( NO PERÍODO DE FÉRIAS ESCOLARES) ROTEIRO PARA O

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ESCOLA ESTADUAL “DR JOSÉ MARQUES DE OLIVEIRA”
PLANO DE ESTUDOS INDEPENDENTES DE RECUPERAÇÃO – 2013-
( NO PERÍODO DE FÉRIAS ESCOLARES)
ANO
PROFESSOR (a)
DISCIPLINA
ALUNO (a)
SÉRIE
2014/2015
Filosofia
3º ano
Que o aluno seja capaz de:
OBJETIVO
1. Interpretar textos filosóficos.
2. Ter uma pequena visão sobre alguns filósofos e seus pensamentos.
Entender o que seja filosofia em nossa vida cotidiana.
Livro :
Capítulo I: A Felicidade
Capítulo II: A dúvida
Capítulo III: O diálogo
Capítulo IV: A consciência
CONTEUDOS A SEREM ESTUDADOS
ROTEIRO PARA O ESTUDO
1-Podemos afirmar que:
(a)A Filosofia tem sua origem na experiência e autoconsciência do próprio existir;
(b)A Filosofia é a relação entre o fato da existência e a sua expressão simbólica;
(c)A Filosofia está apoiada em duas bases: experiência do existir e sua expressão através do mito;
(d)NDA
2-Quem afirmou: “Em um verdadeiro diálogo, não importa vencer o debate. Todos participantes saem
vitoriosos quando buscam juntos o conhecimento”.
(a)Platão (b)Sócrates (c)Parmênides (d)Anaxímenes
3-A Filosofia nos impede de :
(a)Cairmos nas armadilhas da ideologia;
(b)Recusar posições dogmáticas;
(c)Letras A e B estão corretas;
(d)NDA
4-Caracteriza a posição dogmática:
(a)Abrir os interesses para as questões filosóficas e questioná-las;
(b)Aceitar, sem questionamento, as verdades colocadas;
(c)Buscar os fundamentos daquilo que nos é imposto como verdade;
(d)Letras A e B são verdadeiras.
5-O valor da Filosofia pode ser considerado como:
(a)Uma maneira de nos livrar dos preconceitos derivados do senso comum;
(b)Libertadora, remove o dogmatismo e a tirania do costume;
(c)Um instrumento que nos proporciona chegar a uma verdade definida;
(d)Letras A e B estão corretas;
6- É correto afirmar:
(a) A Filosofia é a aceitação de todas as verdades;
(b)A Filosofia é totalmente subjetiva;
(c)A Filosofia é a busca da verdade de forma radical, rigorosa e de conjunto;
(d)A Filosofia é a busca da verdade.
7-As ideias se ligam com a vida quando:
(a )Relacionamos conhecimento e experiência;
(b )Admiramos os fenômenos do universo;
(c )Percebemos que nada é realmente misterioso na vida.
(d )NDA
Interprete o texto- Atenção: As questões de números 8 e 9 referem-se ao texto que segue:
No campo da ética
Costuma-se dizer que os fins justificam os meios, de modo que, para alcançar um fim legítimo, todos os
meios disponíveis são válidos. No campo da ética, porém, essa afirmação deixa de ser óbvia.
Suponhamos uma sociedade que considere um valor e um fim moral a lealdade entre seus membros,
baseada na confiança recíproca. Isso significa que a mentira, a inveja, a adulação, a má-fé, a crueldade e
o medo deverão estar excluídos da vida moral, e as ações que se valham desses recursos, empregandoos como meios para alcançar um fim, serão imorais. No entanto, poderia acontecer que, para forçar
alguém à lealdade, fosse preciso fazê-lo sentir medo da punição pela deslealdade, ou fosse preciso
mentir-lhe para que não perdesse a confiança em certas pessoas e continuasse leal a elas. Nesses
casos, o fim – a lealdade – não justificaria os meios – o medo e a mentira? A resposta ética é: não. Por
quê? Porque esses meios desrespeitam a consciência e a liberdade da pessoa moral, que agiria por
coação externa e não por reconhecimento interior e verdadeiro do fim ético. No campo da ética,
portanto, nem todos os meios são justificáveis, mas apenas aqueles que estão de acordo com os fins da
própria ação. Em outras palavras, fins éticos exigem meios éticos. A relação entre meios e fins
pressupõe que a pessoa moral não existe como um fato dado, como um fenômeno da Natureza, mas é
instaurada pela vida intersubjetiva e social, precisando ser educada para os valores morais e para as
virtudes.(Marilena Chauí, Convite à Filosofia)
8- Esse texto se desenvolve de modo a argumentar em favor da seguinte posição:
(a) a prática dos valores éticos é um atributo natural dos seres humanos.
