FOTOGRAFIA DIGITAL NA CLÍNICA DIÁRIA

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FOTOGRAFIA DIGITAL NA CLÍNICA DIÁRIA
Masioli, MA; Masioli, DLC; Damazio, WQ
FOTOGRAFIA DIGITAL NA CLÍNICA DIÁRIA
Masioli, MA; Masioli, DLC; Damazio, WQ
FOTOGRAFIA DIGITAL NA CLÍNICA DIÁRIA
Marco Antonio Masioli
⇒ Doutor em Clínica Odontológica- Universidade Federal do Rio do Janeiro (UFRJ)
⇒ Professor Coordenador das Disciplinas de Materiais Dentários e PPRUniversidade Federal do Espírito Santo (UFES)
Deise Lima Cunha Masioli
⇒ Especialista em Ortodontia- Universidade Estadual do Rio de Janeiro (UERJ)
⇒ Mestre em Ortodontia- Universidade do Estado do Rio de Janeiro (UERJ)
Wagner Quaresma Damázio
⇒ Especialista em Dentística Restauradora - Universidade Vale do Rio Doce
(UNIVALE)
⇒ Professor de Dentística Restauradora da Graduação e EspecializaçãoUniversidade Vale do Rio Doce (UNIVALE)
Este capítulo é parte integrante do eBook lançado durante o 25º Congresso
Internacional de Odontologia de São Paulo – 25º CIOSP (janeiro de 2007) e distribuído
gratuitamente pelo site www.ciosp.com.br, pertencente
à Associação Paulista de Cirurgiões Dentistas – APCD.
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FOTOGRAFIA DIGITAL NA CLÍNICA DIÁRIA
Masioli, MA; Masioli, DLC; Damazio, WQ
A imagem, com seu poder de convencer
e substituir palavras vem tornando-se
cada vez mais importante em todos os
aspectos do cotidiano. Quando bem
empregada, transmite informações e
desejos. Seu poder tem sido aproveitado
ao máximo pelo homem. Um mundo de
informações é apresentado através da
visão por televisores, celulares, outdoors,
datashows, monitores de computador,
talvez porque, enquanto as palavras
precisam ser reconhecidas e analisadas
para serem entendidas, as imagens só
precisam ser reconhecidas, tornando-se
assim uma arma a favor de quem souber
capturá-las e utilizá-las.
Nesse contesto a fotografia digital está
sendo cada vez mais utilizada e oferece
vantagens em relação a convencional, a
economia feita em cada tomada, já que
não há necessidade de filme nem,
conseqüentemente,
de
seu
processamento, é uma delas. Mas sem
dúvida a maior vantagem da captura
digital é a visualização imediata. Uma vez
capturada, a fotografia pode ser
visualizada e, dependendo do resultado,
pode-se repetir a tomada, excluir as
imagens que não interessam e arquivar
ou imprimir as de maior utilidade. Com
isso cada vez mais cirurgiões dentistas
tem utilizado a câmera digital como
parte integrante de seu cotidiano e dessa
forma é importante a compreensão
dessa nova tecnologia.
O principal objetivo da fotografia clínica é
documentar o estado pré e póstratamento das regiões intra e periorais,
bem como as técnicas utilizadas no
decorrer do tratamento. A fotografia
odontológica tem características e
dificuldades próprias. Nessa modalidade
fotográfica em que o assunto geralmente
é pequeno (dentes) e se encontra em
uma cavidade de difícil acesso (boca), o
enquadramento, composição, focalização
e iluminação são difíceis de ser
conseguidos, mesmo com equipamentos
especiais. Não basta “apontar e
fotografar”. A profundidade de campo
que, em fotografias normais, pode chegar
a quilômetros, em macrofotografias
restringe-se a alguns milímetros. Por isso,
o ideal é aumentar a iluminação com o
flash apropriado, trabalhar com a menor
abertura de diafragma possível, além de
posicionar
o
eixo
da
fotografia
perpendicular ao assunto.
Todas essas características fazem com
que seja essencial o conhecimento
básico do assunto, antes mesmo de se
adquirir o equipamento, para que este
satisfaça as necessidades. Existe uma
grande variedade de equipamentos
digitais, com especificações diferentes,
que podem ser utilizados em fotografia
clínica. A escolha vai depender do
objetivo de cada profissional. Se houver
necessidade de fotografias com um
maior grau de padronização e excelência,
talvez o ideal seja investir um pouco mais
e adquirir uma câmera profissional,
embora algumas câmeras compactas
possam capturar fotografias clínicas com
excelente
qualidade.
Aplicação da fotografia clínica
“Uma imagem vale mais do que mil
palavras”. Usar uma imagem fotográfica
de forma correta pode trazer grandes
benefícios aos cirurgiões-dentistas. O
ensino da fotografia clínica e científica
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Masioli, MA; Masioli, DLC; Damazio, WQ
deveria ser introduzido e difundido nas
universidades para que futuros clínicos,
professores e conferencistas tivessem
mais facilidade no preparo e utilização do
material visual. Quando capturadas de
forma correta, as imagens fotográficas
podem ser usadas para diversas
finalidades na Odontologia, entre tais
pode-se destacar: a documentação e
avaliação de trabalhos executados, o
ensino,
a
comunicação
entre
profissionais, a orientação aos pacientes,
o marketing e a elucidação de demandas
legais.
Documentação e avaliação de trabalhos executados
como prova no caso de alguma demanda
legal.
Fotografias podem completar a ficha
clínica do paciente, servindo como
Com cinco tomadas fotográficas (uma
documentação, ajudando a elucidar
frontal, duas oclusais e duas laterais),
questões corriqueiras, ou completando
tem-se todo o aspecto intra-oral do
arquivos forenses, podendo ser usadas
paciente (Figs. 1A-E).
Figura 1A - Lateral direita
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Figura 1B - Frontal.
Figura 1C - Lateral esquerda.
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Figura 1D - Oclusal superior.
Figura 1E - Oclusal inferior.
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É possível ainda utilizar fotos de sorriso,
do rosto e da face (frente e perfil) para
documentar as regiões periorais que
podem
ser
alteradas
devido
a
tratamentos odontológicos (Figs. 2 A-C).
Figura 2 A-C - Fotografias extra-orais.
*As fotografias de sorriso, rosto e face podem completar a ficha clínica do paciente.
