- Associação Paulista de Medicina

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Revista da APM
Agosto de 2006
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Revista da APM
Agosto de 2006
Nicolau D’Amico Filho
Roberto Lotfi Jr.
APRESENTAÇÃO
Tecnologia a serviço da saúde
A tecnologia sempre alavancou os grandes avanços na medicina, mas,
Publicação da Associação
Paulista de Medicina
Edição nº 570 – Agosto de 2006
desta vez, ela foi além, pois vai possibilitar à toda classe médica a oportunidade de atualização, troca de experiências, mesmo que o profissional
esteja trabalhando no mais remoto local do planeta. As redes de Telemedicina vão permitir, por meio de computadores, a unificação de procedimentos na área da saúde, que vai beneficiar médicos e pacientes. Tudo pela
Internet de baixo custo, seja discada ou banda larga.
O Brasil se prepara para agilizar o uso dessa tecnologia. A Faculdade de
Medicina da Universidade de São Paulo (USP) saiu na frente e é hoje o maior
centro de Telemedicina do país e um dos principais da América Latina.
mostram o debate sobre temas polêmicos, como a “Terminalidade da Vida”.
Pautamos ainda outras reportagens jornalísticas interessantes, inseridas
nesta edição.
Boa leitura!
Diretores Responsáveis
Nicolau D’Amico Filho
Roberto Lotfi Junior
Nicolau D’Amico Filho e Roberto Lotfi Jr.
Diretores de Comunicação
Editor Responsável
Ulisses de Souza – MTb 11.459–SP
Editora-assistente
Luciana Oncken – MTb 46.219–SP
Repórteres
Adriana Reis
Carla Nogueira
Leandro de Godoi
Ricardo Balego
Editor de Arte
Leandro Deltrejo
Projeto e Produção Gráfica
Cubo Editorial e Notícias
[email protected]
Fotos: Osmar Bustos
Revisora: Thais Oncken
Secretaria: Rosenaide da Silva
Assistente de Comunicação:
Laura Rocha Passerini
CONTEÚDO
3 Apresentação
4 Editorial
6 Saúde Pública
8 Música Popular Paulista
Portal da APM
www.apm.org.br
Clara Brandão,
a mãe da
multimistura
10 Radar Médico
14 CAPA
Telemedicina
32 Cotidiano
34 Câncer
36 Radar Médico
Comercialização
Departamento de Captação
e Marketing da APM
Fones: (11) 3188-4200/3188-4300
Fax: (11) 3188-4293
Periodicidade: mensal
Tiragem: 30 mil exemplares
Circulação: Estado de São Paulo
(Inclui Suplemento Cultural)
26 Saúde Pública
38 Música
39 Agenda Científica
41 Agenda Cultural
USP é a pioneira nessa tecnologia
20 Música Popular Paulista
22 Profissão
42 Produtos & Serviços
43 Literatura
44 Por Dentro do SUS
45 Classificados
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Revista da APM
REDAÇÃO
Av. Brigadeiro Luís Antônio, 278
Cep 01318-901 – São Paulo – SP
Fones: (11) 3188-4200/3188-4300
Fax: (11) 3188-4279
E-mail: [email protected]
Agosto de 2006
A Telemedicina é o nosso assunto de capa. Há também matérias que
Jorge Carlos Machado Curi
PRESIDENTE DA APM
EDITORIAL
Agosto de 2006
Plantar mudanças e
colher bons frutos
Revista da APM
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O mundo ainda está atordoado com a nova onda de intensa violência e intolerância no Oriente Médio. Esse conflito milenar causa,
tristemente, mais uma disputa bélica que, além de incontáveis danos
materiais, deixa como rastro o massacre de inúmeras vidas humanas.
É incrível que, no século XXI, após tantos avanços da humanidade, guerras ainda façam parte do cotidiano. Quanto vale uma vida?
Independentemente de qualquer tendência racial ou religiosa, todos
sabemos que é o maior bem existente, embora tantas vezes não pareça.
Infelizmente muitos outros países, tantos os desenvolvidos como
os demais, enfrentam igualmente ondas de enorme violência. O
Brasil, lamentavelmente, é um deles. Na periferia das nossas grandes
e ricas metrópoles, contabilizamos diariamente um número maior
de baixas de jovens pobres assassinados do que em todas essas guerras
que acompanhamos à distância, por intermédio da mídia.
Temos vários recordes vergonhosos. Não perdemos para ninguém em trauma e violência. Nossos índices são contundentes, há
muitos anos. Tendem a piorar agora com a guerra urbana e as
diferenças sociais crescendo cada vez mais. A profunda corrupção
estimula os desvios de caráter. Hoje nem sabemos a real dimensão
da falta de ética nas instâncias de poder.
Guerras e criminalidade sempre houve, o que assusta mais, neste
momento, é a incrível perda de valores da nossa sociedade. Especialistas e militantes de inúmeras ONGs têm se proposto a recuperar jovens
que caíram na delinqüência, vítimas do tráfico de drogas, por exemplo. Esta batalha confirma, na maioria dos casos, que há associação
íntima do crime com a degradação familiar e ausência do pai.
A história mostra que devemos incluir sempre, que após as grandes
crises ocorrem incríveis avanços da humanidade. É isso que devemos
esperar, mas não de braços cruzados. Como reverter o incrível círculo
vicioso da corrupção e dos crimes que tanto desanima? Existe o exemplo de países que protagonizaram grandes viradas, investindo na área
social, e, especialmente, em educação de verdade e de qualidade.
Com responsabilidade, o Estado pode – e deve – modular esse
processo, garantindo financiamento efetivo para a saúde, segurança educação, assistência social. É necessário estabelecer uma política de valorização adequada para os funcionários desses segmentos
e priorizar a eficácia na formação do brasileiro, inclusive dos atualmente excluídos, para alcançar um novo status de nação.
Todos temos de romper com o desânimo moral desta má hora,
registrando nossa indignação e empreendendo ações para a construção de um Brasil mais justo e digno. Principalmente nós, os médicos,
que sempre nos envolvemos intensamente com a luta por mudanças
sociais que beneficiem a comunidade. Nesta eleição, aliás, devemos
usar nossa força para potencializar candidatos que estejam comprometidos com essa causa, com nomes que estão de fato ao nosso lado,
para transformar o Brasil do presente e colher bons frutos agora.
DIRETORIA ELEITA - DIRETORIA 2005-2008
Presidente: Jorge Carlos Machado Curi
1º Vice-presidente: Florisval Meinão
2º Vice-presidente: Paulo De Conti
3º Vice-presidente: Donaldo Cerci Da Cunha
4º Vice-presidente: Luís Fernando Peixe
Secretário Geral: Ruy Y. Tanigawa
1º Secretário: Renato Françoso Filho
DIRETORES
Administrativo: Akira Ishida; Administrativo
Adjunto: Roberto de Mello; 1o Patrimônio e
Finanças: Lacildes Rovella Júnior; 2o
Patrimônio e Finanças: Murilo Rezende
Melo; Científico: Alvaro Nagib Atallah;
Científico Adjunto: Joaquim Edson Vieira;
Defesa Profissional: Tomás Patrício SmithHoward; Defesa Profissional Adjunto:
Jarbas Simas; Comunicações: Nicolau
D´Amico Filho; Comunicações Adjunto:
Roberto Lotfi Júnior; Marketing: Ronaldo
Perches Queiroz; Marketing Adjunto: Clóvis
Francisco Constantino; Eventos: Hélio Alves
de Souza Lima; Eventos Adjunto: Frederico
Carbone Filho; Tecnologia da Informação:
Renato Azevedo Júnior; Tecnologia da
Associação Paulista de Medicina
Filiada à Associação Médica Brasileira
SEDE SOCIAL:
Av. Brigadeiro Luís Antônio, 278 – CEP 01318-901
São Paulo – SP – Fones: (011) 3188-4200/3188-4300
Informação Adjunto: Antonio Ismar Marçal Menezes;
Previdência e Mutualismo: Alfredo de Freitas Santos
Filho; Previdência e Mutualismo Adjunto: Maria das
Graças Souto; Social: Nelson Álvares Cruz Filho; Social
Adjunto: Paulo Cezar Mariani; Ações Comunitárias:
Yvonne Capuano; Ações Comunitárias Adjunto:
Mara Edwirges Rocha Gândara; Cultural: Ivan de Melo
Araújo; Cultural Adjunto: Guido Arturo Palomba;
Serviços Gerais: Paulo Tadeu Falanghe; Serviços
Gerais Adjunto: Cristião Fernando Rosas; Economia
Médica: Caio Fabio Camara Figliuolo; Economia
Médica Adjunto: Helder de Rizzo da Matta; 1o Diretor
Distrital São Caetano do Sul: Delcides Zucon; 2o
Diretor Distrital Santos: Percio Ramon Birilo Becker
Benitez; 3o Diretor Distrital São José dos Campos:
Silvana Maria Figueiredo Morandini; 4o
Diretor Distrital Sorocaba: Wilson Olegário
Campagnone; 5o Diretor Distrital
Campinas: João Luiz Kobel; 6o Diretor
Distrital Ribeirão Preto: João Carlos
Sanches Anéas; 7o Diretor Distrital
Botucatu: Noé Luiz Mendes de Marchi; 8o
Diretor Distrital São José do Rio Preto:
Pedro Teixeira Neto; 9o Diretor Distrital
Araçatuba: Margarete de Assis Lemos; 10o
Diretor Distrital Presidente Prudente: Enio
Luiz Tenório Perrone; 11o Diretor Distrital
Assis: Carlos Chadi; 12 o Diretor Distrital
São Carlos: Luís Eduardo Andreossi; 13o
Diretor Distrital Barretos: Marco Antônio
Teixeira Corrêa; 14o Diretor Distrital
Piracicaba: Antonio Amauri Groppo
CONSELHO FISCAL
Titulares: Antonio Diniz Torres, Braulio de
Souza Lessa, Carlos Alberto Monte Gobbo, José
Carlos Lorenzato, Tarcísio Eloy Pessoa de
Barros Filho. Suplentes: Krikor Boyaciyan,
Nelson Hamerschlak, Carlos Rodolfo
Carnevalli, Reinaldo Antonio Monteiro
Barbosa, João Sampaio de Almeida Prado.
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Revista da APM
Agosto de 2006
SAÚDEPÚBLICA
Transplantes
de fígado
têm nova regra
Embora represente avanços, novo critério deve ser visto
com cautela, segundo especialistas
Agosto de 2006
RICARDO BALEGO
Revista da APM
6
D
esde o dia 17 de julho, os transplantes de fígado no Brasil têm
como parâmetro um novo critério para
a ordem na fila de espera: o de gravidade dos pacientes. A nova regra substitui o modelo rígido e cronológico,
estabelecido no ano de 1997 e usado
até então.
A portaria do Ministério da Saúde nº
1.160, de 29 de maio, estabelece também
que o estado de gravidade seja aferido
por um modelo de exames chamado
MELD/PELD.
O alto índice de mortalidade na fila
de espera, perto de 60%, foi um dos
principais motivos para a mudança,
segundo o Ministério da Saúde.
Há de se considerar também os riscos
inerentes ao próprio procedimento,
estimados em torno de 15% a 20%.
Mesmo após o transplante, somente
65% dos pacientes conseguem sobreviver um ano, segundo dados do Estado
de São Paulo.
Para João Galizzi Filho, presidente
da Sociedade Brasileira de Hepatologia, esse sistema tem sido bem usado
em muitos países da América do Norte
e Europa. “Por outro lado, nós não
sabemos como vai ser o resultado disso
num país com as características do Brasil. Os programas de transplante de
fígado têm evoluído nos últimos anos,
mas são ainda heterogêneos e encontram
grandes dificuldades, sobretudo na
captação dos órgãos, o que contribui
em muito para a mortalidade na lista
de espera”, afirma.
“Devemos ficar atentos e ver até que
ponto isso contempla bem os nossos
pacientes, qual será o impacto nos
resultados e nos custos e se isso não está
dificultando o acesso”, recomenda
Paulo Celso Bosco Massarollo, secretário da Associação Brasileira de Transplantes de Órgãos (ABTO) e chefe do
serviço de transplantes de fígado da
Santa Casa de Misericórdia de São Paulo.
A nova regra começou a vigorar após
todo o sistema de informática das centrais
de transplantes ter sofrido mudanças e
readequações. Os pacientes que estão
na fila também precisaram fazer novos
exames para se readequar ao novo
critério. No entanto, de acordo com o
médico Paulo Massarollo, até a última
semana de julho, a Secretaria Estadual
de Saúde de São Paulo (SES) só havia
conseguido refazer os exames para realocação dos pacientes em cerca de 20%
dos que compunham a lista.
Dos cerca de 7.000 doentes que
aguardam um transplante de fígado no
Brasil, 3.000 estão no Estado de São
Paulo, onde a espera pode chegar a até
Centrais de transplantes foram readequadas
O critério
A partir da mudança nas regras para
transplantes de fígado, a avaliação da
gravidade de cada caso deve ser feita por
meio do MELD (Model for End-Stage
Liver Disease), referente a indivíduos
A avaliação dos especialistas é de que
o novo processo, apesar de positivo,
deve ser acompanhado de perto. “O
novo critério representa avanços porque, da forma como estava, era insustentável uma perspectiva de tratamento.
Mas há uma série de outras questões,
há riscos que não estão dimensionados. Minha posição neste momento é
de cautela”, reafirma Paulo Celso
Bosco Massarollo
Massarollo.
adultos, e PELD (Pediatric End-Stage
Liver Disease), indicado para crianças,
modelos baseados em três exames laboratoriais que atribuem pontos ao paciente.
A pontuação vai de 6 a 40, sendo que,
quanto maior o número, maior a gravidade do paciente e menor sua expectativa de vida.
Valores iguais ou superiores a 15 já
são considerados casos de hepatologia
grave. Casos com índices superiores a
25 devem ter seus exames repetidos em
menos de sete dias, assim como, de 19
a 24, o procedimento deve ser realizado
em até 30 dias.
Na prática, significa que a lista de
receptores se torna flutuante, e pode se
alterar conforme oscila o estado de
saúde de seus pacientes, alternando
posições. É importante lembrar que os
critérios utilizados pelo MELD/
PELD avaliam a sobrevida dos pacientes enquanto estão na lista, e não depois
que recebem o órgão.
Captação
Do ponto de vista da captação dos
Segundo o coordenador da Central
Estadual de Transplantes de São Paulo
ereira
(CET), Luiz Augusto PPereira
ereira, “para
implantar o novo sistema aqui em São
Paulo, o sistema informatizado precisou
ser completamente alterado”. As mudanças levaram cerca de um mês e meio
para serem feitas.
órgãos, a portaria do MS também exigiu
algumas mudanças.
Estruturalmente, as duas Centrais de
Notificação, Captação e Distribuição
de Órgãos (CNCDO) continuam agindo
de forma descentralizada no Estado, de
acordo com a região em que se encontra
o enxerto a ser transplantado. A primeira
Central, que fica na SES, na capital paulista, abrange também a Grande São
Paulo, Litoral Norte e Vale do Ribeira.
A segunda, sediada no Hospital das
Clínicas de Ribeirão Preto, atende o
restante do Estado. “A estrutura continua igual, o que muda é o sistema
informatizado e o fluxo de informações
das equipes”, confirma Pereira. Site informativo da Central
de Transplantes
Agosto de 2006
quatro anos. Como exemplo de contraste,
em 2005 foram realizados, em todo o
país, apenas 759 transplantes com
órgãos de doadores falecidos.
Segundo dados da própria SES, no
período em que foi usado o critério
cronológico, cerca de 63% dos pacientes
da lista eram excluídos porque morriam
na espera.
“Acredito que isso representa um passo
à frente, mas não podemos ter a ingenuidade de achar que vai resolver por
completo as dificuldades para obtenção
de um transplante, porque a demanda
tem crescido muito mais que a oferta de
órgãos. A posição da Sociedade Brasileira de Hepatologia é uma posição de
prudência”, confirma João Galizzi
Filho
Filho, para quem o maior problema
ainda é a falta de doadores.
7
Revista da APM
Processos aguardam na lista de espera
MÚSICAPOPULARPAULISTA
Agosto de 2006
Mestre do
samba
Irreverência marca
apresentação de
Osvaldinho da Cuíca na
homenagem de julho do
projeto Música Popular
Paulista. No palco, uma
verdadeira aula de samba
Revista da APM
8
ADRIANA REIS
M
uito prazer, eu me apresento:
trilha sonora do nosso Brasil. Está for-
inúmeras histórias, que inspiraram suas
mada a nossa orquestra.
criações. Uma delas, gravada no CD
sou o samba paulista. Chego
Uma verdadeira história da criação
Osvaldinho da Cuíca Convida – em
de mansinho e, pouco a pouco, entusi-
do mais brasileiro dos gêneros musi-
referência ao samba paulista, o mais
asmo quem está a minha volta. Meu
cais. Osvaldinho da Cuíca mostrou, na
recente do artista, ele fala sobre as difi-
ritmo é marcado pelos tambores e pela
noite de 6 de julho e para um público
culdades em conviver com uma vizi-
caixa. Herança de um povo festivo, de
animado, porque é considerado mestre
nha num prédio da Vila Monumento,
pele retinta, que foi trazido pelos por-
na arte de tocar, cantar e contar o samba.
bairro da zona sul de São Paulo, onde
tugueses e que cantava por sua liberta-
Em quase duas horas de show, ele apre-
mora. Os versos arrancaram risos:
ção. O batuque, que era um menino
sentou composições próprias e clássi-
“Minha vizinha é maloqueira/ Malo-
cativo, foi coroado pela beleza sonora
cos de outros gênios do samba, como
queira, maloqueira / Sem era nem
do cavaquinho, que veio da Ilha da
Adoniran Barbosa, fazendo a platéia do
beira, sem educação / Desabafo can-
Madeira para enfeitar o meu samba.
