- Hospital VITA

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Índice
Índice
Publicação Interna da Rede VITA
!NO)8sŽ4RIMESTRE
!MELHORPUBLICA¥ÎOPOR
MAISUMANOREVISTA6)4!,Ï
Capa
criação Rodolpho Dantas
Aster Awards 2009
Uma Alegria
)NESGOTÉVEL
Hospital VITA Batel e
Hospital do Coração
fazem aliança
!LÏMDEDIVERTIDOTERUMHOBBY
ÏTAMBÏMMUITOSAUDÉVEL
4
5
6
7
8
Opinião
• Editorial: “Intangível”, por Francisco Balestrin
Negócios em Saúde
• “É o fim da crise?”, por Edson Santos
Basta uma manhã para
fazer Checkup em Volta Redonda
Saúde
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• Conheça a sua enxaqueca
• Gravidez tardia é cada vez mais comum
• Tratamentos em Proctologia evoluem
• Check-up agiliza diagnósticos em Volta Redonda
9
10
12
Artigo Médico
• Tratamento cirúrgico do diabetes, por João Caetano Marchesini
Ping•Pong
• Álvaro Réa expõe os desafios dos Intensivistas
Gente
• Imagens da Semana de Enfermagem em Curitiba e Volta Redonda, Gincana Qualivita e
Programa Risco Zero
14
17
18
19
Capa
• Hobbies para todos os gostos
Túnel do Tempo
• Centenário da descoberta da Doença de Chagas
Vida Digital
• Netbooks, Google Wave e outras novidades tecnológicas e da Internet
Em Rede
• Hospital VITA Volta Redonda inova na alimentação
• Colaborador Estrela destaca os mais elogiados no VITA Curitiba
20
21
• VITAmail melhora comunicação em Volta Redonda
• Novos equipamentos de hemodinâmica ampliam serviços no Hospital VITA Curitiba
• Conheça a Sandra Portella, gerente de enfermagem em Volta Redonda
• Hospital VITA Curitiba faz parceria com Atlético Paranaense
22
Cida Bandeira
• A colunista social que sabe de tudo e conta todas
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Opinião
Opinião
Intangível
Francisco Balestrin
“As duas coisas mais importantes não aparecem no balanço das
empresas: a sua reputação e seus homens”. Henry Ford
Dentre as principais atenções que os gestores
e membros dos Conselhos de Administração
das empresas devem ter, a preocupação
com os talentos da empresa deve ocupar
um grande tempo. A capacidade de atrair e
reter talentos em uma organização mostra
o seu grau de capacidade de se reproduzir,
alcançar seus objetivos institucionais e, sobretudo, sobreviver a crises pela coesão de
seus membros.
Triste daquela empresa e de seus líderes que,
se além de reterem seus colaboradores com
bons salários, não conseguirem fazer com
que eles se interessem pelo destino da organização ou não queiram compartilhar com
a liderança o seu próprio destino. É assim
que se constrói a reputação das empresas:
com firmeza, liderança, objetivo e propósitos
honestos, éticos e tangíveis. Também é assim que se constrói o valor intangível das
empresas, ou aquele valor a mais que se
paga como prêmio ao comprar um mesmo
produto. Não é verdade que entendemos que
existem alguns produtos, ditos “de marca”, que
compensam seu preço?
Assim também somos nós, Hospitais VITA e
seus colaboradores. Nosso esforço conjunto
(empresa e suas pessoas) é tal, que fazemos
por merecer a confiança e o valor que temos
no Mercado hospitalar brasileiro.
País. Para aqueles que sofrem com uma bela
dor de cabeça, peço que atentem para uma
matéria sobre enxaqueca. Assim também,
caso queiram ter um filho mais tarde, leiam a
matéria sobre o tema.
Nosso exemplar da Revista VITAL deste trimestre
está cheio de novidades. Mais uma vez nossa
preocupação em trazer matérias de interesse de
todos os públicos de nosso veículo: pacientes,
acompanhantes, médicos, funcionários, visitantes, prestadores, fornecedores, operadoras e o
público de um modo geral. Vejam que não é
tarefa simples dirigir-se a tantas pessoas. Mas,
quem diria, fomos mais uma vez reconhecidos
como uma das melhores publicações hospitalares internas do mundo pela Aster Awards
(vejam nota na Cida Bandeira).
