROSCÓPICO
II - CORTES SERIADOS TRANSVERSAIS
EMBRIÃO DE 33 HORAS
1. Procure o corte transversal do Prosencefalo que contem as duas
dilatações laterais: são as Vesículas Ópticas. A formação da vesícula
óptica teve como indutor a Placa precordal que somente age depois que
houve a delimitação longitudinal.
2. Observe a histologia:
a) O Prosencéfalo (Ectoderme
Mesênquima Cefálico.
Neural)
está
mergulhado
no
b) Externamente pode-se notar uma camada celular, é o Ectoderme
Epidermal. Esses são os elementos formadores do olho.
3. No ponto mais próximo de contacto das vesículas ópticas com o
ectoderme epidermal, haverá a indução que resultará num espessamento
ectodérmico, a Placa do Cristalino.
Desenhe os itens observados
28
EMBRIÃO DE 48 HORAS
1. Procure, na região cefálica, o Diencefalo com os Cálices Ópticos e
identifique as duas camadas que constituem os Cálices Ópticos em
formação.
a) a camada próxima da placa do cristalino, ou seja, voltada para a
concavidade do Cálice denomina-se camada Nervosa ou Sensorial.
b) a camada mais próxima do diencéfalo, ou seja, a mais externa, é a
camada Pigmentar.
2. Observe como toda a região cefálica está rodeada de Mesênquima.
3. Observe a Vesícula do Cristalino, que é o resultado da invaginação da
Placa do Cristalino quando a mesma induziu a formação do Cálice Óptico.
EMBRIÃO DE 72 HORAS
1. Procure na região cefálica, o corte transversal do Diencéfalo contendo
os Aparelhos Ópticos.
a) Observe o Cálice Óptico notando sua parede dupla: a camada externa
e mais fina transforma-se no epitélio pigmentar da retina - portanto chamase Camada Pigmentar. A camada interna, mais espessa diferencia-se na
retina neural - portanto chama-se camada nervosa ou sensitiva.
b) Observe que neste estadio, as vesículas do cristalino já perderam sua
conexão com o ectoderma epidermal e penetram na cavidade do cálice
óptico.
A parede posterior das vesículas do cristalino sofrerá mais tarde uma
transformação: suas células alongam-se para constituírem células epiteliais
altamente especializadas chamadas fibras cristalínicas. Seus núcleos
sofrem dissolução e estas fibras, ao crescerem obliterarão gradualmente a
cavidade da vesícula do cristalino. Aí então a vesícula se transformará em
Cristalino ou Lente.
29
c) Note ainda, entre a parede dupla do Cálice Óptico há um espaço: é
o espaço intra-retiniano.
2. Procure encontrar entre os cortes seriados, um onde se pode observar a
ligação do Cálice Óptico com o Diencefalo - é o Pedúnculo Óptico, por
onde passará mais tarde, o Nervo Óptico com os Vasos Hialóides.
Desenhe os itens observados
FETO HUMANO COM CERCA DE 8 SEMANAS - Corte Sagital
Lâminas nº
Procure, no menor aumento, localizar a região cefálica. Lá, procure o olho.
1. Observe a Retina com suas duas camadas. A camada nervosa da retina
pode ser bem observada nos seus três extratos: marginal, do manto e
ependimário. O extrato marginal ficou localizado agora no interior do
cálice óptico. A camada pigmentar da retina se apresenta escura, devido
aos pigmentos sintetizados por suas células e está firmemente fixada à
coróide. Entre essas duas camadas há o espaço interretiniano.
2- Esta camada, a coróide, derivada do mesênquima adjacente, é uma
camada vascularizada. Desta forma você a localizará através das hemácias
bem próximo à camada pigmentar da retina.
Externamente à coróide temos a esclera ou esclerótica, uma camada
fibrosa, a qual é contínua com a lâmina própria da córnea.
3. Observe a córnea formada de 2 fontes: mesênquima e o ectoderme
epidermal, que se transforma no epitélio da córnea.
4. Observe o cristalino com suas fibras e com o epitélio do cristalino,
formado pela parede anterior da vesícula do cristalino. (Nem todas as
lâminas possuem o cristalino)
5. Observe as dobras palpebrais que se desenvolveram a partir de pregas
ectodérmicas com uma porção central de mesênquima.