Auditório Nobre da APM repetir os
tando esse samba pra ela / Com muito
Depois chegou o violão, usado pelos
versos e aplaudir a cada nova música.
respeito e consideração”.
espanhóis, herança dos mouros. O pan-
Acompanhado por cinco músicos –
A irreverência das letras era evidente
deiro é árabe, mas foi na mão do brasi-
Renato 7 Cordas, no violão; Julio Cé-
também no visual: Osvaldinho da Cuíca
leiro que ganhou personalidade. Virou
sar, na percussão e voz; Marcelo Barro,
subiu ao palco de terno branco, camisa
até “disco voador”. E tem a cuíca. Ins-
na percussão; Odair Menezes, no cava-
preta, corrente dourada no pescoço,
trumento oriental, foi introduzido no
quinho e voz; e Borão, na percussão –
sapato bicolor rigorosamente lustrado
samba por Bento Ribeiro. A cuíca tem
dois deles seus filhos, Osvaldinho da
e o inseparável chapéu. Espalhou sor-
o dom de cantar sem ter voz. Essa é a
Cuíca conversou com o público e contou
riso e exibiu seu samba no pé. Um típico
representante do samba paulista, verdadeiro professor.
Osvaldinho da Cuíca nasceu Osvaldo
de Barros, na capital paulista, em 1940.
Tornou-se conhecido do público em
1967, ao participar do Terceiro Festival da Record, ao lado de outro ícone
do samba paulista: Demônios da Garoa. Juntos, defenderam a música “Mulher, patrão e cachaça”, que reproduzia
Apresentação de Osvaldinho da Cuíca, na APM
um diálogo entre os instrumentos mu-
ver...”, em referência ao bairro onde a
Osvaldinho convida o músico José Ro-
surgiram frutos ao lado de parceiros
escola está instalada.
berto para integrar o grupo, agregando
como Martinho da Vila, Beth Carva-
Em sua trajetória musical, Osvaldi-
outra cuíca à formação do palco. Todos
lho, Elizeth Cardoso, Cartola, Vinícius
nho da Cuíca formou o Trio Canela,
fazem um verdadeiro passeio pelas tra-
de Morais, Gal Costa, além do imortal
com Osmar do Cavaco e Jair do Cava-
dições do samba paulista, entoando
Adoniran Barbosa.
quinho, ambos da Velha Guarda da
clássicos como Saldosa Maloca, Trem
Apaixonado pelo Carnaval, Osvaldi-
Portela. Também integrou o grupo
das Onze e Samba do Ernesto. Osvaldi-
nho é fundador da Ala dos Composito-
Velhos Amigos e, em 1999, gravou o
nho da Cuíca encerrou seu show sendo
res da escola de samba Vai-Vai. Para
disco “História do Samba Paulista”,
homenageado pela APM e mostrou,
homenageá-la, cantou em seu show na
com participação de Thobias da Vai-
mais uma vez, que seus instrumentos
APM os versos: “Quem nunca viu o
Vai, Germano Mathias e Aldo Bueno.
falam, cantam e encantam quando o
samba amanhecer, vai no Bixiga pra
Ao final do show, uma surpresa:
assunto é samba. Dona Inah
A próxima atração do Música
da vida artística e o trabalho con-
Tim. Antes disso, Dona Inah gra-
Popular Paulista é Dona Inah, no dia
vencional. Desde cedo, buscou
vou o álbum “Divino Samba Meu”
14 de setembro (ver agenda, página
como referência musical grandes
e representou o Brasil em importan-
41). Herdeira de uma tradição de
nomes que conheceu de perto, nos
tes festivais internacionais. No mes-
canto peculiar, arraigada à escola das
bastidores da Rádio Record e em
mo ano, ainda se apresentou em
grandes divas do rádio e à expressão
apresentações na Rádio Clube de
Paris durante as comemorações do
do samba de raiz, Dona Inah iniciou
Santo André. Entre eles, Isaurinha
“Ano do Brasil na França”.
sua carreira na década de 1950,
Garcia, Aracy de Almeida, Nelson
cantando em rádios e clubes de
Gonçalves e Orlando Silva.
Em seu novo show, a veterana
sambista Dona Inah apresenta um
Araras, cidade paulista onde nasceu.
Em 2005, aos 70 anos, a sambista
repertório composto por sambas de
E do interior para a capital, seu
foi coroada com o prêmio “Melhor
seu primeiro CD, com músicas dos
trajeto foi marcado pelo equilíbrio
Revelação” na edição do prêmio
grandes mestres do samba.
9
Revista da APM
panheira inseparável. Desse casamento,
Agosto de 2006
sicais. Osvaldinho fez da cuíca sua com-
RADARMÉDICO
Agosto de 2006
Não à venda de álcool líquido
Revista da APM
10
Uma parceria envolvendo diversas entidades como a Associação
Paulista de Medicina (APM), ProTeste, organização não-governamental Criança Segura, Sociedade
Brasileira de Queimadura, Instituto
Pró-Queimados, Sociedade Brasileira de Pediatria e Associação Médica
Brasileira (AMB) foi firmada para
lutar contra a venda direta do álcool
líquido com teor acima de 46º
INPM – Instituto Nacional de
Pesos e Medidas. Um dos principais
motivos da iniciativa é o número
alarmante de vítimas de queimaduras provocadas pelo uso do produto.
Só no Brasil, são cerca de 150 mil
pessoas, sendo um terço crianças.
Com o objetivo de mostrar o
perigo do uso do produto e de procurar apoio da população na proibição da venda, as entidades
lançaram, em seus sites, um manifesto (abaixo-assinado). A ação
também pretende chamar a atenção
da Câmara Federal para retornar o
processo de votação do projeto que
está ainda em tramitação, que dispõe sobre a proibição da venda do
álcool líquido acima de 46º INPM.
O perigo
Hoje, o consumidor usa o produto, na maioria das vezes, para limpeza ou acendimento de fogo. Mas
o que poucos sabem é que os produtos oferecidos no mercado na
forma líquida não têm capacidade
totalmente bactericida. Portanto,
não são eficazes no caso de limpeza.
A gradação correta deve ser entre
68º e 72º INPM e, mesmo assim,
somente os setores de saúde têm
acesso a este tipo de álcool. Existem outros produtos mais eficazes
para atender a tal finalidade como
água e sabão.
Para acendimento de fogo, a versão em gel não traz risco de explosão em condições normais de uso e
rende três vezes mais. Além disso,
o fogo não se espalha, como ocorre
com o líquido, evitando que grandes áreas do corpo sejam queimadas.
SERVIÇO
Para participar, é só acessar www.proteste.org.br;
www.criancasegura.org.br, www.amb.org.br ou www.apm.org.br e
preencher o formulário confirmando sua colaboração.
Campos do Jordão
As inscrições para o sorteio
No valor, não está incluso o café
de Hospedagem no Parque Hotel
da manhã, que é cobrado à parte.
Campos do Jordão. Cotas de no-
O benefício só tem validade para
vembro – estão abertas até 10 de
médicos associados. Informa-
outubro. A diária do apartamento,
ções: (11) 3188-4280 – Departa-
para 4 pessoas, é de R$ 30,00.
mento Social.
Foto: Divulgação USP
25 anos de HU
Foto: Divulgação USP
O Hospital Universitário da Universidade de São Paulo comemorou, no
dia 7 de agosto, 25 anos de atividade. A
cerimônia do festejo contou com a presença do superintendente do hospital,
o professor e doutor Paulo Lotufo, do
professor titular da FMUSP, Giovanni
Guido e da reitora da USP, professora
Suely Vilela.
Legal e Ética em Perícia Médica, doenças da coluna vertebral limitantes, os
mitos e realidades da DORT/LER lesões provocadas por situações de trabalho prejudiciais que levam à incapacidade temporária ou definitiva dos
trabalhadores, os aspectos médicos
legais sobre simulações e dissimulações. Além de assuntos como avaliação pericial em Psiquiatria e Síndrome
de Burnout, entre tantos outros presentes
no dia-a-dia do profissional que trabalha em perícia.
O médico psiquiatra forense Guido
Palomba, diretor cultural adjunto da
APM, falou sobre o tema Alienação
Mental. O diretor de Defesa Profissional da APM, Jarbas Simas, que também é médico perito, ministrou a
palestra sobre Imperícia e Atestados
Falsos. Em sua avaliação, o evento
marca um grande avanço na área de
perícia que discutiu o segmento em
todas as áreas, desde administrativa
até a legislação. “Os profissionais
presentes saíram mais esclarecidos,
conhecendo mais a área em que atuam”,
analisou Simas.
O diretor da APM, Guido Palomba,
foi um dos palestrantes
Funcionário bem informado
Os funcionários da Associação Paulista
Naoki Shimabukuro, Maria Cecília Za-
causadas por negligencia no trânsito,
de Medicina (APM) foram o público-alvo
non e Maria de Fátima Queiroga Neves.
entre outros. “As pessoas precisam
da palestra “Segurança no Trânsito do
Durante uma hora e meia, os pales-
saber que o trânsito é um exercício de
ponto de vista médico”, no dia 20 de
trantes falaram sobre: os perigos do
cidadania. É uma troca de espaço onde
julho, ministrada pelos médicos especia-
trânsito; como conduzir o veículo de
o risco é grande quando não se tem res-
listas em Medicina do Tráfego, Henrique
forma mais segura, índices de mortes
peito”, considerou Shimabukuro.
11
Revista da APM
A Associação Paulista de
Medicina sediou, nos dias 4 e 5 de agosto, a I Jornada Multidisciplinar em Perícia Médica do Departamento de
Perícias Médicas do Estado de São
Paulo e do Comitê Multidisciplinar de
Psiquiatria Forense da APM. O evento,
que teve apoio da Secretaria do Estado
da Saúde, do Conselho Regional de Medicina do Estado de São Paulo
(Cremesp), foi destinado a médicos peritos, assistentes sociais, psicólogos e
outros profissionais envolvidos na área.
Na ocasião, foram levantadas questões
como: fundamentos de perícia médica;
medidas administrativas frente a simulações e dissimulações, assédio moral
no trabalho, conseqüências da falsa perícia e da imperícia, Responsabilidade
Agosto de 2006
Perícia Médica é discutida na APM
RADARMÉDICO
Agosto de 2006
Conselho Nacional de Saúde sem
médicos é um atentado à saúde da
população, diz AMB
Revista da APM
12
Foi publicado no Diário Oficial da
União faz cerca de quinze dias o Decreto
nº 5.839, que dispõe sobre a organização, as atribuições e o processo eleitoral
do Conselho Nacional de Saúde – CNS,
além de outras providências.
Em linhas gerais, a normativa trata
das competências do CNS e estabelece
novas regras para sua composição. O
número de membros titulares é ampliado de 40 para 48, na proporção de
50% de representantes de entidades e
dos movimentos sociais de usuários do
SUS; 25% de representantes de entidades de profissionais de saúde, incluída a comunidade científica da área de
saúde; e 25% de representantes do
governo, de entidades de prestadores
de serviços de saúde, do Conselho
Nacional de Secretários de Saúde CONASS -, do Conselho Nacional de
Secretários Municipais de Saúde CONASEMS - e de entidades empresariais com atividade na área de saúde.
Lamentavelmente, a tradicional e
necessária participação da classe médica
no Conselho Nacional de Saúde não
está garantida pelo Decreto nº 5.839.
Neste momento, a representação está
mantida precária e temporariamente,
graças a um acordo que teve como base
o regimento interno. Porém, a qualquer
momento os médicos podem ficar sem
a cadeira que lhes tem permitido defender a boa prática médica e a assistência de qualidade.
Tendo em vista a importância singular da medicina para o diagnóstico e tratamento de mais de 180 milhões de
brasileiros e a contribuição dos médicos para a consolidação do Sistema
Único de Saúde (SUS), a Associação
Edital de Convocação
Assembléia Geral Ordinária e Extraordinária
Associação Paulista de Medicina
A Associação Paulista de Medicina,
por meio de seu Presidente, atendendo
às disposições estatutárias, convoca
seus associados para:
1) ASSEMBLÉIA GERAL ORDINÁRIA a fim de deliberar sobre a proposta orçamentária referente ao
exercício seguinte;
2) ASSEMBLÉIA GERAL EXTRAORDINÁRIA a fim de deliberar
sobre a REFORMA DO ESTATUTO
SOCIAL DA APM:
• adaptação ao Código Civil em vigor;
• demais reformulações a serem propostas, nos termos do Parágrafo Terceiro do art. 26 do estatuto social.
As sugestões para reforma estatutária
poderão ser elaboradas: pelos associados em dia com suas obrigações estatutárias, sendo encaminhadas à Diretoria
da APM, em sua Sede Social, até o dia
12/09/2006, por intermédio das Seções Regionais ou Associações Filiadas,
devendo constar a identificação clara e
legível do proponente, bem como o dispositivo a ser alterado e sua sugestão.
Médica Brasileira vem a público lamentar mais esta equivocada decisão das
autoridades do País, especialmente as
da área de saúde. Um Conselho Nacional
de Saúde sem médicos representa um
atentado contra a saúde dos cidadãos.
É público e notório que a vigília permanente dos profissionais de medicina
em prol dos pacientes sempre foi de
suma importância para o sistema, assim como para evitar abusos e tentações antidemocráticas.
A AMB espera que tal decreto seja
revisto, de forma a garantir que a parceria entre médicos e pacientes continue
consagrada como um dos pilares fiscalizadores na rede de saúde do Brasil. O
controle social dos conselhos nacional,
estaduais e municipais de saúde é benéfico a todos os agentes do setor e a Associação Médica Brasileira faz questão de
preservá-lo por intermédio de mecanismos eficientes e democráticos.
Saiba mais:
Assessoria de Imprensa da AMB
(11) 3178-6800
www.amb.org.br
A Associação Paulista de Medicina
disponibilizará aos associados, por meio
de seu site, (www.apm.org.br), até o dia
11/10/2006, as propostas recebidas e
ordenadas, nos termos estatutários.
As Assembléias serão realizadas no
dia 11 de novembro de 2006 (sábado),
na Sede Social da Associação Paulista
de Medicina, situada na cidade de São
Paulo, à av. Brigadeiro Luis Antonio,
278, 9º andar, sendo que, a Assembléia Geral Ordinária terá início às
11h00 e a Assembléia de Geral Extraordinária a partir das 11h30.
São Paulo, 10 de agosto de 2006.
Dr. Jorge Carlos Machado Curi
Presidente
13
Revista da APM
Agosto de 2006
CAPA
da guerra fria. Logo, a potência que
detivesse melhor tecnologia, inclusive
de transmissão de dados, poderia dar
um passo à frente.
“Até meados da década de 1990, ela
não conseguia ser muito bem difundida
no meio comum, porque a tecnologia
era cara. Estava reservada a centros
Agosto de 2006
altamente especializados”, explica
Revista da APM
14
Telemedicina ao
alcance de todos
Apesar de suas enormes possibilidades, a tecnologia de
transmissão de dados a serviço da medicina no Brasil aposta
na simplicidade e eficácia tanto para a atualização e uso
médico como para a atenção primária da população
Chao Lung Wen, professor associado e
coordenador geral da disciplina de
Telemedicina da Faculdade de Medicina da USP (FMUSP).
Esta situação começou a se alterar à
medida que o poder dos computadores
e a modernização dos sistemas de telecomunicações evoluíram, possibilitando à atividade um amplo e efetivo
campo de trabalho.
Hoje, a Telemedicina já não é mais
considerada exclusivamente de uso
RICARDO BALEGO
da atenção à saúde são inegáveis.
médico, mas sim um resultado da união
Acredita-se que as primeiras aplica-
de profissionais da saúde e da tecnolo-
m cenário que, à primeira vista,
ções da Telemedicina aconteceram nos
gia, cuja a finalidade é promover a saú-
pode parecer somente a teoria
Estados Unidos, em sua agência espa-
de. Conceitos variantes como Telesaúde
de uma prática bastante distante no dia-
cial (Nasa), ainda na década de 1960.
e Teleducação são comuns, uma vez que
a-dia do médico: um país do tamanho
O contexto era o da corrida espacial e
as atividades podem envolver equipes
U
do Brasil sendo capaz de se intercomunicar de um extremo a outro por meio
de redes de Telemedicina e Telesaúde.
À disposição dos médicos de todo o
país estaria a atualização profissional,
necessidade constante na medicina, e
possibilidades de segunda opinião em
diagnósticos; à população, apoio à atenção primária e prevenção de doenças
por meio da educação à distância.
Esta é, na verdade, uma realidade que
vem se tornando cada vez mais acessível.
Sua tecnologia já está disponível e suas
possibilidades imediatas na promoção
Tecnologia à serviço da medicina
médicos têm para ter acesso. A Internet e a Telemedicina podem melhorar
de forma excepcional esse rendimento”, concorda Jorge Carlos Machado
Curi, presidente da APM.