(b) os meios só se justificam quando não são contrários aos fins de uma ação.
(c) a deslealdade pode ser necessária para se promover uma atitude leal.
(d) a educação moral torna possível justificar quaisquer meios em razão dos fins.
.
9. A leitura do último parágrafo do texto permite deduzir,corretamente, que
(a) a prática moral é tanto mais fácil quanto mais alto o nível de escolaridade.
(b) nenhuma ação é moral quando contraria a índole natural de uma pessoa.
(c) os valores morais são categorias essencialmente individuais, e não coletivas.
(d) é necessária uma educação moral para que bem se ajustem meios e fins.
10-Leia atentamente as seguintes afirmações:
1-A filosofia pertence ao senso comum.
2-O senso comum é um saber ilusório.
3-A dúvida não faz parte da atitude filosófica, pois só tem dúvidas quem ainda não sabe.
4-Sem a dúvida não podemos libertar-nos da “prisão” da nossa ignorância.
Assinale a alternativa que as caracteriza correctamente:
(a) 1. Falsa; 2.Verdadeira; 4. Verdadeira; 3. Falsa.
(b) 2. Falsa; 4.Verdadeira; 3. Falsa; 1. Verdadeira.
(c) 2. Falsa; 4. Verdadeira; 1. Verdadeira; 3. Verdadeira.
(d) 3. Falsa; 2. Verdadeira; 1. Verdadeira; 4. Verdadeira.
11-As primeiras indagações filosóficas expressaram uma mudança de postura em relação às coisas e
ao mundo marcada pela interrogação acerca das explicações até então dadas aos fenômenos. Essa
nova postura ficou conhecida como ATITUDE FILOSÓFICA.
Sobre as características da atitude filosófica, são feitas as seguintes afirmativas. Classifique-as como
verdadeiras (V) ou falsas (F):
( )Expressa a capacidade de interrogar a realidade de modo a problematizar o conteúdo dos saberes do
senso comum.
( )Comporta uma dimensão negativa, à medida que trata com pessimismo as crenças e os sentimentos.
( )Resulta de uma tomada de decisão consciente de recusar aquilo que é considerado óbvio no
cotidiano.
( )Teve origem no Extremo Oriente, a partir das indagações dos primeiros filósofos acerca da origem
do ser.
A sequência correta dessa classificação, de cima para baixo, é:
A) V, V, V, F.
B) F, V, F, V.
C) V, F, V, F.
D) V, V, F, F.
12-Dentre as condições históricas que propiciaram o surgimento da Filosofia no ocidente, a invenção da
política tem sido destacada como importante fator. A invenção da política nesse contexto caracterizouse :
(a) pela criação dos partidos políticos, que foram portadores de ideologias conflitantes.
(b) pela realização de eleições periódicas para a escolha dos representantes do povo.
(c) pelo exercício do poder soberano por parte do monarca, ao qual todos deviam prestar obediência.
(d) pelo surgimento de um espaço público, que permitiu a cada cidadão emitir em público sua opinião.
13-Leia, abaixo, a Lei da Gravitação Universal proposta por Newton.
A lei da gravitação universal diz que dois objetos quaisquer se atraem gravitacionalmente por meio de
uma força que depende das massas desses objetos e da distância que há entre eles. Dados dois corpos
de massa (...), a uma distância entre si, esses dois corpos se atraem mutuamente com uma força que é
proporcional à massa de cada um deles e inversamente proporcional ao quadrado da distância que
separa esses corpos.
.A formulação dessa lei baseia-se num argumento:
(a) determinista.
(b) mítico.
(c) racional.
(d) religioso.
14- Em Filosofia, o método é um instrumento racional para adquirir, demonstrar ou verificar
conhecimentos.