6. Observe ainda entre o cristalino e a córnea, a Câmara Anterior e entre
o cristalino e o Cálice Óptico, a Câmara Posterior por onde entrará parte
do mesênquima que contribuirá para formação do Humor Vítreo.
30
SISTEMA MUSCULAR ESQUELÉTICO
O mesoderme e o mesênquima local são as duas fontes embrionárias
primordiais, responsáveis cada uma a seu modo, pela formação da
Musculatura Esquelética.
MATERIAL DE ESTUDO
Embriões de Galinha com 33, 48, 72 horas e 6 dias de incubação.
Coloração: Hematoxilina
ESTUDO MICROSCÓPICO
I. CORTES SERIADOS TRANSVERSAIS
1.Embrião de 33 horas: Corte em nível de Medula Espinhal.
Observe nesse estadio, como o mesoderme na região dorsal média
apresenta-se segmentado. É o Mesoderme Paraxial metamerizado em
Somitos. Veja como os somitos são formados:
a. Um conjunto de células centrais.
b. Um envoltório de células epiteliais.
2. Repare no leve estrangulamento existente logo após os somitos. É o
Mesoderme Intermediário.
3. Note como o Mesoderme Lateral se bifurca formando duas folhas,
separadas pelo Celoma:
a. Uma folha mesodérmica que se aproxima do ectoderme formando o
somatopleura, responsável pela origem da parede parietal do
pericárdio e cavidade peritoneal.
b. A outra se junta ao endoderme originando o Esplancnopleura responsável pela musculatura lisa do tubo digestivo, vasos
sanguíneos linfáticos, das vias aéreas e ductos do aparelho
urogenital. Origina também o Epimiocárdio, pleura visceral e
mesentérios.
31
Desenhe os itens observados.
Embrião de 48 horas. Corte em nível de Medula Espinhal
1. Observe, que nesse estadio, o somito se encontra em diferenciação.
Podemos identificar, nítidamente, o Esclerótomo que aparece como
células esparsas migrando em direção ao notocorda e em direção ao tubo
neural.
2. Mais externamente observe uma faixa de células bem nítidas é o
Dermomiótomo, que ainda não se diferenciou.
Embrião de 72 horas: Corte em nível de Medula Espinal
1. Observe como entre o Somatopleura e Esplancnopleura, aparece um
espaço vazio. É o Celoma.
2. Note com atenção como no estadio de 72 horas, o embrião apresenta
uma notável modificação na morfologia dos somitos. Os somitos se
apresentam alongados. Esta modificação é devido ao processo de
Delimitação Transversal, para o fechamento do corpo embrionário.
3. Examine esta nova morfologia e veja como os somitos apresentam as 3
regiões bem nítidas:
a -Esclerótomo, na região interna, envolvendo o notocorda e
semelhante a células mesenquimais, dará origem às Vértebras e
Costelas.
b - Miótomo, na parte média, dará origem ao Sistema Muscular.
c- Dermátomo, mais externamente, dará origem à Derme e
Hipoderme
4) Observe o esboço inicial dos membros, que consiste em um
espessamento do mesoderme lateral somático. Observe também o
ectoderme espesso que recobre a extremidade distal dos membros
formando a crista ectodérmica apical.
32
Desenhe os itens observados.
Embrião com 6 dias - Corte transversal
Neste corte pode-se observar, em torno do Notocorda, o esboço de uma
vértebra, em tecido cartilaginoso, ou seja, o Corpo vertebral. Em algumas
lâminas pode-se observar em torno do Tubo Neural (Medula) o Arco
Vertebral.
Feto Humano - Corte Sagital - Lâm..........
Em uma destas duas Lâminas procure localizar a região dorsal do feto e
observe a coluna vertebral. As vértebras estão posicionadas umas sobre as
outras intercaladas pelo disco intervertebral, o qual foi originado pelo
mesênquima denso que migrou para essa região, preenchendo esses
espaços.
Dependendo da lâmina pode-se observar o núcleo pulposo (não são em
todas as lâminas que se pode observar esse ítem).
33
DESENVOLVIMENTO DO CORAÇÃO
Estes movimentos morfogenéticos podem ser estudados em embriões de
galinha com 33 a 72 horas de incubação.