Atenção primária
Como exemplo, no dia 7 de julho, foi
lançado o Projeto de Telesaúde aplicada à Atenção Básica, coordenado pelo
Ministério da Saúde e que visa capacitar equipes estratégicas do Programa de
no país.
multiprofissionais e educação à distância.
com o uso de linha discada, um mi-
Da cidade de Parintins, interior do
Países como EUA, Canadá, Austrália
crocomputador com leitor de cd e má-
Amazonas, o ministro da Saúde, Age-
quina fotográfica digital”.
nor Álvares, se comunicou e assistiu a
e outros vêm apresentando importante
crescimento no uso dessa tecnologia.
“É fundamental hoje, com a grande
uma apresentação gerada pela equipe
da FMUSP, em São Paulo.
No Brasil, tudo parece caminhar para
multiplicidade de novidades médicas,
uma gradual implantação da Teleme-
ter um instrumento que seja baseado nas
“As equipes poderão obter a segunda
dicina também, uma vez que já exis-
melhores evidências. A Telemedicina
opinião por teleconsulta, numa ação
tem condições para tal. Além de redes
passa a ser uma ferramenta muito útil
combinada de teleassistência e teledu-
de telecomunicações federais já dispo-
devido às dificuldades que muitos
cação. Serão implantados inicialmente
níveis, como a RNP, RUTE, SIVAM/
SIPAM e redes governamentais estaduais, há grandes possibilidades também
por linhas digitais, DSL (banda larga)
e mesmo a linha telefônica discada. Isso
possibilitaria a conexão entre dois ou
mais pontos em qualquer local do país.
A linha discada, inclusive, vem sendo a grande aposta em projetos que envolvem centros de ensino, entidades
médicas e a esfera governamental.
Segundo o professor Chao Lung Wen,
embora haja a Telemedicina de alta
tecnologia (videoconferência, robótica)
e média (internet de banda larga), “cerca
de 70% da necessidade brasileira se
resolve com internet de baixo custo,
Site tecnológico da USP
15
Revista da APM
regiões mais remotas e de difícil acesso
Agosto de 2006
Saúde da Família (PSF), atuando em
Tela de vídeoconferência
CAPA
oito Núcleos de Telesaúde, sediados em
oito universidades públicas, que já têm
experiência desenvolvida em telesaúde
e estão estrategicamente distribuídas
pelas cinco regiões do Brasil”, ressalta
Ana Estela Haddad, coordenadora de
Gestão da Educação em Saúde da Secretaria de Gestão do Trabalho e da
Educação do MS (DEGES/SGTES).
Segundo ela, além de ligados em rede,
os oito núcleos estarão conectados,
cada um, a outros cem pontos localiza-
A USP é o maior centro de telemedicina do país
Agosto de 2006
dos em Unidades Básicas de Saúde.
Participam também do projeto entidades como a Universidade Federal de
Minas Gerais, Conselho Federal de
Revista da APM
16
Medicina, Sociedade Brasileira de
pensar, agir e trabalhar em rede”, con-
Medicina da Família e Comunidade e
ceitua Ana Estela.
a biblioteca virtual em saúde Bireme,
As novas possibilidades de comu-
que combinam ações, ainda, com
nicação em saúde exigiram, recente-
programas de outros Ministérios, como
mente, a criação, no Conselho Federal
o da Educação, Ciência e Tecnologia,
de Medicina, de uma Câmara Técnica
Comunicações e Defesa. Estas e outras
exclusiva para assuntos relacionados
instituições formam, inclusive, a Co-
à Telemedicina.
missão Permanente de Telesaúde do
Na atuação entre Governo e Uni-
governo, criada em março para avaliar
versidade, há, ainda, projetos como o
e acompanhar os projetos da área.
Estação Digital Médica, que tem a mis-
“Fizemos isso para provar que, mes-
são de estruturar uma rede entre os
mo a Amazônia, está hoje conectável
centros hospitalares e vem contando
por tecnologia. Por isso, eu acho que a
com um orçamento de R$ 5 milhões do
“O projeto na Amazônia Legal
Telemedicina no Brasil não pode ser
Ministério da Ciência e Tecnologia.
está em andamento e indo muito
mais vista só como medicina à distân-
“Os valores são secundários aos bene-
bem; levando desde educação con-
cia. Ela tem que ser vista já como uma
fícios que a Telemedicina pode propor-
tinuada, para os médicos e outros
questão de estratégia de saúde para o
cionar”, opina Gerson Zafalon.
profissionais de saúde, por ser uma
país”, opina o especialista Lung Wen.
região menos populosa, até atendi-
“A Telesaúde representa um campo
mento e segunda opinião, orienta-
emergente do conhecimento em saúde,
Para falar em medicina à distância no
ção para o colega à distância, frente
desenvolvido a partir de uma intersec-
Brasil é preciso falar na FMUSP, que,
alguma dificuldade que ele tenha”,
ção entre a informática médica, a saúde
em 1997, instituiu em sua graduação a
explica Gerson Zafalon Martins,
pública e a administração. O termo tem
disciplina de Telemedicina. “A FMUSP
coordenador da Câmara Técnica e
conotação mais ampla do que apenas o
é hoje o maior centro de Telemedicina
2º secretário do CFM.
desenvolvimento tecnológico, carac-
no Brasil e certamente é um dos grandes
terizando-se por um novo modo de
em toda a América Latina, representado
Educação Médica
Recertificação de títulos
Educação continuada aos médicos
também é um campo fértil e útil para a
atuação da Telemedicina. Desde 1º de
janeiro deste ano, todos os médicos que
obtiverem título de especialista ou
certificado de área de atuação terão
Todo complexo da USP é interligado pela tecnologia
cinco anos para obter os créditos válidos
para o CAP (Certificado de Atualiza-
HU, Centro de Saúde-Escola Butantã,
pação, por videoconferência, de espe-
Faculdade de Odontologia de Bauru e
cialistas internacionais.
mais nove instituições, todas interligadas
No dia 8 de agosto, foi a vez do chefe
entre si, formando uma grande comu-
do departamento de Medicina da Fa-
nidade de Telemedicina”, orgulha-se o
mília da Universidade do Kansas
professor Chao.
(EUA), Joshua Freeman, contribuir via
De fato, são 150 mil m² de área hospitalar interligada, com possibilidade de
web cam com suas experiências para o
encontro científico.
transmitir para qualquer lugar do mun-
O especialista falou sobre o tema
do, desde que haja conexão disponível.
“Cuidados Primários Orientados para
A Faculdade dispõe, ainda, de outros
a Comunidade”, com enfoque para o
projetos destinados ao ensino e preven-
médico de família no contexto da
ção de doenças, como o Homem Virtu-
atenção primária.
ção Profissional).
Para tal, os especialistas deverão
somar cem pontos em atividades de atualização ao longo desse período, sendo
que, pelo menos dez créditos por ano
(cerca de 20 horas/aula) podem ser
obtidos por meio de programas à distância, como a Telemedicina. Para isso,
as atividades precisam ser credenciadas à Comissão Nacional de Acreditação (CNA), composta por membros da
Associação Médica Brasileira (AMB)
e Conselho Federal de Medicina (CFM),
al, uma série de programas educativos
feitos em computação gráfica e três
dimensões, que levam informações tanto para alunos e especialistas em medicina como para o público leigo. A série
“Questão de Peso”, do médico Dráuzio
Varella, exibida pelo programa Fantástico em 2003, foi feita pela FMUSP.
A própria Associação Paulista de Medicina (APM) também vem se utilizando
da Telemedicina para levar atualização
sobre temas médicos aos profissionais.
Toda segunda terça-feira de cada
mês, o Departamento de Medicina de
Família e Comunidade da entidade se
reúne para discutir assuntos que envolvem a prática da medicina familiar no
Projetos de saúde passam pelo computador
Agosto de 2006
mundo e conta sempre com a partici-
17
Revista da APM
por todo seu complexo, como o HC,
CAPA
aos médicos e estabelecendo contato à
distância com os grandes centros”, opina o presidente da APM, Jorge Curi.
O Projeto Jovem Doutor, como
explica Chao Lung Wen, da USP,
“vai começar pelos alunos da faculdade de medicina, que vão ensinar, por meio do Homem Virtual e
Geração Saúde, o aluno do ensino
Chao Lung Wen, da USP
e terem o desempenho de seus particiAgosto de 2006
pantes avaliados.
Revista da APM
18
médio a como prevenir doenças. E
esse aluno vai dar palestras aos seus
está aliado às normas do CFM.
Gratuito aos associados da entidade
amigos mensalmente”.
Embora uma avaliação completa a
e previsto para o mês de setembro, o
respeito de meios como a internet na
primeiro curso terá 12 aulas cursadas
formação do médico ainda sejam objeto
em um ano, que contará 12 créditos para
A APM também vem estudando par-
de discussão, o primeiro secretário da
efeito de comprovação junto à CNA.
ticipar de um projeto que, em parceria
AMB e membro da CNA, Aldemir Hum-
“O objetivo é incentivar o aprimora-
com a FMUSP, pretende levar educação
berto Soares, considera a experiência
mento técnico e estender o conheci-
e prevenção de doenças a alunos de
positiva para a educação médica. “En-
mento ao maior número possível de
escolas públicas no Estado de São Paulo.
tendemos que a atualização poderá ser
profissionais que atuam na área de Gas-
As regionais e distritais da APM
contemplada por esta forma e que cur-
troenterologia ou sua área de atuação,
seriam responsáveis por levar o projeto
sos à distância são ferramentas impor-
a hepatologia”, afirma Luiz Gonzaga
a todas as regiões do Estado. “Seria a
tantes para atingir os médicos
Vaz Coelho, presidente da FBG.
Associação Paulista de Medicina, numa
brasileiros nos locais mais distantes, e
com baixo custo”, disse.
Os médicos que se especializaram
antes de janeiro, no entanto, podem
optar por acumular ou não os pontos. Além disso, a CNA ainda estuda
como levar o sistema a todas as Sociedades de Especialidades, para que
estas acompanhem a atualização de
seus profissionais.
A Federação Brasileira de Gastroenterologia (FBG), por exemplo, lançou
recentemente seu Programa Nacional
de Educação e Desenvolvimento
Continuado à Distância para Certificação de Atualização Profissional, que
Projeto com a APM
“A Telemedicina pode ajudar de for-
ação conjunta com a universidade,
ma fundamental na atualização médica,
promovendo a saúde da população do
proporcionando grande interatividade
Estado”, completa o professor.
A APM quer levar a medicina às escolas públicas
imagina”, atesta Chao.
As possibilidades vão de redução dos
custos com transporte e diminuição das
distâncias, maior eficiência no mapeamento de epidemias até o uso de outras
Lideranças médicas debatem o uso da telemedicina
ferramentas, como a telenfermagem.
“Estamos num momento histórico
muito sensibilizado e a entrada das
A preocupação com possíveis infrações
ca não descarta a presença do médico
associações médicas junto com o CFM,
éticas nas relações entre os médicos e seus
junto ao seu paciente, mas sim agrega
hoje criaria uma força tão grande, que
pacientes no uso da Telemedicina tem
dados para um diagnóstico mais correto.
viabilizaria várias outras coisas. É
suas normas previstas principalmente em
Segundo a Declaração de Tel Aviv,
preciso ensinar os médicos a como uti-
dois documentos: a Declaração de Tel
que inspirou a resolução do CFM, “a
lizar a telemedicina e a teleducação”,
Aviv, adotada pela 51ª Assembléia
Telemedicina não deve afetar adver-
Geral da Associação Médica Mundial em
samente a relação individual médico-
completa o professor. 1999, e, no caso brasileiro, a resolução
paciente. Quando é utilizada de
do CFM nº 1.643/2002, que reconhece
maneira correta, tem o potencial de
e institui a prática no país.
melhorar esta relação por meio de mais
Reunião discute
valorização do serviço
A norma define, por exemplo, que o
oportunidades para comunicar-se e um
Nos dias 14 e 15 de julho, profissio-
médico que acompanha seu paciente é
acesso mais fácil de ambas as partes”.
nais médicos, governo, professores, ges-
o responsável pelo ato, independente
Sabe-se que, como qualquer outra tec-
tores de saúde e outros atores envolvidos
de participações à distância e segundas
nologia, a medicina à distância, se bem
no uso da Telemedicina no país se reuni-
opiniões, e que a tecnologia não substi-
usada, pode trazer benefícios à atuação
ram para discutir, entre outros pontos,
tui essa relação. “Ela está aprovada
médica e ao próprio sistema de saúde
como implantar o reembolso dos servi-
para segunda opinião, não para atendi-
brasileiro. “No fundo, a tecnologia, se
ços médicos prestados à distância.
mento direto ao paciente”, faz questão
for utilizada em pontos adequados,
Realizado na Faculdade de Medicina
de lembrar Lung Wen.
humaniza muito mais do que a gente
da USP (FMUSP), o evento também
propôs critérios para a sistematização da
Participantes do Fórum que discutiu os serviços médicos prestados à distância
segunda opinião médica, apresentou
experiências já realizadas e suas potencialidades, bem como as possibilidades
para a recertificação dos títulos de especialistas e de área de atuação.
“Quando se fala em reembolso, muita
gente pensa que é só questão de dinheiro,
mas a idéia não é essa. A Telemedicina
hoje no Brasil é um recurso que visa
otimizar o serviço de saúde do país e
reduzir os seus custos”, afirmou Chao
Lung Wen.
19
Revista da APM
Com isso, uma segunda opinião médi-
Agosto de 2006
muito bom. O Ministério da Saúde está
Tecnologia que humaniza
MÚSICAPOPULARPAULISTA
Agosto de 2006
Foto: Gisela Gutara
Revista da APM
20
Carlinhos Vergueiro
lota auditório da APM
O Música Popular Paulista segue 2006 fazendo sucesso,
marcando momentos inesquecíveis
LUCIANA ONCKEN
Passaram-se 31 anos desde então. E,
hoje, é difícil imaginar este cara metido
num terno e gravata. Enfrentando os
Houve um tempo em que este ícone
altos e baixos do mercado financeiro. A
da música paulista, da música brasi-
Bolsa perdeu um profissional bom de
arlos Vergueiro chegou. A Bolsa
leira, dedicava seu tempo à Bolsa de
lábia, e todos nós ganhamos muitas com-
vai abrir. Em queda ou alta? O
Valores. A música era para as horas
posições para ficar em nossa memória.
leilão vai começar. Aquela loucura de
vagas. Isso foi já há muito tempo, nos
Era 1o de junho, lá estava ele, sentado
gente gritando pra cá e pra lá. Opa, volta
idos de 1973. E daquela data em diante,
num banquinho, roupa despojada, calça
a fita. Carlinhos Vergueiro chegou. O
a música foi ganhando mais espaço na
de sarja preta, colete, tênis, com o toque
show vai começar. Aquela loucura de
vida deste compositor. Até tomar conta
marcante de sua touca preta de lante-
gente, chegando sem parar, para ver
de sua vida. Ficou conhecido depois de
joulas. Estava ali para ser homenageado
Carlinhos cantar. Sem dúvida, o show
ganhar o festival de Abertura da TV
pela sua longa carreira e pela contri-
abre em alta.
Globo, com a música “Como um ladrão”.
buição à Música Popular Brasileira,
C
dentro do projeto Música Popular
Projeto Pixinguinha, em 1978. Também
Cuba. Parcerias com Adoniran Barbosa,
Paulista, da Associação Paulista de
dividiu o palco com Nélson Cavaqui-
Toquinho, Chico Buarque, Vinícius de
Medicina (APM).
nho, em 1980, e com Ney Matogrosso,
Moraes, Sombrinha, Aldir Blanc, Pau-
Zizi Possi e Virginia Rosa, em 1995.
linho da Viola, Arlindo Cruz, entre
Com seu estilo jovial e alegre, seu
humor às vezes beira o sarcástico.
Carlinhos não está neste mundo para
muitos outros. E tem mais, como pro-
Gosta de uma prosa com o público,
brincadeira, não. O sucesso atravessou
dutor, esteve à frente do LP “A Ópera
coisa que aprendeu com o mestre
fronteiras, com shows por todo o país, e
do Malandro”, de Chico Buarque para
Adoniran Barbosa.
em outros também, como Itália, França,
o filme de Ruy Guerra (1985). Com o Auditório Nobre da APM
lotado e em companhia dos músicos
Edson Alves (violão e flauta) e Adriano
Busko (percussão), Carlinhos relem-
Quem perdeu, perdeu...
Foto: Gisela Gutara
brou as várias fases de sua carreira.
Agosto de 2006
Por Edson, declama o seu amor, mais
do que isso, uma certa dependência
química do amigo e companheiro. “Eu
sofri de síndrome de abstinência. Eu
não sabia o que era viver sem o Edson,
principalmente no show. Ele é o me-
21
Revista da APM
lhor companheiro de palco, o maestro
Edson Alves”, um dos fundadores da
Banda Mantiqueira, onde permanece
até hoje, e já foi homenageado pelo
Música Popular Paulista.
À medida que a noite passava, Carlinhos ia conquistando cada vez mais o
público, parecia crescer e crescer. Voltando no tempo, indo além. Relembrou
antigos sucessos.
Para quem precisa de refresco para a
memória, a discografia de Vergueiro é
composta de dois compactos, onze LPs
e quatro Cds. Entre eles, destaca-se
“Carlinhos Vergueiro -15 anos de carreira”, no qual divide cada música com
um convidado, entre os quais Paulinho
da Viola, Caetano Veloso, Djavan, Chico
Buarque, Martinho da Vila, Toquinho,
Ney Matogrosso, entre outros.
