ANEXO I RESUMO DAS CARACTERÍSTICAS DO MEDICAMENTO 1 1. DENOMINAÇÃO DO MEDICAMENTO CRIXIVAN 400 mg 2. COMPOSIÇÃO QUALITATIVA E QUANTITATIVA Cada cápsula de CRIXIVAN 400 mg contém, 500 mg de sulfato de indinavir, correspondente a 400 mg de indinavir. 3. FORMA FARMACÊUTICA Cápsulas. 4. INFORMAÇÕES CLÍNICAS 4.1 Indicações terapêuticas CRIXIVAN está indicado em associação com análogos de nucleósidos antiretrovirais para o tratamento de doentes adultos infectados por VIH-1. 4.2 Posologia e modo de administração A dose recomendada de CRIXIVAN é de 800 mg, por via oral, de 8 em 8 horas. CRIXIVAN deve ser usado em associação com outros agentes antiretrovirais (por exemplo análogos de nucleósidos). As cápsulas devem ser engolidas inteiras. Uma vez que CRIXIVAN deve ser tomado a intervalos de 8 horas, deve-se adoptar um horário que seja conveniente para o doente. Para uma absorção óptima, CRIXIVAN deve ser administrado sem comida, mas com água, 1 hora antes ou 2 horas depois de uma refeição. Como alternativa, CRIXIVAN pode ser administrado com uma refeição ligeira de baixo teor em gorduras. A fim de assegurar uma hidratação adequada, recomenda-se que o doente beba, pelo menos, 1,5 l de líquidos durante as 24 horas. Devido a um aumento nas concentrações plasmáticas de rifabutina e a uma diminuição nas concentrações plasmáticas de indinavir, quando a rifabutina for administrada concomitantemente com CRIXIVAN, sugere-se uma redução da dose de rifabutina para metade da dose recomendada (queira consultar o Folheto Informativo da rifabutina) e um aumento da dose de CRIXIVAN para 1000 - 1200 mg de 8 em 8 horas. Este regime posológico não foi confirmado em ensaios clínicos e poderia resultar num aumento clinicamente significativo das concentrações plasmáticas de rifabutina. Em caso de administração concomitante com itraconazol, deve considerar-se uma redução da dose de CRIXIVAN para 600 mg de 8 em 8 horas (ver secção 4.5 Interacções medicamentosas e outras formas de interacção). 2 Em doentes com insuficiência hepática ligeira a moderada subsequente a cirrose, a posologia de CRIXIVAN deve ser reduzida para 600 mg, de 8 em 8 horas. O tratamento médico de doentes com um ou mais episódios de nefrolitíase deve incluir hidratação adequada e poderá considerar-se uma interrupção temporária da terapêutica (ex. 1-3 dias) durante o episódio agudo de nefrolitíase ou a paragem da terapêutica. 4.3 Contra-indicações Hipersensibilidade clinicamente significativa a qualquer dos componentes deste medicamento. Indinavir não deve ser administrado concomitantemente com fármacos com janelas terapêuticas estreitas e que são substractos do Citocromo P450 (CYP3A4). CRIXIVAN não deve ser administrado concomitantemente com terfenadina, cisaprida, astemizol, alprazolam, triazolam, midazolam ou derivados da ergotamina. A inibição do CYP3A4 pelo CRIXIVAN pode resultar em concentrações plasmáticas elevadas destes fármacos, causando reacções potencialmente graves ou que põem em risco a vida dos doentes. Indinavir não deve ser administrado concomitantemente com a rifampicina uma vez que desta co-administração resulta uma redução de 90% nas concentrações plasmáticas de indinavir. 4.4 Advertências e precauções especiais de utilização Nefrolitíase Ocorreu nefrolitíase com CRIXIVAN. Nalguns casos, a nefrolitíase associou-se a insuficiência renal ou insuficiência renal aguda; na maior parte destes casos, a insuficiência renal e a insuficiência renal aguda foram reversíveis. Se ocorrerem sinais ou sintomas de nefrolitíase, com dor dorso-lombar, acompanhada ou não de hematúria (incluindo hematúria microscópica), poderá considerar-se a interrupção temporária da terapêutica (ex: 1-3 dias) durante o episódio agudo de nefrolitíase ou a paragem da terapêutica. (Ver a secção 4.8 Efeitos indesejáveis, Experiência pós comercialização). Recomenda-se hidratação adequada em todos os doentes sob tratamento com CRIXIVAN (ver 4.2 Posologia e modo de administração e 4.8 Efeitos indesejáveis, Experiência pós-comercialização). Interacções medicamentosas Indinavir deve ser usado com precaução quando administrado com outros fármacos que sejam indutores potentes do CYP3A4. A sua co-administração pode resultar na diminuição das concentrações plasmáticas de indinavir e, como consequência, num risco aumentado de subdosagem terapêutica facilitando o desenvolvimento de resistências. (Ver a secção 4.5 Interacções medicamentosas e outras formas de interacção.) Anemia hemolítica aguda Foi registada anemia hemolítica aguda que, nalguns casos, se revelou com gravidade e de progressão rápida. Logo que o diagnóstico seja objectivo, deverão ser instituídas medidas apropriadas para o tratamento da anemia hemolítica, que podem incluir a interrupção de CRIXIVAN. Hiperglicémia Foram registados novos casos de diabetes mellitus, hiperglicémia, ou exacerbação de diabetes mellitus pré-existente em doentes sob tratamento com inibidores da protease. Em alguns, a hiperglicémia revelou-se grave e por vezes também associada à cetoacidose. Muitos doentes 3 tinham uma variedade de situações médicas, algumas das quais requerendo terapêutica com agentes que têm estado associados ao desenvolvimento da diabetes mellitus ou hiperglicémia. Doentes com situações clínicas co-existentes Em doentes hemofílicos tipo A e tipo B tratados com inibidores de protease foram relatados vários casos de aumento de hemorragia, incluindo o aparecimento espontâneo de hematomas cutâneos e hemartroses. Nalguns doentes foi administrado adicionalmente factor VIII. Em mais de metade dos casos relatados foi possível continuar ou reintroduzir o tratamento com os inibidores da protease nos casos em que o tratamento foi interrompido. Foi evocada uma relação de causalidade embora o mecanismo de acção não esteja esclarecido. Deste modo, os doentes hemofílicos deverão ser informados sobre a possibilidade de um aumento de hemorragias. Os doentes