Coloração: Hematoxilina
ESTUDO MICROSCÓPICO
I - MONTAGEM TOTAL
EMBRIÃO DE 33 HORAS
Lâmina no._______
l. Note como o tubo endocárdico pende para o lado direito em forma de U.
Esta primeira mudança externa morfológica, é devido ao desaparecimento
do Mesocárdio Ventral e ao Crescimento do Tubo Cardíaco Único.
2. Procure identificar a morfologia desse tubo neste estadio
Num processo simultâneo, os vasos sanguíneos externos na zona opaca, se
desenvolvem em direção centrípeta, ao passo que, os vasos anexos ao
coração são direcionalmente centrífugos. Provavelmente da confluência
dessas duas correntes sanguíneas opostas e a formação da região
denominada “marcador de passo” (pacemaker) nascem os primeiros
batimentos cardíacos lentos. No homem, o batimento cardíaco se inicia na
4ª semana. Nos embriões de galinha este fato se percebe no estadio de 33
horas de incubação.
Desenhe o embrião de 33 horas, ressaltando a região cardíaca.
34
EMBRIÃO DE 48 HORAS
Lâmina no._______
l. Veja como a forma em U do tubo cardíaco se modificou em
α
Esta transformação deve-se aos seguintes fatores:
a) grande crescimento dentro da cavidade pericárdica
b) o desaparecimento completo do Mesocárdio Ventral
c) Flexuras e Rotação de 90 graus da extremidade cefálica para a
direita.
2. Compare a morfologia externa cardíaca do embrião de 48 horas, com o
embrião de 33 horas. Observe como as divisões regionais do coração se
apresentam mais nítidas agora. Neste estadio o coração apresenta as quatro
regiões bem distintas.
a) A região cardíaca mais próxima do telencéfalo é o Bulbo de onde
saem as Aortas ventrais ramificadas em Arcos aórticos da faringe.
b) A posição mais saliente do α é a região do Ventrículo. Esta forma
em α
é devido a uma torção o que leva a porção caudal do tubo
cardíaco para uma posição mais cefálica.
c) Em posição posterior ao Ventrículo encontra-se o Átrio.
d) Na região mais caudal do tubo ou na base do α está o Seio Venoso
de onde saem o Ducto de Curvier - confluência das veias cardinais
anterior e posterior, cuja estrutura não podemos observar.
Desenhe o Embrião de 48 horas com indicação dos itens observados.
EMBRIÃO DE 72 HORAS
Lâmina no._______
1. Observe como a torção do tubo cardíaco aprofundou-se aproximando as
duas extremidades do tubo.
2. Note como o Bulbo devido a torção se coloca sobre o Seio Venoso,
situado mais próximo a região ventral interna.
3. Veja como o Ventrículo, neste estádio, aparece na região mais caudal.
O átrio não se pode observar em primeiro plano.
Desenhe o embrião de 72 horas identificando os itens observados.
35
III. CORTES SERIADOS TRANSVERSAIS
EMBRIÃO DE 24 HORAS
Nestes cortes seriados pode-se observar a origem dos primórdios dos tubos
pareados do coração.
1. Procure nos cortes, a região onde o embrião apresenta-se com o
intestino anterior ventralmente aberto e revestido pelo esplancnopleura . É
a Entrada do Intestino Anterior, onde se encontram os Primórdios
Endoteliais Cardíacos ou tubos cardíacos pares.
Observe nas porções laterais da entrada intestinal primitiva como o
esplancnopleura (região externa da abertura) se apresenta mais espesso. É a
diferenciação do mesoderme esplâncnico em células endoteliais com
capacidade angiogênica.
Desenhe:
EMBRIÃO DE 33 HORAS
Veja, na sequência dos cortes do Mesencéfalo, começando por aquele onde
se pode observar o arco aortico, dois vasos ventrais ao mesencefalo. Na
seqüência, observe esses vasos se dividirem em aortas ventrais e dorsais
com o intestino anterior entre elas. Observe como as aortas ventrais se
aproximam e se fundem. Quando esses vasos se juntam forma-se um único
tubo: É o Tubo Endocárdico Único que está na Cavidade Pericárdica. Na
seqüência, observe como o tubo cardíaco único se amplia no diâmetro.