Durante sua trajetória, trabalhou com
Cartola, viajando por todo o Brasil pelo
Carlinhos Vergueiro e seu estilo jovial e alegre
PROFISSÃO
Terminalidade da vida
Da esq. p/dir. José de Siqueira, Jeferson Piva, Rachel Moriz, Miguel Kfouri, Jairo Othero, Gabriel Oselka e Renato Terzi
Agosto de 2006
Até onde vai a obrigação
do médico?
Revista da APM
22
O
que sofremos como intensivistas”, lem-
vida sem preconceitos”. Ele esclareceu
brou, no segundo dia do fórum, Rachel
ainda que era a oportunidade para debater
Duarte Moritz, que faz parte da Câmara
a resolução da entidade sobre o assunto.
CARLA NOGUEIRA
Técnica sobre Terminalidade da Vida
O artigo número primeiro da reso-
RICARDO BALEGO
do Conselho Federal de Medicina
lução diz que “é permitido ao médico
(CFM). “Os médicos custam a aceitar
limitar ou suspender procedimentos e
a morte de seus pacientes. Para nós a
tratamentos que prolonguem a vida do
médico está preparado para
responsabilidade parece ser maior”,
doente em fase terminal, de enfermi-
lidar com a morte?
completou, abrindo mais uma sessão
dade grave e incurável, respeitada a
de discussões.
vontade da pessoa ou de seu represen-
Qual a postura que ele, em especial o
intensivista, deve ter diante de pacientes
terminais?
Estas e outras perguntas, igualmente
polêmicas, foram debatidas por espe-
Roberto D’Ávila, também diretor do
tante legal”.
CFM, disse que o Fórum o era pontapé
No caso de morte encefálica, a re-
inicial “para discutir a terminalidade da
solução esclarece em seu artigo terceiro: “é vedado ao médico manter
cialistas a fim de procurar as respostas
que afligem atualmente as áreas médica
e jurídica. Durante dois dias, os assuntos
foram discutidos no fórum sobre “Desafios Éticos na Terminalidade da
Vida”, promovido pelo Conselho Regional de Medicina do Estado de São
Paulo (Cremesp) em parceria com o
Conselho Federal de Medicina (CFM)
e realizado na capital paulista.
O evento contou com a presença de especialistas médicos e jurídicos, que queriam esclarecer até onde vai o poder de
decisão dos profissionais de medicina perante a morte iminente de seus pacientes.
“Esta discussão trata das angústias
Marcos Segre, Maria Marchi, Maria Vilas Boas, Gerson M., Solimar Pinheiro e
Luis Manreza (da esq. p/dir.)
Desafios
O coordenador do Núcleo de Estudos
e Pesquisa em Bioética do Centro Universitário São Camilo, em São Paulo, o
padre Léo Pessini, classificou o evento
como um desafio. “Ou melhor, uma
ousadia, pois o assunto provoca angústia, mas é necessário discutí-lo. A morte
deixou de ser um evento para se tornar
Público que acompanhou um dos debates
um processo”, afirmou o religioso.
Pessini conceituou a distanásia - morte
de Bioética (SBB), as angústias mé-
do indivíduo lúcido – e ressaltou que
funcionamento dos órgãos vitais,
dicas frente à impossibilidade de cura
os médicos devem ouvir seus pacientes,
quando houver sido diagnosticada a
e à morte são incutidas na própria
avaliar a eficácia do tratamento e o prin-
morte encefálica em não doador de
faculdade. “A culpa é nossa. Nós
cipal, “curar a morte e não a doença”.
órgãos, tecidos e partes do corpo hu-
transmitimos aos ainda alunos de
“Vemos um milagre: o avanço tec-
mano para fins de transplante”.
medicina que a morte é um fracasso
nológico, mas é o momento de anali-
Segundo Roberto D’ Ávila, a con-
e não somos educados para fazer di-
sar a questão ética nos critérios da
duta, prevista na resolução, é deno-
ferente disso”, disse. “É arrogância
utilização desta tecnologia a favor do
minada “ortotanásia”, que é diferente
nossa, dos professores de medicina,
paciente. A medicina vive um conflito:
do conceito “eutanásia” - prática pela
pois dizemos que eles têm o poder
lutar contra a morte e entender este
qual se abrevia, sem dor ou sofrimento,
de cura sempre. Curamos às vezes,
caminho”, afirmou.
a vida de um enfermo incurável.
aliviamos freqüentemente e confor-
“A ortotanásia visa garantir a possi-
tamos sempre”, completou.
Pessini destacou os métodos adotados pelos médicos na forma de atender
bilidade de morrer com dignidade,
sendo que a eutanásia é uma interrupção direta da vida”, explica.
Para o presidente da Sociedade de Bioética, José Eduardo Siqueira, o fórum
abriu novas possibilidades para a humanização do tema. “Fizemos crescer a
tecnologia e diminuímos a reflexão ética. Não podemos desprezar as técnicas,
mas é preciso humanizar a terminalidade da vida e ampliarmos a discussão
sobre a resolução. A morte não é adequadamente tratada na área da saúde. É
necessária a reflexão”, completou.
Segundo o professor José Eduardo
de Siqueira, da Sociedade Brasileira
Saulo Eduardo Siqueira, Clóvis Constantino e Desiré Callegari (da esq. p/dir.)
23
Revista da APM
os procedimentos que asseguravam o
Agosto de 2006
com sofrimento físico ou psicológico
PROFISSÃO
seus pacientes, principalmente, os que
se encontram em fase terminal. “O
paciente tem direito de morrer com dignidade. Ele (paciente) tem sua bagagem
de valores e culturas e isto é tão importante o médico compreender como ava-
Vídeo ilustrativo de um dos debates
liar seu exame de sangue”.
Segundo o padre, os médicos preci-
paciente e não na doença”.
paciente terminal e acredito que, entre
“Precisamos oferecer conforto ao
os profissionais, há uma necessidade de
situações críticas da vida e da morte”.
enfermo terminal. Apoio psicológico
entendimento e compreensão sobre o
e moral são mais essenciais do que fo-
assunto. É importante destacar que o
Poder judiciário e medicina
car apenas no prolongamento da vida.
médico não está só, a resolução é um
O ministro do Superior Tribunal de
Os médicos precisam saber os limites
avanço e que dará amparo a vocês (mé-
Justiça (STJ), Gilson Lângaro Dipp, clas-
que podem chegar nos procedimentos
dicos)”, afirmou o procurador.
em benefício do bem-estar do paciente.
Para Miguel Kfouri Neto, do Tribu-
e de muitas controvérsias. “Mas não po-
Quanto à nossa área, necessita-se de
nal de Justiça do Paraná, “há uma dife-
demos fugir da responsabilidade de discu-
uma manifestação do judiciário mais
rença grande entre morrer e morrer com
tirmos. E o Fórum vem agregar cada vez
concreta sobre o tema”, disse o juiz.
dignidade”, tratando também sobre a
sificou o tema do evento como complexo
24
mais a ligação do Poder Judiciário com a
Para o procurador geral de Justiça
chamada “interrupção de tratamento”,
Medicina, porque até para nós, a termina-
do Distrito Federal e Territórios, Leo-
questão presente em casos irreversíveis.
lidade da vida é um assunto novo”.
nardo Bandarra, a terminalidade da
Revista da APM
Agosto de 2006
sam ser educados para saber lidar com
O ministro entende também que é
preciso olhar mais o paciente em estado
terminal como ser humano, “pensar no
vida precisa primeiro ser compreendida entre os médicos.
“Vocês é que darão o diagnóstico de
Resolução
Além da importância de se tratar sobre
a terminalidade da vida, as discussões
apresentadas durante o fórum devem
resultar, em breve, em uma resolução
normativa editada pelo CFM.
O intuito é amparar o médico em contato direto com tais dilemas éticos,
como a posição da família, terapêutica
desnecessária em casos irreversíveis e
respeito à morte sem sofrimentos.
“O próprio Código de Ética Médica
não traz nada sofre o tema pacientes terminais. Essa resolução deve auxiliar
muito nas questões com as quais convivemos, no aspecto legal, implicitamente, e no aspecto ético, explicitamente”,
destacou Gabriel Oselka, ex-presiden-
Diaulas Ribeiro, Gilson Dipp, Maria Goretti, Cláudia Burla, leonardo Bandarra e
Maria Kovacks (da esq. p/dir.)
te do CFM e coordenador do Centro de
Bioética do Cremesp. 25
Revista da APM
Agosto de 2006
Agosto de 2006
SAÚDEPÚBLICA
Revista da APM
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A mãe da multimistura
Há 35 anos, a pediatra e
nutróloga Clara Brandão
ajuda a salvar vidas com
receitas simples, de alto
valor nutritivo e baixo custo
ADRIANA REIS
“E
m uma tigela, junte um copo
de farelo de trigo tostado,
um de farinha de milho tipo biju, outro
de farinha de mandioca bem crocante,
outro ainda de óleo (de preferência de
arroz) e sal. Misture bem. Em seguida,
acrescente bananas picadas, caldo do
limão e salsinha a gosto. Está pronto.
Fácil de fazer, não precisa nem de fogão”.
Quem ensina pacientemente o prepa-
Clara Brandão. Do outro lado, 200 pesso-
ro desta farofa é a pediatra e nutróloga
as, a maioria mulheres já acostumadas
Farofa preparada pela nutróloga
cada detalhe. Estão impressionadas com
área de alimentação.
a receita e aguardam o momento de
Clara descobriu um dom e uma mis-
experimentar a novidade. O ritual se
são. O dom: combinar produtos simples
repete há 35 anos, desde que a doutora
e à disposição da maioria dos brasilei-
Clara decidiu unir o que havia aprendido
ros – e com baixo custo – e transformar
com a medicina e os conhecimentos
em receitas reaplicáveis, com alto valor
nutritivo. A missão: ajudar a diminuir
a desnutrição infantil no país. “Um terço dos brasileiros vive abaixo da linha
da pobreza. Isso sempre me incomodou”, conta Clara, formada pela Universidade de São Paulo em 1969.
Cuidar da saúde de crianças foi o que a
motivou pela escolha da pediatria como
especialidade. Mas agir combatendo
apenas a doença era pouco para ela. O
desafio era prevenir, evitando que os
“Ensinar a comer direito não
é difícil. O complicado é fazer
as pessoas comerem bem com
o que têm à disposição”, percebeu Clara Brandão.
pequenos chegassem aos consultórios
Dicas para seguir uma
alimentação sustentável
• Para assegurar o consumo dos
nutrientes necessários, o ideal é
comer maior variedade possível de
alimentos disponíveis;
• A boa digestão começa com
uma boa mastigação;
• Prefira frutas e água aos sucos
com açúcar/adoçante e refrigerantes;
• Comece sempre o almoço e o
jantar com um prato de salada de
folhas cruas e limão;
• Sempre que possível, coma três
tipos de frutas por dia e cinco tipos
de folhas.
27
Clara Brandão
e ambulatórios.
Clara passou a pesquisar o que essas
crianças comiam em casa. Desenvolveu estudos que comprovavam a influência da alimentação na saúde e, a
partir destas constatações, passou a usar
sua criatividade para inventar receitas
que garantiam os nutrientes necessários
e que cabiam no bolso da população
mais carente.
Foi assim que surgiu a idéia da multimistura – um misto com alto valor
nutritivo, formado por folhas e sementes secas e trituradas até virarem um
pó, que é acrescido ao prato de comida,
diariamente. O conceito da multimistura foi adotado pela Pastoral da Criança, da Igreja Católica, que passou a
distribuir para as mães cujos filhos
estavam abaixo do peso. O resultado foi
surpreendente. A receita básica da multimistura contém: 70% de farelo (de
arroz e/ou de trigo) tostado; 15% de pó
Anotações do curso preparado pela nutróloga Clara Brandão
Agosto de 2006
com as pesquisas que desenvolveu na
de folhas (mandioca, batata-doce etc.)
Revista da APM
com o dia-a-dia da cozinha, anotam
SAÚDEPÚBLICA
que isso acontece porque a população,
que antes ocupava essencialmente a
área rural, migrou para os grandes centros urbanos. “Vivemos o século das
cidades. A maioria da sociedade vive
nas periferias desses centros metropolitanos e se depara com a falta de diversidade dos alimentos”, aponta.
Outro problema, segundo a médica,
é nossa alimentação estar baseada no
que é vendido em supermercados.
Multimistura pode ser encontrada em lojas de produtos naturais
“Nossas refeições são pautadas pelos
Agosto de 2006
supermercados. Consumimos cada vez
Revista da APM
28
e 15% de pós de sementes (gergelim,
abóbora, linhaça, girassol). Foi tão disseminada que atualmente pode ser en-
mais produtos industrializados e dei-
Dicas para seguir uma
alimentação sustentável
contrada pronta, nas lojas de produtos
naturais. Basta uma colher de sopa ao
dia, distribuída nas refeições.
“Século das cidades”
O brasileiro tem se alimentado de
xamos para trás uma herança de alimentos naturais e saudáveis”, critica.
Antes, nossa relação com o alimento
• Acrescente duas folhas a mais
era mais direta. “Conhecíamos o ven-
de tempero (salsa, coentro etc.) por
dedor de frutas, legumes e verduras
dia. Em dez anos, haverá ingestão
pelo nome. Sabíamos o tempo certo de
de 7.300 folhas: uma grande quan-
colheita de cada produto, acompanhá-
tidade de vitaminas e minerais.
vamos seu ciclo. Tudo isso se perdeu
forma cada vez mais precária em termos
de qualidade. Clara Brandão acredita
Projeto alimentação sustentável, granola e multimistura
Clara Brandão
quando abandonamos as feiras livres”,
acredita Clara.
Projeto ensina a fazer horta
difícil do que mudar a religião de alguém”. Foi por isso que Clara estudou
para desenvolver uma mistura que
complementasse a alimentação, garantindo imediata absorção de nutrientes.
Assim, ajudou a salvar vidas de inúmeras crianças por todo o Brasil. “Quando
a criança nasce desnutrida, abaixo dos
2,5 quilos, ela tem duas vezes mais
chances de ser um adulto hipertenso”,
ensina Clara.
Clara Brandão faz palestras a merendeiras
Durante a oficina, Clara mostrou que
ter menor peso na nossa balança: arroz
região do semi-árido brasileiro foi
São Paulo, recentemente, para um
branco, pão e massas feitos com fari-
significativo. Antes de incluir o com-
grupo de 200 merendeiras que traba-
nha branca e açúcar”, critica a pedia-
posto na alimentação local, 25,4% das
lham em projetos sociais de comple-
tra. Segundo ela, há um provérbio que
crianças até um ano de idade estavam
mentação escolar, da Fundação Banco
diz: “Mudar o hábito alimentar é mais
abaixo do peso. Depois, apenas 1%.
do Brasil. Em dois dias de oficina sobre Alimentação Sustentável, elas
receberam instruções de como preparar alimentos saudáveis, usando pro-
Dicas para seguir uma alimentação sustentável
dutos disponíveis na própria região.
Saíram do curso com um livro de re-
• Uma colher de sopa por dia de
ceitas, outro de orientações para ini-
farelo (de arroz e/ou trigo) melhora
ciar uma horta perene e a vontade de
o rendimento físico, mental e com-
multiplicar esse conhecimento.
bate a constipação intestinal;
20% mais, nunca tem grão quebrado
e gasta menos óleo no preparo;
• Frutas secas e rapaduras são
ótimos substitutos dos doces;
As merendeiras ficaram impressiona-
• Uma colher de sopa de multi-
• Vitaminas A, C e E presentes
das com os números de uma pesquisa,
mistura por pessoa/dia, dividida
nas verduras e frutas melhoram a
apresentados por Clara Brandão duran-
em três refeições, pode reduzir
resposta imunológica, reduzem a
te a oficina: 50% dos brasileiros se ali-
em até 30% o volume de alimento
gravidade das infecções e o risco de
mentam com pouca qualidade; 30%
ingerido;
catarata;
comem mais do que necessitam; 40%
• Prefira mandioca gratinada,
• Alimentos ricos em gordura e
da nossa produção agrícola é desperdi-
cozida ou frita a fazer bolo, nho-
açúcar favorecem doenças crônico-
çada ou estraga antes de chegar à mesa.
que, purê. Ela é brasileira e 100%
degenerativas, hipoglicemia, de-
orgânica;
ficiência de micronutrientes,
A vida corrida das grandes cidades
também prejudica nossa alimentação.
• O arroz parbolizado tem 528%
Trocamos as refeições pelos sanduíches
mais vitamina B1, 150% mais cál-
e os sucos, pelos refrigerantes. “O bra-
cio e 250% mais ferro que o arroz
sileiro inverte a pirâmide de alimen-
branco.É sempre soltinho, rende
tos. Consumimos mais aquilo que deveria
obesidade e sobrepeso em todas
as idades.