Figura 2 B e C
Como regra, o ideal seria fazer imagens
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prévias a qualquer procedimento, em
especial antes de tratamentos que
envolvam estética ou em trabalhos
longos,
como
reabilitação
oral,
implantodontia ou ortodontia. Nesses
casos, as características da cavidade oral
geralmente são muito modificadas e o
investimento de tempo, dinheiro e
desgaste de tecido é muito grande. Fotos
do “antes e depois” servem muitas vezes
para mostrar que o tempo e o dinheiro
gastos não foram em vão e que o
tratamento caminha/caminhou conforme
Figura 3 A - Utilização de réguas ou escalas para
verificar a evolução das lesões orais.
o previsto. A fotografia ajuda na
avaliação e no aprimoramento de
técnicas de trabalho, pois a imagem
geralmente tem proporções maiores que
o natural, mostrando nitidamente
detalhes e defeitos que muitas vezes não
são vistos clinicamente. Ajuda ainda na
descrição de cor, forma, textura e
tamanho das lesões. A descrição do
tamanho e da evolução das lesões pode
ser auxiliada por inclusão de escalas ou
réguas milimetradas na composição da
fotografia (Figs. 3 A-B).
Figura 3 B - Utilização de réguas ou escalas para
verificar a evolução das lesões orais.
Ensino
Mesmo um profissional com o mais
apurado comando da linguagem pode ter
dificuldades na descrição da condição
oral de um paciente ou de um
tratamento. As técnicas podem ser
compreendidas com mais facilidade pelo
ouvinte ou leitor quando bem ilustradas.
Além de facilitar a compreensão, as
imagens encurtam o tempo das palestras
e as palavras das publicações. Aulas com
um bom material didático tornam-se
mais atrativas e valorizam o trabalho de
quem
pretende
transmitir
seus
conhecimentos.
Comunicação entre profissionais
Em pesquisa, a troca de conhecimentos é
essencial. As fotografias complementam
os elementos de informação. A
demonstração visual pode contribuir para
os esclarecimentos necessários e tornar
mais
eficiente
a
discussão
multiprofissional de casos clínicos, sem a
necessidade da presença do paciente.
Graças à fotografia digital e à Internet,
podem-se compartilhar casos raros e
discutir diagnóstico e tratamento com
outros profissionais em questão de
instantes, mesmo que eles estejam em
países ou continentes diferentes (Figs. 4
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A-E).
Figura 4 A - Aspecto intra-oral de um paciente.
*Com estas tomadas fotográficas, uma equipe multidisciplinar pode discutir e planejar o caso, sem
estar junta ou sem a presença do paciente.
Figura 4 B - Aspecto intra-oral de um paciente.
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Figura 4 C - Aspecto intra-oral de um paciente.
Figura 4 D - Aspecto intra-oral de um paciente.
Figura 4 E - Aspecto intra-oral de um paciente.
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O envio de fotografias da área biopsiada
juntamente com tecidos a serem
analisados pode facilitar o diagnóstico
dos patologistas. Na comunicação com
laboratórios protéticos, principalmente
quando se necessita de um bom
resultado estético, fotografias do sorriso,
dos dentes e de tecidos vizinhos
expressam melhor o aspecto oral do
paciente do que folhas de explicações, e
auxiliam na caracterização das peças
protéticas.
A fotografia, quando de boa qualidade,
pode expressar forma, textura, proporção
e interação dos dentes com o restante da
face. Porém, a análise de cor por meio de
fotografias analógicas ou digitais ainda
não é um método seguro (Figs. 5 A-E). A
cor das fotografias em papel ou slides
depende da iluminação, da regulagem da
câmera e do processamento (revelação)
do filme e das cópias. Nas fotografias
digitais, a cor depende da iluminação, da
regulagem das câmeras fotográficas, das
impressoras,
dos
monitores
de
computador e dos projetores de
multimídia onde as imagens são
observadas.
Figuras 5 A-C - A mesma foto com cores diferentes.
*Essa diversidade impede que fotografias possam ser usadas de forma
precisa para tomadas de cor.
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Figuras 5 D-E - A mesma foto com cores diferentes.
*Devido a essa diversidade de cor, as fotos de antes e depois não revelam com segurança a evolução do
clareamento. Nessas devemos incluir escalas de cor na composição da fotografia.
Comunicação com o pacienteErro! Indicador não definido.
O uso de imagens facilita a comunicação
profissional-paciente, pois permite ao
paciente visualizar as opções possíveis
em cada caso, e assim opinar com mais
consciência
a
respeito
dos
procedimentos que lhe forem mais
agradáveis e viáveis. Além disso,
imagens podem ajudar no incentivo e
orientação sobre higiene oral, assim
como mostrar o que pode vir a acontecer
caso essas orientações não sejam
seguidas.
Marketing
Muitos dos tratamentos realizados por
dentistas são feitos em áreas de difícil
visualização. Fornecer imagens aos
pacientes,
permitindo
que
eles
comparem o pré e o pós-operatório, pode
transformá-los
em defensores
do
trabalho realizado, pois os próprios
pacientes normalmente o mostram a
familiares e amigos, fazendo um
marketing de maneira simples, sutil e
efetiva (Figs. 6 A-C). Fotografias de
trabalhos executados deixadas na
recepção das clínicas podem fazer com
que tratamentos dentários se tornem
objeto de desejo dos clientes, além de
aumentarem
a
confiança
nos
profissionais que os executam. Mostrar
fotografias de trabalhos executados em
conferências, aulas e publicações pode
abrir novos horizontes à carreira
profissional, valendo indicações e
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proporcionando novas oportunidades.
Figuras 6 A-C - Evolução de um tratamento restaurador.
A validade jurídica da fotografia digital
As fotografias, juntamente com as
radiografias e o prontuário dos pacientes,
são
documentos
importantes
em
Odontologia. E essa documentação,
quando satisfatória, serve desde a
identificação de cadáveres à defesa
profissional.
Diante do considerável aumento de
processos questionando possíveis erros
profissionais, não se pode negligenciar na
documentação dos pacientes. E, no caso
específico, a fotografia, tanto analógica
quanto digital, pode ser de grande valia
perante o Poder Judiciário.
É sabido que, para que uma fotografia
analógica seja incontroversa (no caso de
prova documental), devem-se juntar aos
autos do processo os respectivos
negativos ou apresentá-la em slides. No
caso de fotografia digital, esse negativo
não existe, nem por isso significa que não
tenha validade de prova. Ao revés, se a
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parte contrária nos autos de um processo
não
contestar
fotografias
digitais
apresentadas pela outra parte, presumese aceitação.
Muito se discute a respeito da validade
da fotografia digital quando comparada à
dos slides ou das fotos em papel com
seus
respectivos
negativos.
Tal
questionamento reside na facilidade com
que as fotografias digitais podem ser
manipuladas. Nesse sentido, o fato de as
imagens estarem em slides ou em
negativo não significa que também não
podem ser contestadas, pois, caso se
queira usar de má-fé, pode-se manipular
a imagem digitalmente, fazer uma
impressão com qualidade fotográfica e
fotografar essa imagem com filme
analógico para slide ou papel. Esse
processo pode passar despercebido ou
ser descoberto com o auxílio de peritos;
assim também a manipulação digital.