com insuficiência hepática ligeira a moderada subsequente a cirrose necessitarão de uma redução da dose de CRIXIVAN, devido à metabolização diminuída de indinavir (ver Posologia e modo de administração). Os doentes com insuficiência hepática grave não foram estudados. Na ausência destes estudos, deverá ter-se precaução, dado que pode ocorrer um aumento dos níveis de indinavir. A segurança em doentes com insuficiência renal não foi estudada; no entanto, menos de 20% de indinavir é excretado na urina sob a forma de fármaco inalterado ou sob a forma de metabolitos. Outras Nos ensaios clínicos a maioria dos doentes estudados eram caucasianos do sexo masculino. A segurança e a eficácia não foram estabelecidas em crianças. Em ensaios clínicos, foram excluídos os doentes tratados com rifampicina, rifabutina ou com administração crónica de aciclovir. No entanto os doentes tratados com aciclovir de forma intermitente, não foram excluídos dos ensaios clínicos. Cada cápsula contém 149 mg de lactose (anidra). Esta quantidade não é provavelmente suficiente para induzir sintomas específicos de intolerância. 4.5 Interacções medicamentosas e outras O metabolismo do indinavir é mediado pela enzima CYP3A4 do citocromo P450. Consequentemente, os fármacos que partilham esta via metabólica ou que alteram a actividade do CYP3A4, podem influenciar a farmacocinética do indinavir. Da mesma forma, o indinavir pode também modificar a farmacocinética de outros fármacos que partilham esta via metabólica. Ver também a secção 4.3 Contraindicações. Realizaram-se estudos específicos de interacção medicamentosa com indinavir e os seguintes fármacos: zidovudina, zidovudina/lamivudina, estavudina, trimetoprim/sulfametoxazol, fluconazol, isoniazida, claritromicina, quinidina, cimetidina, teofilina e um contraceptivo oral (noretindrona/etinil estradiol 1/35). Não se observaram interacções clinicamente significativas com estes fármacos. Foram observadas interacções com significado clínico com os medicamentos a seguir descritos: Não foi efectuado um estudo formal de interacção entre CRIXIVAN e varfarina. O tratamento concomitante pode resultar num aumento dos níveis da varfarina. 4 Rifabutina Foi avaliada em dois estudos clínicos separados a administração concomitante de indinavir 800 mg de 8 em 8 horas com rifabutina 300 mg uma vez por dia ou 150 mg uma vez por dia. Os resultados destes estudos demonstraram uma diminuição na AUC de indinavir (34% e 33%, respectivamente, versus a do indinavir 800 mg de 8 em 8 horas em monoterapia) e um aumento na AUC da rifabutina (173% e 55%, respectivamente, versus a da rifabutina 300 mg uma vez por dia em monoterapia). Este aumento nas concentrações plasmáticas da rifabutina está provavelmente relacionado com a inibição, pelo indinavir, do metabolismo da rifabutina mediado pelo CYP3A4. É necessário um aumento da dose de indinavir bem como uma redução da dose da rifabutina quando esta é administrada concomitantemente com indinavir. (Ver a secção 4.2 Posologia e modo de administração). Cetoconazol A administração concomitante de indinavir e cetoconazol pode resultar em níveis de indinavir ligeiramente aumentados. Não se espera que este facto influencie substancialmente o perfil de segurança do indinavir, não sendo por isso recomendada uma redução da dose. Itraconazol A administração de 600 mg de indinavir de 8 em 8 horas com 200 mg de itraconazol duas vezes por dia, um inibidor do CYP3A4, resultou numa AUC de indinavir idêntica à observada durante a administração de 800 mg de indinavir de 8 em 8 horas em monoterapia (ver 4.2 Posologia e modo de administração). Nevirapina A administração de 200 mg de nevirapina duas vezes por dia, um indutor do CYP3A4, com 800 mg de indinavir de 8 em 8 horas resultou numa redução média de 28 % na AUC de indinavir. Indinavir não teve qualquer efeito na farmacocinética da nevirapina. Deve considerar-se um aumento da dose de indinavir para 1000 mg de 8 em 8 horas, se tomado com nevirapina. Não se encontram disponíveis dados relevantes sobre segurança e eficácia para esta associação. Delavirdina A administração de 400 mg de delavirdina três vezes por dia, um inibidor do CYP3A4, com uma dose única de 400 mg de indinavir resultou em valores de AUC 14 % inferiores aos observados após a administração de uma dose de 800 mg de indinavir em monoterapia. A administração concomitante de delavirdina e de uma dose de 600 mg de indinavir resultou em valores da AUC de indinavir aproximadamente 40 % superiores aos observados após a administração de uma dose de 800 mg de indinavir em monoterapia. Indinavir não teve qualquer efeito na farmacocinética da delavirdina. Deve considerar-se uma redução da dose de indinavir para 400-600 mg de 8 em 8 horas, se tomado com delavirdina. Não se encontram disponíveis dados de segurança e eficácia relevantes para esta associação. Outros Não foi realizado o estudo formal de interacção entre indinavir e metadona. O uso concomitante destes fármacos pode resultar no aumento de concentrações plasmáticas da metadona. A relevância clínica deste facto é desconhecida. Rifampicina não deve ser usada com indinavir. O uso de rifampicina em doentes a receber indinavir reduz drasticamente os níveis plasmáticos de indinavir para 1/10 em relação a indinavir em monoterapia. Este efeito deve-se a uma indução do CYP3A4 pela rifampicina (ver 4.3 Contraindicações). A administração concomitante de outros fármacos indutores de CYP3A4, tais como fenobarbital, fenitoína, dexametasona e carbamazepina, pode reduzir as concentrações plasmáticas de indinavir. 