Utilização de plantas nativas da região do Semiárido paraibano como forma de tratamento alternativo na Medicina Veterinária Autor: Fábio José Targino Moreira da Silva Júnior¹ Instituição: Centro de Ciências Agrárias - CCA, Departamento de Medicina VeterináriaDCV, Universidade Federal da Paraíba - Campus II, Areia - PB. Professor Orientador: Anne Evelyne Franco de Souza² 1 Graduando em Medicina Veterinária, Centro de Ciências Agrárias – CCA, Universidade Federal da Paraíba - UFPB, Areia, PB. 2 Professora do Departamento de Medicina Veterinária - DMV, Centro de Ciências Agrárias – CCA, Universidade Federal da Paraíba – UFPB, Areia, PB. Resumo O trabalho realizado é um estudo da utilização popular e das indicações de plantas medicinais por parte dos profissionais médicos veterinários no tratamento de patologias em animais, onde objetivou-se analisar quais plantas nativas da região do semiárido paraibano são utilizadas na prática terapêutica. A região do Semiárido Nordestino apresenta bioma característico, costumes e cultura voltada para criação de animais como atividade econômica ou animais de companhia, devido a forte relação homem animal nessa região, além de cultivar espécies vegetais e manter a cultura de utilização de plantas com propriedade medicinal. As plantas medicinais consistem em uma alternativa econômica e de fácil acesso em comparação a medicamentos sintéticos, devendo ser mais pesquisadas, a fim de comprovar cientificamente a ação das mesmas e serem certificadas quanto ao princípio ativo, considerando o conhecimento popular. Foram entrevistados populares do município de Araruna PB e profissionais médicos veterinários da mesorregião do Curimataú e Brejo paraibano, com a aplicação de 50 questionários semiestruturados. Pode-se notar que a utilização de plantas nativas da região do semiárido paraibano, como a Batata de purga (Operculina macrocarpa) que é utilizada pelos populares e veterinários entrevistados com ação antiparasitária gastrointestinal e anti-helmíntico, e também a Aroeira (Myracrodruon urundeuva) que é utilizada pelos populares e indicada pelos veterinários com ação cicatrizante, o que demonstrou que a utilização pelos populares incentiva a pesquisa dessas plantas e a utilização elos profissionais da saúde animal. A utilização dessas plantas destaca-se pelo baixo custo, eficácia, ser uma alternativa de tratamento natural com reduzidos efeitos colaterais e apresentar uma grande variedade de espécies e indicações utilizadas. Palavras chave: Bioma caatinga, Medicina Veterinária, Plantas medicinais, Semiárido Utilização de plantas nativas da região do Semiárido paraibano como forma de tratamento alternativo na Medicina Veterinária Introdução O Bioma Caatinga, vegetação característica do semiárido, ocupa parte dos territórios dos estados do Maranhão, Piauí, Ceará, Rio Grande do Norte, Pernambuco, Paraíba, Alagoas, Sergipe, Bahia e parte de Minas Gerais. Sua área corresponde a 54% da Região Nordeste e a 11% do território brasileiro e constitui o chamado Polígono das Secas. A caatinga apresenta uma imensa variedade de vida e um acentuado grau de endemismo, mas ainda precisa ser estudada mais detalhadamente para suprir as carências de informações atualizadas sobre esse bioma (GIULIETTI et. al. 2006). As plantas nativas constituem importante patrimônio cultural e econômico para as populações locais. O melhor conhecimento dessas plantas, sobretudo pelos jovens, cria um elo entre as gerações, valorizando-se assim as raízes culturais e assegurando a continuidade do saber local. Além disso, o conhecimento leva à apreciação, e esta, ao uso racional, que, por sua vez, reduzirá a crescente ameaça à biodiversidade (NASCIMENTO & OLIVEIRA, 2005). A utilização de plantas medicinais é uma atividade antiga