www.redevita.com.br www.redevita.com.br Índice Índice Publicação Interna da Rede VITA !NO)8s4RIMESTRE !MELHORPUBLICA¥ÎOPOR MAISUMANOREVISTA6)4!,Ï Capa criação Rodolpho Dantas Aster Awards 2009 Uma Alegria )NESGOTÉVEL Hospital VITA Batel e Hospital do Coração fazem aliança !LÏMDEDIVERTIDOTERUMHOBBY ÏTAMBÏMMUITOSAUDÉVEL 4 5 6 7 8 Opinião • Editorial: “Intangível”, por Francisco Balestrin Negócios em Saúde • “É o fim da crise?”, por Edson Santos Basta uma manhã para fazer Checkup em Volta Redonda Saúde www.redevita.com.br • Conheça a sua enxaqueca • Gravidez tardia é cada vez mais comum • Tratamentos em Proctologia evoluem • Check-up agiliza diagnósticos em Volta Redonda 9 10 12 Artigo Médico • Tratamento cirúrgico do diabetes, por João Caetano Marchesini Ping•Pong • Álvaro Réa expõe os desafios dos Intensivistas Gente • Imagens da Semana de Enfermagem em Curitiba e Volta Redonda, Gincana Qualivita e Programa Risco Zero 14 17 18 19 Capa • Hobbies para todos os gostos Túnel do Tempo • Centenário da descoberta da Doença de Chagas Vida Digital • Netbooks, Google Wave e outras novidades tecnológicas e da Internet Em Rede • Hospital VITA Volta Redonda inova na alimentação • Colaborador Estrela destaca os mais elogiados no VITA Curitiba 20 21 • VITAmail melhora comunicação em Volta Redonda • Novos equipamentos de hemodinâmica ampliam serviços no Hospital VITA Curitiba • Conheça a Sandra Portella, gerente de enfermagem em Volta Redonda • Hospital VITA Curitiba faz parceria com Atlético Paranaense 22 Cida Bandeira • A colunista social que sabe de tudo e conta todas www.redevita.com.br Opinião Opinião Intangível Francisco Balestrin “As duas coisas mais importantes não aparecem no balanço das empresas: a sua reputação e seus homens”. Henry Ford Dentre as principais atenções que os gestores e membros dos Conselhos de Administração das empresas devem ter, a preocupação com os talentos da empresa deve ocupar um grande tempo. A capacidade de atrair e reter talentos em uma organização mostra o seu grau de capacidade de se reproduzir, alcançar seus objetivos institucionais e, sobretudo, sobreviver a crises pela coesão de seus membros. Triste daquela empresa e de seus líderes que, se além de reterem seus colaboradores com bons salários, não conseguirem fazer com que eles se interessem pelo destino da organização ou não queiram compartilhar com a liderança o seu próprio destino. É assim que se constrói a reputação das empresas: com firmeza, liderança, objetivo e propósitos honestos, éticos e tangíveis. Também é assim que se constrói o valor intangível das empresas, ou aquele valor a mais que se paga como prêmio ao comprar um mesmo produto. Não é verdade que entendemos que existem alguns produtos, ditos “de marca”, que compensam seu preço? Assim também somos nós, Hospitais VITA e seus colaboradores. Nosso esforço conjunto (empresa e suas pessoas) é tal, que fazemos por merecer a confiança e o valor que temos no Mercado hospitalar brasileiro. País. Para aqueles que sofrem com uma bela dor de cabeça, peço que atentem para uma matéria sobre enxaqueca. Assim também, caso queiram ter um filho mais tarde, leiam a matéria sobre o tema. Nosso exemplar da Revista VITAL deste trimestre está cheio de novidades. Mais uma vez nossa preocupação em trazer matérias de interesse de todos os públicos de nosso veículo: pacientes, acompanhantes, médicos, funcionários, visitantes, prestadores, fornecedores, operadoras e o público de um modo geral. Vejam que não é tarefa simples dirigir-se a tantas pessoas. Mas, quem diria, fomos mais uma vez reconhecidos como uma das melhores publicações hospitalares internas do mundo pela Aster Awards (vejam nota na Cida Bandeira). Um tema que podemos considerar bem atual: o artigo escrito pelo Dr. João Caetano Marchesini, que nos mostra como determinadas observações em pacientes submetidos a cirurgias bariátricas podem ser utilizadas no tratamento de outro grande mal que ronda a humanidade: a Diabete Melitus, que agora pode ser minimizada através de um procedimento cirúrgico. Apresentamos, desta vez, uma interessante matéria sobre hobbies. Quem não tem um? E descobrimos que temos colecionadores particulares em nossa rede capazes de montar um museu. Também na seção Negócios em Saúde, vamos ver que a crise (mundial) passa de forma pouco agravada em nosso Por último, mas em minha opinião, imperdível, é a entrevista do Dr. Álvaro Rea, atual presidente da AMIB (Associação de Medicina Intensiva Brasileira), que apresenta suas duas grandes tarefas: a preocupação com a formação e a carreira do profissional de Terapia Intensiva e o desenho de um novo modelo de Governança Corporativa que garantirá, certamente, o crescimento e a perenidade desta que é uma belíssima instituição e assim deverá ser preservada. Expediente VITA www.redevita.com.br Presidente: Edson Santos Hospital VITA Batel (41) 3883-8482; [email protected] Vice-Presidente Executivo: Francisco Balestrin Hospital VITA Curitiba (41) 3315-1900; [email protected] Hospital VITA Volta Redonda (24) 2102-0001; [email protected] Maternidade VITA Volta Redonda (24) 3344-3333; [email protected] Grupo VITA (11) 3817-5544; [email protected] www.redevita.com.br Diretor Regional Rio de Janeiro: José Mauro Rezende Diretor Regional Curitiba: José Octávio Leme Diretor de Controladoria e Finanças: Ernesto Fonseca Superintendente Hospital VITA Batel: Maurício Fogaça Superintendente Hospital VITA Curitiba: Carla Soffiatti Superintendente Hospital VITA Volta Redonda e Maternidade VITA Volta Redonda: Deumy Rabelo VITAL é uma publicação interna da Rede VITA. Editor: Francisco Balestrin Conselho Editorial: Ligia Piola, Rodolpho Dantas, Josiane Fontana, Iana Adour e Hajla Haidar. Apoio Volta Redonda: Igor Chiesse Fotos Volta Redonda: Fátima Fonseca Apoio Curitiba: Rafael Martins Fotos Curitiba: Rafael Danielewicz Produção: Headline Publicações e Assessoria (11.3951-4478). Jornalista responsável: João Carlos de Brito Mtb 21.952. Direção de arte: Alex Franco. Revisão: Ligia Piola. Tiragem: 10.000 exemplares. Impressão Gráfica Josemar (11.3865-6308) Email: [email protected]. Correspondência: Av. Pedroso de Moraes 1788 São Paulo SP Cep 05420-002 Negócios em Saúde Negócios em Saúde É o fim da Crise? Edson Santos Quando uma crise econômica termina? No momento em que os principais indicadores mostram que o quadro de recessão foi deixado para trás. De acordo com recente informação da Associação Nacional dos Executivos Financeiros, e essa turma normalmente sabe o que fala, o consumo dos brasileiros deve crescer 100 milhões de reais em 2009, comparado com o ano anterior. Nada mal para um ano que parecia ser o começo do fim do mundo. Esse dinheiro virá da ampliação do crédito, parte dele resultante da queda dos juros oficiais e do aumento da renda dos trabalhadores. Só a oferta de empréstimos para pessoas físicas vai aumentar 54,5 bilhões de reais. Com o aquecimento do mercado interno, a economia deve deixar para trás o cenário de recessão técnica, ou seja, dois trimestres seguidos de queda do PIB. Pela primeira vez na história deste País (tem alguém que adora dizer isso...) a demanda interna vem sendo suficiente para sustentar um fraco, porém quase único no mundo, crescimento do setor industrial. Essa demanda cresceu, entre dezembro de 2008 e maio de 2009, significativos 43,8%, enquanto o indicador de demanda externa (exportações) caiu 1,2%, de acordo com a FGV. Trocando em miúdos, nossa Economia foi forte o bastante para se auto-sustentar, coisa que não ocorreu em quase nenhum outro país. Outros sinais econômicos também são visíveis. A Bolsa de Valores do Estado de São Paulo – BOVESPA, mostra uma recuperação que não é vista em nenhum outro mercado de capital do mundo, tendo crescido mais de 85%, se considerarmos o “fundo do poço” a que chegou no início da crise. Grande parte desse crescimento é em função da maciça entrada de dólares em investimentos especulativos e de investimento direto (pro- dutivo); mas o lado bom é que isso fez com que a moeda brasileira fosse a que mais se valorizou com relação ao dólar nos últimos 4 meses. Foi de 18.1% essa valorização, e só não ocorreu uma queda maior do dólar porque o Banco Central passou a comprá-los para ampliar nossas reservas, que no momento já atingem 205,4 bilhões de dólares, ou seja, o mesmo nível de quando a crise começou. Mas uma crise econômica se mede a­penas pelos indicadores econômicos? Claro que não. O que pode determinar um agravamento ou uma melhora considerável é o humor da população, ou como é corretamente analisada, a expectativa populacional, que mostra como as coisas caminham. Se eu não começasse o artigo falando de Crise, você estaria pensando nela? O bom humor do consumidor mais algumas ações homeopáticas do governo podem fazer a população esquecer a crise e consumir. Esse consumo é a mola mestra da economia. No Brasil, a crise de desconfiança parece superada. A população já acredita que o pior já passou, como revela recente pesquisa do IBGE. Outra constatação é que realmente o Brasil tem sorte (ou será nosso Presidente???). O aumento dos preços dos itens agrícolas conjugado com boas safras faz esse setor ser novamente o “foguete de empuxo” de nossas exportações. Um pequeno exemplo disso é o açúcar. Em abril de 2009, se exportou 113% a mais do que em abril de 2008. Muitos navios partiram com destino a Índia, que pela quebra considerável de sua safra interna passou de exportador para importador. Para finalizar o comentário, o Brasil foi o único país que aumentou a produção e a exportação. Isso num período de crise faz grande diferença. Obviamente que nem tudo são flores e que existem setores industriais e de serviços que ainda estão sofrendo os efeitos negativos, que acabam se desdobrando por toda cadeia econômica envolvida. É o caso da construção civil, que vinha num ritmo alucinante no período de “vacas gordas”, e quase chegou a parar quando começou o período de “vacas magras”. Por consequência, a indústria do aço para construção, cimento, acabamentos e outras, está super estocada e foi obrigada a demitir um volume considerável de sua força de trabalho. O Turismo também sofre nesse período, principalmente aquele ligado ao fluxo de estrangeiros. Como é nossa área, posso garantir que a Saúde Privada sofreu pouco e de maneira diferente, muito mais por expectativas calamitosas criadas pelos “experts” que previam um verdadeiro êxodo de beneficiários de Planos de Saúde para o SUS, por total falta de condição de sustentação dessa despesa (ou investimento?) por parte dos empregadores e pelas demissões em massa que ocorreriam, além daqueles indivíduos que não teriam mais como pagar pelo seu Plano. Muito pouco disso acabou acontecendo, mostrando que o setor está cada vez mais sólido e profissional. Para terminar este artigo, creio que o melhor que posso colocar é um comentário feito por um amigo, cujo bom humor determina quase todas suas colocações. “Crise? Que crise? Minha filha comprou um carro zero km, nós trocamos a geladeira por uma duplex sem IPI, as TVs de LCD continuam caindo de preço e as agências de turismo estão oferecendo pacotes para Europa em 18 vezes sem juros. Que diabo de crise é essa?”