Clara Brandão
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Revista da APM
O alerta foi feito pela doutora em
Agosto de 2006
o resultado do uso da multimistura na
SAÚDEPÚBLICA
Dicas para seguir uma alimentação sustentável
Guloseimas
Doces industrializados, prontos para
• O óleo de arroz tem uma subs-
consumir e agradáveis ao paladar... ten-
tância que acelera a formação e fi-
tação difícil de resistir. Mas esse tipo
xação da memória. Pode ser usado
• O pó da folha de mandioca tem
de guloseima é um vilão da nossa saúde
mais de uma vez sem se decompor;
sete vezes mais ferro do que a carne
alimentar. “Esses produtos industria-
• Use milho pelo menos duas
e 180 vezes mais vitamina A do que
lizados nem deviam ser considerados
vezes por semana, em polenta,
alimentos. Alguns desses doces são ver-
angu, canjiquinha, cuscuz, bolo,
dadeiros venenos para nossas crian-
farofa ou o milho verde;
ças”, critica Clara. A médica aponta,
entre as conseqüências da má alimen-
• O limão nas refeições aumenta
a absorção de ferro;
tação, a diminuição da capacidade in-
• O açúcar retira o cálcio da nossa
alimentação;
o leite;
• O gergelim tem dez vezes mais
cálcio do que o leite;
• A luz do sol na pele aumenta a
produção de vitamina D, impor• Os sucos com folhas verde-
para doenças degenerativas, obesidade
escuras como hortelã, capim-santo,
e hipoglicemia. “Sem contar que uma
agrião, salsa e couve melhoram a
alimentação mais saudável deixa as
disposição para o trabalho, o apren-
pessoas mais felizes”, aponta.
dizado e reduzem as infecções.
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estão o consumo da folha de mandioca,
Revista da APM
telectual e o aumento da pré-disposição
Agosto de 2006
tante para a absorção do cálcio;
Entre as inúmeras dicas da médica
Clara Brandão
rica em minerais e vitaminas. “Tem
mais ferro do que a carne e mais vitamina A do que o leite”, revela. Ela
acrescido na comida, e ajuda a contro-
reduzir a gravidade das infecções como
pode ser ingerida em formato de pó,
lar a anemia, aumentar a imunidade e
a dengue, malária, pneumonia, diarréia, tuberculose e gripe.
Os farelos de arroz e de trigo também
são recomendados por ela, assim
como as saladas com folhas verdeescuras. Outro coringa é o gergelim,
que tem dez vezes mais cálcio que o
leite e pode ser usado em sopas, feijão, farofa e saladas. Além, é claro,
da própria multimistura, que pode ser
incluída na alimentação diária, sem
contra-indicação.
Clara incentiva a ter em casa uma
pequena horta. Dá para aproveitar o
quintal e até as encostas do muro. Quem
mora em apartamento pode produzir
em vasos. Basta escolher as mudas e
sementes que melhor se adaptem às
Merendeiras em curso ministrado por Clara Brandão
condições do ambiente.
Dicas para seguir uma alimentação sustentável
As invenções de Clara Brandão parecem agradar ao bolso, ao organismo
• A hipoglicemia, que provoca
• A castanha-do-pará contém se-
e ao paladar. Prova disso são os sinais
mal-estar, tonturas, mau-humor,
lênio, que é essencial para a saúde.
de satisfação das merendeiras, que
violência e agressividade, pode ser
Consuma uma a duas por dia;
experimentaram e repetiram a farofa
reduzida com alimentos integrais,
preparada pela médica. Ao ocupar os
granola, verduras e castanhas;
• Brotos, algas e cogumelos são
ricos em minerais e vitaminas.
bancos da faculdade de medicina, dou-
• As folhas verde-escuras como
tora Clara fez um juramento: trabalhar
taioba, dente de leão, hortelã, man-
• O exercício físico regular e a
para salvar vidas. Em especial, a das
jericão, jambu, capeba, vinagreira,
boa alimentação ajudam o bom fun-
crianças, já que optou pela pediatria.
serralha, beldroega, ora-pro-nóbis,
cionamento do corpo e são funda-
Foi além. Reproduziu conhecimento
moringa, são mais ricas em mine-
mentais para a saúde.
e mostrou que saúde se garante no
rais e vitaminas do que as folhas
cotidiano, a cada escolha feita. A cada
verde-claras;
Consuma-os com freqüência;
Clara Brandão
A alimentação é um assunto que
tem atraído cada vez mais a atenção
nutritivo, dentro das particularidades
preferência, alface e tomate, sem
de cada lugar”, afirma Ribas.
abusar de ketchup e mostarda e evi-
da sociedade, da mídia e do meio aca-
Segundo ele, é possível alimentar-se
tando a maionese”, diz. Ele também
dêmico. Quem confirma é o presi-
corretamente mesmo vivendo a cor-
alerta para o comportamento atual
dente da Associação Brasileira de
reria dos grandes centros urbanos.
da sociedade em deixar de lado a
Nutrologia (Abran), Durval Ribas
“Uma das boas invenções recentes é
velha conhecida combinação de ar-
Filho. A entidade, que funciona desde
o restaurante por quilo. A pessoa
roz e feijão. “É uma mistura muito
1973 - a Nutrologia é uma especiali-
monta o próprio prato, buscando
adequada”, elogia.
dade médica desde 1978 -, tem de-
combinações coloridas, e garante
O médico incentiva ainda a po-
senvolvido inúmeros projetos para
uma refeição saudável”, exemplifica.
pulação a olhar para outro problema
melhorar a qualidade nutricional da
Com alguns cuidados básicos, o
crescente relacionado à alimenta-
população. Um dos mais recentes foi
presidente da Abran ensina que dá
ção: a obesidade. “O Brasil tem 38,8
uma minuciosa pesquisa, em parceria
para manter uma alimentação equi-
milhões de obesos. Temos de nos
com o governo federal, para a
librada, mesmo recorrendo a produ-
preocupar com essa questão”, afir-
montagem de cestas básicas regiona-
tos industrializados e aos sanduíches.
ma. Esse e outros assuntos serão de-
lizadas para o Programa Fome Zero.
“A indústria alimentícia evoluiu
batidos nos dias 14, 15 e 16 de
“Passamos dois anos investigando a
muito. Hoje temos uma infinidade
setembro, em São Paulo, durante o
alimentação nas regiões Norte, Nordes-
de pães integrais à disposição. Pode-
Congresso Brasileiro de Nutrolo-
te, Centro-Oeste, Sul e Sudeste, para
mos comer sanduíches, optando pela
gia. Mais informações no site
identificar os produtos com alto valor
combinação de pão, carne branca, de
www.abran.org.br.
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Revista da APM
Cestas básicas regionalizadas para o Fome Zero
Agosto de 2006
prato de comida. COTIDIANO
Agosto de 2006
Jovens são
principal alvo no
combate ao fumo
Revista da APM
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Fórum realizado na APM
mostra os riscos a que a
população jovem é exposta
quando faz uso do tabaco,
especialmente o cigarro
CARLA NOGUEIRA
A
fumaça do vício. A tragada
que pode levar à morte. Presas
fáceis, os jovens caem no vício.
É cada vez mais freqüente o número de
usuários de tabaco, principalmente o
cigarro, entre adolescentes. Dados do
Instituto Nacional do Câncer (Inca)
apontam esta realidade. “O tabaco é
considerado uma doença pediátrica.
Cerca dos 90% de fumantes começaram
a fumar antes dos 19 anos”, completou
a representante do Inca, Érika Cavalcante, durante o I Fórum Nacional da
Saúde “Juventude contra o Tabaco”,
ocorrido na manhã do dia 8 de agosto
no auditório nobre da APM.
O evento foi realizado pela APM,
Sociedade Brasileira de Oncologia
Clínica, Associação Médica Brasileira
e Núcleo de Apoio ao Paciente com
Câncer e teve o apoio de várias entidades
que trabalham em prol do paciente
portador de câncer.
A iniciativa, realizada em comemoração ao Dia Nacional da Saúde, 6
de agosto, teve como principal foco
conscientizar e alertar sobre o perigo
do tabagismo entre os jovens, bem
como mostrar que o câncer tem cura.
Segundo Érika, cerca de 100 mil
pessoas por dia se iniciam no hábito de
fumar, sendo que 80% dos casos ocorre
em países em desenvolvimento. “É
preciso entender que a dependência do
tabagismo é por toda a vida. O nosso
trabalho consiste em mostrar os perigos do tabaco, o que isso pode causar à
pessoa e, principalmente, dar respaldo
para o dependente que deseja se afastar
do vício. É uma vigilância eterna”.
Em sua conclusão, na apresentação no
Fórum, Érika destacou que o combate
ao tabagismo precisa ser um trabalho
constante e em conjunto com a sociedade.
“Precisamos da conscientização da
sociedade para mobilizarmos e esclarecer cada vez mais a população sobre
os danos causados pelo tabagismo”.
Iniciativa
A diretora de Ações Comunitárias da
APM, Yvone Capuanno, abriu a programação do evento com destaque para
iniciativa da APM na realização do
Fórum. “Para a APM é uma honra
realizar um evento desta importância.
Estamos [APM] de portas abertas
sempre. Obrigada a todos”.
Em seguida, a presidente da Sociedade
Paulista de Oncologia, Nise Yamaguchi,
apresentou aos presentes, representantes
do Idem – rede internacional que visa
ajudar e incentivar jovens na integração
e transformação de causas sociais.
Os jovens do Idem fizeram um louvor
à maior causa: a transformação do
mundo, e, principalmente, a transformação de si mesmo, longe de vícios.
A presidente da Sociedade Brasileira
de Oncologia Pediátrica, Sônia Viana,
explanou sobre o câncer em crianças que,
segundo ela, não tem prevenção, mas,
com um diagnóstico precoce há chance
de 70 a 80% de cura. Já Eliana Caran, do
Grupo de Apoio à Criança e Adolescente
com Câncer (GRAACC), apresentou a
infra-estrutura do GRAACC e todo o
trabalho desenvolvido pela entidade. Yvone Capuanno, diretora da APM, e Nise Yamaguchi, durante palestra
contra o tabagismo na APM
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Revista da APM
Agosto de 2006
CÂNCER
Agosto de 2006
Brasil no time
titular das
pesquisas
Revista da APM
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País integra equipe de 55
instituições internacionais
para desenvolver exame
genético que identifica a
predisposição ao câncer
de intestino
ADRIANA REIS
P
esquisadores do mundo inteiro
comemoraram, em junho, a
divulgação do resultado de uma pesquisa realizada por 55 instituições e que
desenvolve um exame capaz de identificar a predisposição genética para o câncer de intestino. Uma dessas instituições
era brasileira: o Hospital do Câncer. O
coordenador do grupo é o oncologista
Benedito Mauro Rossi, mineiro formado pela Pontifícia Universidade Católica
de Minas Gerais. Desde 1985, ele trabalha no Hospital do Câncer, onde percebeu a necessidade de pesquisar a
influência genética na predisposição para
essa doença, ainda hoje considerada um
tabu. De seu consultório, no bairro da
Liberdade, Dr. Rossi concedeu uma entrevista exclusiva à Revista da APM:
Revista da APM - A mídia tem noticiado a descoberta de um exame genético para identificar a predisposição
para o câncer de intestino. O que esse
resultado representa?
Benedito Mauro Rossi – Essa pesquisa que a mídia tem comentado, tratase de um resultado parcial de um trabalho
que começou em 1997. Desde este período, estamos estudando casos de câncer
hereditário de intestino. É uma pesquisa contínua, que envolve 55 instituições
de todo o mundo, da qual o Hospital do
Câncer, em São Paulo, faz parte. Somos
um grupo de estudos com cerca de 20
profissionais, coordenados por mim.
APM – Como essa pesquisa começou? O que o grupo tem conseguido
em termos de conhecimento científico
desde 1997?
Rossi – Para ser sincero, essa pesquisa
começou antes ainda, em 1992. O processo iniciou com o registro dos casos
de câncer no intestino que recebíamos
no Hospital do Câncer. O primeiro passo
foi montar um imenso banco de dados.
A comunidade científica sabia que havia uma predisposição genética para o
câncer de intestino, mas até aquele
momento não tinha um embasamento
de pesquisa para saber o grau disso. Eu
acompanhava os pacientes chegando ao
hospital com o diagnóstico de câncer
de intestino e, muitas vezes, percebia
que o pai, o irmão ou o primo dele também tinham a doença. Isso precisava
ser organizado em forma de base para a
pesquisa. Foi o que fizemos. Já com o
banco de dados, que recolheu informações de mais ou menos 150 famílias,
Oncologista Benedito Mauro Rossi
começamos a pesquisa, em 1997. Os
resultados foram publicados em 2002,
numa revista internacional.
APM – A partir disso, a equipe ganhou
projeção internacional?
Rossi – Sim, o resultado foi publicado em uma revista importante do meio
científico e passamos a ter contato com
outros pesquisadores, do mundo todo.
Em 2004, começamos a segunda fase
da pesquisa, com registro de 300 famílias. O resultado dessa pesquisa foi publicado em junho de 2006, com a
descoberta do exame que identifica a
predisposição genética para desenvolver o câncer de intestino.
APM – E se trata de uma divulgação
mundial?
Rossi – Isso mesmo, porque a pesquisa
foi desenvolvida em conjunto por estas
55 instituições que formam o grupo de
estudos. A organização dos dados teve
coordenação de um pesquisador coreano.
APM – É verdade que o senhor é o
único brasileiro na equipe?
Rossi – Sim e não. Sou o único brasileiro que assina o estudo, mas, na verdade, nenhum trabalho é desenvolvido por
uma pessoa somente. É um trabalho de
equipe. O grupo de estudos tem 20 pesquisadores, como mencionei, e todos
trabalham juntos. É importante dizer
Rossi – Funciona da seguinte forma:
a pessoa chega até o Hospital do Câncer
para saber sua predisposição genética. O
primeiro passo é identificar as pessoas
na família que já tiveram a doença. Fazemos a coleta do sangue delas para o
estudo genético. Depois, organizamos
a árvore genealógica daquela família e
passamos a verificar alguns critérios
pré-definidos que, se preenchidos, qualificam aquela pessoa como predisposta geneticamente. A herança para a
geração seguinte é de 50%, ou seja, se o
pai ou a mãe têm a predisposição, a
chance do filho também ter é de 50%.
APM – Mas ter a predisposição não
significa que a pessoa vai desenvolver
o câncer, não é?
Rossi – Pode acontecer. Nossas pesquisas mostram que se a pessoa tiver a
predisposição, a chance de ter câncer é
de 80%. Para que se entenda o que isso
representa, eu costumo comparar com
uma grande escadaria. Vamos supor
que todos nasçam no degrau zero, ou
seja, no andar térreo. À medida que
vamos crescendo, passamos a agredir
nosso organismo com alimentos não
saudáveis, com álcool e cigarro. Vamos subindo essa escada. Quando chegamos aos 50 anos, num certo patamar,
desenvolvemos o câncer. A pessoa com
predisposição genética já nasce no quinto degrau dessa escada. Ela já está alguns passos adiante e, portanto, deve
redobrar os cuidados.
Rossi – Ela deve fazer um exame anual para monitorar a doença e começar
isso cedo, a partir dos 25 anos. A partir
dos 50 anos, todos devem fazer esse exame, mesmo quem não tem a predisposição genética.
APM – O senhor mencionava há
pouco sobre a alimentação. Ela é tão
importante assim na prevenção do câncer
de intestino?
Rossi – Ela é importantíssima, é fundamental. O cigarro, o álcool e a atividade física são importantes, mas a
alimentação é o determinante. Um dos
principais agressores do intestino é a
gordura saturada. E sabe onde ela é mais
encontrada? Na carne vermelha. É uma
verdadeira vilã. Eu brinco que nas embalagens de carne do supermercado deveriam vir imagens de pessoas doentes,
assim como acontece com o cigarro.
Outro agressor é o alimento processado: salsicha, presunto, mortadela, patês enlatados. Aumentam em 40 ou 50
vezes a chance de desenvolver câncer
de intestino. Sempre ouço pessoas dizendo: “ah, mas conheci um velhinho
que comia de tudo, bebia, fumava e viveu até os 90 anos”. Pois se ele não tivesse feito tudo isso viveria até os 120,
porque tinha condição genética favorável. Em resumo, não se deve subestimar a importância da alimentação
saudável para a prevenção da doença.
APM – Além de evitar a carne, o que
mais é possível fazer pela alimentação?
Rossi – Pode abusar de grãos, castanhas, cereais. Comer alimentos frescos,
frutas, legumes. O Brasil é um país privilegiado, porque tem produtos frescos o
ano todo. Nosso clima proporciona isso,
ao contrário dos países europeus, que
sofrem com o frio rigoroso. É só ir à feira, está tudo lá, bonito e colorido. Se possível, substituir a carne vermelha pelo
peixe, que não tem gordura saturada. Não
precisa deixar de comer carne vermelha,
mas faça isso apenas uma vez por semana. Porque já está comprovado pela Ciência o quanto ela faz mal ao nosso
organismo.
APM – Quais os próximos passos da
pesquisa?
Rossi – Acabamos de conseguir a
aprovação de um apoio financeiro da
Fapesp (Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo) para
ampliar essa descoberta, incluindo outros aspectos. Um deles, que nunca foi
estudado no Brasil, é a abordagem psicológica da doença. Sabemos como,
ainda hoje, o câncer é um tabu na nossa sociedade. Temos psicólogos e psiquiatras no Hospital do Câncer para
dar esse suporte. Estou orientando
uma pesquisa de doutorado que está
estudando justamente isso, porque
quanto maior for a resistência psicológica à doença menor a chance da pessoa se submeter a exames preventivos.
Com estes recursos financeiros poderemos abordar os mais diferentes aspectos dentro deste tema, vamos
verticalizar a pesquisa, aprofundá-la.
