CENTRO UNIVERSITÁRIO MUNICIPAL DE SÃO JOSÉ – USJ FRANCIELE MEDEIROS FATORES QUE INFLUENCIAM OS CLIENTES DA AKÁKIA NO MOMENTO DA COMPRA: Um estudo no PDV Itaguaçu São José 2010 FRANCIELE MEDEIROS FATORES QUE INFLUENCIAM OS CLIENTES DA AKÁKIA NO MOMENTO DA COMPRA: Um estudo no PDV Itaguaçu Trabalho de conclusão de curso elaborado como requisito final para a aprovação no Curso de Administração no Centro Universitário Municipal de São José – USJ. Prof. MSc. Luciana da Rocha. São José 2010 FRANCIELE MEDEIROS FATORES QUE INFLUENCIAM OS CLIENTES DA AKÁKIA NO MOMENTO DA COMPRA: Um estudo no PDV Itaguaçu Trabalho de Conclusão de Curso elaborado como requisito final para a aprovação no Curso de Administração Empresarial do Centro Universitário Municipal de São José USJ. Avaliado em 05 de junho de 2010 por: ___________________________________ Prof. Dr. Gilson Rihan Karkotli Orientador ___________________________________ Prof. MSc. Alcides José Fernandes Andujar Membro Examinador ___________________________________ Prof. Dr. Juarez Perfeito Membro Examinador AGRADECIMENTOS Primeiramente, agradeço a Deus pela força nestes quatro anos de batalha. Não poderia deixar de agradecer a todos que estiveram ao meu lado nestes quatro anos que, diga-se de passagem, foram os melhores da minha vida, tanto nas horas de alegrias quanto nas horas de dificuldades. À querida amiga da família, Sirley, que apesar dos seus inúmeros afazeres encontrava-se sempre disposta a ajudar no que fosse preciso com esmero e desprendimento. À minha mãe por desde cedo me ensinar a importância de estudar e que, mesmo não podendo me ajudar na realização da pesquisa, sempre me incentivou de todas as formas que podia. Ao meu pai por sempre acreditar em mim e pelo orgulho que sempre demonstrou para comigo e pelo fato de eu estar estudando, acho que motivação maior não houve. À minha irmã pelas noites que dormiu na sala para que eu pudesse desenvolver meu trabalho. Às meninas do grupo de foco. Ao William, sócio-diretor do quiosque Akákia do Shopping Itaguaçu, que foi também um grande amigo. A todos que de alguma forma contribuíram e me apoiaram para realização deste trabalho. Para ser um toureiro, você deve primeiro aprender a ser touro. (Autor desconhecido). RESUMO Esta pesquisa foi realizada na loja Akákia do shopping Itaguaçu a fim de analisar quais características da loja fazem com que os clientes do Shopping Itaguaçu optem por comprar nela. Enfatiza-se a percepção dos mesmos acerca de diversos fatores mercadológicos da loja. A pesquisa em questão é um estudo de caso de cunho exploratório e utilizou como instrumento de coleta de dados grupo de foco. A análise foi realizada por meio de análise de conteúdo vertical e horizontal e os dados coletados apresentaram resultados positivos na maioria dos fatores pesquisados, todavia destacaram alguns aspectos críticos que servirão ao aprimoramento do Ponto de Venda (PDV) Akákia do Shopping Itaguaçu. Diante da pesquisa realizada, constata-se que os objetivos inicialmente propostos pelo presente estudo foram atendidos. Aconselha-se que a empresa incorpore as propostas sugeridas a fim de que seja possível maximizar suas receitas. Palavras-chave: Marketing. Consumidor. Análise.Conteúdo LISTA DE QUADROS Quadro 1: Evolução de definição de Marketing ......................................................... 17 Quadro 2: Análise SWOT .......................................................................................... 49 Quadro 3: Participantes do grupo de foco ................................................................. 52 Quadro 4: Descrição de Dados - Produtos ................................................................ 57 Quadro 5: Descrição de Dados - Preço..................................................................... 59 Quadro 6: Descrição de Dados – Ponto de Venda.................................................... 61 Quadro 7: Descrição de Dados - Promoção .............................................................. 64 Quadro 8: Descrição de Dados - Econômico ............................................................ 66 Quadro 9: Descrição de Dados - Tecnológico ........................................................... 68 Quadro 10: Descrição de Dados - Político ................................................................ 71 Quadro 11: Descrição de Dados - Culturais .............................................................. 72 Quadro 12: Descrição de Dados - Culturais .............................................................. 74 Quadro 13: Descrição de Dados - Sociais ................................................................ 77 Quadro 14: Descrição de Dados - Pessoais ............................................................. 81 Quadro 15: Descrição de Dados - Psicológicos ........................................................ 83 Quadro 16: Descrição de Dados – Reconhecimento de problemas .......................... 84 Quadro 17: Descrição de Dados – Busca de informações ........................................ 85 Quadro 18: Descrição de Dados – Avaliações alternativas ....................................... 85 Quadro 19: Descrição de Dados – Decisão de compra ............................................ 86 Quadro 20: Descrição de Dados – Comportamento pós-compra .............................. 87 Quadro 21: Descrição de Dados – Decisão do comprador ....................................... 87 LISTA DE FIGURAS Figura 1: O mix de marketing .................................................................................... 18 Figura 2: Modelo de Estímulo e Resposta. ............................................................... 26 Figura 3: Hierarquia das Necessidades Humanas segundo Maslow. ....................... 29 Figura 4: Fatores que influenciam no processo da compra. ...................................... 31 Figura 5: Estágios do Processo de Decisão de Compra de Engel, Blackwell e Miniard ...................................................................................................................... 38 Figura 6: Estágios do Processo de Decisão de Compra de Engel, Blackwell e Miniard e Variáveis................................................................................................................. 39 Figura 7: Modelo Genérico de Tomada de Decisão do Consumidor de Minor e Mowen ....................................................................................................................... 40 Figura 8: Processo de decisão do comprador ........................................................... 40 Figura 9: Organograma da empresa. ........................................................................ 48 Figura 10: Modelo de Estímulo e Resposta. ............................................................. 54 SUMÁRIO 1 INTRODUÇÃO ....................................................................................................... 12 1.1 Tema ................................................................................................................... 12 1.2 Definição do problema ...................................................................................... 13 1.3 Objetivos ............................................................................................................ 13 1.4 Justificativa........................................................................................................ 14 2 FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA ............................................................................. 15 2.1 Marketing ........................................................................................................... 15 2.1.1 Os 4 p’s de maketing ........................................................................................ 17 2.1.1.1 Produto .......................................................................................................... 18 2.1.1.2 Preço ............................................................................................................. 19 2.1.1.3 Ponto de venda ............................................................................................. 20 2.1.1.4 Promoção ...................................................................................................... 20 2.1.2 Marketing de Varejo ......................................................................................... 21 2.1.3 Marketing no shopping ..................................................................................... 23 2.1.4 Marketing e franquias ....................................................................................... 24 2.1.5 Marketing e o comportamento do consumidor ................................................. 25 2.2 O comportamento o consumidor ..................................................................... 26 2.2.1 Histórico do comportamento do consumidor .................................................... 27 2.2.2 Teoria da motivação de Maslow ....................................................................... 29 2.2.3 Principais fatores que influenciam o comportamento de consumo ................... 31 2.2.3.1 Fatores culturais ............................................................................................ 32 2.2.3.2 Fatores sociais .............................................................................................. 33 2.2.3.3 Fatores pessoais ........................................................................................... 34 2.2.3.4 Fatores psicológicos ...................................................................................... 36 2.2.4 Processo de decisão do comprador – principais modelos encontrados na literatura atual............................................................................................................ 37 2.2.5 Influência no comportamento do consumidor ................................................... 42 2.2.5.1 Influências nas Atitudes................................................................................. 42 2.2.5.2 Influência Cultural .......................................................................................... 43 2.2.5.3 Influências Étnicas ........................................................................................ 44 2.2.5.4 Influência Social e Status .............................................................................. 44 2.2.5.5 Influência Pessoal ......................................................................................... 44 2.2.5.6 Influência Familiar e do Domicílio .................................................................. 45 2.2.5.7 Influência Situacional..................................................................................... 45 3 HISTÓRICO E CARACTERIZAÇÃO DA EMPRESA ............................................ 46 3.1 Organograma da empresa ................................................................................ 48 3.2 Análise SWOT .................................................................................................... 48 4 METODOLOGIA .................................................................................................... 50 4.1 Aspectos metodológicos .................................................................................. 50 4.2 Quanto à abordagem do problema .................................................................. 50 4.3 Quanto aos procedimentos técnicos............................................................... 51 4.4 Delimitação do universo pesquisado .............................................................. 51 4.5 Quanto às técnicas de coleta e análise de dados .......................................... 53 4.6 Limitações da pesquisa .................................................................................... 53 4.7 Descrição e análise de dados .......................................................................... 54 4.7.1 Os Estímulos .................................................................................................... 55 4.7.1.1 Produtos ........................................................................................................ 55 4.7.1.2 Preço ............................................................................................................. 57 4.7.1.3 Ponto de venda ............................................................................................. 59 4.7.1.4 Promoção ...................................................................................................... 62 4.7.1.5 Econômico..................................................................................................... 66 4.7.1.6 Tecnológico ................................................................................................... 67 4.7.1.7 Político........................................................................................................... 70 4.7.1.8 Culturais ........................................................................................................ 72 4.7.2 Características do comprador .......................................................................... 73 4.7.2.1 Culturais ........................................................................................................ 73 4.7.2.2 Sociais ........................................................................................................... 75 4.7.2.3 Pessoais ........................................................................................................ 79 4.7.2.4 Psicológicos .................................................................................................. 82 4.7.3 Processo de decisão do comprador ................................................................. 83 4.7.3.1 Reconhecimento de problemas ..................................................................... 83 4.7.3.2 Busca de informações ................................................................................... 84 4.7.3.3 Avaliação de alternativas............................................................................... 85 4.7.4 Comportamento pós compra ............................................................................ 86 4.7.5 Decisão do comprador ..................................................................................... 87 4.7.6 Análise Vertical ................................................................................................. 88 4.7.6.1 Albertina ........................................................................................................ 88 4.7.6.2 Bruna ............................................................................................................. 94 4.7.6.3 Francini.......................................................................................................... 98 4.7.6.4 Luana .......................................................................................................... 103 4.7.6.5 Nathany ....................................................................................................... 106 4.7.6.6 Thaise.......................................................................................................... 109 4.7.7 Análise Geral .................................................................................................. 113 5 CONSIDERAÇÕES FINAIS ................................................................................. 114 REFERÊNCIAS ....................................................................................................... 117 APÊNDICES ........................................................................................................... 124 12 1 INTRODUÇÃO 1.1 Tema O presente estudo tem como tema o mercado de higiene pessoal, perfumaria e cosméticos. Conforme dados do Euromonitor de 2008, divulgados pela Associação Brasileira da Indústria de Higiene Pessoal, Perfumaria e Cosméticos (ABIHPEC) (2009), o Brasil é o terceiro maior mercado de cosméticos do mundo, estando atrás, apenas, dos Estados Unidos e Japão. Ainda segundo a ABIHPEC (2009), existem atualmente 1.694 empresas atuando no mercado de produtos de higiene pessoal, perfumaria e cosméticos no Brasil, sendo que 15 empresas de grande porte, com uma arrecadação tributária acima dos R$100 milhões, representam 70% do faturamento total. Dentre as 1.694 empresas, 336 estão na região sul do Brasil e 46 no estado de Santa Catarina. A Akákia – franquia de cosméticos lançada em 2005 – possui nome de origem grega e significa “renascer”, esta é a conotação que a marca deseja dar a seus produtos e é esta a idéia que deseja transmitir a seus consumidores para que possam renascer para a vida a cada dia sentindo-se sempre mais atraentes. Santa Catarina lidera o ranking em número de franquias da empresa, tendo no total 35 lojas. Em segundo lugar está São Paulo, pólo comercial do país, que possui 33 lojas em plena atividade. Em tempos de competição acirrada, as empresas devem adaptar-se da melhor forma possível às necessidades e desejos de seus clientes. Pinheiro et al (2004) afirma que o estudo do comportamento do consumidor é de suma importância para os profissionais que atuam na gestão de Marketing, por permitir que se compreenda a geração de valor para o consumidor, dado a satisfação das necessidades e desejos de clientes. 13 1.2 Definição do problema A principal dificuldade encontrada pelo gestor hoje é a facilidade ao crédito em longo prazo, principalmente após a redução do IPI para veículos e eletrodomésticos de linha branca, que afeta diretamente nas vendas, visto que o quiosque Akákia comercializa produtos de consumo imediato em curto prazo. Além disso, por saber que clientes fiéis são essenciais para a sustentação e liderança no negócio, e que a empresa deve estar ciente das preferências e necessidades do seu público alvo, sempre inovando para tornar-se competitiva, o presente estudo questiona: Quais características da loja Akákia fazem com que os consumidores do Shopping Itaguaçu optem por comprar nela ao invés de comprar nas lojas concorrentes? 1.3 Objetivos 1.3.1 Objetivo geral Analisar os fatores que influenciam os consumidores da loja Akákia do Shopping Itaguaçu, em São José ,SC – Brasil. 1.3.2 Objetivos específicos Fundamentar teoricamente o tema; Analisar as características da loja Akákia do Shopping Itaguaçu; Analisar os principais fatores de atratividade da loja Akákia do Shopping Itaguaçu; Analisar na loja Akákia do Shopping Itaguaçu os principais diferenciais mercadológicos; Propor recomendações ao aprimoramento dos trabalhos comerciais e mercadológicos. 14 1.4 Justificativa Organizações que estão voltadas para as necessidades e desejos de seus clientes tendem a superar seus concorrentes. Neste sentido, na busca por se adequar ao perfil do seu consumidor e atingir expectativas de demanda, foi realizada uma pesquisa mercadológica junto à loja Akákia do Shopping Itaguaçu, em São José, Santa Catarina, de modo a analisar quais fatores são relevantes para a efetivação da compra do ponto de vista dos clientes da empresa. A pesquisa se torna fator interessante para o desenvolvimento da empresa pelo fato de ser nova no mercado, e será importante para o processo de tomada de decisão principalmente neste estágio inicial da empresa, por não dispor de outras pesquisas já realizadas neste âmbito. O resultado da pesquisa fará com que o gestor tenha ciência dos pontos fortes da loja, a fim de explorá-los para que seja possível um aprimoramento nos trabalhos, além de apontar algumas deficiências que podem prejudicar o desempenho da loja. Este trabalho poderá servir, ainda, como referência para futuras pesquisas que a empresa vier a realizar. Desse modo, a presente pesquisa tem como função a análise dos fatores relevantes para o ponto de venda da loja Akákia localizada no Shopping Itaguaçu. Por meio da coleta de dados junto aos clientes da loja, é possível a estruturação de uma base de dados e propostas que visem melhorar o desempenho da organização em estudo. Para a sociedade, este estudo justifica-se pela relevância do tema, no mercado em que a empresa atua, visto que cada vez mais a sociedade compreende a importância de manter a cultura das práticas voltadas aos clientes. São eles, os clientes, que consomem os produtos, desta maneira é possível dizer que o sucesso incide em saber o que os consumidores preferem de fato. O resultado da pesquisa beneficiará clientes e gestores, pois maximizará a empatia da empresa entre eles. Para o Centro Universitário Municipal de São José, o presente trabalho busca contribuir para a compreensão teórica e empírica sobre comportamento do consumidor e os fatores que o influenciam no ato da compra, servindo de referência para demais estudos do gênero. Esse trabalho vislumbra também a aproximação do Centro Universitário Municipal de São José com a empresa Akákia Cosméticos e com o mercado, possibilitando ao acadêmico juntar o conhecimento teórico com o prático. 15 2 FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA Para o embasamento da pesquisa, e uma melhor compreensão do presente instrumento fez-se necessário uma prévia abordagem dos conceitos teóricos abordados neste capítulo. 2.1 Marketing O marketing há muito tempo é mal compreendido pela maioria das pessoas. Muitos desconhecem que marketing não é apenas propaganda e venda, isto é, não entendem que tornou-se algo necessário para a sobrevivência das organizações no atual mundo competitivo (KOTLER; HAYES; BLOOM, 2002). Segundo McDaniel e Gates (2003) define-se marketing como o processo de planejar e executar a concepção, o apreçamento, a promoção e a distribuição de idéias, bens e serviços para criar trocas que satisfaçam os objetivos individuais e organizacionais. Para Dias (2003, p. 02): O conceito de marketing pode ser entendido como a função empresarial que cria continuamente valor para o cliente e gera vantagem competitiva duradoura para a empresa, por meio da gestão estratégica das variáveis controláveis de marketing: produto, preço, comunicação e distribuição. Kotler et al (2002) afirmam que o marketing se baseia nas necessidades, nos desejos e nas exigências de um grupo de clientes escolhidos. O maior desafio dos profissionais de marketing, para Las Casas (2002) é entender e conhecer o consumidor, pois precisam estar atentos as expectativas geradas pelo cliente antes, durante e depois da compra e assim saber identificar seus desejos e necessidades, e também suas satisfações e insatisfações com o produto ou bem adquiridos. As empresas sofrem influências de vários fatores externos e internos que, acabam por modificar as estratégias criadas previamente. Logo, os profissionais de 16 marketing devem estar preparados e definir metas e objetivos para atuarem da melhor maneira possível no mercado (LAS CASAS, 2002). O fato de que o marketing exerce um papel fundamental reflete no alcance do almejado lucro, visto que, produzir um bom produto não é o suficiente, é necessário vendê-lo. Para isto e para garantir a fidelização em longo prazo, é preciso agregar ao produto valor e satisfação. O valor para o consumidor vai além da satisfação suprida pela qualidade. Para Kotler e Armstrong (2007), “O valor para o consumidor é a diferença entre os valores que ele ganha comprando e usando um produto e os custos para obter esse produto”. Para Kotler (1998, p. 53), “satisfação é o sentimento de prazer ou de desapontamento resultante da comparação do desempenho esperado pelo produto (ou resultado), em relação às expectativas da pessoa”. Portanto, se o produto não cumpre sua “promessa” de qualidade gerada pelas manifestações de marketing, o consumidor sofre frustrações que podem levá-lo a nunca mais consumir aquele determinado produto ou aquela determinada marca novamente. A definição de marketing de acordo com Cobra (2007) evoluiu de 1965 até chegar à atual definição de Kotler. A sinopse das definições de marketing pode ser descrita conforme o Quadro 1: ANO AUTOR DEFINIÇÕES 1960 American Marketing Association. É o desempenho das atividades que dirigem o fluxo de bens e serviços do produtor ao consumidor ou utilizador. 1965 Ohio State University O processo na sociedade pelo qual a estrutura da demanda para bens econômicos e serviços é antecipada ou abrangida e satisfeita através de concepções, promoção, troca e distribuição física de bens e serviços. 1969 Kotler e Sidney Levy O conceito de marketing deveria abranger também as instituições não lucrativas. 1969 David Luck O marketing deve limitar-se às atividades que resultam em transações de mercado. 1969 Kotler e Gerald Zaltman É a criação, implementação e controle de programas para influenciar a aceitação das idéias sociais e envolvendo considerações de planejamento de produto, preço comunicação, distribuição e pesquisa de marketing. 17 1974 Robert Balts Se o marketing é pra ser olhado como abrangendo as atividades econômicas, talvez o marketing como originalmente concebido reapareça em breve com outro nome. 1978 Robert Haas É o processo de descoberta e interpretação das necessidades e desejos do consumidor para as especificações de produto e serviço. 