conclusão - BVS SMS-SP

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INFESTAÇÃO POR AEDES AEGYPTI
NOS DISTRITOS ADMINISTRATIVOS
E TRANSMISSÃO DE DENGUE NO
MUNICÍPIO DE SÃO PAULO NO
PERÍODO DE 1998 a 2010.
: Identificar as práticas de biossegurança executadas durante a prestação de serviços por
empresas especializadas em Internação Domiciliar do Município de S. Paulo.
A dengue é uma doença infecciosa aguda de curta duração e de gravidade variável. A transmissão ocorre através da picada do mosquito Aedes aegypti infectado com o vírus dengue. Apesar da infecção possuir amplo espectro de
manifestações clínicas, a maior parte dos infectados não apresenta sintomas
ou apresenta um quadro febril inespecífico. A dengue foi reintroduzida no
país em 1981 no estado de Roraima. No Estado de São Paulo, a reinfestação
pelo Aedes aegypti iniciou em 1985 e a partir do final de 1990 a transmissão
deu-se em todos os anos. Os maiores Coeficientes de Incidência (CI) ocorreram nos anos de 2007 quando foram confirmados 92.345 (CI 221,6 por
100.000 habitantes) e em 2010, 157.200 casos (CI 458,9 por 100.000 habitantes) de dengue no Estado.
OBJETIVO
Este trabalho visa apresentar a relação da infestação por Aedes aegypti, a
ocorrência de casos de Dengue e a circulação viral no Município de São
Paulo (MSP) no período de 1998 a 2010.
METODOLOGIA
Os dados epidemiológicos foram coletados pelas equipes de Vigilância em
Saúde, sob a coordenação técnica da Coordenação de Vigilância em Saúde
(COVISA), durante as atividades preconizadas pelo Programa Nacional de
Controle da Dengue, (seguindo os preceitos do SUS) e no Sistema Nacional
de Agravos de Notificação (SINAN). Os dados de infestação de Aedes aegypti
foram coletados a partir de pesquisas larvárias de ovitrampas, espalhadas
pelo território do município.
RESULTADOS
Em 1993 foi detectada a primeira infestação do MSP na região noroeste, com 15
Distritos Administrativos (DAs) infestados dos 96 existentes (15,6%).A infestação
pelo vetor deu-se de modo rápido e ocorreu inicialmente na região
norte/noroeste, dispersando-se para a região central e oeste. Da região sudeste
parece ter se expandido para a leste e, por último, chegou à região sul da cidade,
sendo que atualmente todos os DAs do município encontram-se infestados pelo
mosquito.(Mapa 1,2,3 e 4)
100
94
94
94
90
70
63
60
66
60
30
40
40
20
0
GRÁFICO 1 – Nº de DAs com transmissão
de dengue e coeficiente de incidência (por
100.000 hab)
no período de 1998 a 2011*
20
30
10
40
53
50
Email: [email protected]
60
50
80
¹ Gerência de Vigilância em Saúde Ambiental,
Coordenação de Vigilância em Saúde, Secretaria
Municipal de Saúde de São Paulo.
16
10
9
0
1
0
3
0
19
98
19
99
20
00
20
01
20
02
20
03
20
04
20
05
20
06
20
07
20
08
20
09
20
10
20
11
INTRODUÇÃO
Moraes, N.C.S.F.L.¹;
Araujo, R.V.¹;
Castro, B.C.¹;
Katz, G.¹;
Cardoso,V.A.¹
DA com transm issão
inc
Até o ano de 2002, a maioria dos casos de dengue notificados no município
eram importados, freqüentemente relacionados aos deslocamentos de munícipes para cidades litorâneas do Estado, bem como para outras regiões do
país, sendo pouco relevante a transmissão autóctone. Contudo, a partir de
2003 a proporção de casos transmitidos desta forma ultrapassou a de casos
importados, evidenciando a ampla circulação desse agente na cidade e a existência de condições favoráveis à sua manutenção e propagação. Em 2007 a
transmissão autóctone prevaleceu, em 2010 foi o ano que caracterizou a
maior epidemia de dengue vivenciada pelo Município até agora (Tabela1).
