22º CONGRESSO NACIONAL DE TRANSPORTE AQUAVIÁRIO, CONSTRUÇÃO NAVAL E OFFSHORE - SOBENA 2008 ANÁLISE DE FADIGA EM ESTRUTURAS DE HELIPONTO Roberto Presta – KROMAV ENGENHARIA LTDA – [email protected] Fernando Jorge Mendes de Sousa - COPPE/LACEO - [email protected] Gilberto Bruno Ellwanger – COPPE/UFRJ – [email protected] José Marcio do Amaral Vasconcelos – EP&COPPE/UFRJ – [email protected] Severino Fonseca da Silva Neto – EP&COPPE/UFRJ – [email protected] Introdução O objetivo do presente trabalho é apresentar de forma simplificada, um conjunto de informações para análise de resistência de componentes estruturais e a utilização destas para o dimensionamento e estudo do comportamento de fadiga em estruturas offshore, mais precisamente das estruturas de helipontos. As estruturas de Heliponto são largamente utilizadas em unidades fixas e flutuantes, tais como FPSO, FSO e plataformas de perfuração, podendo estas ser semisubmersíveis ou fixas, sendo de extrema necessidade que o seu projeto receba uma atenção especial em função do elevado grau de segurança que é demandado na sua operação. A metodologia empregada para tal estudo baseou-se em uma análise com o auxílio do método numérico dos elementos finitos. 1 Metodologia de projeto O desenvolvimento de um projeto tem início quando existe uma exigência ou necessidade do mercado para aquele tipo de trabalho. Normalmente a definição dos requisitos de um equipamento ou sistema de engenharia, quando de grande porte, demanda uma série de discussões entre fabricantes e clientes. O projeto estrutural deve estar baseado em requisitos de operação do sistema, ou em um conjunto de condições a serem satisfeitas, como por exemplo, eventuais sobrecargas devido a falhas, falhas humanas na operação, condições normais de uso ou ainda condições de emergência. Um dos grandes problemas da engenharia do projeto é a incerteza que existe na quantificação das variáveis necessárias para o projeto, onde esta quantificação pode ser estimada por uma análise aproximada, baseada em experiência anterior, ou poderá ser realizada por determinação experimental através de ensaios das variáveis. Em casos de equipamentos e sistemas de engenharia de grande responsabilidade tornase necessário o ensaio de protótipos em condições tão próximas quanto possível do real para que se tenham informações confiáveis sobre os carregamentos, ciclos de trabalho, etc. Alguns dos mais importantes itens para o desenvolvimento de um projeto são: • Determinação de esforços: Para estruturas estáticas não existem grandes problemas da determinação de cargas. No entanto, para estruturas sujeitas as cargas ambientais dinâmicas, a situação demanda um estudo mais profundo. A determinação destes esforços dinâmicos pode ser realizada através da análise teórica, onde será utilizado um modelo matemático que representa este comportamento, ou ainda, ser realizado através de uma análise experimental, onde poderemos determinar as cargas com a estrutura em condições típicas de utilização. • Análise de Tensões: Para a determinação da metodologia de análise deve ser primeiramente identificada a conveniência, a disponibilidade e a responsabilidade da 1 / 15 estrutura. Esta análise pode ser realizada através de vários métodos, como por exemplo, o mais simples que se baseia na metodologia da Mecânica dos sólidos. Um método mais elaborado é o da Teoria da Elasticidade, que procura determinar o campo de tensões e deformações, tomando por base apenas a geometria, carregamento e condições de contorno. • Análise de Falha: A resistência do material que forma a estrutura é fundamental, pois é o termo de comparação para se definir o nível de segurança do componente. Esta resistência deve ser comparável com o modo de falha que o material poderá apresentar. Nesta etapa procura-se determinar a tensão nominal que pode solicitar o material, sem provocar falhas, para o período de vida previsto para a estrutura ou componente. Assim são usados os métodos mais recentes para Análise de Fadiga, bem como os conceitos da mecânica da fratura, para análise do efeito nocivo de fissura e eventuais defeitos internos do material. • Análise de Segurança: Nesta última etapa, reunimos os resultados anteriores com as informações referentes aos graus de segurança necessários, bem como às dispersões que ocorrem nos dados, para a definição do coeficiente de segurança ou fator de projeto adequado. Neste tópico entram os conceitos de confiabilidade estrutural, onde o aspecto aleatório das variáveis de projeto é considerado. Esta aleatoriedade ocorre no carregamento que atua sobre o produto e nas propriedades do material. As tolerâncias dimensionais são outra fonte de aleatoriedade significativa quando tratamos de ajuste. Nesta análise o objetivo é verificar se o nível de resistência é adequado, comparativamente com as flutuações de carga induzidas pelo uso da estrutura ou do componente. Assim poderemos avaliar se o projeto está de acordo com os requisitos, sendo portanto liberado para construção ou deve ser revisado, retornando às etapas anteriores. 