. www.redevita.com.br Saúde Saúde Automedicação pode piorar sua enxaqueca O uso indiscriminado de analgésicos pode piorar as dores de cabeça de quem tem enxaqueca. Entenda por quê. A enxaqueca é um tipo de dor de cabeça de efeitos devastadores, e de uma intensidade tão grande que impede que a pessoa mantenha suas atividades normais de trabalho, estudo, vida social e familiar. Naturalmente, o primeiro impulso de quem está sofrendo uma dor de cabeça tão forte, que causa até náuseas, é tomar analgésicos. Os especialistas alertam, entretanto, que o uso de medicamentos sem orientação médica pode piorar a dor e até torná-la crônica. Por isso, se você sofre de enxaqueca, procure um neurologista, que irá orientar sobre como tratar e conviver com o problema. A enxaqueca, que os médicos preferem chamar de cefaleia (nome científico para qualquer dor de cabeça) migrânea, é um dos mais de 100 tipos de dores de cabeça identificados pela Medicina. Aproximadamente 12% da população sofre de enxaqueca e 75% das “vítimas” da enfermidade são mulheres. Carla Jevoux, médica neurologista especialista em cefaleia, do Hospital VITA Volta Redonda, defendeu uma tese de mestrado sobre como o uso excessivo de analgésicos pode tornar crônica uma enxaqueca. “Quanto mais medicamentos o paciente toma, mais seu corpo cria receptores para dor. É como se fossem abertas novas ‘janelas’ para o sofrimento”, explica Carla. Controlando as Crises Primeiro, a má notícia: a enxaqueca é uma dor primária. Is­ so significa que a causa da enxaqueca... é a própria enxaqueca. Não se trata de uma dor de cabeça causada por outra doença, a qual poderia ser tratada e curada, o que eliminaria a dor de cabeça. Ou seja, quem tem enxaqueca tem de conviver a vida toda com ela. Agora a boa notícia: é possível controlar os fatores que desencadeiam a crise de enxaqueca. A dor só ocorre quando algum fator (alimentação, mudança de temperatura, ruído, stress, etc., e põe etc. nisso) dispara a crise. Esse fator, ou fatores, desencadeante é como um gatilho da enxaqueca, e varia muito de pessoa para pessoa. Assim, quando o paciente entende a sua enxaqueca, pessoal e intransferível, ele passa a evitar os fatores que são os gatilhos das crises e pode evitar as terríveis dores de cabeça. Fácil de dizer, trabalhoso de fazer. Para começar, identificar os gatilhos da enxaqueca é um processo demorado que pode levar meses e mostrar-se Minha Vida Com Enxaqueca Fabíola Salles, de Volta Redonda, bancária e bacharel em Direito, conhece bem as agruras de quem conviveu cotidianamente com a enxaqueca. Na sua família várias pessoas padecem com as dores de cabeça crônicas, e no caso dela o problema se agravou muito devido ao stress da vida profissional. “Eu não sabia o que fazer, tomava analgésicos e quanto mais eu tomava, mais a dor piorava”, conta Fabíola. As dores eram tão fortes e prolongadas que a afastaram do trabalho por uma semana. www.redevita.com.br Fabíola procurou tratamento especializado com a médica Carla Jevoux há quatro anos. A primeira providência foi fazer o mapeamento da dor, ou seja, identificar em que dias e horários as dores ocorriam, sua intensidade, localização e outros detalhes. Com isso, ela foi percebendo as características de sua migrânea: choques térmicos, sono ruim, e até sestas após o almoço desencadeiam as dores. Segundo ela, foram necessários cerca de seis meses para detectar os “gatilhos” da enxaqueca. Hoje Fabíola tem suas dores de cabeça sob controle. Ela, que chegava a ter 15 crises por mês, hoje tem no máximo duas; entretanto, precisa ser muito disciplinada: “Minha vida melhorou 90%, mas não existe vitória fácil”, diz Fabíola. “Tenho de dormir na hora certa, não como frituras, faço pilates para controlar o stress, procuro ter uma vida bem equilibrada” Carla Jevoux (à esq.) e Viviane Flumignan Zétola um verdadeiro mistério. Os suspeitos habituais são: alimentos gordurosos, corantes amarelos (dos queijos), mudanças hormonais, mudanças de temperatura, stress e outros. Viviane Flumignan Zétola, médica neurologista coordenadora do serviço de Neurologia dos hospitais VITA Batel e VITA Curitiba, lembra o caso de um adolescente que sofria de migrânea, mas não se conseguia identificar o “gatilho” da sua dor de cabeça. “O que se sabia é que quando ia ao MacDonald’s ele tinha dores”, conta Viviane; “mas nem queijo, nem carne, nem batatas fritas eram a causa da crise. Até que um dia conseguimos perceber que o problema era o catchup”. Depois disso, o garoto pode continuar comendo seus hambúrgueres e cachorros-quentes, mas sem catchup. De acordo com Viviane, mesmo quando o paciente não tem mais dor, não se diz que ele está curado, mas que controlou a migrânea, porque a qualquer momento ela pode retornar, pelos mesmos ou por outros fatores desencadeantes. A maioria dos tratamentos de enxaqueca leva de 9 meses a dois anos. Controlando os fatores desencadeantes e utilizando os remédios certos nos momentos certos, as crises tornam-se esparsas. Considera-se que o paciente controlou sua enxaqueca quando ele tem menos de três crises por mês. Infelizmente, ainda persiste um mito bastante comum de que a enxaqueca não tem cura. Isso muitas vezes leva os pacientes a se automedicarem com analgésicos, o que é simplesmente a pior coisa a se fazer. Com o tempo, o efeito dos analgésicos vai diminuindo e o paciente passa a aumentar a dose e também a experimentar outros tipos. Essa atitude tende a tornar a dor crônica e o tratamento mais difícil. Não caia nessa armadilha. A enxaqueca de fato não tem cura, mas pode ser controlada e deixar você em paz pelo resto da vida. Para isso, busque o auxílio de um neurologista. Saúde Saúde Mamãe Mais Tarde As mulheres estão adiando cada vez mais a primeira gestação, o que eleva os riscos durante a gravidez. Mas felizmente a Medicina está preparada para ajudá-las As mudanças no estilo de vida têm levado muitas mulheres a adiarem a chegada do primeiro filho. Elas formam um grupo chamado pelos médicos de “primigestas idosas”, ou seja, mulheres que têm a primeira gestação após os 35 anos. Para o médico Guilherme Benincasa da Rocha, ginecologista e obstetra da Maternidade VITA Volta Redonda, essa decisão de adiar a primeira gestação é causada principalmente pela dedicação à carreira profissional e aos estudos. Felizmente, hoje a gama de diagnósticos que ajudam a mulher a controlar os riscos e atravessar a gravidez nessa idade com segurança é bastante grande. “Antigamente, o médico ficava muito preocupado com uma primigesta de 35 ou 36 anos”, diz Benincasa; “mas hoje é algo corriqueiro, sem grandes problemas”. Segundo ele, a evolução dos exames pré-natais trouxe muito mais segurança para a mulher e permite um controle preciso da gestação, com informações sobre diversos aspectos da saúde da mãe e da criança. No caso das mulheres com mais de 35 anos, os exames pré-natais são mais frequentes; e no final da gestação o contato com o médico é pelo menos semanal e às vezes até diário. “Com a evolução da medicina, em breve vamos considerar uma gravidez tardia a de mulheres com 40 anos ou mais”, diz Benincasa. Se considerarmos os aspectos de desenvolvimento e amadurecimento do corpo da mulher, o período mais adequado para a primeira gestação é dos 23 aos 35 anos, apontam os especialistas. Isso não quer dizer que uma mulher acima dessa idade terá problemas na gestação. Segundo Benincasa, atualmente ape- Guilherme Benincasa da Rocha nas 15% das prima (seis a sete meses de gestação), líquido migestas idosas têm algum tipo de problema, e amniótico diminuído, placenta amadurecida a grande maioria delas consegue controlá-los precocemente e até aborto espontâneo. com o apoio de seus médicos. Riscos Maiores Problemas na gravidez não acontecem apenas com as gestantes idosas. Para Benincasa, o que as mães tardias precisam ter claro é que o risco para elas é mais elevado do que para as mães jovens, e por isso é preciso fazer um acompanhamento e uma prevenção ainda mais cuidadosos. “Consideramos uma gravidez de risco quando a mãe tem até 16 anos ou mais de 35”, explica Benincasa; “mas se não é o primeiro filho, o risco diminui consideravelmente”. A primigesta idosa tem maiores chances de desenvolver diversos tipos de problemas, como circulatórios, cardíacos, renais, diabetes gestacional, ganho excessivo de peso e varizes. A gestação também pode ser mais complicada, com problemas como prematuridade extre- Cuidando dos Prematuros Luiz Alberto Adelino da Silva Um dos principais fatores que trazem tranquilidade para a mãe tardia é saber que, mesmo que tenha um parto antes dos nove meses, a medicina hoje está muito mais preparada para cuidar dos bebês prematuros. “Quando comecei a trabalhar, há 25 anos, era quase certo que um bebê de 27 semanas (seis meses) não iria sobreviver”, conta o médico Luiz Alberto Adelino da Silva, coordenador médico da UTI Neo-natal e Pediátrica da Maternidade VITA Volta Redonda. “Ao passo que hoje ele tem uma chance de 80% de sobrevivência e com qualidade de vida”. Segundo Silva, uma gestação de 7 meses atualmente é quase trivial, com taxas de sobrevivência de praticamente 100%. “São crianças que nascem com peso por volta de 1,2 quilo”, diz Silva; “mas já tivemos até um bebê de seis meses com 500 gramas, que sobreviveu”. A UTI da Maternidade VITA Volta Redonda tem 16 berços e está preparada para atender os bebês com todos os exames laboratoriais e de imagem necessários para sua saúde, e uma equipe médica especializada para tratar e acompanhar o desenvolvimento dessas crianças. Os riscos para a criança também são maiores. “Ao nascer, a mulher já traz todos os óvulos de sua vida fértil, de modo que aos 35 anos, esses óvulos já têm essa idade”, diz Benincasa. Problemas cromossômicos, como síndrome de down e outros, são mais comuns entre as mães