Indígenas residentes em domicílios improvisados: Resultados do Censo Demográfico 2010* Gerson Luiz Marinho† Resumo Características domiciliares se relacionam ao perfil sociossanitário das populações humanas e influenciam no delineamento de políticas públicas voltadas para grupos socioculturalmente diferenciados, como são os povos indígenas no Brasil. Nesse sentido, conhecer a maneira como os censos demográficos decenais classificam os domicílios onde residem indígenas pode trazer subsídios para as discussões acerca da disponibilidade de informações censitárias para as diversas etnias indígenas. O objetivo da investigação foi verificar a distribuição de pessoas que se autodeclararam indígenas e que residiam em domicílios classificados como “particular improvisado” no Censo Demográfico 2010. Foram feitas tabulações de frequências a partir do Banco Multidimensional de Estatísticas (BME/IBGE) para as seguintes variáveis do questionário Universo: espécie do domicílio, cor/raça e etnias autodeclaradas. As análises foram conduzidas nos seguintes estratos: macrorregiões, Unidades da Federação (UF) e municípios, por situação (urbana e rural) e ainda “se domicílio estava em Terra Indígena”. Quanto aos resultados, um total de 2.724 indígenas residiam em domicílios classificados como “improvisados” (0,3% do total de indígenas no país). Em sua maioria eram residentes nas regiões Sul (1,0% do total de indígenas na região) e Centro Oeste (0,5% do total de indígenas na região). No Rio Grande do Sul e no Mato Grosso do Sul, 407 e 394 pessoas indígenas residiam em domicílios improvisados, respectivamente. Aproximadamente 5% dos autodeclarados Guarani Kaiowá (em MS) e Kaingang (no RS) viviam em domicílios classificados como improvisados localizados em área urbana. Nessas UF, analisadas conjuntamente, do total de pessoas indígenas que residiam em domicílios improvisados, 4,5% estavam fora de Terras Indígenas (TI), ao passo que 0,2% dentro de TI. Chama-se atenção para a fato de que, contemporaneamente, o caso dos Guarani Kaiowá é uma das mais críticas situações de perda de territórios tradicionais por parte de um povo indígena, o que potencialmente se relaciona com as condições de habitação. Diante da complexidade da temática a moradia indígena, argumenta-se que é necessária uma melhor compreensão acerca do que foi caracterizado como “domicílio improvisado” por parte dos recenseadores, sobretudo por se tratar de contextos socioculturalmente diversificados. Palavras-chave: Demografia indígena, Censos demográficos, Povos indígenas. * Trabalho apresentado no XIX Encontro Nacional de Estudos Populacionais, ABEP, realizado em São Pedro/SP – Brasil, de 24 a 28 de novembro de 2014. † Professor Assistente, Escola de Enfermagem Anna Nery (UFRJ) e Doutorando do Programa de Epidemiologia em Saúde Pública (ENSP/FIOCRUZ). INTRODUÇÃO De acordo com o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), mais de 817 mil pessoas se autodeclararam indígenas no Censo Demográfico 2010. Pela primeira vez, a questão do pertencimento étnico específico foi investigada, o que abre um importante horizonte de análise acerca das características demográficas dos povos indígenas no Brasil. Ainda que menos de 0,5% da população brasileira tenha se autodeclarado “indígena”, foram referidas mais de 300 diferentes etnias (IBGE, 2011; SANTOS & TEIXEIRA, 2011). Os domicílios investigados nos censos decenais conduzidos no Brasil podem ser classificados como “particulares”, nos quais a “relação entre os moradores se dá por laços de parentesco, de dependência doméstica ou por normas de convivência”; ou “coletivos”, quando “normas de subordinação administrativa” definem as relações entre as pessoas, como em asilos, orfanatos, pensões etc (IBGE, 2013: 310). Aqueles classificados como “particulares” assumem ainda duas outras categorias: “permanentes” (se