Um tema que podemos considerar bem atual: o
artigo escrito pelo Dr. João Caetano Marchesini,
que nos mostra como determinadas observações em pacientes submetidos a cirurgias
bariátricas podem ser utilizadas no tratamento
de outro grande mal que ronda a humanidade:
a Diabete Melitus, que agora pode ser minimizada através de um procedimento cirúrgico.
Apresentamos, desta vez, uma interessante
matéria sobre hobbies. Quem não tem um?
E descobrimos que temos colecionadores
particulares em nossa rede capazes de montar um museu. Também na seção Negócios
em Saúde, vamos ver que a crise (mundial)
passa de forma pouco agravada em nosso
Por último, mas em minha opinião, imperdível,
é a entrevista do Dr. Álvaro Rea, atual presidente da AMIB (Associação de Medicina Intensiva
Brasileira), que apresenta suas duas grandes
tarefas: a preocupação com a formação e a
carreira do profissional de Terapia Intensiva
e o desenho de um novo modelo de Governança Corporativa que garantirá, certamente,
o crescimento e a perenidade desta que é
uma belíssima instituição e assim deverá ser
preservada.
Expediente
VITA
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Presidente:
Edson Santos
Hospital VITA Batel
(41) 3883-8482;
[email protected]
Vice-Presidente Executivo:
Francisco Balestrin
Hospital VITA Curitiba
(41) 3315-1900;
[email protected]
Hospital VITA Volta Redonda
(24) 2102-0001;
[email protected]
Maternidade VITA Volta Redonda
(24) 3344-3333;
[email protected]
Grupo VITA
(11) 3817-5544;
[email protected]
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Diretor Regional Rio de Janeiro:
José Mauro Rezende
Diretor Regional Curitiba:
José Octávio Leme
Diretor de Controladoria e Finanças:
Ernesto Fonseca
Superintendente Hospital VITA Batel:
Maurício Fogaça
Superintendente Hospital VITA Curitiba:
Carla Soffiatti
Superintendente Hospital VITA Volta Redonda e
Maternidade VITA Volta Redonda:
Deumy Rabelo
VITAL é uma publicação interna da
Rede VITA.
Editor: Francisco Balestrin
Conselho Editorial: Ligia Piola, Rodolpho
Dantas, Josiane Fontana, Iana Adour e Hajla
Haidar.
Apoio Volta Redonda: Igor Chiesse
Fotos Volta Redonda: Fátima Fonseca
Apoio Curitiba: Rafael Martins
Fotos Curitiba: Rafael Danielewicz
Produção: Headline Publicações e
Assessoria (11.3951-4478).
Jornalista responsável: João Carlos de Brito
Mtb 21.952.
Direção de arte: Alex Franco. Revisão:
Ligia Piola.
Tiragem: 10.000 exemplares. Impressão
Gráfica Josemar (11.3865-6308)
Email: [email protected].
Correspondência: Av. Pedroso de Moraes 1788
São Paulo SP Cep 05420-002
Negócios em Saúde
Negócios
em Saúde
É o fim da Crise?
Edson Santos
Quando uma crise econômica termina? No momento em que os principais indicadores mostram que o
quadro de recessão foi deixado
para trás. De acordo com recente
informação da Associação Nacional dos Executivos Financeiros, e essa turma normalmente
sabe o que fala, o consumo dos brasileiros deve
crescer 100 milhões de
reais em 2009, comparado com o ano anterior.
Nada mal para um ano
que parecia ser o começo
do fim do mundo. Esse dinheiro virá da ampliação do crédito,
parte dele resultante da queda
dos juros oficiais e do aumento da
renda dos trabalhadores. Só a oferta
de empréstimos para pessoas físicas
vai aumentar 54,5 bilhões de reais.
Com o aquecimento do mercado
interno, a economia
deve deixar para
trás o cenário de
recessão técnica,
ou seja, dois trimestres seguidos de queda
do PIB.