idosas. A incidência de crianças com problemas cardiológicos também é maior. Mães jovens também podem enfrentar esses mesmos problemas. Mas para as idosas o risco é mais elevado. “Nós expomos todas essas informações, para que as mulheres nessa faixa etária avaliem se desejam correr esses riscos”, diz Benincasa. “E quatro, em cada cinco, decidem se tornar mães”. Benincasa só lamenta que tantas dessas mulheres sejam fumantes. “O cigarro é um veneno para qualquer gravidez, e principalmente a tardia”, diz Benincasa. “A fumante corre o triplo dos riscos de uma não fumante”. Segundo ele, o tabaco é um grande complicador da circulação materno-fetal, o que ocasiona o nascimento de crianças de baixo peso, pouco líquido dentro da bolsa amniótica para proteger o bebê, e, portanto, maior sofrimento para o feto. A placenta também fica madura antecipadamente, o que pode precipitar o parto. Se você tem 35 anos ou mais e deseja ter o seu primeiro filho, é importante saber que sua gravidez exigirá mais cuidados do que a de uma mulher mais jovem. Mas isso não deve fazê-la descartar o projeto de tornar-se mãe – a grande maioria das gestações nessa idade ocorre sem problemas. Consulte seu médico, e avalie com ele essa decisão. www.redevita.com.br Saúde Saúde Avanços na Cirurgia de Cólon e Reto Cirurgias minimamente invasivas e novas técnicas de anestesia causam menos traumas e permitem recuperação mais rápida As enfermidades do intestino grosso e reto estão entre as que as mais afetam a população. O câncer de intestino grosso é o 4º mais comum, e calcula-se que cerca de 50% a 60% da população com mais de 50 anos sofre de diverticulite, doença caracterizada pela formação e inflamação de pequenas bolsas ao longo do intestino grosso. Além disso, pesquisas mostram que 10% da população americana sofre de hemorróidas, dos quais 5% precisam de intervenção cirúrgica. pida”. Segundo ele, na videolaparoscopia, como é chamado o procedimento, fazemse quatro ou cinco incisões de 5 a 12mm, por onde são inseridos os instrumentos cirúrgicos, câmera de vídeo e iluminação. Valarini utiliza a técnica desde 1995 e calcula que o tempo de recuperação do paciente é, em média, metade do necessário para uma cirurgia convencional. “As complicações pós-operatórias também são muito menos comuns”, acrescenta. As técnicas cirúrgicas para tratamento de câncer de intestino grosso, diverticulite e outras enfermidades evoluíram acentuadamente nos últimos anos, e hoje é possível tratar essas enfermidades com cirurgia minimamente invasiva. “Antigamente, faziam-se cirurgias de campo aberto”, explica o médico Rubens Valarini, coloproctologista do Hospital VITA Curitiba, “ao passo que hoje podemos fazer cirurgias minimamente invasivas, que causam menos trauma e permitem uma recuperação mais rá- Paulo Kotze, proctologista do Hospital VITA Curitiba, está utilizando uma nova técnica de anestesia que torna mais rápida e confortável a recuperação dos pacientes no caso de cirurgias anais. “Essa cirurgia normalmente é feita com anestesia raquidiana, que requer uma internação de 24 horas, costuma causar dores de cabeça e retenção urinária, além de ter custos mais altos”, explica Kotze; “ao passo que estamos utilizando a anestesia venosa, associada a uma anestesia local”. Com isso, o Poupe Tempo com um Check-up Executivo Serviço do Hospital VITA Volta Redonda reúne, em uma manhã, um conjunto de exames e consultas que permite cuidar da saúde sem sacrificar a agenda Encaixar todas as consultas e exames necessários para um Check-up completo é uma tarefa difícil para quem tem uma agenda lotada. Pensando nessas pessoas, o Hospital VITA Volta Redonda criou um Check-up Executivo que permite realizar todos os exames e consultas em uma manhã apenas. Segundo Deumy Rabelo, superintendente do Hospital, trata-se de um “programa que oferece diagnóstico precoce, com o objetivo de promover a saúde biopsíquica do paciente”. O Check-up Executivo tem sido procurado por www.redevita.com.br profissionais liberais e executivos de diversos segmentos, geralmente homens e mulheres com 40 anos ou mais, que buscam justamente uma solução para cuidar da saúde sem perder tempo em vários exames e consultas separados. Três dias antes do Checkup Executivo, os clientes recebem em suas residências instruções sobre como devem se preparar, com informações sobre dieta e coleta de amosCleide Oliveira na recepção do Check-up Executivo Rubens Valarini (acima) e Paulo Kotze paciente dorme durante o procedimento, seu tempo de internação é reduzido e ele pode voltar mais rapidamente para casa, nem precisa ficar internado no hospital. O tempo de cirurgia também foi reduzido em aproximadamente 20%. Kotze publicou artigos sobre a técnica em duas revistas científicas, e tem feito cerca de dez cirurgias por semana utilizando-a. “Esses ganhos só são possíveis graças ao apoio dos médicos anestesistas”, comenta Kotze. tras para os exames. Recebem também, uma ficha para preencher, onde relatam seu histórico e atual estado de saúde. O Check-up Executivo é oferecido em um local agradável e humanizado, onde é servido um café da manhã, já que as pessoas geralmente chegam em jejum para coleta das amostras de sangue. Existe, também, um vestiário onde o cliente troca de roupa para realizar o exame ergométrico. Ao longo da manhã, o cliente faz consultas com médicos de Cardiologia, Oftalmologia, Urologia ou Ginecologia, Dermatologia e Clínica Médica. Além disso, também passa por avaliação Psicológica e Nutricional. A bateria de exames inclui ultrassom abdominal total, radiografia de tórax, ecocardiograma, teste ergométrico e oftalmologia. Durante todo o tempo, o paciente é direcionado, para não perder a sequência correta das atividades. Para Cleide Oliveira, coordenadora do programa de Check-up Executivo do Hospital VITA Volta Redonda, o conjunto de consultas e exames reunidos nessa manhã tomaria de duas a três semanas do paciente, se realizados separadamente. Cleide é responsável pelo fechamento de todos os resultados e avaliações obtidos durante o Check-up, e pelo laudo final, com orientações. “O cliente sai daqui já com recomendações para quais especialistas consultar”, diz Cleide. Artigo Médico Artigo Médico Cirurgia como Tratamento de Diabetes João Caetano Marchesini O Diabetes Melito (DM) é uma síndrome de etiologia múltipla, decorrente da falta de insulina e/ou da incapacidade da insulina de exercer adequadamente seus efeitos. Caracteriza-se por hiperglicemia crônica, frequentemente acompanhada de dislipidemia, hipertensão arterial e disfunção endotelial. É a doença endocrinológica mais comum, afetando aproximadamente 10% da população, sendo que o tipo 1 corresponde a cerca de 7,5% da população total de diabéticos. Em 1997, a Organização Mundial de Saúde (OMS) estimava em 143 milhões o número de diabéticos no mundo. A projeção para o ano de 2025 é de que atinja 300 milhões de pessoas, sendo que este aumento deverá ocorrer, em grande parte, nos países em desenvolvimento, principalmente devido ao crescimento e envelhecimento da população, à obesidade e aos fatores dietéticos e sedentarismo. No Brasil, segundo estimativas do Ministério da Saúde, em 1996 existiam, aproximadamente, 5 milhões de diabéticos, 90% dos quais com DM2. Em 2005, estimava-se em torno de 8 milhões o número de diabéticos no Brasil O DM é um problema de importância crescente em saúde pública. Sua incidência e prevalência estão aumentando, alcançando proporções epidêmicas. Está associado a complicações que comprometem a produtividade, a qualidade de vida e a sobrevida dos indivíduos. Além disso, acarreta altos custos para seu controle metabólico e tratamento de suas complicações. O DM tipo 2 é a forma da doença previamente denominada Diabetes Melito, não dependente de insulina ou Diabetes da maturidade. Os pacientes com DM2 geralmente apresentam uma deficiência relativa de insulina e uma resistência periférica à sua ação. Apresenta associação com obesidade e sedentarismo, manifesta-se predominantemente após os 40 anos (mas pode ocorrer em qualquer idade) e uma forte predisposição genética (em torno de 60 a 90% dos gêmeos monozigóticos são concordantes para a doença). Na maioria dos casos o tratamento não requer o uso de insulina; entretanto o seu emprego pode ser necessário para correção da hiperglicemia. O DM tem associação com o desenvolvimento de diversas complicações crônicas nos indivíduos afetados, as quais são, em grande parte, responsáveis pelo aumento da morbimortalidade neste grupo de pacientes. As principais complicações crônicas que ocorrem nestes pacientes são a retinopatia, nefropatia, cardiopatia, neuropatia e doença vascular periférica. Os dados abaixo refletem a grande importância médico-econômico-social do diabetes no contexto da saúde pública: • a retinopatia diabética é a principal causa de cegueira adquirida e perda visual na população; • o DM é uma das principais causas de nefropatia e insuficiência renal na população a qual, no seu estágio terminal, impõe ao paciente a necessidade de diálise ou transplante renal;, e a nefropatia diabética está associada a um aumento de mortalidade em 5 vezes nos pacientes DM tipo 2; • aproximadamente 26% dos pacientes que ingressam em programas de diálise são diabéticos; • DM é a principal causa de amputação de membros inferiores; • pacientes diabéticos representam cerca de 30% dos pacientes que se internam em unidades coronarianas intensivas com dor precordial; • cardiopatia é responsável por aproximadamente 50% dos óbitos em pacientes diabéticos; • mais de 50% dos pacientes desenvolvem algum grau de neuropatia, que pode levar à perda de sensibilidade, lesões nos membros e, em homens, impotência sexual; • diagnóstico primário de DM aparece como a sexta causa mais frequente de internação hospitalar. A natureza crônica, a gravidade de suas complicações e os meios necessários para controlálas tornam o DM uma doença muito onerosa, não apenas para os indivíduos afetados e suas famílias, mas também para o sistema de saúde. Estima-se que os custos dos cuidados de saúde para um indivíduo com DM, nos EUA, sejam duas a três vezes maiores do que para pessoas sem a doença. Em 1997, a Associação Americana de Diabetes estimou em 44 bilhões de dólares os custos diretos do DM, e em 54 bilhões os custos indiretos, totalizando 98 bilhões de dólares. No Brasil, os custos diretos com DM variam entre 2,5 a 15% do orçamento anual da saúde, e foram estimados em aproximadamente 3,9 bilhões de dólares. O tratamento