2 Introdução à fadiga A grande maioria dos cursos de graduação na área de engenharia não trata de maneira direta o estudo de fadiga. Normalmente, na Teoria da Resistência dos Materiais, são realizadas verificações envolvendo carregamentos de um único ciclo, também chamados de carregamentos estáticos. Ao contrário disto, a maioria das estruturas é submetida a carregamentos repetidos compostos por muitos ciclos, como por exemplo, pontes, peças de máquinas, aviões, tubulações e estruturas offshore. Sob a ação cíclica das cargas ambientais, particularmente das ondas, no caso dos navios e estruturas offshore, as juntas soldadas tornam-se sujeitas à formação de trincas que eventualmente poderão vir a se propagar. Descreve-se como fadiga o processo de alteração estrutural permanente, progressivo e localizado, que ocorre num material sujeito a condições que produzem tensões ou extensões dinâmicas num ponto ou vários pontos, e que podem culminar em trincas ou numa fratura completa após um número suficiente de variações de carga. O dimensionamento ou análise de um componente ou sistema estrutural envolve uma seqüência de procedimentos, onde normalmente inicia-se com a determinação das solicitações devido ao carregamento atuante e na análise de tensões nas seções mais críticas. Paralelo a isto, o material possui uma capacidade de suportar cargas que não pode ser excedida, sem o inerente risco de falha. Assim a tensão calculada é usualmente comparada com uma tensão característica do material, normalmente a tensão admissível para cada tipo de aplicação. A fadiga pode então ser classificada em dois tipos: • Baixo ciclo: alto nível de tensão, quando temos um número de ciclos relativamente 4 3 pequeno, menos de 10 ou 10 ; • Alto ciclo: baixo nível de tensão, quando temos um número de ciclos relativamente 4 grande, mais de 10 ciclos, em alguns casos 6 9 podendo chegar na ordem de 10 a 10 ciclos. No caso das estruturas offshore, os elementos estruturais são dimensionados para responder às solicitações no regime elástico, sendo assim, sujeitos apenas à fadiga de alto ciclo. Quando um elemento estrutural é submetido a 2 / 15 um carregamento cíclico, uma trinca por fadiga pode desenvolver-se na região de máxima tensão de tração. A pré-existência de uma concentração de tensões, como um orifício, chanfro, descontinuidade ou mesmo um defeito, próximo à região de máxima tensão de tração poderá ocasionar o início de uma trinca por fadiga. A propagação da trinca efetua-se pelo metal de base, metal depositado ou na zona termicamente afetada (ZTA), dependendo da geometria da junta, estado metalúrgico do material, tensões residuais e condições de solicitação. Um dos fatores principais dos problemas de juntas soldadas é que estas, em geral, têm um perfil bruto e áspero. As acentuadas alterações de sentido ocorrem geralmente nas terminações das soldas de topo e nas terminações e nas raízes das soldas de filete. Estes pontos, por serem descontinuidades, ocasionam nas suas fronteiras tensões superiores a tensão nominal ou a tensão média da seção, facilitando o aparecimento das trincas e a sua conseqüente propagação. . Definição de Resistência à Fadiga e Vida à Fadiga A resistência à fadiga de uma estrutura soldada é definida como a faixa de tensão (Δσ) que varia com determinada amplitude, causando falhas nos componentes após um número especificado de ciclos (N). A faixa de tensões pode ser definida como sendo a diferença entre a tensão máxima e mínima do ciclo. O número de ciclos em que a estrutura possivelmente apresentará falha é conhecido como a resistência ou vida à fadiga. fadiga, ou, em termos práticos, se aumentar a fase de iniciação da trinca. Consegue-se isso aumentando a resistência mecânica do aço, que conduz a um aumento da fase de iniciação de uma trinca. . Tipos de Carregamentos de Fadiga Apresentamos abaixo algumas estruturas e os carregamentos que podem eventualmente causar fadiga: • Pontes: Veículos comerciais, trens de carga; • Guindastes: Içamento de cargas, movimentação lateral e cargas inerciais; • Estruturas Offshore: Ondas ( acelerações ); • Chaminés Delgadas: Rajadas de vento. O objetivo do projetista é o de antecipar a seqüência de cargas de operação durante toda a vida da estrutura. A amplitude do valor máximo de carga, que é vital para definição de carga estática de projeto, é normalmente de pouco interesse porquanto representa somente um carregamento em milhões de ciclos. A seqüência é importante porque afeta a escala de tensões, particularmente se a estrutura é carregada por mais de um sistema independente da carga. Por conveniência, os carregamentos são simplificados geralmente em um histograma de carregamento, que define uma série das faixas constantes de níveis de carga, e o número de vezes que cada faixa é experimentada, como abaixo. . Fatores que afetam à vida à fadiga A existência de chanfros, orifícios ou qualquer outro