Além disso, depois de comprovada a
veracidade das imagens analógicas, não
há como comprovar a data em que foram
capturadas. No caso de demandas
judiciais, também não há como afirmar
com segurança que as fotografias foram
feitas no início, no meio ou no final do
tratamento.
As imagens tanto analógicas quanto
digitais devem ser levadas em
consideração, mesmo podendo ser alvo
de manipulação, a exemplo do que
ocorre com testemunhas que prestam
depoimentos falsos ou mentem em juízo
e nem por isso são descartadas nos
processos judiciais. Assim, não é a forma
como se documenta, e sim o caráter das
pessoas que pode gerar o mau uso das
possibilidades existentes.
O problema da documentação digital é
que se trata de algo novo, e existem
questões a serem elucidadas. Ainda não
existe uma legislação que regulamente o
prontuário odontológico digital. Por outro
lado, o próprio Estado legitima o uso das
informações
digitais.
As
eleições
brasileiras são feitas através de urnas
eletrônicas, e, segundo a Justiça Eleitoral,
a possibilidade de fraude diminuiu com
essa nova tecnologia. O Senado Federal
faz uso de votação eletrônica e exibe
resultados em painel eletrônico.
As carteiras de motorista expedidas pelo
DETRAN, que valem como documento de
identidade em todo o território nacional,
contêm foto e assinatura do motorista,
que foram digitalizadas e impressas, e,
por fim, o imposto de renda é feito no
computador e enviado pela Internet, e o
comprovante é impresso na própria
impressora do contribuinte.
O fato é que o cirurgião-dentista tem que,
cada vez mais, documentar de forma
correta todos os serviços efetuados em
seus
pacientes.
A
fotografia,
independente de o modo de captura ser
analógico ou digital, deve estar a seu
serviço. Para isso, deve ser capturada,
processada, armazenada e arquivada
corretamente, juntamente com os
demais documentos dos pacientes.
Um outro dado importante é que a
maioria das câmeras fotográficas
informa, juntamente com a fotografia, os
dados a ela pertinentes. Essas
informações são perdidas se uma
mínima alteração for executada, sendo
possível detectar se a imagem observada
foi ou não alterada. Por isso, é
conveniente que as fotografias originais
sempre sejam arquivadas, mesmo que
apresentem qualidade ruim e tenha
havido necessidade de otimizações para
melhorá-las.
A favor do cirurgião-dentista há ainda
câmeras que gravam imagens em
formato RAW, o qual, como já descrito,
não aceita modificações. Uma imagem
em RAW pode ser modificada, mas, para
salvá-la, é necessário usar outro formato,
ficando o RAW intacto. Dessa forma,
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podem-se fazer diversas alterações e
salvamento, mas a imagem original
funciona como um negativo inalterado.
Se a questão jurídica ainda assim for
motivo de preocupação, podem-se inserir
as imagens digitais do pré-operatório dos
pacientes em um documento impresso
em papel fotográfico, que tem maior
durabilidade, e pedir que o paciente o
assine, reconhecendo a veracidade do
documento (Anexo A).
Quanto ao aspecto da confiabilidade no
mundo científico, revistas e livros
impressos em papel ou divulgados
através de CD-ROM e Internet utilizam
imagens digitais, e, se as fotografias a
serem
mostradas
estiverem
originalmente em slides ou em papel,
provavelmente
serão
digitalizadas
através de scanners antes de sua
inserção no restante do texto. Conclui-se,
pois, que manipulação de resultados
sempre existiu, mesmo antes do advento
das câmeras digitais e, infelizmente, vai
continuar existindo.
Ainda vale lembrar que, quando se trata
de aspectos legais, uma fotografia em
que uma pessoa pode ser reconhecida
(por exemplo: fotos da face) só pode ser
mostrada com o consentimento do
modelo ou paciente (Anexo B). Em caso
de menores, o consentimento deve vir
dos pais ou responsável. Na ausência de
autorização, deve-se cobrir parte da
fotografia (por exemplo: ocultar os olhos
em fotografias de rosto). Em partes do
corpo pelas quais o modelo não pode ser
reconhecido,
o
consentimento
é
aconselhável, mas não obrigatório.
PLANEJAMENTO NESSESSARIO PARA TOMADA FOTOGRÁFICA
Para se obter excelência em fotografias
intra e extra-orais, é preciso saber com
que objetivo elas serão feitas, planejar a
seqüência fotográfica e conhecer o
funcionamento, os recursos e as
limitações do equipamento fotográfico
que irá ser utilizado para capturar das
imagens.
As fotografias clínicas devem ser o mais
padronizadas possível. Isso facilita o
observador
na
comparação
dos
resultados. A utilização de um mesmo
equipamento (corpo, objetiva e fonte de
iluminação) facilita a padronização das
fotografias. Como visto nos capítulos
anteriores, objetivas com distâncias
focais
diferentes
proporcionam
perspectivas diferentes. A intensidade, a
direção, a temperatura de cor da luz, as
regulagens do equipamento e o
direcionamento da tomada fotográfica
também alteram o resultado da
fotografia.
Antes de iniciar a seqüência fotográfica
convém ter em mente as perguntas
propostas: Por que e para que fotografar?
Pretendem-se imagens analógicas ou
digitais? Quais os equipamentos e
acessórios necessários? A iluminação
está
adequada?
Como
será
o
armazenamento da imagem? Existe
bateria, filme ou memória suficiente?
Planejam-se as imagens que serão
capturadas e se observa no visor se a
imagem visualizada está satisfatória.
Traça-se o esquema do que se vai
fotografar. Se for necessário, deve-se
treinar, focando um modelo de gesso ou
simulando a seqüência em uma outra
pessoa antes de fazê-lo no paciente. O
ideal é que a foto não seja feita pelo
cirurgião-dentista responsável pelo caso
clínico, mas, se for, é recomendável que
se tomem medidas necessárias de
biossegurança.
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A
iluminação
no
momento
da
composição e focalização é outro ponto
crítico. A boca é uma cavidade difícil de
iluminar e a utilização do foco do equipo
odontológico se faz freqüentemente
necessária. Quando a iluminação da
fotografia for feita com flash, a luz do
foco pode trazer superexposição na
fotografia, bem como alterar a coloração,
uma vez que os flashes geralmente têm
temperatura de cor diferente. Alguns
flashes vêm equipados com luzes
contínuas, que podem ser ligadas para
facilitar a composição e a focalização.
