1 UNIVERSIDADE DO EXTREMO SUL CATARINENSE - UNESC CURSO DE FISIOTERAPIA NARA ANTUNES DE SOUZA A MOBILIZAÇÃO DE PACIENTES ACAMADOS NO LEITO DO HOSPITAL SÃO JOSÉ NO MUNICIPIO DE CRICIÚMA-SC POR ACADÊMICOS DO CURSO DE FISIOTERAPIA DA UNESC CRICIÚMA, ABRIL DE 2010 2 NARA ANTUNES DE SOUZA A MOBILIZAÇÃO DE PACIENTES ACAMADOS NO LEITO DO HOSPITAL SÃO JOSÉ NO MUNICIPIO DE CRICIÚMA-SC POR ACADÊMICOS DO CURSO DE FISIOTERAPIA DA UNESC Trabalho de Conclusão de Curso, apresentado para obtenção o grau de Bacharel no curso de Fisioterapia da Universidade do Extremo Sul Catarinense, UNESC. Orientador: Prof. MSc Ariete Inês Minetto. 3 CRICIÚMA, ABRIL DE 2010 4 SUMÁRIO CAPITULO I – PROJETO DE PESQUISA................................................................5 CAPITULO II – ARTIGO CIENTIFICO ......................................................................23 CAPITULO III - NORMAS DA REVISTA ..................................................................33 ANEXOS ...................................................................................................................40 APÊNDICE ................................................................................................................52 5 CAPITULO I – PROJETO DE PESQUISA 6 SUMÁRIO 1. INTRODUÇÃO ......................................................................................................7 1.2 PROBLEMA ........................................................................................................8 1.3 INTERROGANTES CIENTÍFICAS ......................................................................8 1.4 HIPÓTESES ........................................................................................................9 1.5 OBJETIVO GERAL .............................................................................................10 1.6 OBJETIVOS ESPECÍFICOS ...............................................................................10 1.7 JUSTIFICATIVA ..................................................................................................10 2. referencial teórico ...............................................................................................12 2.1 O PACIENTE ACAMADO ...................................................................................13 2.2 PRINCIPAIS MOBILIZAÇÕES NO LEITO E SUA IMPORTÂNCIA AOS PACIENTES ACAMADOS ........................................................................................14 2.3 REALIZAÇÃO DE MOBILIZAÇÕES E TRANSFERÊNCIAS NO LEITO ...........14 2.4 FATORES QUE INTERFEREM NO PROCESSO DE MOBILIZAÇÃO E TRANSFERÊNCIA NO LEITO ..................................................................................15 2.5 DISTÚRBIOS RELACIONADOS ÀS MOBILIZAÇÕES E TRANSFERÊNCIAS NO LEITO ...............................................................................15 3. MATERIAIS E MÉTODOS ....................................................................................17 3.1 CARACTERIZAÇÕES DA PESQUISA ...............................................................17 3.2 CARACTERIZAÇÕES DA AMOSTRA ...............................................................17 3.3 INSTRUMENTOS PARA COLETA .....................................................................18 3.4 PROCEDIMENTOS PARA COLETA DE DADOS ..............................................18 3.5 PROCEDIMENTOS PARA ANÁLISE DE DADOS .............................................19 4. CRONOGRAMA....................................................................................................20 5. ORÇAMENTO .......................................................................................................21 Referências ..............................................................................................................22 7 1. INTRODUÇÃO A Fisioterapia em ambiente hospitalar tem um importante papel o qual é desempenhado fundamentalmente em UTI’s, pronto socorro, maternidades, e leitos hospitalares. Segundo Sakuma (2008) os principais objetivos da atuação fisioterapêutica em um ambiente hospitalar são os de minimizar os efeitos da imobilidade no leito e prevenir e/ou tratar as complicações respiratórias e motoras. De acordo com a autora, o tempo prolongado de internação, posicionamento inadequado juntamente com falta de mobilização predispõe o paciente a modificações morfológicas de músculos e tecidos conjuntivos. Em alguns casos encontramos as alterações no alinhamento biomecânico, o comprometimento de resistência cardiovascular, contraturas articulares, diminuição do trofismo e da força muscular, e aparecimento de úlceras de pressão. A atuação fisioterapêutica sobre os efeitos deletérios da hipo ou inatividade do paciente acamado no âmbito hospitalar contribui na redução da taxa de mortalidade, taxa de infecção, tempo de permanência na UTI e no leito hospitalar, e a diminuição no índice de complicações pós-operatórias. Fernandes (2006) aponta o sistema osteomuscular como o mais acometido pelo imobilismo, podendo ocorrer hipotrofia, atrofia muscular e descondicionamento, contraturas, osteoporose e osteopenia, deterioração articular, ossificação heterotópica, osteomielite e deformidades. As mobilizações e transferências no leito durante as práticas hospitalares são frequentemente utilizadas pelos fisioterapeutas no intuito de minimizar qualquer alteração proveniente do imobilismo. O posicionamento do paciente no leito é uma intervenção que visa à prevenção de processos degenerativos da pele, músculos, ossos, articulações e promoção de conforto e segurança ao paciente acamado (KOZIER, 1991). Os procedimentos que envolvem a mobilização e o transporte de pacientes são considerados os mais difíceis e perigosos pelos profissionais que atuam em hospitais e centros de saúde (ALEXANDRE, 2000). Dentre os profissionais da saúde, a literatura aponta o Fisioterapeuta como um destes que mais sofrem com as descargas de peso durante as suas 8 atividades de trabalho, isso devido postura inadequada ou condições as quais submete durante o período de atendimento (PERES, 2002). O estudo realizado por BORK (1996) com 128 Fisioterapeutas revela que 80% destes profissionais demonstraram algum tipo de distúrbios músculoesquelético com prevalência em região lombar (45%), seguidos de punho e mão (29,6%), região dorsal (28,7%) e região cervical (24,7%). 1.2 Problema Os acadêmicos da 10ª fase do Curso de Fisioterapia da UNESC encontram fatores que dificultam a realização das principais mobilizações no leito em pacientes acamados internados no Hospital São José - Criciúma? 1.3 Interrogantes Científicas a) Qual a relevância da mobilização no leito para a evolução do tratamento fisioterapêutico? b) Quais as principais mobilizações e transferências no leito utilizadas em ambiente hospitalar? c) Há aspectos que dificultam a mobilização no leito de pacientes acamados durante a intervenção fisioterapêutica? d) Quais as principais dificuldades descritas pelos acadêmicos da 10ª fase do Curso de Fisioterapia durante a mobilização no leito promovida aos pacientes internados no Hospital São José? e) Os acadêmicos da 10ª fase do Curso de Fisioterapia estão sujeitos a possíveis complicações geradas pelas posturas por eles adotadas durante os atendimentos aos pacientes acamados internados no Hospital São José? 9 1.4 Hipóteses a) A realização de transferências é importante para o paciente acamado, pois proporciona maior conforto, evita contraturas musculares, previne as úlceras de pressão e mantém o funcionamento circulatório e vascular, além do tônus muscular e estimulo dos reflexos posturais (ZANON, 2000). b) De acordo com Alexandre (2000) as principais mobilizações e transferências são: Sentar o paciente no leito; sentar o paciente na beira da cama; movimentar o paciente em posição supina para a cabeceira da cama; trazer o paciente para um dos lados da cama e colocar o paciente em decúbito lateral, auxiliar o paciente a levantar da cadeira ou poltrona; transferência do paciente acamado do leito para uma cadeira de rodas ou poltrona e vice-versa; auxiliar na deambulação precoce. c) Existem alguns fatores que podem dificultar a mobilização do paciente no leito, dentre eles encontramos o ambiente onde será realizada a mobilização (espaço físico, tipo de piso); as características do paciente (idade, nível de consciência, peso, grau de colaboração); os equipamentos (utilização de auxílio mecânico) e os profissionais envolvidos no procedimento (número, treinamento, utilização de vestimenta e sapatos adequados) (ALEXANDRE & ROCHA, 1997). Segundo Bromley (1997) os pacientes mais difíceis de serem mobilizados são aqueles que possuem o maior grau de dependência. d) As principais dificuldades encontradas durante o posicionamento do terapeuta ao realizar as transferências e mobilizações provavelmente estão relacionadas com o tipo físico do paciente (altura e peso), a altura das macas, a disposição de equipamentos de auxilio a transferência e a disponibilidade de outros profissionais para realizar as transferências mais difíceis (PERES, 2002). 