elemento que aumenta a tensão na vizinhança, causando concentrações de tensões afetará o comportamento da iniciação de fadiga em um material. Para baixo número de ciclos de aplicação da carga e tensões elevadas, a fase de iniciação será praticamente nula, enquanto que, para elevado número de ciclos e baixa tensão, a fase de iniciação poderá ser elevada. Pode-se aumentar a resistência à fadiga global em uma estrutura soldada se diminuir a probabilidade de iniciação de uma trinca de Figura 1 – Espectro típico de carregamento de projeto,[4] Um ciclo de tensão de fadiga traduz a variação da tensão aplicada com o tempo ou com o número de ciclos da aplicação da carga. Os dois tipos mais comuns de carregamento são o de amplitude constante e o de amplitude variável. 3 / 15 . Amplitude Constante É representado pela variação constante de tensão durante todo o carregamento (a amplitude de tensão não varia com o tempo). Na prática, isto se verifica em mecanismos que funcionam a velocidade constante: tirantes, rolamentos, engrenagens, polias, etc. A figura abaixo ilustra este carregamento. por: onda, vento, corrente, pressão hidrostática variável, máquinas, forças de restauração dos sistemas de amarração, dentre outras. As forças de onda são geralmente as fontes principais de falha por fadiga em estruturas offshore. Na prática, os carregamentos de fadiga reais são simplificados em combinações diferentes de carregamentos de amplitude constante (com certa margem de segurança), formando ciclos em blocos, onde se tem uma sucessão bem definida de ciclos de tensão em que se pode considerar vários blocos com amplitude de tensão constante em cada bloco. . Verificação da vida à Fadiga à amplitude constante Figura 2 – Histórico da variação de Tensão com amplitude constante, [1] Onde: t – eixo do número de ciclos σ - eixo das tensões Δσ - dupla amplitude de tensão A tensão média é definida por: σm = (σ máx + σ mín ) 2 (1) A amplitude de tensão corresponde à metade da variação total do ciclo de tensão, ou seja: σa = Δσ 2 = (σ máx − σ mín ) 2 (2) . Amplitude variável ( ao acaso ) Este tipo de ciclo não apresenta uma lei definida entre as tensões e o tempo. Em geral, é o tipo mais freqüente de ciclos de tensões que provoca fadiga e, também, o mais difícil de analisar. Como exemplo de carregamento com amplitude variável tem-se: • Tráfego de caminhões em pontes; • Carga de vento nos aviões; • Carga de onda em Estruturas Offshore. Carregamentos variáveis podem ser impostos durante todas as fases da vida da estrutura e podem, a princípio, ser causados O dimensionamento à fadiga, segundo a filosofia tradicional de projeto de máquinas não baseada na mecânica da fratura, faz-se de modo semelhante ao das solicitações estáticas estabelecendo uma tensão admissível para uma determinada vida ou duração. A tensão admissível será a resistência à fadiga calculada ou determinada para a peça ou estrutura a dividir por um coeficiente de segurança apropriado, coeficiente este que deve tornar a ruptura por fadiga altamente improvável. Esta filosofia de projeto é tradicionalmente chamada de vida garantida. É importante observar que no caso offshore esta filosofia não é aplicada, pois utiliza-se o conceito de vida útil, estipulando uma determinada vida que a estrutura deve resistir e aplicando um coeficiente de segurança nesta vida útil e fazendo seu cálculo pela metodologia do cálculo do dano cumulativo pela Regra de Miner. Como a curva S-N é feita para condições ótimas, calcula-se a resistência à fadiga, para um determinado número de ciclos, considerando vários fatores de redução que levam em consideração os principais parâmetros do processo de fadiga. . Verificação da vida à Fadiga à amplitude variável Nas condições reais de campo, elementos ou estruturas são usualmente submetidos a um número de diferentes níveis de tensão, tensões médias, etc. 4 / 15 Figura 3 – Esquema com valores de R e faixas de tensão com cargas de amplitude variável, [1] Sabe-se que a ocorrência de danos por fadiga é considerada um estado limite, por isso, para garantir um grau de “confiabilidade” elevado em serviço é necessário ter em conta a possibilidade de iniciação e posterior propagação de trincas de fadiga quando as cargas aplicadas variam de intensidade com o tempo (como mostrado na Figura 4). A dedução dessas curvas de projeto é feita analisando estatisticamente os resultados experimentais (duração ou vida) para vários níveis de tensão de amplitude constante. A curva de projeto é obtida unindo os pontos correspondentes a uma determinada probabilidade de colapso. Os modelos matemáticos ou funções de densidade de probabilidade que tem sido propostos para descrever a dispersão da duração à fadiga são diversos (distribuição normal, log-normal, Weibull, etc.). Com base nessa metodologia, é possível determinar a tensão admissível para uma determinada duração prevista, assumindo uma determinada probabilidade de colapso, podendo esta tensão ser ou não afetada por um