1997 Philipi Kotler É o processo de planejamento e execução, desde a concepção, preço, promoção e distribuição de idéias, bens e serviços para criar trocas que satisfaçam os objetivos de pessoas e de organizações. Quadro 1: Evolução de definição de Marketing Fonte: Adaptado de Cobra, 2007. Por fim, tem-se a atual definição: “Marketing é um processo social e gerencial pelo qual indivíduos e grupos obtêm o que necessitam e desejam através da criação, oferta e troca de produtos de valor com outros” (KOTLER, 1998, p. 27). Cobra (2007) afirma, em relação à última definição de Kotler sobre marketing em 1998, que o autor vem avaliando sua posição inicial concernente aos limites do conceito de marketing e tem articulado um conceito “genérico” e propõe que a essência do marketing é transação, definida como a troca de valores do seguinte conceito. É possível afirmar a partir destas que informações que, ao longo do tempo, marketing deixou de ter apenas o significado técnico passando a ser também reconhecido como um processo social, onde o entendimento do comportamento do consumidor é crucial, para que clientes obtenham o que desejam e empresários vendam seus produtos ou serviços. 2.1.1 Os 4 p’s de maketing Conforme Churchill e Peter (2001) o mix de marketing, ou os “4 P’s” são ferramentas de marketing voltadas para atender as necessidades do púbico alvo, permitindo ao administrador de marketing maior direcionamento de suas estratégias para atender este mercado. Estes instrumentos diferenciam as empresas de seus concorrentes. Estas ferramentas são evidenciadas na figura 1. 18 Figura 1: O mix de marketing Fonte: Adaptado de Kotler e Armstrong, 2007. Através do que o profissional de marketing define como composto de marketing, uma empresa interage com o ambiente externo e interno de uma forma adaptada, um dos fundamentais princípios de marketing, os quatro “P’s” da seguinte maneira: PRODUTOS, PREÇO, PONTO DE VENDA E PROMOÇÃO. 2.1.1.1 Produto Pode-se denominar como aquilo que a empresa oferece aos consumidores. A empresa pode oferecer produtos tangíveis, ou seja, o que se pode tocar, como uma caneta, por exemplo, ou intangíveis, o que não se pode tocar, como serviços prestados. Ex: Consultoria. Kotler (1998, p. 35) conceitua produto sob uma ótica de empresas orientadas a ele: O conceito de produto assume que os consumidores favorecerão aqueles produtos que oferecem mais qualidade, desempenho ou características inovadoras. Os gerentes das organizações orientadas para o produto focam sua energia em fazer produtos superiores, melhorando-os ao longo do tempo. 19 Cobra (2007) afirma que um produto ou serviço será certo para seu consumo desde que satisfaça as necessidades e desejos dos seus considerados consumidores-alvo, ainda completando seu raciocínio, o autor diz que um bom produto deve ter qualidade e padronização em termos de características, desempenhos e acabamentos, modelos e tamanhos que atendam as necessidades e expectativas dos consumidores, e boa configuração quando se refere à apresentação do produto em termos de apresentação física. De acordo com Bispo (2008) os clientes querem basicamente: Produtos que gerem valor, bom atendimento, diferenciação e bom preço. 2.1.1.2 Preço O estudo do preço de um produto é algo cauteloso, dispendioso e que leva tempo, afinal de contas, não vivemos em um mundo estagnado. “Além da concorrência, fatores culturais e sociais também exercem grande pressão, pois a sociedade muda seus valores em diferentes épocas, aumentando a procura por produtos relacionados com estas novas tendências” (LAS CASAS, 2006, p. 190). O preço do produto de uma empresa pode também tornar-se um diferencial para com as empresas concorrentes. “Os preços para os mercadólogos são muito importantes, pois além de representar o retorno dos investimentos feitos no negócio constituem-se em indispensável ferramenta mercadológica” (LAS CASAS, 2006, p. 188). Para Kotler e Armstrong (2007, p. 258) preço é “a soma de todos os valores que os consumidores trocam pelos benefícios de obter ou utilizar um produto ou serviço” Cobra (2007, p. 29), afirma que para ter êxito na venda ser “o produto deve ser certo, deve estar no ponto certo e deve transferir posse no preço certo”. 20 2.1.1.3 Ponto de venda O produto ou serviço apenas tem utilidade se estiver bem posicionado junto a seu público-alvo, a escolha do ponto de venda é relacionada com a escolha do canal de distribuição (COBRA, 2007). Bispo (2008) cita um índice de pesquisa realizada pela Popai, onde mostra que 81% das decisões sobre produto e marca, acontecem no ponto de venda. Esta estatística eleva o fato de que o ponto de venda precisa estar preparado para “encantar” o cliente e convencê-lo a efetuar a compra. Para Kotler e Armstrong (2007, p. 42) posicionamento ou praça “envolve as atividades da empresa que disponibilizam o produto aos consumidores-alvo”. Conforme Bispo (2008) o estímulo do ponto de venda começa com a aparência e a vitrine da loja, pois estes atrativos convidam o consumidor a entrar e conhecer os produtos. E acrescenta que hoje as ferramentas de comunicação no ponto de venda são multidisciplinares, ou seja, utilizam cores, design de equipamentos, comunicação visual, iluminação, som, aromas e texturas que se unem à arquitetura. 2.1.1.4 Promoção Para Kotler e Armstrong (2007), a promoção envolve o conjunto de atividades que exaltam os pontos fortes do produto a seus consumidores-alvo, os convencendo a comprá-lo. Conforme Cobra (2007, p. 29) “O composto promocional do produto ou serviço compreende a publicidade, as relações públicas, a promoção de vendas, a venda pessoal e o merchandising”. A Promoção, para Kotler e Armstrong (2007, p. 357), “consiste na combinação específica de propaganda, promoção de vendas, relações públicas venda pessoal e marketing direto que a empresa utiliza para comunicar de maneira persuasiva o valor para o cliente e construir relacionamentos com ele”. Já, para Bispo (2008) merchandising ou propaganda no ponto de venda é praticamente a caracterização de um cenário utilizando uma determinada situação 21 fora do contexto da empresa para promover determinado produto ou serviço sempre com forte impacto visual e às vezes até auditivos. A venda pessoal, para Kotler e Armstrong (2007), consiste em interações interpessoais com clientes atuais e possíveis clientes para realizar vendas e manter os relacionamentos com os mesmos. Este tipo de venda pode surtir mais efeito que propagandas em alguns casos. O vendedor pode sondar o cliente para conhecer melhor seus problemas e então adaptar a oferta de marketing e a apresentação de acordo com o perfil do cliente. É praticamente impossível falar em marketing sem mencionar os 4 “P’s”, que funcionam como uma espécie de eixo ou leme ao profissional de marketing, possibilitando interação com o ambiente externo. Pode-se afirmar que os 4p’s e o comércio varejista andam lado a lado e por este motivo o próximo subcapítulo disserta sobre o marketing de varejo. 2.1.2 Marketing de Varejo Define-se o varejista pelas diversas atividades que caracterizam a venda de bens e serviços, sob intuito de atender às necessidades do consumidor final (PARENTE, 2000). Kotler e Armstrong (2007) corroboram com o conceito de varejo, expondo que a comercialização dos produtos deve ser para uso pessoal, e não empresarial. Para Berman e Evans (apud RIBEIRO e PRIETO, 2009), o varejo é o estágio final do processo de distribuição. Rachman (1973) já havia chegado a esta conclusão, ao afirmar que, por ser o elo final da cadeia, sofre influência de fatores controláveis, como bens e serviços, distribuição física e comunicação, e por fatores incontroláveis, como consumidor, concorrência, condições econômicas e legislação, dentre outros. Segundo ressaltaram Levy e Weitz (2000), o varejo deve buscar agregar valor aos produtos comercializados. Os mesmos autores enumeraram o que consideram as quatro funções básicas para que isso ocorra: Oferta de grande variedade de bens e serviços: proporcionar aos consumidores produtos de diversos fabricantes, ainda que sejam similares; 22 Extração de pequenas quantidades de grandes lotes: varejistas compram mercadorias em grandes quantidades e as fracionam para que o cliente possa adquirir somente o quanto lhe é necessário; Manutenção de estoques: os varejistas mantêm estoques de forma a atender ao consumidor final, evitando que este, por sua vez, armazene produtos em grandes quantidades em casa; Fornecimento de serviços: são ações prestadas pelo varejo, de maneira a facilitar a compra e o uso dos produtos. Uma das dificuldades na operação de um varejo, de acordo com Robinson e Matthews (apud RIBEIRO e PRIETO, 2009), verifica-se nos serviços que ele oferece. Os mesmos autores afirmam que a extensão dos serviços oferecidos sofre influência do tipo e tamanho do varejo, e da localização e concorrência do setor. Sob o mesmo raciocínio dos autores, os serviços de conveniência mais comumente utilizados pelo varejo são: entrega em domicílio, facilidades de crédito, estacionamentos, descontos especiais para determinados clientes, informações gratuitas, sanitários e balanças, dentre outros. O serviço prestado ao consumidor pelo varejista está intimamente relacionado às expectativas e à percepção do cliente e, por isso, tem uma grande relevância nos negócios e merece certa atenção (WALTERS e HANRAHAN, apud RIBEIRO e PRIETO, 2009). Estes autores ainda destacam que a satisfação ou insatisfação do consumidor depende da percepção do valor quanto ao serviço que lhe é entregue. Outra característica bastante importante se refere à localização do estabelecimento, que deve ser conveniente ao tipo de consumidor que se pretende servir. A localização da loja pode atrair um grande número de compradores (ROBINSON, ROBINSON; MATTHEWS, apud RIBEIRO, PRIETO 2009). Para estes autores, existem três fatores que influenciam a escolha das áreas de compras: Poder de compra dos clientes; Aspectos inerentes aos custos e operações da instalação física em determinada região; e Competição. Os respectivos autores ainda revelam que, por meio do estudo da localização de um varejo, é possível supor o volume de vendas potencial daquela região, as atitudes e os hábitos de compras dos seus consumidores, e avaliar os fatores físicos que podem afetar o negócio. 23 Segundo Lovelock e Wright (2003), os aspectos físicos ajudam a moldar sensações e reações pretendidas nos clientes. Para Kotler e Armstrong (2007), a localização é de suma importância e influencia a atração de clientes. Pela larga escala de lugares para instalar um varejo, ao escolher a localização, é necessário se avaliar questões como a geografia do local, o marketing e aos hábitos de consumo atrelados ao tipo de varejo (DAVIES; WARD, apud RIBEIRO, PRIETO 2009). 2.1.3 Marketing no shopping Esta forma de varejo surgiu na década de 1960 e, segundo Andrade (2002), procurou oferecer uma nova forma de consumo, onde as pessoas encontrassem, em um mesmo local, itens de compras e lazer, podendo contar com conforto, segurança, estacionamento e diversas outras formas de prestações de serviços em um só lugar. Hastreiter (1999), afirma que em shoppings é possível encontrar: o lazer e o social, a grande loja de departamentos e a pequena butique, o cinema e a alimentação, um ao lado do outro, o que justifica a aceitação pelos consumidores. Para Slongo e Meira (1998), um shopping center convencional possui lojas de segmentos variados e também praças de alimentação, áreas de lazer e serviços. Conforme a Associação Brasileira de Shopping Centers (ABRASCE, 2001) shopping center, é classificado como um centro de compras, ou seja, uma reunião, em um único conjunto arquitetônico, de lojas comerciais, opções de lazer, serviços de utilidade pública, entre outros. Kotler e Armstrong (2007), definem shopping center como um centro um grupo de negócios de varejo que é planejado, desenvolvido, possuído e administrado na forma de unidade. Corroborando, Masano (1994) afirma que shopping center é um negócio que pertence a um grupo empreendedor e é administrado centralmente, planejado tal como unidade, em que os grupos de lojas complementam-se no âmbito da qualidade e variedade de oferta de produtos, e ainda possibilita o oferecimento de estacionamento aos clientes. 24 Para que consigam permanecer nos negócios, os varejistas precisam oferecer alguma diferenciação de preço, serviço, conveniência ou variedade de produtos para o cliente, enquanto simultaneamente mantêm os custos baixos (SADHUSEN, 1998). Nesta forma de empreendimento, além da comercialização de produtos diversos, outros conceitos podem ser considerados importantes como a segurança, a facilidade de estacionamento, uma ampla oferta de lazer e um horário diferenciado de funcionamento. Estas são características podem se apresentar como diferenciais em relação às formas tradicionais de varejo. É possível sugerir que shoppings facilitam a vida dos consumidores, mediante ao trânsito e a falta de segurança das grandes cidades, além do fato de encontrar “tudo” em um mesmo lugar. 2.1.4 Marketing e franquias As franquias fazem parte de um sistema de expansão baseado no pagamento de royalty ao franqueador por parte do franqueado (COSTA, 2003). Franquias são consideradas alianças estratégicas e são definidas como um sistema de expansão baseado na utilização de um modelo desenvolvido pelo franqueador (COSTA, 2003). Complementando, Wright e Frazer (apud RIBEIRO e PRIETO, 2009) afirmam que o franqueador é responsável por fornecer ao franqueado know-how, suporte para a condução do negócio e exclusividade de território para o franqueado, enquanto à abertura de novas unidades como retorno aos royalties pagos pelo mesmo. A estratégia de franquia tem sido usada como alternativa para a expansão do negócio em âmbito nacional e internacional por organizações de diversos setores. (RAJAGOPAL, apud RIBEIRO, PRIETO 2009). Para Kotler e Keller (2007), as organizações de franquias fazem parte do sistema de distribuição de produtos (que podem ser serviços e bens) que mais tem crescido nos últimos anos. De acordo com Silva e Azevedo (2006), franquia consolida-se por um agente detentor da marca e do conhecimento (franqueador), e este concede, por meios legais contratuais, o direito ao uso e à administração da de sua marca e do modelo organizacional (franqueados). desenvolvido para os agentes que multiplicam o negócio 25 Seguindo este raciocínio, Palmer (2006) diz que o franqueador fornece ao franqueado certos serviços e o direito de comercializar seus produtos. O contrato de franquia é firmado por um determinado período de tempo, e no mesmo contrato é delimitada a região de atuação do franqueado. As franquias são estruturadas em cadeia baseada na racionalização do “tocar, sentir e pegar” por parte do consumidor final. Essa racionalização é obtida a partir das opções limitadas que a franquia oferece ao consumidor que, por sua vez, não possui a necessidade de despender muito tempo no processo decisório, porque já sabe o que vai encontrar naquele estabelecimento (RAJAGOPAL, 2007). Esse sistema em cadeia é obtido a partir de normas e procedimentos padronizados estabelecidos pelo franqueador, e ajuda a minimizar os problemas oriundos da falta de controle integral junto aos franqueadores, agravada pela distância territorial que muitas vezes divide franqueador e franqueado (PALMER, 2006). 2.1.5 Marketing e o comportamento do consumidor Segundo Vieira (2002), o marketing aponta, no estudo do comportamento do consumidor, uma oportunidade de obter pistas para desenvolver novos produtos, serviços, canais de distribuição, preço e outros elementos que compõem o mix de marketing. Engel, Blackwell e Miniard (2000) afirmam que todas estas estratégias de marketing devem estar apoiadas em quatro premissas básicas: 1) De que o consumidor é soberano. Neste caso o consumidor tem total capacidade de filtrar todas as tentativas de influência, com o resultado de que tudo que é feito pela empresa deve ser adaptado à motivação e ao comportamento do consumidor; 2) A motivação e o comportamento do consumidor podem ser entendidos simplesmente através de pesquisa. Assim, uma previsão perfeita de sua conduta não é possível, mas resultados estratégicos são melhorados notadamente através de pesquisa feita e usada adequadamente; 3) O comportamento do consumidor pode ser influenciado por atividade persuasiva que leva seriamente o consumidor como soberano e consciente de suas intenções; e por fim 26 4) A persuasão e influência do consumidor têm resultados socialmente benéficos desde que salvaguardas legais, éticas e morais restrinjam tentativas de manipulação. Vieira (2002) confirma ao dizer que uma estratégia de marketing se fortalece quando desenvolvida a partir do comportamento do consumidor. O profissional ou gestor deve levar em conta o poder do consumidor em decidir quais produtos são relevantes para seu consumo, quais são as motivações que o levam a adquirir um produto ou serviço, que comportamento pode ser influenciado pela atividade de marketing, e por fim, que esta influência deve ser no mínimo legal, ética e moral, buscando sempre resguardar os direitos do consumidor. 2.2 O comportamento o consumidor O estudo do comportamento do consumidor é de interesse especial para aqueles que, por razões diversas, desejam influenciar ou mudar este comportamento, incluindo aqueles cujo principal interesse esteja em marketing, educação e proteção do consumidor e política pública (KARSAKLIAN, 2000). Para que seja possível a compreensão do comportamento do consumidor é necessário inicialmente que se analise o modelo de estímulo e resposta apresentado na Figura 2. Os estímulos ambientais e principalmente os de marketing produzidos pela empresa penetram no consciente do consumidor (cliente), assim as diversas características pessoais do consumidor e seus processos de decisão levam a certas decisões de compra (VIEIRA, 2002). Figura 2: Modelo de Estímulo e Resposta. Fonte: Kotler (2009) 27 O profissional de marketing tem a missão de entender como o consumidor realiza o processo de compra em seu consciente (desde a chegada do estímulo externo até a decisão de compra), para, assim, desenvolver estratégias que influenciem o processo de tomada de decisão (GOLDSTEIN; ALMEIDA, 2000). Para Pinheiro et al (2004), a criação de estratégias eficazes de marketing deve levar em consideração as características individuais, sociais e culturais, além das influências situacionais que interferem no momento da compra. O estudo do comportamento do consumidor chama a atenção especialmente daqueles que, por razões diversas, buscam manipular este comportamento, incluindo aqueles cujo principal interesse esteja em marketing (KARSAKLIAN, 2000). Segundo Vieira (2002), profissionais de áreas adversas procuram compreender melhor seu consumidor para traçar estratégias de persuasão mais eficazes, e cita como exemplo setores: Público, eleições eleitorais, instituições educacionais, programas de entretenimento, ONG’s, etc. É possível, assim, dizer de uma forma simplificada que o marketing em conjunto com o estudo do comportamento do consumidor procura, a partir das características culturais e sociais de um determinado povo, juntamente com fatores externos como economia e moda, por exemplo, desvendar possíveis necessidades dos consumidores, atingirem suas percepções, motivando-os em relação ao seu produto ou serviço a fim de satisfazê-los. 2.2.1 Histórico do comportamento do consumidor O estudo do comportamento do consumidor surgiu, como um campo de estudo, em 1968, sob da influência de escritores como Newman, Katona, Ferbera, Howard e Engelii (apud ENGEL; BLACKWELL; MINIARD, 2000) que visavam identificar as variáveis que rodeiam o consumidor, bem como outras variáveis como: suas atitudes inconstantes perante diferentes produtos, o comportamento de compra, as razões de causa e efeito que reagem à persuasão, dentre outras. O comportamento de consumo pode ser simplificado como o comportamento que os consumidores mostram quando estão procurando, comprando, usando, avaliando e determinando produtos, serviços e idéias (VIEIRA, 2002) 28 No ano de 1969, Howard e Sheth (1969, p. 25) sustentam que “muito do comportamento de compra é decidir quanto à escolha de marcas, repetidamente”, além de acrescentarem que “os elementos da decisão envolvem (1) um conjunto de motivos (2) marcas alternativas e (3) os critérios de escolha pelos quais os motivos se combinam às alternativas.” Já em 1980, Gade (1980, p. 2) afirma que “o consumidor é o destinatário dos produtos que as empresas industriais e a agricultura produzem e o comércio distribui” – entender seu comportamento, portanto, significaria entender como é a relação entre consumidores e produtos. Robertson (apud RIBEIRO e PRIETO, 2009), em 1984, endossam o interesse em descobrir causa e origem do comportamento do consumidor já que focaram saber “sobre como e por que os consumidores se comportam da maneira como o fazem”. Howard (1989, p. 6) generaliza o conceito no ano de 1989, e corrobora com a definição de Robertson em 1984 afirmando que: “o estudo de como e por que os consumidores compram e consomem”. O comportamento do consumidor é definido por Sheth (1999, p. 29), em 1999, como “as atividades físicas e mentais realizadas por clientes e bens de consumo e industriais que resultam em decisões e ações”, o que supõe vários possíveis papéis a serem assumidos. Em 2000, Schiffman e Kanuk (2000, p. 7) fixam que “o termo comportamento do consumidor se refere ao comportamento que os consumidores demonstram ao pesquisar, comprar, usar, avaliar e se dispor de produtos e serviços que eles esperam satisfarão suas necessidades.” No ano de 2001, Hawkins (2001, p. 21) discorre sobre o consumidor, o definindo como “um solucionador de problemas: uma unidade de tomada de decisões que absorve informações, processa essas informações diante da situação que está vivendo, e age para alcançar satisfação e engrandecer seu estilo de vida.” Solomon (2002) salienta, no ano de 2002, que o comportamento do consumidor é o estudo de processos desencadeados quando o consumidor adquire determinado produto ou serviço, a fim de saciar uma necessidade ou desejo. No ano seguinte, o comportamento do consumidor é definido por Minor e Mowen (2003, p. 3) como: “o estudo das unidades compradoras e dos processos de 29 troca envolvidos na aquisição, no consumo e na disposição de mercadorias, serviços, experiências e idéias.” Em 2005, Blackwell (2005, p. 6) sugerem que os comportamentos do consumidor são “atividades com que as pessoas se ocupam quando obtêm, consomem e dispõem de produtos e serviços.” ou, “como um campo de estudo que foca nas atividades do consumidor” (BLACKWELL, 2005, p. 7). 2.2.2 Teoria da motivação de Maslow A teoria da motivação de Maslow procura entender o que impulsiona o comportamento humano, e chega à conclusão de que o comportamento é motivado por necessidades, a que chama de necessidades fundamentais. Tais necessidades são baseadas em dois agrupamentos: deficiência e crescimento. As necessidades de deficiência são as fisiológicas, as de segurança, de afeto e as de estima, enquanto que as necessidades de crescimento são aquelas relacionadas ao autodesenvolvimento e à auto-realização dos seres humanos (HUITT apud GUIMARÃES, 2001). Tais necessidades foram classificadas em uma pirâmide onde aparecem em uma ordem hierárquica de importância, como segue na figura 3 abaixo: Figura 3: Hierarquia das Necessidades Humanas segundo Maslow. Fonte: Adaptado de Chiavenato 2008. 30 As necessidades fisiológicas são as mais urgentes e as que mais fortemente agem sobre o comportamento humano. Todavia, se estiverem razoavelmente satisfeitas, as necessidades do indivíduo passam para o degrau acima. Se todas as necessidades estão insatisfeitas e o organismo é dominado pelas necessidades fisiológicas, quaisquer outras poderão tornar-se inexistentes ou latentes. Podemos então caracterizar o organismo como simplesmente faminto, pois a consciência fica quase inteiramente dominada pela fome. Todas as capacidades do organismo servirão para satisfazer a fome (MASLOW, 1975, p. 342). As necessidades de segurança levam o indivíduo a, instintivamente ou não, proteger-se de qualquer perigo, seja ele real ou imaginário. Semenik e Bamossy (apud GUIMARÃES, 2001) enfatizam que: Todo ser humano necessita de abrigo e proteção para o corpo e de manutenção de uma vida confortável. Assim, como na necessidade fisiológica, o organismo pode ser fortemente dominado por tal necessidade, que passa a dirigir e a determinar a direção do comportamento. Com mais esta necessidade satisfeita, as necessidades do indivíduo passam para o degrau acima, nas necessidades sociais, e assim sucessivamente. As necessidades sociais são as necessidades de afeto que todo o ser humano sente. Segundo Maslow (1975, p. 350) “[...] a pessoa passa a sentir, mais intensamente do que nunca, a falta de amigos, de um namorado, de um cônjuge ou de filhos [...] seu desejo de atingir tal situação será mais forte do que qualquer coisa no mundo”. Necessidade de status e estima refere-se ao ego, a auto-estima, autoconfiança do indivíduo, ter uma auto-avaliação estável. Estas necessidades, se não forem satisfeitas, podem gerar sentimentos de inferioridade e desalento. As necessidades de auto-realização são as necessidades de desenvolvimento pessoal que o indivíduo passa a ter depois de satisfeita as demais necessidades. “Essa tendência pode ser expressa como o desejo de a pessoa tornar-se sempre mais do que é e de vir a ser tudo o que pode ser” (MASLOW, 1975, p. 352). Diferentemente das necessidades anteriores, a necessidade de autorealização não se extingue pela plena saciação. Quanto maior for a satisfação 31 experimentada por uma pessoas, tanto maior e mais importante parecerá a necessidade (HAMPTON apud GUIMARÃES, 2001). Conforme analisaram Churchill e Peter (apud GUIMARÃES, 2001) a teoria de Maslow pode possibilita compreender os fatores psicológicos que interferem em todo processo de compra desde o reconhecimento de uma necessidade até a decisão e avaliação no pós compra e, não só no reconhecimento de necessidades. No nicho de mercado que se estuda neste trabalho, utilizam-se as necessidades de auto-estima e afetivo-social em apelo a nosso público-alvo, já que os produtos o sugerem por tratarem-se cosméticos. O capítulo seguinte abordará o comportamento destes consumidores que possuem tais necessidades, explicando quais principais fatores podem influenciá-los a comprar. 