10 e) Uma pesquisa realizada por Peres (2002) mostra que é grande o índice de profissionais de Fisioterapia que sofreram distúrbios musculares relacionados a postura adotada durante os atendimentos. 1.5 Objetivo Geral Analisar os fatores relevantes encontradas pelos acadêmicos da 10° fase do Curso de Fisioterapia da Universidade do Extremo Sul Catarinense – UNESC, durante as mobilizações no leito de pacientes acamados que se encontravam internados no Hospital São José – Criciúma/SC. 1.6 Objetivos Específicos a) Descrever a relevância da investigação das principais mobilizações no leito em pacientes acamados a partir de conhecimentos teóricos pertinentes; b) Relatar as características das mobilizações no leito de pacientes acamados do Hospital São José; c) Investigar as dificuldades encontradas pelos acadêmicos da 10ª fase em relação às mobilizações no leito de pacientes acamados; d) Descrever as possíveis complicações sofridas pelos acadêmicos do curso de fisioterapia durante as mobilizações enquanto a realização desta pratica fisioterapêutica. 1.7 Justificativa De acordo com a literatura os procedimentos que envolvem a mobilização e o manuseio de pacientes acamados são considerados os mais penosos e desgastantes para os profissionais em hospitais. Peres (2002) mostra que é grande o índice de profissionais de Fisioterapia que sofreram distúrbios musculares, sendo que a grande maioria atribui estes distúrbios e a exacerbação dos seus sintomas a pratica clínica diária. 11 É imprescindível que os Fisioterapeutas realizem mobilizações adequadas aos pacientes no leito para a promoção de segurança e conforto dos mesmos. Diante das queixas descritas na literatura sobre os distúrbios que a execução destas atividades vem causando aos profissionais da área da saúde, é necessário analisar a adoção das principais posturas assumidas por estes profissionais durante a mobilização de pacientes no leito (ZANON, 2000). Grande parte das agressões à coluna vertebral sofrida pelos Fisioterapeutas está relacionada às condições ergonômicas inadequadas de mobiliários, posto de trabalho, equipamentos utilizados nas atividades cotidianas e na grande maioria pela postura adotada durante a mobilização dos pacientes (ALEXANDRE, 2000). A partir destas e outras informações sobre mobilização e transferências no leito que se pretende justificar a presente investigação, compreendendo-a como motivação de estudo que irá auxiliar direta e indiretamente na busca pela melhora na qualidade de vida dos profissionais da área de fisioterapia e como conseqüência a toda comunidade que trabalha ou recebe os serviços de saúde. 12 2. REFERENCIAL TEÓRICO O Fisioterapeuta é um profissional que atua em diversas áreas inclusive no leito hospitalar, sendo que mobiliza e manipula indivíduos com as mais diferentes alterações no dia a dia. Este profissional atua na prevenção e no tratamento de complicações músculo-esqueléticas, cardiorrespiratórias e neurológicas. O tratamento inclui exercícios para o restabelecimento das funções respiratórias e motoras com o uso de medidas terapêuticas, visando otimizar o sucesso das terapêuticas. O atendimento é realizado nas Unidades de Terapia Intensiva, Clínica Médica e Pronto Atendimento. O atendimento da Fisioterapia proporciona aos pacientes uma recuperação mais rápida, reduzindo as complicações e o tempo de internação o que torna fundamental sua participação na equipe profissional. O fisioterapeuta até pouco tempo atrás apresentava pouco destaque profissional na atenção primária à saúde. Os currículos dos cursos de fisioterapia existentes no Brasil priorizavam as ações curativas, valorizando pouco o modelo assistencial vigente, dificultando a inserção do fisioterapeuta na saúde pública (RAGASSON et al., 2003). Esta redução do destaque da fisioterapia nos serviços básicos de saúde refere-se à maioria das vezes pela sua atuação, que excluía os serviços de prevenção e promoção da saúde (VEIGA et al., 2004), evidenciando sua atuação profissional em hospitais, clínicas e consultórios privados (SAMPAIO, 2002a). O exercício profissional do fisioterapeuta, entendido de uma forma integrada da equipe da saúde, se coloca como um elemento de controle do processo saúde-doença física e mental, nas suas formas de ações educacionais, preventivas e reabilitadoras. Em sua missão maior, solidária e social, a profissão do Fisioterapeuta busca o alívio do sofrimento e a plenitude da saúde das pessoas e da coletividade (CREFITO-4, 1997). O Decreto Lei nº938 de 13 de Outubro de 1969, D.O.U. nº197 de 14/10/1969, no art.3º, diz que é atividade privativa do Fisioterapeuta executar métodos e técnicas fisioterapêuticas com a finalidade de restaurar, desenvolver e conservar a capacidade física do paciente. De acordo com o Código de Ética Profissional de Fisioterapia aprovada pela Resolução COFFITO-10, de 03 de 13 julho de 1978, no capto.I, art.1º, das Responsabilidades fundamentais, o Fisioterapeuta presta assistência ao homem, participando da promoção, tratamento e recuperação de sua saúde. Com bases na Resolução do COFFITO-8, que aprova as Normas para habilitação ao exercício da profissão do Fisioterapeuta, de 14 de março de 1978, no capto.I, art.2º, parágrafo I, constituem atos privativos ao Fisioterapeuta o planejamento, a programação, a ordenação, a coordenação, a execução e a supervisão de métodos e técnicas fisioterápicos que visem a saúde nos níveis de prevenção primária, secundária e terciária (CREFITO-4, 2002). Segundo Rebelatto (1998), para que os fisioterapeutas tenham uma melhor qualidade de atuação, depende em grande parte, do que é ensinado na formação destes profissionais, mas por outro lado depende também de quanto os docentes e responsáveis por estes cursos são capazes de transformar o conhecimento disponível em comportamentos profissionais e das próprias características de qualidade e quantidade do conhecimento disponível. 2.1 O Paciente Acamado A transformação do indivíduo em paciente inclui a vivência de uma série de separações marcadas, freqüentemente, por experiências de fragmentação e perda de autonomia sobre o próprio corpo. Internado, o paciente sofre uma ruptura com seu cotidiano, desencadeadora de “falta de existência”, como se ele ficasse subitamente em defasagem com o mundo: separa-se da família, da sua casa, dos seus afazeres e inicia uma constante onde deixa de ter direitos sobre o próprio corpo e se vê separado, de modo abrupto, da vida que, dia a dia, construía e reconstruía sua identidade (Sant’Anna, 2000). Quando encontra-se deitado na cama hospitalar por vários dias, a situação que o paciente experimenta é, como observa Sant’Anna (2000), a da fragmentação do tempo, do corpo e das atividades. 14 2.2 Principais mobilizações no leito e sua Importância aos pacientes acamados De acordo com Alexandre (2000) as principais transferências são: Sentar o paciente no leito; sentar o paciente na beira da cama; movimentar o paciente em posição supina para a cabeceira da cama; trazer o paciente para um dos lados da cama e colocar o paciente em decúbito lateral, auxiliar o paciente a levantar de cadeira ou poltrona; transferência do paciente acamado do leito para uma cadeira de rodas ou poltrona e vice-versa; auxiliar na deambulação. A realização de transferências ajuda a evitar os desconfortos musculares e pressão desproporcional que resultam em ulceras de pressão, danos a nervos superficiais, vasos sangüíneos e contraturas musculares, mantêm ainda o tônus muscular e estimulam reflexos posturais (ZANON, 200). 