bronquiolite

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Normatização Influenza H1N1
Sociedade Brasileira de Pediatria – Depto Infectologia
1- INTRODUÇÃO E EPIDEMIOLOGIA
ANTECEDENTES:
Na 2º quinzena de abril de 2009 iniciaram-se relatos de
casos de doença respiratória produzida por um vírus de influenza A
(H1N1) diferente dos vírus circulantes na estação de Influenza. Estes casos foram
primeiramente relatados nos EEUU e no México.
Com a disseminação deste vírus e aparecimento de relato de doença em
diferentes continentes a OMS desencadeou a fase de alerta pandemico
primeiramente de nível 4 a 5 considerando que existiam casos com transmissão
entre pessoas em 2 países de uma mesma região ,sanitária, EEUU y México.
Em 11 de junho, considerando que a transmissão do vírus estava
ocorrendo em outras áreas do mundo, a OMS decidiu passar do nível 5 para o 6,
declarando o inicio da primeira pandemia de influenza do século XXI.
CONCEITO DE PANDEMIA
Os três requisitos para causar uma pandemia são:
(1) Surgimento de uma cepa nova de influenza A frente a qual a população
não apresente imunidade
(2) Habilidade de infectar humanos causando doença severa
(3) Transmissão sustentável Inter.-pessoal com disseminação mundial.
Em contraste com as influenzas sazonais, que afeta entre 5 e 20% da população,
uma pandemia pode afetar até 50% da mesma ocasionando mortes, desordem
social e um possível colapso dos serviços médicos com grandes perdas
econômicas.
As pandemias podem ser diferentes, e podem apresentar gravidade variável ,
mortalidade e padrões diferentes de disseminação. Em uma pandemia os casos
aumentam rapidamente em forma exponencial e pode causar enfermidade em
grupos de idade deferentes dos grupos habitualmente afetados. Nesta epidemia
existe uma tendência para uma maior distribuição de doenças entre os adultos
jovens.
DEFINIÇÃO DE CASO SUSPEITO
Toda pessoa que apresente doença respiratória aguda febril (> 38º com espectro
de doença tipo influenza ou pneumonia).
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SINTOMAS ASSOCIADOS COM INFLUENZA E DOENÇA TIPO INFLUENZA
(DTI)
Caracteriza-se pelo surgimento súbito de febre superior a 38° C , tosse ,
dor de garganta e/ou congestão nasal e/ou dor de cabeça e/ou dores musculares.
Não é possível definir DTI em crianças menores de 5 anos através do conjunto
de sintomas que podem ser avaliados em crianças maiores e portanto devemos
considerar presença de febre, tosse e congestão nasal.
PNEUMONIA
• Febre > que 38° C e
• Tosse ou dificuldade respiratória (acima de 60 respirações /min em menores de
2 meses),
acima de 50 respirações /min entre 2 e 11 meses e mais de 40 resp/min entre os
12 meses e 5 anos (de idade)
• Clínica e Radiologia compatível.
BRONQUIOLITE
Síndrome obstrutiva, não restritiva prevalente em menores de 2 anos
especialmente em menores de 1 ano, que cursa habitualmente com: tosse,
expiração prolongada, sibilancia e gemencia.
CARACTERISTICAS EPIDEMIOLÓGICAS NA INFECÇÃO H1N1
• Período de incubação: Estima-se entre 1 e 7 dias mais
provavelmente entre 1 e 4 dias.
• Período de contagiosidade: desde um dia antes até 7 dias depois do inicio dos
sintomas ou até a resolução clínica do quadro agudo.
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Um fato importante a destacar que a persistência de tosse secundaria ou a
hiperreatividade brônquica não deve ser considerado como caso clínico não
solucionado.
As crianças podem ser contagiosas por períodos mais prolongados. Este mesmo
fato ocorre com os pacientes imunocomprometidos e pacientes graves. Nestes
casos o período de contagiosidade pode atingir até 15 dias.
CARACTERÍSTICAS DO VÍRUS RELACIONADOS À TRANSMISSÃO
O vírus sobrevive por 24 a 48 hs em superfícies não porosas, 8 a 12 hs em
toalhas, roupas ou em papel e até 2 horas nas mãos.
Papel; até 2 horas nas mãos.
• Transmissão : dados disponíveis sugerem que este vírus se transmite de maneira
semelhante ao outros vírus influenza:
a. Disseminação pessoa a pessoa por grandes gotas: por exemplo, quando
uma pessoa infectada tosse, ou fala próximo a uma pessoa susceptível
(requer contato próximo entre a fonte e o receptor, uma vez que as
partículas infecciosas maiores de 5 μm de diâmetro não alcançam mais
de um metro no ar.
b. Transmissão por contato direto: contacto físico direto entre infectado e
susceptível, ou indireto através de superfícies contaminadas com secreção
do paciente (Exs: contaminação de mão ou objetos inanimados com
posterior auto-inoculação em conjuntiva e mucosa nasal).
c. Transmissão por droplet nuclei (microgota): – em procedimentos com
aerosolização das partículas menores de 5 μm que podem se disseminar a
grandes distancias, e permanecem no ar por mais tempo, sendo
Conduzidas por correntes de ar, podendo ser inaladas por pessoas
susceptíveis distante da fonte. Esta é a forma de transmissão mais difícil de
controlar.