Identifique, então, neste mesmo corte:
a. a finíssima camada celular interna desse tubo. É o Endocárdio.
b. como o mesoderme esplâncnico espesso recobre exteriormente o
endocárdio. O revestimento denomina-se de Epimiocárdio, a
cavidade interna é a Cavidade Cardíaca.
c. O Tubo endocárdico está preso ao chão da faringe por um
ligamento. É o Mesocardio Dorsal.
36
EMBRIÃO DE 48 E 72 HORAS
1. Nesses cortes do embrião, o coração se apresenta como uma grande
cavidade, onde sempre se pode observar um envoltório externo
denominado de Epimiocárdio, uma membrana fina interna chamada de
Endocárdio. No interior há células soltas: são os hemocitoblastos.
2. Procure interpretar os cortes transversais do coração embrionário e
identificar as diferentes câmaras cardíacas: Bulbo Aórtico, Ventrículo,
Átrio, Seio Venoso.
• No embrião de 48 horas, o seu referencial será o Mesocárdio Dorsal.
• No embrião de 72 horas, os referenciais serão o Diencéfalo com o
Cálice Óptico e o Telencéfalo com a Placa Olfativa.
3. Identifique ainda os vasos sanguíneos: Aorta descendente, Arcos
Aórticos e Veias Vitelínicas.
37
SISTEMA UROGENITAL
Entre os vertebrados, os sistemas excretor e reprodutor, embora realizem
funções bem diferentes, são estudados em conjunto, porque estão
intimamente associados. Esta interrelação se prende aos seguintes pontos:
a) A origem embrionária comum, isto é, ao Mesoderme Intermediário, que
participa da formação dos Esboços Renais e das Gônadas, diferenciando-se
na Saliência Urogenital e posteriormente na Crista Genital.
b) Participação dos Mesonefros (rim secundário) e do Ducto de Wolff, no
nível da região caudal, que persistem como determinados ductos do
testículo e Canal Deferente dos órgãos sexuais masculinos,
respectivamente.
c) A influência indutora do Ducto de Wolff sobre o desenvolvimento do
Ducto de Muller em condutos genitais femininos.
MATERIAL DE ESTUDO
Embriões de galinha: 33, 48, 72, 96 horas e 6 dias
Coloração: Hematoxilina
ESTUDO MICROSCÓPICO
I. CORTES SERIADOS TRANSVERSAIS
EMBRIÃO DE 33 HORAS
Corte transversal em nível de Medula Espinhal
l. Procure um corte em que o mesoderme já se encontra diferenciado em
suas três regiões:
a) Mesoderme paraxial: somitos
b) Mesoderme intermediário
c) Mesoderme lateral
2. Com aumento maior, focalize o Mesoderme Intermediário, procurando
identificar em sua parte dorsal uma pequena saliência denominada Cordão
Nefrogênico. A partir desse cordão se desenvolverão as Vesículas
Nefrotomiais. Essas vesículas se desenvolverão em direção céfalo-caudal,
unindo-se uma à outra seguinte, para formar o Ducto pronéfrico. Faça um
desenho ilustrando os itens observados.
38
EMBRIÃO DE 48 HORAS
Corte transversal em nível de Medula Espinhal
l. Focalize a região caudal, junto às aortas dorsais, que se situam abaixo do
notocorda e observe:
O Ducto Mesonéfrico, um orifício situado mais na periferia, circundado
por um epitélio cúbico simples.
Desenho da região observada ressaltando os itens.
EMBRIÃO DE 72 HORAS
Corte transversal em nível de Medula Espinhal
l. Na região junto a aorta dorsal, nas proximidades do celoma, observe que
no Mesonefros há dois pequenos orifícios: o orifício mais interno é o
Túbulo Mesonéfrico e o mais externo, voltado para o celoma, é o Ducto
Mesonéfrico.
2. Procure observar atentamente, logo abaixo da aorta dorsal um
espessamento bem corado na parede epitelial que limita o celoma. É a
Crista ou Eminência Genital, formada pelo Epitélio Celomático ou
Peritoneal. Nesta região, os gonócitos se diferenciarão.
Desenhe o corte observado identificando esses itens.