2.3 Realização de mobilizações e transferências no leito A movimentação de pacientes no leito é um procedimento que requer grande esforço físico e utilização adequada da mecânica corporal pelos profissionais da área da saúde (OGUISSO; SCHIMIDT, 1984). Alexandre e Rogante (2000) ressaltam que, ao iniciar o processo de mobilização e transferência de pacientes, um dos primeiros pontos a ser observado é a presença de soros, sondas e outros equipamentos conectados ao paciente, uma vez que estes são apontados como prejudiciais para a execução do procedimento. Os autores descrevem como deve ser realizada a mobilização adequada de um paciente acamado: Inicialmente, deve-se fazer uma avaliação das condições físicas do paciente e de sua capacidade de colaboração; observar a presença de soros, sondas e outros equipamentos; é importante explicar ao paciente sobre o procedimento a ser realizado, orientá-lo a cooperar se possível, informá-lo para onde e por qual o motivo esta sendo mobilizado; outro ponto muito importante é que a movimentação e o transporte de indivíduos obesos precisam ser minuciosamente avaliados e planejados, usando sempre que possível auxílio mecânico. 15 2.4 Fatores que interferem no processo de mobilização e transferência no leito Pacientes com sondas, soros, e outros equipamentos, exigem que a equipe realize um rigoroso planejamento antes da realização dos procedimentos (ALEXANDRE e RADOVANOVIC, 2002) Segundo Zanon e Marziale (2000), o espaço físico inadequado, o excesso de carga física e a falta de pessoal para realização desses procedimentos são citados como fatores que dificultam o trabalho. Com relação ao peso do paciente, é importante avaliar e planejar de forma minuciosa o processo de movimentação e transporte, principalmente no caso de pacientes obesos. O paciente totalmente dependente pode ser considerado um agente causador de riscos em relação às lesões musculoesqueléticas dos profissionais da área d saúde. Em uma pesquisa realizada por Zanon (2000) os profissionais da área da saúde, apontaram a inadequação de espaço (58,82%), elevada carga física (52,94%) e falta de pessoal (47,06%) como as principais dificuldades encontradas na execução da mobilização de paciente no leito. 2.5 Distúrbios relacionados às mobilizações e transferências no leito As técnicas que envolvem a movimentação e o manuseio de pacientes são consideradas as mais penosas para os fisioterapeutas e acadêmicos de fisioterapia que desenvolvem atividades e estágios supervisionados, e envolvem um rigoroso planejamento para torná-las menos prejudiciais. Este planejamento deve abordar a avaliação das condições do paciente e o preparo do ambiente e equipamento. Em um estudo realizado por Peres (2002) pode-se observar que é grande o índice de fisioterapeutas que sofreram distúrbios musculares, sendo que a grande maioria atribui estes distúrbios e a exacerbação dos seus sintomas pela pratica clínica. Os fatores pessoais no trabalho também influenciam na postura adotada pelo fisioterapeuta como, trabalhar próximo ou no limite físico já com sinais de fadiga, dar continuidade às atividades mesmo com dor na musculatura postural 16 e treinamento inadequado sobre a prevenção dos distúrbios posturais (PERES2002). 17 3. MATERIAIS E MÉTODOS 3.1 Caracterizações da Pesquisa Baseado na caracterização da pesquisa, segundo Carminati (2001), em relação à natureza desse estudo trata-se de aplicado, em relação ao problema é do tipo quantitativa e qualitativa, do tipo observacional, quanto aos objetivos trata-se descritivo e exploratório e por fim em relação aos procedimentos técnicos da pesquisa é do tipo bibliográfico e de levantamento. 3.2 Caracterizações da Amostra Inicialmente participarão da pesquisa 09 acadêmicos matriculados na 10° fase do Curso de Fisioterapia da Universidade do Extremo Sul de Santa Catarina - UNESC, que realizaram ou estão realizando o estágio obrigatório supervisionado da Prática Fisioterapêutica VI, realizado no Hospital São José, no município de Criciúma. Segundo o cálculo de COSTILL (BARBETTA, 2007), onde n: N x n0 ; N: 9, n0: 400 (E0 : 5 %); n: 9 x 400 ; n: 3600 ; n: 8.8 9 + 400 N + n0 409 Sendo que a amostra mínima é constituída de nove indivíduos. Como critérios de inclusão, estão: indivíduos que estiverem matriculados na 10° fase do Curso de Fisioterapia da Universidade do Extremo Sul de Santa Catarina - UNESC, que realizaram ou estão realizando o estágio obrigatório supervisionado da Prática Fisioterapêutica VI, efetuado no Hospital São José, no município de Criciúma e que assinarem o Termo de Consentimento Livre e Esclarecido e estiverem dentro das normas propostas pelo curso. Como critérios de exclusão, estão: indivíduos que não estiverem matriculados na 10° fase do Curso de Fisioterapia da Universidade do Extremo Sul de Santa Catarina - UNESC, que não assinarem o Termo de Consentimento Livre e Esclarecido e não preencherem corretamente o questionário aplicado. 18 Todos os participantes desta pesquisa terão seus dados mantidos em sigilo segundo a Resolução nº 196/96 do Conselho Nacional de Saúde, sendo os dados colhidos utilizados para a produção da pesquisa e incremento científico sem identificação dos indivíduos. 3.3 Instrumentos para Coleta Como instrumento para coleta dos dados será utilizado um questionário (ANEXO 1), apreciado por três professores do Curso de Fisioterapia da UNESC, mediante ao preenchimento de um termo de apreciação (ANEXO 2). O mesmo contém questões relacionadas às dificuldades encontradas durante as mobilizações dos pacientes no leito hospitalar. 3.4 Procedimentos para Coleta de Dados O presente estudo será realizado na Clínica de Fisioterapia da UNESC, na sala de avaliação Cinesiológica-Funcional. Será solicitado o preenchimento de um Termo de Autorização da Clínica de Fisioterapia da UNESC para realização da Pesquisa (ANEXO 3). Os indivíduos do estudo serão contatados inicialmente por telefone e email, convidados a participarem de uma reunião que acontecerá na Clínica de Fisioterapia da UNESC, para o esclarecimento da pesquisa e para assinatura do Termo de Consentimento Livre, Esclarecido e Informado. O documento será impresso em duas vias, uma ficará de posse do acadêmico e outra da pesquisadora (ANEXO 4). Após assinatura do Termo de Consentimento Livre, Esclarecido e Informado, serão esclarecidas todas as dúvidas relacionadas ao questionário para que o mesmo possa ser preenchido. Após o preenchimento do instrumento de pesquisa, será realizada a analise dos dados. 19 3.5 Procedimentos para Análise de Dados Os dados obtidos nos questionários serão devidamente tabulados, analisados e avaliados pelo programa de estatística SpSS 17.0 para Windows utilizando análise descritiva de freqüências, após os dados serão transferidos ao programa Microsoft Excel para construção de gráfico e tabelas e em seguida confrontados com a literatura científica. 20 4. Cronograma ATIVIDADES E ETAPAS DO PROJETO Meses para realização das etapas (2010) MARÇO. ABRIL. MAIO. JUNHO. Encaminhar o projeto para o Comitê de Ética; X Selecionar a população; X Coleta de dados; X Análise dos dados; X Discussão dos dados; X X Confecção de artigo; X Envio para Publicação. X 21 5. Orçamento DISCRIMINAÇÃO MATERIAS DE CUNSUMO Quantidade Valor Unitário Valor Total R$ R$ Material de expediente (Folhas, Tinta de Impressora) 1000 0,1 100 Material didáticopedagógico (Artigos) 3 20 60 Total R$ 160 Obs. A pesquisadora arcará com todos os custos do projeto, estando os pesquisadores isentos de quais quer ônus e de possíveis lucros. 22 REFERÊNCIAS ALEXANDRE, N. M. C. Ergonomia e as atividades ocupacionais de enfermagem. Revista da Escola de Enfermagem da USP, São Paulo, v.32, n.1, p.84-90, 1998. ALEXANDRE, N. M. C.; ROGANTE, M. M. Movimentação e transferência de pacientes: aspectos ergonômicos e posturais. Revista da Escola de Enfermagem da USP, São Paulo, v.34, n.2, p.165-73, 2000. ALEXANDRE, N.M.C. Aspectos ergonômicos e posturais e o trabalho da área da saúde. Semina: Ciências Biológicas e da Saúde, Londrina, v. 28, n. 2, p. 109-118, jul./dez. 2007. BROMLEY, Ida. Paraplegia e Tetraplegia: Um guia teórico-prático para Fisioterapeutas, cuidadores e familiares. 4 ed. Rio de Janeiro: Revinter, 1997. 228 p. ISBN 85-7309-132-0. CÉLIA, R. C. R. S.; ALEXANDRE, N. M. C. Aspectos ergonômicos e sintomas osteomusculares em um setor de transporte de pacientes. 