transcorrida entre várias gerações e que ainda hoje segue sendo utilizada por pessoas principalmente da zona rural. O uso de plantas medicinais é uma prática que vem se mantendo em evidência pelos valiosos ensinamentos propagados pelas gerações passadas garantindo assim a base milenar do uso de plantas medicinais no tratamento de doenças podendo tomar o lugar de muitos fármacos médico - veterinários (OZAKI & DUARTE, 2006). O uso popular tradicional, apesar de amplamente difundido, tem pouco impacto negativo na vegetação nativa, pois, geralmente, as quantidades usadas são pequenas, grande parte do material vem de plantios domésticos, sendo que para muitas espécies, apenas parte da planta é colhida, sem eliminá-la, e, quando a colheita envolve a eliminação de plantas, muitos dos coletores tradicionais têm o cuidado de não esgotar a população. Por outro lado, o uso pode ter um impacto positivo, por aumentar o interesse na preservação de áreas nativas (GIULIETTI et al, 2006). Na área da Medicina Veterinária, o emprego de plantas medicinais vem ganhando espaço tanto no tratamento de enfermidades como de forma preventiva. As plantas são utilizadas nos animais pelos proprietários por conta própria, através de conhecimentos pessoais, informações de livros ou de amigos e familiares. Entretanto, também estão crescendo os números de indicações desse tipo de tratamento pelos médicos veterinários em seus consultórios e clínicas particulares (ALMEIDA et al., 2002; NOGUEIRA, 2010; SOUZA et al. 2012). O uso de plantas medicinais para tratamento de doenças passou a ser oficialmente reconhecido pela Organização Mundial da Saúde. As vantagens alcançadas com esse tratamento são inegáveis. A excelente relação custo/benefício (ação biológica eficaz com baixa toxicidade e efeitos colaterais) deve ser aproveitada, uma vez que a natureza oferece gratuitamente a cura para as doenças. Seu mecanismo de ação é um efeito somatório ou potencializador de diversas substâncias de ação biológica em baixa concentração, resultando num efeito farmacológico identificável com reduzidos efeitos colaterais (SOUSA, 2006). Objetivos Objetivo Geral Realizar o levantamento da utilização de plantas nativas da região semiárida paraibana como forma de tratamento alternativo em patologias de animais de companhia e produção. Objetivos Específicos Analisar as indicações, partes utilizadas, forma de preparo das plantas medicinais empregadas pelos proprietários e recomendadas por médicos veterinários; Elencar as possíveis vantagens da utilização e formas de obtenção das plantas. Metodologia Os questionários foram aplicados aleatoriamente com populares na feira livre de Araruna-PB, bem como em comunidades rurais (Cacimba do gado, Varelo de Cima, Mata Velha, Coqueiral) e com médicos veterinários dos municípios das mesorregiões do Curimataú e Brejo paraibano. Foram aplicados cinquenta questionários (Anexo 1). Os entrevistados foram escolhidos de acordo com um único pré-requisito: o de possuírem algum animal de companhia ou de produção. Em sua grande maioria os entrevistados compreenderam pecuaristas, agricultores, vaqueiros, trabalhadores rurais e assentados da reforma agrária, a fim de obter dados de estratificação social e dados específicos da pesquisa como utilização de plantas medicinais no tratamento de patologias em animais, modo de uso e indicação dessas plantas, além de dados como origem das plantas utilizadas, razões da utilização, importância dessa atividade. Foram aplicados nove questionários a médicos veterinários (Anexo 2), onde também foram pesquisados dados de estratificação social, indicação de plantas medicinais e comprovação da utilização. Os dados obtidos nos questionários foram tabulados com auxilio do programa Micrsoft Word Excel 