EMBRIÃO DE 6 DIAS
Lâmina no._______
Corte transversal em nível de Medula Espinhal:
No embrião de 6 dias pode-se observar claramente o conjunto urogenital.
l. Localize, abaixo do notocorda, as seguintes estruturas:
a) O sistema excretor de ambos os lados representado pela estrutura maior,
formado por um emaranhado de tubos seccionados. São os Mesonefros.
39
b) Entre as duas porções do sistema excretor, internamente, observe duas
formações condensadas, mais fortemente coradas: são os Esboços das
Gônadas ou as Gônadas Indiferenciadas.
II - CORTES SAGITAIS
EMBRIÃO DE 96 HORAS
Lâmina no._______
l. Note na região dorsal do embrião um emaranhado de túbulos, são os
mesonefros, localizados na região lombar e abdominal do embrião.
Desenhe o corte sagital identificando os itens observados.
EMBRIÃO DE 6 DIAS
Lâmina no._______
Na região dorsal do embrião há um emaranhado de túbulos: é o
MESONEFRO.
FETO HUMANO
Lâmina nº _______
Em uma dessas duas lâminas, em posição sacral, você poderá observar os
METANEFROS ou os rins definitivos.
40
SISTEMA DIGESTÓRIO
Para se estudar o desenvolvimento do Sistema Digestório os
embriões de galinha em montagem total contribuem muito pouco. Os mais
importantes esclarecimentos são dados pelo estudo dos cortes seriados
desses embriões. O Sistema Digestório é uma contribuição embrionária da
Endoderme e do Mesoderme Esplâncnico.
MATERIAL DE ESTUDO:
• Embriões de galinha de 24, 33, 48 e 72 horas de incubação.
Coloração: Hematoxilina
ESTUDO MICROSCÓPICO
I - MONTAGEM TOTAL
1) EMBRIÕES DE 24 HORAS E DE 33 HORAS DE INCUBAÇÃO
Lâminas no._______
Usando o aumento menor do microscópio procure identificar:
a) Uma estrutura em forma de “asa” próxima aos somitos. É a Entrada do
Intestino Anterior. Nestes estadíos já se pode notar o processo da
Delimitação que transforma o endoderme em Tubo Digestório.
b) Por transparência, na região cefálica, junto as dilatações laterais do
prosencéfalo, a sombra do endoderme formando a parede do intestino
anterior.
c) No embrião de 33 horas esta estrutura aparece mais nítida e mais longa
ainda.
2) EMBRIÃO DE 48 E 72 HORAS
Lâminas no._______
Durante estes estadios , o canal primitivo do intestino sofre notáveis
transformações morfológicas. Na região anterior, o canal intestinal
(faringe), enruga-se por causa das flexuras, originando os arcos faringeais.
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• Observe nos embriões de 48 e 72 horas, como próximo ao tubo cardíaco
exatamente sob a curvatura cefálica, aparecem pequenos mamilos ou
ondulações. São os Arcos Faringeais ou Branquiais.
• Veja como o número de arcos branquiais varia entre os embriões
observados. Este fato depende do aprofundamento das flexuras e idade
do embrião.
II. CORTES SERIADOS TRANSVERSAIS
1- EMBRIÃO DE 24 HORAS E DE 33 HORAS
Siga a seqüência dos cortes, da parte mais cefálica para a caudal.
1. Procure identificar, sob o tubo neural e notocorda mergulhado no
mesênquima cefálico, uma estrutura tubular aplanada de paredes finas
com prolongamentos laterais. É o Intestino Anterior ou Faringe.
2. Observe como ao longo dos cortes seriados, a Faringe parece um canal
achatado. Veja se pode identificar entre o tubo neural e a faringe, dois
vasos. São as Artérias Aortas Dorsais.
3. Note como o corte todo da região cefálica que você acaba de observar,
parece estar solto sobre uma membrana. A membrana dupla que aparece
é a membrana bucofaríngea, formada pelo Ectoderme e o Endoderme.
4. Acompanhando a seqüência de cortes que apresentam a faringe, você
chegará em um corte no qual o chão da faringe se abre (o
esplancnopleura se abre juntamente com as veias vitelinas). Então se
chega em um nível do embrião correspondente ao Intestino Médio o
qual se comunica com o saco Vitelino.