Pela primeira vez
na história deste
País (tem alguém que adora dizer isso...) a
demanda interna vem sendo suficiente para
sustentar um fraco, porém quase único no
mundo, crescimento do setor industrial. Essa
demanda cresceu, entre dezembro de 2008 e
maio de 2009, significativos 43,8%, enquanto
o indicador de demanda externa (exportações)
caiu 1,2%, de acordo com a FGV. Trocando em
miúdos, nossa Economia foi forte o bastante
para se auto-sustentar, coisa que não ocorreu
em quase nenhum outro país.
Outros sinais econômicos também são visíveis. A Bolsa de Valores do Estado de São
Paulo – BOVESPA, mostra uma recuperação
que não é vista em nenhum outro mercado
de capital do mundo, tendo crescido mais
de 85%, se considerarmos o “fundo do poço”
a que chegou no início da crise. Grande
parte desse crescimento é em função da
maciça entrada de dólares em investimentos
especulativos e de investimento direto (pro-
dutivo); mas o lado bom é que isso
fez com que a moeda brasileira fosse
a que mais se valorizou com relação
ao dólar nos últimos 4 meses. Foi de
18.1% essa valorização, e só não ocorreu uma queda maior do dólar porque
o Banco Central passou a comprá-los
para ampliar nossas reservas, que
no momento já atingem 205,4
bilhões de dólares, ou
seja, o mesmo nível
de quando a crise
começou.
Mas uma crise econômica se mede
a­penas pelos indicadores econômicos? Claro que não. O
que pode determinar um
agravamento ou uma melhora
considerável é o humor da população, ou
como é corretamente analisada, a expectativa
populacional, que mostra como as coisas
caminham. Se eu não começasse o artigo
falando de Crise, você estaria pensando nela?
O bom humor do consumidor mais algumas
ações homeopáticas do governo podem fazer
a população esquecer a crise e consumir. Esse
consumo é a mola mestra da economia.
No Brasil, a crise de desconfiança parece superada. A população já acredita que o pior já passou,
como revela recente pesquisa do IBGE.
Outra constatação é que realmente o Brasil
tem sorte (ou será nosso Presidente???). O
aumento dos preços dos itens agrícolas
conjugado com boas safras faz esse setor ser
novamente o “foguete de empuxo” de nossas
exportações. Um pequeno exemplo disso é o
açúcar. Em abril de 2009, se exportou 113% a
mais do que em abril de 2008. Muitos navios
partiram com destino a Índia, que pela quebra
considerável de sua safra interna passou de
exportador para importador. Para finalizar o
comentário, o Brasil foi o único país que aumentou a produção e a exportação. Isso num
período de crise faz grande diferença.
Obviamente que nem tudo são flores e que
existem setores industriais e de serviços que
ainda estão sofrendo os efeitos negativos,
que acabam se desdobrando por toda cadeia
econômica envolvida. É o caso da construção
civil, que vinha num ritmo alucinante no
período de “vacas gordas”, e quase chegou a
parar quando começou o período de “vacas
magras”. Por consequência, a indústria do
aço para construção, cimento, acabamentos
e outras, está super estocada e foi obrigada a
demitir um volume considerável de sua força
de trabalho. O Turismo também sofre nesse
período, principalmente aquele ligado ao fluxo
de estrangeiros. Como é nossa área, posso
garantir que a Saúde Privada sofreu pouco e
de maneira diferente, muito mais por expectativas calamitosas criadas pelos “experts” que
previam um verdadeiro êxodo de beneficiários
de Planos de Saúde para o SUS, por total falta
de condição de sustentação dessa despesa (ou
investimento?) por parte dos empregadores e
pelas demissões em massa que ocorreriam,
além daqueles indivíduos que não teriam mais
como pagar pelo seu Plano. Muito pouco disso
acabou acontecendo, mostrando que o setor
está cada vez mais sólido e profissional.
Para terminar este artigo, creio que o melhor
que posso colocar é um comentário feito por
um amigo, cujo bom humor determina quase
todas suas colocações. “Crise? Que crise?
Minha filha comprou um carro zero km, nós
trocamos a geladeira por uma duplex sem IPI,
as TVs de LCD continuam caindo de preço e as
agências de turismo estão oferecendo pacotes
para Europa em 18 vezes sem juros. Que diabo
de crise é essa?”.