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PERES, Celeide Pinto Aguiar. Estudo das sobrecargas posturais em fisioterapeutas: uma abordagem biomecânica ocupacional. Florianópolis, 2002, 128 fs. Dissertação (Mestrado em Engenharia de Produção) – Programa de Pós-graduação em Engenharia de Produção, UFSC, 2002. RADOVANOVIC, Cremilde Aparecida Trindade; ALEXANDRE, Neusa Maria Costa. Desenvolvimento de um Instrumento para Avaliar a Movimentação e Transferência de clientes: um enfoque ergonômico. Rev. esc. enferm. USP [online]. 2002, vol.36, n.3, pp. 231-239. Print ISSN 0080-6234. 23 ROSSI, Cristiane Gonzales; ROCHA, Renata Marchetti; ALEXANDRE, Neusa Maria Costa. Aspectos ergonômicos na transferência de pacientes: um estudo realizado com trabalhadores de uma central de transportes de um hospital universitário. Rev. esc. enferm. USP [online]. 2001, vol.35, n.3, pp. 249-256. ISSN 0080-6234. SILVA, Miriam Rosalem et al. Efeitos Deletérios: ausência da cinesioterapia na mobilidade articular em politraumatizado. Fisioter. 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E-mail: arí[email protected] Telefone: (48) 99144485 Data do envio: RESUMO: Este estudo tem como objetivo analisar os fatores relevantes encontradas pelos acadêmicos da 10° fase do Curso de Fisioterapia da Universidade do Extremo Sul Catarinense – UNESC, durante as mobilizações no leito de pacientes acamados que se encontravam internados no Hospital São José – Criciúma/SC. Como materiais e métodos, foi utilizado como instrumento de pesquisa, um questionário validado por três professores do Curso de Fisioterapia da UNESC, contendo questões relacionadas às dificuldades encontradas durante as mobilizações dos pacientes no leito hospitalar, sendo aplicado aos acadêmicos da 10ª fase no 2º semestre de 2009 a 2010. Como resultados obtidos durante o estudo foram observados as técnicas utilizadas pelos acadêmicos, a importância das orientações recebidas pelos acadêmicos dos seus professores durante a prática e as dificuldades relacionadas ao setor de atuação bem como os fatores que influenciaram durante a prática de mobilização. Concluímos que o estudo foi de grande valia principalmente em meio acadêmico e científico, para que se possam observar as principais dificuldades das mobilizações no leito hospitalar encontradas pelos alunos da Prática Fisioterapêutica VI. Palavras chave: Mobilização, transferência, imobilidade no leito, Fisioterapia. ABSTRACT This study aims to analyze the relevant factors encountered by scholars of the 10th stage of the Physiotherapy Course at the University of Southern Santa Catarina - UNESC during the mobilizations in the bed of bedridden patients who were hospitalized at Hospital São José - Criciúma / SC. As materials and methods, was used as a research instrument, a questionnaire validated by three professors in the School of Physical Therapy of UNESC, containing questions related to difficulties encountered during the mobilizations of patients in the hospital bed, being applied to scholars of the 10th stage in 2nd half 2009-2010. As results were observed during the study techniques used by academics, the importance of guidance received by students of their teachers during practice and the difficulties related to the sector of activity and factors that influenced 26 during the practice of mobilization. We conclude that the study was valuable mainly in academic and scientific, so they can watch demonstrations the main difficulties encountered in hospital bed bay the students of Physical Therapy Practice VI. Key-Words: Mobilization, transfer, immobility in bed, Physiotherapy. Introdução: A Fisioterapia em ambiente hospitalar tem um importante papel o qual é desempenhado fundamentalmente em UTI’s, pronto socorro e leitos hospitalares. Os principais objetivos da atuação fisioterapêutica em um ambiente hospitalar são os de minimizar os efeitos da imobilidade no leito e prevenir e/ou tratar as complicações respiratórias e motoras1. O posicionamento do paciente no leito é uma intervenção que visa à prevenção de processos degenerativos da pele, músculos, ossos, articulações e promoção de conforto e segurança ao paciente acamado 2. Os procedimentos que envolvem a mobilização e o transporte de pacientes são considerados os mais difíceis e delicados realizados pelos profissionais que atuam em hospitais e centros de saúde 3,4. Este processo requer grande esforço físico e utilização adequada da mecânica corporal pelos profissionais que a realizam 5. A literatura aponta o Fisioterapeuta, como um dos profissionais da saúde dentre outros que mais sofrem com as descargas de peso durante as suas atividades de trabalho, relacionada a posturas adotadas as quais submetem-se durante o período de atendimento 6. Dentre os inúmeros fatores que interferem no processo de mobilização e transferência de pacientes no leito destacam-se o ambiente onde será realizada a mobilização (espaço físico, tipo de piso), as características do paciente (idade, nível de consciência, peso, grau de colaboração), a presença de equipamentos inadequados (ou sem manutenção), a falta de materiais de apoio e os profissionais envolvidos no procedimento (número, treinamento, utilização de vestimenta e sapatos adequados) 7,8. O presente estudo visou analisar os fatores relevantes encontrados durante as mobilizações e transferências de pacientes acamados os quais foram atendidos por acadêmicos da 10° fase do Curso de Fisioterapia da Universidade do Extremo Sul Catarinense – UNESC, que se encontravam internados no Hospital São José – Criciúma/SC. Materiais e métodos: O presente estudo é de característica experimental, de caráter de levantamento de dados primários, sendo utilizada a análise primária 9. Em relação ao problema é do tipo quali-quantitativo, quanto aos objetivos é do tipo observacional e exploratório. Os procedimentos são de caráter de levantamento de dados 10. Esse estudo é censitário, no qual fizeram parte 09 indivíduos que se encontravam em estágio obrigatório no Hospital São José em Criciúma SC, como prática Fisioterapêutica VI da grade curricular do Curso de Fisioterapia da UNESC. A pesquisa contou com a participação de 100% da amostra. Como critérios de inclusão, contamos com indivíduos que estiverem matriculados na 10° fase do Curso de Fisioterapia da Universidade do Extremo Sul de Santa Catarina - UNESC, que realizaram o estágio obrigatório supervisionado da Prática Fisioterapêutica VI, efetuado no Hospital São José, no município de Criciúma os 27 quais assinaram um Termo de Consentimento Livre e Esclarecido e estavam dentro das normas propostas pelo Curso. Como critérios de exclusão, não participaram da amostra os indivíduos que não estavam matriculados na 10° fase do Curso de Fisioterapia da Universidade do Extremo Sul de Santa Catarina – UNESC. O projeto foi submetido ao Comitê de Ética da Universidade do extremo Sul Catarinense - UNESC, o qual teve sua aprovação com o parecer 30/2010. Após foi realizado contato com as participantes sendo assinado o Termo de Consentimento Livre e Esclarecido (TCLE). Como instrumento para coleta dos dados foi utilizado um questionário, devidamente validado, contendo questões relacionadas às dificuldades encontradas durante as mobilizações dos pacientes em leito hospitalar. Os participantes da amostra foram constatados por telefone e convidados a participar da pesquisa. A mesma foi realizada na clínica de Fisioterapia da UNESC em um único encontro realizado no dia 14 de maio de 2010. Durante a aplicação do questionário os participantes tiveram suas duvidas quanto às questões esclarecidas pela pesquisadora. Os dados coletados dos questionários foram devidamente tabulados, analisados e avaliados, sendo seus resultados confrontados com a literatura. Análise e discussão dos dados Os dados obtidos nos questionários foram devidamente tabulados, analisados e avaliados pelo programa de estatística SpSS 17.0 para Windows utilizando análise descritiva de freqüências, após os dados foram transferidos ao programa Microsoft Excel para construção de gráfico e tabelas e após serem confrontados com a literatura científica. A amostra do presente estudo foi composta por nove (09) acadêmicos do Curso de Fisioterapia da Universidade do Extremo Sul Catarinense – UNESC unicamente do sexo Feminino, com média