A transmissão mais aceita pelo vírus Influenza é a definida no item A . Entretanto
o fato de se constituir em um vírus novo, do qual se desconhece o seu modo de
transmissão e seu potencial de disseminação é prudente se considerar a
possibilidade dos três mecanismos de transmissão.
• Definição de Contato- pessoa que tenha convivido ou estado em contacto
próximo (menos de 1 metro) em um mesmo ambiente, com alta probabilidade de
contato com secreções ou fluidos corporais de um caso suspeito de vírus de
Influenza A (H1N1) .
Diagnóstico
Um caso confirmado de infecção do vírus de Influenza A (H1N1) se define como
uma pessoa com DTI com confirmação laboratorial de infecção por vírus de
Influenza A (H1N1) através de RT-PCR em tempo real ou Cultivo do vírus.
Coleta de material para pesquisa virológica.
Quais pacientes ?
Os casos de Infecção Respiratória Aguda Grave que requer hospitalização.
È importante à determinação a través de métodos virológicos rápidos como a
Imunofluorescencia indireta (IFI) ou ELISA habitualmente utilizados.
Esta determinação permite já na internação separar duas coortes:
A Crianças com diagnóstico virológico positivo para VSR-ADENOVIRUS e -OUTROS
B. Os positivos para Influenza A. A conduta terapêutica se baseia nesta
determinação inicial .
Caso não exista a possibilidade de realizar IFI a conduta a seguir será com a
suposição de que o paciente esteja infectado com Influenza A.
A coleta de amostras deve-se realizar o mais próximo possível do inicio dos
sintomas da doença.
As amostras respiratórias a serem colhidas são:
• SWAB de nasofaringe.
• Aspirado de nasofaringe.
• Aspirado traqueal.
As amostras podem ser armazenadas a 4º C-8º C por até 4 dias e devem ser
transportadas refrigeradas
A quem devemos indicar tratamento?
O tratamento com oseltamivir está indicado nas seguintes situações:
a. Pacientes Internados - Todo paciente com Infecção Respiratória Aguda
Grave independente do tempo de evolução dos sintomas. Inicia-se
tratamento sem esperar resultados laboratório.
Caso se determine outro agente etiológico viral (vírus sincicial).
respiratório, parainfluenza, adenovirus) se poderá suspender o oseltamivir.
b. Em ambulatório ou unidade de pronto-atendimento:
1. Toda criança que seja qualificado como caso suspeito e pertença a algum dos
grupos com fatores de risco para Influenza A H1N1* sempre dentro das 48 hs de
inicio dos síntomas.
2. Todo caso suspeito que apresente pneumonía independente de que receba
outros tratamentos adicionais como por exemplo antibiótico.
3. Todo caso suspeito com Bronquiolite que apresente nas primeiras 48 horas de
evolução febre persistente acima de 38° C
4 Situações que o médico que assiste a criança considere importante
São considerados indivíduos de alto risco:
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Crianças entre 6 e 24 meses. Ressalta-se que oseltamivir está aprovado
para crianças acima de 1 ano. Entretanto houve uma aprovação para
crianças abaixo de 1 ano devido à pandemia
Doença pulmonar crônica e Fibrose cística
Cardiopatia com repercussão hemodinâmica
Portadores de imunodepressão
Pacientes infectados pelo HIV
Portadores de hemoglobinopatias
Indivíduos em uso crônico de ácido acetil salicílico
Portadores de doença renal crônica
Portadores de doença metabólica crônica e Diabetes
Portadores de doença neurológica que comprometa a mobilização da
secreção respiratória
Tranplantados de órgãos sólidos ou de medula
Pessoas imunocomprometidas: por medicação
Síndrome de Down
Crianças < de 2 anos com antecedentes de prematuridade ou peso menor
de 2.500 g ao nascer.
Gestantes
Obesidade
Deve-se destacar que nesta forma de infecção por Influenza os casos de
maior gravidade podem se concentrar em adultos jovens o que difere da
Influenza sazonal. Portanto deve-se tomar cuidados adicionais na população
acima de 15 anos.
Quimioprofilaxia
As normas do ministério da saúde até o momento não indicam a profilaxia nos
casos de contato com influenza. Entretanto Pessoas com fatores de risco que
Sejas contactuantes próximos de casos suspeitos podem ser elegíveis para
profilaxia
Pessoal de saúde que não adotou precauções de biosegurança adequadas, e
apresentou alta exposição a um caso suspeito ou confirmado, ou com material
biológico destes casos, também podem ser elegíveis para quimioprofilaxia.
Oseltamivir: Posologia
Oseltamivir
< de 1 ano
Tratamento
Profilaxia
< 3 meses 12 mg
2x/dia
3-5 meses 20 mg
2x/dia
6-11 meses 25 mg
2x/dia
Idade
1-12 anos
< 15 Kg: 30 mg,
2x/dia
15 a 23 kg: 45 mg,
2x/dia
23 a 40 Kg: 60 mg,
2x/dia
>40 Kg: 75 mg,
2x/dia
< 15 Kg: 30 mg,
1x/dia
15 a 23 kg: 45 mg,
1x/dia
23 a 40 Kg: 60 mg,
1x/dia
>40 Kg: 75 mg,
1x/dia
- Apresentação:
Cápsula de 75 mg – caixa com 10.
Suspensão oral 12 mg/mL – frasco com 52 mL.
>12 anos
75 mg, 2x/dia
75 mg, 1x/dia
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