2.2.3 Principais fatores que influenciam o comportamento de consumo Segundo Kotler (1998), o comportamento de compra do consumidor é influenciado por quatro fatores, conforme mostra a figura 4 a seguir: Figura 4: Fatores que influenciam no processo da compra. Fonte: Kotler (1998, p. 163) 32 2.2.3.1 Fatores culturais Segundo Kotler (1998), os fatores culturais estão intrinsecamente relacionados ao comportamento do consumidor, ou seja, são os mais determinantes sobre o comportamento do consumidor. Seja por seus valores, suas crenças ou seu modo de vida, estes fatores são determinantes no comportamento deste indivíduo porque revelam sua essência, o que lhe atrai, o que consome, quando consome o porque consome. Cultura: Ainda que seja uma difícil missão, é preciso que o administrador tenha empatia para lidar com diferentes culturas. Keegan e Green (2003) afirmam que cultura é um comportamento aprendido, repassado de geração em geração e, por isso, para alguém de fora, inexperiente ou sem treino, é difícil entendê-la em profundidade. Schiffman e Kanuk (2000, p. 286) definem cultura como “a soma total das crenças, valores e costumes aprendidos que servem para direcionar o comportamento de consumo dos membros de determinada sociedade”. Cobra (2007, p. 66) afirma, ainda, que “cultura consiste em modelos, explícitos e implícitos de comportamento adquirido e transmitido por símbolos, valores, etc”. Pinheiro et al (2004) complementa que um elemento fundamental na vida do indivíduo em sociedade, muitos fracassos em marketing são explicados pela falta de sensibilidade na consideração da realidade cultural em que se encontram inserida os consumidores. Antes de lançar um produto do mercado, por exemplo, é preciso se certificar de este encontra-se em sintonia com o cenário em que será inserido. De nada adiantaria vender patins de gelo em um lugar ensolarado como a Bahia, por exemplo. É preciso, ainda segundo Kotler e Armstrong (1998), estar atento a mudanças culturais como, por exemplo, a mudança cultural em relação à saúde e beleza, criou grande demanda em produtos esportivos, alimentos de baixa caloria e serviços de saúde e beleza. Se tiver esta sensibilidade o administrador estará sempre um passo a frente de seus problemas e aproveitando possíveis oportunidades de negócio. Subcultura: Subculturas englobam categorias mais fáceis de serem focadas por administradores de marketing por possuírem características mais específicas 33 dentro de um grupo. Segundo Kotler (1998), cada cultura consiste em subculturas menores que fornecem identificação e socialização mais específicas para seus membros. Podemos tomar como exemplo nacionalidades, religiões, grupos raciais e regiões geográficas. Podemos ainda pesquisar subculturas ainda mais específicas como, por exemplo, surfistas, roqueiros, pagodeiros, etc. Esta estas divisões nos mostram peculiaridades valiosas para que seja possível conquistar o público-alvo. Classes sociais: Kotler e Armstrong (2007, p. 115) afirmam que “classes sociais são divisões de uma sociedade, relativamente permanentes ordenadas cujos membros compartilham valores, interesses e comportamentos similares”. De acordo com Churchill e Peter (apud MEDEIROS; CRUZ, 2006, p. 171). A distribuição da população brasileira em classes sociais, segundo o critério Brasil, dá-se em função de um sistema de pontuação baseado na posse de bens de consumo duráveis, instrução do chefe da família e outros fatores, como a presença de empregados domésticos. Por ser um indicador de status e da posição social do indivíduo perante a sociedade a classe social é um dos fatores mais utilizados na segmentação de mercado (PINHEIRO; ET AL 2004). 2.2.3.2 Fatores sociais O profissional de marketing que concebe o consumidor como um indivíduo isolado engana-se, pois este consumidor é constantemente influenciado por pequenos grupos como, família, papéis sociais e status (KOTLER; ARMSTONG, 2007). Família: A família é o principal grupo de influência no comportamento do consumidor. Como é o grupo básico a qual o indivíduo pertence, a família proporciona, já na primeira infância, uma aprendizagem a cerca dos produtos e das categorias de produtos. A família proporciona também a oportunidade para experimentação e repetição do produto e fixa as normas de consumo para os membros da família (SCHIFFMAN; KANUK, 2000). Pinheiro et al (2004) sustenta que muitos dos comportamentos de decisão de compra têm origem na família, uma vez que ela é a base do processo de 34 socialização do consumo do indivíduo, repercutindo posteriormente na construção da identidade dos integrantes da família, e nas suas opções de vida e de consumo. A família, segundo Kotler e Armstrong (2007) é a mais importante organização de consumo da sociedade e é amplamente pesquisada, os profissionais de marketing se interessam pela influência do marido, esposa e filhos na aquisição de diferentes produtos e serviços. Cobra (2007) classifica o comportamento familiar por autônomo (cada membro individualmente) ou conjunto (por diversos membros de uma família, sendo que desta forma cada indivíduo exerce alguma influência na decisão de compra dos demais). Papéis e Status: Segundo Kotler e Armstrong (2007) um ‘papel’ consiste nas atividades que se espera que uma pessoa desempenhe de acordo com as outras ao seu redor. Cada papel carrega um status que reflete a estima que a sociedade lhe dispensa. Churchill e Peter (2000, p. 160) afirmam que “as pessoas de diferentes classes sociais tendem a fazer escolhas diferentes em relação a suas roupas, decoração doméstica, uso do tempo de lazer, escolha dos meios de comunicação e padrões de gastos e poupanças”. 2.2.3.3 Fatores pessoais As decisões de compra serão definidas também por fatores pessoais como idade e estágio de vida, ocupação, condições econômicas, estilo de vida e personalidade e auto-conceito (KOTLER; ARMSTRONG, 2007). Idade e estágio do ciclo de vida: As pessoas mudam seus gostos ao longo da vida, os produtos e serviços que consomem geralmente estas mudanças estão relacionados à idade (KOTLER; ARMSTRONG, 2007). Nesse sentido, Churchill e Peter (2000, p. 162) comentam a existência dos ciclos de vida familiar, isto é, “conjunto de estágios pelos quais as famílias passam e que influenciam suas necessidades e a capacidade de satisfazê-las”. Ocupação: “A ocupação de uma pessoa afeta os bens e serviços que ela adquire. Os trabalhadores braçais tendem a comprar roupas de trabalho mais 35 simples, enquanto os executivos compram mais ternos” (KOTLER; ARMSTRONG, 2007, p. 120). Condições econômicas: Inevitavelmente a situação financeira de uma pessoa afetará na escolha de compra de um produto. Os profissionais de marketing trabalham com bens sensíveis a renda acompanhando suas tendências relativas à renda pessoal, à poupança e às taxas de juros. Se indicadores econômicos apontarem uma recessão, os profissionais de marketing têm a opção de reprojetar e reposicionar seus produtos para outro tipo de preço condizente com a situação do mercado (KOTLER; ARMSTRONG, 2007). Estilos de vida: é o padrão de vida de uma pessoa expresso em sua psicografia, envolve a avaliação das principais dimensões do consumidor como atividades, interesses e opiniões (KOTLER; ARMSTRONG, 2007). Personalidade e auto-conceito: Cada pessoa possui uma personalidade distinta que o influenciará em seu comportamento de compra. Schiffman e Kanuk (2000) consideram que os consumidores se vêem muitas vezes influenciados pelos conselhos de outras pessoas, especialmente quando se tratam de produtos e serviços a utilizar. Personalidade é o conjunto de características psicológicas singulares que levam a reações relativamente coerentes e contínuas em relação ao ambiente. Ela é normalmente descrita em termos de características como autoconfiança, domínio, sociabilidade, autonomia, resistência, adaptabilidade e agressividade (KOTLER; ARMSTRONG, 2007, p. 122). Richers (1984, p. 49) afirma que “a personalidade de um indivíduo é composta de uma multiplicidade de componentes que incluem valores, atitudes, crenças, motivos, intenções, preferências, opiniões, interesses, preconceitos e normas culturais”. A personalidade pode influenciar na escolha de determinada marca. Kotler e Armstrong (2007) concebem a idéia de que as marcas também possuem personalidade e que os consumidores tendem a escolher marcas cuja personalidade corresponda a sua própria. Pois sustentam que a personalidade da marca é a mistura específica de características humanas que podem ser atribuídas à determinada marca. 36 2.2.3.4 Fatores psicológicos A decisão de compra também reúne fatores psicológicos que, segundo Kotler e Armstrong (2007) são: motivação, percepção, aprendizagem e crenças e atitudes. Conforme afirma Pinheiro et al (2004), neste nível o consumidor é visto de maneira isolada, tomando decisões de acordo com suas características psicológicas. Motivação: Para Schiffman e Kanuk (2000) a motivação é uma força impulsora dentro dos indivíduos que os leva a consumar uma ação. Esta força impulsora é produzida por um estado de tensão que é resultado de uma necessidade não satisfeita. E, de acordo com Pinheiro et al (2004), uma vez esta necessidade detectada, o indivíduo empreende uma ação ou tem um comportamento afim de reduzir a tensão, orientando-a para um objetivo vinculado a necessidade inicial. Kotler e Armstrong (2007) concluem afirmando que uma necessidade se torna um motivo quando atinge certo grau de intensidade, logo um motivo é uma necessidade significativamente forte fazendo com que a pessoa busque satisfazê-la. Percepção: Sternberg (apud PINHEIRO et al, 2004, p. 22) define percepção como: O conjunto de processos psicológicos pelos quais pessoas reconhecem, organizam, sintetizam e conferem significação ás sensações recebidas por meio dos estímulos ambientais captados pelos órgãos dos sentidos (visão, audição,gustação,tato e olfato). Schiffman e Kanuk (2000, p. 177) descrevem percepção como “a forma que vemos o mundo que nos rodeia”. Deste modo, dois indivíduos, ainda que submetidos aos mesmos estímulos, os interpretem e organizarão de maneiras distintas. Segundo Kotler e Armstrong (2007), uma pessoa motivada está pronta para agir, deste modo a maneira que ela age é influenciada por sua percepção da situação. Logo, percepção é o processo pelo qual uma pessoa seleciona, organiza e interpreta as informações e estímulos ao seu redor para formar uma visão do mundo. 37 Aprendizagem: Richers (1984, p. 50) salienta que “o homem é capaz de aprender e alterar os seus comportamentos através da ampla utilização de sua experiência passada”. De acordo com Kotler e Armsntrong (2007), a aprendizagem pode ser uma mudança no comportamento devido a uma experiência passada e ocorrem através da interação de impulsos, estímulos, sinais respostas e reforços. Crenças e atitudes: Kotler e Armstrong (2007) sustentam que as pessoas adquirem crenças por suas experiências empíricas e descreve crença como é um pensamento descritivo que as pessoas têm em relação a algo. Segundo Kotler e Armstrong (2007), atitude compreende as avaliações os sentimentos, e as tendências relativamente coerentes de uma pessoa quanto a um objeto ou uma idéia. 2.2.4 Processo de decisão do comprador – principais modelos encontrados na literatura atual Este subcapítulo traz os modelos mais utilizados do processo de decisão de comprador e, para que seja possível ilustrar tal processo, cada modelo de autor será descrito de maneira sucinta, juntamente com as respectivas imagens. Começando pelo modelo de Engel, Blackwell e Miniard, considerada o mais completo por Ferreira (1974), figura 5. 38 Figura 5: Estágios do Processo de Decisão de Compra de Engel, Blackwell e Miniard Fonte: Blackwell, 2005, p. 73. Tendo em vista “analisar como os indivíduos ordenam os fatos e as influências para tomar decisões que são lógicas e consistentes para eles” (BLACKWELL, 2005, p. 73) durante o processo de compra, o modelo de Engel, Blackwell e Miniard apresenta sete estágios de tomada de decisão, os quais na prática, podem afetar uns aos outros ou o processo como um todo (BLACKWELL, 2005, p. 73): reconhecimento da necessidade, busca de informações, avaliação de alternativas na pré-compra, compra, consumo, avaliação pós-consumo e descarte: Segundo Blackwell (2005, p. 88-90) existem três grupos as variáveis que influenciam o processo de tomada de decisão dos consumidores: (a) Diferenças individuais: demografia, psicografia, valores e personalidade; recursos do consumidor, como tempo, dinheiro e atenção; motivação; conhecimento e atitudes; (b) Influências ambientais: cultura, classe social, família, influência pessoal e situação; (c) Processos psicológicos: processamento de informação, aprendizagem e mudança de comportamento e de atitude. A figura 6 ilustra a forma como as variáveis citadas anteriormente agem no processo de decisão de compra segundo Blackwell (2005, p. 86). 39 Figura 6: Estágios do Processo de Decisão de Compra de Engel, Blackwell e Miniard e Variáveis Fonte: Blackwell, 2005, p. 86. Minor e Mowen (2003, p. 191), consideram um dos objetivos do comportamento do consumidor “fazer a melhor escolha entre duas ações, reduzir o esforço da tomada de decisão, minimizar emoções negativas e maximizar a capacidade de justificar a decisão.” E apresentam um modelo genérico de tomada de decisão que se assemelha ao de Blackwell, porém com dois estágios a menos: reconhecimento do problema busca avaliação das alternativas, escolha e avaliação pós-compra. 40 Figura 7: Modelo Genérico de Tomada de Decisão do Consumidor de Minor e Mowen Fonte: Minor; Mowen, 2003, p. 192. O modelo apresentado por Kotler e Armstrong (2007) sugere que o consumidor, ao deparar-se com uma experiência nova de compra, passe assim como no modelo anterior, de Minor e Mowen, por cinco estágios como explana a figura abaixo: Figura 8: Processo de decisão do comprador Fonte: Adaptado de Kotler e Armsntrong, 2007 Reconhecimento da necessidade: Neste estágio o comprador reconhece uma necessidade ou um problema, que pode ser acionada quando uma ou mais necessidades expostas na pirâmide de Maslow atinge um nível intenso a ponto de tornar-se um estímulo. A necessidade também pode ter estímulos externos, tais como propagandas de marketing ou conversas informais a respeito de um produto (KOTLER; ARMSTRONG, 2007); Busca por informações: O consumidor interessado pode ou não buscar informações adicionais sobre o produto. Se o produto estiver ao seu alcance e satisfizer suas necessidades, é bastante provável que ele o compre, caso contrário, o cliente pode iniciar uma busca relacionada a esta necessidade ou até mesmo armazenar esta necessidade na 41 memória. O consumidor pode buscar informações por diversas fontes pessoais ou comerciais (KOTLER; ARMSTRONG, 2007); Avaliação das alternativas: Os compradores utilizam as informações para chegar a um conjunto final de marcas que se aproximam das suas necessidades perante um produto. Os profissionais de marketing precisam conhecer como funciona o processo de avaliação das alternativas do cliente, ou seja, qual qualidade ele preza mais mediante o tipo de produto que a empresa trabalha. Se a empresa conhece qual qualidade é mais importante para o segmento de mercado que ela trabalha, torna-se fácil influenciar sua decisão de compra (KOTLER; ARMSTRONG, 2007); Decisão de compra: A decisão de compra pode ser influenciada por atitudes dos outros (pessoas próximas ou pessoas a quem o consumidor julga importantes influenciam o comprador) ou situações inesperadas (a decisão do comprador pode ser alterada por alguma situação inesperada) (KOTLER; ARMSTRONG, 2007); Comportamento pós-compra: Após a compra, o consumidor pode experimentar um nível de satisfação ou insatisfação. Isto irá depender se o produto atingiu ou não suas expectativas, ou seja, se o produto não atinge as expectativas o consumidor fica desapontado; se atende as expectativas ele fica satisfeito; e se supera as expectativas ele fica encantado (KOTLER; ARMSTRONG, 2007). Os consumidores também passam por cinco estágios no processo de adoção de um novo produto (KOTLER; ARMSTRONG, 2007): Conscientização: O consumidor conhece o produto, no entanto tem poucas informações sobre ele; Interesse: O consumidor busca informações sobre aquele novo produto; Avaliação: O consumidor avalia se vale à pena experimentar aquele produto; Experimentação: O consumidor resolve testar o produto, para isto adquire em pouca quantidade; Adoção: O consumidor decide por fim fazer o uso total e contínuo do novo produto. 42 O profissional de marketing tem a missão de entender como o consumidor realiza o processo de compra em seu consciente (desde a chegada do estímulo externo até a decisão de compra), para assim desenvolver estratégias que influenciem o processo de tomada de decisão (GOLDSTEIN; ALMEIDA, 2000). Para Pinheiro et al (2004), a criação de estratégias eficazes de marketing deve levar em consideração as características individuais, sociais e culturais, além das influências situacionais que interferem no momento da compra. Para Andres (1996) a solução estaria na investigação, não do consumidor atual, mas o consumidor, num futuro próximo, de fazer um produto para medir suas necessidades. Segundo Vieira (2002), profissionais de áreas adversas procuram compreender melhor seu consumidor para traçar estratégias de persuasão mais eficazes, e cita como exemplo setores: Público, eleições eleitorais, instituições educacionais, programas de entretenimento, ONG’s, etc. 2.2.5 Influência no comportamento do consumidor Várias são as áreas onde os profissionais de marketing podem influenciar seus consumidores. Segundo Vieira (2002), as mais importantes a saber são áreas de influência: atitudinais, culturais, étnicas, sociais e status, pessoais, familiar e situacionais. 2.2.5.1 Influências nas Atitudes É possível dizer que influenciar as atitudes e os comportamentos dos consumidores é uma das tarefas mais fundamentais, no entanto, também das mais desafiadoras que as empresas enfrentam (ENGEL; BLACKWELL; MINIARD, 2000). As influências em atitudes ocorrem através da persuasão da “comunicação”. Nesta variável, de acordo com Vieira (2002), os principais fatores a serem levados em conta são: como é a mensagem, qual a fonte, possui ou não um endosso, possui demonstrações de produtos, possui humor, personalidade, etc. Tem-se como objetivo fazer com que o consumidor tenha uma atitude favorável com 43 a propaganda em questão e futuramente em relação ao produto ou serviço que a empresa oferece, independente do target desta ser uma mensagem comparativa entre produtos, uma mensagem afetiva, uma mensagem de apelo, de apresentação de características de produto uma mensagem de defesa, etc. Neste caso, a mensagem visará alterar uma atitude estabelecida na mente do consumidor, para outra atitude. Para Petty e Cacioppo (apud VIERA, 2002) a persuasão ou ato de induzir, convencer depende das respostas cognitivas (pensamentos) e afetivas (sentimentos) que ocorrem durante o processamento da mensagem. Portanto, ao desenvolver estratégias de comunicação os profissionais de marketing devem mensurar tanto as características do consumidor, quanto as do produto. 2.2.5.2 Influência Cultural É possível dizer que cultura faz menção a um conjunto de valores, idéias, artefatos e outros símbolos significativos que ajudam os indivíduos a se comunicar, a interpretar e a avaliar como membros da sociedade. Boone e Kurtz (1998, p. 168) definem cultura como “[...] valores, crenças, preferências e gostos passados de uma geração para outra”. Nela incluem tanto elementos abstratos (valores, atitudes, idéias, personalidade), como materiais (livros, computadores, produtos). Kaale (apud VIERA, 2002) mostrou em um estudo que a compreensão cultural pode melhorar a eficácia da venda pessoal, e descobriu que ela é útil em programas de educação em administração. A cultura tem um impacto profundo na maneira como os consumidores se percebem, nos produtos que compram e usam e nos processos de compra e nas organizações das quais compram. Existe atualmente um mercado potencial para diversas culturas existentes como as japonesas, americanas, asiáticas. Profissionais de marketing precisam ater-se aos padrões e potencialidade de consumo destes grupos. 44 2.2.5.3 Influências Étnicas Etnia é um processo que pode ser definido objetivamente com base nas características socioculturais ou, subjetivamente, com base na identificação que uma pessoa faz de si e de outros. A etnografia de grupos de consumidores busca mapear as motivações de compra a partir da tríade indivíduos-grupos de referência-produtos (JAIME JUNIOR, 2001). Para Engel, Blackwell e Miniard (2000) os padrões étnicos são as normas e valores de grupos específicos ou microculturas. Dessa forma, a Etnia consiste em um processo de identificação de grupo pelo qual as pessoas usam rótulos com base nestes conceitos, para definir a si mesma e a outros. 2.2.5.4 Influência Social e Status Classes sociais, conforme Schiffman; Kanuk (2000) são, de uma maneira simplificada, agrupamentos relativamente permanentes e homogêneos de pessoas na sociedade, permitindo que grupos de pessoas sejam comparados uns com os outros. É possível reconhecer estes grupos por terem como inferiores ou superiores outras pessoas, geralmente com base em posição econômica do mercado. Este conceito de classe social mensura uma hierarquia em que os indivíduos na mesma classe geralmente têm o mesmo grau de status, enquanto os membros de outras classes têm status maior ou menor. Pode-se afirmar que a classe social é determinada por três tipos de variáveis: econômica, de interação e política, assim cada grupo exibe valores e comportamentos característicos que são úteis para que analistas do consumidor elaborem programas eficientes de marketing. 2.2.5.5 Influência Pessoal Conforme Bearden e Etzel (apud VIEIRA, 2002) grupo de referência é toda “pessoa ou grupo de pessoas que influencia, significativamente, o comportamento de um indivíduo”. De forte foco pelas organizações está a influência pelo lado social. 45 Grupos de referência são qualquer tipo de agregação social que pode influenciar atitudes e comportamentos, incluindo (a) grupos primários (b) grupos secundários e (c) grupos aspiracionais. Quando maior a credibilidade da pessoa ou das pessoas que influenciam o grupo, maior seu impacto influenciador sobre as outras pessoas, estes líderes liberam suas experiências próprias e acabam induzindo novos usuários dos produtos. O marketing pode capitalizar recursos negativos e positivos através da influência pessoal ao “monitorar” o boca-a-boca e tentar controlá-lo quando for negativo, utilizando-se assim de um sistema defensor. 2.2.5.6 Influência Familiar e do Domicílio É possível definir por família é um grupo de duas ou mais pessoas ligadas por sangue. Nos estudos de influência familiar e de domicílio, são verificadas a importância das influências gerais (familiar), papéis dos cônjuges (maridos e esposas), emprego, filhos, dentre outros no papel de consumo. O ciclo de vida familiar (recém casados, meia idade, idosos) também é um importante item de peso significante para os estrategistas de marketing desenvolverem seus produtos e serviços. Os profissionais de marketing devem estar mais interessados nos papéis desempenhados por mulheres, homens e crianças neste ciclo (VIEIRA, 2002). 2.2.5.7 Influência Situacional Os ambientes físicos e sociais, de tempo, de tarefa e estados antecedentes – academia, clubes, ambiente de trabalho, igrejas, escola de negócios – são as características principais que abrangem uma dada situação de consumo situacional. No comportamento do consumidor, é útil considerar o impacto potencial de fatores ambientais em três áreas principais: situações de comunicação, compra e uso. A eficácia de mensagens de marketing geralmente pode depender do cenário de comunicação. 