de idade de 22,89 anos (DP±2,80). A idade mínima foi de vinte e um (21) anos e máxima de trinta (30) anos. Quanto à atuação profissional todas as participantes da amostra realizam até cinco (05) atendimentos por dia. Referente aos setores de atuação da Fisioterapia no Hospital São José pelas acadêmicas do Curso de Fisioterapia da UNESC (Tabela I), pode-se observar que os setores mais atuantes foram: a UTI Geral representando 100% da atuação da amostra, Clínica Média Feminina e Clínica Cirúrgica com 88,89% de atuação em cada setor. Os setores de menor atuação pelas acadêmicas foram: Clínica Médica Masculina, Pediatria, UTI Cardiológica, Clínica Médica São Francisco e Pronto Socorro com 55,6% em cada setor e Unidade Oncológica com 22,22% de atuação. Tabela I - Setores de Atuação Setores de Atuação CMM CMF Pd UO CC UTI-C UTI-G CSF PS Atuou (%) 55,6 88,89 55,6 22,22 88,89 55,6 100 55,6 55,6 Não Atuou (%) 44,4 11,11 44,4 77,78 11,11 44,4 44,4 44,4 28 O Fisioterapeuta é um profissional que atua em diversas áreas inclusive no leito hospitalar, sendo que mobiliza e manipula indivíduos com as mais diferentes alterações no dia a dia. O atendimento é realizado nas Unidades de Terapia Intensiva, Clínica Médica e Pronto Atendimento 18. Em relação à freqüência com que as acadêmicas realizam a mobilização e a transferência dos pacientes acamados nos postos de trabalho nos quais desempenham o seu estágio obrigatório, 100% da amostra declara utilizar este recurso freqüentemente. Quanto às mobilizações e transferências dos pacientes acamados, 100% da amostra declaram que estas técnicas facilitam nos atendimentos no qual realizam durante as práticas. Quando questionadas ao recebimento de orientações dos seus professores supervisores para realizar as mobilizações e transferências dos pacientes acamados, 22,22% declaram ter recebido orientações e 77,78% que não recebeu (Figura 1). Figura 1 – Orientações para Realizar Mobilizações e Transferências 90 77,78 80 70 60 50 Recebeu 40 Não Recebeu 30 22,22 20 10 0 Orientações para Mobilizações e Transferências Com relação às dificuldades encontradas durante a realização de mobilizações e transferências dos pacientes acamados, 88,89% declaram apresentar dificuldades e apenas 11,11% declaram não apresentar dificuldades na realização destas técnicas. Das 89,9% da amostra que responderam apresentar dificuldades na realização das mobilizações e transferências, assinalaram as questões relacionadas às suas dificuldades encontradas que foram expressos na figura 2: 77,78% apresentaram dificuldades quanto às características clínicas dos pacientes e 22,22% não apresentaram; 22,22% apresentaram dificuldades quanto às características da Interdisciplinaridade profissional insuficiente para a prática e 77,78% não apresentaram; 22,22% declaram déficit de material e/ou equipamento para auxiliar e 77,78% não declaram; 66,67% assinalaram quanto ao espaço físico e ambiente (disposição de mobiliário) e 33,33% não assinalaram; 66,67% apresentaram dificuldades em relação aos equipamentos de monitoria e permanência dos pacientes (ventiladores mecânicos, monitores cardíacos, sondas entre outros utensílios dispostos para atendimento aos pacientes) e 33,33% declaram não apresentar dificuldades. 29 Figura 2 – Dificuldades Encontradas 77,78 77,78 77,78 66,67 66,67 33,33 33,33 Sim Não Equipamentos de Monitoria Espaço Físico 22,22 Déficit Material 22,22 Interdisciplinaridade 22,22 Características Pacientes 90 80 70 60 50 40 30 20 10 0 Quando questionadas em relação à dificuldade da realização de mobilizações e transferências de pacientes acamados que esteja relacionado ao setor no qual foi realizada a prática de estágio, 88,89% responderam apresentar dificuldades e 11,11% responderam não apresentar. Das 88,89% que responderam “sim” afirmaram que os setores que encontrou maior grau de dificuldade para a realização de mobilizações e transferências de pacientes acamados foram: 42,86% Clínica Médica Masculina, 28,57% UTI Geral, 14,29% Clínica Cirúrgica, UTI Cardiológica 7,14% e Clínica Médica São Francisco 7,14% (Figura 3). Figura 3 – Setores que apresentaram maiores dificuldades para a realização de Mobilizações e Transferências 50 45 42,86 40 35 30 CMM 28,57 UTI-G 25 20 15 10 CC UTI-C 14,29 CSF 7,14 7,14 5 0 Setores com Maior Dificuldade para Realização de Mobilizações e Transferências Em relação ao domínio das técnicas de mobilizações e transferências de pacientes acamados, 66,67 responderam ter domínio de pelo menos uma técnica e 33,33% responderam que não possuem qualquer domínio. Dos 66,67% que responderam que “sim”, destas todas afirmam realizar as técnicas durante as mobilizações dos pacientes acamados. Quanto às técnicas de mobilizações e transferências utilizadas durante o atendimento hospitalar dos pacientes acamados, têm-se como respostas os utilizados com maior freqüência: 17,65% responderam sentar o paciente no leito, 17,65% sentar o 30 paciente na beira da cama, 15,68% trazer o paciente para um dos lados da cama e colocá-los em decúbito lateral (Figura 4). 4 – Técnicas de Mobilizações e transferências mais utilizadas 20 18 16 14 12 17,65 17,65 15,68 Sentar no Leito 13,73 13,73 Sentar na Beira da Cama 11,76 9,8 10 Colocar em Decúbito Lateral Auxiliar na Deambulação 8 Auxiliar levantar cadeira/poltrona 6 Movimentar o paciente em supino 4 Transferências cadeira/poltrona 2 0 Técnicas e Mobilizações Utilizadas Discussão O presente estudo foi desenvolvido com o objetivo de avaliar os fatores relevantes encontrados durante os procedimentos de mobilização e transferência de pacientes acamados. Com referência ao gráfico 1, a literatura relata que a orientação, formação e o treinamento para o manuseio de pacientes, devem constar como recursos utilizados para se obter uma postura de trabalho adequada pelos trabalhadores da saúde, no caso em questão os fisioterapeutas 11,12,13,14,15,16. Esses procedimentos devem ser aprendidos e praticados de uma forma planejada e sistemática. Sugere-se que a administração de cursos e treinamentos sobre movimentação e transporte de pacientes poderia ser uma das estratégias para minimizar a falta de conhecimento em relação a este conceito e a incidência de problemas posturais entre estes profissionais17. O resultado do estudo demonstra que os acadêmicos do Curso de Fisioterapia não possuem conhecimento suficiente em relação à transferência e mobilização no leito. Segundo a literatura estudada o conhecimento dessas técnicas se faz necessário para o tratamento eficaz e melhor desempenho na postura do profissional durante as sessões de A literatura ressalta que a inadequação do espaço físico, a elevada carga física dispensada e a falta de técnicas apropriadas e de pessoal capacitado para realização desses procedimentos, são as mais citadas como os fatores que dificultam o trabalho de mobilização e transferência de pacientes acamados. Com relação às características físicas e o grau de dependência dos pacientes a literatura descreve que as deficiências apresentadas pela autora descritas pela amostra durante a aplicação do estudo, refletem a idéia do autor de que as principais dificuldades são formadas pelo conjunto de fatores relacionados acima 7, 11. De acordo com os dados coletados os fatores que mais influenciaram na mobilização dos pacientes acamados durante a pratica acadêmica foram às características físicas do paciente associadas à do terapeuta, a inadequação do espaço físico e os equipamentos de monitoria dos usuários (sondas, ventiladores mecânicos). 