5 A eficácia e segurança de indinavir em associação com outros inibidores da protease não foi estabelecida. A co-administração com ritonavir pode possivelmente resultar em aumentos significativos nas concentrações plasmáticas de indinavir. Não se realizou um estudo formal de interacção entre indinavir e didanosina. Embora um pH gástrico normal (ácido) possa ser necessário para uma absorção óptima de indinavir, o ácido degrada rapidamente a didanosina, pelo que esta é formulada com agentes tamponados para aumentar o pH. Indinavir e didanosina devem ser administrados, pelo menos, com uma 1 hora de intervalo, com o estômago vazio (consultar o Resumo das Características do Medicamento da didanosina). Num estudo clínico, a actividade antiretrovírica permaneceu inalterada, quando didanosina foi administrada 3 horas após a administração de indinavir. Para se obter uma absorção óptima, indinavir deve ser administrado, com água, 1 hora antes ou 2 horas depois de uma refeição. Em alternativa, indinavir pode ser tomado com uma refeição ligeira de baixo teor em gorduras. A ingestão de indinavir com refeição rica em calorias, gorduras e proteínas reduz a absorção de indinavir. 4.6 Utilização durante a gravidez e o aleitamento Gravidez CRIXIVAN não foi estudado em mulheres grávidas. Até que estes dados estejam disponíveis, CRIXIVAN só deverá ser utilizado durante a gravidez, se os potenciais benefícios justificarem o potencial risco para o feto. Durante o tratamento com CRIXIVAN ocorreu hiperbilirrubinémia em 10% de doentes, registada predominantemente como sendo bilirrubina indirecta elevada. Uma vez que se desconhece se indinavir exacerbará a hiperbilirrubinémia fisiológica em recém-nascidos, deve-se considerar criteriosamente a administração de CRIXIVAN à grávida, na altura do parto (ver Efeitos indesejáveis). A administração de indinavir a macacos Rhesus recém nascidos causou uma ligeira exacerbação da hiperbilirrubinémia fisiológica temporária verificada nesta espécie após o nascimento. A administração de indinavir a macacas Rhesus grávidas durante o terceiro trimestre não causou uma exacerbação similar nos recém nascidos; no entanto, deu-se apenas uma passagem limitada de indinavir pela placenta. Estudos de toxicidade do desenvolvimento foram realizados em ratos, coelhos e cães com doses que produziram exposições sistémicas comparáveis ou ligeiramente superiores às da exposição humana, e não revelaram qualquer evidência de teratogenicidade. Não se observaram, nos ratos, quaisquer alterações externas ou viscerais, contudo verificaram-se aumentos na incidência de costelas supranumerárias e de costelas cervicais. Não se observaram quaisquer alterações externas, viscerais ou no esqueleto dos coelhos, ou dos cães. Não foram observados nos ratos nem nos coelhos efeitos na sobrevivência embrionária/fetal nem no peso fetal. Foi verificado um ligeiro aumento das reabsorções nos cães; no entanto, todos os fetos de animais tratados foram viáveis, e a incidência de fetos vivos em animais tratados foi comparável à incidência verificada nos controlos. Aleitamento Os especialistas recomendam que a mulher infectada por VIH não deve amamentar em circunstância alguma a fim de evitar a transmissão por VIH. Não se sabe se indinavir é excretado no leite humano. No entanto, indinavir estava presente no leite do rato e a excreção no leite do rato também se manifestou à medida que as crias perdiam peso durante a lactação. Até que estejam disponíveis mais dados, as mães devem ser aconselhadas a interromper o aleitamento durante o tratamento. 6 4.7 Efeitos sobre a capacidade de conduzir e utilizar máquinas Não existem dados que sugiram que indinavir afecte a capacidade de conduzir ou de trabalhar com máquinas. Contudo, os doentes devem ser informados de que foram registadas tonturas e visão desfocada durante o tratamento com indinavir. 4.8 Efeitos indesejáveis Nos estudos clínicos controlados, conduzidos a nível mundial, indinavir foi administrado isoladamente ou em associação com outros agentes antiretrovíricos (zidovudina, didanosina, estavudina e/ou lamivudina) a cerca de 2000 doentes, na maioria caucasianos do sexo masculino (15% do sexo feminino). Indinavir não alterou o tipo, a frequência ou a gravidade dos principais efeitos adversos associados ao uso de zidovudina, didanosina ou lamivudina. As reacções clínicas adversas registadas pelos investigadores como possível, provável ou seguramente relacionadas com o fármaco, em ≥ 5% dos doentes tratados com CRIXIVAN, em monoterapia ou em associação (n=309) durante 24 semanas estão indicadas a seguir. Muitas destas experiências adversas foram identificadas como comuns e pré-existentes ou como situações clínicas que ocorrem com frequência nesta população. Estas experiências adversas foram: náuseas (35,5%), cefaleias (25,2%), diarreia (24,6%), astenia/fadiga (24,3%), exantema (19,1%), alteração do paladar (19,1%), pele seca (16,2%), dor abdominal (14,6%), vómitos (11,0%), tonturas (10,7%), dispepsia (10,7%), flatulência (7,8%), insónia (7,4%), prurido (7,4%), hipoestesia (7,1%), xerostomia (6,8%), disúria (6,5%), regurgitação ácida (6,5%), parestesia (5,2%) e mialgia (5,2%). Com a excepção da pele seca, exantema, e alteração do paladar, a incidência de experiências adversas é idêntica ou superior em doentes tratados com análogos de nucleósidos antiretrovirais em relação aos doentes tratados com CRIXIVAN em monoterapia ou em associação. Este perfil de segurança global manteve-se idêntico em 107 doentes tratados com CRIXIVAN em monoterapia ou em associação até 48 semanas. Tem sido referida nefrolitíase, com dor dorso-lombar acompanhada ou não de hematúria (incluindo hematúria microscópica), em aproximadamente 4% (79/2205) de doentes recebendo CRIXIVAN em ensaios clínicos. Em geral, estes episódios não estavam associados à disfunção renal e foram resolvidos com hidratação e interrupção temporária da terapêutica (ex. 1-3 dias). Descobertas laboratoriais As anomalias laboratoriais registadas pelos investigadores como possível, provável ou seguramente relacionadas com o medicamento em ≥ 10% dos doentes tratados com CRIXIVAN isoladamente ou em associação foram: alterações de VGM, TGP, TGO, bilirrubina indirecta, bilirrubina sérica