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Saúde
Saúde
Automedicação pode
piorar sua enxaqueca
O uso indiscriminado de analgésicos pode
piorar as dores de cabeça de quem tem
enxaqueca. Entenda por quê.
A enxaqueca é um tipo de dor de cabeça de
efeitos devastadores, e de uma intensidade tão
grande que impede que a pessoa mantenha
suas atividades normais de trabalho, estudo,
vida social e familiar. Naturalmente, o primeiro
impulso de quem está sofrendo uma dor de
cabeça tão forte, que causa até náuseas, é tomar
analgésicos. Os especialistas alertam, entretanto,
que o uso de medicamentos sem orientação
médica pode piorar a dor e até torná-la crônica.
Por isso, se você sofre de enxaqueca, procure um
neurologista, que irá orientar sobre como tratar
e conviver com o problema.
A enxaqueca, que os médicos preferem chamar de cefaleia (nome científico para qualquer
dor de cabeça) migrânea, é um dos mais de
100 tipos de dores de cabeça identificados pela
Medicina. Aproximadamente 12% da população sofre de enxaqueca e 75% das “vítimas”
da enfermidade são mulheres. Carla Jevoux,
médica neurologista especialista em cefaleia,
do Hospital VITA Volta Redonda, defendeu uma
tese de mestrado sobre como o uso excessivo
de analgésicos pode tornar crônica uma
enxaqueca. “Quanto mais medicamentos o
paciente toma, mais seu corpo cria receptores
para dor. É como se fossem abertas novas
‘janelas’ para o sofrimento”, explica Carla.
Controlando
as Crises
Primeiro, a má
notícia: a enxaqueca é uma
dor primária. Is­
so significa que
a causa da enxaqueca... é a própria enxaqueca. Não se trata de
uma dor de cabeça causada por outra doença, a
qual poderia ser tratada e curada, o que eliminaria
a dor de cabeça. Ou seja, quem tem enxaqueca
tem de conviver a vida toda com ela.
Agora a boa notícia: é possível controlar os fatores que desencadeiam a crise de enxaqueca. A
dor só ocorre quando algum fator (alimentação,
mudança de temperatura, ruído, stress, etc., e
põe etc. nisso) dispara a crise. Esse fator, ou
fatores, desencadeante é como um gatilho da
enxaqueca, e varia muito de pessoa para pessoa. Assim, quando o paciente entende a sua
enxaqueca, pessoal e intransferível, ele passa a
evitar os fatores que são os gatilhos das crises e
pode evitar as terríveis dores de cabeça.
Fácil de dizer, trabalhoso de fazer. Para começar,
identificar os gatilhos da enxaqueca é um processo demorado que pode levar meses e mostrar-se
Minha Vida Com Enxaqueca
Fabíola Salles,
de Volta
Redonda,
bancária e
bacharel
em Direito,
conhece bem
as agruras
de quem
conviveu cotidianamente com a enxaqueca. Na sua
família várias pessoas padecem com as dores de cabeça
crônicas, e no caso dela o problema se agravou muito
devido ao stress da vida profissional. “Eu não sabia o
que fazer, tomava analgésicos e quanto mais eu tomava,
mais a dor piorava”, conta Fabíola. As dores eram tão
fortes e prolongadas que a afastaram do trabalho por
uma semana.
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Fabíola procurou tratamento especializado com a médica
Carla Jevoux há quatro anos. A primeira providência foi
fazer o mapeamento da dor, ou seja, identificar em que
dias e horários as dores ocorriam, sua intensidade, localização e outros detalhes. Com isso, ela foi percebendo
as características de sua migrânea: choques térmicos,
sono ruim, e até sestas após o almoço desencadeiam
as dores. Segundo ela, foram necessários cerca de seis
meses para detectar os “gatilhos” da enxaqueca.
Hoje Fabíola tem suas dores de cabeça sob controle.