do DM2 inclui as seguintes estratégias: educação; modificações do estilo de vida, que incluem aumento da atividade física e reorganização dos hábitos alimentares; e, se necessário, o uso de medicamentos para o controle glicêmico. Aos pacientes diabéticos obesos que não conseguem um bom controle metabólico com tratamento clínico, pode ser indicada a cirurgia bariátrica que, comprovadamente, leva a uma melhora acentuada nos níveis glicêmicos. Tendo em vista os resultados positivos das cirur- gias bariátricas no controle glicêmico, recentemente têm sido propostas modificações nestas técnicas cirúrgicas que permitam limitar o seu efeito sobre a perda de peso e, assim, possibilitar a sua indicação para o tratamento de pacientes com DM2 não obeso. As cirurgias propostas atualmente se baseiam em dois princípios que foram retirados da cirurgia da obesidade. O primeiro é o princípio do desvio da primeira porção do intestino (duodeno), local onde o alimento tem o primeiro contato com o intestino. Acredita-se que nesta região há a produção de uma substância que impede o bom funcionamento do pâncreas. Esta técnica está sendo estudada no mundo todo, e no Brasil os grandes centros de pesquisa já tem publicado bons resultados com a mesma. A segunda é baseada no princípio de que o alimento deve chegar rapidamente à porção final do intestino. Isto se deve ao fato de se saber que nesta porção do intestino são produzidos e liberados hormônios (GLP-1, PYY, Oxyntomodulina) que são responsáveis pelo estímulo das células pancreáticas (beta) a melhorarem sua produção de insulina, prolongar a vida desta célula e inclusive na sua reprodução. A partir deste mês será iniciado, pela primeira vez no Paraná, um estudo que avança na cura da diabetes tipo 2 por meio de cirurgia. O novo método foi criado por mim, cirurgião do Hospital VITA Batel e Membro Titular da Sociedade Brasileira de Cirurgia Bariátrica e Metabólica. Esta técnica une as duas teorias mais estudadas no mundo para o tratamento da doença que atinge 12% da população brasileira e traz sérias complicações na saúde do indivíduo. A intervenção é feita com um desvio do intestino delgado, o que estimula os hormônios que são secretados na porção final dele e fazem o pâncreas funcionar com mais eficiência e suas células viver mais. A cirurgia é menos complexa que outras que já estão sendo estudadas no mundo e entre as vantagens estão: menor custo, menor tempo de internação e de recuperação do paciente. Por essa inovação a cirurgia da diabetes com esta técnica está sendo motivo de pesquisa na Unioeste, em Cascavel, sob a coordenação do professor e cirurgião Thomaz Tanaka em parceria com endocrinologistas. João Caetano Marchesini é cirurgião do Hospital VITA Batel e Membro Titular da Sociedade Brasileira de Cirurgia Bariátrica e Metabólica. www.redevita.com.br Entrevista Medicina Intensiva Busca Seu Espaço Uma das especialidades que vem ganhando mais destaque nos últimos anos é a dos Intensivistas, médicos preparados para atuar especificamente no ambiente de unidades de tratamento intensivo, as UTIs. Ainda paira sobre as UTIs uma imagem negativa, que os Intensivistas estão conseguindo, pouco a pouco, mudar, tornando-as mais humanizadas e demonstrando que estar em uma UTI é estar sob os cuidados de profissionais preparados para dar o melhor tratamento possível numa situação que exige cuidados intensos e constantes - daí o termo Terapia Intensiva. Para falar sobre a especialidade, entrevistamos Álvaro Réa-Neto, presidente da Associação de Medicina Intensiva Brasileira (AMIB), professor do Departamento de Clínica Médica da Universidade Federal do Paraná e diretor do CEPETI - Centro de Estudos e Pesquisa em Emergências e Terapia Intensiva. Réa-Neto também é chefe de UTI do Hospital VITA Batel. Na entrevista, ele fala sobre como a AMIB está atuando para fortalecer e valorizar a Especialidade, sobre a necessidade de formação de mais Intensivistas e a má distribuição de UTIs no Brasil, entre outros assuntos. A AMIB, órgão representativo oficial dos profissionais de Medicina Intensiva no Brasil, fundada em 1980, é uma entidade sem fins lucrativos que congrega mais de cinco mil sócios. A AMIB investe em estudos científicos, cursos de imersão, promove fóruns e oferece pós-graduação. É a única associação habilitada a conferir aos médicos o título de Especialista em Medicina Intensiva, especialidade reconhecida pelo Conselho Federal de Medicina. VITAL - A AMIB realizou há pouco o Fórum de Defesa do Exercício Profissional - Valorização do Intensivista. Quais são os principais problemas enfrentados pelos Intensivistas hoje? Álvaro Réa-Neto – Atualmente, uma das maiores dificuldades para a Medicina Intensiva no Brasil é a má distribuição das unidades. Há na região Sudeste, por exemplo, quase dez vezes mais leitos de UTI do que no Norte. Tal disparidade afeta os pacientes que estão distantes dos grandes centros e, infelizmente, não têm acesso às unidades de alta complexidade. Além disso, apenas 47% das UTIs do Brasil contam com pelo menos um especialista em Medicina Intensiva. Uma UTI sem profissionais capacitados tende a apresentar gastos maiores e menor resolubilidade, acarretando resultados mais baixos de sobrevida e maior mortalidade. Em contrapartida, vários estudos americanos e 10 www.redevita.com.br europeus indicam, por exemplo, que a UTI com um intensivista titulado tem maior eficiência e segurança, menor tempo de internação dos pacientes, menor mortalidade, menos complicação, pacientes com menos tempo em suporte ventilatório e melhor qualidade de vida pós-alta, voltando mais rápido ao trabalho e com melhor preservação de suas atividades neurológicas. Segundo um levantamento recente da Subcomissão de Estudo e Avaliação das Necessidades de Médicos Especialistas no Brasil, instituída por portaria da Secretaria Superior de Educação/Ministério da Educação (SESU/MEC) e pela Secretaria de Gestão do Trabalho e da Educação na Saúde/Ministério da Saúde (SGTES/MS), a Medicina Intensiva está entre as seis modalidades mais carentes de profissionais no Brasil. O documento apontou ainda desequilíbrios regionais; novas necessidades decorrentes da transição sóciodemográfica/epidemiológica; dificuldades no recrutamento de médicos especialistas; e distribuição inadequada de vagas de Residência Médica no País. De acordo com o estudo da Subcomissão, para se ter uma ideia, na Medicina Intensiva, por região, o Sudeste e o Centro-Oeste apresentam os maiores valores, respectivamente 2,42 e 2,18, de médicos da especialidade para cada grupo de 100 mil habitantes. O Norte e o Nordeste, por outro lado, apresentam até 1 médico por 100 mil habitantes, o Sul, 1,41. Dentro desse cenário, a Associação de Medicina Intensiva Brasileira (AMIB), que faz parte do grupo do estudo da Subcomissão, tem como uma de suas prioridades reverter a situação. Em uma reunião recente no Ministério da Saúde, apresentamos uma proposta para o enfrentamento das necessidades apontadas no estudo, como, por exemplo, aumentar e melhorar a formação do médico intensivista e sua fixação no mercado de trabalho. Desenvolvemos uma estratégia baseada em quatro pontos fundamentais: ampliar a formação através da residência médica em Medicina Intensiva oferecendo, além do programa de quatro anos (dois anos de pré-requisito e dois anos na especialidade), um programa de três anos com entrada direta; uma remuneração extra para os residentes de Medicina Intensiva; um financiamento para a reestruturação das UTIs, que hoje são campos de formação, mas estão com seus recursos materiais aquém dos necessários; e uma remuneração para o diarista intensivista dos hospitais públicos, acoplada com um plano de cargos e carreira. Assim, aumentaremos a oferta de profissionais qualificados no mercado, especialmente em regiões mais carentes, oferecendo forma digna de fixação desse profissional como médico na especialidade. VITAL – A taxa de burnout (esgotamento) é elevada na especialidade? De que forma seria possível reduzi-la? ARN - Atualmente, há indícios de que a ocorrência do burnout se deve a fatores tanto individuais como, principalmente, do ambiente de trabalho. Existem classicamente seis fatores identificados como fundamentais nesse processo: alta carga de trabalho; baixo controle sobre o trabalho; baixo reconhecimento; baixo apoio social; falta de harmonia entre os valores ético-morais do indivíduo e os da instituição; e sentimento de injustiça no trabalho pelo indivíduo. Como há poucos estudos sobre o assunto, é preciso ainda estabelecer o que significa cada um desses tópicos dentro de cada profissão: o que é alta carga de trabalho para um médico? E, dentro da Medicina, o que é alta carga de trabalho para um cirurgião geral? E para um intensivista? VITAL – A especialidade de Intensivista enfrenta problemas de reconhecimento oficial? Certificados provisórios são apresentados como sendo da especialidade? ARN - A medicina intensiva é uma especialidade relativamente recente, que começou no Brasil na década de 1960. Nos últimos anos, houve um “boom” de Unidades de Terapia Intensiva. Agora, chegou a hora de qualificarmos o especialista e estimular a obtenção do título para que o reconhecimento seja fortalecido. VITAL – Quem pode fornecer certificado de especialização de intensivista hoje? ARN - Somente a AMIB, em conjunto com a Associação Médica Brasileira (AMB), por meio da prova para obtenção de título de especialista em medicina intensiva, pode conceder o título. VITAL – A AMIB elaborou uma proposta de normas mínimas para definição de UTI (aspectos: área física e instalações, recursos humanos, recursos tecnológicos, apoio hospitalar e humanização/qualidade). Qual é o objetivo da AMIB ao apresentar essa proposta? ARN - O Regulamento Técnico para Funcionamento de Unidades de Terapia Intensiva da AMIB, baseado nas discussões realizadas durante o Fórum de Defesa do Exercício Profissional, promovido pela AMIB, em abril deste ano, tem como principal objetivo estabelecer padrões para o funcionamento das UTIs, objetivando a redução de riscos aos pacientes, aos profissionais e ao meio ambiente. VITAL – Quais as chances de essa proposta se tornar uma norma oficial? ARN - O regulamento é uma recomendação da AMIB e deve ser considerado uma referência para a normatização do funcionamento das UTIs brasileiras, servindo de orientação para os atuantes na Medicina Intensiva e sendo uma poderosa ferramenta de defesa profissional. Em breve, o documento será enviado