total e diminuição de neutrófilos, hematúria, proteinúria, cristalúria. Ocorreu hiperbilirrubinémia assintomática isolada (bilirrubina total ≥ 2,5 mg/dl, 43 mcmol/l), registada sobretudo como bilirrubina indirecta elevada e raramente associada a elevações de TGP, TGO e de fosfatase alcalina, em cerca de 10% de doentes tratados com CRIXIVAN, isoladamente ou em associação com outros agentes antiretrovirais. A maioria dos doentes continuou o tratamento com CRIXIVAN, sem redução da posologia, e os valores de bilirrubina desceram gradualmente até ao valor basal. A hiperbilirrubinémia ocorreu mais frequentemente com doses superiores a 2,4 g/dia do que com doses inferiores a 2,4 g/dia. 7 Experiência pós comercialização Foram registadas pós comercialização as seguintes reacções adversas adicionais: Corporais/local não especificado: distensão abdominal; redistribuição/acumulação de gordura corporal em áreas como a região posterior do pescoço, seios, abdómen, e retroperitoneu. Aparelho digestivo: anomalias da função hepática; hepatite incluindo casos raros de insuficiência hepática (Ver a secção 4.4 Advertências e precauções especiais de utilização). Endocrinológica/Metabólica: novos casos de diabetes mellitus ou hiperglicémia, ou exacerbação de diabetes mellitus pré-existente (ver 4.4 Advertências e precauções especiais de utilização). Hematológicas: aumento de hemorragias espontâneas em doentes com hemofília; anemia hemolítica aguda (Ver a secção 4.4 Advertências e precauções especiais de utilização). Hipersensibilidade: reacções anafilactóides. Pele e faneras: exantema incluindo eritema multiforme e síndroma de Stevens Johnson; hiperpigmentação; alopécia; urticária. Aparelho urogenital: nefrolitíase, nalguns casos com insuficiência renal ou insuficiência renal aguda (Ver a secção 4.4 Advertências e precauções especiais de utilização); nefrite intersticial. Achados laboratoriais: Foram registadas adicionalmente as seguintes anomalias laboratoriais: Aumento dos triglicerídos séricos. 4.9 Sobredosagem Registaram-se casos de sobredosagem humana com CRIXIVAN. Os sintomas mais vulgarmente registados foram gastrointestinais (por exemplo, náuseas, vómitos, diarreia) e renais (por exemplo, nefrolitíase, dor dorso-lombar, hematúria). Não se sabe se indinavir é dialisável por hemodiálise ou por diálise peritoneal. 5. PROPRIEDADES FARMACOLÓGICAS 5.1 Propriedades farmacodinâmicas Grupo farmacoterapêutico: Agente antivírico - Código ATC - J05AE02. 8 Mecanismo de acção O indinavir inibe a protease recombinante do VIH-1 e do VIH-2, com uma selectividade para a protease do VIH-1 aproximadamente 10 vezes a selectividade para a protease do VIH-2. O indinavir liga-se reversivelmente ao local de acção da protease inibindo de forma competitiva a enzima. Esta inibição impede a clivagem das poliproteínas precursoras víricas que ocorre durante a maturação da partícula vírica recentemente formada. As partículas imaturas resultantes não são infecciosas e são incapazes de estabelecer novos ciclos de infecção. O indinavir não inibiu significativamente as proteases eucarióticas, a renina humana, a catepsina D humana, a elastase humana e o factor Xa humano. Microbiologia O indinavir, em concentrações de 50 a 100 nM, mediou uma inibição de 95% (IC95) da disseminação vírica (em comparação com um controlo não tratado infectado com o vírus) em culturas humanas de linfócitos-T e em monócitos/macrófagos humanos primários infectados por mutantes do VIH-1 (LAI, MN e RF), e por um mutante macrófago tropical SF 162, respectivamente. As concentrações de 25 a 100 nM de indinavir mediaram uma inibição de 95% da disseminação vírica em culturas de células mononucleadas periféricas de sangue humano, activadas por mitogénios, e infectadas por diversos isolados clínicos primários do VIH-1, incluindo isolados resistentes à ziduvodina e aos inibidores da transcriptase reversa não-nucleósidos. Observou-se actividade antiretrovírica sinergística, quando células linfóides-T humanas, infectadas com o mutante LAI do VIH-1, foram incubadas com indinavir e com zidovudina, ou didanosina ou com um inibidor da transcriptase reversa nãonucleósido. Resistência ao Fármaco Em alguns doentes, ocorreu perda da supressão dos níveis virais de ARN; no entanto, as contagens de células CD4 mantiveram-se frequentemente acima dos níveis de pré-tratamento. Quando ocorreu a perda da supressão vírica do ARN, ela associou-se tipicamente à substituição do vírus sensível circulante, por mutantes virais resistentes. A resistência correlacionou-se com a acumulação de mutações no genoma viral que resultaram na expressão de substituições de aminoácidos na protease vírica. Foram identificadas na protease do VIH-1, pelo menos, 11 posições de aminoácidos, em que as substituições estão associadas à resistência. Nenhuma substituição isolada foi capaz de gerar uma resistência mensurável ao inibidor. De um modo geral, níveis elevados de resistência resultam da co-expressão de maior número de substituições nas 11 posições identificadas. As substituições nestas posições acumularam-se sequencialmente, provavelmente como resultado da replicação viral em curso. É de notar que a diminuição da supressão dos níveis virais de ARN foi mais frequentemente observada, quando a terapêutica com CRIXIVAN foi iniciada em doses mais baixas do que a recomendada de 2,4g/dia por via oral. Consequentemente, a terapêutica com CRIXIVAN deve ser iniciada na dose recomendada, a fim de aumentar a supressão da replicação viral e, assim, inibir o aparecimento de vírus resistentes. O uso concomitante de indinavir com análogos de nucleósidos (em doentes que nunca os utilizaram) pode diminuir o risco de desenvolvimento de resistência tanto a indinavir como aos análogos de nucleósidos. Num estudo comparativo, a terapêutica de associação com análogos de nucleósidos (terapêutica tripla com zidovudina mais didanosina) conferiu protecção contra a selecção do vírus expressando pelo menos uma substituição de aminoácido associada à resistência tanto ao indinavir (de 13/24 a 2/20 à 24ª semana de tratamento) como aos análogos de nucleósidos (de 10/16 a 0/20 à 24ª semana de tratamento). 