Ela, que chegava a ter 15 crises por mês, hoje tem no
máximo duas; entretanto, precisa ser muito disciplinada:
“Minha vida melhorou 90%, mas não existe vitória fácil”,
diz Fabíola. “Tenho de dormir na hora certa, não como
frituras, faço pilates para controlar o stress, procuro ter
uma vida bem equilibrada”
Carla Jevoux (à
esq.) e Viviane
Flumignan Zétola
um verdadeiro mistério. Os suspeitos habituais
são: alimentos gordurosos, corantes amarelos
(dos queijos), mudanças hormonais, mudanças
de temperatura, stress e outros. Viviane Flumignan Zétola, médica neurologista coordenadora
do serviço de Neurologia dos hospitais VITA Batel
e VITA Curitiba, lembra o caso de um adolescente
que sofria de migrânea, mas não se conseguia
identificar o “gatilho” da sua dor de cabeça. “O
que se sabia é que quando ia ao MacDonald’s
ele tinha dores”, conta Viviane; “mas nem queijo,
nem carne, nem batatas fritas eram a causa da
crise. Até que um dia conseguimos perceber que
o problema era o catchup”. Depois disso, o garoto
pode continuar comendo seus hambúrgueres e
cachorros-quentes, mas sem catchup.
De acordo com Viviane, mesmo quando o paciente
não tem mais dor, não se diz que ele está curado,
mas que controlou a migrânea, porque a qualquer momento ela pode retornar, pelos mesmos
ou por outros fatores desencadeantes. A maioria
dos tratamentos de enxaqueca leva de 9 meses a
dois anos. Controlando os fatores desencadeantes
e utilizando os remédios certos nos momentos
certos, as crises tornam-se esparsas. Considera-se
que o paciente controlou sua enxaqueca quando
ele tem menos de três crises por mês.
Infelizmente, ainda persiste um mito bastante
comum de que a enxaqueca não tem cura.
Isso muitas vezes leva os pacientes a se automedicarem com analgésicos, o que é simplesmente a pior coisa a se fazer. Com o tempo,
o efeito dos analgésicos vai diminuindo e o
paciente passa a aumentar a dose e também a
experimentar outros tipos. Essa atitude tende a
tornar a dor crônica e o tratamento mais difícil.
Não caia nessa armadilha. A enxaqueca de
fato não tem cura, mas pode ser controlada
e deixar você em paz pelo resto da vida. Para
isso, busque o auxílio de um neurologista.
Saúde
Saúde
Mamãe Mais Tarde
As mulheres estão adiando cada vez mais
a primeira gestação, o que eleva os riscos
durante a gravidez. Mas felizmente a
Medicina está preparada para ajudá-las
As mudanças no estilo de vida têm levado
muitas mulheres a adiarem a chegada do
primeiro filho. Elas formam um grupo chamado pelos médicos de “primigestas idosas”, ou
seja, mulheres que têm a primeira gestação
após os 35 anos. Para o médico Guilherme
Benincasa da Rocha, ginecologista e obstetra
da Maternidade VITA Volta Redonda, essa
decisão de adiar a primeira gestação é causada principalmente pela dedicação à carreira
profissional e aos estudos.
Felizmente, hoje a gama de diagnósticos que
ajudam a mulher a controlar os riscos e atravessar a gravidez nessa idade com segurança
é bastante grande. “Antigamente, o médico
ficava muito preocupado com uma primigesta
de 35 ou 36 anos”, diz Benincasa; “mas hoje é
algo corriqueiro, sem grandes problemas”. Segundo ele, a evolução dos exames pré-natais
trouxe muito mais segurança para a mulher e
permite um controle preciso da gestação, com
informações sobre diversos aspectos da saúde
da mãe e da criança. No caso das mulheres
com mais de 35 anos, os exames pré-natais
são mais frequentes; e no final da gestação o
contato com o médico é pelo menos semanal
e às vezes até diário. “Com a evolução da
medicina, em breve vamos considerar uma
gravidez tardia a de mulheres com 40 anos
ou mais”, diz Benincasa.
Se considerarmos os aspectos de desenvolvimento e amadurecimento do corpo da mulher,
o período mais adequado para a primeira
gestação é dos
23 aos 35 anos,
apontam os especialistas. Isso
não quer dizer
que uma mulher
acima dessa idade terá problemas
na gestação. Segundo Benincasa,
atualmente ape- Guilherme Benincasa da Rocha
nas 15% das prima (seis a sete meses de gestação), líquido
migestas idosas têm algum tipo de problema, e
amniótico diminuído, placenta amadurecida
a grande maioria delas consegue controlá-los
precocemente e até aborto espontâneo.
com o apoio de seus médicos.