APM – O Brasil tem avançado como
promotor de pesquisas científicas?
Rossi – Ainda estamos longe do ideal, mas temos avançado. Existem ilhas
de pesquisa no Brasil, como o Hospital
do Câncer. O Estado de São Paulo ainda concentra a maior parte dessas pesquisas, mas acredito que estamos
crescendo. Com este trabalho sobre
câncer do intestino, o Brasil está entrando no time titular de pesquisadores. Estar nesse grupo significa que
estamos compatíveis com o resto do
mundo. É uma grande conquista. Agosto de 2006
APM – E de que forma é feito este
exame?
APM – E qual o procedimento a partir
do momento que a pessoa sabe que tem
a predisposição?
35
Revista da APM
isso, porque a pesquisa é resultado do
esforço de todos. Nós nos reunimos semanalmente, desde 2003, quando o grupo foi criado. Até montamos um site na
Internet, em que publicamos um resumo das nossas reuniões. O endereço é
www.gbeth.org.br (Grupo Brasileiro de
Estudos de Tumores Hereditários).
RADARMÉDICO
Foto: Leandro de Godoi
Sinasa e Sescon-SP firmam parceria
de Assessoramento, Perícias, Informa-
presidente do Sescon-SP, Antônio
ções e Pesquisas no Estado de São Pau-
Marangon, e o representante do Sinasa,
lo (Sescon-SP) firmaram uma parceria
José Maria de Almeida Prado. O sis-
que poderá beneficiar um universo de
tema oferece atendimento particular
mais de 50 mil pessoas. O acordo, fir-
direto, sem intermediários, por pro-
mado no dia 5 de agosto, vem com o
fissionais de Medicina de todas as es-
objetivo de fornecer atendimento em
pecialidades, além de acesso a serviços
saúde para funcionários e colaboradores
hospitalares e exames complementares.
de mais de 4 mil empresas filiadas ao
O Sistema de Atendimento à Saúde
sindicato. Na ocasião, estiveram pre-
Saiba mais:
(Sinasa) e o Sindicato das Empresas
sentes o diretor de defesa profissional
www.sinasa.com.br
É hora de brincar sério
36
Revista da APM
da APM, Thomaz Howard Smith, o
A Associação Paulista de Medicina (APM), em parceria com a
Associação Brasileira de Brinquedotecas, abre, até o dia 20 de
setembro, inscrições para o curso
de formação de brinquedista hospitalar. O evento será realizado
entre 25 e 27 de setembro na sede
da APM e será destinado a profissionais que atuam na área da saúde,
como médicos, enfermeiros, educadores, psicólogos, fonoaudiólogos, entre outros.
Dentro da programação do curso,
vários temas serão abordados com
profissionais reconhecidos da
área, entre eles “As principais razões da internação hospitalar infantil”; “A criança com patologias
Saiba mais:
Programação completa do curso
no portal oficial da APM.
www.apm.org.br
respiratórias”; “A criança com patologias cirúrgicas”; “Dinâmica Lúdica”;
“O brincar como suporte do desenvolvimento da criança hospitalizada”;
“Brincando com a sucata”; “Entendendo o brincar no hospital” e “Brinquedista hospitalar: uma profissional
ou uma voluntária?”.
Inscrição
Poderá ser efetuada pessoalmente
na sede da APM ou por meio do
depósito bancário: Banco Itaú.
Agência 0251; C/C: 43.883-4 nominal à Associação Paulista de Medicina. CNPJ: 60.993.482/0001-50.
Enviar via fax (11) 3188-4255,
a ficha de inscrição preenchida,
com letra legível e comprovante
de depósito.
Sócio da ABBri: R$ 200,00.
Não-sócio ABBri: R$ 250,00.
Foto: Osmar Bustos
Agosto de 2006
Diretores assinam parceria
de Serviços Contábeis e das Empresas
Brinquedoteca auxilia crianças
durante permanência no hospital
SERVIÇO
Mais informações: Associação
Paulista de Medicina – Departamento de Eventos. Avenida Brigadeiro Luiz Antônio, 278.
Telefone: (11) 3188-4252. Email:
[email protected]
Foto: Osmar Bustos
Covers agitam o Clube de Campo
Foto: Osmar Bustos
Foi assim o dia 29 de julho, no Encontro Musical de Médicos Músicos. Uma
noite inesquecível que abrigou o grande
encontro: Beatles e Elvis Presley.
Covers dos Beatles
Cover? Sim, o que importa? Ali,
todos acreditaram na transmutação de
quatro médicos, os quatro “médicos
Beatles”, em Beatles e, depois, em
Elvis. Lotação máxima. Cerca de 120
pessoas. Frio? Só na Serra, o restau-
Saiba mais sobre
o projeto
No Departamento Social da
APM, no telefone (11) 3188-4282
ciou a apresentação da Banda Beatles
Foto: Osmar Bustos
Soul, até as crianças grudaram os olhos
no palco. E quando o show começou,
virou, de muito quente para muito frio
“Imagine”: irreverência, saudades,
e úmido. Imagina lá na Serra da Canta-
encatamento. Pronto! Perfeito!
reira, onde fica o Clube de Campo da
Mais um pouquinho e todos estavam
APM. E a neblina então! Mas, fã que é
no ponto de dança. Coladinhos nos mo-
fã enfrenta chuva, tempestade. Pra
mentos românticos de Elvis. Balanço
quem é fã, não tem tempo ruim.
no rock dos Beatles e dos velhos sucessos
Eles vão chegando e querem sempre
mais. E a noite fria, fica pra lá de quente.
37
Revista da APM
De uma hora para outra, o tempo
dos anos 60. E assim foi... muita alegria,
alma lavada e coração em festa.
Agosto de 2006
rante fervia quando Ed Sullivan anun-
Cover de Elvis Presley
Público lota clube da APM
Câncer de Mama tem federação
Com o intuito de promover a
Não-Governamentais para que se
mudança da estatística de morta-
articulação entre o governo e a
tornem cada vez mais atuantes e
lidade”, completa.
comunidade em agenda comum
profissionais em sua jornada de
para a busca de soluções para o cân-
combate e prevenção da doença.
Na agenda inicial da Femama,
estão programados quatro fóruns
cer de mama, 23 organizações de
De acordo com a presidente da
para os meses de agosto e setem-
14 Estados brasileiros fundaram,
Federação, Maira Caleffi, a enti-
bro. A idéia é levar os principais
no mês de julho, a Federação Naci-
dade buscará, ainda, representar
candidatos à Presidência a esses
onal de Instituições Filantrópicas
todas as entidades do Brasil que
eventos para discutir projetos rela-
em Câncer de Mama (Femama).
lutam contra o câncer de mama.
cionados à prevenção do câncer de
Além de defender as políticas
“E cada uma delas terá o papel de
mama. Sua diretoria ressalta que
públicas de atenção à saúde da
promover ações em sua região,
“a federação está de portas abertas
mama, a entidade nasce com a
fortalecendo os direcionadores
para qualquer entidade do país que
meta de capacitar Organizações
determinantes do processo de
queira se associar”.
MÚSICA
Agosto de 2006
Rainha do jazz brasileiro canta na APM
Revista da APM
38
O
dia 14 de julho foi especial para
o Clube do Jazz da APM. Naquela data, um auditório lotado pode
conferir um dos shows mais aguardados do ano pelos freqüentadores do
projeto. Para a felicidade dos apreciadores da boa música, quem esteve
presente na ocasião foi a consagrada
cantora Rosa Maria Collin.
Acompanhada pelos músicos Sílvio
Gallucci (piano), Cláudio Celso (guitarra), Guy Sasso (contrabaixo) e Armando Tibério (bateria), Rosa cantou
temas antológicos como “I Can’t Give
You Anything But Love”, de Dorothy
Fields/ Jimmy Mc Hugh, “Summertime”, de George Gershwen, “I’ve
Got you Under My Skin”, de Cole
Rosa Marya Collin
encanta APM
com seu blues
Porter, “California Dreamin”, de John
Phillips, e “Monday Monday”, de
Jonh Phillips. Além de um show memorável, o público assistiu, no telão,
a diversos registros raros de apresentações, entrevistas e muitas fotos, contando a história e a carreira da diva do
blues do Brasil.
Rosa Marya iniciou sua carreira aos
18 anos no Rio de Janeiro, cantando
jazz e bossa no Beco das Garrafas,
depois de trabalhar durante o dia
como operária. Com o registro grave
de sua voz, adaptou-se bem ao repertório jazzístico e, em 1965, gravou seu
primeiro disco. Em seguida, fez shows
por todo o Brasil, participou de
programas de televisão e atuou na
primeira montagem brasileira do musical “Hair”, além de ter trabalhado
no México. A partir do início da década de 1980, firmou-se como cantora, tocando ao lado da Tradicional
Jazz Band.
Depois de mais de 20 anos de carreira e com alguns discos gravados,
era ainda pouco conhecida do grande
público, até que uma gravação despretensiosa para um comercial de televisão, em 1988, alcançou o topo das
paradas. Uma regravação cool de
“California Dreamin”, do grupo The
Mamas And The Papas, tornou-se o
seu grande sucesso, ficando por semanas consecutivas em primeiro lugar
nas paradas musicais. Música em Pauta recebe o Quarteto Tau
O Auditório Nobre da APM contou,
na noite de 26 de julho, com a presença
do excelente e renomado Quarteto Tau.
Os violonistas se apresentaram dentro
da programação do Música em Pauta,
projeto da entidade que apresenta, uma
vez por mês, grandes nomes da música
erudita e instrumental brasileira.
Formado pelos músicos Breno Chaves,
Fábio Bartoloni, José Henrique de
Campos e Marcos Flávio, o quarteto
traz para os violões versões de clássicos
de autores consagrados. Na APM, eles
interpretaram canções como “Gnattaliana”, de Giacomo Bartoloni (1957),
“Águas de Março”, de Tom Jobim
(1927 – 1994) e Quarteto nº 3 – “Brasileiro”, de Alberto Nepomuceno (1864
– 1920). Confira a próxima atração na
Agenda Cultural.
Quarteto Tau, na APM
CIENTÍFICA
Apresentação de Darcy Domingos
27/09 – quarta – 8h30
O brincar como suporte do
desenvolvimento da criança
hospitalizada
Coordenação: Maria Campos
Conferencista: Vera de Oliveira
Mesa Redonda: Outros
aspectos do brincar na
Brinquedoteca Hospitalar
Coordenação: Yvonne Capuano
• Estratégias no brincar com a
criança em situação de restrição Germana Concílio
• A utilização dos recursos
expressivos na Brinquedoteca
Hospitalar - Silvia Pizzo
• A narração de histórias - Beatriz
Gimenes
• Projeto Coala: inserção da leitura
como recurso terapêutico no
fortalecimento da relação mãe-filho
- João Palma
Equipe: Leda Sigristi/ Marco Nadal/
Elizabeth Biondo
• Trabalho em Grupo para
elaboração de recomendações
Coordenação: Diretoria da ABBri
• Brinquedista Hospitalar: uma
profissional ou uma voluntária?
Coordenação: Draúzio Viegas
Conferencista: Nylse Cunha
• Relatório sobre a participação Marylande Franco
reimplante de membros – Dr.
Arnaldo Zumiotti
• Papel da cirurgia endovascular nos
traumas dos grandes vasos – Dr.
Ricardo Aun
• Trombólise na isquemia aguda dos
membros: existe evidência
excelente para sua utilização? – Dr.
Ivan Casella
• Como melhorar os resultados no
tratamento dos aneurismas rotos
da aorta - Dr. Ronald Fidelis
• Tratamento da dissecção aguda da
aorta. Análise crítica baseada em
evidências - Dr. Alexandre
Anacleto
Comitê Multidisciplinar de
Citopatologia
28/09 – quinta - 19h
XIV Encontro da Sociedade
Bras. de Citopatologia –
Capítulo São PPaulo
aulo
Câncer do Ovário
Organização/ Coordenação: Prof.
Dr. David Alperovitch/ Profa. Dra.
Suely Alperovitch/ Profa. Dra. Lucia
Carvalho
• Generalidades
• Exame cito-histopatológico
• Conduta atual
Comitê Multidisciplinar de Coluna
Vertebral
20/09 – quarta – 20h
Reunião Científica
Departamento de Cirurgia Plástica
26/09 - terça – 20h
• Esporte e a coluna vertebral
Reunião Científica
Controle de Qualidade Hospitalar –
CQH
Departamento de Cirurgia Vascular e 14 e 15/09 – quinta e sexta – 8h30
Formação de Examinador do
Angiologia
PNGS – Prêmio Nacional de
23/09 - sábado - 9h
Curso: Atualização em
Gestão em Saúde
Cirurgia V
ascular e
Vascular
• Apresentação do PNGS e do CQH
Endovascular
• Código de ética para os
Organização: Calógero Presti e
examinadores
Valter Castelli Jr.
• Fundamentos de excelência
Módulo VI: Urgências Vasculares
• Critérios de avaliação do PNGS
Moderador: Calógero Presti
• Exercício de estudo de caso
• Controle de danos no trauma
• Processo e etapas de avaliação
vascular – Dra. Rina Porta
• Preparação do relatório de
• Tratamento intervencionista do
avaliação
trauma carotídeo-cervical – Dr.
28 e 29/09 – quinta e sexta – 8h30
Alexandre Fioranelli
30/09 – sábado – 8h
Curso de Visitador do CQH
• Estado atual da indicação do
Agosto de 2006
Apresentação de
Brinquedotecas Hospitalares
Comitê Multidisciplinar de
segundo os seguintes critérios:
Adolescência
coordenação; atendimento;
30/09 – sábado – 8h30
rotina de funcionamento;
SEMINÁRIO
ranstornos do
SEMINÁRIO:: T
Transtornos
participação familiar;
Humor
higienização; atendimento nos
Coordenação – Dra. Isa Kabacznik
leitos; atendimentos na UTI;
• Diagnóstico do transtorno bipolar na tipo de atividades
infância e adolescência – Dra. Lee Fu-I desenvolvidas; integração com
• Aspectos neuropsicológicos do
equipe do hospital.
transtorno do humor na
Coordenação: Silvia Baltieri
adolescência – Dra. Cândida
• Brinquedoteca do Centro Infantil
Camargo
Boldrini - Nina Mazzon
• Comorbidades – Dr. Manoel Teixeira • Brinquedoteca do INCOR • Por que tratar precocemente o
Janayna Faria
transtorno bipolar? – Dra. Isa
• Brinquedoteca do Hospital São
Kabacznik
Paulo/ Unimed Araraquara - Lucy
• Tratamento do transtorno bipolar
Correia
na infância e adolescência - Dr.
• Brinquedoteca do Hospital Darcy
Miguel Boarati
Vargas - Norma Satie
• Repercussão social e familiar do
• A trajetória do brincar no hospital
transtorno do humor – Dr. Wimer Coordenação: Edda Bomtempo Bottura Jr
Aydil Ramos
• Debate
26/09 – terça – 8h30
Entendendo o brincar no
Departamento de Ações
hospital
Comunitárias
Coordenação: Darcy Domingos
Curso para Formação de
Conferencista: Edda Bomtempo
Brinquedista Hospitalar
Mesa Redonda: O brincar nos
25/09 – segunda – 8h30
vários contextos hospitalares
Abertura do Curso
Coordenação: Beatriz Gimenes
As principais razões da internação
• O brincar no pronto-socorro hospitalar infantil
Risélia Pinheiro
Coordenação: Marylande Franco • O brincar no leito hospitalar Drauzio Viegas
Juliana Batista
Mesa Redonda: características • O brincar na sala de espera - Lea
da criança hospitalizada com
Waidergorn
sintomas específicos e seu
• A higienização dos brinquedos atendimento lúdico
Maria de Fátima Cardoso
Coordenação: Vera de Oliveira
• Dinâmica Lúdica
• A criança com patologias
Coordenação: Beatriz Gimenes e
respiratórias - Marisa Laranjeira
equipe da ABBri
Depoimentos da Brinquedista
Mesa Redonda: Equipe
Germana Concílio
Multidisciplinar no Hospital
• A criança com patologia cirúrgica - P ediátrico
Dr. Pedro Fernandez
Coordenação: Jorgea(verificar se o
Depoimentos da Brinquedista Fabiane nome é esse) Macedo
Almeida
• Serviço Social - Iara Mingione
• A criança com câncer - Mônica
• Fisioterapia - Vivian Cheab
Cipriano
• Psicologia - Renata Petrilli
Depoimentos da Brinquedista Cláudia • Terapia Ocupacional - Lina Santos
Molchansky
• Fonoaudiologia - Andréa Silva
• Dinâmica Lúdica
• Brincando com a sucata
Coordenação: Beatriz Gimenes
Coordenação: Nylse Cunha
SETEMBRO
39
Revista da APM
AGENDA
AGENDA
CIENTÍFICA
Agosto de 2006
• Perfil
• Liderança
• Estratégias e planos
• Clientes e sociedade
• Informações e conhecimento
• Pessoas
• Processos
• Resultados da organização
Revista da APM
40
Comitê Multidisciplinar de Dor
27/09 - quarta – 20h
Jornada: Modalidades de
Tratamento em Dor Crônica:
Indicações, Dificuldades,
Inconvenientes e ContraIndicações
Coordenação: Dra. Vitória Bejar
• Medicamentosas - Dr. Rogério
Adas
• Armadas - Dr. Caio Grotta
• Psico-comportamentais - Dr. João
Figueiró
• Troca de Idéias
Relator: Dr. Luiz Hoppe
Debatedores: Dr. Daniel Muñoz/ Dr.