para a ANVISA e outros órgãos para apreciação, incentivando a realização de ações governamentais. VITAL – Quais os objetivos da Governança Corporativa na AMIB? ARN - Desde o ano passado, a AMIB vem passando por um processo de profissionalização, com o objetivo de deixar a entidade mais moderna, otimizando os processos internos e preparando a entidade para o crescimento. Essa mudança está fortalecendo a AMIB e permitindo que suas principais missões, como formar, especializar e atualizar os intensivistas, sejam realizadas de maneira mais otimizada e eficiente. VITAL – De que forma a Governança Corporativa está sendo implementada? ARN - Esse processo começou com a contratação de um administrador, desde o ano passado, que vem implementando a profissionalização e coordenando as ações que visam a esse objetivo. Outros novos profissionais também foram contratados, ampliando consideravelmente as ações da associação. Todos nossos processos internos estão sendo revistos e reescritos para buscar uma contínua melhora na eficiência. Muito ainda tem que ser feito, mas a resposta dos intensivistas até agora foi muito compensadora, evidenciada pelo grande apoio e incentivo dos sócios e pelo significativo aumento de 4.000 para 5.500 sócios ativos em 14 meses. Só ficaremos satisfeitos se até o final do ano tivermos mais de 6.500 sócios adimplentes, com uma estrutura totalmente profissional consolidada e associação percebida pelo universo de intensivistas brasileiros como útil, eficiente e defensora dos valores mais fundamentais dos pacientes críticos. Fiquem atentos porque a partir do junho lançaremos um projeto de valorização nacional, a Campanha Orgulho de ser Intensivista, que deverá durar mais de quatro meses e terá como foco o público leigo, os pacientes e seus familiares e todos os profissionais de saúde que trabalham em uma Unidade de Terapia Intensiva. Será o maior projeto até agora desta associação e chamará a atenção para a importância das UTIs na Saúde Brasileira, da relevância do bom atendimento do paciente crítico e da importância dos profissionais qualificados. 11 www.redevita.com.br Gente Gente Momentos Incríveis na Semana de Enfermagem de Curitiba Este ano a Semana de Enfermagem do Hospital VITA Curitiba teve cenas de ação, com a simulação de resgate por helicóptero e atendimento a parada cardiorrespiratória, além do ciclo de palestras de atualização e da confraternização da equipe A simulação de atendimento aconteceu no dia 12 de maio, Dia do Enfermeiro, foi seguida de mesa redonda com a participação do enfermeiro Gerson Albuquerque, do SIATE/SAMU de Curitiba, do médico emergencista Felipe Dufloth e da enfermeira Débora Sourient, ambos do Hospital VITA Curitiba. Sepsis – Alberto Chebabo, médico infectologista da Universidade Federal do Rio de Janeiro, deu uma palestra sobre sepsis por gran positivo (infecção generalizada), no Centro de Estudos do Hospital VITA Batel, no dia 7 de maio. O evento teve patrocínio da Novartis. Uma das palestras mais importantes da semana foi dada pela professora Márcia Galan Perroca, mestre e doutora em Enfermagem pela USP, sobre “Mensuração da Carga de Trabalho da Equipe de Enfermagem”. A palestra ocorreu no auditório da PUC-PR, no dia 11/05, e contou com a presença das professoras Marilene Mangini Correia e Ézia Maria Corradi, do curso de Enfermagem da universidade. 12 www.redevita.com.br Nutrição – Ocorreu no dia 7 de maio, no auditório do Hospital VITA Curitiba, a conferência “Impacto da Terapia Nutricional”, dada pelo professor Celso Cukier, mestre em medicina pela USP e especialista em nutrição parenteral e enteral. Semana de Enfermagem de Volta Redonda Homenageia Equipe Durante a Semana de Enfermagem, a Maternidade e o Hospital VITA Volta Redonda homenagearam a categoria expondo na suas recepções banners fotográficos, com dez colaboradores que representaram toda a equipe de técnicos e enfermeiros dos dois hospitais. Entre as atividades da Semana, aconteceram as palestras “Tempo porta-balão com ênfase na assistência de Enfermagem”, “Micobacterises - Situação no Brasil”, “Toxemia Gravídica” e “ A Responsabilidade Civil na Prática da Enfermagem”. O evento foi encerrado com um coquetel comemorativo. Gincana QualiVITA em Volta Redonda Aconteceu entre os dias 18 e 23 de maio a 4ª edição da Gincana QualiVITA. Seis times com representantes de todos os serviços assistiram palestras sobre qualidade, gerenciamento de riscos e melhoria contínua, e depois participaram de uma gincana de perguntas sobre os temas das palestras e também de torneios esportivos. Cerca de 250 pessoas participaram da Gincana QualiVITA, que foi encerrada com uma festa de confraternização. Representantes de cada uma das seis equipes da Gincana QualiVITA Armando da equipe cinza, Pedro da equipe vermelha, e Milson equipe azul exibem os troféus Fernanda Felipe (esq.) e Sandra Portella entregaram os prêmios aos vencedores Programa Risco Zero enfatiza segurança O Hospital e Maternidade VITA Volta Redonda acabam de lançar o programa Risco Zero, que tem o objetivo de promover ações para prevenir, minimizar e eliminar riscos clínicos e não-clínicos. A campanha de lançamento foi sobre lavagem das mãos e contou com a participação de 363 colaboradores. Programa destacou a importância de lavar as mãos Lançamento do programa Risco Zero 13 www.redevita.com.br Capa Capa Cada um com seu Hobby Coleções de selos, moedas, canetas, modelos de aviões, barcos e trens, culinária, pintura e fotografia... Existem passatempos para todos os gostos Hobbies são um pouco mais do que brincadeiras e bem diferentes de jogos. Coleções, modelismo, culinária, leitura, astronomia e pintura podem ser incluídos na categoria, que é bastante flexível. Dependendo do hobby, a atividade pode tomar bastante tempo e dinheiro do aficionado, que os emprega com prazer para acrescentar uma nova peça na sua coleção, aperfeiçoar um avião ou participar de encontros com outros “hobbyistas”. Vários colaboradores do Grupo VITA cultivam hobbies, e dedicam horas a cuidar de seu passatempo predileto. Uma das modalidades mais tradicionais do mundo é a construção de ferrovias em miniatura, com as paisagens, instalações e equipamentos típicos das estações e estradas de ferro. O médico Eduardo Sampaio, gerente médico do Hospital VITA Volta Redonda, é um aficionado pela modalidade desde 1976 e já reuniu cerca de 100 peças, entre vagões e locomotivas, às quais se dedica nas horas vagas. Já a Iana Adour, gerente de marketing do Hospital VITA Volta Redonda, coleciona delicadas miniaturas. São cerca de 150 peças, que ficam expostas em uma cristaleira, com a iluminação que merecem as coisas especiais. “Eu comecei essa coleção há uns 20 anos”, conta Iana. “Estava em férias, viajando, quando vi uma loja que tinha na vitrine algumas peças douradas”. Ela gostou tanto das miniaturas que resolveu fazer uma coleção. No início, eram só peças douradas; mas com o tempo o acervo As miniaturas de Iana Adour já são mais de 150 14 www.redevita.com.br Akihito Urdiales com um de seus aeromodelos acrobáticos foi se diversificando e hoje inclui peças de cristal, porcelana, madeira e gesso. O prazer de Iana com sua coleção é abrir a cristaleira e ficar observando, limpando e organizando as pecinhas. São instrumentos musicais, objetos de cozinha, móveis, sandalinhas, uma bíblia impressa, óculos, vasinhos de limoges, CDs, bichinhos e até um tapetinho persa, onde a sua imaginação flutua. “Essa coleção facilitou muito a vida de amigos que não sabiam com o que me presentear”, brinca Iana, e com isso a coleção não para de crescer. Para ela, a coleção é um divertimento e também um desafio, porque está sempre em busca de miniaturas originais e bonitas para abrilhantar sua vitrine. Piada Colecionável Uma das coleções mais originais que encontramos ao fazer esta reportagem foi a de José Mauro Rezende, diretor regional do Grupo VITA no Rio de Janeiro. Ele coleciona estátuas da dupla O Gordo e o Magro, em vários tamanhos, poses e expressões. “Já são mais de 50 duplas”, diz José Mauro, “e tudo começou com uma brincadeira dos meus filhos, Gabriel e Mariana”. Segundo Rezende, eles viam o pai engordar, depois fazer um regime e emagrecer, depois engordar novamente e por aí vai. Em homenagem ao seu físico “elástico”, decidiram lhe presentear com uma estátua da dupla O Gordo e O Magro, nome como ficou conhecida nos países que falam português a dupla americana Stan Laurel e Oliver Hardy, pioneiros do humor no cinema. A brincadeira pegou, a coleção ganhou corpo e foi crescendo, com presentes dos amigos e aquisições do próprio José Mauro, que começou a comprar estátuas a cada viagem. Há alguns anos, o acervo correu perigo, quando aconteceu um incêndio na residência. As peças foram salvas, mas tiveram que passar por uma verdadeira restauração. Busca da Perfeição Quem vê os pequenos aviões voando, fazendo piruetas, loopings e manobras incríveis, mal desconfia que o maior prazer de quem pratica o aeromodelismo está na construção e preparação desses aeroplanos em miniatura. Akihito Urdiales, cirurgião geral e de trauma do Hospital VITA Batel, está no aeromodelismo há 27 anos e ganhou títulos em diversas categorias. Começou com pequenos planadores e modelos movidos a elástico, e hoje se especializa nas categorias de acrobacia de precisão, com modelos grandes, de motor a explosão, e minúsculos, elétricos. O último campeonato de que participou, em Gaspar (SC), foi com um avião que tem asa com 5 cm de envergadura, pesa apenas 3 gramas (isso mesmo, 3 gramas), e faz um voo completo, com decolagem, manobras e aterrissagem. “Até mesmo um avião a elástico pode voar muito bem, se estiver bem construído”, explica a dois critérios inflexíveis: ser sobre Medicina e ter mais de 65 anos. Segundo Aragão, as peças mais importantes da coleção são os volumes “Lições de Clínica Obstétrica”, de Fernando Magalhães (1922), e o francês “Traité d’Obstétrique”, de Ribemont-Dessaignes, A. & Lepage, G. (1891), ambos presentes do professor Júlio Gomes. Rosa Porque Sim As canetas de Kubrusly têm histórias Akihito. Ele próprio se dedicou à construção de modelos desse tipo, até o ponto de fazer o avião voar e retornar às suas mãos, causando admiração entre seus amigos de escola. Para isso, é preciso acertar itens como peso, incidência da asa, e muitos, muitos outros detalhes. Ao migrar para os aviões a motor, Akihito foi um dos pioneiros na construção de miniaturas, ou seja, aviões radio-controlados com menos de 1m de envergadura. “Eu