Associe as duas colunas, relacionando o método ao seu respectivo conteúdo.
1. Método Reflexivo. 2. Método Crítico. 3. Método Descritivo. 4. Método Interpretativo.
( ) Busca as formas da linguagem e as significações ou os sentidos dos objetos.
( ) Investiga os fundamentos e as condições necessárias da possibilidade do conhecimento
verdadeiro.
( ) Parte da autoanálise ou do autoconhecimento do pensamento.
( ) Descreve as estruturas internas ou essências de cada campo de objetos do conhecimento.
A sequência correta dessa associação, de cima para baixo, é:
(a) 3, 4, 1, 2.
(b) 4, 2, 1, 3.
(c) 1, 3, 2, 4.
(d) 2, 1, 4, 3.
15- Leia a narrativa mitológica abaixo.
Numa era muito antiga – tão antiga que antes dela só havia o caos – o mundo era governado pelo Céu,
filho da Terra. Um dia, este, unindo-se à própria mãe, gerou uma raça de seres prodigiosos, chamados
Titãs. Ocorre que o Céu – deus poderoso e nem um pouco clemente – irritou-se, certa feita, com as
afrontas que imaginava receber dos seus filhos. Por isto, decidiu encerrá-los nas profundezas do
ventre da própria esposa, à medida que eles iam nascendo.
Essa narrativa mitológica
(a) apresenta uma lógica científica.
(b) é baseada no pensamento filosófico.
(c) possui caráter simbólico.
(d) usa critérios empíricos.
16- A Filosofia, entendida como uma inquietude humana responsável pelo nascimento das ciências e
que rompeu com um mundo no qual as explicações se davam pelo pensamento mítico, surgiu
(a) em Portugal.
(b) em Roma.
(c) na Grécia.
(d) na Mesopotâmia.
17- Leia o texto, abaixo, sobre a natureza da Filosofia.
Assim, uma primeira resposta à pergunta “O que é Filosofia?” poderia ser: A decisão de não aceitar
como óbvias e evidentes as coisas, as ideias, os fatos, as situações, os valores, os comportamentos de
nossa existência cotidiana; jamais aceitá-los sem antes havê-los investigado e compreendido.
Perguntaram, certa vez, a um filósofo: “Para que Filosofia?”. E ele respondeu:
“Para não darmos nossa aceitação imediata às coisas, sem maiores considerações”.
Segundo esse texto, a Filosofia
(a) apoia-se nas crenças populares.
(b) baseia-se no senso comum.
(c) está fundamentada na reflexão do pensamento.
(d) está preocupada em uniformizar as opiniões.
18-Leia o texto a seguir. A Filosofia teve origem na tentativa humana de escapar para um mundo em que
nada mudasse. Platão, fundador dessa área da cultura que hoje chamamos Filosofia, supunha que a
diferença entre o passado e o futuro seria mínima. Foi somente quando começaram a levar a História e o
tempo a sério que os filósofos colocaram suas esperanças quanto ao futuro deste mundo no lugar
antes ocupado por seu desejo de conhecer um outro mundo. A tentativa de levar o tempo a sério
começou com Hegel, que formulou explicitamente suas dúvidas quanto à tentativa platônica de escapar
do tempo e mesmo quanto ao esforço de Kant em achar condições históricas de possibilidade de
fenômenos temporais. A Filosofia distanciou-se da questão "O que somos?" para focalizar "O que
poderíamos vir a ser?"
Assinale a opção concordante com as idéias do texto.
( a ) Platão não só foi o filósofo que superou as formulações de Hegel e Kant relativas aos fenômenos
temporais como foi o que cogitou na idéia de futuro.
( b ) Inicialmente, em suas origens, a Filosofia se interessou pelas condições não-históricas das
transformações temporais a que os seres humanos se sujeitam.
(c ) Os filósofos sempre se preocuparam prioritariamente com a questão da passagem do tempo e das
conseqüentes mudanças históricas.
(d )Hegel inaugurou, na Filosofia, as cogitações relativas ao tempo e às condições históricas dos
fenômenos temporais.
19-“Filósofo é aquele que tem amizade ao saber, é o amigo do saber, aquele que preza o
conhecimento”. Daqui pode concluir-se que:
(a) O filósofo considera possível a posse de um saber perfeito e definitivo.
