EFEITO ANTIAGREGANTE DA FRAÇÃO PROTÉICA E DOS POLISSACARÍDEOS SULFATADOS DA ALGA BRYOTHAMNION SEAFORTHII TURNER KUTZ Daniel Santos da Silva (1), Dráulio Costa da Silva (2), Jacilane Ximenes Mesquita (3), Maria Lídia de Sousa (4), Ana Lúcia Ponte Freitas (5) 1. Universidade Federal do Ceará, Departamento de Bioquímica e Biologia Molecular, Fortaleza, CE, Brasil 2. Universidade Federal do Ceará, Departamento de Bioquímica e Biologia Molecular, Fortaleza, CE, Brasil 3. Universidade Federal do Ceará, Departamento de Bioquímica e Biologia Molecular, Fortaleza, CE, Brasil 4. Universidade Federal do Ceará, Departamento de Bioquímica e Biologia Molecular, Fortaleza, CE, Brasil 5. Universidade Federal do Ceará, Departamento de Bioquímica e Biologia Molecular, Fortaleza, CE, Brasil Polissacarídeos sulfatados de algas marinhas compõem um grupo de macromoléculas aniônicas com ampla variedade de propriedades biológicas, dentre as quais a anticoagulante e a antitrombótica são bem relatadas. Neste trabalho, avaliamos o efeito da fração protéica F(0/60) e dos polissacarídeos sulfatados isolados da alga marinha vermelha Bryothamnion seaforthii sobre o processo de ativação de plaquetas humanas induzidas por diferentes agonistas. A alga Bryothamnion seaforthii (BS) foi submetida à extração protéica em tampão fosfato de sódio e potássio 0,02M, pH 7,6 contendo NaCl 0,15M, seguida de precipitação salina com sulfato de amônio a 60% de saturação. A extração dos polissacarídeos ocorreu a 60° C por 24 horas na presença de papaína. Após hidrólise, o material foi filtrado e tratado com CPC (Cloreto de Cetilpiridina) para precipitação da fração de carboidratos sulfatados. Para determinação do teor de sulfato, 3,5 mg do polissacarídeo foram hidrolisados em 1 mL de HCl 1N a 110 ºC. Em seguida, 0,5 mL da amostra hidrolisada foi mantida em contato com 3,5 mL de ácido tricloroacético 3,8% e 1,0 mL de gelatina de bário. A quantidade de sulfato nos polissacarídeos de BS foi estimada com relação à curva obtida com um reagente padrão de sulfato e calculada em percentagem, sendo estimada em 12,27%. Para os testes de agregação plaquetária, amostras de plasma rico em plaquetas (PRP) foram obtidas do sangue de doadores saudáveis. A agregação foi induzida pela adição de um agente agregante (ADP, colágeno, ácido aracdônico) ao PRP. A fração F(0/60) de BS foi capaz de inibir a agregação plaquetária nas doses de 0,2 µg/µL frente a ADP e colágeno e 0,44 µg/µL frente a ácido aracdônico, com reduções de 32,4%, 45,97% e 22.65%, respectivamente. Os carboidratos sulfatados de BS nas doses de 0,44, 1,33, 2,2 e 4,4 µg/µL reduziram significativamente (p<0,05) a altura das curvas de agregação, na presença dos três agonistas. Inibições de 11,4% (8,5 ± 0.19 cm), 35,93% (6,15 ± 0.34 cm), 61,14% (3,73 ± 0.23 cm) e 73,22% (2,57 ± 0.35 cm), foram observadas frente ao ADP (9,6 ± 0,18 cm). Reduções na faixa de 28 a 85,53% foram observadas frente ao ácido aracdônico (9,88 ± 1,03 cm). A inibição da agregação dos polissacarídeos sulfatados de BS na presença de colágeno (8,71 ± 1,39 cm) foi de 34,78% (5,68 ± 0,86 cm), 59,81% (3,5 ± 0,62 cm) e 81,51% (1,61 ± 0,29 cm) para as doses de 1,33, 2,2 e 4,4 µg/µL, respectivamente. (CNPq, UFC) Palavras-Chave: Polissacarídeos, Bryothaminon seaforthii, Agregação plaquetária 24/91