2 - EMBRIÃO DE 48 HORAS
1. Procure um corte onde se pode observar Metencéfalo com Diencéfalo
num nível que passe cranealmente ao aparelho óptico. Entre essas
Vesículas cerebrais você deverá observar a luz do trato digestório. Neste
nível, observa-se a Faringe ladeada pelos Arcos Faringeais. Observe que
cada arco contém um arco aórtico no seu interior.
2. Procure um corte onde se pode observar as formações oculares no
Diencéfalo. Observe bem no centro do corte a luz da Faringe, ladeada
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pelas aortas dorsais junto ao notocorda e as aortas ventrais próximas ao
diencéfalo. Estes Vasos estão dentro dos arcos faringeais ou branquiais.
3. Identifique os Arcos Branquiais como formações arredondadas com
vasos sangüíneos no centro: são os Arcos Aórticos. O número dos arcos
branquiais varia conforme a idade do embrião o que significa maior
aprofundamento das flexuras.
4. A medida que você aprofundar nos cortes transversais, você observará
que o formato desse tubo se modifica, mudando para arredondado e os
arcos faringeais não são mais visíveis. Este é um outro nível: o do
Esôfago agora.
5. Na seqüência esse esôfago também perde o chão, abrindo-se
ventralmente para o saco vitelino. É o nível do Intestino Médio.
3 - EMBRIÃO DE 72 HORAS
1. Procure nos primeiros cortes transversais, um corte no nível do
mesencéfalo e da Medula Espinal e entre essas vesículas encefálicas,
observe os Arcos Branquiais em maior número cercando uma grande
cavidade. É a região de Faringe.
2. Procure identificar os três folhetos embrionários no arco branquial:
a. Externamente está o Ectoderme.
b. A massa interna contendo os arcos aórticos é o Mesênquima.
c. O revestimento interno da faringe é o Endoderme.
3. Note nesses arcos branquiais constrições por estrangulamento. As
constrições internas no endoderme são as Bolsas Faríngeais. No embrião
humano existem 4 Bolsas. As constrições externas no ectoderme, são os
Sulcos ou Fendas Faringeais. As bolsas contribuem na formação da
tuba, ouvido médio, revestimento da amígdala, timo, paratireóide
inferior, paratireóide superior. A primeira fenda contribui na formação
do epitélio do ouvido externo, as demais fazem parte da região cervical.
4. A medida que você aprofundar nos cortes transversais, você observará
que o formato desse trato se modifica, mudando para arredondado e os
arcos faringeais não são visíveis. Você vai encontrar uma região em que
o contorno da luz desse trato se torna triangular. É o Divertículo
traqueo-brônquico. Em seguida essa luz se separa em três. São: o
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esôfago, dorsalmente e os esboços dos brônquios, ventralmente. Deste
segmento em diante é o nível do Esôfago agora.
5. Na seqüência essa luz se torna mais dilatada pois estaremos no nível do
Estômago. Logo a seguir começa o duodeno, na sua parte cranial. Nesta
altura, ele também perde o chão como no estágio de 48 horas, abrindo-se
ventralmente para o saco vitelino. É o nível do Intestino Médio,
novamente.
6. Ainda poderá ser observado nos cortes finais da série, secções do
intestino posterior e da cloaca.
III. CORTE SAGITAL
1. EMBRIÃO DE 24 HORAS
Lâmina no._______
Esta observação já foi efetuada quando estudamos a Organogênese
Rudimentar, portanto trata-se de uma recordação. Observe no corte a
região da dobra cefálica onde se observa o intestino primitivo anterior cujo
revestimento é endoderme.
2. EMBRIÃO DE 72 HORAS
Lâmina no._______
1. Observe passando abaixo do Tubo Neural correspondente aos
Metencéfalo e Mielencéfalo, a luz do Trato Digestório, que
corresponde à faringe. Siga esse tubo em direção cefálica e você
encontrará a região do Estomodeo que se flete como o Tubo Neural e
ao passar paralelo ao Diencéfalo observe a Bolsa de Rathke: uma
invaginação do epitélio do Estomodeo. Ela originará a Adenohipófise
no indivíduo adulto.
2. Seguindo para o lado dorsal, estaremos indo na direção ao esôfago.
3. Na seqüência tem-se o estomago, duodeno e intestino médio.
4. FETO DE 8 SEMANAS
Pode-se identificar neste corte, o fígado, estômago, pulmão.
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