9 Devido à preocupação com o aparecimento de resistência é preferível o tratamento em associação com CRIXIVAN. 10 Resistência Cruzada Os isolados de doentes infectados por VIH-1, com sensibilidade reduzida ao indinavir, revelaram variados padrões e graus de resistência cruzada a uma série de inibidores de protease VIH, incluindo ritonavir e saquinavir. Notou-se resistência cruzada completa entre indinavir e ritonavir; no entanto, a resistência cruzada ao saquinavir variou entre os isolados. Muitas das substituições de aminoácidos da protease registadas como estando associadas à resistência ao ritonavir e saquinavir foram também associadas à resistência ao indinavir. Acções Farmacodinâmicas Até ao momento foi demonstrado que o tratamento com indinavir isoladamente ou em associação com outros agentes antiretrovirais (exemplo análogos nucleósidos) reduz a carga víral e aumenta o número de linfócitos CD4 em doentes com contagens celulares CD4 abaixo das 500 células/mm3. Indinavir em monoterapia ou em associação com análogos de nucleósidos (zidovudina/estavudina e lamivudina) demonstrou atrasar a taxa da progressão clínica em comparação com análogos de nucleósidos e proporcionar um efeito prolongado sobre a carga viral e a contagem de células CD4. Em doentes previamente tratados com zidovudina, indinavir, zidovudina e lamivudina em associação em comparação com lamivudina associada à zidovudina reduziram de 13% para 7% a probabilidade da doença definidora de SIDA ou morte em 48 semanas. De igual modo, em doentes que nunca tinham sido tratados com agentes antiretrovirais, indinavir em monoterapia ou em associação com zidovudina em comparação com zidovudina em monoterapia reduziu a probabilidade de doença definidora de SIDA ou morte em 48 semanas de 15% com zidovudina em monoterapia para aproximadamente 6% com indinavir em monoterapia ou em associação com zidovudina. Os efeitos sobre a carga viral foram consistentemente mais pronunciados em doentes tratados com indinavir em associação com análogos de nucleósidos, mas a proporção de doentes com níveis de ARN viral sérico abaixo do limite da quantificação (500 cópias /ml) variou entre os estudos, na 24ª semana, de 40% para mais de 80%. Esta proporção tende a permanecer estável depois de períodos prolongados de acompanhamento. Da mesma forma, os efeitos na contagem de células CD4 tendem a ser mais pronunciados em doentes tratados com indinavir em associação com análogos de nucleósidos em comparação com indinavir em monoterapia. Nos estudos, este efeito é mantido também após períodos prolongados de acompanhamento. 5.2 Propriedades farmacocinéticas Absorção Indinavir é rapidamente absorvido em jejum com um tempo para o pico de concentração plasmática de 0,8 horas ± 0,3 horas (média ± D.P.). Quando se administraram doses entre 200 e 800 mg, registou-se, nas concentrações plasmáticas de indinavir, um aumento ligeiramente superior do que o proporcional à dose. Entre níveis de administração de 800 e 1000 mg o desvio da proporcionalidade à dose é menos pronunciado. Como resultado da curta semivida, 1,8 ± 0,4 horas, apenas ocorreu um aumento mínimo das concentrações plasmáticas após doses múltiplas. A biodisponibilidade de uma dose única de 800 mg de indinavir foi de aproximadamente 65% (90% IC, 58-72%). A administração de indinavir com uma refeição de elevado teor em calorias, gorduras e proteínas teve como resultado uma absorção reduzida, acompanhada de uma redução de aproximadamente 80% na Área sob a Curva (AUC) e de uma redução de 86% na Cmáx. A sua administração com refeições ligeiras (por exemplo, torrada com compota ou conserva de 11 fruta, sumo de maçã e café com leite desnatado ou magro e açúcar, ou flocos de milho, leite desnatado ou magro e açúcar) teve como resultado concentrações plasmáticas comparáveis aos valores correspondentes em jejum. Distribuição Indinavir não se liga em percentagem elevada às proteínas plasmáticas humanas (39% não ligado). Não existem dados relativos à penetração de indinavir no sistema nervoso central humano. Biotransformação Identificaram-se 7 metabolitos principais e as vias metabólicas foram identificadas como glucuronização no azoto piridínico, oxidação-N-piridínica com e sem hidroxilação-3’ no anel indano, hidroxilação-3’ do indano, hidroxilação-p do radical de fenilmetilo e depiridometilação-N com e sem hidroxilação-3’. Estudos in vitro com microssomas hepáticos humanos indicaram que o citocromo CYP3A4 é a única isoenzima P450 que desempenha um papel fulcral no metabolismo oxidativo do indinavir. A análise de amostras de plasma e da urina colhidas em indivíduos que receberam indinavir indicou que os metabolitos de indinavir contribuem pouco para a actividade inibidora da protease. Eliminação Quando se administraram doses entre 200 e 1000 mg tanto a voluntários como a doentes infectados com o VIH-1, registou-se um aumento ligeiramente maior do que o proporcional à dose na recuperação de indinavir na urina. A depuração renal (116 ml/min) de indinavir, em relação à variação posológica, não depende da concentração. Menos de 20% de indinavir é excretado por via renal. Após administração de dose única de 700 mg em jejum, a excreção média urinária de fármaco inalterado, foi de 10,4%, e após 1000 mg, foi de 12,0%. Indinavir foi rapidamente eliminado com uma semi-vida de 1,8 horas. Características dos Doentes A farmacocinética de indinavir não parece ser afectada pelo sexo ou pela raça. Doentes com insuficiência hepática ligeira a moderada e evidência clínica de cirrose apresentaram uma diminuição do metabolismo de indinavir que resultava numa AUC média mais elevada em aproximadamente 60%, após uma dose de 400 mg. A semi-vida média de indinavir aumentou para aproximadamente 2,8 horas. Em estado de equilíbrio após um regime posológico de 800 mg de 8 em 8 horas, os doentes seropositivos por infecção VIH alcançaram valores de AUC de 28,713 nMh, com o pico de concentrações plasmáticas de 11,144 nM e concentrações plasmáticas de 211 nM às 8 horas após a administração. 