31 Estudos realizados apontam a Unidade de Terapia Intensiva (UTI) como o setor com maior grau de dificuldade no processo de mobilização e transferências de pacientes, oferecendo alto risco ergonômico para a equipe da saúde durante os procedimentos de movimentação e transporte. Esse fato pode ser explicado, principalmente, devido ao grande número de pacientes inconscientes e com alto grau de dependência e a presença de equipamentos de monitoria (cateteres, sondas monitores cardíacos, entre outros) 7. Este estudo não se apresenta de acordo com a literatura estudada, a qual relata que a maior dificuldade de transferência é a UTI. O fato da Clínica Médica Masculina ter sido citada sendo a que mais apresenta dificuldades deve-se ao pequeno espaço físico, o que não pode ser usado como referência para outros estudos em estruturas diferenciadas, tratando-se de uma particularidade estrutural. No estudo em questão o quarto é pequeno e encontramos em media, de 3 a 4 leitos por espaço. Dentre as principais transferências utilizadas pelos profissionais da área, a literatura aponta várias as técnicas como sentar o paciente no leito; sentar o paciente na beira da cama; movimentar o paciente em posição supina para a cabeceira da cama; trazer o paciente para um dos lados da cama e colocar o paciente em decúbito lateral, auxiliar o paciente a levantar de cadeira ou poltrona; transferência do paciente acamado do leito para uma cadeira de rodas ou poltrona e vice-versa; auxiliar na deambulação 3. Dentre as técnicas apresentadas pelos autores não daremos prioridade e ênfase a uma única técnica de mobilização, sendo que a literatura aponta todas as pesquisadas como importantes para a manutenção da saúde do paciente. Apesar de que na pesquisa houve diferença significativa tendo em vista o maior destaque para as técnicas de sentar o paciente no leito, sentar o paciente na cama e posiciona-lo para o decúbito lateral. Conclusão: O presente estudo demonstrou que as técnicas de mobilizações em leito hospitalar realizadas pelos acadêmicos da Prática Fisioterapêutica VI apresentam fatores que dificultam sua realização. De acordo com os dados obtidos no estudo e coletados na literatura, é necessário que se faça um trabalho de orientação e treinamento dos profissionais da saúde bem como dos acadêmicos que realizam praticas hospitalares, isso para que se possam realizar as técnicas com eficiência e promover o bem estar tanto do paciente quanto do terapeuta. Os acadêmicos devem não só receber aulas, como também despertar o interesse pela procura de orientações e materiais que facilitem a prática destas técnicas. As trocas de decúbito têm fundamental importância para a saúde e o bem estar dos pacientes. Dentre elas sentar o paciente no leito, sentar o paciente na cama e posiciona-lo para o decúbito lateral foram as mais citadas pelos acadêmicos. A realização deste procedimento conta com vários fatores que podem interferir de forma positiva ou negativa, estando estas relacionadas com o setor de atuação e outros fatores que podem interferir como espaço físico do ambiente, características dos pacientes, equipamentos de monitoria (sondas, cateter, ventiladores). A conclusão obtida com este estudo foi de que ele se mostrou de grande valia principalmente em meio acadêmico e científico, para que se possam observar as principais dificuldades das mobilizações no leito hospitalar encontradas pelos alunos da Prática Fisioterapêutica VI. 32 REFERENCIAS: 2. KOZIER, B.; ERB, G.; OLIVERI, R. Fundamentals of nursing: concepts process and practice. Massachusetts, 1991, p.882-937, 1991. 3. ALEXANDRE, N. M. C.; ROGANTE, M. M. Movimentação e transferência de pacientes: aspectos ergonômicos e posturais. Revista da Escola de Enfermagem da USP, São Paulo, v.34, n.2, p.165-73, 2000. 4. OGUIOSSO, T.; SCHIMIDT, M. J.. O enfermeiro e a responsabilidade legal no exercício da profissão. Revista Paulista de Enfermagem, São Paulo, 1985, v. 5, n. 4, p. 170-176. 5. ZANON, E.; MARZIALE, M.H.P. Avaliação da postura corporal dos trabalhadores de enfermagem na movimentação de pacientes acamados. Rev.Esc.Enf.USP, v. 34, n. 1, p. 26-36, mar. 2000. 6. PERES, Celeide Pinto Aguiar. Estudo das sobrecargas posturais em fisioterapeutas: uma abordagem biomecânica ocupacional. Florianópolis, 2002, 128 fs. Dissertação (Mestrado em Engenharia de Produção) – Programa de Pós-graduação em Engenharia de Produção, UFSC, 2002. 7. GALLASCH, Cristiane Helena; ALEXANDRE, Neusa Maria Costa Alexandre. Avaliação dos riscos ergonômicos durante a movimentação e o transporte de pacientes em diferentes unidades de hospitaleres. R de Enfermagem da UERJ, Rio de Janeiro, 2003, v. 11, p. 252-260. 8. ALEXANDRE, N.M.C; ROCHA, R.M. Avaliação de determinados aspectos ergonômicos na transferência de pacientes: um estudo realizado com trabalhadores de uma central de transplantes de um Hospital Universitário. Relatório encaminhado ao CNPq, Universidade Estadual de Campinas, 1997. 43 f. 9. VIEIRA, Sonia; HOSSNE, William Saad. Metodologia científica para a área de saúde. Editora Campus. 1ª edição. Rio de Janeiro – RJ. 2001. 10. LUCIANO, Fábia Liliã. Metodologia Científica e da Pesquisa. Criciúma – SC. 2001 11. ZANON, E.; MARZIALE, M.H.P. Avaliação da postura corporal dos trabalhadores de enfermagem na movimentação de pacientes acamados. Rev.Esc.Enf.USP, v. 34, n. 1, p. 26-36, mar. 2000. 12. CÉLIA, R. C. R. S.; ALEXANDRE, N. M. C. Aspectos ergonômicos e sintomas osteomusculares em um setor de transporte de pacientes. Revista Gaúcha de enfermagem. Porto Alegre, v.25, n.1, p.33-43, 2004. 13. PARADA, E. O.; ALEXANDRE N, M. C.; BENATTI, M. C. C. Lesões ocupacionais afetando a coluna vertebral em trabalhadores de enfermagem. Revista Latino-americana de Enfermagem, Ribeirão Preto, v.10, n.1, p.64-9, 2002. 33 14. YIP, Y. B. A study of work stress, patient handling activities and the risk of low back pain among nurses in Hong Kong. Journal of Advanced Nursing, Oxford, v.36, n.6, p.794- 804, 2001 15. RETSAS, A.; PINIKAHANA, J. Manual handling activities and injuries among nurses. Journal of Advanced Nursing, Oxford, v.31, n.4, p.875-83, 2000. 16. BELLINI, Cristiane; GARCIA, Maria Helena y MARZIALE, Maria Helena Palucci. Utilização de recurso tecnológico como agente facilitador do trabalho de enfermagem. Rev. Latino-Am. Enfermagem [online]. 1996, vol.4, n.2, pp. 101-111. ISSN 0104-1169. 17. ALEXANDRE, N. M. C.; ROGANTE, M. M. Movimentação e transferência de pacientes: aspectos ergonômicos e posturais. Revista da Escola de Enfermagem da USP, São Paulo, v.34, n.2, p.165-73, 2000. 18. DIAS, Karina de Souza. Perfil dos indivíduos portadores de acidente vascular cerebral vinculados ao programa de saúde da família no município de Divinópolis-MG: a demanda por cuidados fisioterapêutico. Franca, 2006. 34 Capitulo III – Normas da Revista 35 Revista Fisioterapia Brasil Revista Indexada na LILACS - Literatura Latinoamericana e do Caribe em Ciências da Saúde, CINAHL, LATINDEX Abreviação para citação: Fisioter Bras A revista Fisioterapia Brasil é uma publicação com periodicidade bimestral e está aberta para a publicação e divulgação de artigos científicos das várias áreas relacionadas à Fisioterapia. Os artigos publicados em Fisioterapia Brasil poderão também ser publicados na versão eletrônica da revista (Internet) assim como em outros meios eletrônicos (CD-ROM) ou outros que surjam no futuro. Ao autorizar a publicação de seus artigos na revista, os autores concordam com estas condições. A revista Fisioterapia Brasil assume o “estilo Vancouver” (Uniform requirements for manuscripts submitted to biomedical journals) preconizado pelo Comitê Internacional de Diretores de Revistas Médicas, com as especificações que são detalhadas a seguir. Ver o texto completo em inglês desses Requisitos Uniformes no site do International Committee of Medical Journal Editors (ICMJE), www.icmje.org, na versão atualizada de outubro de 2007. Submissões devem ser enviadas por e-mail para o editor executivo ( [email protected] ). A publicação dos artigos é uma decisão dos editores. Todas as contribuições que suscitarem interesse editorial serão submetidas à revisão por pares anônimos. Segundo o Conselho Nacional de Saúde, resolução 196/96, para estudos em seres humanos, é obrigatório o envio da carta de aprovação do Comitê de Ética em Pesquisa, independente do desenho de estudo adotado (observacionais, experimentais ou relatos de caso). Deve-se incluir o número do Parecer da aprovação da mesma pela Comissão de Ética em Pesquisa do Hospital ou Universidade, a qual seja devidamente registrada no Conselho Nacional de Saúde. 36 1. Editorial O Editorial que abre cada número da Fisioterapia Brasil comenta acontecimentos recentes, inovações tecnológicas, ou destaca artigos importantes publicados na própria revista. É realizada a pedido dos Editores, que podem publicar uma ou várias Opiniões de especialistas sobre temas de atualidade. 