Em relação aos sorotipos circulantes, no período de 1999 a 2002 circulou
apenas DEN 1, em 2003 temos a introdução de DEN 3 e em 2007 DEN 2,
portanto temos a circulação de 3 sorotipos com predomínio de DEN 1 em
2010 (Mapa 5).
Ano
Autóctone
Importado
1998
0
145
1999
2
82
2000
0
122
2001
308
323
2002
429
1.706
2003
760
743
2004
10
88
2005
37
212
2006
416
835
2007
2.624
1.029
2008
216
354
2009
322
273
2010*
5.866
1.648
Tabela 1 - Casos Autóctones Importados – MSP – 1998 a 2010*
Mapa 5 - Distribuição dos sorotipos de dengue por distrito
administrativo de infecção
no Município de São Paulo no
período de 2003 a 2010*
CONCLUSÃO
ESTRATO 1:
ESTRATO 1:
ESTRATO 2:
ESTRATO 2:
Casos autóctones de Dengue
Área com Aedes aegypti
ESTRATO 3:
Área sem Aedes aegypti
Mapa 1- ESTRATIFICAÇÃO DO
MUNICÍPIO DE SÃO PAULO DE
ACORDO
COM
SITUAÇÃO
ENTOMO- EPIDEMIOLÓGICA- 2001
Casos autóctones de Dengue
Área com Aedes aegypti
ESTRATO 3:
Área sem Aedes aegypti
Mapa 2- ESTRATIFICAÇÃO DO
MUNICÍPIO DE SÃO PAULO DE
ACORDO
COM
SITUAÇÃO
ENTOMO- EPIDEMIOLÓGICA - 2003
ESTRATO 1:
ESTRATO 1:
ESTRATO 2:
ESTRATO 2:
Casos autóctones de Dengue
Área com Aedes aegypti
ESTRATO 3:
Área sem Aedes aegypti
Mapa 3- ESTRATIFICAÇÃO DO
MUNICÍPIO DE SÃO PAULO DE
ACORDO
COM
SITUAÇÃO
ENTOMO- EPIDEMIOLÓGICA - 2007
Casos autóctones de Dengue
Área com Aedes aegypti
ESTRATO 3:
Área sem Aedes aegypti
Mapa 4- ESTRATIFICAÇÃO DO
MUNICÍPIO DE SÃO PAULO DE
ACORDO
COM
SITUAÇÃO
ENTOMO- EPIDEMIOLÓGICA - 2010
Os primeiros 2 casos autóctones de dengue no MSP ocorreram em 1999, com
33 (34,3%) DAs infestados. Em 2000, havia 33 DAs infestados(34,3%) , em 2001
- 40 (41,6%) , 2002 - 52 (54,1%), 2003 - 70 (72,9%), 2004 - 75 (78,1%), 2005 - 81
(84,3%), 2006 – 83 (86,4%) e a partir de 2007, em todos os 96 DAs. Desde 2001,
a transmissão tem sido registrada todos os anos. As maiores incidências
deram-se nos anos de 2003 (7,20 por 100.000 habitantes), 2007 (24,22 por
100.000 habitantes) e 2010 (53,0 por 100.000 habitantes) com transmissão
utóctone, respectivamente em 53 (55,2%), 94 (97,9%) e 94 (97,9%) DAs (Gráfico 1).
A expansão da transmissão acompanhou o aumento de DAs infestados apesar de
todos os esforços para impedir a domiciliação do vetor.
A ocorrência de epidemias depende da interação do triângulo clássico
envolvendo vírus, vetor e indivíduos susceptíveis. Para seu enfrentamento é
preciso a adoção de estratégias de gestão integrada com a participação de
vários atores sociais.
A Vigilância Epidemiológica e Entomológica são de fundamental importância
para o entendimento da dinâmica de transmissão desse agravo, uma vez que,
a introdução e circulação de diferentes sorotipos em determinada área,
aumenta consideravelmente o risco de formas graves da doença.
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