(b) O filósofo considera possível a posse de um saber dogmático.
(c) O filósofo considera impossível a posse de qualquer saber.
(d) O filósofo considera impossível a posse de um saber perfeito e definitivo.
20-“Como se pode notar, a nossa vida é toda feita de crenças silenciosas, da aceitação de evidências
que nunca questionamos porque nos parecem naturais, óbvias.”(Marilena Chauí).
Poderíamos viver a nossa vida cotidiana sem estas ‘crenças silenciosas’?
(a) Sim, porque podemos não ter uma vida religiosa.
(b) Não, porque só podemos viver graças às descobertas científicas.
(c) Não, mas temos que as encarar com reserva.
(d) Sim, porque essas crenças não têm qualquer significado na nossa vida.
21- leia com atenção:
I-Aristóteles sustentou que haveria três formas de felicidade. A primeira seria uma vida de prazer e
divertimentos; a segunda estaria em uma vida como cidadão livre e responsável e, a terceira, em uma
vida como pensador e filósofo. Enfatizou ainda que estes seriam três critérios distintos, sendo a
felicidade resultado da adoção de exclusiva de um ou outro.
II. No que se refere às relações humanas, Aristóteles defendia que não deveríamos ser covardes, mas
corajosos, não miseráveis ou extravagantes, mas liberais.
III. Aristóteles defendia que o homem somente será feliz usando todas as suas habilidades e
capacidades.
A alternativa que traz a única informação adequada sobre o tema é:
A) I, II e III são verdadeiras;
B) Somente I é verdadeira;
C) Somente I e II são verdadeiras;
D) Somente II e III são verdadeiras;
22- O texto a seguir contém parte da definição aristotélica do homem como "animal político" (zoon
politikón). Propositalmente, algumas expressões e/ou palavras foram reunidas integralmente em uma
única alternativa. Após a leitura do texto marque aquela opção que melhor preenche as lacunas
respectivamente.
"Aquele que é naturalmente um marginal ama a guerra e pode ser comparado a uma peça fora do jogo.
Daí a evidência de que o homem é um animal político mais ainda que as abelhas ou que qualquer outro
animal gregário. Como dizemos frequentemente, a natureza não faz nada em vão; ora, o homem é o
único entre os animais a ter ___________. (...) Trata-se de uma característica do homem ser ele o único
que tem o senso do bom e do mau, ___________, bem como de outras noções deste tipo. É a
associação dos que têm em comum essas noções que constitui __________ e o Estado".
A) Linguagem - do justo e do injusto - a família;
B) Família - do bom e do ruim - a comunidade;
C) Sociedade - do útil e do inútil - a sociedade;
D) Simbologia - do certo e do errado - a nação;
23-" Platão , foi discípulo de Sócrates. Vivendo nos bastidores da política desde criança, pois sua
família descendia de pessoas importantes politicamente, percebe muito bem as manobras políticas de
seu tempo. Muito aprende com Sócrates contra os sofistas, a desmascará-los como os que utilizavam
da palavra independentemente da verdade, que Sócrates tanto prezava. Com a condenação do mestre,
por acusações indevidas, Platão fica desiludido com a justiça. Mas, a influência socrática continuaria
nele; a exemplo disso, tem-se a sua preocupação em precisar os conceitos em nome do conhecimento
e questão da ética. O objetivo platônico, passa, então, à associação entre verdade e filosofia, voltando
aos ideais políticos de conceber algo justo". -PLATAO. A República. Trad. Pietro Nassetti. São Paulo:
Martin Claret, 2003, complemento de leitura. (Col. A obra-prima de cada autor). De suas experiências e viagens, Platão elaborará a concepção do "sábio governante", que expressa na
sua obra A República. Na referida obra, mais especificamente no livro VII, o "Mito da Caverna" expõe o
seu dualismo a nível do seu idealismo no campo do conhecimento. Entre as citações abaixo marque
"V" para verdadeiro e "F" falso nas afirmações retiradas do "Mito da Caverna" –
Logo após estabelecer uma sequência de cima para baixo, aponte a alternativa que corresponda
inteiramente a esse encadeamento.