2007. Resultados e Discussão Dos entrevistados 68% dos populares e 67% dos Veterinários eram indivíduos do sexo masculino o que corrobora com o estudo de Marinho et al. (2007) que explica um maior envolvimento masculino com a realização de práticas corriqueiras de cuidados com os animais, bem como com a criação e manejo sanitário dos mesmos. Foram citadas, pelos populares, 40 plantas medicinais utilizadas no tratamento de patologias em animais, obtendo 100 citações variadas das diversas plantas, indicações e modos de uso, como mostra a Tabela 1. Tabela 1. Plantas medicinais do semiárido paraibano utilizadas para tratamento alternativo de patologias em animais de companhia e de produção por proprietários do município de Araruna-PB, 2013. Nome Vulgar Nome Científico Parte Utilizada Manipulação Indicação Família Aliaceae Gôgo Alho Allium sativum L. Bulbo Sumo por via oral (Coriza infecciosa), Vermífugo, Envenenamento. Família Aloeaceae Sumo, Babosa Aloe vera L. Folha passando no ferimento. Ferimento Família Amaranthaceae Chenopodium Mastruz ambrosioides Gripe, catarro/Contusões e Ossos Planta toda Sumo, via oral. quebrados. Família Anacardiaceae Myracrodruon Casca, entre Aroeira* urundeuva casca. Maceração Cicatrização e empazinamento. Baraúna* Schinopsis Raiz Maceração Ferimento brasiliensis A casca faz o chá ou Maceração e a castanha, Anacardium Casca ou folha/ Queimada e Cicatrização de Ferimentos, anti- Cajueiro* occidentale L. Castanha machucada. inflamatório e Picada de cobra. Cajueiro- Anacardium Roxo* occidentale Casca Maceração Cicatrização Umbuzeiro* Spondias tuberosa Entre casca Chá Diarreia em bezerros Annona squamosa Folha Sumo Piolho em cabras Bixa orellana Semente Maceração Contusões e Ossos quebrados Família Annonaceae Pinheira Família Bixaceae Açafrão Família Boaraginaceae Retenção Heliotropium sp. Fedegoso Folha e Caule Sumo de placenta, Inflamação no úbere e aborto. Família Caparaceae Intoxicação Feijão Bravo* Capparia flexuosa por Vagem Garrafada (Mascagnia rigida) Casca Garrafada Ferimentos Tingui Família Celastraceae Maytenus Bom Nome* rigida Mart. Família Convolvulaceae Batata de Operculina macrocarpa purga* Inflamação, falta de apetite, Tubérculo Triturado (Goma) purgante e verminose. Família Cucurbitaceae Luffa operculata Cabacinha (L.) Cogn. Melão de São Mormodica Caetano charantia Gripe, Fruto Chá ou alcoolatura tosse Maceração equinos, verminoses. Carrapaticida, Folha em controle de mosca-do-chifre, Sarnicida. Família Euphorbiaceae Mamona Empazinamento, ou carrapateira Ricinus communis L Semente Triturada pancada, retenção de placenta. Dor de barriga, Ferimentos e Marmeleiro* Croton sonderianus Caule Raspa, Maceração sangramento. Pinhão verde* Jatropha sp. Fruto Extração do “leite” Olho azul e pancada Folha Chá Gripe Família Gramineae Milho Zea Mays Família Labiateae Hortelã da folha grossa Hortelã Plecthantrus sp. Folha Sumo Falta de apetite Mentha sp. Folha Sumo Vermes gastrointestinais Casca Lambedor Gripe da folha miúda Família Leguminoseae Angico* Anadenanthera sp. Picada de cobra, retenção de Coronha* Acacia farnesiana Vagem, casca Chá, Sumo placenta. Fava Phaseolus lunatus Folha Machucado Caroço em aves Mimosa tenuiflora Casca Infuso, Maceração Cicatrização Folha Chá, banho Sarna Folha Sumo Carrapaticida Folha Chá Febre Casca Garrafada Ferimento/ Depurativo Casca e raspa Suco Cicatrização e ferimento Planta toda Sumo Cicatrização/ Pancadas Folha Chá Ferimentos/Dor Folha Chá Calmante Jurema Preta* Família Malvaceae Malva Sida sp. Branca* Família Meliaceae Azadirachta indica Nim Família Myrtaceae Eucalyptus sp. Eucalipto Família Olacaceae Ximenia sp. Ameixa Família Rhamnaceae Zizyphus Juazeiro* joazeiro Mart. Família Rubiaceae Vassourinha de Botão* Borreria sp. Família Rutaceae Arruda