5.3 Dados de segurança pré-clínica Observaram-se cristais na urina de ratos, num macaco e num cão. Os cristais não têm sido associados a lesões renais induzidas pelo fármaco. Observou-se um aumento no peso da tiróide e hiperplasia das células foliculares da tiróide, devido a um aumento da depuração de tiroxina, em ratos tratados com doses ≥ 160 mg/kg/dia de indinavir. Ocorreu um aumento no peso hepático em ratos tratados com doses ≥ 40 mg/kg/dia de indinavir, que foi acompanhado por hipertrofia hepatocelular com doses ≥ 320 mg/kg/dia. A dose oral máxima não letal de indinavir em ratos e ratinhos é de pelo menos 5000 mg/kg, que foi a dose mais elevada testada em estudos de toxicidade aguda. 12 Estudos em ratos indicaram que foi limitada a captação para os tecidos cerebrais, que foi rápida a distribuição para o sistema linfático e para fora deste, e que foi vasta a excreção para o leite de ratos lactentes. A distribuição do indinavir através da barreira placentária foi significativa em ratos, mas limitada em coelhos. Mutagenicidade: Indinavir não possui qualquer actividade mutagénica ou genotóxica em estudos com ou sem activação metabólica. Carcinogenicidade: Em ratinhos, não foi observada qualquer carcinogenicidade com doses elevadas; a dose máxima tolerada que corresponde a uma exposição sistémica de aproximadamente 2 a 3 vezes a exposição clínica. Em ratos, com os mesmos níveis de exposição, foi observada uma maior incidência de adenomas da tiróide provavelmente relacionada com um aumento na libertação de TSH secundária a um aumento na depuração da tiroxina. A relevância destes achados em humanos é provavelmente limitada. 6. INFORMAÇÕES FARMACÊUTICAS 6.1 Lista dos excipientes Cada cápsula contém lactose anidra e estearato de magnésio como excipientes. O revestimento da cápsula, contém os excipientes gelatina, dióxido de titânio, dióxido de silicone e laurilsulfato de sódio. As cápsulas de 400 mg estão gravadas com tinta de impressão contendo dióxido de titânio (E-171), carmim indigo (E-132) e óxido de ferro (E-172). As cápsulas são brancas e semi-transluzentes e têm a gravação CRIXIVAN™ 400 mg a verde. 6.2 Incompatibilidades Não aplicável. 6.3 Prazo de validade O período de validade das placas de alvéolos é de 15 meses e o dos frascos de PEAD é de 24 meses. 6.4 Precauções especiais de conservação Sensível à humidade. Guardar numa embalagem bem fechada. 6.5 Natureza e conteúdo do recipiente CRIXIVAN 400 mg está disponível em placas de alvéolos di alumínio contendo 42 cápsulas e em frascos de polietileno de alta densidade (PEAD), com uma tampa de polipropileno e uma cápsula inviolável, contendo 90 ou 180 cápsulas. Os frascos contêm um exsicante que deve permanecer no frasco. Os doentes devem ser informados de que não deverão engolir o exsicante. 7. TITULAR DA AUTORIZAÇÃO DE INTRODUÇÃO NO MERCADO 13 Merck Sharp & Dohme Limited Hertford Road, Hoddesdon Hertfordshire EN11 9BU Reino Unido 8. NÚMEROS NO REGISTO COMUNITÁRIO DE MEDICAMENTOS EU/1/96/024/004 EU/1/96/024/005 9. DATA DA PRIMEIRA AUTORIZAÇÃO/RENOVAÇÃO DA AUTORIZAÇÃO DE INTRODUÇÃO NO MERCADO Outubro 1996 10. DATA DA REVISÃO DO TEXTO 14 ANEXO III ROTULAGEM E FOLHETO INFORMATIVO 15 A. ROTULAGEM 16 Embalagem Exterior 42 Cápsulas CRIXIVAN 400 mg Indinavir 1 cápsula contém: Sulfato de indinavir equivalente a 400 mg de indinavir, lactose anidra, corantes [dióxido de titânio (E-171), óxido de ferro (E-172) e carmim indigo (E132) ] e outros constituintes. As cápsulas devem ser engolidas inteiras. Este medicamento é sensível à humidade, guarde-o em local protegido da humidade. Mantenha o medicamento fora do alcance das crianças. Leia o folheto informativo anexo antes de tomar este medicamento. Medicamento sujeito a receita médica. Lote nº: Validade: Mês/Ano Titular da Autorização de Introdução no Mercado: Merck Sharp & Dohme Limited Hertford Road, Hoddesdon Hertfordshire EN11 9BU Reino Unido Nº Registo: 17 Embalagem Primária CRIXIVAN 400 mg Cápsulas Indinavir MSD logo Merck Sharp & Dohme Lote nº: Validade: Mês/ Ano 18 90 Cápsulas CRIXIVAN 400 mg Indinavir 1 cápsula contém: Sulfato de indinavir equivalente a 400 mg de indinavir, lactose anidra, corantes [dióxido de titânio (E-171), óxido de ferro (E-172), carmim indigo (E132) ] e outros constituintes. As cápsulas devem ser engolidas inteiras. Este medicamento é sensível à humidade, mantenha o frasco bem fechado e protegido da humidade. O exsicante não deve ser retirado da embalagem. O exsicante não deve ser engolido. Mantenha o medicamento fora do alcance das crianças. Leia o folheto informativo anexo antes de tomar este medicamento. Medicamento sujeito a receita médica. Lote nº: Validade: Titular da Autorização de Introdução no Mercado: Merck Sharp & Dohme Limited Hertford Road, Hoddesdon Hertfordshire EN11 9BU Reino Unido Nº Registo: 19 180 Cápsulas CRIXIVAN 400 mg Indinavir 1 cápsula contém: Sulfato de indinavir equivalente a 400 mg de indinavir, lactose anidra, corantes [dióxido de titânio (E-171), óxido de ferro (E-172), carmim indigo (E132) ] e outros constituintes. As cápsulas devem ser engolidas inteiras. Este medicamento é sensível à humidade, mantenha o frasco bem fechado e protegido da humidade. O exsicante não deve ser retirado da embalagem. O exsicante não deve ser engolido. Mantenha o medicamento fora do alcance das crianças. Leia o folheto informativo anexo antes de tomar este medicamento. Medicamento sujeito a receita médica. Lote nº: Validade: Titular da Autorização de Introdução no Mercado: Merck Sharp & Dohme Limited Hertford