coeficiente de segurança. A consideração do caráter aleatório da amplitude de tensão aplicada torna mais difícil a análise com base em critérios probabilísticos, pois, além do caráter aleatório da resistência à fadiga, é necessário ter também em conta o caráter aleatório da grandeza da tensão aplicada. A elevação da superfície do mar geralmente não possui características regulares, e sim uma forma irregular. Os períodos de onda (Ti) para esse estado de mar são definidos como sendo o tempo entre sucessivos cruzamentos da superfície do mar ao nível médio, e suas alturas (Hi) definidas como a diferença entre os valores máximo e mínimo dentro de um período onda. Num pequeno intervalo de tempo (3 horas), as propriedades estatísticas do estado de mar podem ser consideradas constantes e o mar pode ser denominado estacionário. São feitas medições que duram 20 minutos para representar um estado de mar. Os seguintes termos são usados para descrever um estado de mar estacionário: • Período de cruzamento zero (Tz) é a média dos valores dos períodos da onda (Ti) ou então (Tp), período de pico do espectro; • Altura de onda significativa (Hs) é a média do terço mais alto das alturas de onda. O cálculo dos carregamentos hidrodinâmicos para uma análise de fadiga pode ser feito através do método determinístico ou do método probabilístico. No método determinístico do carregamento hidrodinâmico, a estrutura é carregada com uma onda regular, representada por sua altura H, pelo período T, usando-se uma teoria de onda adequada. Uma corrente de projeto pode ser incluída. A direção da corrente é geralmente considerada igual à direção da incidência da onda e a velocidade de onda e corrente será adicionada vetorialmente. A análise de fadiga espectral envolve os seguintes passos: • Seleção das principais direções de incidência de onda (o número total de ondas é distribuído entre essas direções principais). Direções principais de propagação de onda devem ser incluídas, como também as direções que causam tensões elevadas nos principais elementos da estrutura; • Para cada direção, seleciona-se um número de estados de mar que descrevem adequadamente a distribuição de longo prazo das ondas. Associa-se a um percentual de ocorrência de cada estado de mar; • Estabelecimento de uma função de transferência para cada variável de interesse; • Cálculo do espectro de resposta para cada estado de mar, combinando o espectro de onda e as funções de transferência; 5 / 15 • Cálculo das faixas de tensões para cada estado de mar; • Combinação dos resultados para todos os estados de mar para encontrar a distribuição de longo prazo dos valores de resposta; • Cálculo da vida à fadiga, geralmente utilizando-se a regra de Miner, descrita no paragrafo seguinte. Uma abordagem freqüente consiste em se usar resultados de ensaios de amplitude constante em conjunto com a lei de danos cumulativos de Miner para prever o comportamento dos elementos submetidos a condições variáveis de carregamento. A hipótese básica da regra de Miner é a de que o dano sobre a estrutura por ciclo de carregamento é constante numa dada faixa de tensões, sendo igual a: (3) Onde N = f(σ) extraído da curva S-N. Neste caso, o ciclo de amplitude de tensão variável é assimilado a um conjunto de n blocos, em que cada bloco tem uma amplitude de tensão constante σ e dura n ciclos. i i A Lei de Miner estabelece que os danos (isto é, perda de vida de fadiga) se acumulam de modo linear e é dada por: (4) Onde: • k = n0 de diferentes níveis de tensão em uma específica seqüência de carregamento; • i = i-ésimo nível de tensão naquela seqüência de carregamento • n = número de ciclos de carregamento a um i nível de tensão σ ; i • N = vida de fadiga a um nível de tensão de σ i i (número total de ciclos de carregamento a um nível de tensão σ que a estrutura resiste). i Além disso, é praticamente impossível preverse para uma estrutura real qual será a seqüência de cargas que ela estará submetida durante a sua vida útil. A lei de Miner não toma em consideração aspectos que experimentalmente já se verificou terem bastante influência na duração à fadiga: • Considerar que as tensões inferiores à tensão limite de fadiga não provocam alteração do material; • Considerar a resistência à fadiga independente da história de carga. A vida à fadiga é dada por: (5) Onde: L = tempo relativo ao número total de ciclos 0 de tensão n = Σ n , que, normalmente, se 0 i utiliza 1 ano; D = somatório total do dano. Apesar das imprecisões, a lei de Miner continua a ser largamente utilizada na prática devido à sua simplicidade matemática e ao fato de fornecer resultados com certa margem de segurança. . Modo espectral de cálculo do carregamento à fadiga O sinal aleatório é diferente de um determinístico, possuindo freqüência variável e podendo apresentar-se muito mais complexo. Neste item, tem-se o objetivo de apresentar uma metodologia para lidar com esse tipo de carregamento utilizando o método espectral. Quando se lida com um tipo de carregamento que não é constante e não pode ser determinado precisamente por uma função, ou seja, não se pode prever com 100% de certeza o que irá ocorrer num determinado instante, diz-se que esse carregamento é estocástico. Um processo é dito estacionário se as propriedades estatísticas não variam com o tempo. Muitos processos podem ser considerados estacionários se o intervalo de tempo em que são analisados for suficientemente curto. A elevação da superfície do mar, por exemplo, é normalmente considerada estacionária dentro de intervalos de três a seis horas. 