foi construído para servir exclusivamente à habitação com finalidade de moradia a uma ou mais pessoas) e “improvisados” (se localizado em unidade não-residencial, que não tem exclusividade como moradia, mas que na data da entrevista do censo, servia para tal). São exemplos de domicílios “particulares improvisados”: prédios em construção, vagões de trens, carroças, tendas, barracos, etc (IBGE, 2013: 311). Enfocando a categoria “improvisado” acerca dos domicílios investigados pelo Censo Demográfico 2010, este trabalho apresenta uma análise descritiva acerca da distribuição geográfica e de pertencimento étnico específico dos indígenas que neles residiam. Como veremos, se em níveis de agregação mais amplos, como no contexto nacional, a ocorrência desses domicílios apresenta baixa frequência, ao se desagregar para os espaços geográficos específicos de inserção dos indígenas, como municípios e Terras Indígenas, o cenário se mostra bastante distinto. As análises nesses âmbitos revelam não somente frequências mais elevadas, como também a concentração de indivíduos de etnias específicas residindo em domicílios “improvisados”, o que levanta questões acerca do potencial dos dados censitários na caracterização das condições de moradia de populações socioculturalmente diferenciadas. METODOLOGIA Este estudo se baseia nos dados de pessoas, de todas as idades e de ambos os sexos, autodeclaradas “indígenas” no quesito cor ou raça no Censo Demográfico 2010 e 1 que residiam em domicílios classificados como “particular improvisado ocupado”. Os dados foram recuperados através do Banco Multidimensional de Estatísticas (BME), disponibilizados pelo IBGE (http://www.bme.ibge.gov.br). As tabulações foram feitas de acordo com os seguintes níveis geográficos: macrorregiões, Unidades da Federação (26 e o Distrito Federal) e municípios com maiores expressões do desfecho. As análises contemplaram ainda se os residentes estavam em domicílios nas áreas urbanas e rurais, e se estavam ou não contidos em Terras Indígenas (TI). Devido à questão do sigilo dos dados, as saídas do BME indicam “X” quando as frequências das variáveis sob análise são inferiores a cinco. Para fins do presente trabalho, assumiu-se nesses casos X = 2,5, ou seja, a média aritmética que a variável poderia assumir. Esse procedimento foi implementado em um reduzido número de situações (ver nota na base da Tabela 2). Foram gerados mapas para localizar os municípios com maiores frequências de indígenas autodeclarados residindo em domicílios improvisados. Foram utilizados os softwares Excel 2007 (®Microsoft) e SPSS (®IBM versão 20.0) para análises descritivas e TerraView na caracterização cartográfica. RESULTADOS Um total de 2.724 indígenas residiam em domicílios classificados como improvisados (0,3% da população indígena no país), a maioria (55,0%) situados na situação rural (Tabela 1). As maiores frequências absolutas foram registradas no Sul (728) e Norte (677). Em todas as regiões, com exceção do Sudeste (79,1% urbano e 20,9% rural), foram observadas mais indígenas residentes em domicílios improvisados na situação rural (Tabela 1). Cerca de 30% dos indígenas em domicílios improvisados residiam em apenas duas UF (Rio Grande do Sul – RS e Mato Grosso do Sul – MS, com 15,0% e 14,5% dos registros, respectivamente) (Tabela 2). Na situação urbana, somente Acre, MS e RS apresentaram mais de 1% dos indígenas residindo em domicílios improvisados; na rural, as seguintes UF: Goiás, Piauí, Rio de Janeiro e RS. O Gráfico 1 mostra as diferenças na ocorrência de indígenas em domicílios improvisados, quando estes estavam em Terras Indígenas, como foco nas duas UF com as mais elevadas frequências absolutas (MS e RS). Nessas UF, a maioria dos registros ocorreu fora das TI. Considerando a razão entre as proporções de indígenas em 2 improvisados fora e dentro de TI, nota-se que