46 3 HISTÓRICO E CARACTERIZAÇÃO DA EMPRESA A empresa catarinense Akákia Cosméticos, com apenas três anos de existência, comprova que o investimento neste segmento do mercado pode gerar um bom retorno, desde que o mesmo seja bem planejado e executado. Conforme Guilherme Jacob, diretor da rede Akákia Cosméticos, em uma entrevista à Fecomércio, “o setor de cosméticos permite que você faça um baixo investimento tendo retorno rápido e garantido. Por esse motivo, a empresa cresceu rapidamente. Hoje possuímos 140 pontos-de-venda e um mix com mais de 300 produtos.” A marca Akákia Cosméticos foi lançada no ano de 2005. Desde então, vem conquistando rapidamente o mercado nacional. Em apenas dois anos foram abertas cerca de 120 franquias, fazendo com que a Akákia fosse a franquia que mais crescesse no ano de 2007. Em meados de 1999, William Andrade – sócio-diretor do quiosque Akákia do Shopping Itaguaçu localizado na rua: Gerôncio Thives, 1079 em barreiros São José, SC – interessou-se em abrir o próprio negócio. Após realizar muitas pesquisas e três anos de treinamentos no setor de micro-empresa, sentiu que poderia aplicar estes conhecimentos aliados ao capital financeiro reservado para iniciar seu novo desafio. Após dois anos de pesquisa, o setor de cosméticos apresentou índice de crescimento na média de 12% maior que outros setores varejistas, como alimentício e vestuário, por exemplo, perdendo somente para setor de varejo de informática e eletrônico. Para o ano de 2009, Willian Andrade, responsável pela loja da rede no Shopping Itaguaçu, de São José, vislumbra um crescimento de 12% em seu quiosque em relação a 2008, e em entrevista concedida à Fecomércio afirma: “Os produtos possuem uma excelente aceitação nas classes B, C e D.” O gestor considerou que o franchising da Akákia cosméticos tornou-se diferenciado de seus concorrentes no setor, como L´acqua di Fiori, Água de Cheiro e Contém 1g, devido ao projeto piloto, produtos, parque fabril, logística e marketing dedicado a sua região de origem, buscando crescimento de dentro para fora. Os principais obstáculos enfrentados no início foram as dificuldades no mercado varejista e a adequação do ponto comercial e os valores praticados por shoppings centers em todo o país. 47 A empresa tem como ramo de negócio o comércio varejista de cosméticos e seu público alvo concentra 85% da receita bruta mensal entre clientes da classe C, D, 10% entre a classe B, e 5% com plano corporativo com parceiros comerciais. Seu ponto forte é, segundo o sócio-diretor da Akákia Itaguaçú, a excelente aceitação da marca no mercado. Em contrapartida, os pontos fracos consistem no fato de a empresa, por atuar a pouco tempo no mercado, possuir algumas desvantagens e pouca competitividade em relação às concorrentes, que se mostram melhor estruturadas e já possuem seu share of mind. Para tentar minimizar os pontos fracos, a empresa faz ações de mídia cooperada entre parque fabril, franquia e franqueados, busca direcionar arte gráfica atualizada em revista, jornais, spot´s para rádio e patrocínio de eventos. A empresa prima pela qualidade no atendimento ao cliente. Por exemplo, aqueles que se mostram interessados pelo produto, as vendedoras anotam os dados para informar as novidades da loja. Quanto às técnicas de controle financeiro, a empresa recorre ao controle diário de fluxo de caixa, controle de estoque semanal, controle de contas a receber, contas a pagar, balanço financeiro, meta comercial (vendas), diária, semanal e mensal para funcionários. Quanto às metas de resultado a cada mês, as vendedoras recebem um aumento percentual de cerca de 12% em metas de vendas, em relação ao exercício do ano anterior. A empresa possui sistema definido de remuneração com base no cumprimento das metas mensais que as vendedoras recebem. A empresa Akákia mostra algumas desvantagens e pouca competitividade em relação à concorrência, que neste segmento é fortemente acirrada por atuarem a mais tempo no mercado, estarem mais bem estruturadas, mais conhecidas, possuírem maior variedade de produtos e disporem de lojas maiores no PDV Itaguaçu. A empresa não possui práticas bem definidas de recrutamento e seleção e plano de carreira. Akákia Cosméticos tem como Negócio: Fornecer os meios para que as pessoas encontrem sua verdadeira imagem; Missão: Tornar a vida das pessoas mais saudável, fazendo-as se sentirem mais bonitas, bem consigo mesmas e conseqüentemente mais felizes; Visão: Dar nossa contribuição para tornar nosso planeta um lugar cada vez melhor para se viver; e, ainda como Valores: 48 Busca constante por qualidade superior em tudo que faz e produz; Comprometimento com resultados; Trabalho em equipe; Apoio total ao franqueado, temos que ser como uma orquestra; O cliente encontrará sua imagem com a Akákia. A empresa caminha para os três anos de operação física e apresenta crescimento uniforme mensal comparado ao mesmo período do exercício anterior. 3.1 Organograma da empresa Franquia Gerência Vendedor A Vendedor B Vendedor C Figura 9: Organograma da empresa. Fonte: Autora, 2009. 3.2 Análise SWOT A aplicação da análise SWOT possibilita sistematizar todas as informações disponíveis e obter uma leitura transparente do ambiente em que a empresa esta inserida de modo a poder tomar decisões balanceadas. A sigla SWOT que indica a primeira letra das palavras Strenghts, Weaknesses, Opportunities e Threats (pontos fortes, pontos fracos, oportunidades e ameaças) é uma definição das fraquezas e fortalezas de uma empresa, bem como as oportunidades e ameaças. 49 PONTOS FORTES Excelente aceitação no mercado; PONTOS FRACOS Desestruturação; Conhecimento da estrutura de outras franquias; Falta de processos de recrutamento e seleção de funcionários e práticas de recursos humanos por tratar-se de uma empresa com apenas três funcionárias. Rapidez logística com os produtos do catálogo por serem fornecidos pelos fraqueados ao invés do franqueador; Empatia com os clientes. OPORTUNIDADES Excelente aceitação no mercado. AMEAÇAS A marca é ainda pouco conhecida; Desenvolvimento de planos de marketing. Concorrência acirrada neste nicho de mercado; Desenvolvimento de novas linhas de produtos. Treinamento para funcionários. Quadro 2: Análise SWOT Fonte: Autora, 2009. Agentes externos. 50 4 METODOLOGIA 4.1 Aspectos metodológicos Este capítulo tem a finalidade de descrever os métodos utilizados para a realização desta pesquisa. Conforme Gil (1995) é possível definir método como o caminho para se chegar a determinado fim, mais pontualmente, método científico como o conjunto de procedimentos intelectuais e técnicos adotados para se atingir o conhecimento. No item 4.2 é esclarecido o método utilizado nesta pesquisa quanto à abordagem do problema. No item 4.3 a pesquisa é classificada quanto aos objetivos do estudo. No item 4.4 é realizado o delineamento da pesquisa a fim de atingir os objetivos do trabalho. O item 4.6 refere-se à técnica de coleta de dados e explica a forma com que os dados da pesquisa foram obtidos. No item 4.7 serão esclarecidas as limitações da pesquisa. 4.2 Quanto à abordagem do problema A partir do problema de pesquisa optou-se por uma pesquisa de caráter qualitativo. Para Roesch (2005), a pesquisa qualitativa utiliza seus métodos de coletas e análise de dados para uma fase exploratória da pesquisa. De acordo com Oliveira (2001, p. 117): As pesquisas que se utilizam da abordagem qualitativa possuem a facilidade de poder descrever a complexidade de uma determinada hipótese ou problema, analisar a interação de certas variáveis, compreender e classificar processos de mudança. Deste modo, a abordagem qualitativa foi escolhida porque a presente pesquisa utilizará recursos com perguntas exploratórias, onde a população pesquisada poderá descrever a sua opinião sobre o assunto em estudo. A pesquisa 51 preocupa-se com a qualidade das respostas coletadas, para poder descrever o referente problema da Akákia do Shopping Itaguaçu. 4.3 Quanto aos procedimentos técnicos Quanto ao delineamento, a pesquisa será um estudo de caso, a fim de atingir os objetivos do estudo. Conforme Gil (2002, p. 54), o estudo de caso “durante muito tempo foi considerado um procedimento pouco rigoroso, que serviria apenas para estudos de natureza exploratória.” No entanto, o próprio Gil acrescenta com uma citação: “Hoje, porém, é encarado como o delineamento mais adequado para investigação de um fenômeno contemporâneo dentro de um contexto real onde os limites entre fenômeno e contexto não são claramente percebidos” (YIN, apud GIL 2002, p. 54). De acordo com Vergara (1998), o estudo de caso pode ser efetuado em campo ou não e constitui-se em caráter de detalhamento e profundidade. 4.4 Delimitação do universo pesquisado De acordo com Vergara (1998, p. 18), “população é um conjunto de elementos (empresas, produtos, pessoas, por exemplo) que possuem as características que irão ser objeto de estudo.” De acordo com Marconi e Lakatos (1999, p. 43), “amostra é uma porção ou parcela, convenientemente selecionada, do universo (população), é um subconjunto do universo.” A técnica de amostragem utilizada na pesquisa foi a não probabilística, que segundo Malhotra (1999), não usufrui de seleção aleatória, confia no julgamento do pesquisador. Conforme Barbetta (2006), as técnicas de amostra não probabilística procuram gerar amostras que, de alguma forma, representem razoavelmente bem a população de onde foram extraídas. O tipo de amostra não probabilística escolhida foi amostragem por julgamento. Como afirma Pinheiro (PINHEIRO; CASTRO; SILVA, 2004), neste tipo de amostra existe uma seleção de membros da população que apresentam as 52 melhores perspectivas de fornecer as informações procuradas, da maneira mais precisa possível. Complementando, Barbetta (2006) ressalta que os elementos escolhidos pela amostragem por julgamento são aqueles que melhor representam o tipo da população que se pretende estudar. No caso desta pesquisa, como trata de um grupo de foco, foram selecionadas seis clientes entre 16 e 47 anos, como mostra o quadro abaixo, que já efetuaram algum tipo de compra na Akákia do shopping Itaguaçu. Para preservar a identidade das participantes será divulgado apenas o primeiro nome como mostra o quadro abaixo: NOME IDADE ESCOLARIDADE PROFISSÃO Albertina 47 anos Graduada em pedagogia pela UFSC, com especialização em psicopedagogia clínica e institucional Diretora de escola de ensino fundamental (escola municipal de São José) Bruna 19 anos Superior incompleto (Publicidade e propaganda) Assistente de atendimento Francini 17 anos 2º grau completo - Luana 17 anos 2º grau completo estagiária Nathany 16 anos 2º grau incompleto (cursando) - Thaise 22 anos Superior incompleto (Administração) Auxiliar administrativo (pósvenda) Quadro 3: Participantes do grupo de foco Fonte: Elaboração da Acadêmica Conforme Pinheiro et al (2004) trabalhar com grupos homogêneos em uma amostra de pesquisa qualitativa garante que se identifique características do público alvo da empresa. 53 4.5 Quanto às técnicas de coleta e análise de dados Para que fosse possível alcançar os objetivos específicos, foi escolhido como instrumento de coleta de dados o grupo de foco. Como afirma Kotler, (2009, p.120) “grupo de foco é uma reunião de seis ou mais pessoas convidadas para passar algumas horas com um monitor habilitado, para discutir um produto, serviço, uma organização ou outra entidade de marketing.” Corroborando Pinheiro et al ,(2004) afirma que amostra deste tipo de pesquisa são pequenas e selecionadas a partir de critérios do pesquisador. Para Daud e Rabello (2007, p.57) grupo de foco “é uma das técnicas qualitativas mais empregadas para fazer avaliações prévias sobre os desejos dos consumidores e suas expectativas em relação aos serviços propostos pelas empresas.” Kotler (2009, p.120) sustenta que grupos de foco “são uma excelente maneira de investigar novas idéias, opiniões e os sentimentos do consumidor.” Como afirma Pinheiro et al (2004), o propósito não é conferir a representatividade dos resultados contudo, garantir que estes sejam profundos na compreensão do consumidor. A análise foi feita por meio de análise de conteúdo, em uma primeira etapa foi realizada a transcrição dos dados coletados, para facilitar a compreensão por parte dos leitores, a análise horizontal, ou codificação dos dados foi confeccionada abaixo de cada etapa de perguntas, nesta análise foi comparada a opinião das participantes acerca do tema abordado. Em seguida foi realizada a análise vertical, onde se buscou a opinião individual de cada participante. Na terceira etapa, por meio da análise horizontal e vertical, fixou-se a análise geral da pesquisa para que fosse possível atingir os objetivos da pesquisa. 4.6 Limitações da pesquisa Apesar da austeridade utilizada, a pesquisa em questão apresentou algumas limitações. 54 Um fator limitador deve-se a dificuldade de encontrar pessoas dispostas a participar de grupos de foco. Também dificultou à pesquisa, a falta de bibliografia na biblioteca do USJ. Apesar de estas limitações terem dificultado o processo de coleta de dados, o resultado das análises não foi alterado. 4.7 Descrição e análise de dados As informações coletadas no grupo de foco foram tratadas no presente capítulo com análise de conteúdo. Para facilitar o entendimento, retoma-se a teoria inicial que serviu de modelo para o grupo de foco. Figura 10: Modelo de Estímulo e Resposta. Fonte: Kotler (2000) Observa-se que os fatores diagnosticados no grupo de foco foram subdivididos no roteiro apêndice A conforme o modelo de Kotler (2000) e a bateria de perguntas foram estabelecidos da seguinte forma: estímulos, outros estímulos, características, processo de decisão. Ao final de cada bateria de perguntas foi realizada a análise horizontal dos dados. Ao fim da transcrição e da análise horizontal, tem-se a análise vertical e análise geral. 55 4.7.1 Os Estímulos Os estímulos de marketing se subdividem em produtos e serviços, preço, distribuição e comunicação. 4.7.1.1 Produtos PERGUNTA DO ROTEIRO 1) Quais produtos conhece? RESPOSTAS Akákia você Albertina: “Só o creme hidratante”. Bruna: “Creme hidratante e desodorante corporal”. Thaise: “Creme hidratante”. Francini: “Creme hidratante, parte da linha de maquiagem e desodorante corporal”. Luana: “Creme hidratante”. Nathany: “Creme hidratante e parte da linha de maquiagem”. 2) Qual a linha de produtos que você acredita que a Akákia trabalha? Albertina: “Com uma linha de produtos natural”. Bruna: “Com cosméticos em geral”. Thaise: “Linha de cosméticos”. Francini: “Maquiagem, Cométicos!” 3) Quais seus produtos preferidos ?Por quê? hidratante [...] Bruna: “Hidratante de morango”. Thaise: “Eu gosto da linha Crazy”. Albertina: “Eu já usei o hidratante de morango e um que eu acredito que seja de pêssego ou pêra, um mais clarinho.” Nathany: “Hidratante de morango.” Francini: “Eu gosto bastante das maquiagens. A sombra é muito boa e o lápis de olho também.” 4) Quais produtos mais? Por quê? você compra Em geral, as participantes compram mais creme hidratante. 5) Quantos produtos diferentes você já comprou? As participantes já experimentaram os hidratantes, algumas já compraram o desodorante corporal e utilizaram algumas maquiagens. 56 PERGUNTA DO ROTEIRO 6) Qual sua opinião em relação a aparência dos produtos? Por quê? RESPOSTAS Bruna: “Chama minha atenção porque eu gosto muito da parte de cosméticos e sempre que eu passo por lá acabo levando alguma coisa. É vício já. A embalagem está mais colorida e acaba chamando a atenção mesmo, por causa das cores.” Thaise: “E também porque a loja está num lugar onde tu passas bastante e acaba dando uma olhadinha né. Até pela disposição dos produtos em cima do balcão, que se torna mais fácil, tu vai sente o cheiro e tal. Eu acho que pode mudar só o Splash, porque o selo dele acaba perdendo a cor e tu não sabes mais qual é”. Albertina: “Eu gosto das embalagens de presentes, eles sempre têm alguma coisa que inova, mas inovar sempre tem que inovar, se adequar ao comércio, a população que ela tem, sempre tem que se adequar toda a vida. Então melhorar sempre tem, adequar, às vezes entrar mais na linha dos produtos naturais, marketing em cima disso, isso chama a atenção. O produto chama a atenção porque está em espaço público né, então a gente passa, acaba olhando e o aroma está ali, então a gente acaba pegando ainda, como diz a minha companheira do lado, acaba se viciando nos cheiros e nas cores. Então como chama a atenção a gente acaba parando, perguntando, experimentando e levando né, por estar ali exposto, por ser acessível também.” Luana: “O design é bom, acho que é legal. Chama a atenção.” Francini: “A embalagem está mais bonitinha, eu já percebi isso.” Nathany: “Acho que chama mais atenção.” Thaise: “É mais fácil se tu tens um tipo de creme e se a embalagem for bem diferenciada tu já logo naquele. Se a embalagem for toda branca, tu vai ficar pensando qual era aquele creme.” 7) Qual sua opinião em relação a qualidade dos produtos? Por quê? Todas aprovam a qualidade dos produtos que já experimentaram. 8) Você sente de falta algum produto ou alguma linha de produtos para a Akákia?Por quê? Francini: “Eu acho que eles deviam divulgar mais os perfumes deles, os perfumes não são muito conhecidos. Eu não conheço ninguém que tenha um perfume da Akákia. Eu acho que só na parte que a dona Albertina já tocou, 57 PERGUNTA DO ROTEIRO RESPOSTAS dos produtos naturais.” Luana: “É, saber como eles trabalham com essa parte do natural”. Bruna: “É, o natural é uma parte que até aumentaria as vendas deles né, porque tem gente que só pode usar esse tipo de produto.” Nathany: “Só o que já foi citado.” Thaise: “Como eu não conheço muito a linha fica difícil, talvez o que eu sinta falta já tenha, eu conheço o hidratante só. Mas eu acho interessante se tivesse pra estética, tipo pra espinhas, sabe? Eu não sei se eles trabalham com esse tipo de produto, então eu achava que era uma área legal e que tem bastante oportunidade no mercado.” Quadro 4: Descrição de Dados - Produtos Fonte: dados coletados na pesquisa Os fatores considerados na análise de dados como preponderantes foram: o creme hidrante foi o produto mais citado. Sendo assim, a empresa poderia utilizar maior divulgação nas demais linhas de produto como maquiagem e perfumes, pois todos os participantes sabem do trabalho em cosméticos geral, mas só conhecem os hidratantes. Percebe-se que a conseqüência do conhecimento singular em hidrantes trouxe a preferência da maioria pelo produto hidrante como consta na pergunta 3. 4.7.1.2 Preço O segundo assunto abordado dentro dos estímulos de marketing foram os preços dos produtos. PERGUNTA DO ROTEIRO RESPOSTAS 9)Qual sua opinião em relação aos preços dos produtos? Albertina: “Em relação a essas lojas que são especializadas em produtos de beleza, cosméticos, essas coisas, a Akákia tem um preço que é mais acessível. Por exemplo, há uns quinze dias atrás, a minha sobrinha foi pro shopping e ela foi pra Akákia, até por causa de quesito, o preço dela. A qualidade do material é boa e o preço é acessível.” Bruna: “Na comparação com as outras marcas realmente tu acabas notando que o preço é bem 58 PERGUNTA DO ROTEIRO RESPOSTAS mais acessível pras pessoas. Um produto bom por um preço bom.” Luana: “Eu acho que condiz com o produto. É um produto bom e o preço está dentro do orçamento.” Nathany: “Acho que está bem mais acessível. “ Thaise: “Eu concordo com as minhas colegas também, o preço é bem acessível e o produto é de boa qualidade.” Francini: “Eu acho que na verdade a Akákia só perde em divulgação, porque O Boticário é muito mais conhecida porque tem muito mais divulgação.” Thaise: “Tem uma história já né.” Francini: “Aham.” Thaise: “O Boticário tem já uma tradição no mercado, a Akákia é recente. Eu conheci a Akákia tem uns dois anos só.” Francini: “Eu também, tem bem pouco tempo.” 10)Você se sente satisfeito em relação a eles? Em relação aos preços estão todas satisfeitas, mas há ressalvas. Albertina: “Isso não quer dizer que não possa ter promoções.” Francini: “Uma promoção é sempre muito agradável.” 11)Você considera os preços dos produtos da Akákia um diferencial em relação à concorrência? Por quê? Todas concordam que os preços da Akákia são um diferencial em relação a concorrência. Thaise: “Querendo ou não o bolso sempre pesa um pouquinho.” Albertina: “Tem que ver uma qualidade e o custo também. Se existe uma qualidade igual e um produto duplicado no valor, é claro a gente tem que correr. O que vai prender, como as meninas já comentaram, é uma divulgação maior da Akákia.” Francini: “Uma coisa mais chamativa, quem prenda mais a atenção dos clientes.” Luana: “É, acho que falta divulgação [...]” Francini: “Eu não sei, nunca reparei, mas acho que não tem propagando televisiva da Akákia, né?” Todas conhecem mais a Akákia por freqüentar o shopping e por indicação de amigos. 59 PERGUNTA DO ROTEIRO RESPOSTAS 12)Quanto você costuma gastar em lojas de cosméticos? Todas gastam em torno de R$50,00 em cada visitação Quadro 5: Descrição de Dados - Preço Fonte: dados coletados na pesquisa A análise deste item sugere que as clientes estão dispostas a pagar o preço que o vendedor pede. Sugere também que o preço pode ser considerado um diferencial mercadológico, por ser mais baixo que os produtos concorrentes como apontam as entrevistadas, e pelos produtos serem de qualidade. Logo, tem-se a vantagem custo versus benefício. Como mostra os relatos: Thaise: “Querendo ou não o bolso sempre pesa um pouquinho.” Albertina: “Tem que ver uma qualidade e o custo também. Se existe uma qualidade igual e um produto duplicado no valor, é claro a gente tem que correr. O que vai prender, como as meninas já comentaram, é uma divulgação maior da Akákia.” Bruna: “Na comparação com as outras marcas realmente tu acabas notando que o preço é bem mais acessível pras pessoas. Um produto bom por um preço bom.” Luana: “Eu acho que condiz com o produto. É um produto bom e o preço está dentro do orçamento.” Nathany: “Acho que está bem mais acessível. “ Thaise: “Eu concordo com as minhas colegas também, o preço é bem acessível e o produto é de boa qualidade.” 4.7.1.3 Ponto de venda O próximo item dentro dos estímulos de marketing questiona as entrevistadas sobre o ponto de venda. 60 PERGUNTA DO ROTEIRO RESPOSTAS 13)Qual sua opinião em relação á aparência do quiosque Akákia do shopping Itaguaçú? Por quê? Thaise: “Eu acho bem legal, porque é num lugar bem centralizado, é perto da escada.” Bruna: “Onde quer que tu estejas, vas passar por ali.” Albertina: “Perto de uma escada e de uma saída de praça de alimentação” [...] Thaise: “É bem no centro, é aberto e tu não tens que entrar na loja, tua passas por ali e acabas olhando. Numa loja tu só vai com a intenção de comprar, como é um quiosque tu passas ali e vê”. Albertina: “Eu só penso que dificuldade do quiosque é pra quem trabalha, quando eu passo ali e vejo as meninas ou os meninos, a pessoa que está ali na hora, a dificuldade do quiosque. Pra quem compra é bom, pra quem trabalha tem que termais, de repente trabalhar sempre de dois, eu não sei como está hoje. Nas vezes que eu fui, geralmente, só tinha uma pessoa atendendo.” Francini: “Eu acho, às vezes, até por causa do espaço que eles têm, que é pequeninho. Eu já vi algumas vezes ter muito cliente e ter pouco espaço pra dispor os produtos ou pessoa pra mostrar os produtos.” Albertina: “É e acaba perdendo né, porque se a gente passa e vê que tem um pessoal mais disponível pro atendimento é mais fácil tu parar, até num sorriso num ‘bom dia’ ou ‘boa tarde’ tu acabas parando. Já teve dias de eu não parar porque já tinha muita gente pra ser atendido e eu acabei passando.” 14)Em relação ao design do quiosque Luana: “Eu acho legal, não sei” [...] Albertina: “O que tem que chamar a atenção é o produto.” Thaise: “Ele é neutro, é claro, é bom porque chama atenção pro produto, se fosse uma coisa toda colorida ia tirar o foco.” 15)O quê melhorar? na sua opinião pode O citado nas questões anteriores. 16)Qual a sua opinião em relação a localização da loja dentro do shopping Itaguaçú? A localização é satisfatória para todas. 17)Você acha que sua localização facilita para que as pessoas conheçam a marca e os produtos? Albertina: “Melhor do que uma loja. Principalmente se é um espaço fechado, um espaço onde tem outras lojas, a questão de estar ali no meio se torna mais interessante.” 61 PERGUNTA DO ROTEIRO RESPOSTAS Thaise: “E é num lugar bem no centro né.” Albertina: “Num shopping, às vezes em lojas que tem conveniência né, por exemplo, o Angeloni que tem várias lojas de conveniência dentro daquele espaço e é um espaço que tem uma visitação grande. Eu penso que pra Akákia tem uma linha de produtos mais populares, então ocupar esses espaços talvez seja mais interessante. Facilita pra eles.” 18)Você acha que o quiosque poderia Albertina: “Maior!” estar mais destacado dentro do Todas concordam e é acrescentado: shopping? Por quê? Como? Thaise: “Talvez se tivesse uma pessoa lá distribuindo amostras, tipo igual a Boticário ‘ Ah, conheça o novo produto!’ pras pessoas que passassem, acho que já era uma forma de chamar pessoas.” Albertina: “Uma divulgação na loja! Brinde todo mundo gosta de ganhar, desde um lápis de maquiagem ou um lápis de escrever mesmo, todo mundo gosta e se tu levar um brindezinho tu olhas e pensa ‘poxa olha só que legal, recebi tal coisa. Vou lá de novo.’, quer dizer, é questão de troca também, acaba virando troca. Se não pode ser fora, pode ser no próprio balcão.” 19)De maneira geral você acha que o Todas concordam que a localização e a facilidade ponto de venda contribui para que o de acesso despertam o interesse do cliente. cliente desperte interesse pelos produtos? Por quê? 20)Algo pode melhorar? Além do fato de que poderia ser maior e ter mais gente disponível para o atendimento [...] Thaise: “Eu acho que eles devem se programar melhor em épocas de finais de ano, épocas que aumentam as vendas, porque eu fui lá perto do natal e não tinham dois produtos que eu precisava, estava em falta. Acho que eles deviam se programar nessas datas, aumentar os estoques. Os produtos eram o hidratante de morango e o Crazy.” Quadro 6: Descrição de Dados – Ponto de Venda Fonte: dados coletados na pesquisa Em relação ao ponto de venda, as clientes demonstram satisfação enquanto a localização dentro do shopping Itaguaçu, pois julgam facilitar a visualização do quiosque e dos produtos. Também apontam a vantagem do quiosque pela casualidade, as pessoas passam, visualizam com mais facilidade, e como os produtos estão mais acessíveis 62 dispostos e cima do balcão sentem-se à vontade para experimentar. No entanto as clientes julgam o espaço físico pequeno e inadequado para a demanda que possui. Não há a necessidade de migrar para uma loja convencional dentro do shopping Itaguaçu, pois as clientes citaram muitas vantagens da localização e do quiosque, a empresa poderia mudar o layout e investir em um quiosque maior. 