( ) "... se um homem nessas condições descesse de novo para o seu antigo posto, não teria os olhos
cheios de trevas, ao regressar subitamente da luz do Sol?";
( ) "... pessoas nessas condições não pensavam que a realidade fosse senão a sombra dos objetos";
( ) "... olharia mais facilmente para as sombras, depois disso, para as imagens dos homens e dos
outros objetos, refletidas na
água, e, por último, para os próprios objetos";
( ) "Mas quem fosse inteligente (...) lembrar-se-ia de que as perturbações visuais são duplas, e por
dupla causa, da passagem
da luz à sombra, e da sombra à luz";
( ) "... a educação não é o que alguns apregoam que ela é. Dizem eles que arranjam a introduzir
ciência numa alma em que ela não existe, como se introduzissem a vista em olhos cegos";
( ) "... à lei não importa que uma classe qualquer da cidade passe excepcionalmente bem, mas procura
que isso aconteça à
totalidade dos cidadãos, harmonizando-os pela persuasão ou pela coação, e fazendo com que
partilhem uns com os outros do auxílio que cada um deles possa prestar à comunidade".
A) F,V,F,F,V e F
B) F,V,V,V,F e V
C) V,V,F,V,F e F
D) V,V,V,V,V e V
24- A Caverna de Platão, além de ser um texto de teoria do conhecimento, é também um texto político.
No sentido político, é correto afirmar que Platão sustentava um modelo
A) monárquico, cujo governo deveria ser exercido por um filósofo e cujo poder deveria ser absoluto,
centralizador e hereditário.
B) aristocrático, baseado na riqueza e que representava os interesses dos comerciantes e nobres
atenienses, por serem eles os mecenas das artes, das letras e da filosofia.
C) democrático, baseado, principalmente, na experiência política de governo da época de Péricles.
D) aristocrático, cujo governo deveria ser confiado aos melhores em inteligência e em conduta ética.
25- Quando é, pois, que a alma atinge a verdade? Temos de um lado que, quando ela deseja investigar
com a ajuda do corpo
qualquer questão que seja, o corpo, é claro, a engana radicalmente.
– Dizes uma verdade.
– Não é, por conseguinte, no ato de raciocinar, e não de outro modo, que a alma apreende, em parte, a
realidade
de
um
ser?
– Sim.
[...] – E é este então o pensamento que nos guia: durante todo o tempo em que tivermos o corpo, e
nossa alma estiver misturada com essa coisa má, jamais possuiremos completamente o objeto de
nossos desejos! Ora, esse objeto é, como dizíamos, a verdade. -PLATÃO. Fédon. São Paulo: Nova
Cultural, 1987, pp. 66-67.Com base no texto e nos conhecimentos sobre a concepção de verdade em Platão, é correto afirmar:
A) A verdade reside na contemplação das sombras, refletidas pela luz exterior e projetadas no mundo
sensível.
B) A verdade consiste na fidelidade, e como Deus é o único verdadeiramente fiel, então a verdade
reside
em
Deus.
C) A principal tarefa da filosofia está em aproximar o máximo possível a alma do corpo para, dessa
forma,
obter
a
verdade.
D) O conhecimento inteligível, compreendido como verdade, está contido nas idéias que a alma
possui.
26- “Você está acompanhando, Sofia? E agora vem Platão. Ele se interessava tanto pelo que é eterno e
imutável na natureza quanto pelo que é eterno e imutável na moral e na sociedade. Sim... para Platão
tratava-se, em ambos os casos, de uma mesma coisa. Ele tentava entender uma ‘realidade’ que fosse
eterna e imutável. E, para ser franco, é para isto que os filósofos existem. Eles não estão preocupados
em eleger a mulher mais bonita do ano, ou os tomates mais baratos da feira. (E exatamente por isso
nem sempre são vistos com bons olhos). Os filósofos não se interessam muito por essas coisas
efêmeras e cotidianas. Eles tentam mostrar o que é ‘eternamente verdadeiro’, ‘eternamente belo’ e
’eternamente bom’.” (GAARDER, Jostein. O mundo de Sofia. Trad. de João Azenha Jr. São Paulo:
Companhia das Letras, 1995. p. 98.)
Com base no texto e nos conhecimentos sobre a teoria das idéias de Platão, assinale a alternativa
correta.