6 / 15 . Curvas S-N A vida à fadiga de juntas soldadas pode ser representada através de curvas que relacionam a amplitude das solicitações (S) e o número de ciclos de carregamento (N), chamadas de curvas S-N. No entanto, o cálculo convencional do dano por fadiga numa junta soldada com a adoção da regra de Miner associada a curvas S-N não permite avaliar os estados intermediários da propagação de uma trinca, pois essas curvas não permitem que sejam consideradas separadamente as fases de iniciação e propagação das trincas. As curvas S-N são levantadas a partir de testes simulados de laboratório. Um aparelho de teste deve ser projetado para reproduzir de maneira tão próxima quanto possível as condições de tensão em serviço. A obtenção de uma curva S-N é feita estatisticamente. As curvas S-N de projeto são adotadas baseadas em técnicas de probabilidade de falha. Assim, adota-se a curva média menos dois desvios padrões para a sua obtenção (correspondente a uma probabilidade de falha de 2,5 %). Deve-se salientar que a curva S-N engloba as fases de iniciação e propagação da trinca por fadiga sem que haja uma distinção entre as mesmas. . Efeitos da tensão média Em detalhes não-soldados a resistência é reduzida enquanto a tensão média torna-se maior. Em detalhes soldados a resistência não é normalmente reduzida nestas circunstâncias. Este comportamento ocorre porque as tensões de encolhimento de solda (ou tensões residuais), as quais ficam presas nas juntas soldadas durante a fabricação, com freqüência alcançam a tensão de escoamento. As trincas não distinguem a tensão aplicada da tensão residual. Assim, para a finalidade de projeto, as curvas S-N sempre assumem a pior condição, isto é, que a tensão máxima do ciclo está no ponto de escoamento da tensão. . Efeitos da Resistência Mecânica A taxa do crescimento das trincas não é afetada significativamente por variações profundas de tensão ou tensões últimas dentro da faixa dos aços de baixa liga usados em estruturas em geral. Estas propriedades somente afetam o período da iniciação, o qual, vem sendo negligenciados nas soldas, e que resultam em pouca influência na vida da fadiga. Este comportamento contrasta com a fadiga de detalhes não-soldados onde o aumento da resistência mecânica resulta geralmente no aumento da resistência à fadiga. . Tipos de Detalhes Existe usualmente um número de tipos de detalhes dentro de cada classe. A principal característica que afeta o tipo de detalhe, e, portanto sua classificação, são: • Forma do membro: como por exemplo, chapas, perfis laminados, barras reforçadoras, etc; • Localização antecipada da iniciação da trinca: a localização deve ser definida em relação à direção da tensão flutuante. Dada uma determinada junta soldada que contenha mais de um ponto potencialmente sujeito a trinca, em qual dos casos a junta poderá vir a falhar em dois ou mais tipos de detalhes; • Dimensões principais: formato da solda, tamanho dos componentes, proximidade das arestas, mudanças abruptas das seções transversais; • Requisitos de Fabricação: como por exemplo, tipos do processo de soldagem, adoçamento por esmerilhamento de qualquer parte da junta; • Requisitos de Inspeção: procedimentos especiais de inspeção devem ser requeridos para as classes mais altas de detalhes de forma a assegurar que defeitos de solda não estejam presentes. 3 Aplicação em um projeto determinado As informações apresentadas nos tópicos anteriores tiveram por objetivo introduzir de forma simplificada e sucinta a teoria aplicada à fadiga, a obtenção dos dados e características que podem apresentar influência a vida à fadiga. A partir deste ponto, destinaremos espaço a apresentação de um procedimento de cálculo para a verificação estrutural de um Heliponto, estrutura geralmente construída de treliçada, onde são utilizados perfis tubulares em conjunto com vigas laminadas ou fabricadas tipo “ I “ ou “ H “. 