a frequência foi 13 vezes maior fora das TI no MS (1,95/0,15), e 20 vezes maior no RS (2,45/0,12) (Gráfico 1). Quanto à filiação étnica especifica, no MS houve predomínio de indivíduos que referiram pertencimento ao povo Guarani Kaiowá, perfazendo 65,9% (108/164) e 87,4% (201/230) dos indígenas residentes em domicílios improvisados em área urbana e rural, respectivamente (Gráficos 2 e 3). Para o RS, houve maioria de declarantes da etnia Kaingang, que totalizaram 72,6% (146/201) e 82,5% (170/206) dos residentes em área urbana e rural, respectivamente (Gráficos 4 e 5). No MS, as maiores proporções de indígenas residentes em domicílios improvisados foram observadas em municípios no centro-norte da UF, com destaque para Dourados (31,1% de todos os indígenas em domicílios improvisados na UF) (Figura 1). Dourados e o município vizinho de Rio Brilhante concentraram 43,5% dos registros. No RS, os municípios do RS com as proporções mais elevadas estão distribuídos em diferentes regiões, com destaque para Mato Castelhano (33,8%), na região setentrional da UF (Figura 2). O Gráfico 6 mostra que, de todos os autodeclarados Guarani Kaiowá que residiam em áreas urbanas do Mato Grosso do Sul (2.129 pessoas), mais de 5% estavam em domicílios improvisados. Proporção semelhante pode ser percebida para os autodeclarados Kaingang que residiam em áreas urbanas do Rio Grande do Sul (4,9% de 2.980 pessoas). Com relação aos residentes em áreas rurais, as proporções foram mais reduzidas, destacando-se indivíduos Kaingang na área rural do RS, pois teve 2,4% de seu total (16.764) residindo em domicílios “improvisados”. COMENTÁRIOS GERAIS No plano internacional, diversas análises apontam que, em todo o mundo, as populações autóctones tendem a enfrentar problemas relacionados à precarização de suas habitações. Mesmo em países desenvolvidos, como a Austrália ou Canadá, há evidências que populações indígenas estão expostas a déficits relacionados à infraestrutura habitacional, em particular no que diz respeito às condições de saneamento (KERTZER & AREL, 2002; MONTENEGRO & STEPHENS, 2006; STEPHENS et al., 2006; KING et al., 2009; UN, 2009; MINICHI et al., 2011; BAILIE et al., 2012). Este trabalho, realizado com base nos microdados do Censo 2010, mostrou que, ainda que as proporções de indígenas residindo em domicílios improvisados seja 3 reduzida nos âmbitos nacional e das UF (em geral inferior a 0,5%), as frequências se mostram bastante mais expressivas em níveis de maior desagregação, como município e residência fora e dentro de TI. Foi observada também uma concentração em MS e RS, com cerca de 30% do total do país. De todos os autodeclarados indígenas que moravam em áreas urbanas dessas duas UF (consideradas em conjunto), 4,5% estavam em domicílios classificado como “improvisado”. No Censo de 2010 foi incluída uma pergunta acerca de pertencimento étnico específico para aqueles que se declararam “indígenas” (IBGE, 2013). Essa importante inovação, como explorado neste estudo, permitiu evidenciar que, na área urbana de MS, foi para a etnia “Guarani Kaiowá” na qual se observou a maior concentração de indivíduos residentes em domicílios classificados como improvisados. Na área urbana do RS, as frequências foram mais expressivas para as etnias “Kaingang” e “Guarani”. Ou seja, em regiões específicas do país, a questão da residência em domicílios improvisados apresentou particularidades étnicas que precisam ser consideradas. Um importante desafio analítico consiste em relacionar os resultados que emergem das informações censitárias no tocante à classificação dos domicílios indígenas com as evidências antropológicas que emergem a partir de estudos etnográficos nas comunidades indígenas. Assim, como interpretar os resultados que indicam maior concentração de domicílios classificados como “improvisados” em etnias específicas? Por um