2. Artigos originais São trabalhos resultantes de pesquisa científica apresentando dados originais com relação a aspectos experimentais ou observacionais, em estudos com animais ou humanos. Formato: O texto dos Artigos originais é dividido em Resumo (inglês e português), Introdução, Material e métodos, Resultados, Discussão, Conclusão, Agradecimentos (optativo) e Referências. Texto: A totalidade do texto, incluindo as referências e as legendas das figuras, não deve ultrapassar 30.000 caracteres (espaços incluídos), e não deve ser superior a 12 páginas A4, em espaço simples, fonte Times New Roman tamanho 12, com todas as formatações de texto, tais como negrito, itálico, sobre-escrito, etc. Tabelas: Recomenda-se usar no máximo seis tabelas, no formato Excel ou Word. Figuras: Máximo de 8 figuras, em formato .tif ou .gif, com resolução de 300 dpi. Literatura citada: Máximo de 50 referências. 3. Revisão São trabalhos que expõem criticamente o estado atual do conhecimento em alguma das áreas relacionadas à Fisioterapia. Revisões consistem necessariamente em análise, síntese, e avaliação de artigos originais já publicados em revistas científicas. Será dada preferência a revisões sistemáticas e, quando não realizadas, deve-se justificar o motivo pela escolha da metodologia empregada. Formato: Embora tenham cunho histórico, Revisões não expõem necessariamente toda a história do seu tema, exceto quando a própria história da área for o objeto do artigo. O artigo deve conter resumo, introdução, metodologia, resultados (que podem ser subdivididos em tópicos), discussão, conclusão e referências. Texto: A totalidade do texto, incluindo a literatura citada e as legendas das figuras, não deve ultrapassar 30.000 caracteres, incluindo espaços. Figuras e Tabelas: mesmas limitações dos Artigos originais. Literatura citada: Máximo de 50 referências. 37 4. Relato de caso São artigos que apresentam dados descritivos de um ou mais casos clínicos ou terapêuticos com características semelhantes. Só serão aceitos relatos de casos não usuais, ou seja, doenças raras ou evoluções não esperadas. Formato: O texto deve ser subdividido em Introdução, Apresentação do caso, Discussão, Conclusões e Referências. Texto: A totalidade do texto, incluindo a literatura citada e as legendas das figuras, não deve ultrapassar 10.000 caracteres, incluindo espaços. Figuras e Tabelas: máximo de duas tabelas e duas figuras. Literatura citada: Máximo de 20 referências. 5. Opinião Esta seção publica artigos curtos, que expressam a opinião pessoal dos autores: avanços recentes, política de saúde, novas idéias científicas e hipóteses, críticas à interpretação de estudos originais e propostas de interpretações alternativas, por exemplo. A publicação está condicionada a avaliação dos editores quanto à pertinência do tema abordado. Formato: O texto de artigos de Opinião tem formato livre, e não traz um resumo destacado. Texto: Não deve ultrapassar 5.000 caracteres, incluindo espaços. Figuras e Tabelas: Máximo de uma tabela ou figura. Literatura citada: Máximo de 20 referências. 6. Cartas Esta seção publica correspondência recebida, necessariamente relacionada aos artigos publicados na Fisioterapia Brasil ou à linha editorial da revista. Demais contribuições devem ser endereçadas à seção Opinião. Os autores de artigos eventualmente citados em Cartas serão informados e terão direito de resposta, que será publicada simultaneamente. Cartas devem ser breves e, se forem publicadas, poderão ser editadas para atender a limites de espaço. A publicação está condicionada a avaliação dos editores quanto à pertinência do tema abordado. 38 Preparação do original Os artigos enviados deverão estar digitados em processador de texto (Word), em página A4, formatados da seguinte maneira: fonte Times New Roman tamanho 12, com todas as formatações de texto, tais como negrito, itálico, sobrescrito, etc. Tabelas devem ser numeradas com algarismos romanos, e Figuras com algarismos arábicos. Legendas para Tabelas e Figuras devem constar à parte, isoladas das ilustrações e do corpo do texto. As imagens devem estar em preto e branco ou tons de cinza, e com resolução de qualidade gráfica (300 dpi). Fotos e desenhos devem estar digitalizados e nos formatos .tif ou .gif. Imagens coloridas serão aceitas excepcionalmente, quando forem indispensáveis à compreensão dos resultados (histologia, neuroimagem, etc). Página de apresentação A primeira página do artigo traz as seguintes informações: - Título do trabalho em português e inglês; - Nome completo dos autores e titulação principal; - Local de trabalho dos autores; - Autor correspondente, com o respectivo endereço, telefone e E-mail; Resumo e palavras-chave A segunda página de todas as contribuições, exceto Opiniões, deverá conter resumos do trabalho em português e em inglês e cada versão não pode ultrapassar 200 palavras. Deve conter introdução, objetivo, metodologia, resultados e conclusão. Abaixo do resumo, os autores deverão indicar 3 a 5 palavras-chave em português e em inglês para indexação do artigo. Recomenda-se empregar termos utilizados na lista dos DeCS (Descritores em Ciências da Saúde) da Biblioteca Virtual da Saúde, que se encontra em http://decs.bvs.br. Agradecimentos Agradecimentos a colaboradores, agências de fomento e técnicos devem ser inseridos no final do artigo, antes das Referências, em uma seção à parte. Referências As referências bibliográficas devem seguir o estilo Vancouver. As referências bibliográficas devem ser numeradas com algarismos arábicos, mencionadas no texto pelo número entre colchetes [ ], e relacionadas nas Referências na ordem em que aparecem no texto, seguindo as normas do ICMJE. Os títulos das revistas são abreviados de acordo com a List of Journals Indexed in Index Medicus ou com a lista das revistas nacionais e latinoamericanas, disponível no site da 39 Biblioteca Virtual de Saúde (www.bireme.br). Devem ser citados todos os autores até 6 autores. Quando mais de 6, colocar a abreviação latina et al. Exemplos: 1. Phillips SJ, Hypertension and Stroke. In: Laragh JH, editor. Hypertension: pathophysiology, diagnosis and management. 2nd ed. New-York: Raven Press; 1995.p.465-78. Yamamoto M, Sawaya R, Mohanam S. Expression and localization of urokinase-type plasminogen activator receptor in human gliomas. Cancer Res 1994;54:5016-20. Envio dos trabalhos A avaliação dos trabalhos, incluindo o envio de cartas de aceite, de listas de correções, de exemplares justificativos aos autores e de uma versão pdf do artigo publicado, exige o pagamento de uma taxa de R$ 150,00 a ser depositada na conta da editora: Banco do Brasil, agência 3114-3, conta 5783-5, titular: Atlântica Multimídia e Comunicações Ltda (ATMC). Os assinantes da revista são dispensados do pagamento dessa taxa (Informar por e-mail com o envio do artigo). Todas as contribuições devem ser enviadas por e-mail para o editor executivo, JeanLouis Peytavin, através do e-mail [email protected] . O corpo do e-mail deve ser uma carta do autor correspondente à Editora, e deve conter: - Resumo de não mais que duas frases do conteúdo da contribuição; - Uma frase garantindo que o conteúdo é original e não foi publicado em outros meios além de anais de congresso; - Uma frase em que o autor correspondente assume a responsabilidade pelo conteúdo do artigo e garante que todos os outros autores estão cientes e de acordo com o envio do trabalho; - Uma frase garantindo, quando aplicável, que todos os procedimentos e experimentos com humanos ou outros animais estão de acordo com as normas vigentes na Instituição e/ou Comitê de Ética responsável; - Telefones de contato do autor correspondente. - A área de conhecimento: ( ) Cardiovascular / pulmonar Diagnóstico cinético-funcional ( ) Saúde funcional do idoso ( ) ( ) Terapia manual Orteses, próteses e equipamento ( ) Eletrotermofototerapia ( ) ( ) Músculo-esquelético Saúde funcional do trabalhador ( ) Neuromuscular ( ) Controle da dor Saúde funcional da criança ( ) Pesquisa experimental /básica ( ) ( ) 40 ( ) Metodologia da pesquisa ( ) Saúde funcional do homem Prática política, legislativa e educacional ( ) ( ) Saúde funcional da mulher Outros ( ) ( ) Saúde pública Observação: o artigo que não estiver de acordo com as normas de publicação da Revista Fisioterapia Brasil será devolvido ao autor correspondente para sua adequada formatação. Atlantica Editora www.atlanticaeditora.com.br 41 ANEXOS 42 ANEXO 1 Questionário 43 QUESTIONÁRIO: A MOBILIZAÇÃO DE PACIENTES ACAMADOS NO LEITO