7 / 15 ¾ Roteiro das etapas do projeto • Determinação da estrutura: preparação do projeto da estrutura do heliponto, a partir da confecção dos documentos necessários que serão utilizados posteriormente na construção, procurando verificar possíveis problemas estruturais e pontos de apoio a serem considerados; • Verificação preliminar da estrutura: realização de um cálculo manual utilizando as sobrecargas possíveis para determinação das tensões atuantes e comparação destes valores com as tensões admissíveis; • Determinação do método de cálculo: dentro das normas aplicáveis, sendo estas entidades certificadoras (classificadoras) ou normas de instituições nacionais e internacionais, torna-se necessário a determinação do método de cálculo a ser adotado para o desenvolvimento do projeto, podendo ser: - WSD – Working Stress Design, também conhecido como método das tensões admissíveis; - LRFD - Load and Resistance Factor Design, método onde as incertezas das cargas são representadas com fatores de majoração do carregamento e as incertezas devido a resistência são representadas com fatores de majoração chamados de “fatores de material”. • Análise das tensões: Após a incorporação ao modelo de cálculo de todos os carregamentos atuantes, cargas efetivas e ambientais, deverão ser realizadas verificações das tensões atuantes na estrutura. Estas tensões atuantes deverão estar abaixo dos limites das tensões admissíveis (método WSD) ou abaixo do limite da tensão de escoamento (método LFRD ); • Análise de vida à fadiga: Está etapa deve obedecer a seguinte seqüência de análise: - Através de estudos e dados observados para a região de alocação da estrutura, selecionar os estados de mar significativos para esta análise; - Escolha adequada de uma dada curva S-N conforme o ponto da estrutura a ser estudada, onde são fatores importantes o tipo de ligação estrutural local e as condições ambientais a que a estrutura está submetida (ambiente ar ou ambiente água); .Nesta fase, para cada estado de mar, o qual se caracteriza pela junção das ocorrências de onda, vento e corrente, deverão ser avaliadas as tensões neste ponto da estrutura; .Utilizando o método da fadiga determinística, avaliar o dano correspondente a estas variações de tensão para cada um destes estados de mar. - Somar os danos causados pelas variações de tensão, o qual deve considerar o percentual de ocorrência de cada estado de mar, e calcular finalmente a vida à fadiga. ¾ Apresentação do Cálculo Descreveremos um sumário da modelação, carregamentos e os parâmetros utilizados para a análise, onde uma análise quase-estática foi elaborada de forma a obter as tensões nominais. Um modelo tri-dimensional foi elaborado através de um programa de elementos finitos (SESAM-DnV: Patran-Pre para a modelação e o Framework para a análise da estrutura) utilizando todos os elementos como elementos de barra, exceto a parte do piso do heliponto, que foi modelado em elemento de placa. O modelo foi confeccionado utilizando os dimensionais e afastamentos dos elementos em “mm” e as cargas em “N”. As tensões serão apresentadas em “MPa”. De acordo com as normas foram considerados quatro diferentes situações de análise, a saber: - Análise Estática – peso próprio da estrutura + carga distribuída sobre o piso e sobre as estações de combate à incêndio ; - Análise Quase-Estática (Condição de pouso) – peso próprio da estrutura + acelerações + vento atuante + carga de pouso do helicóptero; - Análise Quase-Estática (Condição pousado) – peso próprio da estrutura + acelerações + vento atuante + carga do helicóptero; - Análise Quase-Estática (Condição de colisão de emergência) – peso próprio da estrutura + acelerações + vento atuante + carga de impacto do helicóptero em queda. Nas últimas três situações, o posicionamento da carga do helicóptero foi realizado em 30 8 / 15 posições distintas sobre o piso, simulando várias das possibilidades de pouso que poderão ocorrer. A distribuição das cargas de vento seguiu a seguinte formulação [11]: (6) • P = pressão de vento ( N/m2); • Vk = velocidade do vento; • f = 0,611; • Ch = coeficiente de altura; • Cs = coeficiente de forma; Figura 5 – Modelo Global do Heliponto Os valores apresentados na tabela abaixo são as máximas acelerações encontradas, através de uma envoltória, para as diversas condições ambientais (onda, vento e corrente) que deverão ocorrer no local de instalação da unidade. Na combinação de carregamentos foram utilizadas as acelerações do calado de operação. Para o método de cálculo adotado ( LFRD ), foram adotados os seguintes valores, a saber: - Carga permanente (massa da estrutura) – fator de multiplicação igual a 1,3; - Carga variável (carga do helicóptero pousando) – fator de multiplicação igual a 1,3; - Carga ambiental (vento atuando) – fator de multiplicação igual a 0,7. ¾ Verificação à fadiga Várias considerações devem ser adotadas para esta verificação, contudo, como o objetivo deste trabalho é o de apresentar a metodologia de cálculo, diversas simplificações foram assumidas explicitadas a seguir: - Considerado a ocorrência de apenas um estado de mar; - Simplificação da análise das tensões. Para esta análise foram considerados os seguintes carregamentos de vento em conjunto com as acelerações, a saber: Figura 6 – Tabela de Acelerações e Inclinação máxima da Unidade. Para a condição de operação irrestrita, conforme as normas, a carga de vento estabelecida é de 36,0m/s [10]. Os valores de referência para Bacia de Campos, de acordo com estudos