Essas luzes se apagam no momento da
fotografia. Isso é o ideal.
no momento da fotografia. Quando se
utilizam equipamentos com visor ótico
SLR, um dos olhos deve estar o mais
próximo possível do equipamento, os
braços devem estar pressionados contra
a parte superior do corpo e o
equipamento deve ser segurado com a
mão direita no corpo da câmera e a
esquerda na objetiva. Os braços e pernas
podem apoiar-se nas bordas externas da
cadeira
para
proporcionar
mais
estabilidade e firmeza ao fotógrafo. Se a
visualização for feita por visor LCD, a
câmera deve estar mais afastada dos
olhos, tentando- se obter o máximo de
equilíbrio e firmeza.
Quando se opta por fotografar sem flash,
tem-se que iluminar bem o assunto a ser
fotografado e regular o equipamento
para a luz ambiente, já que a iluminação
utilizada para compor a fotografia será
também utilizada no momento da
captura da imagem.
Equipamentos, acessórios e pacientes
prontos iniciam-se então as tomadas
fotográficas, considerando-se sempre os
princípios básicos de enquadramento,
iluminação e focalização, e o fato de que
uma imagem é constituída de motivo
principal e de diversas informações que
podem valorizar ou não a composição da
fotografia. O motivo principal deve estar
em evidência, ficando, dentro do possível,
perpendicular à objetiva, de modo a
evitar desníveis do plano a ser
fotografado.
Algumas fotografias possivelmente serão
feitas na consulta inicial, e a confiança e
cumplicidade
tão
importantes
no
tratamento odontológico devem começar
no primeiro momento e se solidificar a
cada procedimento, inclusive no ato de
fotografar. A preparação psicológica do
paciente
deve
ser
levada
em
consideração. A cavidade oral faz parte
da intimidade do ser humano e nem
todos ficam à vontade para expô-la em
fotografias.
É preciso tentar manter o paciente
tranqüilo e instruí-lo a respeito do porquê
da fotografia: se a imagem vai ficar
arquivada ou se vai ser exposta em
palestras ou publicações. No caso de
possíveis exposições, principalmente se o
paciente puder ser reconhecido nas
imagens, o ideal é obter autorização por
escrito (Anexo B).
O posicionamento do fotógrafo deve ser
tal que lhe permita sentir-se confortável
Uma forma simples de compor a imagem
é posicionar o assunto a ser fotografado
no centro e as demais imagens
perifericamente a ele. Para se padronizar
as tomadas fotográficas, mantêm-se a
mesma posição da câmera em relação
ao assunto, fazendo todas as fotografias
a uma mesma distância. Para isso, faz-se
a foto inicial e não se mexe nas
regulagens ou na focalização da câmera
(se essa possuir foco manual, deve-se
utilizá-lo). Isso, além de padronizar a
seqüência fotográfica, facilita e deixa
mais dinâmico o ato de fotografar, pois
basta posicionar a câmera como na foto
inicial e utilizar o visor com o intuito de
refinar a composição e a focalização,
chegando a câmera para frente e para
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FOTOGRAFIA DIGITAL NA CLÍNICA DIÁRIA
Masioli, MA; Masioli, DLC; Damazio, WQ
trás, para um lado e para o outro. Isso
propicia fotografar o assunto sempre da
mesma distância, resultando em fotos
com a mesma magnitude e exposição.
Recomenda-se atenção para qualquer
imperfeição, pois, por menor que seja, é
evidenciada nas fotografias (nariz, saliva,
dedos... dão um efeito ruim às imagens).
.
Placas bacterianas e cálculos salivares
devem ser removidos, a não ser que
sejam o objeto da fotografia. Por fim, é
importante
manter-se tranqüilo e
pressionar o disparador de forma lenta e
suave
PADRONIZAÇÃO DAS TOMADAS EXTRA- ORAIS
As tomadas fotográficas extra-orais são
de composição e técnica simples,
contudo, se a iluminação, as objetivas e o
posicionamento do fotógrafo e do
paciente não forem corretos, essas
tomadas podem ficar com seu resultado
final comprometido. O ideal é utilizar
objetivas com distância focal em torno de
100mm (ou equivalente). Caso se
utilizem objetivas zoom, o ideal é ficar a
uma distância de aproximadamente
1,50m do paciente a ser fotografado e
enquadrar o assunto (rosto ou face),
ajustando-se o zoom. Objetivas com
distâncias focais curtas tendem a abaular
as margens, causando distorções (Figs. 78-9); distâncias focais muito longas
dificultam a fotografia, devido ao fato do
fotógrafo ter que ficar muito longe do
modelo.
As fotografias de rosto e face devem ser
exibidas na vertical, na proporção de
aproximadamente 1x1.5 (4x6, 6x9,
10x15...). Sua composição deve incluir o
rosto, a face, o pescoço e parte do tórax
do modelo. O fundo deve ser de uma
única cor e, de preferência clara.
Para estas tomadas fotográficas, o
paciente deve estar em posição
confortável, olhando para frente, em
máxima inter-cuspidação habitual (MIH).
Pode-se fazer tomadas da face (perfil) ou
do rosto (frente sorrindo, frente com o
lábio em repouso, e com os lábios
tencionados para mantê-los fechados). A
cabeça deve estar posicionada de forma
que o plano órbito-meático ou plano
horizontal de Frankfurt (que passa pelo
trágus direito e esquerdo e pelo ponto
mais baixo na margem da órbita
esquerda) esteja paralelo ao solo e às
margens superior e inferior da fotografia.
As orelhas devem estar descobertas
(Figs. 10 A-C, 11 A-C e 12 A-D).
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Masioli, MA; Masioli, DLC; Damazio, WQ
Figuras 7-8-9 - Objetivas de diferentes distâncias focais capturando os mesmos assuntos
(foto frontal de um rosto e de uma arcada).
*Quanto menor a distância focal mais próximo deve-se estar do assunto
e maior a possibilidade de distorções.
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Masioli, MA; Masioli, DLC; Damazio, WQ
Figura 10 A - Posicionamento ideal da cabeça em relação ao solo e da câmera
fotográfica em relação ao paciente para foto frontal.
Figura 10 B - Fotografia frontal.
Figura 10 C - Relação da objetiva com os planos de
Frankfurt e Sagital Mediano
Figura 11 A - Posicionamento ideal da cabeça em relação ao solo e da câmera fotográfica em relação ao
paciente para foto de perfil.
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Figura 11 B - Fotografia de perfil.
Figura 11 C - Relação da objetiva com o plano de
Frankfurt.
Figuras 12 A-D - Diferentes posicionamentos da cabeça em relação ao solo, e as alterações provocadas no
padrão facial. *Note que, do ponto de vista estético, a figura 12 B - está melhor, mas o posicionamento da
cabeça da figura 12C é o que está correto, pois o plano de Frankfurt está na horizontal.