DO HOSPITAL SÃO JOSÉ NO MUNICIPIO DE CRICIÚMA-SC POR ACADÊMICOS DO CURSO DE FISIOTERAPIA DA UNESC 1. Dados Pessoais: Nome (ou iniciais): _______________________________________ ; Endereço: ______________________________________________ ; Endereço eletrônico: _____________________________________ ; Sexo: ( ) feminino; ( ) masculino; Idade ________ ; Altura________ ; Peso ______ ; Estado Civil: ____________ ; Naturalidade____________________ : 2. Atuação Profissional: 2.1 Número de atendimentos/dia: ( ) Até 5; 2.2 ( ) de 6 á 10; ( ) de 11 à 15; Setores de atuação: ( ) Clínica Médica masculina; ( ) UTI geral; ( ) Clínica médica feminina; ( ) Clinica médica São Francisco; ( ) Pediatria; ( ) Pronto Socorro; ( ) Unidade oncológica; ( ) UTI cardiológica; ( ) Clínica cirúrgica; 3. Dificuldades encontradas: 3.1 Você utiliza com freqüência mobilização e transferência de pacientes acamados nos postos de trabalho, nos quais desempenha seu estágio obrigatório? ( )Sim; ( )Não; 3.2 As mobilizações e transferências utilizadas por você durante os atendimentos de pacientes acamados, facilitam os atendimentos os quais você realiza durante as práticas? ( )Sim; ( )Não; 44 3.3 Você recebeu orientações para realizar as mobilizações e transferências dos seus professores orientadores durante o período de estágio? ( )Sim; ( )Não; 3.4 Você encontrou dificuldades durante a realização de mobilizações e transferências de pacientes acamados? ( )Sim; ( )Não; 3.5 No caso de uma resposta afirmativa assinale a questão relacionada à dificuldade encontrada durante a mobilização e transferência de pacientes acamados: ( ) Características clinicas do paciente; ( ) Características da Interdisciplinaridade profissional insuficiente para a prática; ( ) Déficit de material e/ou equipamento para auxiliar; ( ) Espaço físico do ambiente (disposição do mobiliário); ( ) Equipamentos de monitoria e permanência do paciente (ventiladores mecânicos, monitores cardíacos, sondas entre outros utensílios dispostos para atendimento aos pacientes). ( ) Outros:____________________. 3.6 Você encontrou alguma dificuldade durante a realização de mobilizações e transferências de pacientes acamados que esteja relacionadas ao setor no qual foi realizada a pratica de estagio? ( )Sim; ( )Não; 3.7 Em relação a questão anterior no caso de resposta afirmativa, em quais dos setores abaixo você encontrou maior grau de dificuldade para a realização das mobilizações e transferências dos pacientes acamados durante a prática hospitalar? ( ) Clínica Médica masculina; ( ) UTI geral; ( ) Clínica médica feminina; ( ) Clinica médica São Francisco; ( ) Pediatria; ( ) Pronto Socorro; ( ) Unidade oncológica; ( ) UTI cardiológica; ( ) Clínica cirúrgica; 45 3.8 Você domina alguma técnica de mobilização e transferência de pacientes acamados? ( )Sim; ( )Não; 3.9 Em relação a questão anterior no caso de resposta afirmativa responda: você utiliza alguma destas técnicas durante a mobilização de pacientes acamados? ( )Sim; ( )Não; 3.10 Quais destas mobilizações e transferências são utilizadas com maior freqüência durante o atendimento aos pacientes acamados? ( ) Sentar o paciente no leito; ( ) Sentar o paciente na beira da cama; ( ) Movimentar o paciente em posição supina para a cabeceira da cama; ( ) Trazer o paciente para um dos lados da cama e colocá-lo em decúbito lateral; ( ) Auxiliar o paciente a levantar de cadeiras ou poltronas; ( ) Transferência de pacientes acamados do leito para uma cadeira de rodas ou poltrona e vice-versa; ( ) Auxiliar na deambulação; ANEXO 2 Termo de Apreciação do Instrumento de Pesquisa 2 UNIVERSIDADE DO EXTREMO SUL CATARINENSE-UNESC CURSO DE FISIOTERAPIA VALIDAÇÃO DO INSTRUMENTO DE PESQUISA Eu, Nara Antunes de Souza, acadêmica da 10ª fase do Curso de Fisioterapia UNESC, venho através deste, solicitar a vossa colaboração para análise deste instrumento com vistas à validação do mesmo. Este instrumento faz parte do meu Trabalho de Conclusão de Curso (TCC) intitulado “A MOBILIZAÇÃO DE PACIENTES ACAMADOS NO LEITO DO HOSPITAL SÃO JOSÉ NO MUNICIPIO DE CRICIÚMA-SC POR ACADÊMICOS DO CURSO DE FISIOTERAPIA DA UNESC”. O mesmo tem por objetivo analisar os fatores relevantes encontrados pelos acadêmicos da 10°fase do Curso de Fisioterapia da Universidade do Extremo Sul Catarinense – UNESC, durante as mobilizações no leito de pacientes acamados que se encontravam internados no Hospital São José – Criciúma/SC. Este estudo será realizado através de um questionário, o qual será aplicado aos acadêmicos da 10ª fase do Curso de Fisioterapia na Clínica de Fisioterapia da Universidade do Extremo Sul Catarinense – UNESC. Agradeço antecipadamente, Acadêmica: Nara Antunes de Souza Professor (a) Orientador (a): Ms. Ariete Inês Minetto. 3 4 ANEXO 3 Termo de Autorização do Local de Pesquisa 5 UNIVERSIDADE DO EXTREMO SUL CATARINENSE DEPARTAMENTO DO CURSO DE FISIOTERAPIA Á Clínica de Fisioterapia - UNESC Aríete Inês Minetto - Coordenadora da Clínica de Fisioterapia Venho através desta, solicitar permissão para a realização da coleta de dados para a pesquisa que tem como tema: Dificuldades encontradas pelos acadêmicos da 10ª fase do curso de fisioterapia da UNESC na realização de transferências de pacientes acamados do Hospital São José no município de Criciúma, na Clínica de Fisioterapia da UNESC, sendo esta, indispensável para aprovação da pesquisadora na graduação do Curso de Fisioterapia da UNESC. Tendo esta pesquisa como objetivo, analisar as dificuldades encontradas pelos acadêmicos da 10ª fase do curso de fisioterapia da UNESC, durante as transferências de pacientes acamados que se encontravam internados no hospital São José no município de criciúma. Esta pesquisa está sendo acompanhada e orientada pelo Prof. M. Sc. Aríete Inês Minetto. Será realizada com acadêmicos matriculados na 10ª fase do curso de Fisioterapia da UNESC. O instrumento de avaliação da pesquisa será constituído de um questionário contendo questões relacionadas ao tema previamente citado, durante o período vespertino do dia 16 de abril de 2010. Os participantes serão orientados em relação ao conteúdo da pesquisa, o preenchimento do questionário e assinaram o Termo de Consentimento Livre e Esclarecido. Todos os gastos necessários para a realização desta pesquisa serão de inteira responsabilidade da pesquisadora. _______________________ Acad. Nara Antunes de Souza Pesquisadora ________________________ Prof. M. Sc Aríete Inês Minetto Orientadora ________________________________ Aríete Inês Minetto Coordenadora da Clínica de Fisioterapia – UNESC CRICIÚMA, ABRIL DE 2010. 6 ANEXO 4 Termo de Consentimento Livre, Esclarecido e Informado 7 Universidade do Extremo Sul Catarinense – UNESC Trabalho de Conclusão do Curso de Fisioterapia TERMO DE CONSENTIMENTO LIVRE E ESCLARECIDO-TCLE Venho por meio deste, convida-lo a participar de uma pesquisa acadêmica com título de: Dificuldades encontradas pelos acadêmicos da 10ª fase do curso de fisioterapia da UNESC na realização de transferências de pacientes acamados do Hospital São José no município de Criciúma, que tem como objetivo analisar as dificuldades encontradas pelos acadêmicos da 10ª fase do curso de fisioterapia da UNESC, durante as transferências de pacientes acamados que se encontravam internados no hospital São José no município de criciúma. As informações colhidas durante todo o período de realização da pesquisa serão confidenciais e sigilosas acerca de sua participação, e somente serão manipuladas pela pesquisadora e seu orientador. É importante salientar que os indivíduos selecionados para esta pesquisa não são obrigados a participar da mesma, e caso venham a participar, podem a qualquer momento desistir e retirar o TCLE. A participação neste trabalho de pesquisa não implicará em qualquer tipo de ônus. Será disponibilizada uma cópia deste TCLE para os participantes da pesquisa, no qual consta o telefone do pesquisador, para tirar dúvidas sobre o projeto e sua participação, a qualquer momento. __________________________ Pesquisador _________________________ Participante Pesquisadora: Nara A. de Souza Telefone para contato: (48) 99422017 Pesquisador responsável: Prof. M. Aríete Inês Minetto Telefone para contato: (48) CRICIÚMA, ABRIL DE 2010 8 APÊNDICE 9 APÊNDICE 1 Ficha de Freqüência 10 APÊNDICE 2 Carta de Aprovação do Comitê de Ética - CEP