da Petrobrás, para 10 metros acima da linha d’agua e com duração de 10 minutos são: Figura 7 – Dados medidos na Bacia de Campos no período de 10/1986 até 05/2003 - Condição 1 - vento no sentido transversal, vento no piso do heliponto devido a “roll” e acelerações no sentido transversal da embarcação; - Condição 2 - vento no sentido longitudinal (positivo), vento no piso do heliponto devido a “pitch” e acelerações no sentido longitudinal da embarcação; - Condição 3 - vento no sentido longitudinal (negativo), vento no piso do heliponto “pitch” e acelerações no sentido longitudinal da embarcação; Como a estrutura se mostra simétrica no sentido transversal, somente uma condição de carregamentos combinados foi considerada neste sentido. Após a realização dos carregamentos, foi gerada uma envoltória de 9 / 15 resultados de tensões, onde somente os pontos máximos serão estudados. Para a execução do estudo à fadiga foram escolhidos dois pontos, os quais se mostram mais comuns dentro da estrutura: - Junta cruciforme – união de vigas com soldas de topo nos flanges; - Junta com chapa “gusset”. ¾ Verificação para uma Junta Cruciforme Utilizaremos o processo de análise de fadiga simplificada, de acordo com a norma do DnV [3], e como parâmetro inicial o projeto de vida útil da estrutura deverá ser de 25 anos. Abaixo apresentamos um “plot” da estrutura, onde poderemos observar o elemento 53, que será alvo de nosso estudo. Figura 10 – Representação dos pontos de tensão fornecidos pelo programa. O fator de projeto da vida à fadiga (DFF) pode ser obtido através da tabela A1 [9] como sendo: DFF = 2,0 (estrutura externa não acessível à inspeção e reparo em condições satisfatórias) Parâmetro de Weibull [10] Onde: ( L ) é o comprimento da unidade = 322,0m h0 = 0,855 Será adotado o valor de 0,9. Figura 9 – Plot da estrutura com o elemento 53 Os elementos 53, 47 e 48, possuem as seguintes dimensões: • Cálculo do SCF Para o cálculo do SCF de uma junta cruciforme utilizaremos a formulação do Dnv [7]: Como output do programa, apresentamos a seguir o resultado da tensão nominal para o elemento 53, que é dado pela soma: SigNor = tensão axial (SigXX) + tensão flexão no plano YX (SigBYX) + tensão flexão no plano ZX (SigBZX) O programa fornece as tensões em vários pontos do elemento de viga. Neste caso, como o objeto de estudo é a ligação entre flanges, o ponto nº 11 será verificado por apresentar o maior valor de tensão. Figura 11 – Detalhe esquemático de junta cruciforme / metodologia de verificação do SCF ( 7 ) • δ = excentricidade total ( mm m ); • δ0 = 0,3 t (excentricidade inerente a curva); • t = espessura da chapa considerada; • l = comprimento da chapa considerada. 10 / 15 Adotaremos a Curva W1, pois é a que melhor atende ao estudo. Ela é utilizada nas ligações entre flanges de perfis (I ou H). [7] Figura 13 – Tabela de resultado da vida à fadiga ¾ Figura 12 – Modelo de junta adotado • Cálculo do Dano (D) Para o cálculo do dano à fadiga utilizaremos a formulação do Dnv [7]: Verificação para uma Junta com chapa “gusset” Utilizaremos o processo de análise de fadiga simplificada semelhante ao utilizado na verificação da viga cruciforme. Abaixo apresentamos um plot da estrutura, onde poderemos observar o elemento 1290, que será alvo de nosso estudo. (7) Onde: • n0 = expectativa do nº de ciclos de trabalho; • h = parâmetro de Weibull adotado; • q = parâmetro de Weibull definido pelo nível de tensão (Δσ0); • Γ(1+m/h) = função gama; n(ν 0 .Τd ) = = n 0 dias × n 0 horas x 3600 s período x 25anos = 365 x 24 x3600 s x 25anos = 1,314 x10 8 ciclos 6s Figura 14 – Plot da estrutura - ligação do elemento1290 O elemento 1290 é um perfil tubular conectado na sua parte superior a um perfil (I) através de uma chapa “gusset”. O período adotado de 6,0 segundos refere-se ao período mínimo de onda. n0 = 1,314 x108 x 4 = 5,256 x108 ciclos Δσ 0 = 5,716 x107 x 2 / 106 = 114,32 MPa D ≤ η ⇒ D ≤ 1 / DFF ⇒ 0,2109 ≤ 0,5 Figura 15 – Representação da estrutura 11 / 15 Como output do programa, apresentamos a seguir o resultado da tensão normal para o elemento 1290, que é dada através da seguinte fórmula [13]: (8) O programa fornece ainda as tensões em vários pontos do elemento tubular. Utilizaremos neste caso, o ponto nº 7 por apresentar o maior valor de tensão. Figura 16 – Ilustração do modelo adotado para determinação do SCF Apresentamos a seguir, a descrição dos casos de carregamentos utilizados para esta verificação e os seus respectivos resultados (“plots”): - Caso 1 – Todas as extremidades engastadas exceto o pilar central onde foi aplicada carga de tração axial unitária; - Caso 2 – Todas as extremidades engastadas exceto o pilar lateral onde foi aplicada carga de tração axial unitária; Figura 15 – Representação dos pontos de tensão fornecidos pelo programa O fator de projeto da vida à fadiga (DFF) e o parâmetro de Weibull [10] foram adotados de forma semelhante ao cálculo da junta cruciforme. • Cálculo do SCF Para a obtenção do valor do SCF deste tipo