Road, Hoddesdon Hertfordshire EN11 9BU Reino Unido Nº Registo: 20 B. FOLHETO INFORMATIVO 21 FOLHETO INFORMATIVO CRIXIVAN (indinavir) cápsulas 400 mg Leia este folheto com atenção antes de tomar o medicamento, mesmo que já tenha lido um folheto de CRIXIVAN, pois alguma da informação do folheto anterior poderá ter mudado. Lembre-se que o seu médico receitou este medicamento apenas para si. Não o dê a mais ninguém. O que é CRIXIVAN ? Cada cápsula de CRIXIVAN 400 mg contém, 500 mg de sulfato de indinavir correspondendo a 400 mg de indinavir. Além disso, CRIXIVAN contém, na sua composição, os seguintes excipientes: lactose anidra, estearato de magnésio, gelatina, dióxido de silicone, lauril sulfato de sódio e dióxido de titânio (E-171). CRIXIVAN está disponível em cápsulas de 400 mg. As cápsulas estão gravadas com tinta de impressão contendo dióxido de titânio (E-171) e carmim indigo (E132). CRIXIVAN é um medicamento do grupo dos inibidores da protease. É activo contra o Vírus de Imunodeficiência Humana (VIH) e ajuda a reduzir o número de partículas de VIH no sangue. Companhia Responsável pela Autorização de Introdução no Mercado Merck Sharp & Dohme Limited Hertford Road, Hoddesdon Hertfordshire EN11 9BU Reino Unido Fabricante Merck Sharp & Dohme B.V. Waarderweg 39 P.O. Box 581 2003 PC Haarlem Holanda Porque é que o meu médico receitou CRIXIVAN ? O seu médico receitou-lhe CRIXIVAN, porque sofre de infecção por VIH. CRIXIVAN deve ser usado em associação com outros agentes antiretrovirais para o tratamento de doentes adultos infectados por VIH-1. A infecção por VIH é uma doença que se transmite por contacto sexual ou com o sangue de uma pessoa infectada. Deve saber que CRIXIVAN não é uma cura para a infecção por VIH e que pode continuar a desenvolver infecções ou outras doenças associadas com a doença por VIH. Deve, portanto permanecer sob os cuidados do seu médico enquanto toma CRIXIVAN. Não foi demonstrado que o tratamento com CRIXIVAN reduza o risco de transmissão do VIH a outras pessoas, por contacto sexual ou por contaminação sanguínea. CRIXIVAN demonstrou ajudar a reduzir o risco de desenvolver doenças associadas à infecção por VIH. CRIXIVAN também demonstrou ajudar a diminuir a quantidade de VIH no seu organismo (chamada “carga viral”) e aumentar o número das suas células CD4 (T). CRIXIVAN pode não ter estes efeitos em todos os doentes. Quando é que CRIXIVAN não pode ser tomado? 22 Não tome CRIXIVAN se teve uma reacção alérgica grave a qualquer componente deste medicamento. CRIXIVAN não pode ser tomado com medicamentos contendo rifampicina. 23 O que devo dizer ao meu médico antes de tomar CRIXIVAN? Informe o seu médico sobre quaisquer problemas de saúde que possa ter, ou já tenha tido, incluindo doença de fígado devida a cirrose ou alergias. Informe o seu médico se tiver problemas renais, diabetes ou hemofilia. Se tiver alguma restrição a beber líquidos, informe disso o seu médico, uma vez que é importante que beba muitos líquidos enquanto está a tomar CRIXIVAN. Uso durante a gravidez e o aleitamento. Não se sabe se CRIXIVAN é prejudicial ao feto, quando tomado por uma mulher grávida. Se está grávida, só deverá tomar CRIXIVAN se o seu médico decidir que é realmente necessário. Informe o seu médico se está grávida ou planeia engravidar. Informe o seu médico se está a amamentar. Uso nas crianças. Não deve ser usado em crianças. Posso tomar CRIXIVAN com outros medicamentos ? CRIXIVAN pode ser tomado com um certo número de medicamentos habitualmente utilizados na infecção por VIH. Estes incluem zidovudina, didanosina, lamivudina, estavudina, quinidina, cimetidina, claritromicina, isoniazida, fluconazole e trimetoprim/sulfametoxazol. Não foram efectuados estudos com CRIXIVAN tomado com outros fármacos desta classe (inibidores da protease). No entanto, existem alguns medicamentos que não deverão ser tomados com CRIXIVAN ou que poderão requerer uma redução da dose, desses medicamentos ou de CRIXIVAN. Os medicamentos que não podem ser tomados com CRIXIVAN incluem rifampicina, terfenadina, astemizole, cisaprida, alprazolam, triazolam, midazolam e derivados da ergotamina, tais como ergo tartramina e ergo tartramina com cafeína. Os medicamentos que requerem um acerto da dose do próprio medicamento e/ou da dose do CRIXIVAN incluem rifabutina, itraconazol, nevirapina e delavirdina. Consulte também o seu médico se está a tomar cetoconazol, fenobarbital, fenitoína, dexametasona, carbamazepina, ritonavir, metadona ou qualquer outro medicamento. Deve informar sempre o seu médico sobre todos os medicamentos que está a tomar ou planeia tomar, incluindo os medicamentos obtidos sem receita médica. Posso conduzir ou trabalhar com máquinas enquanto estiver a tomar CRIXIVAN? Não há informação específica que sugira que CRIXIVAN afecte a capacidade de conduzir ou de utilizar máquinas. No entanto, durante o tratamento com CRIXIVAN, registaram-se tonturas e visão turva. Se sentir estes efeitos, evite conduzir ou trabalhar com máquinas. Como deverá ser tomado CRIXIVAN? 24 CRIXIVAN apresenta-se em cápsulas e deve ser tomado por via oral. A dose habitual é de 800 mg, o que representa 2 cápsulas de 400 mg, tomadas de 8 em 8 horas. CRIXIVAN deve ser tomado em intervalos de 8 horas para se obter uma eficácia completa. CRIXIVAN deve ser engolido inteiro. CRIXIVAN deve ser tomado sem alimentos com água, 1 hora antes ou 2 horas depois de uma refeição. Se não quiser tomar CRIXIVAN com água, poderá tomá-lo com leite desnatado ou magro, sumo, café ou chá. Se CRIXIVAN não puder ser tomado sem alimentos, tome-o com uma refeição ligeira de baixo teor em gorduras, composta por torrada com compota ou conserva de fruta, sumo e café com leite desnatado ou magro e açúcar, ou com uma refeição ligeira de corn flakes, leite desnatado ou magro e açúcar. Em todas as outras ocasiões pode comer o que quiser. Se tomasse CRIXIVAN com uma refeição rica em calorias, gorduras