4.7.1.4 Promoção O próximo item dentro dos estímulos de marketing questiona as clientes sobre promoção. PERGUNTA DO ROTEIRO RESPOSTAS 21)Como Akákia? Bruna: “Por indicação de amigo.” você ouviu falar da loja Albertina: “Passando em frente.” Luana: “Indicação de amigo.” Francini: “Indicação também.” Thaise: “É falta publicidade mesmo. Eu foi passando na frente e parei pra dar uma olhada.” Albertina: “Chamou a atenção, né? É engraçado, outro dia eu estava passando e ‘Ó, aqui tem uma loja!Que legal!’ e de repente parei ali e naquele dia já levei um creme.” 22)Você percebe as lojas Akákia na mídia? Como? A maioria não notou a Akákia na mídia. Albertina: “Eu em uma revista outro dia num consultório médico. Mas uma revista é algo muito limitado, porque se ela está fechada ninguém vê. Então eu folhei uma revista e vi ‘Ó a loja do shopping está aqui!’, mas achei pouco ali, não sei se existe custo, se alie mais caro ou mais barato.” Thaise: “Eu só por amigas mesmo, divulgação na mídia eu nunca vi.” 23)Você se sente interessada com este tipo de propaganda ou para você é indiferente? Thaise: “Eu acho legal, porque se a pessoa gostou e está indicando é porque é bom.” Francini: “É, eu acho que a indicação de um amigo nunca é ruim. É mais confiável, do que uma propaganda, porque é uma pessoa que tu conheces e está te afirmando que aquele produto é bom.” Albertina: “Já deve ter usado.” Luana: “Se a pessoa recomenda porque deve 63 PERGUNTA DO ROTEIRO RESPOSTAS ser bom mesmo.” Albertina: “Por isso que os amigos devem ser bem tratados quando vão na Akákia, porque cada pessoa bem tratada vai chamando mais uma amiga.” 24)Qual sua opinião em relação a divulgação da loja em sites de relacionamento, tais como: orkut,twitter, facebook etc? Por quê? Nenhuma das participantes viu tal divulgação da marca, mas acham interessante esse tipo de mídia pela facilidade e pela abrangência. Uma loja virtual era uma boa idéia, de acordo com elas. 25)Você costuma falar bem de lojas que você foi bem atendido para os amigos? Todas respondem que sim, com execeção da Thaise. Thaise: “Não, quando eu sou mal atendida eu falo, quando eu sou bem atendida dificilmente, só se a pessoa me perguntar.” Nathany: “Claro, comento. O bom atendimento é essencial, se tu vais numa loja e és mal atendido não dá mais nem vontade de voltar.” Luana: “Só se alguém perguntar aí eu digo ‘Não, gostei sim!’, agora quando é mal atendido a gente fala.” 26)E quando é mal atendido o quê você faz? Nenhuma delas comunica o gerente, mesmo achando que deviam. Luana: “Eu faço a jura de não voltar, mas aí eu acabo esquecendo e volto. A gente esquece mesmo.” Thaise: “Só se for uma loja que tu não tens opção né, se tens opção de ir em outro lugar, vai no outro.” Francini: “Ou então quando tu gostas muito do produto daquela loja. Eu já fui em lojas de calçados, por exemplo, que eu não gostei do atendimento, mas eu passo por aquele loja e vejo um sapato que eu não vejo nas outras lojas, então eu acabo indo naquela loja de novo.” Albertina: “O diferencial é muito importante.” 27)Se alguém fala mal de uma loja, ou do Thaise: “Se tu for tu já vai com uma má atendimento de uma loja para você, você impressão.” vai conhecê-la mesmo assim? Por quê? Francini: “Já vai com receio.” Luana: “Receosa. Se alguém fala mal de uma loja eu nem vou, não me dou o trabalho.” Francini: “Eu também. Eu evito de ir pra não passar pela mesma coisa que aquela pessoa passou.” 64 28)Para você o que importante:Propaganda na recomendação de amigos? é mais Thaise: “Propaganda na TV tu consegue englobar TV ou mais pessoas né, todo mundo vai ter aquela informação, só que de amigos é mais forte pra ti, se um amigo teu fala que um produto é bom tu vai bem mais confiante do que com uma propagando de TV, só que ela é mais limitada né.” Albertina: “Eu concordo com a Thaise. Eu acho que a propaganda da TV fica muito melhor se vier associada ao comentário de uma pessoa que está do lado da gente ‘Ah, eu já fui lá! Foi legal!’, então sozinho os dois são limitados.” As demais concordam. 29)Qual sua opinião em relação cartões fidelidade de lojas? Por quê? a Albertina: “Isso pega! Porque quando a gente vê, a gente acaba se condicionando aquele cartão pela facilidade que ele traz, de parcelamento, na forma de pagamento, na forma de atendimento.” Nathany: “Pra mim é indiferente [...] Claro que é melhor, mas eu não vou deixa de ir numa loja porque não tem isso.” Francini: “Pra mim é indiferente porque eu não uso, quem usa é a minha mãe, até porque eu não trabalho. Então, se pra mãe for melhor, eu vou acabar freqüentando mais aquela loja porque é melhor pra quem paga pra mim.” Luana: “Mas eu acho que acaba chamando a atenção, porque parece que é uma confiança da loja na gente.” Se tiverem duas lojas, uma que tem cartão e outra que não possui, todas concordam que vão à que tem o cartão. Quadro 7: Descrição de Dados - Promoção Fonte: dados coletados na pesquisa As participantes conhecem a loja por indicação de amigos, ou porque passaram pela frente e resolveram conferir. Com exceção de Albertina nenhuma delas percebeu a Akákia na mídia. Nota-se na questão 22 que a indicação de amigos faz com que as entrevistadas sintam-se confiantes em relação ao produto que pretendem comprar, embora não descartem que outros tipos de propagandas sejam válidos. Foi percebido que para elas o ideal seria aliar um tipo de mídia que atingisse maior alcance, com a indicação de amigos. Como mostra o relato de Thaise: “Propaganda na TV tu consegue englobar mais pessoas né, todo mundo vai ter aquela informação, só que de amigos é mais forte pra ti, se um amigo teu fala que um 65 produto é bom tu vai bem mais confiante do que com uma propagando de TV, só que ela é mais limitada né.” As participantes consideram bastante interessante o uso de sites como Orkut, Facebook etc, como fonte de divulgação, com exceção de Albertina que é indiferente por não utilizar estes sites. Nota-se que este tipo de propaganda atrai públicos mais jovens. Quando mal atendidas em determinado estabelecimento, nenhuma das entrevistadas reclama com a gerência, se tiver outra opção de conseguir o produto não retornam àquele lugar. E quando há oportunidade, comentam a experiência negativa com amigos. Fato que surte efeito negativo para a imagem de um estabelecimento, pois quando questionadas sobre o quê fazem se por ventura algum amigo expõe suas experiências negativas em relação ao atendimento de uma loja, por exemplo, a reação de todas foi de evitar ao máximo ir até àquele local. Quando questionadas sobre o uso de cartões fidelidade, todas as participantes concordam que entre uma loja com cartão e outra sem, optam por comprar na que oferece o cartão fidelidade em virtude dos benefícios atrelados a ele. Como mostra os relatos: Albertina: “Isso pega! Porque quando a gente vê, a gente acaba se condicionando aquele cartão pela facilidade que ele traz, de parcelamento, na forma de pagamento, na forma de atendimento.” Nathany: “Pra mim é indiferente [...] Claro que é melhor, mas eu não vou deixa de ir numa loja porque não tem isso.” Francini: “Pra mim é indiferente porque eu não uso, quem usa é a minha mãe, até porque eu não trabalho. Então, se pra mãe for melhor, eu vou acabar freqüentando mais aquela loja porque é melhor pra quem paga pra mim.” Luana: “Mas eu acho que acaba chamando a atenção, porque parece que é uma confiança da loja na gente.” Se tiverem duas lojas, uma que tem cartão e outra que não possui, todas concordam que vão à que tem o cartão. 66 4.7.1.5 Econômico A próxima seqüência de perguntas questiona as clientes sobre estímulos econômicos. PERGUNTA DO ROTEIRO RESPOSTAS 30)Você acha que promoções em datas comemorativas como natal, dia das mães, dia dos namorados despertam a curiosidade dos clientes? Como por exemplo? Por quê? Albertina: “É época de dar presente né, de dar e receber também.” Todas concordam. Questionadas sobre embrulhos e sacolas decorativas, se estas são um diferencial ou não, elas respondem: Francini: “É um diferencial sim! Porque chama mais atenção, se torna mais bonito [..].” Albertina: “E às vezes uma embalagem bem montada, ela vende muito melhor do que o conteúdo bem feito, porque muitas vezes a gente vai pra um evento, vai numa festa e se a gente não conhece, principalmente, se a gente chega com uma embalagem bonita não importa o que tem dentro, tu entregas e ficas bem na foto. E tem embalagens que são reaproveitáveis também e a gente acaba passando aquela embalagem pra frente com outro conteúdo.” Todas concordam. 31)Quais formas de pagamento você costuma utilizar? Por quê? Em geral, cartão de débito ou em espécie. 32)Quais facilidades de pagamento em sua opinião não podem faltar em uma loja?Por quê? Luana: “Aquele descontinho quando é à vista.” Francini: “Desconto à vista é sempre bom!” Albertina: “A questão dos cartões né, o cartão fidelidade, acho que isso é uma coisa interessante porque facilita, não tem renovação de cadastro, não tem nada, tu já estás com ele ali, ele já te analisa mais rápido, mais fácil né. E geralmente quando a gente vai pra esses lugares a gente sempre está com horário né, essas facilidades na forma de pagamento são interessantes.” Quando questionadas sobre a compra num valor mais alto, por exemplo R$200,00, todas concordam que o parcelamento é viável, em cheque ou cartão de crédito. Quadro 8: Descrição de Dados - Econômico Fonte: dados coletados na pesquisa 67 Nota-se, em relação à pergunta de número 30, que datas comemorativas despertam interesse por ser motivo de dar e receber presentes, sendo assim, as pessoas estão à procura de algo para comprar. De acordo com as respostas coletadas, percebe-se que as embalagens são importantes nestas datas por chamar a atenção dos clientes que compram que consideram um diferencial na expectativa de agradar os clientes que serão presenteados. Como mostra o relato de Albertina: “A questão dos cartões né, o cartão fidelidade, acho que isso é uma coisa interessante porque facilita, não tem renovação de cadastro, não tem nada, tu já estás com ele ali, ele já te analisa mais rápido, mais fácil né. E geralmente quando a gente vai pra esses lugares a gente sempre está com horário né, essas facilidades na forma de pagamento são interessantes.” As entrevistadas costumam pagar com cartão débito ou em espécie. Quando questionadas sobre facilidades de pagamento, duas participantes ressaltam a importância do desconto à vista, as demais demonstram concordar. Albertina lembra a importância do cartão fidelidade, por em alguns tipos de cartão fidelidade ser mais práticos na hora do pagamento, tendo em vista que muitas vezes os clientes têm pressa. 4.7.1.6 Tecnológico A próxima seqüência de perguntas questiona as clientes sobre estímulos tecnológicos. PERGUNTA DO ROTEIRO RESPOSTAS 33)Você acredita que produtos que prometem acabar com rugas, diminuir celulites, acabar com a flacidez, de fato dão resultados?Por quê? Luana: “Eu usei um para estrias. Não senti resultado. Falava que era pra tirar estrias, mas isso não existe né, eu fui enganada. Eu sabia que não saía, mas a propagando dela dizia.” Bruna: “Eu já usei um creme redutor de celulites, mas, assim, resultado [...] Não notei! Usei como mandava a especificação tudo certinho, mas não dá!” Albertina: “Nunca usei, ainda!” Thaise: “Eu, a minha mãe, minha irmã [...] Todo mundo já usou anticelulite! Eu notei uma pequena diferença, mas eu acho que foi porque eu estava fazendo exercício físico também, acho 68 PERGUNTA DO ROTEIRO RESPOSTAS que isso associou e ajudou um pouquinho. Mas a diferença foi mínina, acho que nem foi tanto pelo creme, acho que mais por mudança de hábitos. Só que não é uma coisa muito visível. Acho que não vale a pena.” Nathany: “Nunca usei.” Francini: “A mãe usa creme antiidade, quando ela usa certinho, porque a mãe tem uma certa dificuldade em manter o tratamento, mas quando ela usa certinho, geralmente dá uma amenizada, a pele fica mais bonita, ele até diminui umas manchas que a mãe tem no rosto, porque a mãe dá muitas manchas na pele, mas se ela parar não vai dar certo. Pra mãe e pra minha tia que revende é bom, funciona! Vale à pena. Eu não recomendaria porque não sou eu quem usa, mas a mãe recomenda.” 34)Você acha importante atribuir tecnologia a cosméticos ou prefere produtos mais naturais? Por quê? Albertina: “Eu acho que a gente vive num mundo onde a gente ingere por tudo quanto é lado esse produto que é o artificial, eu acho assim, claro, com essa incidência de câncer, quanto mais natural, quanto menos maléfico for pra saúde, melhor. É claro que a tecnologia hoje de cosméticos está muito avançada, eles também fazem teste, mas eu ainda acredito, quando a propaganda é ‘feito com oléo de jaburiti’, me chama atenção. Eu ainda acredito que dentro da linha de produtos naturais ainda tem muita coisa pra ser explorada.” Francini: “Eu acredito que o natural faz mais bem que o artificial, mesmo que o artificial seja antitudo, o natural sempre vai agregar mais benefícios pra pele e pra qualquer outra coisa que formos usar.” Foi feito um link questionando de as entrevistadas associam tecnologia a doenças da atualidade como câncer, por exemplo: Luana: “Acho que associa.” Albertina: “Pode até ser uma propaganda enganosa, mas, no mundo em que a gente vive, essa questão do artificial ainda está um pouco mais longe. E eu ainda acredito, acho que quanto mais a gente conseguir voltar ao usar mais o natural, eu acredito que seja melhor.” Thaise: “Quando o produto promete muitas coisas tu crias uma expectativa.” Quadro 9: Descrição de Dados - Tecnológico Fonte: dados coletados na pesquisa Nesta bateria de perguntas, nota-se que estímulos tecnológicos não são populares dentre as entrevistadas. A entrevistada Luana revela ter sentido enganada 69 ao utilizar um produto que prometia eliminar estrias : “Eu usei um para estrias. Não senti resultado. Falava que era pra tirar estrias, mas isso não existe né, eu fui enganada. Eu sabia que não saía, mas a propaganda dela dizia.” Bruna acrescenta que utilizou um produto que prometia diminuir celulites e não obteve o resultado esperado: “Eu já usei um creme redutor de celulites, mas, assim, resultado [...] Não notei! Usei como mandava a especificação tudo certinho, mas não dá!”. Thaíse também já utilizou este tipo de produto e também não recomenda: “Eu, a minha mãe, minha irmã [...] Todo mundo já usou anticelulite! Eu notei uma pequena diferença, mas eu acho que foi porque eu estava fazendo exercício físico também, acho que isso associou e ajudou um pouquinho. Mas a diferença foi mínina, acho que nem foi tanto pelo creme, acho que mais por mudança de hábitos. Só que não é uma coisa muito visível. Acho que não vale a pena.” Nathany e Albertina nunca utilizaram este tipo de produto. A única ressalva é o relato de Francini: “A mãe usa creme antiidade, quando ela usa certinho, porque a mãe tem uma certa dificuldade em manter o tratamento, mas quando ela usa certinho, geralmente dá uma amenizada, a pele fica mais bonita, ele até diminui umas manchas que a mãe tem no rosto, porque a mãe dá muitas manchas na pele, mas se ela parar não vai dar certo. Pra mãe e pra minha tia que revende é bom, funciona! Vale à pena. Eu não recomendaria porque não sou eu quem usa, mas a mãe recomenda.” Quando questionadas se consideram importante atribuir tecnologia a produtos de beleza, todas rejeitaram a idéia, Albertina relata: “Eu acho que a gente vive num mundo onde a gente ingere por tudo quanto é lado esse produto que é o artificial, eu acho assim, claro, com essa incidência de câncer, quanto mais natural, quanto menos maléfico for pra saúde, melhor. É claro que a tecnologia hoje de cosméticos está muito avançada, eles também fazem teste, mas eu ainda acredito, quando a propaganda é ‘feito com oléo de jaburiti’, me chama atenção. Eu ainda acredito que dentro da linha de produtos naturais ainda tem muita coisa pra ser explorada.”[...] “Pode até ser uma propaganda enganosa, mas, no mundo em que a gente vive, essa questão do artificial ainda está um pouco mais longe. E eu ainda acredito, acho que quanto mais a gente conseguir voltar a usar mais o natural, eu acredito que seja melhor.” Todas as demais compartilham desta opinião. 70 Notou-se nesta bateria de perguntas receio das entrevistadas em relação a junção das palavras “tecnologia” e “cosméticos”, pelas respostas coletadas as participantes associam tecnologia a doenças da atualidade tais como os vários tipos de câncer. 4.7.1.7 Político A próxima seqüência de perguntas questiona as clientes sobre estímulos políticos. PERGUNTA DO ROTEIRO RESPOSTAS 35)Você acredita que o uso indevido de matérias-primas possam atribuir uma imagem negativa a marca Akákia? Francini: “Acho que se prejudica o meio ambiente fica um pouco feio pra marca Akákia sim. Depende de como a Akákia trabalha. A Natura é uma marca que foca na sustentabilidade, talvez seja até enganosa, não sei, mas eles sempre dizem que trabalham com reflorestamento e coisas assim.” Albertina: “Antes quando a gente comprava um produto eles até entregavam sementes pra gente plantar ‘Ajude também no reflorestamento! Vamos ajudar a manter o planeta!’. Se tudo for usado com um bom-senso, por exemplo, a ervadoce que é muito usada em cremes e sabonetes, se eu sei que ela tem um ciclo, vou dar um jeito, através de estufas de ter sempre no ciclo, sem uma empresa se dispor a usar, ela não pode simplesmente pegar e deixar, ela não se reconstitui sozinha.” Todas as demais concordam. As participantes são questionadas se seria interessante para a marca Akákia ter uma linha de produtos como a Natura, de sustentabilidade. Todas respondem que sim. 71 PERGUNTA DO ROTEIRO RESPOSTAS 36)Você acredita que a atual situação política do país contribui para que aumentar o seu poder de compra? Por quê? Luana: “Claro, se estiver num período estável, as pessoas vão, não estão com nenhum risco, vão poder gastar numa boa.” Albertina: “Essa semana saiu uma entrevista no Jornal Nacional, ainda que colocando que o poder de compra do brasileiro aumentou no último trimestre. Se aumentou o poder de compra, tanto aumenta na alimentação, no vestuário e na linha da beleza, de cosméticos.” Thaise: “As pessoas vão primeiro pelo básico, se sobre um dinheirinho aí tu acabas indo pro superficial.” Albertina: “Sim.” Bruna: “A gente vai sempre na necessidade básica, depois se sobra um dinheiro a gente acaba adquirindo essas coisas, cosméticos, sapatos, roupas.” Quadro 10: Descrição de Dados - Político Fonte: dados coletados na pesquisa Quando questionadas sobre uso indevido de matéria-prima, todas concordam que refletiria negativamente na marca Akákia. Instantaneamente menciona-se a marca Natura como mostra o relato de Francini: “Acho que se prejudica o meio ambiente fica um pouco feio pra marca Akákia sim. Depende de como a Akákia trabalha. A Natura é uma marca que foca na sustentabilidade, talvez seja até enganosa, não sei, mas eles sempre dizem que trabalham com reflorestamento e coisas assim.” E de Albertina: “Antes quando a gente comprava um produto eles até entregavam sementes pra gente plantar ‘Ajude também no reflorestamento! Vamos ajudar a manter o planeta!’. Se tudo for usado com um bom-senso, por exemplo, a erva-doce que é muito usada em cremes e sabonetes, se eu sei que ela tem um ciclo, vou dar um jeito, através de estufas de ter sempre no ciclo, sem uma empresa se dispor a usar, ela não pode simplesmente pegar e deixar, ela não se reconstitui sozinha.” As participantes consideram interessante a idéia de a Akákia ter uma linha de produtos com proposta de sustentabilidade, tal como a marca Natura. Em relação à pergunta 36, todas concordam que se sobra dinheiros gastam com coisas que consideram superficiais, tais como cosméticos. Como foi visto na pirâmide de Maslow. 72 4.7.1.8 Culturais A próxima seqüência de perguntas questiona as clientes sobre estímulos econômicos. PERGUNTA DO ROTEIRO RESPOSTAS 37)Você acredita que programas de TV, mesmo não mencionando marcas, se falam que o tipo X de produto faz bem, ou determinada cor de batom está na moda, mesmo que indiretamente estimula as pessoas a procurarem a loja Akákia? Thaise: “Querendo ou não influencia.” Albertina: “Querendo ou não a gente vai no salão de beleza ‘-Qual a cor que queres pintaras unhas? -Ah, eu quero que pinte na cor da moda! -A cor da moda é pura tentação. -Então pinta de pura tentação!’, quando eu vi era uma cor alaranjada. Depois eu vi que na TV tinha, nas novelas [...] Hoje em dia essa linha de cosméticos, ela é muito divulgada através das novelas e pega esse público alvo que usa mais os cosméticos, que é o público feminino hoje.” Todas concordam 38)Na sua opinião empresas que zelam pelo meio ambiente ou incentivam programas culturais e sociais merecem reconhecimentos dos consumidores? Por quê? As participantes acham que as empresas que possuem tais programas merecem reconhecimento dos clientes. Bruna: “Tu acabas associando uma coisa a outra né, tu vês que a pessoa está contribuindo socialmente com a população, tu acabas [...]” Francini: “Tu acabas se sentindo contribuindo junto com essa loja.” Thaise: “Na verdade é uma associação de fatores né, tu olhas pelo preço, pela qualidade e isso é um fator a mais. Claro que eu não vou comprar só aquela marca porque ela tem um selinho da ISSO, só que assim, é um grupo de fatores que acabam te influenciando a comprar.” Quadro 11: Descrição de Dados - Culturais Fonte: dados coletados na pesquisa Todas as participantes sentem-se influenciadas por programas de TV, como mostra o relato de Albertina, que teve aprovação de todas as demais participantes: “Querendo ou não a gente vai no salão de beleza ‘-Qual a cor que queres pintaras unhas? -Ah, eu quero que pinte na cor da moda! -A cor da moda é pura tentação. Então pinta de pura tentação!’, quando eu vi era uma cor alaranjada. Depois eu vi que na TV tinha, nas novelas [...] Hoje em dia essa linha de cosméticos, ela é muito divulgada através das novelas e pega esse público alvo que usa mais os cosméticos, que é o público feminino hoje.” 73 Em relação a pergunta 38, todas afirmam que empresas que zelam pelo meio ambiente merecem reconhecimento dos consumidores, como mostra os relatos: Bruna: “Tu acabas associando uma coisa a outra né, tu vês que a pessoa está contribuindo socialmente com a população, tu acabas [...]” Francini: “Tu acabas se sentindo contribuindo junto com essa loja.” Thaise: “Na verdade é uma associação de fatores né, tu olhas pelo preço, pela qualidade e isso é um fator a mais. Claro que eu não vou comprar só aquela marca porque ela tem um selinho da ISSO, só que assim, é um grupo de fatores que acabam te influenciando a comprar.” Nathany e Luana apenas sinalizam concordar. 4.7.2 Características do comprador As características do comprador subdividem-se em culturais, sociais, pessoais e psicológicos. 4.7.2.1 Culturais Dentro das características do comprador, os primeiros questionamentos a serem abordados ocorreram acerca de características culturais. PERGUNTA DO ROTEIRO 39)Quando você acha comprar cosméticos? RESPOSTAS que precisa Albertina: “Quando tem um dedo de creme ou um evento também.” Francini: “Maquiagem geralmente é assim, tu compras uma roupa e vês que aquele monte de maquiagem não fica bom e tu vai atrás de uma que fique bom.” Luana: “Ou quando tem lançamento também né.” Albertina: “Uma boa promoção. Às vezes a gente até tem, promoção é coisa perigosa. ‘Leve duas e pague uma’, aquela coisa assim que tu acabas pagando o preço dos dois, quando tu vês acabas levando os dois feliz da vida.” 40)Com que freqüência você compra Francini: “A mãe compra todo o mês, não necessariamente na Akákia, mas ela, todo mês, 74 PERGUNTA DO ROTEIRO RESPOSTAS cosméticos? compra algum cosmético, alguma coisa, principalmente esmalte, quer ver quando eu estou junto.” Luana: “Não todo mês, mas alguma coisinha a gente sempre acaba comprando. Renovar um pouco.” Albertina: “Geralmente na fase em que está acabando ou quando tem um evento, alguma coisa.” Thaise: “É complicado falar freqüência, depende, às vezes quando eu estou precisando ou quando eu passo na loja e me chama a atenção por alguma coisa eu vou e compro, mas eu não saberia mensurar a freqüência. Digamos que quase todo mês eu vou e compro.” 41)Se algum artista utiliza algum produto, isso faz com que você também queira experimentá-lo? Albertina: “Principalmente se ele divulga, se recomenda. A gente acaba, a curiosidade, não sei de comprá-lo, mas de saber o que ele é, se é aquilo mesmo que diz, a curiosidade.” Bruna: “Na verdade acaba virando referência né, pelo fato de ser aquela pessoa linda e maravilhosa usando tal creme, acaba influenciando.” Thaise: “Eu concordo com ela.” Francini: “Às vezes até por inconsciente, tu acabas, tu vês a propaganda e daqui a pouco tu estás na loja e ‘Ah, interessante!’.” 