de junta, houve a necessidade da elaboração de um modelo isolado da região, onde foram atribuídas diversas condições de contorno ao modelo e utilizada uma carga de valor unitário em vários dos elementos de forma a detectarmos as variações dos valores de tensão ao redor do ponto de concentração, que neste caso, será a ligação do perfil tubular com a chapa “gusset”. Os valores das tensões de von Mises apresentadas nas figuras estão em MPa. - Caso 3 – Todas as extremidades engastadas exceto o pilar central com carga unitária no sentido transversal do modelo global gerando momento; - Caso 4 – Todas as extremidades engastadas exceto o pilar central com carga unitária no sentido longitudinal do modelo global gerando momento; - Caso 5 – Todas as extremidades engastadas exceto o pilar lateral com carga unitária no sentido transversal do modelo global gerando momento; - Caso 6 – Todas as extremidades engastadas exceto o pilar lateral com carga unitária no sentido longitudinal do modelo global gerando momento. 12 / 15 Figura 17 – Caso 1 - SCF = 1,79 Figura 19 – Caso 3 - SCF = 1,64 Figura 18 – Caso 2 - SCF = 1,67 Figura 20 – Caso 4 - SCF = 1,82 13 / 15 Adotaremos a Curva F, pois é a que melhor atende a ligação de perfil tubular e chapa gusset. Ela é recomendada nas ligações de chapas “gusset” montadas com soldas de filete. [7] Figura 22 – Modelo de junta adotado • Cálculo do Dano (D) Para o cálculo do dano à fadiga utilizaremos a formulação do Dnv [7]. Ver cálculo do dano na verificação da viga cruciforme. Figura 21 – Caso 5 - SCF = 4,08 Figura 23 – Tabela de resultado da vida à fadiga 4 Figura 21 – Caso 6 - SCF = 1,52 Considerações Finais Em virtude da crescente preocupação de diversas entidades e empresas da área petróleo, sejam estas “onshore” ou “offshore”, com a segurança das pessoas e com os danos e prejuízos envolvidas nestas operações, torna-se primordial estudos mais aprofundados nas áreas da engenharia de forma a minimizar estes efeitos. A análise da fadiga em estruturas offshore é um destes casos. Na 14 / 15 graduação dos profissionais de engenharia o tema fadiga é tratado de forma rápida e simplificada. No entanto, na fase profissional torna-se de extrema utilidade o conhecimento e domínio deste assunto, em virtude da sua atual difusão e utilização na determinação de estruturas. Desta forma, procuramos desenvolver e proporcionar ao longo deste trabalho um texto sucinto com informações pontuais sobre a verificação da vida à fadiga em estruturas offshore, mais precisamente em estruturas de heliponto. Através dos estudos apresentados neste trabalho, onde realizamos a determinação da vida à fadiga através do método simplificado, pudemos ter contato com a teoria do desenvolvimento da fadiga e a metodologia a ser aplicada na determinação da vida à fadiga, além das formulações, normas adotadas e a necessidade da escolha adequada das curvas S-N. É importante destacar que este estudo pode ser mais aprofundado, na medida em que se tenha um tempo maior de dedicação ao assunto, pois existem diversas outras técnicas de análise não mencionadas neste trabalho, e que traduzem resultados com maior grau de precisão. [4] ESDEP, European Steel Design Education Programme – Chapter 12 – Basic Introduction to Fatigue; [5] RIVA, IKARO DOS REIS – Análise de Fadiga de Estruturas Metálicas com Ênfase em Offshore, dezembro de 2004; [6] MENDONÇA, SALETE MARTINHO de – COPPE/UFRJ, M.Sc., Engenharia Civil, Tese de Mestrado – Análise Da Estrutura De Suportação De Um Riser Rígido Em Catenária Em Uma Plataforma Semi-Submersível; [Rio de Janeiro] Junho de 2001; [7] DNV – DET NORSKE VERITAS; Fatigue Design of Offshore Steel Structures; Recommended Practice RP-C203; August 2005; [8] DNV – DET NORSKE VERITAS; Helicopter Decks; Offshore Standard OS-E401; March 2001; [9] DNV – DET NORSKE VERITAS; Design of Offshore Steel Structures, General (LFRD Method); Offshore Standard OS-C101; April 2004; [10] DNV – DET NORSKE VERITAS; Fatigue Assessment of Ship Structures, Classification Notes Nº 30.7; February 2003 5 Referências Bibliográficas [1] WILLEMS, EASLEY, ROLFE, “Resistência dos Materiais”, Editora Mc. Graw-Hill, capítulo 14, 1983; [11] ABS – AMERICAN BUREAU OF SHIPPING; Rules for Building and Classing Móbile Offshore Drilling Unit; 2001; [2] MOURA BRANCO, CARLOS AUGUSTO GOMES DE, “Mecânica dos Materiais”, 3ª edição, Serviço de Educação Fundação Calouste Gulbenkian/Lisboa, capítulos 10 e 14, novembro de 1998; [12] ABS – AMERICAN BUREAU OF SHIPPING; Shipbuilding and Repair Standard for Hull Structures During Construction; Julyn1998; [3] MOURA BRANCO, CARLOS AUGUSTO GOMES DE; FERNANDES, ANTÓNIO AUGUSTO; CASTRO, PAULO MANUEL SALGADO TAVARES DE, “Fadiga de Estruturas Soldadas”, edição de Fundação Calouste Gulbenkian, agosto de 1986; [13] API – AMERICAN PETROLEUM INSTITUTE; Recommended Practice for Planning, Designing and Construction Fixed Offshore Platforms – Working Stress Design; API RP 2A-WSD; Twenty-First Edition, December 2000. 15 / 15