A) Para Platão, o mundo das idéias é o mundo do “eternamente verdadeiro”, “eternamente belo” e
“eternamente bom” e é distinto do mundo sensível no qual vivemos.
B) Platão considerava que tudo aquilo que pode ser percebido diretamente pelos sentidos constitui a
própria realidade das coisas.
C) Platão considerava impossível que o homem pudesse ter idéias verdadeiras sobre qualquer coisa,
seja sobre a natureza, a moral ou a sociedade, porque tudo é sonho e ilusão.
D) De acordo com Platão, o filósofo deve preocupar-se com as coisas efêmeras e cotidianas do
mundo, tidas por ele como as mais importantes.
27-Leia o texto, que se refere à ideia de cidade justa de Platão.
“Como a temperança, também a justiça é uma virtude comum a toda a cidade. Quando cada uma das
classes exerce a sua função própria, ‘aquela para a qual a sua natureza é a mais adequada’, a cidade é
justa. Esta distribuição de tarefas e competências resulta do fato de que cada um de nós não nasceu
igual ao outro e, assim, cada um contribui com a sua parte para a satisfação das necessidades da vida
individual e coletiva. (...) Justiça é, portanto, no indivíduo, a harmonia das partes da alma sob o
domínio superior da razão; no estado, é a harmonia e a concórdia das classes da cidade.” (PIRES,
Celestino. Convivência política e noção tradicional de justiça. In: BRITO, Adriano N. de; HECK, José N.
(Orgs.). Ética e política. Goiânia: Editora da UFG, 1997. p. 23.)
Sobre a cidade justa na concepção de Platão, é correto afirmar:
A) Nela todos satisfazem suas necessidades mínimas, e inexistem funções como as de governantes,
legisladores e juízes.
B) É governada pelos filósofos, protegida pelos guerreiros e mantida pelos produtores econômicos,
todos cumprindo sua função própria.
C) Seus habitantes desejam a posse ilimitada de riquezas, como terras e metais preciosos.
D) Ela tem como principal objetivo fazer a guerra com seus vizinhos para ampliar suas posses através
da conquista.
28-"Sabe por que não é fácil dizer quando um ser humano é "bom" e quando não é? Porque não
sabemos para que servem os seres humanos. Um jogador de futebol serve para jogar futebol de modo
a ajudar seu time a ganhar e marcar gols contra o time adversário; uma moto serve para nos
transportar de maneira veloz, estável, resistente ... Sabemos quando um especialista em alguma coisa
ou quando um instrumento funcionam devidamente, porque temos ideia do serviço que devem prestar,
do que se espera deles." -SAVATER, Fernando. Ética para meu fi lho, cap. III. –
O texto acima justifica a dificuldade de se saber qual é a virtude do homem enquanto homem pelo fato
de, segundo o autor, não ser possível determinar qual atividade lhe é mais própria e, portanto, seu fim.
Qual dos filósofos abaixo buscou dizer o que é a felicidade, utilizando justamente a pergunta sobre a
finalidade do homem quanto à atividade que lhe é mais própria?
(A) Maquiavel.
(B) Heráclito.
(C) Aristóteles.
(D) Descartes.
29-"Uma aranha executa operações que se assemelham às manipulações do tecelão, e a construção
das colmeias pelas abelhas poderia envergonhar, por sua perfeição, mais de um mestre de obras. Mas
há algo em que o pior mestre de obras é superior à melhor abelha, o fato de que antes de executar a
construção ele a projeta em seu cérebro." -MARX, Karl. O Capital, 1, III, VII. A partir do texto, afirma-se que o homem é único animal que trabalha porque :
A) o homem é capaz de realizar uma ação transformadora da realidade dirigida por finalidades
conscientes.
B) o homem é um animal que faz promessas.
C) os animais, de maneira geral, são capazes apenas de sofrer ações, enquanto só o homem de fato as
realiza.
D) o trabalho, para existir, tem de haver exploração e alienação, e isso não ocorre na natureza.
30- Para Aristóteles, as virtudes éticas são hábitos que apresentam :
A) libertação de estímulos externos.
B) risco real de morte
C) satisfação total dos apetites.
D) justa medida.