consegui montar um modelo com 20cm de envergadura, uma fração dos menores aviões da época”, conta. Entre seus vários aviões, existe até um biplano. O Código do Júlio Seria uma coleção ou uma mania? Na dúvida, resolvemos incluir a curiosa fixação da Ana Cláudia Antunes, do Serviço de Atenção ao Médico do Hospital VITA Batel, por qualquer objeto cor-de-rosa, seja uma roupa, um telefone, uma bolsa, tudo. “Desde criança eu adoro rosa”, explica Ana Cláudia, “e quando preciso comprar alguma coisa, procuro nessa cor”. A coleção inclui perfumes, nécessaire, celular, sombrinha, porta-lápis, tesoura, caneta e, naturalmente, roupas, muitas roupas. Se alguma coisa tem o defeito indesculpável de não ser da sua cor preferida, ela dá um jeito e acrescenta um adesivo, um detalhe, um acessório rosa. E tenta fazer com que as filhas, Fabiana, de sete anos, e Letícia, de seis, compartilhem da sua paixão. Mas quando Ana Cláudia tenta vesti-las do seu jeito, elas protestam: “Ah, mãe, rosa de novo...” Ela não se incomoda com o preconceito alheio. “Muita gente acha rosa meio ‘brega’, mas não estou nem aí, me sinto muito bem de rosa”, garante. Ana Cláudia só lamenta que apesar de ter sapatos, esmalte, batom, sombra e tiara cor-de-rosa, tenha certa dificuldade para achar carteiras e chaleiras nesse tom. Origens Caligráficas Segundo o Luiz Fernando Kubrusly, diretor médico do Hospital VITA Batel, seu pai tinha uma verdadeira obsessão em que a letra do filho fosse perfeita, a ponto de colocar o rapaz para estudar com um mestre da arte da caligrafia. “Trabalhava na empresa de meu pai um funcionário chamado Garret, que tinha a responsabilidade de escrever as atas, porque sua letra era realmente primorosa”, conta Kubrusly. “E lá fui eu ter aulas de caligrafia, com livros e cadernos, e então aprendi que só se consegue uma bela letra com uma boa caneta”. O pai de Kubrusly, decidido a fazer o filho escrever bonito a qualquer preço, presenteou-o imediatamente com uma caneta-tinteiro Parker 51, um clássico apreciado por qualquer colecionador. Depois dessa peça inicial, Kubrusly começou a acumular canetas-tinteiro, de alta qualidade. “Eu, que sempre perdia coisas, nunca perdi uma das minhas canetas”, conta. Sua coleção tem cerca de 80 itens, que ficam cuidadosamente guardados em um estojo especial. Quando tem oportunidade, Kubrusly passa algumas horas limpando, polindo e admirando as peças de seu acervo, que tem raridades como uma Aurora e uma Montblanc de prata. Nos últimos anos, a caneta Como um moderno guardião de alfarrábios e códigos secretos, Júlio Aragão, diretor clínico da Maternidade VITA Volta Redonda, coleciona livros antigos de Medicina. A coleção começou quando Aragão entrou na faculdade de Medicina e ganhou do pai os livros que ele próprio havia utilizado quando estudante. “Eram livros antigos e tomei gosto por eles”, diz Aragão. A coleção o acompanha, e hoje ‘reside’ no seu consultório. São 98 livros, garimpados em visitas a sebos e presenteados por professores e amigos. Para entrar na coleção, o livro tem que obedecer A bem-humorada coleção de José Mauro Rezende 15 www.redevita.com.br Capa Capa para que adultos também gostem de brincar e colecionar. “Sem entrar em méritos psicológicos, a gente pode dizer que coleciona coisas às quais se relaciona, de que gosta de cuidar”, diz Cassiana. Para ela, a coleção escolhida está relacionada à história da pessoa e para onde direciona seu afeto. Outro aspecto é sentir-se em uma praTem que ser antigo, senão não entra na coleção de Júlio zerosa competição, para ter a coleção passou a ser considerada uma jóia masculina, mais bonita, o modelo mais perfeito, o acervo e quando vai a um evento, Kubrusly pode mais completo. “Essa aventura de preencher a coescolher entre seus modelos qual a que mais leção, superar a dificuldade de encontrar a peça combina com a ocasião. “Todas funcionam”, que falta é divertida e nos põe em movimento, garante Kubrusly, inclusive a Parker 51. em busca do que nos completa”, diz Cassiana; “é parecido com a nossa própria vida”. Bolas de Golfe E contanto que o amor às coleções não atraTambém na categoria coleções originais está o palhe os outros aspectos da vida, colecionar é acervo de bolas de golfe da marca Ping de Edperfeitamente saudável. Muita gente acha que son Santos, presidente do Grupo VITA. Coleciohobbies são coisas de obsessivos, de gente que nar bolas de golfe da Ping é um hobby popular não tem amigos, mas isso é puro preconceito. entre os jogadores de golfe. Segundo Santos, “Aqueles objetos têm o afeto da pessoa, além a Ping, tradicional fabricante de tacos de do que, trazem beleza, divertimento, cultura e golfe, decidiu em 1976 lançar algumas bolas frequentemente novos relacionamentos”, diz coloridas para condições climáticas adversas, Cassiana. Muitas vezes, são os colecionadores ou seja, neve e gelo, onde uma bola branca que reúnem e mantêm informações históricas é sempre muito difícil de localizar. Fabricou importantes, sobre aviões, ferrovias, carros, etc. alguns milhares de dúzias em combinações Mas naturalmente, não são todos que gostam de vermelho e amarelo, vermelho e laranja, e de hobbies: “Eu própria nunca consegui fazer laranja com amarelo. A novidade fez sucesso uma coleção e me divirto com outras coisas”, e o fabricante lançou mais 12 combinações diz Cassiana. de cores, incentivando os golfistas a darem para seus filhos colecionarem. A fabricação Para Santos, cada coleção tem muito a ver terminou em 1979, o que as tornou raras. com a personalidade do colecionador. “No meu caso, creio ser muito ligado à sensação de A coleção de Edson, uma das mais completas organização e pesquisa”, diz Santos, “e também do mundo, tem 326 bolas de golfe, praticamenao prazer de tentar te um exemplar de cada uma das que a Ping conseguir a melhor fabricou. “Faltam apenas 11 unidades dentre coleção, um instinto as combinações de cores conhecidas”, garante competitivo que a Santos. “As mais raras são a marrom com meu ver faz bem”. mostarda e a rosa com dourado, que já tenho, e a que está mais difícil de achar é a prata “O prazer do aeromocom dourado”. Ele joga golfe há quatro anos, delismo é a busca da e tem um handicap de 14.7, o que significa perfeição, aprimorar que está entre os jogadores médios para bons. o seu avião até que ele dê o máximo que O Prazer dos Hobbies é possível, aí então é hora de passar para A psicóloga Cassiana Atem, da Associação Ser- Ana Cláudia Antunes piá de Curitiba, lida cotidianamente com crianem seu mundo ças e com brincadeiras, e vê diversos motivos cor-de-rosa 16 www.redevita.com.br o próximo”, diz Akihito. Para ele, as habilidades empregadas como cirurgião são as mesmas que utiliza no aeromodelismo, de cortar, colar, unir, sempre buscando fazer o melhor e se aperfeiçoar. “Se você pensar que um sujeito trabalha pesado a semana inteira e no domingo passa duas horas limpando canetas, é um caso pra internar, não é?”, brinca Kubrusly. “Mas faz muito sentido, porque o hobby é uma fuga da rotina, um escape mental, uma possibilidade de se desligar das tensões”. Para ele, quanto mais alguém se aprofunda em um hobby, mais o ama, porque começa a receber recompensas adicionais, como ser conhecido como especialista no assunto, ter sempre uma novidade e construir um círculo de conhecidos na atividade: “Vira um ciclo virtuoso”, resume. Faltam apenas 11 na coleção de Santos Uma das locomotivas de Sampaio Túnel do Tempo Túnel do Tempo 100 Anos da Doença de Chagas Comemora-se este ano o centenário da descoberta da Doença de Chagas, pelo brilhante Carlos Chagas, médico, entomologista e sanitarista que, sozinho, identificou o inseto transmissor, o agente causador e descreveu a própria doença Carlos Justiniano Ribeiro das Chagas nasce em Oliveira (MG), em 1879, e aos quatro anos fica órfão de pai. Durante a infância e juventude, os tios maternos, dois deles advogados e um médico, o incentivam aos estudos, e ele ingressa na Faculdade de Medicina do Rio de Janeiro em 1897. Forma-se em 1903, com uma tese sobre aspectos hematológicos da malária, e dois anos depois colabora na campanha para erradicação da malária em Itatinga (SP), região onde a companhia Docas de Santos construía uma represa. Chagas foi o precursor da teoria de transmissão domiciliar da malária, que aperfeiçoou o combate à enfermidade em todo o mundo. Em 1908, Chagas é convidado por Oswaldo Cruz para a missão que irá marcar sua carreira. Ele é enviado a Lassance, Norte de Minas Gerais, para estabelecer a profilaxia da malária na região. Na época, a doença afetava fortemente os trabalhadores que construíam a estrada de ferro Central do Brasil na região do Rio das Velhas. Ele instala-se na estação ferroviária da pequena cidade e monta seu alojamento e laboratório em um vagão de trem. procura parasitas em seus organismos. Um dos engenheiros da ferrovia chama sua atenção para a presença de um inseto hematófago nas casas de pau-apique, conhecido como barbeiro ou chupança. Chagas examina o inseto e identifica a presença de protozoários, que ele suspeita serem causadores de doenças. Por não contar com todos os recursos necessários para a pesquisa em suas instalações improvisadas, Chagas envia amostras do barbeiro para Oswaldo Cruz, no Rio de Janeiro, e pede que alimente cobaias com os insetos. Um mês depois, Oswaldo Cruz lhe informa a presença de tripanossomos no sangue dos animais. Em 14 de abril de 1909, ele examina o sangue de uma criança de dois anos, identifica o parasita e consegue associá-lo a uma nova doença. Chagas batiza o microorganismo Ao mesmo tempo em que faz a profilaxia da como Tripanossoma Cruzi, em homenagem malária na região, Chagas estuda insetos e a Oswaldo Cruz. Até então, a única doença conhecida causada por um tripanossomo era a doença do sono, transmitida pela mosca tsé-tsé na África. A menina chamava-se Berenice Soares de Moura e viveu até os 74 anos, sem apresentar sintomas graves da doença. Triatoma Infestans, o barbeiro A So­cie­dade Brasileira de Patologia batizou a enfermidade como Doença de Chagas, em homenagem ao seu descobridor. Capa da tese de formatura de Carlos Chagas, sobre impaludismo, em 1903 Um texto de Chagas discorre sobre sua descoberta: “Em vez de ser primeiro conhecida a doença (...) e depois descoberto o respectivo agente etiológico, como tem sido regra em todos os capítulos de patologia infectuosa, aqui, ao contrário, o fator etiológico foi primeiro descoberto e minuciosamente estudado, na sua morfologia e biologia, para depois