lado, é fundamental reconhecer que, em contextos tradicionais, as sociedades indígenas adotam soluções específicas de habitação e cada uma delas concebe o espaço a ser habitado de forma distinta (Novaes, 1983; Pacheco de Oliveira, 2012). Por outro, os resultados aqui apresentados apontam para maiores proporções de residentes em domicílios classificados como “improvisados”, como no caso do Kaiowá e Kaingang, que ao longo das décadas vem enfrentando complexos processos históricos de perda de territórios tradicionais em regiões de intensa ocupação, como é o caso do MS e RS. O fato é que uma categoria como “improvisado” deve ser interpretada com cautela para povos socioculturalmente diferenciados, como é o caso dos povos indígenas. Os censos nacionais desempenham um importante papel na caracterização das condições de moradia das coletividades humanas, o que em geral se traduz na produção de dados que influenciam a formulação e implementação de políticas públicas nas mais diversas áreas, inclusive na saúde (KERTZER & AREL, 2002; AXELSSON & SKÖLD, 2011; CAVENAGHI & ALVES, 2011; LOVEMAN, 2014). Nesse sentido, 4 faz-se necessário avançar nas análises acerca da classificação dos domicílios indígenas a partir dos censos demográficos no Brasil. Agradecimentos: Este trabalho insere-se no projeto de pesquisa “Demografia Antropológica e Saúde de Indígenas a partir do Censo Demográfico de 2010”, apoiado pela Fundação Carlos Chagas Filho de Amparo à Pesquisa do Estado do Rio de Janeiro – FAPERJ (E-26/102.352/2013 – Bolsa "Cientista de Nosso Estado"). O projeto é coordenado pelo Dr. Ricardo Ventura Santos (Escola Nacional de Saúde Pública/ Fiocruz e Departamento de Antropologia, Museu Nacional/ UFRJ, Rio de Janeiro), a quem sou grato pelas valiosas contribuições na confecção deste manuscrito. 5 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS AXELSSON P & SKÖLD P (Eds.). Indigenous Peoples and Demography. The complex relation between Identity and Statistics. New York: Berghahn Books/Oxford, 2011. BAILIE, RS; STEVENS, M; McDONALD, EL. The impact of housing improvement and socio-environmental factors on common childhood illnesses: a cohort study in Indigenous Australian communities. J Epidemiol Community Health, v.66, p. 821831, 2012. CAVENAGHI, S. & ALVES, JED. Domicilios y familias en la experiencia censal del Brasil: cambios y propuesta para identificar arreglos familiares. Notas de población, 92, CEPAL, 2011. IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística). Censo Demográfico 2010. Características gerais dos indígenas. Rio de Janeiro: IBGE, 2011. IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística). Metodologia do Censo Demográfico 2010. Rio de Janeiro: IBGE, 2013. KERTZER D. & AREL, D. (Eds.). Census and Identity. The politics of race, ethnicy and language in National Censuses. Cambridge: Cambrige University Press, 2002. KING, M.; SMITH, A; GRACEY, M. Indigenous health part 2: the underlying causes of the health gap. Lancet, n. 374, p. 76-85, 2009. LOVEMAN, M. National Colors. Racial Classification and the State in Latin America. Oxford: Oxford University Press, 2014. MARINHO, GL; SANTOS, RV; PEREIRA, NOM. A classificação dos domicílios indígenas no censo demográfico 2000: subsídios para análise das condições de saúde. R. bras. Est. Pop., v. 28, n. 2, p. 449-466, 2011. MINICHI, K; SAUDNY, H; LENNIE, C. et al. Inuit housing and homelessness: results from the International Polar Year Inuit Health Survey 2007–2008. Int J Circumpolar Health, v. 70, n. 5, p. 520-531, 2011. MONTENEGRO, RA & STEPHENS C. 