Mário Tsushia
• Conferência: técnicas de exumação
– da teoria à prática
Presidente: Dr. Mário Tsushia
Palestrante: Dr. Carlos Coelho
• Workshop: Apresentação e
discussão de casos Médico-Legais
Coordenação: Dr. Arnaldo Poço
• Discussão do caso “Y. Y.”:
homicídio ou suicídio?
Apresentador e Debatedor: Dr.
Daniel Muñoz
• Conferência: Técnicas tanatológicas
- O estudo macroscópico do coração
e do sistema nervoso central em
face da Medicina Legal
Presidente: Dr. Paulo Mitsuuchi
Conferencista: Dr. José Zappa
Departamento de Ortopedia e
Traumatologia
Temas Comuns no Consultório
– Como eu trato
Departamento de Infectologia
04/09 – segunda – 20h
15/09 - sexta-feira – 19h20
Reunião Científica
• Facite plantar – Dr. Gastão Frizzo
• Novas drogas antiretrovirais em
• Hallux valgus – Dr. Osny Salomão
AIDS – Dra. Roberta Nogueira
• Entorse de tornozelo – Dr. Caio
Nery
Departamento de Medicina de
• Lesão de manguito rotador – Dr.
Família e Comunidade
Fabiano Ribeiro
12/09 – terça – 19h30
• Luxação recidivante do ombro –
Reunião Científica
Dr. Nicola Archetti Neto
Moderadora: Dra. Adriana
• Capsulite adesiva – Dr. Américo
Roncoletta
Zoppi Filho
Via WEBCAM: Dra. Valerie Gilchrist - 16/09 – sábado – 8h30
USA
• Lesão meniscal em paciente acima
• As mulheres na Medicina de
de 50 anos –Dr. Mário Carneiro
Família: a família na Medicina de
Filho
Família
• Patologia fêmuro-patelar – Dr.
Nilson Severino
Departamento de Medicina Legal
• LCA no adolescente – Dr. Wilson
16/09 – sábado – 8h
Alves Jr
Jornada PPaulista
aulista de Medicina
• Osteoartrose do joelho – Dr.
Legal
Arnaldo Hernandez
Coordenação: Dr. Luiz Hoppe
• Pseudoartrose do escafóide – Dr.
Mesa Redonda: Controvérsias
Walter Fukushima
nos exames de corpo de
• Síndromes compressivas do
membro superior – Dr. Vilnei Leite
delito: perícia necroscópica
indireta; deformidade
• Lesões ligamentares do corpo –
permanente; incapacidade
Dr. Rames Mattar Jr
permanente para o trabalho;
• Osteonecrose do quadril – Dr.
enfermidade incurável.
Rudelli Aristide
Moderador: Dr. João Oba
• Osteoartrose do quadril – Dr.
Flávio Turíbio
Departamento de Pediatria e
Comunidade
30/09 – sábado – 8h30
Curso T
eórico -P
rático de
Teórico
-Prático
Ultra-Sonografia para o
Pe d i a t r a
Coordenação: Dra. Lílian Sadeck/ Dr.
Joel Schmillevitch
• Avaliação do sistema nervoso
central: ultra-som transfontanela
Coordenadora: Dra. Lilian Sadeck
Palestrante: Dr. Sérgio Marba
• Recentes avanços na exploração
ultra-sonográfica da região
abdominal
Coordenador: Dr. Rubens Lipinski
Palestrante: Dr. Joel Schmillevitch
• Abordagem através da ultrasonografia das patologias ósteoarticulares
Coordenadora: Dra. Cristina Jacob
Palestrante: Dr. João Barile
Mesa Redonda: Outras
indicações da ultra-sonografia
Coordenador: Dr. João Barros
• USG da bolsa escrotal - Dr. Joel
Schmillevitch
• USG da região pélvica - Dra. Ana
Nicola
• USG da região cervical - Dra. Ana
Gorski
Atividades Práticas
• USG transfontanela - Dr. Sérgio
Marba
• USG abdome - Dr. Joel
Schmillevitch
• USG ósteo-articular - Dr. João
Barile
• USG pelve e bolsa escrotal - Dra.
Ana Nicola
Avaliação do Curso
Comitê Multidisciplinar de
Psicologia Médica
30/09 - sábado – 9h
Jornada - A família, o
cuidador e a pessoa doente:
desafios na atualidade
Coordenação: Dr. Luiz Paiva
• Gerações vinculares de família –
Dr. Décio Natrielli
• Conflitos familiares – Dra. Eliana
Pous
• A Família, o cuidador e a pessoa
acometida por esclerose lateral
amiotrófica - Dra. Vânia Moreira
• Campo dinâmico na relação
família, cuidador e paciente – Dr.
Ezequiel Gordon
• Debate
Programação para Leigos
Departamento de Neurologia
02/09 – sábado – 9h
R eunião de PPortadores
ortadores e
Familiares de Narcolepsia
Programa Educação para Saúde
Coordenação: Dr
Dr.. Severiano
Atanes Netto
13/09 – quarta – 14h
• Amor e sexo na 3ª idade – Dr.
Luiz Freitag
27/09 – quarta – 14h
• Transtornos da ansiedade – Dr.
Carlos Laganá
OBSERVAÇÕES
1 . Os sócios, estudantes, residentes e
outros profissionais deverão
apresentar comprovante de categoria
na Secretaria do Evento, a cada
participação em reuniões e/ou cursos.
2.Favor confirmar a realização
do Evento pelo telefone: (11)
3188-4252.
3 . As programações estão sujeitas a
alterações.
INFORMAÇÕES/
INSCRIÇÕES/LOCAL:
Associação Paulista de Medicina
Av. Brigadeiro Luís Antônio, 278
Tel.: (11) 3188-4252 –
Departamento de Eventos
E-mail: [email protected]
Portal: www.apm.org.br
ESTACIONAMENTOS:
Rua Francisca Miquelina, 67
(exclusivo para sócios da APM)
Rua Genebra, 296
(Astra Park – 25% de desconto)
Av. Brig. Luís Antonio, 436
(Paramount – 20% de desconto)
Av. Brig. Luís Antonio, 289 (Original
Park)
P rof
rof.. Dr
Dr.. Helio de Souza Lima
Diretor de Eventos
P rof
rof.. Dr
Dr.. Álvaro Nagib Atallah
Diretor Científico
AGENDA
CULTURAL
ESCOLADEARTES
Tango Argentino
Prof. Carlos Trajano
3a feira: 17h às 18h30
Valor mensal: R$ 20,00 (casal) e R$
10,00 (individual) para sócios da APM e
R$ 70,00 (casal) e R$ 40,00 (individual)
para não sócios.
MÚSICA EM PAUTA
Grandes nomes da música erudita,
nacional e internacional, apresentamse na APM toda última quarta-feira
do mês.
27/09 - quarta - 20h30
Orquestra Concerto Barroco
MÚSICA POPULAR
PAULISTA
Desde 2005, o projeto vem promovendo o resgate da Música Popular de São
Paulo para a Música Popular Brasileira, com homenagem a grandes compositores paulistas. Reservas antecipadas.
14/09 – quinta - 20h30
Paulo Roberto Henes, Alceu CaDanças Folclóricas
Prof. Carlos Trajano
2ª feira: 10h às 11h30.
Valor mensal: R$ 10,00 para sócios da
APM e R$ 35,00 para não sócios
milo da Silva Junior, Carolina
Colepicolo e Luís Cristóvão de
Oliveira Filho – violinos, André
Pretzel e Juvêncio Lobo–Viola,
João Guilherme Figueiredo e Gui-
Piano Erudito e PPopular
opular
(aulas com agendamento até as 17h)
Prof. Gilberto Gonçalves
3ª feira: 9h às 17h
Valor mensal: R$ 45,00 para sócios da
APM e R$ 150,00 para não sócios.
Agosto de 2006
lherme Faria – violoncelos, Ruy
Arcádio – contrabaixo e Romeu
Manson – cravo. Composições de
Antonio Vivaldi (1678-1741), Arcangelo Corelli (1653-1713) e Georg Friedrich Händel (1685-1759).
CHÁ COM CINEMA
Desde 1997, a APM promove descon-
Dona Inah
Arraigada à escola das grandes divas do
Rádio, Dona Inah apresenta um repertório composto por sambas de seu primeiro álbum, com músicas de grandes
mestres do samba.
tração, cultura e lazer nas tardes de
Pintura Contemporânea
Profa. Cláudia Furlani
4ª feira: 9h às 12h, 14h às 17h ou 18h às
21h
Valor mensal: R$ 45,00 para sócios da
APM e R$ 140,00 para não sócios.
quinta-feira. Exibições de filmes, seguidas de chá da tarde com sorteio e música
ao vivo. Auditório da APM. Ingressos:
alimentos não-perecíveis doados a
entidades assistenciais. Reservas de
lugares devem ser feitas às segundasfeiras que antecedem ao evento.
GREGORY PECK
14/09– quinta - 14h
O Circo
72 min., EUA, 1928.
Direção: Charlie Chaplin.
28/09 – quinta - 14h
Luzes da Cidade
INFORMAÇÕES E RESERVAS
87 min., EUA, 1931.
(11) 3188-4301 / 4302
Direção: Charlie Chaplin.
CINE-DEBATE
Projeção mensal de um filme temático relacionado ao cotidiano das
pessoas. Após a exibição do filme,
especialistas convidados analisam
e debatem com a platéia. Entrada
franca. Coordenação: Wimer Botura Júnior (psiquiatra).
22/09 – sexta - 20h
Minha Vida de Cachorro
101 min., Suécia, 1985.
Direção: Lasse Hallström. Com:
Anton Glanzelius, Anki Liden,
Manfred Serner e elenco.
Debate: a esperança e a energia
para sobreviver às adversidades em
lugares jamais imaginados.
41
Revista da APM
Dançaterapia
Prof. Carlos Trajano
4ª feira: 10h às 11h30.
Valor mensal: R$ 10,00 para sócios da
APM e R$ 35,00 para não sócios
42
Revista da APM
Agosto de 2006
Produtos&Serviços
LITERATURA
De forma rápida, pode-se dizer que as pesquisas com célulastronco atendem a três principais objetivos: 1) explicação do
desenvolvimento humano – da diferenciação, especialização e
proliferação celular; 2) aplicações médicas; e 3) geração de
linhagens celulares humanas para testes de drogas in vitro. Este
livro trata dos dois primeiros assuntos e está dividido em três
partes. A primeira focaliza a caracterização das células-tronco
humanas e de animais com suas respectivas caracterizações. A
segunda descreve o estado atual da aplicação para o tratamento
de doenças e a terceira trata dos aspectos éticos e legais.
Autores: Marco Antônio Zago e Dimas Tadeu Covas. Formato: 17 x 25cm, 245
páginas. Editora: Atheneu. Contato: (11) 0800.267753 ou www.atheneu.com.br
Psicoterapia Psicanalítica Breve – 2ª edição
Esta é a segunda edição de Psicoterapia Psicanalítica Breve, obra
única escrita por um dos principais especialistas do país nesta
abordagem terapêutica. Reunindo os fundamentos teóricos
necessários com base nas principais indicações e apresentando
o método para esse tipo de tratamento, esta obra é destinada
aos psiquiatras, psicanalistas e psicólogos que buscam um atendimento qualificado, focal, com tempo delimitado, conforme a
demanda atual dos pacientes e da realidade socioeconômica.
Autor: Theodor Lowenkron. Formato: 16 x 23cm, 360 páginas.
Editora: Artmed. Contato: (11) 3665.1100 ou www.artmed.com.br
Os livros estão disponíveis na Biblioteca que funciona no 5º andar do prédio da APM de segunda a sexta das 8h30 às 20h.
Agosto de 2006
A publicação trata
dos principais assuntos ligados ao
tema. Dividida em
30 capítulos, conta
com mais de 1.500
fotos ilustrativas e
discute assuntos
como cirurgia dos
cistos e neoplasias
benignas, reconstrução da região, fraturas mandibulares,
fraturas zigomático orbitais, fraturas dos
terços médio superior e panfaciais, cirurgia ortognática, entre outros. Os textos
do livro contaram com colaboração de
diversos médicos especialistas, em sua
maioria profissionais da Santa Casa de
Misericórdia de São Paulo.
Autores: Ronaldo de Freitas. Formato:
21 x 28cm, 653 páginas. Editora: Santos. Contato: (11) 5574.1200 ou
www.editorasantos.com.br
Células-Tronco, a nova fronteira da medicina
43
Revista da APM
Tratado de Cirurgia
Bucomaxilofacial
PORDENTRODOSUS
por Luiz Antonio Nunes
Agosto de 2006
A
Revista da APM
44
1 - Pacto pela saúde 2006
Desde 2003, vem se procurando promover a revisão do
processo normativo do SUS. Havia
consenso entre os Gestores Estaduais
de que o processo normativo necessitava contemplar a ampla diversidade
e diferenças do nosso país e que a elaboração de uma nova norma deveria
contribuir para a construção de um
modelo de atenção que contemplasse
os princípios do SUS, sob a égide da
responsabilidade sanitária, adequada
à realidade de cada Estado e região
do país, integrando ações de promoção à saúde, atenção primária, assistência de média e alta complexidade,
epidemiologia e controle de doenças,
vigilância sanitária e ambiental, a
reafirmação da importância das instâncias deliberativas CIB e CIT, e o
fortalecimento do controle social.
Faremos aqui um resumo para conhecimento dos colegas não gestores, mas
importantes participantes do nosso
sistema de saúde.
Pacto pela saúde
Em fevereiro de 2006, por meio
da portaria GM/MS 399, resultado
de um trabalho conjunto entre o
CONASS (Conselho Nacional dos
Secretários de Saúde), CONASEMS
(Conselho Nacional dos Secretários
Municipais de Saúde) e o MINISTERIO DA SAÚDE, foram definidas
as diretrizes, e posteriormente em
abril, foi publicada a portaria GM/
MS 699 que regulamentou as Diretrizes Operacionais dos Pactos pela
Vida e de Gestão (PACTO PELA
SAÚDE 2006).
Entre as questões que são abordadas nestes pactos estão:
• a definição dos papéis e responsabilidades das 3 esferas de gestão;
• a regionalização com ênfase no
PDR (Plano Diretor de Regionalização)/ PDI (Plano Diretor de Investimentos) e na definição de redes de
atenção à saúde;
• o financiamento;
• a PPI (Programação Pactuada
Integrada);
• a regulação assistencial e o papel
das SES na coordenação das referências
intermunicipais;
• e a gestão dos prestadores de serviços.
Neste, foram definidas três dimensões: O PACTO em DEFESA DO SUS,
o PACTO pela VIDA e o PACTO de
GESTÃO.
Pacto em defesa do SUS
Este pacto é constituído por ações
concretas e articuladas pelos 3 níveis
federativos, no sentido de reforçar o
SUS como política de Estado e visando
defender os princípios dessa política,
inscritos na Constituição Federal. São
suas prioridades:
• mostrar a saúde como um direito de
cidadania e o SUS como sistema público
universal garantidor desse direito;
• garantir, a longo prazo, o incremento
dos recursos orçamentários e financeiros para a saúde (com a regulamentação
da emenda constitucional 29 pelo Congresso Nacional – que garante recursos
crescentes em função da arrecadação dos
3 níveis de governo);
• elaborar a carta dos direitos dos usuários do SUS.
Pacto pela vida
Constitui um conjunto de compromissos sanitários, expressos em objetivos de processos e resultados, e
derivados da análise da situação de saúde da população e prioridades definidas pelos governos dos três níveis.
Significa uma ação prioritária no
campo da saúde, que deverá ser executada com foco em resultados e com
a explicitação inequívoca dos compromissos orçamentários e financeiros para o alcance desses resultados.
Desse modo, fica reforçada, no SUS,
a gestão pública por resultados.
O Pacto pela Vida será permanente.
Ao final do primeiro trimestre de um
novo ano, serão avaliados os resultados do ano anterior e pactuadas novas
metas e objetivos a serem atingidos
no ano em curso.
Os mecanismos e a cultura da pactuação deverão sofrer mudanças. O
pacto não termina no momento de sua
assinatura, mas ali começa.
No campo operativo, as metas e
objetivos do Pacto pela Vida devem
inscrever-se em instrumentos jurídicos públicos, os Termos de Compromisso de Gestão, firmados pela União,
estados e municípios. Esses termos
têm como objetivo formalizar a assunção das responsabilidades e atribuições
inerentes às esferas governamentais
na condução do processo permanente de aprimoramento e consolidação
do SUS.
Nos Termos de Compromisso de
Gestão inscrevem-se, como parte
substantiva, os objetivos e metas prioritárias do Pacto pela Vida, bem como
seus indicadores de monitoramento e
avaliação.