Nas fotografias de rosto (frente), o
paciente deve fixar os olhos na porção
superior da câmera; o plano sagital
mediano deve ficar perpendicular ao solo
e paralelo às margens verticais da
fotografia. A câmera deve estar situada
de forma que, se o plano horizontal de
Frankfurt e o plano sagital mediano
forem estendidos, a objetiva seria
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FOTOGRAFIA DIGITAL NA CLÍNICA DIÁRIA
Masioli, MA; Masioli, DLC; Damazio, WQ
dividida em quatro (Figs. 10 A-C).
Em fotografias de face (perfil), o paciente
deve estar de lado, levemente virado
para a câmera, de maneira que se
visualizem os cílios do lado oposto ao que
está
sendo
fotografado,
o
que
proporciona um melhor contorno da face.
O plano sagital mediano deve estar
perpendicular ao solo, e a câmera deve
estar posicionada de modo que, se o
plano de Frankfurt for estendido, chegará
até ela. O foco deve ser feito em um dos
olhos do paciente. A região posterior da
cabeça não é necessária na composição
(Figs. 11 A-C).
Nas fotografias extra-orais, pode-se
utilizar iluminação ambiente e diversos
modos de exposição, mas, do ponto de
vista da padronização, o melhor é utilizar
flash e o modo de exposição manual (M).
A preferência é pelo flash de ponto,
embutido ou externo. Os flashes
circulares podem ser utilizados, mas não
proporcionam um bom padrão de sombra
(Fig. 13 A-C).
Figuras 13 A-C- Fotografias com diferentes propostas de sombra.
Na fotografia 13 A, a iluminação obtida através de flash de ponto com a luz vindo de frente e do
lado do nariz do modelo, proporciona sombra suave na face e na parte posterior da cabeça. Na
fotografia 13B, a iluminação obtida através de flash de ponto, com a luz vinda de frente e do lado
da nuca do modelo, acarreta sombra na parte anterior da face. Na fotografia 13C, a iluminação
feita com flash circular acarreta sombras parciais ao redor de todo o modelo,
sem sombras aparentes na face.
Nas fotografias frontais, a luz do flash
deve vir logo acima da objetiva (posição
12h). Essa luz propicia sombras suaves e
uniformes na face do modelo, o que
ressalta os detalhes e deixa a sombra do
fundo ficar quase que totalmente
escondida atrás do modelo (Fig. 14 A).
Caso a iluminação venha de baixo,
ocorrerão sombras na porção superior da
cabeça; se vier lateralmente, ocorrerão
sombras unilaterais na face e no fundo
(Figs. 14 B-C).
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FOTOGRAFIA DIGITAL NA CLÍNICA DIÁRIA
Masioli, MA; Masioli, DLC; Damazio, WQ
Figura 14 A - Fotografia frontal com flash de
ponto na posição 12h.
*Nesta a luz vem de cima, proporcionando
uma iluminação similar nos dois lados da
face, o que é o ideal para essa tomada. Em
caso de se utilizarem flashes embutidos,
muitas vezes para se obter essa iluminação
tem que se fotografar na posição horizontal
e fazer recortes das partes laterais.
Figuras 14 B-C - Fotos frontais com flash de ponto na posição 9h e 3h.
*Nestas a luz vem lateralmente, proporcionando uma iluminação não uniforme nos dois lados da face,
o que acarreta uma percepção de assimetria.
Nas fotografias laterais, a iluminação
deve vir obliquamente, de frente, com o
flash voltado para o nariz. Isso gera uma
fotografia com um contorno agradável,
as sombras do fundo ficam do lado de
trás da cabeça e podem ser cortadas da
fotografia no momento da composição
(Fig. 15 A). Em fotografias digitais, o
corte pode ser dado com o auxílio de
programas de edição. Caso a iluminação
FOTOGRAFIA DIGITAL NA CLÍNICA DIÁRIA
Masioli, MA; Masioli, DLC; Damazio, WQ
venha lateralmente, mas do lado oposto
ao do nariz, o contorno anterior da face
fica prejudicado, as sombras do fundo
ficam na porção frontal do rosto e a linha
naso-labial fica muito pronunciada (Fig.
15 B). Caso a luz venha de cima, a
sombra aparecerá na porção inferior da
face (Fig. 15 C). Se vier de baixo, a
sombra projeta-se na porção superior da
cabeça (Figs. 15 D).
Para as fotos de rosto em 45 graus, a
técnica de iluminação é semelhante à da
fotografia de perfil, o que muda é o
posicionamento do paciente. Esse fica
em uma posição intermediária entre a
foto de frente e a de perfil, ressaltando o
zigomático (Fig.16).
Figura 16 - Fotografia de face em 45 graus.
23
FOTOGRAFIA DIGITAL NA CLÍNICA DIÁRIA
Masioli, MA; Masioli, DLC; Damazio, WQ
Para todas as fotos de rosto e face, podese utilizar flash de pouca potência, ligado
à fotocélula, com o intuito de iluminar a
parede de fundo da fotografia, o que
elimina as sombras de fundo, mas as
regras para a iluminação principal
continuam as mesmas (Esquema 1).
Esquema 1 - Representação da utilização de flashes auxiliares, com fotocélula,
para eliminar as sombras do fundo.
Fotografias de sorriso
Com a valorização da estética, as fotos
de sorriso têm sido largamente utilizadas
em quase todas as especialidades. Pode-
se lançar mão de diferentes composições
e posicionamentos para essas tomadas
fotográficas (Figs. 17-18).
Figura 17 - Sorriso frontal.
Figuras 18 A-E - Sorrisos laterais
FOTOGRAFIA DIGITAL NA CLÍNICA DIÁRIA
Masioli, MA; Masioli, DLC; Damazio, WQ
Uma tomada frontal é a forma mais
clássica de se fotografar sorrisos (Fig.
17). Nessa tomada, o enquadramento
deve ser horizontal, e a iluminação pode
ser feita com flash circular ou de ponto,
seguindo-se as mesmas regras que as
das
fotografias
frontais.
O
posicionamento do paciente não precisa
ser padronizado, desde que a câmera
esteja colocada de tal forma que, caso o
plano sagital mediano e o plano oclusal
sejam estendidos, esses planos dividam
a objetiva em quatro partes iguais (Fig.
19).
Figura 19 - Posicionamento do fotógrafo para fotografia de sorriso frontal.
Pode-se ainda fazer tomadas fotográficas
de sorriso lateral, sorriso oblíquo ou com
outras composições e direcionamento,
ilustrando
e
enriquecendo
a
documentação fotográfica, facilitando
comparações entre pré e pós-operatorio
(Figs. 20 e 18 A-E).
FOTOGRAFIA DIGITAL NA CLÍNICA DIÁRIA
Masioli, MA; Masioli, DLC; Damazio, WQ
Figura 20 - Posicionamento do fotógrafo para fotografia de sorriso lateral.