31-"Diz Platão que a primeira virtude do filósofo é admirar-se: Thaumátzein se diz em grego. (...) O
filósofo, pois necessita de uma primeira dose de infantilidade, uma capacidade de admiração, que o
homem já feito, que o homem já maduro, não costuma possuir. Por isso Platão preferia falar com
jovens a falar com velhos. Sócrates, o mestre de Platão, andava, entre a mocidade de Atenas, entre as
crianças e as mulheres." -MORENTI, Manuel Garcia. Fundamentos de Filosofi a. Lições Preliminares.
São Paulo: Mestre Jou, 1980. Para que um jovem desenvolva a admiração filosófica, deve-se estimular a sua capacidade
A) crítica na interpretação de textos.
B) de valorizar o já sabido.
C) de problematizar o já sabido.
D) de decompor uma situação em elementos simples.
32- De acordo com a filosofia de Aristóteles, considere o trecho a seguir e marque para as alternativas
abaixo (V) verdadeira, (F) falsa
Diferente de seus predecessores, Aristóteles considera que a essência verdadeira das coisas naturais
e dos seres humanos e das suas ações não está em um mundo inteligível, separado do mundo
sensível, onde as coisas naturais existem e onde vivemos. As essências, diz Aristóteles, estão nas
próprias coi¬sas, nos próprios homens e nas suas ações e é a tarefa da filosofia conhecê-las ali
mesmo onde existem e acontecem. Como conhecê-las? Partindo das sensações para alcançar a
intelecção.
CHAUÍ, Marilena. Convite à filosofia. São Paulo, Ática, 2002. p. 217
1.( ) Segundo Aristóteles, as essências das coisas são meras ficções do pensamento, expressas em
palavras, uma vez que no mundo real só existem seres singulares.
2.( ) Um dos predecessores de Aristóteles de que fala o texto de Platão.
3.( ) O conhecimento de idéias gerais se faz por abs¬tração: a partir das realidades singulares, o
pensamento identifica o que há de universal nelas.
4.( ) Somente os seres humanos possuem essência, que é a sua alma.
A) F, V, V, F
B)V,F,V,V
C)F,V,F,V
33- O mundo das idéias é, segundo Platão:
A) onde nada é certo.
B) onde tudo é permitido.
C) onde existe o verdadeiro conhecimento.
D) onde tudo é ilusório
D)F,F,F,V
34- Considere as seguintes afirmações:
I - Ideologia é um corpo de idéias, no qual são expressos os valores e verdades que têm, como
finalidade, preservar a ordem social.
II - Os anúncios publicitários representam uma das formas de espalhar a ideologia.
III - Ideologia é uma tentativa, por meio de idéias que serão transformadas em verdades, de mascarar a
realidade.
Está (ão) correta(s):
a) todas as alternativas.
b) somente a I.
c) somente I e II.
d) somente II e III.
35-Platão valorizava os métodos de debate e diálogo como formas de alcançar o conhecimento. Para
ele, os alunos deveriam descobrir as coisas superando os problemas impostos pela vida e o objetivo
maior da educação era o desenvolvimento do homem moral. Usando seus conhecimentos sobre esse
filósofo, assinale a alternativa que expõe corretamente uma colocação sobre Platão:
A) Platão fez grande oposição às idéias de Sócrates.
B) Platão era um racionalista, pois entendia o homem como portador de uma razão e dimensão moral
transcendentes.
C) Platão era um empirista, discípulo de Aristóteles, valorizando os sentidos como caminho para o
conhecimento.
D) Sua pedagogia era baseada na exposição de verdades. Ministrava aulas na Academia e realizava
palestras aos iniciados.
36-O famoso Mito da Caverna é narrado por Platão no livro VII do Republica. Sobre o mito em questão,
podemos afirmar que:
I- Trata-se de uma metáfora filosófica que já teve várias interpretações, mas possui um sentido
universal e profundo que descreve a condição da existência humana.
II- Para o filósofo, todos nós estamos condenados a ver sombras a nossa frente e tomá-las como
verdadeiras. Essa poderosa crítica à condição dos homens, escrita há quase 2500 anos atrás, inspirou
e ainda inspira inúmeras reflexões.