42)Por quê você utiliza cosméticos? Thaise: “Mulher! Mulher é sempre vaidosa. O homem hoje em dia também é vaidoso, mas mulher é muito vaidosa.” Albertina: “Eu concordo, coisas de mulher! Quem que não gosta de se sentir cheirosa, passar e ouvir um ‘Uhm, que cheirinho gostoso!’, aí a gente diz que é o meu cheiro.” Quadro 12: Descrição de Dados - Culturais Fonte: dados coletados na pesquisa Em relação a pergunta 39 as resposta foram bastante variadas: Albertina: “Quando tem um dedo de creme ou um evento também.” Francini: “Maquiagem geralmente é assim, tu compras uma roupa e vês que aquele monte de maquiagem não fica bom e tu vai atrás de uma que fique bom.” Luana: “Ou quando tem lançamento também né.” Albertina: “Uma boa promoção. Às vezes a gente até tem, promoção é coisa perigosa. ‘Leve duas e pague uma’, aquela coisa assim que tu acabas pagando o preço dos dois, quando tu vês acabas levando os dois feliz da vida.” 75 Percebe-se que não existe um critério que esteja bem estabelecido para que estas clientes comprem cosméticos. Quando questionadas sobre a freqüência com que compram cosméticos, as respostas também dispuseram de variedade: Francini: “A mãe compra todo o mês, não necessariamente na Akákia, mas ela, todo mês, compra algum cosmético, alguma coisa, principalmente esmalte, quer ver quando eu estou junto.” Luana: “Não todo mês, mas alguma coisinha a gente sempre acaba comprando. Renovar um pouco.” Albertina: “Geralmente na fase em que está acabando ou quando tem um evento, alguma coisa.” Thaise: “É complicado falar freqüência, depende, às vezes quando eu estou precisando ou quando eu passo na loja e me chama a atenção por alguma coisa eu vou e compro, mas eu não saberia mensurar a freqüência. Digamos que quase todo mês eu vou e compro.” Bruna e Nathany demonstravam concordar com o que estava sendo dito. Em relação a pergunta 41 houve unanimidade nas respostas, todas gostariam de experimentar um produto que algum artista divulga: Albertina: “Principalmente se ele divulga, se recomenda. A gente acaba, a curiosidade, não sei de comprá-lo, mas de saber o que ele é, se é aquilo mesmo que diz, a curiosidade.” Bruna: “Na verdade acaba virando referência né, pelo fato de ser aquela pessoa linda e maravilhosa usando tal creme, acaba influenciando.” Thaise: “Eu concordo com ela.” Francini: “Às vezes até por inconsciente, tu acabas, tu vês a propaganda e daqui a pouco tu estás na loja e ‘Ah, interessante!’.” Nathany apenas demonstra concordar com as demais. 4.7.2.2 Sociais Dentro das características do consumidor, a próxima bateria de perguntas será acerca das características sociais. 76 PERGUNTA DO ROTEIRO RESPOSTAS 43)Você costuma passear pelo shopping sozinho ou acompanhado? Por quê? Todas costumam acompanhadas. andar no shopping Bruna: “Opinião. É mais um ponto de encontro também né.” Francini: “E eu não gosto de comprar nada sozinha. Nem de comprar e nem de andar sozinha, eu gosto que tenha sempre uma pessoa junto comigo, conversando e às vezes a gente estar trocando uma idéia até sobre um produto.” Luana: “Principalmente com uma amiga né”. 44)Quando acompanhado quem são suas companhias? Por quê? Francini: “Geralmente a minha mãe, cheque né!” Albertina: “No shopping geralmente com um amigo.” Luana: “Às vezes sozinha ou com uma amiga.” Francini: “Eu vou com a mãe porque quando eu vou pra comprar é ela quem paga, na verdade e porque eu costumo sair bastante com a minha mãe, a gente anda sempre muito junta, às vezes a gente vai só pra dar uma volta, olhar e tal, mas eu costumo freqüentar o shopping com a minha mãe.” Bruna: “Eu vou mais com amigas porque também é um lugar de lazer né, tu vais pra dar uma passeada, pra dar aquela arejada e tu acabas comprando.” Thaise: “Porque geralmente a gente vai pra conversar, espairecer, vai depois do trabalho pra fazer um lanche, conversar, comprar alguma coisa, mas geralmente eu estou acompanhada mais com amigos mesmo. Meu pai não gosta muito de shopping.” 45)Você prefere fazer compras sozinho ou acompanhado? Por quê? Todas preferem fazer compras acompanhadas. Thaise: “Opinião de vendedora não conta.” Francini: “Que ver se tem aquela comissão, não dá!” Bruna: “A calça dois números maior ‘Não, está perfeito, estás linda!’.” 77 PERGUNTA DO ROTEIRO RESPOSTAS 46)Os acompanhantes lhe ajudam de alguma maneira? Como? Todas se sentem confiantes com as opiniões dos acompanhantes. Francini: “Às vezes nem tu mesmo gostou muito daquilo, mas a pessoa olha ‘Meu Deus! Perfeito, lindo! Fechou!’, aí tu começas a achar que aquilo ficou lindo também, teu inconsciente começar a agir.” Nathany: “Se tem uma coisa que eu gosto e alguém me diz que está feio, pra mim deu, não levo mais! “ Francini: “Se eu não gosto, eu não gosto. Mas se eu estou naquela de será, estou em dúvida, se alguém chega e fala ‘Não! Lindo!’ aí eu penso que se está dizendo é porque ficou lindo, então vamos lá!” Albertina: “Uma terceira opinião sempre é interessante. Principalmente na dúvida, não no sim ou no não, mas no talvez sim é sempre bom.” Bruna: “É sempre bom ter a opinião de um amigo, de uma pessoa em quem tu confias.” Luana: “Também acho.” Quadro 13: Descrição de Dados - Sociais Fonte: dados coletados na pesquisa Em relação à pergunta 43, as respostas fora unânimes, todas vão ao shopping acompanhadas, como mostra os relatos abaixo: Bruna: “Opinião. É mais um ponto de encontro também né.” Francini: “E eu não gosto de comprar nada sozinha. Nem de comprar e nem de andar sozinha, eu gosto que tenha sempre uma pessoa junto comigo, conversando e às vezes a gente estar trocando uma idéia até sobre um produto.” Luana: “Principalmente com uma amiga né”. Quando questionadas sobre quem são suas companhias quando vão ao shopping, todas respondem as amigas exceto Francini: “Eu vou com a mãe porque quando eu vou pra comprar é ela quem paga, na verdade e porque eu costumo sair bastante com a minha mãe, a gente anda sempre muito junta, às vezes a gente vai só pra dar uma volta, olhar e tal, mas eu costumo freqüentar o shopping com a minha mãe.” Os demais relatos acerca deste questionamento são: Luana: “Às vezes sozinha ou com uma amiga.” 78 Francini: “Eu vou com a mãe porque quando eu vou pra comprar é ela quem paga, na verdade e porque eu costumo sair bastante com a minha mãe, a gente anda sempre muito junta, às vezes a gente vai só pra dar uma volta, olhar e tal, mas eu costumo freqüentar o shopping com a minha mãe.” Bruna: “Eu vou mais com amigas porque também é um lugar de lazer né, tu vais pra dar uma passeada, pra dar aquela arejada e tu acabas comprando.” Thaise: “Porque geralmente a gente vai pra conversar, espairecer, vai depois do trabalho pra fazer um lanche, conversar, comprar alguma coisa, mas geralmente eu estou acompanhada mais com amigos mesmo. Meu pai não gosta muito de shopping.” A maioria considera shopping além de um centro de compras, um ponto de encontro, pois além do que procuram comprar encontram lazer. Em relação à pergunta 45, todas respondem que preferem fazer compras acompanhadas. E quando questionadas do por que, as respostas demonstram que outra pessoa lhes passa segurança em alguma opinião no momento da compra, como mostra os relatos abaixo: Thaise: “Opinião de vendedora não conta.” Francini: “Quer ver se tem aquela comissão, não dá!” Bruna: “A calça dois números maior ‘Não, está perfeito, estás linda!’.” Um fator importantante é que Todas concordam que shopping é um local para “estar com amigos”. Logo, os clientes da Akákia irão as compras acompanhados em sua maioria. De amigos ou parentes. Quando questionadas se acompanhantes lhes ajudam de alguma maneira no momento da compra, todas afirmam que sim, como mostra os relatos abaixo: Francini: “Às vezes nem tu mesmo gostou muito daquilo, mas a pessoa olha ‘Meu Deus! Perfeito, lindo! Fechou!’, aí tu começas a achar que aquilo ficou lindo também, teu inconsciente começar a agir.” Francini: “Se eu não gosto, eu não gosto. Mas se eu estou naquela de será, estou em dúvida, se alguém chega e fala ‘Não! Lindo!’ aí eu penso que se está dizendo é porque ficou lindo, então vamos lá!” Albertina: “Uma terceira opinião sempre é interessante. Principalmente na dúvida, não no sim ou no não, mas no talvez sim é sempre bom.” 79 Bruna: “É sempre bom ter a opinião de um amigo, de uma pessoa em quem tu confias.” Luana: “Também acho.” Nota-se que o acompanhante faz com que os participantes se sintam confiantes no momento da compra seja para compra ou não. E é um fator determinante para que a compra seja efetuada. Como mostra o relato de Nathany: “Se tem uma coisa que eu gosto e alguém me diz que está feio, pra mim deu, não levo mais!” 4.7.2.3 Pessoais Dentro das características do consumidor, a próxima bateria de perguntas será acerca das características pessoais. PERGUNTA DO ROTEIRO RESPOSTAS 47)A Akákia tem produtos que na sua opinião tem haver com você? Por quê? Thaise: “Se comprou é porque acha que sim né [...]é porque a gente acha que ‘ai o cheiro combina com o jeito da pessoa’ como tem cheiro que não sabe [...].é igual perfume, tem perfume que tu adora tem perfume que não.” Todas as demais aparentam concordar com a opinião de Thaise. 48)O produto faz com que você se identifique com a marca? Bruna: “É [...] por exemplo, como agora desde que eu comecei a comprar o creme da Akákia,as pessoas falam ‘Ah! Um creme hidratante’ tu acaba ligando uma coisa a outra.É o creme que eu uso então acaba sendo a primeira marca que vem na minha cabeça.Acaba ligando o produto a marca mesmo.” Todas concordam com a opinião de Bruna e acrescentam que antes ouviam falar da marca e não sabiam do que esse tratava, e agora ligam o produto a marca instantaneamente pelo fato do consumo.” 49)Você acha que outras lojas de cosméticos também têm produtos que têm haver com você? Thaise: “Tem, por exemplo, meu perfume é de outra marca.” 50)E existe em alguma outra marca produtos parecidos com os da Akákia que você se identifica? Francini: “Tem eu geralmente não costumo me prender a um marca exclusivamente né, tem outros cremes hidratantes que eu também uso, Todas concordam 80 PERGUNTA DO ROTEIRO RESPOSTAS por exemplo, natura [...] tenho dois cremes hidratantes ali da natura.” Albertina: “É, eu também não tenho uma marca específica, quando eu compro Akákia geralmente uma é porque já conhecia o produto e pela questão da facilidade do “chegar”, o acesso dela, porque é uma área pública, uma área aberta, então tu passa e acaba comprando.E por conhecer já também.” Bruna: “Eu concordo com ela nessa parte.Pelo acesso mesmo, pela facilidade tu acaba comprando da marca né [...] “ As demais participantes demonstravam aprovação nas respostas relatadas.mais uma vez o fator acessibilidade, visualização e shopping foram destacados. 51)Os produtos da Akákia valem o preço que custam na sua opinião? Por quê? Todas respondem sim. Mais uma vez foi ressaltada a questão custo X benefício. 52)Na sua perfume? Albertina: “O prazer que ele nos causa [...] Porque não adianta se tu não te identificas se tu não te sentas bem usando [...] “ opinião quanto vale um Thaise: “Depende [...] Eu concordo com a Albertina, se tu te identifica com o cheiro Ele pode ser até mais caro que o outro, porque se tu for ver tem um monte de perfume importado que sai horrores e é super caro, mas tu se identifica com o cheiro.” Francini: “Eu identificação.” também, vai muito da Quando perguntadas se a marca do perfume faz alguma diferença na escolha, todas afirmam que não e que quando se identificam com o cheiro a marca não importa. 53)Um hidratante? Albertina: “O tanto que ele umedece. Eu tenho pele seca, então às vezes eu uso um hidratante que ele tem tipo um óleo, ele não deixa a pela macia, quer dizer ele não umedece na realidade né, ele é superficial, ele não penetra, então de acordo com a penetração [...] Tem cremes que eu não compro mais, ele não penetra. Têm outros que tu passas e tu sentes que ele penetrou.” Thaise: “Acho que é o mesmo caso anterior, é tu gostar do produto.” As demais concordam com Thaise 54)Maquiagens? . Francini: “É boa, ótima! A fixação, durabilidade, às vezes tu sai à noite, vai pra uma festa, uma balada, e sombra principalmente, tem sombras que tu passas e ela escorre, não dura a noite toda. E pelo o que eu percebi das sombras que 81 PERGUNTA DO ROTEIRO RESPOSTAS eu já utilizei da Akákia, elas duram a noite toda, fixam bem na pele, permanece ali a noite toda.” Quadro 14: Descrição de Dados - Pessoais Fonte: dados coletados na pesquisa Quando questionadas, se acreditam que os produtos da Akákia têm haver consigo, todas as participantes concordam com a opinião de Thaise: “Se comprou é porque acha que sim né [...]é porque a gente acha que ‘ai o cheiro combina com o jeito da pessoa’ como tem cheiro que não sabe [...].é igual perfume, tem perfume que tu adora tem perfume que não.” Em relação à pergunta 50, Todas concordam com a opinião de Bruna: “É [...], por exemplo, como agora desde que eu comecei a comprar o creme da Akákia,as pessoas falam ‘Ah! Um creme hidratante’ tu acaba ligando uma coisa a outra.É o creme que eu uso então acaba sendo a primeira marca que vem na minha cabeça.Acaba ligando o produto a marca mesmo.” E acrescentam que antes ouviam falar da marca e não sabiam do que esse tratava, e agora ligam o produto a marca instantaneamente pelo fato do consumo.” Quando questionadas se outras marcas também possuem produtos que identifiquem consigo todas concordam com a opinião de Thaise: “Tem, por exemplo, meu perfume é de outra marca.” Na questão 53 as respostas foram variadas como mostra os relatos abaixo: Francini: “Tem eu geralmente não costumo me prender a um marca exclusivamente né, tem outros cremes hidratantes que eu também uso, por exemplo, natura [...] tenho dois cremes hidratantes ali da natura.” Albertina: “É, eu também não tenho uma marca específica, quando eu compro Akákia geralmente uma é porque já conhecia o produto e pela questão da facilidade do “chegar”, o acesso dela, porque é uma área pública, uma área aberta, então tu passa e acaba comprando.E por conhecer já também.” Bruna: “Eu concordo com ela nessa parte. Pelo acesso mesmo, pela facilidade tu acaba comprando da marca né [...] “ As demais participantes demonstravam aprovação nas respostas relatadas. Mais uma vez o fator acessibilidade, visualização e shopping foram destacados. Em relação à pergunta 54 mais uma vez foi ressaltada a questão custo x benefício. 82 Quando questionadas sobre quanto vale um perfume, todas concordam com a opinião de Albertina como mostra os relatos abaixo: Albertina: “O prazer que ele nos causa [...] Porque não adianta se tu não te identificas se tu não te sentas bem usando [...] “ Thaise: “Depende [...] Eu concordo com a Albertina, se tu te identifica com o cheiro Ele pode ser até mais caro que o outro, porque se tu for ver tem um monte de perfume importado que sai horrores e é super caro, mas tu se identifica com o cheiro.” Francini: “Eu também, vai muito da identificação.” Quando questionadas se a marca do perfume faz alguma diferença na escolha, todas afirmam que não e que quando se identificam com o cheiro a marca não importa. Sobre a pergunta 56, Albertina é a única que demonstra uma opinião diferente: “O tanto que ele umedece. Eu tenho pele seca, então às vezes eu uso um hidratante que ele tem tipo um óleo, ele não deixa a pela macia, quer dizer ele não umedece na realidade né, ele é superficial, ele não penetra, então de acordo com a penetração [...] Tem cremes que eu não compro mais, ele não penetra. Têm outros que tu passas e tu sentes que ele penetrou.” As demais concordam com a opinião de Thaise: “Acho que é o mesmo caso anterior, é tu gostar do produto.” Quando questionadas sobre maquiagens Francini é a única que pode responder, pois é a única que conhece a linha, nota-se pelo relato que foi bastante elogiada :“É boa, ótima! A fixação, durabilidade, às vezes tu sai à noite, vai pra uma festa, uma balada, e sombra principalmente, tem sombras que tu passas e ela escorre, não dura a noite toda. E pelo o que eu percebi das sombras que eu já utilizei da Akákia, elas duram a noite toda, fixam bem na pele, permanece ali a noite toda.” 4.7.2.4 Psicológicos Dentro das características do consumidor, a próxima bateria de perguntas será acerca das características psicológicas. 83 PERGUNTA DO ROTEIRO RESPOSTAS 55)Você costuma experimentar produtos novos? Em que tipo de ocasião? Todas concordam que experimentam quando são distribuídas amostras grátis ou quando há alguma indicação de um conhecido e só compram após experimentar. 56)E marcas novas? A mesma resposta da pergunta anterior. Quadro 15: Descrição de Dados - Psicológicos Fonte: dados coletados na pesquisa Em relação às perguntas das características psicológicas, todas as participantes responderam que experimentam produtos e marcas novas, se receberem amostras, ou quando há indicação de conhecidos. Só compram após experimentar. 4.7.3 Processo de decisão do comprador 4.7.3.1 Reconhecimento de problemas Dentro do processo de decisão do comprador, a próxima bateria de perguntas será acerca do reconhecimento do problema. PERGUNTA DO ROTEIRO RESPOSTAS 57)O que faz você ir até uma loja para comprar cosméticos? Francini: “Necessidade.” Thaise: “Necessidade, presentes, indicação [...]” Albertina: “E se tu conheces uma loja, tens uma referência, acabas optando por uma loja e não a outra.” As demais têm a mesma opinião de Francini e Thaise. 58)Quando está em casa você costuma pensar que precisa sair para comprar um hidratante ou alguma maquiagem, ou você acha que compra cosméticos por impulso?Por quê? Bruna: “Por impulso.” Thaise: “É mais por impulso. A gente está lá no shopping passando na frente e compra, mas pensar ‘Ah eu tenho que comprar isso.’ É só com presentes.” Albertina: “Geralmente é impulso. Geralmente eu passo na frente e penso ‘poxa, tem que comprar!’, principalmente se a gente visualiza o 84 PERGUNTA DO ROTEIRO RESPOSTAS produto, se não eu vou quando é pra comprar um presente, alguma coisa.” Francini: “Muitas vezes eu fico em casa pensando, tenho muito tempo livre, ‘tem que fazer tal coisa, comprar tal coisa’ [...]” Quadro 16: Descrição de Dados – Reconhecimento de problemas Fonte: dados coletados na pesquisa Na questão 60, todas respondem que a necessidade é o que as faz sair de casa para comprar cosméticos. Thaise acrescenta: “Necessidade, presentes, indicação [...]” Albertina é a única que sustenta uma opinião diferente: “E se tu conheces uma loja, tens uma referência, acabas optando por uma loja e não a outra.” Na questão 61, as participantes concordam que compram por impulso, como mostram os relatos abaixo: Bruna: Por impulso. Thaise: É mais por impulso. A gente está lá no shopping passando na frente e compra, mas pensar ‘Ah eu tenho que comprar isso.’ É só com presentes. Albertina: Geralmente é impulso. Geralmente eu passo na frente e penso ‘poxa, tem que comprar!’, principalmente se a gente visualiza o produto, se não eu vou quando é pra comprar um presente, alguma coisa. Estas respostas exaltam a acessibilidade e a visualização que a loja tem dentro do shopping, juntamente com a embalagem chamativa dos produtos. Francini foi a única participante que demonstrou uma opinião diferente: “Muitas vezes eu fico em casa pensando, tenho muito tempo livre, ‘tem que fazer tal coisa, comprar tal coisa’ [...].” 4.7.3.2 Busca de informações Dentro do processo de decisão do comprador, a próxima pergunta será acerca de busca de informações. 85 PERGUNTA DO ROTEIRO RESPOSTAS 59)Você costuma pesquisar preços ou atributos sobre cosméticos antes de sair para comprar?Por quê? Todas concordam que é muito raro, ‘pesquisam’ se acontecer de estarem com catálogos nas mãos de diferentes marcas, mas em lojas não é pesquisado preço. Quadro 17: Descrição de Dados – Busca de informações Fonte: dados coletados na pesquisa Todas concordam que é muito raro, ‘pesquisam’ se acontecer de estarem com catálogos nas mãos de diferentes marcas, mas em lojas não é pesquisado preço. O que reforça o impulso de compra, pela acessibilidade e visualização da loja. 4.7.3.3 Avaliação de alternativas Dentro do processo de decisão do comprador, a próxima pergunta será acerca de busca de informações. PERGUNTA DO ROTEIRO RESPOSTAS 60)Como você avalia as alternativas quando alguém te oferece vantagens adicionais na concorrência? Thaise: “Primeiro tu vais pela qualidade e pelo preço, acho que é a primeira coisa que tu olhas, porque acho que um depende do outro, tu não vai comprar um que é mais barato se não te agrada como o contrário, pode ser bom, mas se for muito caro tu não levas o produto.” Todas concordam que o foco principal é o custo X benefício, o restante agrega valor, não é o essencial, mas de certa forma pesa (exemplo o bom atendimento). Quadro 18: Descrição de Dados – Avaliações alternativas Fonte: dados coletados na pesquisa Na questão 63 Todas concordam que o foco principal é o custo x benefício, o restante agrega valor, não é o essencial, mas de certa forma pesa (exemplo o bom atendimento). Como ressaltou Thaise e todas concordaram: “Primeiro tu vais pela qualidade e pelo preço, acho que é a primeira coisa que tu olhas, porque acho que um depende do outro, tu não vai comprar um que é mais barato se não te agrada como o contrário, pode ser bom, mas se for muito caro tu não levas o produto.” 86 4.7.3.4 Decisão de compra Dentro do processo de decisão do comprador, a próxima pergunta será acerca de decisão. PERGUNTA DO ROTEIRO RESPOSTAS 61)Você já decidiu pela compra.O que poderia fazer você mudar de idéia na última hora? Thaise: “Não ter, por exemplo, a máquina disponível para o cartão. Isso já aconteceu. Tipo ‘-Ah, o sistema está fora do ar. – Vocês têm outra forma de pagamento então? Tipo crediário, pra eu pagar outra hora porque não ando com dinheiro na carteira. ’” Todas concordam. Quadro 19: Descrição de Dados – Decisão de compra Fonte: dados coletados na pesquisa Nota-se que após as clientes estarem convencidas de que o produto vale a pena, a única coisa que as faria desistir seria a loja não oferecer condições de pagamento convenientes a elas. Como relata Thaise todas concordam: “Não ter, por exemplo, a máquina disponível para o cartão. Isso já aconteceu. Tipo ‘-Ah, o sistema está fora do ar. – Vocês têm outra forma de pagamento então? Tipo crediário, pra eu pagar outra hora porque não ando com dinheiro na carteira. ’” 4.7.4 Comportamento pós compra Dentro do comportamento pós compra segue a próxima bateria de perguntas. PERGUNTA DO ROTEIRO RESPOSTAS 62)Se o produto atende ou não suas expectativas você comenta com os amigos? Bruna: “Acaba comento numa conversa [...]” Francini: “Às vezes está sem fazer nada e acabas falando.” É unanime, todas comentam. 63)Você recomenda a loja para amigos? Geralmente mais quando perguntam, mas todas voltam na loja se gostam. 87 PERGUNTA DO ROTEIRO RESPOSTAS 64)Volta a comprar? Todas fazem isso. 65)Você costuma dar o produto de presente para amigos? Todas fazem isso. 66)Vão conhecer novos produtos da loja? Todas fazem isso. Quadro 20: Descrição de Dados – Comportamento pós-compra Fonte: dados coletados na pesquisa Na questão 65 todas respondem como Bruna e Francini: Bruna: Acaba comento numa conversa [...] Francini: Às vezes está sem fazer nada e acabas falando. Nota-se que as clientes em algum momento comentam sobre o desempenho do produto que adquiriu seja ele bom ou ruim. As clientes geralmente só recomendam a loja quando perguntam à respeito.Todavia se obtiveram uma experiência positiva todas afirmam que retornam e voltam a comprar. Todas costumam dar o produto que compraram e gostaram de presente para amigos. 4.7.5 Decisão do comprador Dentro da decisão do comprador segue a próxima pergunta. PERGUNTA DO ROTEIRO RESPOSTAS 67)Por quê você compra este produto da Akákia ao invés de outra marca? Todas concordam que freqüentam custoXbenefício e facilidade no acesso. pelo Quadro 21: Descrição de Dados – Decisão do comprador Fonte: dados coletados na pesquisa Mas uma vez foi ressalta-se a questão custo x benefício que gira em torno dos produtos da Akákia na opinião das participantes. 88 4.7.6 Análise Vertical A seguir a análise vertical por ordem alfabética. 4.7.6.1 Albertina 1. “Só o creme hidratante”. 2. “Com uma linha de produtos natural”. 3. “Eu já usei o hidratante de morango e um que eu acredito que seja de pêssego ou pêra, um mais clarinho.” 4. Creme hidratante. 5. Só hidratante 6. “Eu gosto das embalagens de presentes, eles sempre têm alguma coisa que inova, mas inovar sempre tem que inovar, se adequar ao comércio, a população que ela tem, sempre tem que se adequar toda a vida. Então melhorar sempre tem adequar, às vezes entrar mais na linha dos produtos naturais, marketing em cima disso, isso chama a atenção. O produto chama a atenção porque está em espaço público né, então a gente passa, acaba olhando e o aroma está ali, então a gente acaba pegando ainda, como diz a minha companheira do lado, acaba se viciando nos cheiros e nas cores. Então como chama a atenção a gente acaba parando, perguntando, experimentando e levando né, por estar ali exposto, por ser acessível também.” 7. Aprova a qualidade dos produtos que já experimentou. 8. Não se manifestou, pois respondeu algo semelhante em outra pergunta. 9. Em relação a essas lojas que são especializadas em produtos de beleza, cosméticos, essas coisas, a Akákia tem um preço que é mais acessível. Por exemplo, há uns quinze dias atrás, a minha sobrinha foi pro shopping e ela foi pra Akákia, até por causa de quesito, o preço dela. A qualidade do material é boa e o preço é acessível.” 10. Sim mas “Isso não quer dizer que não possa ter promoções.” 