Laranjeira Ruta graveoles Citrus sp. Gôgo (Coriza infecciosa)/ dor de Limoeiro Citrus limonium sp. Fruto Suco barriga Família Solanaceae Nicotiana Fumo L. tabacum Folha Triturado Picada de cobra Raiz Maceração Ascite e catarro Folha Chá Prevenção Solanum Jurubeba* paniculatum Família Verbenaceae Erva Cidreira Lippia alba Família Vitaceae Parreira Cissus sp. Brava* Batata Sumo Cicatrizante * Plantas nativas da região semiárida As plantas mais citadas foram o Limoeiro (Citrus limonium sp.) com 8% das citações e a Babosa (Aloe vera L.) também com 8% das citações. 56% das plantas foram citadas mais de uma vez por parte dos entrevistados. Quanto aos médicos veterinários entrevistados, estes citaram 15 plantas que são utilizadas na rotina clínica ou que são conhecidas e têm princípios ativos comprovados (Tabela 2). Tabela 2. Nome Plantas medicinais do semiárido paraibano indicadas por médicos veterinários no tratamento alternativo de patologias em animais de companhia e de produção das Mesorregiões do Curimataú e Brejo paraibano (2013). Nome Científico Popular Parte Forma de preparo Indicação Utilizada Família Aloeaceae Sumo, passar no Babosa Aloe vera L. Folha ferimento Dermatites, Cicatrização Folha e Caule Sumo Calcificação de fraturas, ossificação. Casca Chá Cicatrização Folha Chá Calmante Tubérculo Lambedor Bronquite Tubérculo Triturada, em pó. Anti-helmíntico Raiz Chá Catarro Família Amaranthaceae Chenopodium Mastruz ambrosioides Família Anacardiaceae Myracrodruon Aroeira* urundeuva Família Asteraceae Camomila Matricharia sp. Família Chenopodiaceae Beterraba Beta vulgaris L Família Convolvulaceae Batata de Operculina Purga* macrocarpa Família Cucurbitaceae Cabeça de Apodanthera Nego* congestiflora Melão de São Mormodica Caetano charantia Alcoolatura ou Folha, Fruto Polpa Ectoparasitas gastrointestinais Família Euphorbiaceae Cridosculus phyllaconthus Favela* Folha Alcoolatura Contusões Folha Chá Repelente Folha Alcoolatura Contusões e Pancadas Família Gramineae Cymbopogon sp. Citronela Família Lamiaceae Plectranthus barbatus Andrews Sete Dores Família Malvaceae Gossypium hirsutum L. Algodão Triturado, Caroço Alimentação. Anti-helmíntico Família Meliaceae Azadirachta indica A. Nim Folha Extrato, sumo. Carrapaticida Folha Chá Gastriterite Alcoolatura Dermatites Família Monimiaceae Peumus boldus Boldo Família Myrtaceae Cravo da Syzigium sp. Índia Botão floral * Plantas nativas da região semiárida Entre as indicações dos médicos veterinários, foram feitas 23 citações de plantas medicinais, sendo as mais citadas o Melão de São Caetano (Mormodica charantia) e a Babosa (Aloe vera), ambas com 44%. O Melão de São Caetano foi bastante indicado por demonstrar ação antiparasitária gastrointestinal e a Babosa para tratamento de dermatites e cicatrização. Das plantas citadas pelos populares, 19 são nativas da região semiárida e das citadas pelos médicos veterinários apenas 4 são nativas dessa região, conforme indicado nas Tabelas 1 e 2 (*). A maioria das plantas utilizadas pelos populares são nativas do semiárido, tendo em vista que os habitantes dessa região guardam grande conhecimento quanto á utilização dos recursos vegetais disponíveis, às formas de preparo e indicações variadas. As utilizações dessas plantas nativas garantem o desenvolvimento sustentável dos recursos disponíveis aos habitantes da região, porém deve-se ter um manejo de extração que garanta que essas plantas sejam preservadas. Conforme Figura 1, observa-se que a maioria dos entrevistados buscam as plantas medicinais nas matas nativas, o que caracteriza a utilização dos recursos naturais. E n t r e v i s t a d o s Origem das plantas Utilizadas 17 9 7 4 1 3 Origem das Plantas Figura 1. Origem das plantas medicinais utilizadas para tratamento alternativo