O Pacto pela Vida 2006 definiu seis
prioridades: Saúde do Idoso; Controle
do Câncer de Colo de Útero e de
Mama; Redução da mortalidade infantil e materna; Fortalecimento da
capacidade de resposta às doenças
emergentes e endemias; Promoção da
Saúde; e Fortalecimento da Atenção
Básica/Primária. Continua na próxima edição
CLASSIFICADOS
SALAS – HORÁRIOS –PERÍODOS
CONSULTÓRIOS – CONJUNTOS
Horários em salas mobiliadas com secretárias,
estacionamento para clientes e possibilidade
de atendimento a convênios pela clínica. Email:
[email protected] Fones 3064-4552,
3060-8244 e 3088-4545
ALUGAM-SE
Período em consultório. Rua Cerro Corá. Fone
3031-4188, Walter
Período em consultório médico na área de
ginecologia, obstetrícia, mobiliado e com toda
IE na região da Vila Olímpia. Fones 3846-9022
e 3846-5246
Casa com 6 salas e sala da espera, próxima ao
HC, à R. Cristiano Viana. Fone 3338-1825
Casa térrea com estacionamento próxima ao
metrô Paraíso. Linda clínica de alto padrão,
recepcionista das 8h às 20h. Toda IE, internet,
recepção ampla com jardim. Salas ou períodos
para médicos. Fone 5572-0299
Casa em Campos do Jordão. Jaguaribe na Vila
Natal, próximo ao Hotel Orotur. Internet –
www.albcj.hpguip.com.br Fones 3207-4975
e 8255-1004
Clínica médica em Santana, período ou mensal, c/ infra-estrutura completa para médicos
e psicólogos. Fone 6979-7004 (Vania)
Clínica bem decorada c/ sala e período p/ médicos. R. Barata Ribeiro, a 1 quadra do Hosp.
Sírio Libanês. Possui eletroc. portátil, fax, internet, comput. de tela plana, secretária, sala de
exames etc. Fones 3237-2265 e 3214-1232
Clínica médica com centro cirúrgico em ponto
nobre de Santos (Canal 3). Fone (13) 9782-8425
Clínica de alto padrão, com sala montada, IE
completa e sala de procedimentos. Período ou
mensal. Fone 3885-4511, dr. Ignacy
Clínica de alto padrão em Osasco, a 5 minutos
da USP, com salas por período ou por mês. Fone
9234-1881, dr. Cláudio
Conjuntos na Faria Lima, 2 c/ 60m2 , vaga,
recepção, 3 salas, 2 wc, copa, ar cond.,
carpete, luminárias, persianas e armários. Fone
3064-2040 (Heloísa)
Conjuntos em Higienópolis. Av. Angélica,
próximos à Paulista. 65 m 2 úteis, com 3 salas,
3 wc, copa e garagem ou com 130 m2 . Alugo
ou vendo. Fone 3865-7905
Conjunto em centro comercial. Rua Peixoto
Gomide, 515, cj. 152. Fone 3287-6103
Conjuntos 114/115, comercial, no Itaim Office
Building à R. Bandeira Paulista, 662. Fones
3253-8712 e 3284-0437
Consultório de alto padrão ao lado do Hospital
São Luiz. IE, garagem com manobrista, duas linhas
telefone, secretária. Fone 9997-4153, dr. Sérgio
Consultório mobiliado à Avenida Angélica,
1996. Períodos e horários a combinar. Fones
3661-7463, à tarde
Consultório, período ou mensal em
Higienópolis, para médicos e profissionais de
áreas afins. Oftalmo. Homeopata, Psicólogos.
Fone 3256-3368
Consultórios, período ou mensal c/ toda IE, fone,
fax, secretária e serviços. Centro médico
Oswaldo Cruz. Praça Amadeu Amaral, 47.
Fone 3262-4430 (Daniela)
Consultório situado próximo ao cruzamento das
Avenidas Brasil e 9 de julho. Sala c/ 57m2 .
Estacionamento próprio, manobrista, secretária
e informatizado. Mobiliado e próprio para
psicoterapeuta. Período ou integral. Fones
3052-4534 e 8189-3440
Divido salas para consultório com toda
infra para médicos e profissionais de saúde a
100 metros do Metrô Tucuruvi – Fones 69917687 e 6994-0012
Períodos em consultório médico de alto padrão,
totalmente montado, próximo ao Metrô Santa
Cruz. Fone 5082-3390
Períodos em consultório médico em Moema
(sobrado), com secretária, estacionamento e
infra- estrutura. Fone 5542-8784
Salas ou meio período em clínica médica em
Moema. 4ª travessa atrás do Shop. Ibirapuera
(casa térrea), c/ ar, pabx, polimed, alvarás
vigilância, sala peq. cirurgia, estac. etc. Fones
5532-1074 e 9982-2543, Olivério
Salas em clínica no Paraíso (Central Park
Ibirapuera), com ramal telefônico, secretária.
Condomínio com sistema excelente de
segurança. Salas mobiliadas ou não. Fone
5573-3000, Ana Paula
Sala ou períodos para médicos em consultório
na Vila Olímpia. Casa bem localizada, recémreformada. Imperdível. Fone: 3841-9624
Sala p/ consultório c/ toda infra-estrutura. Al. dos
Jurupis, 452, cj. 32. Fone 5051-0799 (Valkiria)
Sala em lindo sobrado com ótima localização
à Rua Oscar Freire, 129. Fone 3088-0595,
Ana Cristina
Sala mobiliada para médicos e demais
profissionais da saúde. Período integral com IE
completa. Sitiuada em Higienópolis. Centro
médico. Fone 9946-2212
Sala ou período para médicos, psicólogos e
fonoaudiólogos com toda IE. Metrô Brigadeiro.
Fones 3141-9009 e 3251-3604, Sérgio
Sala em clínica totalmente equipada, em
localização privilegiada e ambiente luxuoso p/
profs. já estabilizados c/ nome nacional e
pacientes diferenciados. Fone 5051-3888
(Eleni ou Mª Aparecida)
Sala ou período p/ prof. de saúde, clínica c/
toda IE montada, no Brooklin. Av. Portugal,
1644. Contatos p/ e-mail [email protected]
ou Fone 9975-4490 (Eliana)
Salas e/ou períodos, centro médico alto
padrão nos Jardins, próx. HC. Salas equipadas
c/ toda IE. Funciona de segunda a sábado.
Fones 3064-4011 e 3082-0466 (Valdira/
Daniel)
Sala em clínica médica na Vila Mariana, ao lado
do metrô Ana Rosa. Fone: 5549-9622
Sala p/hora ou parceria, clínica no Imirim, Zona
Norte. Medicina estética, dermato, endócrino e
ortopedia. Fones 6236-4285 e 9746-4928
Sala ou consultório montado p/ período, R.
Haddock Lobo, Jardins, próx. Hotel
Renaissance. Ligar das 8h30 às 11h30 e das
13h30 às 19h. Fone 6604-5965
Sala para médicos e demais profissionais da saúde
em consultório com estrutura completa. Sala
de espera, telefone e fax. Vila Mariana, próxima
ao metrô Santa Cruz. Fone 5575-2089 (Ana)
Sala ou períodos em Perdizes para profissionais
da saúde. Fones 3871-2511, 3672- 0359 e
9931-2713 (dra. Afra)
Sala nova, mobiliada c/ wc privativo, ar condic.,
excelente iluminação p/ médicos, exceto GO.
Próxima metrô Sumaré. Segunda à sexta, no
período da manhã. R$ 450,00, toda IE. Fones
3081-5973 e 9103-0803
Sala para médicos, no período das 10h às 14h.
R. Cotoxó, 611, 10º andar, cj. 105. Fones
3873-5782 e 3871-5887
Sala em clínica de alto padrão, c/ infra-estrutura
completa, no Jardim Paulista. Av. Brig. Luiz Antônio,
4277. Fones 3052-3377 ou 3887-6831
Sala de altíssimo padrão para consultório
médico, com toda IE de clínica já montada.
Divisão de despesas entre os integrantes. Fones
3031-6529 e 9572-0583, Ivo
Sala c/ cons. na Vila Nova Conceição, c/ IE
completa, mobiliada, secretária, PABX, sistema
de segurança, estacion. para clientes. Próxima
ao Hospital São Luiz. Av. Santo Amaro. Fones
5084-3648 e 9123-9617
Sala (4x5m). Consultório em clínica para
qualquer especialidade. Ótima localização na
Vila Maria. R. Araritaguaba, 900, esquina c/ av.
Guilherme Cotching. Fones 6954-7896 e
7354-6570
Sala para médicos e profissionais da saúde em
consultório com boa IE e localização comercial.
Fones 6341-5354 e 6346-3105 (Silvia/Marcelo)
Sala ampla, por período, localizada entre o
Metrô Praça da Árvore e Santa Cruz. Possui
estacionamento próprio. Fones 5594-5584 e
5594-7607 (Fátima)
Sala por período em consultório médico, com
toda IE, em Perdizes. Fone 3872-5274, Orleni
Sala mobiliada com banheiro em andar
superior, para profissionais da saúde. Clínica
montada no Brooklin. Período de 4 horas
semanais: R$ 300,00/mês. Fones 5096-3652
e 5531-8494 (hc)
Sala em consultório médico, próxima ao
Hospital das Clínicas. Rua Capote Valente.
Preferência Cardio, Dermato, Ortopedista,
Oftalmo. ou ORL. Fone 3083-6427, Rosana
Sala para consultório, por período à R. Vergueiro,
próxima à estação Vila Mariana do metrô. Fone
5549-1031 e 5087-4311
Sala para consultório, por período, à Rua
Vergueiro, próxima à estação Vila Mariana do
metrô. Fones 5549-1031 e 5087-4311
Sala ou período p/ cons. médico equipado,
clínica c/ IE compl. Prédio coml. c/ segurança
e estac., r. Vergueiro, próx. Metrô Vila Mariana.
Fones 5575-7646 e 5575-3085
Sala ou período, clínica de alto padrão c/
infra-estrutura, secretária, estac., tel. fax, ar
cond. Em funcionamento, c/ dermato. Fone
3813-7872 (Jucinéia)
Sala no Morumbi Medical Center. Próx. ao
Hosp. Albert Eintein, São Luiz, Darcy Vargas,
Iguatemi. Prédio c/ segurança, ar cond.,
laboratório, estacion. c/ manobrista. Fone
3721-5666 Esther
Salas em consultório de alto padrão c/ infraestrutura completa, na Aclimação. Fone
3208-5546 (Cléo)
Salas para consultório, com IE montada, ar
condicionado, recepcionista, som ambiente e
fácil acesso. Rua Estela, 471 Paraíso. Fones
5571-0789 e 5575-3031 Eunice
Salas para profissionais da saúde. Fone 3057-2140
Salas para consultório. Rua Maranhão, 598, cj.
61. Fones 3826-7805 e 3826-7918, Ignês
Salas de 25m², sendo uma c/ banheiro privativo
de alto padrão, secretária, telefone e fax. Sala de
pequenas cirurgias/curativos. Casa térrea no
bairro da Penha (Vila São Geraldo). Fones 34931090 e 6646-5587
Salas para profissionais da saúde em clínica com
toda infra-estrutura, na Vila Mariana. Fones
5579-9433 e 5572-8420
Salas ou períodos em clínica médica, com toda
IE, no alto da Boa Vista. Fones 5041-9649 e
8447-4569 (Margareth ou Adriana)
Salas ou períodos para médicos e profissionais da saúde, com toda IE. Rua Martim Soares,
258, Metrô Tatuapé. Fones 6192-9032 e
6198-5340, Rita
Salas ou períodos em clínica de alto padrão,
com toda IE. Próximas ao Hospital Beneficência
Portuguesa. Fone 3284-8742
Salas próximas ao metrô Vila Mariana, para
profissionais da área da saúde, com toda infraestrutura e despesas inclusas. Período: R$
140,00, ou integral a combinar. Fone 55491809, Dirce ou dra. Laura
Salas montadas para médicos, por períodos de
4 horas na Zona Norte. Alto padrão e toda IE
completa. Mais Saúde Centro Clínico. Fones
6959-7073 e 6959-9233
Salas p/ profissionais da saúde e afins em
consultório no Jabaquara. Fone 5011-5872
(Edgar)
Salas ou períodos em clínica de alto padrão com
toda IE. Alto da Boa Vista. Fones 5041-9649 e
8447-4569 (Margareth ou Adriana)
Salas p/ médicos e áreas afins, mensal ou p/
período 6h, clínica c/ toda IE, próx. metrô Paraíso,
Central Park 23 de maio. R. Estela, 455. Fones
5571-0190, 5083-9468 e 5083-9469
Salas ou períodos em clínica de alto padrão,
localizada próxima ao Hospital Beneficência
Portuguesa. IE completa. Fone 3284-8742,
Isaura
Salas para médicos ou psicólogos, com
secretária e telefone em Higienópolis. Fone
3258-0588, Eliara ou Renata
Salas ou períodos, cons. alto padrão p/ médicos
e afins. R. Luiz Coelho, 308, entre Paulista e
Augusta c/ estac. Próx. metrô Consolação.
Fones 3256-8541 e 3259-9433
Sala para médico e demais profissionais da saúde,
com IE completa. Sala de espera, secretária,
estacionamento. Próxima à Praça dos Estudantes
– Guarulhos. Fones 6461-3783 e 6468-0540
Salas para médicos e demais profissionais da saúde,
com IE completa. Sala de espera, secretária e
estacionamento. Próximas à Praça dos
Estudantes. Fones 6461-3783 e 6468-0540
Salas, cons. médico c/ toda IE. R. Pio XI, Lapa.
Toda IE. Integral, períodos, p/ horas. Inclusive p/
psicólogas, fonoaudiólogas, nutricionistas.
Fones: 3644-4043 ou 3644-3274
Salas em clínica no Tatuapé. Fones 6673-9458,
9961-1279 e 6674-6452
Salas, clínica c/ infra-estrutura completa. Ótimo
padrão, prédio novo. Períodos/integral,
Aclimação, 20m do metrô Vergueiro. Fone
3271-7007 (Elizabeth)
Salas equipadas em suas unidades para locação
por hora ou mensal, para profissionais da área
da saúde. Fones 3277-6056 e 3207-2889
Vila Mariana, sala p/ médicos, dentistas,
psicólogos. Período ou integral. Consultório c/
toda infra-estrutura. Próxima ao metrô Ana
Rosa. Fones 5575-5170 e 9980-6436
(Cristina)
Salas por período, mensal, ou por hora (R$
12,00) em policlínica. Estação Metrô Santana,
com toda IE. Fones 6281-7530, 6959-2493
e 6975-4059, Sandra
Vila Mariana. Sala por período. Rua Sena Madureira, 80. Próxima à estação do metrô Vila
Mariana. Ótimo ambiente e estacionamento
para dez carros. Fone 5083-6881
Agosto de 2006
Horário em consultório ginecológico. Qualquer
horário, já com aparelho de ultra-sonografia.
Fones 3885-9274 e 3051-7131 (dr. Roberto)
45
Revista da APM
AVISO: Quando não consta,
o prefixo do telefone é 11.
CLASSIFICADOS
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ALUGAM-SE
IMÓVEIS
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Aptº Guarujá/Enseada. Cobertura p/ temporadas
e fins de semana. 2 quartos, c/ piscina,
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Casas com todo conforto, lareira,
churrasqueira, limpeza etc, para jornadas,
congressos, finais de semana e feriados.
Temporada Julho. Fones (19) 3433-1798,
9608-4448 e (12) 3663-4238
Revista da APM
46
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14h às 20h) Eliete
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nobre de Pinheiros, novo, pronto para morar.
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Sobrado c/ 4 salas amplas p/ consultório médico
ou psicólogos, edícula completa c/ sala ampla,
banheiro, cozinha etc. Vaga p/ 2 carros. Fone
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de garagem, terraço. R$ 400 mil. Fones
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com terraço, 1 ou 2 vagas em andar alto. Lazer
total. Fone 3237-4747
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terraço, 2 vagas, lazer total. Fone 9998-7363
Aptº Enseada (atrás do Aquário), 100 m da praia,
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empregada, 100 m2 AU, mobiliado. R$180 mil.
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terreno, 666 m2. Área construída 245,57 m²,
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comprimento 1,72m. R$ 3.300,00. Site
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as lentes. R$ 4.500,00. Fone 3862-5747
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fonte. U$ 2500,00. Fone 9933-7072
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medir panículo adiposo. Bioslin – efeito interpolar para celulite Sorisa. Fone 2273-9777,
Ana Paula
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completo, da Sorisa, em excelente estado. R$
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em ótimo estado de conservação. Fone (14)
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tração lombar e cervical. Fones 3826-7805
e 3826-7918
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bom estado, com 2 “probes” 2,5 e 5,0, c/
carrinho. R$ 30 mil. Fone 9914-3943 (Paulo)
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interface. R$ 14.000,00. Fone 9632-5787
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uso, por R$ 320,00. Fone 5579-4298
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em alguns períodos por semana. Interessados
devem enviar CV para c.e.salomã[email protected] .
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especialidades: endócrino, geriatra, dermato,
pediatra, psiquiatra, reumato, urologista e
mastologista. Fone 3531-6651 (Valdelice/Valéria)
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a combinar. R$ 3.081,29 e benefícios. Fone
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Médico credenciado pelo Detran para ½ período
e substituição de férias (V.Maria) e médico
oftalmologista para clínica no Paraíso, no período
da manhã. Comparecer com CV à R. Guilherme
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Médico Ultra-sonografista para região do ABC
e SP. Fone 4438-0650, Regiane
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para atendimento em consultório. Clínica em
Santana. Fone 6950-4227, Patricia ou Cristina
Clínica Realm Skin necessita de dermatologista
recém-formado, para atender em consultório
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47
Revista da APM
Agosto de 2006
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