11. “Tem que ver uma qualidade e o custo também. Se existe uma qualidade igual e um produto duplicado no valor, é claro a gente tem que correr. O que 89 vai prender, como as meninas já comentaram, é uma divulgação maior da Akákia.” 12. Em torno de 50,00 reais 13. “Perto de uma escada e de uma saída de praça de alimentação” [...]“Eu só penso que dificuldade do quiosque é pra quem trabalha, quando eu passo ali e vejo as meninas ou os meninos, a pessoa que está ali na hora, a dificuldade do quiosque. Pra quem compra é bom, pra quem trabalha tem que ter mais, de repente trabalhar sempre de dois, eu não sei como está hoje. Nas vezes que eu fui, geralmente, só tinha uma pessoa atendendo.”[...] “É e acaba perdendo né, porque se a gente passa e vê que tem um pessoal mais disponível pro atendimento é mais fácil tu parar, até num sorriso num ‘bom dia’ ou ‘boa tarde’ tu acabas parando. Já teve dias de eu não parar porque já tinha muita gente pra ser atendido e eu acabei passando.” 14. “O que tem que chamar a atenção é o produto.” 15. O citado nas questões anteriores. 16. A localização é satisfatória. 17. “Melhor do que uma loja. Principalmente se é um espaço fechado, um espaço onde tem outras lojas, a questão de estar ali no meio se torna mais interessante.” 18. “Maior!”[...] “Uma divulgação na loja! Brinde todo mundo gosta de ganhar, desde um lápis de maquiagem ou um lápis de escrever mesmo, todo mundo gosta e se tu levar um brindezinho tu olhas e pensa ‘poxa olha só que legal, recebi tal coisa. Vou lá de novo.’, quer dizer, é questão de troca também, acaba virando troca. Se não pode ser fora, pode ser no próprio balcão.” 19. A localização e a facilidade de acesso despertam o interesse do cliente. 20. Respondeu em questões anteriores. 21. “Chamou a atenção, né? É engraçado, outro dia eu estava passando e ‘Ó, aqui tem uma loja!Que legal!’ e de repente parei ali e naquele dia já levei um creme.” 22. “Eu em uma revista outro dia num consultório médico. Mas uma revista é algo muito limitado, porque se ela está fechada ninguém vê. Então eu folhei uma revista e vi ‘Ó a loja do shopping está aqui!’, mas achei pouco ali, não sei se existe custo, se alie mais caro ou mais barato.” 90 23. “Já deve ter usado.”[...] “Por isso que os amigos devem ser bem tratados quando vão na Akákia, porque cada pessoa bem tratada vai chamando mais uma amiga.” 24. Nenhuma das participantes viu tal divulgação da marca, mas acham interessante esse tipo de mídia pela facilidade e pela abrangência. Uma loja virtual era uma boa idéia, de acordo com elas. 25. Sim 26. “O diferencial é muito importante.” 27. 28. “Eu concordo com a Thaise. Eu acho que a propaganda da TV fica muito melhor se vier associada ao comentário de uma pessoa que está do lado da gente ‘Ah, eu já fui lá! Foi legal!’, então sozinho os dois são limitados.” 29. “Isso pega! Porque quando a gente vê, a gente acaba se condicionando aquele cartão pela facilidade que ele traz, de parcelamento, na forma de pagamento, na forma de atendimento.” 30. “É época de dar presente né, de dar e receber também.”[...] “E às vezes uma embalagem bem montada, ela vende muito melhor do que o conteúdo bem feito, porque muitas vezes a gente vai pra um evento, vai numa festa e se a gente não conhece, principalmente, se a gente chega com uma embalagem bonita não importa o que tem dentro, tu entregas e ficas bem na foto. E tem embalagens que são reaproveitáveis também e a gente acaba passando aquela embalagem pra frente com outro conteúdo.” 31. Cartão de débito ou espécie. 32. “A questão dos cartões né, o cartão fidelidade, acho que isso é uma coisa interessante porque facilita, não tem renovação de cadastro, não tem nada, tu já estás com ele ali, ele já te analisa mais rápido, mais fácil né. E geralmente quando a gente vai pra esses lugares a gente sempre está com horário né, essas facilidades na forma de pagamento são interessantes.” 33. “Nunca usei, ainda!” 34. “Eu acho que a gente vive num mundo onde a gente ingere por tudo quanto é lado esse produto que é o artificial, eu acho assim, claro, com essa incidência de câncer, quanto mais natural, quanto menos maléfico for pra saúde, melhor. É claro que a tecnologia hoje de cosméticos está muito avançada, eles também fazem teste, mas eu ainda acredito, quando a propaganda é ‘feito 91 com oléo de jaburiti’, me chama atenção. Eu ainda acredito que dentro da linha de produtos naturais ainda tem muita coisa pra ser explorada.”[...] “Pode até ser uma propaganda enganosa, mas, no mundo em que a gente vive, essa questão do artificial ainda está um pouco mais longe. E eu ainda acredito, acho que quanto mais a gente conseguir voltar ao usar mais o natural, eu acredito que seja melhor.” 35. “Antes quando a gente comprava um produto eles até entregavam sementes pra gente plantar ‘Ajude também no reflorestamento! Vamos ajudar a manter o planeta!’. Se tudo for usado com um bom-senso, por exemplo, a erva-doce que é muito usada em cremes e sabonetes, se eu sei que ela tem um ciclo, vou dar um jeito, através de estufas de ter sempre no ciclo, sem uma empresa se dispor a usar, ela não pode simplesmente pegar e deixar, ela não se reconstitui sozinha.” 36. “Essa semana saiu uma entrevista no Jornal Nacional, ainda que colocando que o poder de compra do brasileiro aumentou no último trimestre. Se aumentou o poder de compra, tanto aumenta na alimentação, no vestuário e na linha da beleza, de cosméticos.” 37. “Querendo ou não a gente vai no salão de beleza ‘-Qual a cor que queres pintaras unhas? -Ah, eu quero que pinte na cor da moda! -A cor da moda é pura tentação. -Então pinta de pura tentação!’, quando eu vi era uma cor alaranjada. Depois eu vi que na TV tinha, nas novelas [...] Hoje em dia essa linha de cosméticos, ela é muito divulgada através das novelas e pega esse público alvo que usa mais os cosméticos, que é o público feminino hoje. 38. Concorda com a opinião das outras participantes de que as empresas que possuem tais programas merecem reconhecimento dos clientes. 39. “Quando tem um dedo de creme ou um evento também.”[...] “Uma boa promoção. Às vezes a gente até tem, promoção é coisa perigosa. ‘Leve duas e pague uma’, aquela coisa assim que tu acabas pagando o preço dos dois, quando tu vês acabas levando os dois feliz da vida.” 40. “Geralmente na fase em que está acabando ou quando tem um evento, alguma coisa.” 41. “Principalmente se ele divulga, se recomenda. A gente acaba, a curiosidade, não sei de comprá-lo, mas de saber o que ele é, se é aquilo mesmo que diz, a curiosidade.” 92 42. “Eu concordo, coisas de mulher! Quem que não gosta de se sentir cheirosa, passar e ouvir um ‘Uhm, que cheirinho gostoso!’, aí a gente diz que é o meu cheiro.” 43. 44. “No shopping geralmente com um amigo.” 45. Todas preferem fazer compras acompanhadas 46. “Uma terceira opinião sempre é interessante. Principalmente na dúvida, não no sim ou no não, mas no talvez sim é sempre bom.” 47. Aparenta concordar com a opinião de Thaise: “Se comprou é porque acha que sim né [...]é porque a gente acha que ‘ai o cheiro combina com o jeito da pessoa’ como tem cheiro que não sabe [...].é igual perfume, tem perfume que tu adora tem perfume que não.” 48. Concorda com a opinião de Bruna: “É [...] por exemplo, como agora desde que eu comecei a comprar o creme da Akákia,as pessoas falam ‘Ah! Um creme hidratante’ tu acaba ligando uma coisa a outra.É o creme que eu uso então acaba sendo a primeira marca que vem na minha cabeça.Acaba ligando o produto a marca mesmo.” 49. Concorda com Thaise: “Tem, por exemplo, meu perfume é de outra marca.” 50. : “É, eu também não tenho uma marca específica, quando eu compro Akákia geralmente uma é porque já conhecia o produto e pela questão da facilidade do “chegar”, o acesso dela, porque é uma área pública, uma área aberta, então tu passa e acaba comprando.E por conhecer já também.” 51. Responde sim. Mais uma vez foi ressaltada a questão custo X benefício. 52. “O prazer que ele nos causa [...] Porque não adianta se tu não te identificas se tu não te sentas bem usando [...] “ 53. “O tanto que ele umedece. Eu tenho pele seca, então às vezes eu uso um hidratante que ele tem tipo um óleo, ele não deixa a pela macia, quer dizer ele não umedece na realidade né, ele é superficial, ele não penetra, então de acordo com a penetração [...] Tem cremes que eu não compro mais, ele não penetra. Têm outros que tu passas e tu sentes que ele penetrou.” 54. Nunca experimentou as maquiagens. 55. Todas concordam que experimentam quando são distribuídas amostras grátis ou quando há alguma indicação de um conhecido e só compram após experimentar. 93 56. A mesma resposta da pergunta anterior. 57. “E se tu conheces uma loja, tens uma referência, acabas optando por uma loja e não a outra.” 58. “Geralmente é impulso. Geralmente eu passo na frente e penso ‘poxa, tem que comprar!’, principalmente se a gente visualiza o produto, se não eu vou quando é pra comprar um presente, alguma coisa.” 59. Todas concordam que é muito raro, ‘pesquisam’ se acontecer de estarem com catálogos nas mãos de diferentes marcas, mas em lojas não é pesquisado preço. 60. Todas concordam que o foco principal é o custo X benefício, o restante agrega valor, não é o essencial, mas de certa forma pesa (exemplo o bom atendimento). 61. Todas concordam com Thaise: “Não ter, por exemplo, a máquina disponível para o cartão. Isso já aconteceu. Tipo ‘-Ah, o sistema está fora do ar. – Vocês têm outra forma de pagamento então? Tipo crediário, pra eu pagar outra hora porque não ando com dinheiro na carteira. ’” 62. Todas comentam 63. Geralmente mais quando perguntam, mas todas voltam na loja se gostam. 64. Todas fazem isso. 65. Todas fazem isso. 66. Todas fazem isso. 67. Todas concordam que freqüentam pelo custo X benefício e facilidade no acesso. A participante Albertina consumiu apenas hidratantes da marca Akákia, logo seus produtos preferidos são hidratantes. Albertina acredita que as embalagens dos produtos da Akákia são inovadoras. Aprova a qualidade dos produtos que já experimentou. Considera os preços dos produtosda Akákia mais acessível do que de outras lojas que vendem produtos semelhantes, e ressalta inúmeras vezes durante a entrevista a questão custo X benefício que favorece a loja. Albertina acredita que compre produtos por impulso pelo fato de chamar a atenção ao passar pela loja. Destaca a localização e visualização dos produtos e 94 dentro do shopping Itaguaçu e salienta que ser um quiosque é uma vantagem da Akákia .Sugere linha d produtos naturais e que o quiosque torne-se maior. 4.7.6.2 Bruna 1. “Creme hidratante e desodorante corporal”. 2. “Com cosméticos em geral”. 3. “Hidratante de morango”. 4. Em geral, as participantes compram mais creme hidratante 5. 6. “Chama minha atenção porque eu gosto muito da parte de cosméticos e sempre que eu passo por lá acabo levando alguma coisa. É vício já. A embalagem está mais colorida e acaba chamando a atenção mesmo, por causa das cores.” 7. Todas aprovam a qualidade dos produtos que já experimentaram. 8. “É, o natural é uma parte que até aumentaria as vendas deles né, porque tem gente que só pode usar esse tipo de produto.” 9. “Na comparação com as outras marcas realmente tu acabas notando que o preço é bem mais acessível pras pessoas. Um produto bom por um preço bom.” 10. Está satisfeita. 11. Todas concordam que os preços da Akákia são um diferencial em relação a concorrência. 12. Todas gastam em torno de R$50,00 em cada visitação. 13. “Onde quer que tu estejas, vas passar por ali.” 14. Demonstrou concordar com a opinião das outras participantes. 15. O citado nas questões anteriores. 16. A localização é satisfatória para todas. 17. Demonstrou concordar com as demais. 18. Concorda com Albertina: “Maior!” 19. Todas concordam que a localização e a facilidade de acesso despertam o interesse do cliente. 20. Respondida em questões anteriores. 95 21. “Por indicação de amigo.” 22. Demonstra concordar com as demais. 23. Demonstra concordar com as demais. 24. Nenhuma das participantes viu tal divulgação da marca, mas acham interessante esse tipo de mídia pela facilidade e pela abrangência. Uma loja virtual era uma boa idéia, de acordo com elas. 25. Sim. 26. Não comunica ao gerente mesmo achando que deveria. 27. Concorda com a opinião das demais. 28. Concorda com a opinião das demais. 29. Se tiverem duas lojas, uma que tem cartão e outra que não possui, todas concordam que vão à que tem o cartão. 30. Todas concordam com Albertina e Francini: Albertina: “É época de dar presente né, de dar e receber também.”Todas concordam.Questionadas sobre embrulhos e sacolas decorativas, se estas são um diferencial ou não, elas respondem:Francini: “É um diferencial sim! Porque chama mais atenção, se torna mais bonito [..].”Albertina: “E às vezes uma embalagem bem montada, ela vende muito melhor do que o conteúdo bem feito, porque muitas vezes a gente vai pra um evento, vai numa festa e se a gente não conhece, principalmente, se a gente chega com uma embalagem bonita não importa o que tem dentro, tu entregas e ficas bem na foto. E tem embalagens que são reaproveitáveis também e a gente acaba passando aquela embalagem pra frente com outro conteúdo.” 31. Em geral, cartão de débito ou em espécie. 32. Quando questionadas sobre a compra num valor mais alto, por exemplo R$200,00, todas concordam que o parcelamento é viável, em cheque ou cartão de crédito. 33. “Eu já usei um creme redutor de celulites, mas, assim, resultado [...] Não notei! Usei como mandava a especificação tudo certinho, mas não dá!” 34. Demonstra concordar com as demais. 35. Todas concordam com a opinião de Francini e Albertina: Francini: “Acho que se prejudica o meio ambiente fica um pouco feio pra marca Akákia sim. Depende de como a Akákia trabalha. A Natura é uma marca que foca na sustentabilidade, talvez seja até enganosa, não sei, mas eles sempre dizem 96 que trabalham com reflorestamento e coisas assim.”Albertina: “Antes quando a gente comprava um produto eles até entregavam sementes pra gente plantar ‘Ajude também no reflorestamento! Vamos ajudar a manter o planeta!’. Se tudo for usado com um bom-senso, por exemplo, a erva-doce que é muito usada em cremes e sabonetes, se eu sei que ela tem um ciclo, vou dar um jeito, através de estufas de ter sempre no ciclo, sem uma empresa se dispor a usar, ela não pode simplesmente pegar e deixar, ela não se reconstitui sozinha.” 36. “A gente vai sempre na necessidade básica, depois se sobra um dinheiro a gente acaba adquirindo essas coisas, cosméticos, sapatos, roupas.” 37. Todas concordam com Albertina e Thaise: Thaise: “Querendo ou não influencia.”Albertina: “Querendo ou não a gente vai no salão de beleza ‘-Qual a cor que queres pintaras unhas? -Ah, eu quero que pinte na cor da moda! -A cor da moda é pura tentação. -Então pinta de pura tentação!’, quando eu vi era uma cor alaranjada. Depois eu vi que na TV tinha, nas novelas [...] Hoje em dia essa linha de cosméticos, ela é muito divulgada através das novelas e pega esse público alvo que usa mais os cosméticos, que é o público feminino hoje.” 38. “Tu acabas associando uma coisa a outra né, tu vês que a pessoa está contribuindo socialmente com a população, tu acabas [...]” 39. Concorda com a opinião das demais. 40. Concorda com a opinião das demais. 41. “Na verdade acaba virando referência né, pelo fato de ser aquela pessoa linda e maravilhosa usando tal creme, acaba influenciando.” 42. Concorda com as demais. 43. “Opinião. É mais um ponto de encontro também né.” 44. “Eu vou mais com amigas porque também é um lugar de lazer né, tu vais pra dar uma passeada, pra dar aquela arejada e tu acabas comprando.” 45. “A calça dois números maior ‘Não, está perfeito, estás linda!’.” 46. “É sempre bom ter a opinião de um amigo, de uma pessoa em quem tu confias.” 47. Todas concordam com a opinião d e Thaise: “Se comprou é porque acha que sim né [...]é porque a gente acha que ‘ai o cheiro combina com o jeito da 97 pessoa’ como tem cheiro que não sabe [...].é igual perfume, tem perfume que tu adora tem perfume que não.” 48. “É [...] por exemplo, como agora desde que eu comecei a comprar o creme da Akákia,as pessoas falam ‘Ah! Um creme hidratante’ tu acaba ligando uma coisa a outra.É o creme que eu uso então acaba sendo a primeira marca que vem na minha cabeça.Acaba ligando o produto a marca mesmo.” 49. Todas concordam com Thaise: “Tem, por exemplo, meu perfume é de outra marca.” 50. “Eu concordo com ela nessa parte. Pelo acesso mesmo, pela facilidade tu acaba comprando da marca né [...]” 51. Todas respondem sim. Mais uma vez foi ressaltada a questão custo X benefício, todas respondem sim. Mais uma vez foi ressaltada a questão custo X benefício. 52. Quando perguntadas se a marca do perfume faz alguma diferença na escolha, todas afirmam que não e que quando se identificam com o cheiro a marca não importa. 53. Exceto Albertina todas concordam com Thaise: “Acho que é o mesmo caso anterior, é tu gostar do produto.” 54. Não conhece as maquiagens. 55. Todas concordam que experimentam quando são distribuídas amostras grátis ou quando há alguma indicação de um conhecido e só compram após experimentar. 56. A mesma resposta da pergunta anterior. 57. Mesma opinião de Francini e Thaise: Francini: “Necessidade.” Thaise: “Necessidade, presentes, indicação [...]” 58. “Por impulso.” 59. Todas concordam que é muito raro, ‘pesquisam’ se acontecer de estarem com catálogos nas mãos de diferentes marcas, mas em lojas não é pesquisado preço. 60. Todas concordam que o foco principal é o custo X benefício, o restante agrega valor, não é o essencial, mas de certa forma pesa (exemplo o bom atendimento). 61. Todas concordam com Thaise: “Não ter, por exemplo, a máquina disponível para o cartão. Isso já aconteceu. Tipo ‘-Ah, o sistema está fora do ar. – Vocês 98 têm outra forma de pagamento então? Tipo crediário, pra eu pagar outra hora porque não ando com dinheiro na carteira. ’” 62. “Acaba comento numa conversa [...]” 63. Geralmente mais quando perguntam, mas todas voltam na loja se gostam. 64. Todas fazem isso. 65. Todas fazem isso. 66. Todas fazem isso 67. Todas concordam que freqüentam pelo custoXbenefício e facilidade no acesso. Bruna conhece cremes hidratantes e desodorantes corporais da marca. Ressalta as embalagens coloridas e compra cosméticos por impulso. Aprova a qualidade dos produtos bem como o preço, que acredita ser mais acessível que de marcas concorrentes. Aprova a localização e visualização da loja embora acredite que um quiosque maior agregaria satisfação aos clientes. Conhece a loja por indicação de amigos. 4.7.6.3 Francini 1. “Creme hidratante, parte da linha de maquiagem e desodorante corporal”. 2. “Maquiagem, hidratante [...] Cométicos!” 3. “Eu gosto bastante das maquiagens. A sombra é muito boa e o lápis de olho também.” 4. Em geral, as participantes compram mais creme hidratante. 5. As participantes já experimentaram os hidratantes, algumas já compraram o desodorante corporal e utilizaram algumas maquiagens. 6. “A embalagem está mais bonitinha, eu já percebi isso.” 7. Todas aprovam a qualidade dos produtos que já experimentaram. 8. “Eu acho que eles deviam divulgar mais os perfumes deles, os perfumes não são muito conhecidos. Eu não conheço ninguém que tenha um perfume da Akákia. Eu acho que só na parte que a dona Albertina já tocou, dos produtos naturais.” 99 9. “Eu acho que na verdade a Akákia só perde em divulgação, porque O Boticário é muito mais conhecida porque tem muito mais divulgação.” 10. “Uma promoção é sempre muito agradável.” 11. “Uma coisa mais chamativa, quem prenda mais a atenção dos clientes.”[...]“Eu não sei, nunca reparei, mas acho que não tem propagando televisiva da Akákia, né?”[...] Todas conhecem mais a Akákia por freqüentar o shopping e por indicação de amigos. 12. Todas gastam em torno de R$50,00 em cada visitação 13. “Eu acho, às vezes, até por causa do espaço que eles têm, que é pequeninho. Eu já vi algumas vezes ter muito cliente e ter pouco espaço pra dispor os produtos ou pessoa pra mostrar os produtos.’ 14. – 15. O citado nas questões anteriores. 16. A localização é satisfatória para todas. 17. – 18. – 19. Todas concordam que a localização e a facilidade de acesso despertam o interesse do cliente. 20. – 21. “Indicação também.” 22. – 23. “É, eu acho que a indicação de um amigo nunca é ruim. É mais confiável, do que uma propaganda, porque é uma pessoa que tu conheces e está te afirmando que aquele produto é bom.” 24. Nenhuma das participantes viu tal divulgação da marca, mas acham interessante esse tipo de mídia pela facilidade e pela abrangência. Uma loja virtual era uma boa idéia, de acordo com elas. 25. – 26. “Ou então quando tu gostas muito do produto daquela loja. Eu já fui em lojas de calçados, por exemplo, que eu não gostei do atendimento, mas eu passo por aquele loja e vejo um sapato que eu não vejo nas outras lojas, então eu acabo indo naquela loja de novo.” 27. “Já vai com receio.”[...] “Eu também. Eu evito de ir pra não passar pela mesma coisa que aquela pessoa passou.” 100 28. – 29. “Pra mim é indiferente porque eu não uso, quem usa é a minha mãe, até porque eu não trabalho. Então, se pra mãe for melhor, eu vou acabar freqüentando mais aquela loja porque é melhor pra quem paga pra mim.” 30. “É um diferencial sim! Porque chama mais atenção, se torna mais bonito [..].” 31. – 32. “Desconto à vista é sempre bom!” 33. “A mãe usa creme antiidade, quando ela usa certinho, porque a mãe tem uma certa dificuldade em manter o tratamento, mas quando ela usa certinho, geralmente dá uma amenizada, a pele fica mais bonita, ele até diminui umas manchas que a mãe tem no rosto, porque a mãe dá muitas manchas na pele, mas se ela parar não vai dar certo. Pra mãe e pra minha tia que revende é bom, funciona! Vale à pena. Eu não recomendaria porque não sou eu quem usa, mas a mãe recomenda.” 34. “Eu acredito que o natural faz mais bem que o artificial, mesmo que o artificial seja antitudo, o natural sempre vai agregar mais benefícios pra pele e pra qualquer outra coisa que formos usar.” 35. “Acho que se prejudica o meio ambiente fica um pouco feio pra marca Akákia sim. Depende de como a Akákia trabalha. A Natura é uma marca que foca na sustentabilidade, talvez seja até enganosa, não sei, mas eles sempre dizem que trabalham com reflorestamento e coisas assim.” 36. – 37. – 38. “Tu acabas se sentindo contribuindo junto com essa loja.” 39. “Maquiagem geralmente é assim, tu compras uma roupa e vês que aquele monte de maquiagem não fica bom e tu vai atrás de uma que fique bom.” 40. “A mãe compra todo o mês, não necessariamente na Akákia, mas ela, todo mês, compra algum cosmético, alguma coisa, principalmente esmalte, quer ver quando eu estou junto.” 41. “Às vezes até por inconsciente, tu acabas, tu vês a propaganda e daqui a pouco tu estás na loja e ‘Ah, interessante!’.” 42. – 101 43. “E eu não gosto de comprar nada sozinha. Nem de comprar e nem de andar sozinha, eu gosto que tenha sempre uma pessoa junto comigo, conversando e às vezes a gente estar trocando uma idéia até sobre um produto.” 44. “Geralmente a minha mãe, cheque né!”[...] “Eu vou com a mãe porque quando eu vou pra comprar é ela quem paga, na verdade e porque eu costumo sair bastante com a minha mãe, a gente anda sempre muito junta, às vezes a gente vai só pra dar uma volta, olhar e tal, mas eu costumo freqüentar o shopping com a minha mãe.” 45. “Que ver se tem aquela comissão, não dá!” 46. “Às vezes nem tu mesmo gostou muito daquilo, mas a pessoa olha ‘Meu Deus! Perfeito, lindo! Fechou!’, aí tu começas a achar que aquilo ficou lindo também, teu inconsciente começar a agir.”[...] “Se eu não gosto, eu não gosto. Mas se eu estou naquela de será, estou em dúvida, se alguém chega e fala ‘Não! Lindo!’ aí eu penso que se está dizendo é porque ficou lindo, então vamos lá!” 47. Todas as demais aparentam concordar com a opinião de Thaise. ““Se comprou é porque acha que sim né [...]é porque a gente acha que ‘ai o cheiro combina com o jeito da pessoa’ como tem cheiro que não sabe [...].é igual perfume, tem perfume que tu adora tem perfume que não.” 48. – 49. Todas concordam com Thaise: “Tem, por exemplo, meu perfume é de outra marca.” 50. “Tem eu geralmente não costumo me prender a um marca exclusivamente né, tem outros cremes hidratantes que eu também uso, por exemplo, natura [...] tenho dois cremes hidratantes ali da natura.” 51. Todas respondem sim. Mais uma vez foi ressaltada a questão custo X benefício. 52. “Eu também, vai muito da identificação.” 53. Respondida na questão anterior. 54. “É boa, ótima! A fixação, durabilidade, às vezes tu sai à noite, vai pra uma festa, uma balada, e sombra principalmente, tem sombras que tu passas e ela escorre, não dura a noite toda. E pelo o que eu percebi das sombras que eu já utilizei da Akákia, elas duram a noite toda, fixam bem na pele, permanece ali a noite toda.” 102 55. Todas concordam que experimentam quando são distribuídas amostras grátis ou quando há alguma indicação de um conhecido e só compram após experimentar. 56. A mesma resposta da pergunta anterior. 57. “Necessidade.” 58. “Muitas vezes eu fico em casa pensando, tenho muito tempo livre, ‘tem que fazer tal coisa, comprar tal coisa’ [...]” 59. Todas concordam que é muito raro, ‘pesquisam’ se acontecer de estarem com catálogos nas mãos de diferentes marcas, mas em lojas não é pesquisado preço. 60. Todas concordam que o foco principal é o custo X benefício, o restante agrega valor, não é o essencial, mas de certa forma pesa (exemplo o bom atendimento). 