e proteínas, o seu organismo teria mais dificuldade em absorver o medicamento e, portanto, a sua eficácia ficaria reduzida. CRIXIVAN provocou a formação de pedra nos rins de alguns doentes. Por isso é muito importante que beba, pelo menos, 1,5 litro de líquidos, por dia enquanto estiver a tomar CRIXIVAN para ajudar a reduzir o risco de formação de pedra nos rins. Em estudos clínicos, doses superiores a 800 mg tomadas de 8 em 8 horas, não demonstraram ter qualquer efeito superior. Reduzir as doses ou não as tomar aumentará o risco do vírus VIH se tornar resistente ao CRIXIVAN, o que faz com que o tratamento com este fármaco se torne ineficaz. É importante que tome CRIXIVAN exactamente como o seu médico receitou, e que não páre de o tomar sem primeiro consultar o seu médico. O que devo fazer no caso de me esquecer de tomar uma dose? Tome CRIXIVAN 3 vezes por dia, com intervalos de 8 horas. No entanto, se se esquecer de tomar uma dose, não a tome mais tarde. Continue a seguir o esquema normal dentro do horário previsto. Que efeitos indesejáveis poderá ter CRIXIVAN? Todos os medicamentos podem ter efeitos indesejáveis ou não intencionais. São os chamados efeitos colaterais. CRIXIVAN demonstrou ser, geralmente, bem tolerado. Registaram-se casos de pedras nos rins e em alguns destes doentes esta situação conduziu a problemas renais mais graves incluindo insuficiência renal. Na maioria dos casos foi reversível a deficiência e a insuficiência renal. Contacte o seu médico se tiver subitamente dores fortes nas costas, com ou sem perda de sangue na urina, causadas por pedras nos rins. Alguns doentes tratados com CRIXIVAN tiveram uma rápida destruição dos glóbulos vermelhos (anemia hemolítica) que em alguns casos foi grave. Alguns doentes tratados com CRIXIVAN tiveram problemas de fígado e em casos raros insuficiência hepática. Ocorreu em doentes tratados com inibidores da protease, diabetes e níveis elevados de açúcar no sangue ( também chamado de hiperglicémia). 25 Em doentes com hemofilia do tipo A e B foram descritos casos de aumentos de hemorragias durante o tratamento com este medicamento ou outro inibidor da protease. Se estiver nesta situação deverá consultar imediatamente o seu médico. Os efeitos colaterais incluem: fraqueza/fadiga, dor abdominal/inchaço; aumento de gordura localizada em áreas como o pescoço, seios, abdómen e costas; diarreia, dispepsia, náuseas, tonturas, dores de cabeça, pele seca, escurecimento da cor da pele, queda de cabelo; erupções cutâneas, reacções cutâneas graves; reacções alérgicas; alteração do paladar, vómitos, flatulência, insónia, sensibilidade dermatológica diminuída ou anormal, e dores musculares. Podem ocorrer outros efeitos colaterais com CRIXIVAN. Peça ao seu médico ou farmacêutico mais informação sobre os efeitos colaterais. Ambos têm uma lista mais completa. Informe o seu médico imediatamente sobre estes ou quaisquer outros sintomas não usuais que venha a sentir. Se a situação persistir ou agravar, procure o seu médico. Informe também o seu médico se, depois de tomar CRIXIVAN, sentir algum ou alguns sintomas que sugiram uma reacção alérgica. Informe o seu médico se tiver uma intolerância à lactose. Cada cápsula contém 149 mg de lactose (anidra). Esta quantidade não é provavelmente suficiente para induzir sintomas específicos de intolerância. Como posso vir a saber mais sobre CRIXIVAN ? Nem toda a informação sobre este medicamento se encontra neste folheto. Se tiver mais questões a colocar, pergunte ao seu médico ou ao farmacêutico, pois têm informação mais pormenorizada sobre CRIXIVAN e sobre a infecção por VIH. Durante quanto tempo devo guardar o medicamento ? Não tome o medicamento depois da data que está inscrita na embalagem a seguir a validade (apresentada por seis algarismos). Os dois primeiros algarismos indicam o mês, os quatro últimos algarismos indicam o ano. Como devo guardar CRIXIVAN? As cápsulas de CRIXIVAN são sensíveis à humidade. Guarde CRIXIVAN dentro da embalagem original (frasco ou placa de alvéolos).O frasco deve estar bem fechado e protegido da humidade. Não retire de dentro do frasco a caixa com o exsicante. Não engula o exsicante. Mantenha CRIXIVAN fora do alcance das crianças. Este folheto informativo foi revisto pela última vez em 26 Para qualquer informação acerca deste medicamento, por favor contacte o representante local do titular da autorização de introdução no mercado. Belgique/België/Belgien Merck Sharp & Dohme B.V. Succursale belge/Belgisch bijhuis Chaussée de Waterloo/Waterloosesteenweg 1135 1180 Bruxelles/Brussel Tel. 02/373 42 11 Luxembourg Merck Sharp & Dohme B.V. Succursale belge Chaussée de Waterloo 1135 1180 Bruxelles Belgique Tel. 02/373 42 11 Danmark Merck Sharp & Dohme Smedeland 8 2600 Glostrup Tlf. 43 28 77 66 Nederland Merck Sharp & Dohme B.V. Postbus 581 2003 PC Haarlem Tel. 023/5153153 Deutschland MSD Sharp & Dohme G.m.b.H. Lindenplatz 1 D-85540 Haar Tel. 089/456110 Österreich Merck Sharp & Dohme G.m.b.H Donau-City Strasse 6 A-1220 Wien Tel. 1 26 044 Eλλάδα BIANEΞ Α.Ε Οδός Τατοΐου Ταχ.Θυρ. 52894 146 10 Νέα Ερυθραία Τηλ. 01/8009001-11 Portugal Laboratórios Químico Farmacêuticos Chibret, Lda. Quinta da Fonte Edifício Vasco da Gama Q41 Porto Salvo 2780 Oeiras Tel. 01/4465700 España Merck Sharp & Dohme de España, S.A. C/Josefa Valcárcel, 38 28027 MADRID Tel. 91/321 06 00 Suomi/Finland Suomen MSD Oy PL 98 02231 ESPOO Puh. 09/804650 France Laboratoires Merck Sharp & Dohme - Chibret 3, Avenue Hoche 75114 Paris Cedex 08 Tel. 01 47 54 87 00 Sverige Merck Sharp & Dohme (Sweden) AB Box 7125 192 07 Sollentuna Tel. 08/626 1400 Ireland Merck Sharp and Dohme Limited Hertford Road Hoddesdon Hertfordshire EN11 9BU UK Tel. 01992/467272 United Kingdom Merck Sharp and Dohme Limited Hertford Road Hoddesdon Hertfordshire EN11 9BU UK Tel. 01992/467272 Ιtalia Merck Sharp & Dohme (Italia) S.p.A. 27 via G.Fabbroni, 6 00191 ROMA Tel. 06/361911 28