Acessórios necessários para as tomadas intra-orais
Espelhos
Os espelhos intra-orais possibilitam
fotografias indiretas, melhorando o
enquadramento e a profundidade de
campo de algumas tomadas fotográficas,
pois quando bem utilizados, permitem
que o assunto se posicione à objetiva
(paralela ao corpo).
Quando se utiliza o espelho, o assunto é
fotografado de forma indireta. Apenas a
imagem refletida deve ser fotografada, e
não o assunto propriamente dito. O ideal
é que a imagem refletida no espelho seja
perpendicular a objetiva (paralela ao
corpo). A angulação e a posição do
espelho devem ser mudadas até atingir a
composição desejada. O espelho deve ser
seguro de tal forma que os dedos não
apareçam na fotografia. A imagem
formada no espelho estará invertida, a
qual devera ser corrigida no computador
durante a edição.
Os espelhos estão disponíveis em vidro
ou metal e em diversos formatos e
tamanhos, cada um específico para
determinada tomada fotográfica (Figs. 21
A-E). Os espelhos de metal são uma boa
opção. Espelhos de vidro têm o
inconveniente de fraturar-se e, se não
forem de boa qualidade, podem gerar
imagens duplas, dando a sensação de
estarem tremidas. Espelhos clínicos
também podem ser utilizados, mas
costumam gerar imagens duplas.
Para evitar embaçamento do espelho,
utilizam-se líquidos antiembaçantes,
instruindo-se o paciente a inspirar pela
boca e expirar pelo nariz. Fazer o uso de
sugadores e jatos de ar também ajuda a
manter o espelho livre de embaçamento.
FOTOGRAFIA DIGITAL NA CLÍNICA DIÁRIA
Masioli, MA; Masioli, DLC; Damazio, WQ
Figuras 21 A-E - Espelhos para fotografias intra-orais.
*Os espelhos mostrados nas figuras 21A-C são usados para fotografias oclusais; os mostrados nas
figuras 21 D-E são usados para fotografias laterais, oclusais parciais e de assuntos aproximados.
Afastadores
Os afastadores são utilizados para retrair
os lábios e bochechas, melhorando o
acesso à cavidade oral e permitindo
melhor visualização e iluminação das
áreas a serem fotografadas.
Os afastadores podem ter formatos
diversos. Podem ser únicos, duplos
arredondados ou em forma de “V”.
Podem ainda ser recortados, ajustandose para determinadas tomadas. Cada
modelo proporciona melhores resultados
em determinadas situações, dependendo
do tamanho e das características da boca
a ser fotografada. Devido a isso, o ideal é
possuir mais de um par de afastadores,
de tamanho e forma variáveis (Figs. 22 AE).
Figura 22 A - Afastadores unilaterais arredondados.
Figura 22 B - Afastadores em V, unilaterais, em diferentes tamanhos.
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FOTOGRAFIA DIGITAL NA CLÍNICA DIÁRIA
Masioli, MA; Masioli, DLC; Damazio, WQ
Figura 22 C - Afastador colorido.
Figura 22 D - Afastadores duplos em
diferentes tamanhos.
Figura 22 E - Afastadores recortados.
*Ideais para fotografias oclusais, pois o recorte facilita a sua utilização simultânea com o espelho.
Os afastadores devem ser posicionados,
inicialmente, no lábio inferior e, em
seguida, no superior. Convém que os
lábios estejam relaxados e que se tome
cuidado para não ferir o paciente ou
causar-lhe desconforto. Uma opção é que
o próprio paciente seja instruído a
segurar os afastadores, dosando a força
para
que
esses
permaneçam
confortáveis.
Na escolha dos afastadores, alguns
fatores devem ser observados: a
dimensão, o material, a coloração e o
formato. A dimensão dos afastadores
depende do tamanho da boca, da
tonicidade dos lábios, das bochechas e
da área da cavidade oral a ser
fotografada. Afastadores de tamanho
reduzido não impedem que os lábios
caiam sobre os dentes, prejudicando a
composição da fotografia. Afastadores
grandes
demais
podem
trazer
desconforto ao paciente.
Os afastadores de plástico transparente
são os mais indicados, pois não
produzem reflexos e não contrastam com
a cor dos tecidos fotografados.
Afastadores auto-expansíveis de metal
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FOTOGRAFIA DIGITAL NA CLÍNICA DIÁRIA
Masioli, MA; Masioli, DLC; Damazio, WQ
proporcionam bons resultados, porém,
alguns deles podem refletir a luz,
causando brilhos indesejáveis, que
prejudicam a imagem.
Espátulas ou espelhos clínicos são
utilizados com o intuito de afastar a
língua; gazes são usadas para segurar ou
limpar tecidos de interesse da fotografia.
Plano de fundo
Dispositivos de papel ou plástico podem
funcionar como plano de fundo para
fotografia clínica com o objetivo de
enfatizar o motivo principal e eliminar
estruturas
indesejáveis.
Esses
dispositivos podem ser confeccionados
com cartolinas ou plásticos sem brilho e
em diversas formas e tamanhos,
devendo ser descartados logo após sua
utilização. Várias cores de fundo podem
ser utilizadas, embora o preto seja a que
proporciona os melhores resultados (Figs.
23 A-E).
Figuras 23 A-E - Diferentes cores de fundo.
*Estas proporcionam diferentes composições da fotografia e ressaltam o assunto principal.
Para todos os equipamentos e acessórios
utilizados, devem-se tomar precauções
para reduzir a possibilidade de infecção
cruzada. Pode-se utilizar “filme” de PVC
nas partes da câmera que são tocadas
pelo fotógrafo, deixando livre a parte
frontal da objetiva. Essa proteção deve
ser trocada a cada paciente (Figs.24 A-B).
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FOTOGRAFIA DIGITAL NA CLÍNICA DIÁRIA
Masioli, MA; Masioli, DLC; Damazio, WQ
Figuras 24 A-B - Câmeras fotográficas envoltas com filmes de PVC
nos locais a serem tocados pelo fotógrafo.
*Essa manobra diminui a possibilidade de infecção cruzada.
PADRONIZAÇÃO DAS TOMADAS FOTOGRAFICAS INTRA-ORAIS
Fotografias Frontais
A tomada fotográfica intra–oral frontal
abrange uma visão geral dos dentes de
ambas as arcadas. As bordas da
fotografia ficam situadas no vestíbulo, o
fotógrafo deve posicionar-se a frente do
paciente, com a câmera posicionada de
tal forma que o plano sagital mediano
esteja paralelo às bordas verticais da
fotografia, e o “plano oclusal” esteja
paralelo às bordas horizontais da
fotografia, de modo que, se esses planos
fossem estendidos, cortariam a objetiva
em quatro partes iguais. É preciso que o
centro da fotografia coincida com a
interseção do plano sagital mediano com
o “plano oclusal” (Fig. 25). A iluminação
pode ser obtida com flash circular, mas o
ideal é utilizar um flash de ponto situado
próximo à objetiva na posição 12h, ou
dois flashes de ponto, um de cada lado
da objetiva (Figs. 26-27-28).