ser reconhecida a sua ação patogênica no organismo humano e esclarecidas as alterações patológicas por ele determinadas”. Assim foi identificada a enfermidade, primeiro no interior do Brasil, e depois em outros países do continente americano, inclusive Argentina, Venezuela, Paraguai, Bolívia, San Salvador e Panamá. A doença afeta o coração, o cérebro e o intestino, e pode ser fatal se não for tratada; estima-se que ainda hoje morram cerca de 14 mil pessoas por ano em decorrência dela nas Américas. Em 1917, Chagas substitui Oswaldo Cruz na direção do Instituto Oswaldo Cruz, no Rio de Janeiro, e no ano seguinte coordena a campanha de combate à gripe espanhola. Ao longo de sua carreira, obteve o título de professor ‘honoris causa’ pelas universidades de Paris, Lima, Harvard e Bruxelas, de professor honorário da Universidade de São Paulo e de Minas Gerais, entre dezenas de outros títulos e condecorações, nacionais e internacionais. Morreu repentinamente, aos 55 anos. Deixou dois filhos, que seguiram a vocação paterna para a pesquisa, os médicos Evandro Chagas e Carlos Chagas Filho. Fontes: Museu Histórico da Faculdade de Medicina da USP; Revista Terapêutica (jan/fev 1935); Um Pouco da Vida de Carlos Chagas (Otávio de Magalhães - 1941); Miniweb Educação; UOL Educação; Wikipedia; Unicamp 17 www.redevita.com.br Dicas de sites e tecnologia Netbooks Resposta do mercado para quem deseja um computador portátil que realmente caiba na bolsa e no bolso, os netbooks estão vendendo aos milhares. A maior parte dos modelos pesa em torno de 1,2kg e custa entre R$ 800 e R$ 1900. Se a sua necessidade é estar sempre em movimento e com um computador à mão, é uma solução e tanto; mas não é um micro confortável para usar por longo tempo, porque o teclado reduzido dificulta a digitação, e a tela também é pequena, por volta de 10 polegadas. O nome netbook deriva da Internet, porque os pequenos modelos foram pensados para serem usados conectados à rede e utilizarem software online, em vez de instalados neles. Com a popularização, ficou cada vez mais difícil escolher um modelo. Por isso avalie bem antes de comprar. Considere preço, peso, memória, disco rígido, presença de modem sem fio e sistema operacional (Linux ou Windows XP). Não espere velocidade extraordinária, já que normalmente os processadores dos netbooks sacrificam o desempenho para consumir menos energia. Twitter Sucesso extraordinário em questão de meses, o serviço Twitter (www. twitter.com) é uma espécie de microdiário, com o qual você dispara mensagens para amigos que tenham optado ‘seguir você’, como dizem os ‘twitteiros’. Os textos têm no máximo 140 caracteres, o que torna as conversas muito breves, e fez sucesso principalmente entre as pessoas que gostam de saber imediatamente tudo que os amigos estão fazendo ou pensando. Tem gente que até envia e recebe mensagens do Twitter pelo celular. Da Kodak para o YouTube A nova câmera EasyShare M340 da Kodak, de 10,2 megapixels (o que permite ampliações de até 30 x 40cm na resolução máxima), traz zoom óptico de 3x e zoom digital de 5x, recurso de redução de trepidação, detecção de rosto, gravação de vídeo, tudo que o fotógrafo amador deseja. O diferencial para os aficionados pela Internet é que ela tem um modo de captura para o YouTube, que já grava os vídeos no formato certo para o popular site de compartilhamento Software Gratuito e Sem Aborrecimentos Para quem procura software gratuito, mas não quer se arriscar a instalar aplicativos que trazem junto espiões, montes de publicidade e outros incômodos, uma ótima alternativa é o site Nonags (www.nonags.com). Ele tem a característica de listar apenas programas gratuitos (freeware) que não aborrecem o usuário. É um site que está no ar há muitos anos e passou pelo teste de aprovação dos internautas. 18 www.redevita.com.br Jogos em Flash O site JayIsGames (www.jayisgames. com) traz ótimas indicações de jogos em Flash, que você pode curtir de dentro do seu browser, sem ter que instalar - e nem pagar - nada. Não deixe de conferir Grow e Samorost. Também traz links para jogos instaláveis (download). A Nova Onda do Google Em maio o Google apresentou o projeto Google Wave, com o slogan “o email como seria se fosse inventado hoje”. Trata-se de uma ferramenta de comunicação e colaboração, que será lançada ainda este ano. Com o Wave, em vez de ficarmos mandando mensagens para um lado e para outro, é como se estivéssemos escrevendo na mesma folha de papel, onde a conversa vai acontecendo e várias pessoas podem participar simultaneamente. Uma das maiores qualidades do projeto é que será uma plataforma aberta, ou seja, qualquer empresa ou desenvolvedor que desejar poderá participar e criar software para funcionar nele. Em Rede Em Rede Comida Servida Que Nem Lá em Casa Em Volta Redonda, os pacientes da Maternidade e Hospital VITA estão recebendo suas refeições em novas bandejas, de um jeito mais familiar A apresentação do alimento, e não só o sabor, é essencial para tornar uma refeição apetitosa. Por isso, o Hospital e a Maternidade VITA Volta Redonda inovaram a forma de trazer as refeições para seus pacientes, com uma bandeja que parece o prato que quase todo mundo usa em casa. Em vez de trazer várias divisões retangulares, como as bandejas de alimentação tradicionais, o novo modelo tem um prato redondo grande, como os que estamos acostumados a usar, e divisões separadas apenas para o feijão e a salada. O arroz, a guarnição e a carne já vêm no mesmo prato. “A receptividade dos pacientes à nova bandeja foi excelente”, diz Márcia Meneses, diretora da empresa Nutrir, responsável pelas refeições. “Facilita muito para o paciente se alimentar e ele se sente bem mais à vontade”. Segundo Deumy Rabelo, superintendente do Hospital VITA Volta Redonda, há algum tempo se buscava no mercado uma bandeja que obedecesse às normas da alimentação hospitalar, mas que fosse mais parecida com a refeição caseira. “Os pacientes adoraram a novidade e muitos estão até comendo mais”, diz Rabelo. Dedicação que Atrai Estrelas Os colaboradores do HVCT que ganham mais elogios dos pacientes durante o mês são destacados no painel “Colaborador Estrela” Frequentemente, os pacientes do Hospital VITA Curitiba utilizam os formulários da pesquisa de satisfação da Ouvidoria do hospital para fazerem elogios a este ou aquele colaborador, por quem se sentiram especialmente bem atendidos. Esses elogios sempre chegam às mãos das gerências, mas agora ganharam mais visibilidade: o colaborador mais elogiado do mês é homenageado como Colaborador Estrela, uma nova forma de reconhecer trabalho e dedicação dessas pessoas. Segundo a psicóloga Paula Braga, analista de Recursos Humanos do Hospital VITA Curitiba, o programa Colaborador Estrela foi criado em conjunto pela Coordenadoria de Recursos Humanos e pela Ouvidoria como uma forma de mostrar o reconhecimento dos clientes pelo trabalho dessas pessoas. O colaborador escolhido tem sua foto exibida em um painel itinerante, que fica em exposição em diversos locais do hospital, e recebe um cartão de homenagem. Se ele ou ela for escolhido como Colaborador Estrela durante três meses seguidos, ganha um dia de folga. O painel costuma trazer quatro ou cinco Colaboradores Paula Braga, do RH, e Atany Mendes Jr., da Ouvidoria, foram os criadores do programa “Colaborador Estrela” Estrela por mês. “A idéia do programa Colaborador Estrela é reconhecer a dedicação e aperfeiçoar seu trabalho em relação ao atendimento ao cliente”, diz Paula, “e mostrar que a Ouvidoria não recebe apenas reclamações, mas também muitos elogios”. Canal Direto de Comunicação Quando algum colaborador do Hospital VITA Volta Redonda quer mandar uma mensagem diretamente para a diretoria, pode fazer isso através do VITAmail, uma ferramenta de comunicação inaugurada no início do ano. O VITAmail está disponível em qualquer terminal de computador da rede do Hospital, e pode ser acessado sem a necessidade de se identificar. “Em uma reunião da direção, nós percebemos que muitas vezes alguém quer fazer uma reclamação ou sugestão, mas sem intermediários, para não parecer desagradável ou inconveniente; então decidimos criar esse novo canal de comunicação”, diz Deumy Rabelo, superintendente do Hospital. A adesão à ferramenta foi grande: nos três primeiros meses foram recebidas 90 mensagens, com sugestões de atendimento, pedidos pessoais e melhorias no ambiente. O VITAmail vem sendo utilizado constantemente e com responsabilidade por parte dos usuários. A maioria das mensagens contém sugestões, reclamações e pedidos. Cerca de 20% dos usuários do VITAmail se identificam, e os restantes preferem se manter anônimos. “Nós examinamos os pedidos do VITAmail e verificamos o que pode ser feito”, diz Rabelo. “Por exemplo: havia uma queixa relacionada ao café da manhã, e os colaboradores não queriam parecer ingratos reclamando de um benefício. Então utilizaram o VITAmail para se expressar, e nós pudemos atender esse pedido”. O jornal interno do Hospital VITA Volta Redonda informa os resultados do que foi comunicado pelo VITAmail. 