de patologias em animais de companhia e de produção por proprietários do município de Araruna-PB, 2013. Como citado por Giulietii et. al. (2006), o uso popular tradicional, apesar de amplamente difundido, tem pouco impacto negativo na vegetação nativa, pois, geralmente, as quantidades usadas são pequenas sendo que para muitas espécies, apenas parte da planta é colhida, sem eliminá-la e muitos dos coletores tradicionais têm o cuidado de não esgotar a população. Por outro lado, o uso pode aumentar o interesse na preservação de áreas nativas, o que é significativamente positivo, pois o bioma caatinga é constantemente ameaçado, principalmente pela devastação de áreas de mata. A utilização de plantas medicinais como forma de tratamento de patologias e enfermidades dos animais foi alegada por 59% dos proprietários entrevistados que confirmaram utilizar essas plantas medicinais. 98% dos entrevistados não tiveram indicação do profissional médico veterinário para utilização dessas plantas. Essa falta de acompanhamento na prescrição e indicação pode causar a aplicação de doses e formas farmacêuticas erradas. Entretanto, 67% dos profissionais veterinários entrevistados confirmaram a indicação e utilização dessas plantas na prática clínica, mesmo alegando que a opção por medicamentos alopáticos deve-se a maior rapidez e efeitos no tratamento. Entre os entrevistados, 90% consideram o emprego de plantas medicinais no tratamento alternativo de patologias em animais de companhia e produção bastante importante. Dentre as vantagens elencadas, 34% dos entrevistados citaram o baixo custo, seguido de 32% que afirmaram que por ser um tratamento natural, produzem poucos efeitos colaterais e promovem uma segurança ao proprietário do animal (Figura 2). Vantagem da Utilização E n t r e v i s t a d o s 16 14 12 10 8 6 4 2 0 Baixo custo: Natural: Eficaz: Saudável: Outros: Vantagens Figura 2. Vantagens da utilização de plantas medicinais no tratamento alternativo de patologias em animais de companhia e de produção citados por proprietários do município de Araruna-PB, 2013. Entre os médicos veterinários a principal vantagem de utilizar essas plantas é o baixo custo (40%) e em seguida a eficácia (30%). A utilização de plantas medicinais destaca-se pela sua comprovada eficácia e, principalmente, pelo seu baixo custo, demonstrando o imenso potencial de uso para tratamento de um grande número de patologias em animais. Sendo aconselhado aos proprietários que fazem uso dessa alternativa terapêutica um acompanhamento médico veterinário (SOUZA et al., 2012). Conclusões Devido a uma cultura baseada no conhecimento popular, a população que vive no território do bioma caatinga possui grande conhecimento quanto à utilização de plantas medicinais. A utilização dos recursos vegetais como medicinal em animais, fortalece a cultura, incentiva a pesquisa quanto à eficiência da planta, beneficia a preservação ambiental de áreas nativas, e destacam-se por serem alternativas de baixo custo que viabiliza produção animal nesse território. Para que as perspectivas de utilização das plantas medicinais da região do semiárido na saúde animal sejam mais efetivas e as melhorias planejadas com a valorização dessa prática sejam alcançadas, é essencial o desenvolvimento de pesquisas tanto sobre o bioma caatinga, a produção e criação de animais e em relação principalmente ao tratamento das doenças que os acometem utilizando essas plantas medicinais. Enfim, evidenciou-se uma grande quantidade de plantas nativas utilizadas pelos populares para a saúde animal, sendo dever dos pesquisadores e profissionais da Medicina Veterinária a pesquisa com essas plantas nativas para comprovarem suas ações e passarem a serem indicadas por esses profissionais. Referencial Teórico ALMEIDA, C.F.C.B.R.; ALBUQUERQUE, U.P. (2002). Uso e conservação de plantas e animais medicinais no Estado de Pernambuco (Nordeste do Brasil): Um estudo de caso. Interciencia 27(2):276-285. GIULIETTI, A. M.; NETA, A. L. B.; CASTRO, A. A. J. F. Diagnóstico da vegetação nativa do bioma Caatinga Pág.72. 