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Pessoas autodeclaradas indígenas em domicílios classificados como improvisados por situação de domicílio, segundo macrorregiões. Brasil, 2010. Urbano % Rural % Total % Norte 230 34,0 447 66,0 677 100,0 Nordeste 254 42,5 344 57,5 598 100,0 Sudeste 178 79,1 47 20,9 225 100,0 Sul 337 46,3 391 53,7 728 100,0 Centro Oeste 227 45,8 269 54,2 496 100,0 1.226 45,0 1.498 55,0 2.724 100,0 Brasil Fonte: Censo Demográfico 2010 8 Tabela 2. Pessoas autodeclaradas indígenas que residiam em domicílios improvisados, por situação de domicílio, segundo Unidades da Federação. Brasil, 2010. UF Acre Alagoas Amazonas Amapá Bahia Ceará Distrito Federal Espírito Santo Goiás Maranhão Minas Gerais Mato Grosso do Sul Mato Grosso Pará Paraíba Pernambuco Piauí Paraná Rio de Janeiro Rio Grande do Norte Rondônia Roraima Rio Grande do Sul Santa Catarina Sergipe São Paulo Tocantins Brasil URBANO Pop. total Indígenas em de improvisados indígenas na UF % na UF RURAL Pop. total Indígenas em de improvisados indígenas na UF % na UF TOTAL Pop. total Indígenas em de improvisados indígenas na UF % na UF 49 25 89 0 99 22 18 8 29 11 63 2.593 6.233 34.302 1.360 36.320 12.610 5.941 6.349 8.019 6.911 19.843 1,89 0,40 0,26 0,00 0,27 0,17 0,30 0,13 0,36 0,16 0,32 37 33 280 2,5* 142 8 0 2,5* 9 85 16 13.324 8.276 134.378 6.047 20.061 6.726 187 2.808 518 28.364 11.269 0,28 0,40 0,21 0,04 0,71 0,12 0,00 0,09 1,74 0,30 0,14 86 58 369 2,5 241 30 18 10,5 38 96 79 15.917 14.509 168.680 1.420 56.381 19.336 6.128 6.629 8.537 35.275 31.112 164 14.457 1,13 230 58.838 0,39 394 73.295 0,54 16 22 31 40 12 114 34 5.821 9.966 9.425 25.780 2.357 12.509 15.156 0,27 0,22 0,33 0,16 0,51 0,91 0,22 30 62 2,5* 52 15 126 9 36.717 29.115 9.718 27.504 587 13.406 735 0,08 0,21 0,00 0,19 2,56 0,94 1,22 46 84 33,5 92 27 240 43 42.538 39.081 19.143 28.530 2.944 25.915 15.891 0,11 0,21 0,16 0,32 0,92 0,93 0,27 2,5* 2072 0,12 2,5* 513 0,49 5 2.585 0,00 10 55 2.906 8.208 0,34 0,67 2,5* 36 9.108 0,03 41.425 0,09 12,5 91 3.816 0,26 49.633 0,18 201 13.820 1,45 206 19.166 1,07 407 32.986 0,12 22 11 73 2,5* 1.223 7.680 4.442 37.915 2.174 313.117 0,29 0,25 0,19 0,11 0,39 59 2,5* 19 30 1.496,5 8.361 768 3.879 10.952 502.750 0,71 0,33 0,49 0,27 0,30 81 13,5 92 32,5 2.719,5 16.041 5.210 41.794 13.126 815.867 0,54 0,40 0,22 0,00 0,43 0,16 0,29 0,12 0,45 0,27 0,25 0,50 0,21 0,22 0,23 0,33 *Foram substituídos os registros para X= 2,5 nas seguintes situações = Áreas Urbanas das UF: RN e TO e áreas rurais de: AP, ES, PB, RN, RO e SE. Fonte: Censo Demográfico 2010 9 Gráfico 1. Frequências relativas (%) de pessoas autodeclaradas indígenas residindo em domicílios improvisados de acordo com localização dentro e fora de Terra Indígena em Mato Grosso do Sul e Rio Grande do Sul, 2010. Fonte: Censo Demográfico 2010 10 Gráfico 2. Pessoas autodeclaras indígenas que residiam em domicílios improvisados na situação urbana do Mato Grosso do Sul, segundo etnias (n = 164). Fonte: Censo Demográfico 2010 Gráfico 3. Pessoas autodeclaras indígenas que residiam em domicílios improvisados por situação de domicílio no Mato Grosso do Sul, segundo etnias (n = 230). Fonte: Censo Demográfico 2010 11 Gráfico 4. Pessoas autodeclaras indígenas que residiam em domicílios improvisados na situação urbana do Rio Grande do Sul, segundo etnias (n = 201). Fonte: BME, Censo Demográfico 2010 Gráfico 5. Pessoas autodeclaras indígenas que residiam em domicílios improvisados na situação rural do Rio Grande do Sul, segundo etnias (n = 206). Fonte: BME, Censo Demográfico 2010 12 Figura 1. Municípios do Mato Grosso do Sul com as maiores frequências de pessoas autodeclaradas indígenas residentes em domicílios improvisados. MS, 2010. Fonte: Censo Demográfico 2010 Figura 2. Municípios do Rio Grande do Sul com as maiores frequências de pessoas autodeclaradas indígenas residentes em domicílios improvisados. RS, 2010. Fonte: Censo Demográfico 2010 13 Gráfico 6. Proporções de pessoas indígenas por etnias residindo em domicílios improvisados, em Mato Grosso do Sul e Rio Grande do Sul, de acordo com situação de domicílio. MS e RS, 2010. Fonte: BME, Censo Demográfico 2010 14