19 www.redevita.com.br Em Rede Em Rede VITA Curitiba inaugura serviço de hemodinâmica Os cardiologistas do Hospital contam agora com um equipamento Philips Allura, que permite diagnósticos mais rápidos e precisos Uma das formas mais importantes de se avaliar o desempenho de um hospital no atendimento do cardiológico de emergência é um fator conhecido como “tempo por­ ta / agulha”, ou seja, uma medida do tempo médio que um paciente leva entre chegar ao hospital (por­ ta), ser avaliado, diagnosticado com precisão e, caso Rubens Darwich (esq.), Viviana Lemke e Luiz Lavalle necessário, ser a­­ nestesiado para O Hospital VITA Curitiba acaba de inaugurar um uma cirurgia cardíaca (agulha). “Esse indica­ novo Serviço de Cardiologia Intervencionista, sob dor é excelente no VITA Curitiba”, orgulha-se a coordenação da cardiologista Viviana Guzzo Viviana. Lemke. O Hospital recebeu um moderno equi­ pamento de hemodinâmica Philips Allura, que Imagens 3D oferece aos médicos uma qualidade de imagem e capacidade de diagnóstico inéditas. O serviço, Todos estamos habituados a ver radiografias, aliado à reconhecida qualidade de atendimento imagens onde olhos leigos só conseguem do Hospital VITA Curitiba, traz muito mais saúde e identificar ossos. Um equipamento de hemodi­ tranquilidade à população de Curitiba e região. nâmica, como o Philips Allura, também utiliza raios-x, mas num grau incomparavelmente mais sofisticado. Em primeiro lugar, graças ao uso de Para Viviana, o aspecto mais importante no contrastes, as imagens da hemodinâmica mos­ Hospital VITA Curitiba é a sólida integração tram não apenas os ossos, mas principalmente entre a cardiologia clínica e o pronto atendi­ o sistema circulatório, ou seja, artérias e veias. mento. Isso significa que quando um paciente Além disso, ele não mostra imagens estáticas, chega à emergência, ele é atendido por car­ mas o organismo vivo, em funcionamento. diologistas que identificam, rapidamente, quais Como se não fosse suficiente, ainda é capaz de exames são necessários, e sabem que contam mostrar as informações de forma tridimensional, com o suporte de uma equipe competente e o que permite fazer os exames sob todos os experiente na hemodinâmica, a qual vai lhes ângulos necessários. Tudo isso, com uma dose fornecer as informações e imagens necessá­ de raios-x bastante reduzida. rias para atender o paciente. “As equipes estão muito entrosadas”, diz Viviana, “e a rapidez no Assim, o cardiologista tem nas mãos tudo o atendimento de um infarto agudo do miocár­ que precisa para diagnosticar obstruções nas dio é um fator determinante para o sucesso no artérias, que podem comprometer tecidos. No tratamento”. Ela ressalta, também, a qualidade caso do coração, o “entupimento” das artérias de todos os demais fatores de apoio para a que levam oxigênio até ele pode fazer com que equipe de cardiologistas, como as instalações, parte do tecido morra, ocasionando o infarto. equipamentos, gerenciamento da qualidade, O equipamento de hemodinâmica também é enfermagem e demais profissionais. 20 www.redevita.com.br utilizado no tratamento dos problemas circula­ tórios, como nos procedimentos de colocação de “stents” nas artérias coronarianas e de embolização de aneurismas. A obstrução das artérias costuma ser causada pelo acúmulo de gordura nas suas paredes, doença conhecida como aterosclerose. Mas não é apenas o coração que sofre infartos, pois essas obstruções podem acontecer no cérebro, nos rins, no fígado, no intestino, etc. Problemas circulatórios no cérebro são a es­ pecialidade dos médicos neuroradiologistas; enquanto que tratamento dos demais órgãos do corpo humano está a cargo dos médicos radiologistas intervencionistas. A equipe de hemodinâmica do Hospital VITA Curitiba inclui o neuroradiologista Gelson Koppe, o radiolo­ gista intervencionista Alexander Corvello, os cardiologistas Rubens Darwich, Gerson Lemke e Luiz Lavalle, entre outros profissionais. Uma das principais vantagens do novo equi­ pamento de hemodinâmica é a possibilidade de tratamento de doenças cardiológicas con­ gênitas, que podem ser diagnosticadas até mesmo antes do nascimento do bebê. Os no­ vos recursos permitem que, em pouco tempo após o parto, já se possa fazer um tratamento de cardiologia pediátrica. Também é possível utilizar a hemodinâmica para diagnóstico e tratamento de arritmias cardíacas. O novo equipamento de hemodinâmica é um Philips Allura Em Rede Em Rede Vocação para a Enfermagem Sandra Portella adora seu trabalho, mas não perde oportunidades de ir a shows, viajar e sair com os amigos A gerente de enfermagem Sandra Portella, do Hospital VITA Volta Redonda, está há 11 anos no Hospital e é conhecida por sua competência profissional. Mas os colegas de Sandra sabem que a primeira impressão, de pessoa muito séria, esconde um bom humor e animação que logo se revelam. “Ela é uma companheira de trabalho espetacular e sempre topa sair com a gente”, diz uma amiga. Sandra nasceu em Volta Redonda, estudou Enfermagem em Vassouras, formou-se em 1997 e no ano seguinte conseguiu um emprego no Hospital da CSN, hoje Hospital VITA Volta Redonda, o que era seu maior sonho profissional. Começou como enfermeira, depois foi para o Escritório da Qualidade, quando começaram os preparativos para a conquista do certificado de Acreditação. Hoje ela é gerente de enfermagem, posto em que coordena o trabalho de cerca de 250 enfermeiros e técnicos de enfermagem. “Tenho um grande orgulho de trabalhar no Hospital VITA”, diz Sandra; “é um lugar onde a gente se desenvolve e que só vem melhorando com o passar dos anos”. Para Sandra, a vocação de enfermeira veio desde a infância: Perfil “Eu era muito moleca, brincava Sandra Portella na rua, subia em árvore, volta- Prato preferido: Culinária japonesa Signo: Capricórnio va toda suja pra casa”, conta Mania: Organizar coisas Sandra. “Mas sempre gostei de Qualidade: Sinceridade e bom humor cuidar da saúde das pessoas e, Defeito: Impulsividade mesmo sem ter muita certeza da escolha, optei por Enfermagem e acabei me ao show. Sensacional”, conta Sandra. Seu lazer apaixonando pelo que faço”. Ela é casada com também inclui muitos passeios com o filho, sair o médico Carlos André e eles têm um filho, o com os amigos para um bom chopp e conversar, João Guilherme, que está com três anos. e reunir a família. Ela é filha única e seus pais, Paulo e Rita, moram em Volta Redonda. Seu granSandra gosta muito de música, que ouve semde projeto de férias é fazer uma viagem para o pre, principalmente MPB, e o último show que exterior, de preferência para Portugal. “Sou doida viu foi do Djavan. Mas ela simplesmente adora pra conhecer Lisboa”, afirma. Enquanto não cruza Rolling Stones. “Quando eles vieram ao Rio, da o Atlântico, ela se diverte com viagens de fim de última vez, eu estava grávida e mesmo assim fui semana para o Rio, Angra e Cabo Frio. VITA Curitiba faz parceria com Atlético Paranaense Cinco atletas do time já passaram por procedimentos nas instalações do Hospital desde o início do acordo Com o objetivo de se tornar uma das principais referências em Medicina Esportiva no País, o Clube Atlético Paranaense inaugurou, em março, o Centro de Reabilitação do Atleta Profissional (CECAP). O projeto, desenvolvido pelo diretor médico do Furacão, Edílson Thiele, pretende atender não só jogadores do próprio clube, mas também fazer o tratamento de atletas de outros times. Uma das mais importantes parcerias no CECAP foi com o Hospital VITA Curitiba, onde estão sendo realizadas as cirurgias dos atletas do time. Jackson Baduy, diretor clínico do Hospital (e torcedor do Furacão), explica que este é o retorno de uma parceria antiga e que trará bons resultados, já que ambos partilham a mesma visão: levar segurança e credibilidade ao atleta. “É um cruzamento de imagem de duas instituições fortíssimas. Nós, com qualidade de serviço de saúde; e o Atlético, com a qualidade estrutural desse centro de reabilitação. É uma operação em que todos saem ganhando”, destacou Baduy. Desde o início da parceria, dois atletas do time profissional foram operados no VITA Curitiba, Netinho e Valencia, e três da equipe júnior. Na inauguração do CECAP, o presidente do Conselho Administrativo do Clube, Marcos Malucelli, salientou que a finalidade do Centro é alcançar a excelência dentro de campo e também na recuperação médica. “É importante que haja uma reabilitação rápida do atleta profissional para que quando ele retorne esteja em condições de ser utilizado pela sua equipe”, diz Malucelli. Além disso, o presidente do Conselho Administrativo do Atlético agradeceu o trabalho dos apoiadores e ressaltou que isso só deve engrandecer o time. “Agradecemos a colaboração do VITA Curitiba e esperamos que o Na foto acima, José Octávio Leme (esq.), Carla Soffiatti, e Jackson Baduy. Ao lado, Edilson Thiele, diretor médico do Atlético Paranaense Hospital também tenha um retorno positivo, como nós certamente teremos”, finaliza Malucelli. O evento ainda contou com a presença do vice-governador do Paraná, Orlando Pessutti, do médico da Seleção Brasileira de Futebol, José Luiz Runco, do médico da Seleção Brasileira de Futsal, André Petrineli, do ex-médico do Corinthians e jornalista, Osmar de Oliveira, o médico do Fluminense, Michael Simoni, do presidente da Câmara dos Vereadores de Curitiba, João Cláudio Derosso, da superintendente do Hospital VITA Curitiba, Carla Soffiatti, e do diretor regional do Grupo VITA Paraná, José Octávio Leme. 21 www.redevita.com.br Nossas raízes lusas Os portugueses descobriram o Brasil e também ‘descobriram’ a VITAL antes de nós. Edson Santos, presidente do Grupo VITA, apreciador de bons vinhos e gourmet, foi a Portugal em março e qual não foi sua surpresa ao encontrar na cidade de Távira, às margens do mediterrâneo, as raízes da VITAL. Adrianos, os onipresentes Para qualquer lugar aonde você vá, no Hospital VITA Curitiba, haverá um representante do clã dos Adrianos por perto. Ou o Adriano Carvalho (esq.), ou a Adriana Kraft, ou o Adriano Antunes. Reparou no cachorrinho no bolso do Antunes? Chamase Adriano também. Deumy na FGV Os superintendentes estão supercotados: o Deumy Rabelo, do Hospital VITA Volta Redonda, foi convidado a dar uma palestra no evento Qualihosp – Congresso Internacional de Qualidade em Serviços e Sistemas de Saúde, em abril, na Escola de Administração de Empresas de São Paulo, da Fundação Getúlio Vargas. O tema foi “O Que Mudou na Segurança e Qualidade do Grupo VITA Após a Acreditação ?” Batel tem novo superintendente Maurício Fogaça acaba de chegar do Rio de Janeiro para assumir o cargo de superintendente do Hospital VITA Batel. Ele é formado em Administração Hospitalar, com mestrado em Administração e Negócios, e tem experiência na gestão de planos de saúde e hospitais. 22 www.redevita.com.br VITAL recebe Aster Awards Gold A revista VITAL alcançou, pelo segundo ano seguido, o prêmio internacional Aster Awards Gold na categoria publicação interna de hospitais. Nós, que fazemos a VITAL, ficamos agradecidos, emocionados e insuportavelmente orgulhosos com a conquista. Rônel no cargo certo O Rônel é o mesmo, o netinho é o mesmo, só muda o hospital. Na edição passada, o Rônel Mascarenhas saiu como diretor clínico do Hospital VITA Batel, na nota sobre seu netinho Guilherme. Falha nossa. Esse é o cargo dele, sim, mas no Hospital VITA Volta Redonda. E também omitimos uma letra no nome do pai do Guilherme: seu nome correto é Marco Antônio Máximo Jones. Pergunte à Carla Carla Soffiatti, superintendente do Hospital VITA Curitiba, vem sendo convidada para dar palestras sobre gerenciamento de leitos, de contratos, comunicação institucional e até deu entrevista sobre economia doméstica. Em agosto, será palestrante no Fórum de Gerenciamento Hospitalar, em São Paulo, onde falará sobre processos de qualidade. Desse jeito, daqui a pouco vai dar conselhos para o Barack Obama. 23 www.redevita.com.br 24 www.redevita.com.br