III- Platão foi um dos criadores do politeísmo e mitologia da Grécia antiga. Apenas com o surgimento
de Aristóteles, a filosofia libertou-se dos mitos e pode, assim, desenvolver-se racional e plenamente,
livre das sombras de lendas e fantasias inventadas pelos antecessores.
IV- A caverna pode representar o mundo das idéias, considerado original pelo filósofo. Assim, para
contemplar a verdade, seria necessário ter coragem de penetrar os “mistérios da caverna.”
São verdadeiras as proposições:
A) I e II
B) II e III
C) II e IV
D) III e IV
E) I e III
37-Platão enxergava na humanidade numa condição infeliz. Imaginou os homens todos aprisionados
numa caverna e imobilizados, os homens seriam obrigados a olharem sempre a parede em frente.
Então o que veriam? O bruxuleio das sombras dos objetos e animais vindas de uma luminosidade
vinda detrás. Assim, os homens acreditavam que as imagens fantasmagóricas que apareciam aos
seus olhos (que Platão chama de ídolos) eram verdadeiras, tomando o espectro pela realidade. A sua
existência era, pois, totalmente dominada pela ignorância (agnóia).
Segundo o texto, é possível afirmar que:
A) Agnóia é a condição de ignorância daqueles que vivem no mundo das idéias e não possuem
orientação pragmática de vida.
B) O mito da caverna descreve a condição de uma parcela reduzida de pessoas que não são livres,
inclinadas, portanto, à escravidão.
C) Platão criou o mito da caverna, sendo portanto, adepto daquilo que ele chamou de idolatria.
D) Para Platão, o mundo original e real não coincide com o contemplado pelos sentidos junto às
coisas visíveis.
E) Platão considerava o mundo essencial como transcendente, e isso o faz se distanciar dos filósofos
metafísicos.
38-Todo aquele que ama o saber conhece por experiência que, quando a filosofia toma conta de uma
alma, vai encontrá-la prisioneira do seu corpo, totalmente grudada a ele. Vê que, impelida a observar
os seres, não em si e por si, mas por meio desse seu caráter, paira por isso na mais completa
ignorância. Mas mais se dá ainda conta do absurdo de tal prisão: é que ela não tem outra razão de ser
senão o desejo do próprio prisioneiro, que é assim levado a colaborar da maneira mais segura, no seu
próprio encarceramento? Platão, Fédon. Trad. Maria Tereza S. de Azevedo. Brasília: UnB, 2000, p. 66.
Após analisar o texto acima, assinale a alternativa correta
A) A ignorância é fruto da observação do que é em si e por si.
B) A filosofia para Platão é inata, não sendo necessário nenhum esforço de quem a ela se dedica para
obtê-la.
C) A alma encontra-se prisioneira do corpo por desejo do próprio homem.
D) A alma do filósofo encontra-se desde o início liberta dos entraves do corpo como o demonstram,
claramente, a Alegoria da Caverna e o texto acima.
39-Para Platão, há uma necessidade humana de libertar-se das falsas realidades, conhecer por inteiro
as realidades palpáveis, partir em busca das idéias e, finalmente, atingir o Bem. Assim, é possível
afirmar que:
A) A caverna seria o lugar mais seguro e adequado para contemplar o mundo real.
B) O bem, para Platão, está na idealização de um mundo sem escravos.
C) A luz do dia ofusca e impede a contemplação.
D) A maioria das pessoas, dizia Platão, vive alienada num mundo de fantasias, distantes do mundo
concreto e real.
E) Platão ressalta a necessidade de sair da caverna e contemplar o Sol.
40-Para Platão, o poeta não poderia ser um constituinte da cidade perfeita, visto que está a três passos
da realidade e sua produção está espelhada na sombra da realidade. Estando tão distante do mundo
inteligível, sua obra nos revela apenas a aparência e apresenta uma descrição, sobretudo dos
aspectos trágicos e taciturnos da natureza humana, corrompendo a alma. O poeta, assim, é duas
vezes ilusório, visto que não imita o mundo imanente, e sim apenas o mundo sensível.
Assim, podemos afirmar que para Platão:
A) A poesia era superior à filosofia.
B) Os poetas, devido ao conhecimento que portam, deveriam assumir as rédeas da administração da
coisa pública.
C) Os poetas são esclarecidos privilegiados.
D) A poesia pode corromper a alma humana.
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