FOTOGRAFIA DIGITAL NA CLÍNICA DIÁRIA
Masioli, MA; Masioli, DLC; Damazio, WQ
Figura 25 - Posição da objetiva em relação aos planos oclusais e sagital mediano na fotografia frontal.
Figura 26 - Iluminação incorreta para tomada frontal (9 horas);
Figura 27 - Iluminação correta para tomada frontal (12 horas);
Figura 28 - Iluminação incorreta para tomada frontal (3 horas).
A não observação dos detalhes visto
acima pode acarretar falhas de
interpretação
da
imagem
e
conseqüentemente do da anomalia
apresentada pelo paciente (Fig 29 A-D).
Um outro fator importante é sempre
observar a objetiva utilizada, pois, a
utilização de grandes angulares pode
acarretar distorções (Fig 7 A-C, 8 A-C, 9 AC).
FOTOGRAFIA DIGITAL NA CLÍNICA DIÁRIA
Masioli, MA; Masioli, DLC; Damazio, WQ
Figuras 29 A-D - Fotografias com e sem sombra.
*Embora feitas no mesmo dia e hora, apresentam diferença de percepção
a respeito do overjet, devido à alteração no ângulo de incidência de luz.
A foto 29 A foi feita com flash circular, o que proporciona, para esta tomada,
uma sombra suave dos dentes da arcada superior sobre os da arcada inferior.
A foto 29 B foi feita com flash de ponto situado abaixo da objetiva (posição 6 h),
o que, para esta tomada, gera uma fotografia totalmente sem sombra.
A foto 29 C foi feita com flash de ponto situado acima (posição 12 h), mas bem
próximo da objetiva, o que, nesta tomada fotográfica, acarreta uma pequena linha
de sombra (a) dos dentes superiores sobre os dentes da arcada inferior.
A foto 29 D foi feita com flash de ponto situado acima (posição 12 h) e afastado da objetiva,
o que, nesta tomada fotográfica, acarreta uma linha de sombra (a) maior que na figura anterior.
Quanto maior o ângulo formado entre a direção da tomada fotográfica
e a da iluminação, maior será a linha de sombra.
Para as fotografias intra-orais frontais
utiliza-se um par de afastadores. Esses
são puxados suavemente para a lateral e
para a frente, permitindo o afastamento
dos lábios e bochechas, o que possibilita
a visualização de todo o corredor bucal,
FOTOGRAFIA DIGITAL NA CLÍNICA DIÁRIA
Masioli, MA; Masioli, DLC; Damazio, WQ
além de manter a porção central do lábio
tencionada para que a mesma não
apareça na fotografia (Figs. 30 e 31). Os
afastadores podem ser seguros por um
assistente ou pelo próprio paciente (Fig.
32 A-B).
Figura 30 - Posicionamento incorreto dos afastadores
para fotografia frontal (para os lados e para trás).
Figura 31 - Posicionamento correto dos afastadores para fotografia frontal
(para os lados e para a frente).
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FOTOGRAFIA DIGITAL NA CLÍNICA DIÁRIA
Masioli, MA; Masioli, DLC; Damazio, WQ
Figura 32 A - Posicionamento correto do fotógrafo e dos afastadores para fotografias frontais.
Figura 32 B - Esquema mostrando o posicionamento correto dos afastadores e da objetiva em relação
às arcadas.
*Em vermelho, uma projeção do plano oclusal. Em azul, uma projeção do plano sagital mediano.
Nessa tomada, esses planos imaginários devem cortar a objetiva em quatro partes iguais. Entre os
pontilhados brancos, está a área da cobertura fotográfica.
34
FOTOGRAFIA DIGITAL NA CLÍNICA DIÁRIA
Masioli, MA; Masioli, DLC; Damazio, WQ
Fotografias laterais
Existem duas técnicas para fazer
tomadas fotográficas laterais: uma com
espelho, outra sem. Se a opção for
fotografar com espelho, convém que ele
seja apropriado e esteja posicionado
distalmente ao último dente a ser
fotografado. O espelho tem como
objetivo afastar lábios e bochechas do
lado fotografado e refletir a imagem de
forma tal que a tomada fotográfica seja
facilitada. Para isso, o espelho deve ser
movimentado até que se consiga uma
boa composição. Para sustentar os lábios
e a bochecha do lado oposto, utiliza-se
um
afastador
arredondado,
sem
tencionar os tecidos (Figs. 33 A-B).
Figura 33 A - Posição correta do fotógrafo, do espelho e do afastador para fotos laterais com espelho.
*Nessas tomadas o fotógrafo posiciona-se do lado oposto ao lado fotografado.
Figura 33 B - Esquema mostrando o posicionamento correto do afastador, do espelho e da objetiva em
relação às arcadas para a tomada lateral com espelho.
35
FOTOGRAFIA DIGITAL NA CLÍNICA DIÁRIA
Masioli, MA; Masioli, DLC; Damazio, WQ
É preciso que a imagem dos dentes
refletida no espelho esteja perpendicular
à objetiva (paralela ao corpo da câmera)
(Fig. 33 B). As margens horizontais da
fotografia devem estar no vestíbulo. O
posicionamento das margens verticais
vai depender da composição, mas o ideal
é que sejam incluídos todos os dentes do
lado fotografado, mais os incisivos
centrais do lado oposto. O “plano oclusal”
deve estar paralelo às margens
horizontais da fotografia, dividindo-a em
dois lados (superior e inferior) do mesmo
tamanho. A focalização pode ser feita no
centro da fotografia (Figs. 33 A-B e 34 AB).
Figura 34 A - Fotografia lateral com espelho.
*Nesta, a imagem capturada fica invertida.
Figura 34 B - Fotografia lateral com espelho após otimização (reinversão, giro e corte).
Na fotografia sem espelho, utilizam-se
dois afastadores: um em forma de “V”,
situado no lado a ser fotografado,
tencionando-se
cuidadosamente
os
lábios e as bochechas para trás; outro
arredondado, situado no lado oposto sem
exercer tensão. Os afastadores devem
suportar os lábios e bochechas. O
enquadramento deve abranger todos os
dentes do lado fotografado e os incisivos
do lado oposto, embora dificilmente se
consiga com essa técnica fotografar a
região do segundo e terceiro molares
(Fig. 36). Convém que o plano oclusal
esteja paralelo às bordas horizontais da
fotografia, dividindo-a em dois lados
iguais. O ponto de focalização e o centro
da fotografia devem ser próximos ao
canino (Figs. 35 A-B e 36).