61. Todas concordam com Thaise: “Não ter, por exemplo, a máquina disponível para o cartão. Isso já aconteceu. Tipo ‘-Ah, o sistema está fora do ar. – Vocês têm outra forma de pagamento então? Tipo crediário, pra eu pagar outra hora porque não ando com dinheiro na carteira. ’” 62. “Às vezes está sem fazer nada e acabas falando.” 63. 64. Geralmente mais quando perguntam, mas todas voltam na loja se gostam. 65. Todas fazem isso. 66. Todas fazem isso. 67. Todas fazem isso 68. Todas concordam que freqüentam pelo custoXbenefício e facilidade no acesso Francini conhece além dos hidratantes e dos desodorantes corporais, também as maquiagens. Aprova o preço e a qualidade dos produtos. A única das participantes que revela pensar antes de comprar um produto. As demais compram por impulso.Revela ter percebido melhora nas embalagens dos produtos ao dizer já ter percebido que está “mais bonitinha”. 103 Conhece a loja por indicação de amigos e acredita que a localização e visualização da loja e dos produtos despertem o interesse dos clientes embora sugira que o quiosque possa ser maior. 4.7.6.4 Luana 1. “Creme hidratante”. 2. – 3. -4. Em geral, as participantes compram mais creme hidratante 5. Já experimentou os hidratantes. 6. “O design é bom, acho que é legal. Chama a atenção.” 7. Todas gostam da qualidade dos produtos, por sua durabilidade e benefícios que julgam importantes. 8. “É, saber como eles trabalham com essa parte do natural”. 9. “Eu acho que condiz com o produto. É um produto bom e o preço está dentro do orçamento.” 10. Satisfeita. 11. Todas concordam que os preços da Akákia são um diferencial em relação a concorrência. “É, acho que falta divulgação...” Todas conhecem a Akákia por freqüentar o shopping e por indicação de amigos. 12. Todas gastam em torno de R$50,00 em cada visitação 13. 14. – 15. A localização é satisfatória para todas. 16. 17. “Eu acho legal, não sei” [...] 18. Todas concordam que a localização e a facilidade de acesso despertam o interesse do cliente. 19. Todas concordam que poderia ser maior e ter mais gente disponível para o atendimento 104 20. “Indicação de amigo.” 21. Não notou a Akákia na mídia. 22. 23. Nenhuma das participantes viu tal divulgação da marca, mas acham interessante esse tipo de mídia pela facilidade e pela abrangência. Uma loja virtual era uma boa idéia, de acordo com elas. 24. “Só se alguém perguntar aí eu digo ‘Não, gostei sim!’, agora quando é mal atendido a gente fala.” 25. “Eu faço a jura de não voltar, mas aí eu acabo esquecendo e volto. A gente esquece mesmo.” 26. 27. “Receosa. Se alguém fala mal de uma loja eu nem vou, não me dou o trabalho.” 28. 29. “Mas eu acho que acaba chamando a atenção, porque parece que é uma confiança da loja na gente.” 30. 31. – 32. – 33. – 34. “Acho que associa.” 35. – 36. “Claro, se estiver num período estável, as pessoas vão, não estão com nenhum risco, vão poder gastar numa boa.” 37. – 38. – 39. “Ou quando tem lançamento também né.” 40. “Não todo mês, mas alguma coisinha a gente sempre acaba comprando. Renovar um pouco.” 41. – 42. – 43. – 44. “Às vezes sozinha ou com uma amiga.” 105 45. – 46. “Também acho.” 47. – 48. – 49. – 50. – 51. – 52. – 53. – 54. – 55. – 56. – 57. – 58. – 59. – 60. – 61. – 62. – 63. – Geralmente mais quando perguntam, mas todas voltam na loja se gostam. 64. Todas fazem isso. 65. Todas fazem isso. 66. Todas fazem isso 67. Todas concordam que freqüentam pelo custoXbenefício e facilidade no acesso. Conhece os hidratantes, conheceu a loja por indicação de amigos, não notou a marca na mídia. Nota-se que para esta cliente o atendimento é muito importante por ter sido as questões que mais participou e ter sido a mais severa nas respostas neste assunto. Como as demais aprova a qualidade dos produtos be como os preços oferecidos 106 4.7.6.5 Nathany 1. “Creme hidratante e parte da linha de maquiagem”. 2. – 3. “Hidratante de morango.” 4. Em geral, as participantes compram mais creme hidratante. 5. 6. – 7. “Acho que chama mais atenção.” 8. “Só o que já foi citado.” 9. “Acho que está bem mais acessível. “ 10. Em relação aos preços estão todas satisfeitas. 11. Todas concordam que os preços da Akákia são um diferencial em relação a concorrência 12. Todas gastam em torno de R$50,00 em cada visitação 13. – 14. – 15. – 16. A localização é satisfatória para todas. 17. – 18. Todas concordam que poderia ser maior. 19. Todas concordam que a localização e a facilidade de acesso despertam o interesse do cliente. 20. 21. – 22. – 23. – 24. Nenhuma das participantes viu tal divulgação da marca, mas acham interessante esse tipo de mídia pela facilidade e pela abrangência. Uma loja virtual era uma boa idéia, de acordo com elas. 25. “Claro, comento. O bom atendimento é essencial, se tu vais numa loja e és mal atendido não dá mais nem vontade de voltar.” 26. Nenhuma delas comunica o gerente, mesmo achando que deviam. 107 27. 28. Concorda com Thaise: “Propaganda na TV tu consegue englobar mais pessoas né, todo mundo vai ter aquela informação, só que de amigos é mais forte pra ti, se um amigo teu fala que um produto é bom tu vai bem mais confiante do que com uma propagando de TV, só que ela é mais limitada né.” 29. “Pra mim é indiferente [...] Claro que é melhor, mas eu não vou deixa de ir numa loja porque não tem isso.” 30. – 31. Cartão de débito ou em espécie. 32. Quando questionadas sobre a compra num valor mais alto, por exemplo R$200,00, todas concordam que o parcelamento é viável, em cheque ou cartão de crédito. 33. “Nunca usei.” 34. – 35. – 36. – 37. – 38. As participantes acham que as empresas que possuem tais programas merecem reconhecimento dos clientes. 39. 40. – 41. – 42. – 43. Todas costumam andar no shopping acompanhadas. 44. 45. Todas preferem fazer compras acompanhadas. 46. “Se tem uma coisa que eu gosto e alguém me diz que está feio, pra mim deu, não levo mais! “ 47. Como as demais participantes aparenta concordar com a opinião de Thaise: “Se comprou é porque acha que sim né [...]é porque a gente acha que ‘ai o cheiro combina com o jeito da pessoa’ como tem cheiro que não sabe [...].é igual perfume, tem perfume que tu adora tem perfume que não.” 108 48. Todas concordam com a opinião de Bruna e acrescentam que antes ouviam falar da marca e não sabiam do que esse tratava, e agora ligam o produto a marca instantaneamente pelo fato do consumo. “É [...] por exemplo, como agora desde que eu comecei a comprar o creme da Akákia,as pessoas falam ‘Ah! Um creme hidratante’ tu acaba ligando uma coisa a outra.É o creme que eu uso então acaba sendo a primeira marca que vem na minha cabeça.Acaba ligando o produto a marca mesmo.” 49. Todas concordam com Thaise: “Tem, por exemplo, meu perfume é de outra marca.” 50. Todas respondem sim. Mais uma vez foi ressaltada a questão custo X benefício. 51. – Todas respondem sim. Mais uma vez foi ressaltada a questão custo X benefício. 52. Quando perguntadas se a marca do perfume faz alguma diferença na escolha, todas afirmam que não e que quando se identificam com o cheiro a marca não importa. 53. – 54. – 55. – 56. – 57. – 58. – 59. – 60. – 61. – 62. 63. Geralmente mais quando perguntam, mas todas voltam na loja se gostam. 64. Todas fazem isso. 65. Todas fazem isso. 66. Todas fazem isso 67. Todas concordam que freqüentam pelo custoXbenefício e facilidade no acesso. Bem como as outras aprova a qualidade os preços dos produtos q conheceu a loja por meio de conhecidos. 109 Esta participante demonstrou dar muito valor para a opinião de amigos e conhecidos, logo, sugere-se que para conquistar este tipo de cliente seja necessário antes conquistar quem a acompanha. 4.7.6.6 Thaise 1. “Creme hidratante”. 2. “Linha de cosméticos”. 3. “Eu gosto da linha Crazy”. 4. – 5. – 6. “E também porque a loja está num lugar onde tu passas bastante e acaba dando uma olhadinha né. Até pela disposição dos produtos em cima do balcão, que se torna mais fácil, tu vai sente o cheiro e tal. Eu acho que pode mudar só o Splash, porque o selo dele acaba perdendo a cor e tu não sabes mais qual é”.[...] “É mais fácil se tu tens um tipo de creme e se a embalagem for bem diferenciada tu já logo naquele. Se a embalagem for toda branca, tu vai ficar pensando qual era aquele creme.” 7. – 8. “Como eu não conheço muito a linha fica difícil, talvez o que eu sinta falta já tenha, eu conheço o hidratante só. Mas eu acho interessante se tivesse pra estética, tipo pra espinhas, sabe? Eu não sei se eles trabalham com esse tipo de produto, então eu achava que era uma área legal e que tem bastante oportunidade no mercado.” 9. “Eu concordo com as minhas colegas também, o preço é bem acessível e o produto é de boa qualidade.”[...] “Tem uma história já né.”[...] “O Boticário tem já uma tradição no mercado, a Akákia é recente. Eu conheci a Akákia tem uns dois anos só.” 10. – 11. “Querendo ou não o bolso sempre pesa um pouquinho.” 12. – 110 13. “É bem no centro, é aberto e tu não tens que entrar na loja, tua passas por ali e acabas olhando. Numa loja tu só vai com a intenção de comprar, como é um quiosque tu passas ali e vê”. 14. “Ele é neutro, é claro, é bom porque chama atenção pro produto, se fosse uma coisa toda colorida ia tirar o foco.” 15. – 16. – 17. “E é num lugar bem no centro né.” 18. “Talvez se tivesse uma pessoa lá distribuindo amostras, tipo igual a Boticário ‘ Ah, conheça o novo produto!’ pras pessoas que passassem, acho que já era uma forma de chamar pessoas.” 19. – 20. “Eu acho que eles devem se programar melhor em épocas de finais de ano, épocas que aumentam as vendas, porque eu fui lá perto do natal e não tinham dois produtos que eu precisava, estava em falta. Acho que eles deviam se programar nessas datas, aumentar os estoques. Os produtos eram o hidratante de morango e o Crazy.” 21. “É falta publicidade mesmo. Eu foi passando na frente e parei pra dar uma olhada.” 22. “Eu só por amigas mesmo, divulgação na mídia eu nunca vi.” 23. “Eu acho legal, porque se a pessoa gostou e está indicando é porque é bom.” 24. – 25. Thaise: “Não, quando eu sou mal atendida eu falo, quando eu sou bem atendida dificilmente, só se a pessoa me perguntar.” 26. “Só se for uma loja que tu não tens opção né, se tens opção de ir em outro lugar, vai no outro.” 27. “Se tu for tu já vai com uma má impressão.” 28. “Propaganda na TV tu consegue englobar mais pessoas né, todo mundo vai ter aquela informação, só que de amigos é mais forte pra ti, se um amigo teu fala que um produto é bom tu vai bem mais confiante do que com uma propagando de TV, só que ela é mais limitada né.” 29. – 30. – 31. – 111 32. – 33. “Eu, a minha mãe, minha irmã [...] Todo mundo já usou anticelulite! Eu notei uma pequena diferença, mas eu acho que foi porque eu estava fazendo exercício físico também, acho que isso associou e ajudou um pouquinho. Mas a diferença foi mínina, acho que nem foi tanto pelo creme, acho que mais por mudança de hábitos. Só que não é uma coisa muito visível. Acho que não vale a pena.” 34. “Quando o produto promete muitas coisas tu crias uma expectativa.” 35. – 36. “As pessoas vão primeiro pelo básico, se sobre um dinheirinho aí tu acabas indo pro superficial.” 37. “Querendo ou não influencia.” 38. “Na verdade é uma associação de fatores né, tu olhas pelo preço, pela qualidade e isso é um fator a mais. Claro que eu não vou comprar só aquela marca porque ela tem um selinho da ISSO, só que assim, é um grupo de fatores que acabam te influenciando a comprar.” 39. – 40. “É complicado falar freqüência, depende, às vezes quando eu estou precisando ou quando eu passo na loja e me chama a atenção por alguma coisa eu vou e compro, mas eu não saberia mensurar a freqüência. Digamos que quase todo mês eu vou e compro.” 41. “Eu concordo com ela.” 42. “Mulher! Mulher é sempre vaidosa. O homem hoje em dia também é vaidoso, mas mulher é muito vaidosa.” 43. – 44. “Porque geralmente a gente vai pra conversar, espairecer, vai depois do trabalho pra fazer um lanche, conversar, comprar alguma coisa, mas geralmente eu estou acompanhada mais com amigos mesmo. Meu pai não gosta muito de shopping.” 45. “Opinião de vendedora não conta.” 46. – 47. “Se comprou é porque acha que sim né [...]é porque a gente acha que ‘ai o cheiro combina com o jeito da pessoa’ como tem cheiro que não sabe [...].é igual perfume, tem perfume que tu adora tem perfume que não.” 112 48. – 49. “Tem, por exemplo, meu perfume é de outra marca.” 50. – 51. – 52. “Depende [...] Eu concordo com a Albertina, se tu te identifica com o cheiro Ele pode ser até mais caro que o outro, porque se tu for ver tem um monte de perfume importado que sai horrores e é super caro, mas tu se identifica com o cheiro.” 53. “Acho que é o mesmo caso anterior, é tu gostar do produto.” 54. – 55. – 56. – 57. “Necessidade, presentes, indicação [...] 58. “É mais por impulso. A gente está lá no shopping passando na frente e compra, mas pensar ‘Ah eu tenho que comprar isso.’ É só com presentes.” 59. – 60. “Primeiro tu vais pela qualidade e pelo preço, acho que é a primeira coisa que tu olhas, porque acho que um depende do outro, tu não vai comprar um que é mais barato se não te agrada como o contrário, pode ser bom, mas se for muito caro tu não levas o produto.” 61. “Não ter, por exemplo, a máquina disponível para o cartão. Isso já aconteceu. Tipo ‘-Ah, o sistema está fora do ar. – Vocês têm outra forma de pagamento então? Tipo crediário, pra eu pagar outra hora porque não ando com dinheiro na carteira. ’” 62. – 63. Geralmente mais quando perguntam, mas todas voltam na loja se gostam. 64. Todas fazem isso. 65. Todas fazem isso. 66. Todas fazem isso 67. Todas concordam que freqüentam pelo custoXbenefício e facilidade no acesso. Apesar de aprovar a qualidade e os preços dos produtos, Thaise foi a participante mais crítica do grupo de foco. E foi a que mais ressaltou a questão 113 “preço” apesar de sentir-se atraída pelas cores dos produtos, pela localização e visualização da loja. 4.7.7 Análise Geral Por meio de análise horizontal e vertical dos dados coletados do grupo de foco, é possível concluir que os fatores que influenciam os consumidores da Akákia do shopping Itaguaçu são: Custo x benefício, para todas as participantes do grupo de foco a qualidade dos produtos é boa bem como seus preços o que faz com que haja um diferencial entre a concorrência. A localização e visualização da loja foi outro fator bastante destacado por todas as participantes. As cores dos produtos e embalagens promocionais também agradam bastante as clientes do grupo de foco. Outro fator influenciador é a propaganda de amigos, embora as participantes não tenham notado a Akákia da mídia, todas as elas demonstram confiar mais na opinião de amigos que em propagandas como as de televisão por exemplo. As participantes sugerem propagandas na mídia apenas para divulgação, a não ser que algum artista esteja divulgando, pois quando questionadas a respeito, todas elas revelam que ficariam interessadas no produto. A opinião de amigos e conhecidos também se é destacada como fator influenciador no momento da compra, pelo mesmo motivo de transmitir confiança. 114 5 CONSIDERAÇÕES FINAIS Tão importante quanto saber seus pontos fracos, é primordial para uma organização saber seus pontos fortes para com seus clientes, para que se possa explorá-los traçando estratégias, conhecendo o que preza o consumidor e as vantagens competitivas da empresa mediante a concorrência. Os objetivos específicos foram concluídos: Na primeira parte do deste trabalho, foi fundamentado teoricamente o tema para o embasamento da pesquisa, e uma melhor compreensão do presente instrumento. Foram analisadas, por meio de grupo de foco, as características da Akákia do shopping Itaguaçu, bem como os principais fatores de atratividade da mesma e seus principais diferenciais mercadológicos. Ao longo do desenvolvimento deste trabalho, foram identificadas algumas oportunidades de melhoria para a empresa em questão. A pesquisa mostrou que os clientes apenas conhecem a loja porque passaram por ela no shopping ou porque algum conhecido a recomendou. As práticas de marketing, até o momento adotadas, não estão surtindo efeito no público alvo. A proposta consiste em, mapear qual estação de rádio o público alvo da Akákia ouve, quais programas de televisão assistem, quais eventos costumam freqüentar para que seja possível o patrocínio. No entanto, é preciso manter certa cautela com o patrocínio de determinados eventos, já que é preciso que o gestor pense o que quer ou o que é conveniente relacionar a sua marca. Outra prática, que bem utilizada pode ser bastante eficaz e foi aprovada pelas participantes do estudo, é a utilização de sites de relacionamento, tais como Orkut, Twitter e Facebook. É uma maneira de estar sempre em contato com os clientes, visto que, por exemplo, segundo dados do site novo-mundo, 76% dos brasileiros utilizam o Orkut, colocando-se a par das novidades e promoções. Utilizando um pouco mais a criatividade com o uso destas ferramentas, é possível, inclusive, a postagem de curiosidades sobre os produtos, como as do tipo “Você sabia que [...], tornando a marca e a loja cada vez mais interessante aos olhos do consumidor”. A pesquisa mostrou que as participantes consideram que a Akákia se destaca dentro do shopping Itaguaçú por sua localização favorável, por ser bem visível ao localizar-se em frente à praça de alimentação e próximo das escadas rolantes. No 115 entanto, as mesmas também destacaram a falta de espaço do quiosque, que apesar de não aprovarem a mudança para uma loja fixa dentro do shopping, sugerem um quiosque maior para melhor atender os clientes. A sugestão é de projetar um novo modelo de quiosque, ao invés de migrar para uma loja e perder o excelente ponto de venda, de maneira que haja mais espaço, que os produtos se destaquem ainda mais e que seja principalmente mais confortável para os clientes. Por meio da análise horizontal e vertical o objetivo geral foi alcançado. É válido destacar que os fatores influenciadores, a partir dos resultados da pesquisa, não podem ser deixados de lado. Pelo contrário, merecem ainda mais destaque para que haja maior fidelização por parte dos clientes, tendendo a aumentar popularidade da marca, nunca deixando de considerar que sempre é possível melhorar em algum aspecto. Cabe ressaltar algumas sugestões para futuras pesquisas, tais como quais produtos são mais consumidos e por que, para que seja possível a criação de novas linhas de produtos, como por exemplo, linha de produtos naturais que foi sugerida inúmeras vezes pelas participantes do grupo de foco. A partir dos resultados da pesquisa, no que tange o objetivo geral, os fatores de influência dos consumidores do quiosque Akákia do Shopping Itaguaçu, concluise que os consumidores são motivados por indicação de conhecidos, pela vitrine da loja e pelo fato de os provadores estarem dispostos em cima do balcão. Os clientes gostam do atendimento das vendedoras, aprovam a aparência dos produtos e o preço e compram. Ao utilizar, atestam sua qualidade, o que faz com que voltem a consumir os produtos do quiosque Akákia do Shopping Itaguaçu. Quanto ao posicionamento conceitual da marca Akákia, percebe-se que os clientes relacionam a marca com qualidade e custo versus benefício. Pode-se destacar este fator também como o diferencial mercadológico da marca. No que se refere às características da loja Akákia do Shopping Itaguaçu, segundo a percepção dos clientes, nota-se que os mesmos mostram-se relativamente satisfeitos com a aparência, asseio, organização e localização do quiosque no Shopping Itaguaçu. No entanto, os clientes acreditam que um espaço maior seria mais adequado à marca. 116 Os principais fatores de atratividade comercial sob a perspectiva dos consumidores da loja Akákia do Shopping Itaguaçu são: vitrine, qualidade dos produtos e o preço. 117 REFERÊNCIAS AAKER, David et al. Pesquisa de Marketing. São Paulo: Atlas, 2001. ABIHPE. Cosmoprof Bologna 2 a 6 de abril de 2009. Disponível em: <http://www.abihpec.org.br/cosmoprof_bologna2009.php>. Acesso em: 10 set 2009. ANDRADE, D. M. 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Por quê? 7. -Qual sua opinião em relação a qualidade dos produtos? Por quê? 8. -Você falta algum produto ou alguma linha de produtos para a Akákia?Por quê? *Preço 9. -Qual sua opinião em relação aos preços dos produtos? 10. -Você se sente satisfeito em relação a eles? 11. -Você considera os preços dos produtos da Akákia um diferencial em relação a concorrência? Por quê 12. -Quanto você costuma gastar em loja de cosméticos? *Ponto de venda 13. -Qual sua opinião em relação a aparência do quiosque Akákia do shopping Itaguaçú? Por quê? 14. -O quê na sua opinião pode melhorar? 15. -Qual a sua opinião em relação a localização da loja dentro do shopping Itaguaçú? 16. -Você acha que sua localização facilita para que as pessoas conheçam a marca e os produtos? 17. -Você acha que o quisque poderia estar mais destacado dentro do shopping? Por quê? Como? 18. -De maneira geral você acha que o ponto de venda contribui para que o cliente desperte interesse pelos produtos? Por quê? 19. -Você acha que o ponto de venda da Akákia do shopping Itaguaçu contribui para que os clientes despertem interesse pelos produtos da loja? Por quê? 20. -Algo pode melhorar? 126 *Promoção 21. -Como você ouviu falar da loja Akákia? 22. -Você percebe as lojas Akákia na mídia? Como? 23. -Você se sente interessada com estetipo de propaganda ou para você é indiferente? 24. -O quê lhe chama a atenção em propagandas de cosméticos? Por quê? 25. -Qual sua opinião em relação a divulgação da loja em sites de relacionamento, tais como: orkut,twitter, facebook etc? Por quê 26. -Você costuma falar bem de lojas que você foi be atendido para os amigos? 27. -E quando é mal atendido o quê você faz? 28. -Se alguém fala mal de uma loja, ou do atendimento de uma loja para você, você vai conhecê-la mesmo assim? Por quê? 29. -Para você o que é mais importante:Propaganda na TV ou recomendação de amigos? 30. -Qual sua opinião em relação a cartões fidelidade de lojas? Por quê? *Econômico 31. -Você acha que promoções em datas comemorativas como natal, dia das mães, dia dos namorados despertam a curiosidade dos clientes? Como por exemplo? Por quê? 32. -Quais formas de pagamento você costuma utilizar? Por quê? 33. -Quais facilidades de pagamento em sua opinião não podem faltar em uma loja?Por quê? *Tecnológico 34. -Você acredita que produtos que prometem acabar com rugas, diminuir celulites, acabar com a flacidez, de fato dão resultados?Por quê? 35. -Você acha importante atribuir tecnologia a cosméticos ou prefere produtos mais naturais? Por quê? *Político 36. -Você acredita que possíveis proibições de matérias-primas possam atribuir uma imagem negativa a marca Akákia? 37. -Você acredita que a atual situação política do país contribui para que aumentar o seu poder de compra? Por quê? 38. -Na sua opinião empresas que zelam pelo meio ambiente ou incentivam programas culturais e sociais merecem reconhecimentos dos consumidores? Por quê? *Culturais 39. -Você acredita que programas de TV, mesmo não mencionando marcas, se falam que o tipo X de produto faz bem, ou determinada cor de batom está na moda, mesmo que indiretamente estimula as pessoas a procurarem a loja Akákia? 127 2.Características do comprador *Culturais 40. -Quando você acha que precisa comprar cosméticos? 41. -Com que freqüência você compra cosméticos? 42. -Se algum artista utiliza algum produto, isso faz com que você também queira experimentá-lo? 43. -Por quê você utiliza cosméticos? *Sociais 44. -Você costuma passear pelo shopping sozinho ou acompanhado? Por quê? 45. -Quando acompanhado quem são suas companhias? Por quê? 46. -Você prefere fazer compras sozinho ou acompanhado? Por quê? 47. -Os acompanhantes lhe ajudam de alguma maneira? Como? 48. -Se não ajudam por quê preferem fazer compras acompanhado? 49. -A opinião de acompanhantes influenciam na escolha de uma compra? Por quê? *Pessoais 50. -A Akákia tem produtos que na sua opinião tem haver com você? Por quê? 51. -Você acha que outras lojas de cosméticos também têm produtos que têm haver com você? Por quê você compra na Akákia?Por quê você acha isso? 52. -Os produtos da Akákia valem o preço que custam na sua opinião? Por quê? 53. -Na sua opinião quanto vale um perfume? 54. -Um hidratante? 55. -Maquiagens *Psicológicos 56. - Você costuma experimentar produtos novos? Em que tipo de ocasião? 57. -E marcas novas? 3.Processo de decisão do comprador 58. -Por quê você compra este produto da Akákia ao invés de outra marca? *Reconhecimento de problemas 59. -O que faz você ir até uma loja para comprar cosméticos? 60. -Quando está em casa vocÊ costuma pensar que precisa sair para comprar um hidratante ou alguma maquiagem, ou você acha que compra cosméticos por impulso?Por quê? *Busca de informações 61. -Você costuma pesquisar preços ou atributos sobre cosméticos antes de sair para comprar?Por quê? 128 *Avaliação de alternativas 62. -Como você avalia as alternativas quando alguém te oferece vantagens adicionais na concorrência? *Decisão de compra 63. -Você já decidiu pela compra. O que poderia fazer você mudar de idéia na última hora? *Comportamento pós compra 64. -Se o produto atende ou não suas expectativas você comenta com os amigos? 65. -Você recomenda a loja para amigos? 66. -Volta a comprar? 67. -Você costuma dar o produto de presente para amigos? Por quê? 68. -Vão conhecer novos produtos da loja? 5.Decisão do comprador *Escolha da marca 69. -Por quê você compra este produto da Akákia ao invés de outra marca?