2006. LIMA, R. P.; PALITOT, K. M.; REGO, M. A. E. Emprego de plantas medicinais em animais de companhia e de produção da zona rural do município de Juru-PB. Biofar Revista de Biologia e Farmácia, n 08, 2012. MARINHO, M. L.; ALVES, M.S.; RODRIGUES, M.L.C. A utilização de plantas medicinais em Medicina Veterinária: um resgate do saber popular. Revista Brasileira de Plantas Medicinais, Botucatu, v.9, n.3, p.64-69, 2007. NASCIMENTO, M. S. B. & OLIVEIRA, M. E. Diversidade e uso das plantas nativas. EMBRAPA, 2005 NOGUEIRA, M.J.C. (2010). Recursos naturais nas práticas caseiras de cuidados à saúde. Rev. Esc. Enferm., 18(2):177-186. OZAKI, A. T. & DUARTE, P. C. Fitoterápicos utilizados na Medicina Veterinária, em Cães e Gatos. Revista Infarma, V. 18, n11/12, 2006. SOUZA, A.E.F.S; NASCIMENTO, H. H. L. N.; MAYER, K.D.G.; GOMES, M.K.O.G. Etnobotânica: Importância do conhecimento popular nas indicações de plantas medicinais para tratamento de enfermidades de animais de companhia. Revista BioFarm Revista de Biologia e Farmácia, V. 07, n02, 2012 . Anexo 1 UNIVERSIDADE FEDERAL DA PARAÍBA CENTRO DE CIÊNCIAS AGRÁRIAS CURSO DE MEDICINA VETERINÁRIA Pesquisa: Utilização de plantas nativas da região do Semiárido paraibano como forma de tratamento alternativo na Medicina Veterinária Aos populares Estratificação Social 1. 2. 3. 4. 5. Sexo: ( ) Masculino ( ) Feminino Idade: ____________ Profissão: __________________ Renda: ___________ Grau de Instrução? ( ) Analfabeto ( ) Ensino Fundamental Incompleto ( ) Ensino Fundamental Completo ( ) Ensino Médio Inc. ( ) Ensino Médio Completo ( ) Superior Completo ( ) Superior Incompleto Questões da Pesquisa 6. O Sr. (a) tem animais? ( ) sim ( ) Não 7. Utiliza Plantas Medicinais no tratamento de doenças em animais? ( ) Sim ( ) Não 8. Qual planta utiliza, parte utilizada, forma de uso e indicação? Planta Parte Utilizada Forma de Uso Indicação 9. Qual origem das plantas que o Sr. (a) utiliza? _______________________________________________ 10. Qual a vantagem da utilização de plantas medicinais no tratamento em animais? ( ) Baixo Custo ( ) Natural ( ) Eficaz ( ) Saudável 11. Algum Méd. Veterinário já indicou a utilização de planta medicinal? ( ) Sim ( ) Não 12. Considera importante a utilização de plantas medicinais para tratamento em animais? ( ) Sim ( )Não Anexo 2 UNIVERSIDADE FEDERAL DA PARAÍBA CENTRO DE CIÊNCIAS AGRÁRIAS CURSO DE MEDICINA VETERINÁRIA Pesquisa: Utilização de plantas nativas da região do Semiárido paraibano como forma de tratamento alternativo na Medicina Veterinária Aos Médicos Veterinários Estratificação Social 1. Sexo: ( ) Masculino ( ) Feminino 2. Idade: ____________ 3. Grau de Instrução? ( ) Superior Completo ( ) Pós-Graduação/especialização:______________________________________ Questões da Pesquisa 4. O Sr. (a) indica e/ou utiliza plantas medicinais no tratamento de doenças? ( ) Sim ( ) Não 5. Quanto a recomendação da forma de administração. ( ) Plantas medicinais junto a medicamento ( ) apenas plantas medicinais 6. Qual planta recomenda, parte da planta utilizada, forma de uso e indicação? Planta Parte Utilizada Forma de Uso Indicação 7. Qual a vantagem da utilização de plantas medicinais no tratamento em animais? ( ) Baixo Custo ( ) Natural ( ) Eficaz ( ) Saudável 8. Já comprovou a eficácia de alguma planta? ( ) Sim ( )Não Se sim, qual planta? _____________________________ 9. Considera importante a utilização de plantas medicinais para tratamento em animais? ( ) Sim ( )Não