36
FOTOGRAFIA DIGITAL NA CLÍNICA DIÁRIA
Masioli, MA; Masioli, DLC; Damazio, WQ
Figura 35 A - Posição correta do fotógrafo e dos afastadores para fotos laterais sem espelho.
*Nessas tomadas o fotógrafo posiciona-se do lado a ser fotografado
Figura 35 B - Esquema mostrando o posicionamento correto dos afastadores e da objetiva em relação
às arcadas para a tomada lateral sem espelho.
Figura 36 - Fotografia lateral sem espelho
Para se conseguir uma boa iluminação,
pode-se utilizar flashes circulares ou
eletrônicos de ponto próximos da
objetiva. Quando a opção for por flashes
FOTOGRAFIA DIGITAL NA CLÍNICA DIÁRIA
Masioli, MA; Masioli, DLC; Damazio, WQ
de ponto, estes devem estar situados de
forma que a luz penetre em todo o
cenário fotografado. Para isso, é
necessário posicionar o flash sempre
voltado para a abertura da cavidade oral
ou para os incisivos centrais. Dessa
forma, têm-se as seguintes posições do
flash, em relação à objetiva: lateral
direita com espelhos 9h, sem espelho 3h;
lateral esquerda sem espelho 9h, com
espelho 3h.
Vista lateral dos dentes anteriores
O objetivo da tomada lateral dos dentes
anteriores é documentar a quantidade de
overbite e overjet (Fig. 37). Nessa
tomada, não há necessidade de
espelhos, e os afastadores são
tencionados para trás mantendo livre a
região de pré-molares, canino e incisivos
que vão compor a fotografia. O plano
oclusal deve estar paralelo às bordas
horizontais da fotografia. A iluminação
pode ser feita com flash circular ou com
flash eletrônico próximo à objetivas (lado
direito 3 h, lado esquerdo 9h), para que
não ocorram sombras das bochechas
sobre os elementos dentais.
Figura 37- Fotografia lateral dos anteriores.
*Útil para a avaliação de overjet.
Fotografias Oclusais
Essa tomada fotográfica
capturar imagem das
elementos dentais. Para
utilizar afastadores e
consiste em
oclusais dos
tal, devem-se
espelhos e
fotografar apenas a imagem dos dentes
refletida no espelho. A fotografia pode
ser composta por todo o arco superior,
por todo o arco inferior ou por apenas
38
FOTOGRAFIA DIGITAL NA CLÍNICA DIÁRIA
Masioli, MA; Masioli, DLC; Damazio, WQ
parte destes.
Para tomada fotográfica oclusal do arco
inferior, o fotógrafo deve estar à frente do
paciente. O espelho deve ser posicionado
distalmente aos últimos molares da
mandíbula, com a porção utilizada para
reflexão voltada para o arco inferior. A
face do espelho que não será utilizada
para reflexão (parte superior) deve tocar
os incisivos centrais superiores. Para
melhorar a estética dessa tomada, pode-
se pedir ao paciente que mantenha a
língua no palato (Figs. 38 A-B e 39). Caso
a imagem direta dos últimos molares
esteja aparecendo, convém afastar
levemente o espelho em direção à
maxila. A iluminação pode ser feita com
flash circular ou de ponto. Ao se utilizar
flash de ponto, este deve estar próximo à
objetiva, de forma que a luz reflita no
espelho e penetre na cavidade oral. Com
isso o flash de ponto ficará na posição
12h.
Figura 38 A - Posicionamento correto do fotógrafo, dos afastadores e do espelho para fotografia
oclusal inferior.
Figura 38 B - Esquema mostrando o posicionamento correto dos afastadores, do espelho e da objetiva
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FOTOGRAFIA DIGITAL NA CLÍNICA DIÁRIA
Masioli, MA; Masioli, DLC; Damazio, WQ
em relação às arcadas para a tomada oclusal inferior.
*Em preto e branco, a imagem real. Em cores, a imagem refletida a ser fotografada.
Figura 39 - Fotografia oclusal inferior.
Para tomada fotográfica oclusal do arco
superior, o fotógrafo pode posicionar-se
atrás ou à frente do paciente. O espelho
deve ser posicionado distalmente ao
último molar da maxila, com a porção
utilizada para reflexão voltada para o
arco superior. A face do espelho que não
será utilizada para reflexão (parte
inferior) deve tocar os incisivos centrais
inferiores (Figs. 40 A-B e 41). Caso a
imagem direta dos últimos molares
apareça na fotografia, convém afastar
levemente o espelho em direção à
mandíbula. A iluminação pode ser feita
com flash circular ou de ponto. Ao se
utilizar flash de ponto, esse deve estar
próximo à objetiva, de forma que a luz
reflita no espelho e penetre na cavidade
oral. Com isso, o flash de ponto ficará na
posição 12h, se o fotógrafo estiver atrás
do paciente, e em posição 6h, se o
fotógrafo estiver à frente.
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FOTOGRAFIA DIGITAL NA CLÍNICA DIÁRIA
Masioli, MA; Masioli, DLC; Damazio, WQ
Figura 40 A - Posicionamento correto do fotógrafo, dos afastadores e do espelho
para fotografia oclusal superior.
Figura 40 B - Esquema mostrando o posicionamento correto dos afastadores, do espelho e da objetiva
em relação às arcadas para a tomada oclusal superior.
*Em preto e branco, a imagem real. Em cores, a imagem refletida a ser fotografada.
FOTOGRAFIA DIGITAL NA CLÍNICA DIÁRIA
Masioli, MA; Masioli, DLC; Damazio, WQ
Figura 41 - Fotografia oclusal superior.
Em todas as tomadas oclusais, é preciso
que a objetiva esteja o mais
perpendicular possível à imagem do
plano oclusal refletida no espelho (Figs.
38 B e 40 B). No enquadramento, tentase incluir todos os dentes da arcada.
Porém, nem sempre se consegue fazer
com que os últimos molares façam parte
da composição. O ponto central da
imagem geralmente coincide com a
interseção do plano sagital com uma
linha imaginária, que passa pelos
segundos pré-molares (Figs. 42 e 43). O
foco deve estar no plano oclusal. O
embasamento do espelho é evitado,
pedindo-se ao paciente que inspire pela
boca e expire pelo nariz; jatos de ar da
seringa tríplice ou sugadores próximos ao
espelho também podem ser usados para
tal. As imagens devem ser reinvertidas,
pois o espelho as inverte (Figs. 42-43).
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FOTOGRAFIA DIGITAL NA CLÍNICA DIÁRIA
Masioli, MA; Masioli, DLC; Damazio, WQ
Figura 42 - Fotografia oclusal inferior após otimização (inversão e recorte).
Figura 43 - Fotografia oclusal superior após otimização (inversão e recorte).
REFERÊNCIAS
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43
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