Riscos Maiores
Problemas na gravidez não acontecem apenas
com as gestantes idosas. Para Benincasa, o que
as mães tardias precisam ter claro é que o risco
para elas é mais elevado do que para as mães
jovens, e por isso é preciso fazer um acompanhamento e uma prevenção ainda mais
cuidadosos. “Consideramos uma gravidez de
risco quando a mãe tem até 16 anos ou mais de
35”, explica Benincasa; “mas se não é o primeiro
filho, o risco diminui consideravelmente”.
A primigesta idosa tem maiores chances de
desenvolver diversos tipos de problemas, como
circulatórios, cardíacos, renais, diabetes gestacional, ganho excessivo de peso e varizes. A
gestação também pode ser mais complicada,
com problemas como prematuridade extre-
Cuidando dos Prematuros
Luiz Alberto
Adelino da Silva
Um dos principais fatores que trazem tranquilidade para a mãe tardia é saber que,
mesmo que tenha um parto antes dos nove meses, a medicina hoje está muito
mais preparada para cuidar dos bebês prematuros. “Quando comecei a trabalhar,
há 25 anos, era quase certo que um bebê de 27 semanas (seis meses) não iria
sobreviver”, conta o médico Luiz Alberto Adelino da Silva, coordenador médico
da UTI Neo-natal e Pediátrica da Maternidade VITA Volta Redonda. “Ao passo
que hoje ele tem uma chance de 80% de sobrevivência e com qualidade de vida”. Segundo Silva, uma gestação de 7 meses atualmente é
quase trivial, com taxas de sobrevivência de praticamente 100%. “São
crianças que nascem com peso por volta de 1,2 quilo”, diz Silva;
“mas já tivemos até um bebê de seis meses com 500 gramas, que
sobreviveu”. A UTI da Maternidade VITA Volta Redonda tem 16
berços e está preparada para atender os bebês com todos
os exames laboratoriais e de imagem necessários para
sua saúde, e uma equipe médica especializada para tratar
e acompanhar o desenvolvimento dessas crianças.
Os riscos para a criança também são maiores.
“Ao nascer, a mulher já traz todos os óvulos
de sua vida fértil, de modo que aos 35 anos,
esses óvulos já têm essa idade”, diz Benincasa.
Problemas cromossômicos, como síndrome
de down e outros, são mais comuns entre as
mães idosas. A incidência de crianças com
problemas cardiológicos também é maior.
Mães jovens também podem enfrentar esses
mesmos problemas. Mas para as idosas o risco
é mais elevado. “Nós expomos todas essas
informações, para que as mulheres nessa
faixa etária avaliem se desejam correr esses
riscos”, diz Benincasa. “E quatro, em cada cinco,
decidem se tornar mães”.
Benincasa só lamenta que tantas dessas mulheres sejam fumantes. “O cigarro é um veneno
para qualquer gravidez, e principalmente a
tardia”, diz Benincasa. “A fumante corre o triplo
dos riscos de uma não fumante”. Segundo
ele, o tabaco é um grande complicador da
circulação materno-fetal, o que ocasiona o
nascimento de crianças de baixo peso, pouco
líquido dentro da bolsa amniótica para proteger o bebê, e, portanto, maior sofrimento para
o feto. A placenta também fica madura antecipadamente, o que pode precipitar o parto.
Se você tem 35 anos ou mais e deseja ter o
seu primeiro filho, é importante saber que sua
gravidez exigirá mais cuidados do que a de
uma mulher mais jovem. Mas isso não deve
fazê-la descartar o projeto de tornar-se mãe
– a grande maioria das gestações nessa idade
ocorre sem problemas. Consulte seu médico,
e avalie com ele essa decisão.
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Saúde
Saúde
Avanços na Cirurgia de Cólon e Reto
Cirurgias minimamente invasivas e novas técnicas de anestesia
causam menos traumas e permitem recuperação mais rápida
As enfermidades do intestino grosso e reto
estão entre as que as mais afetam a população. O câncer de intestino grosso é o 4º mais
comum, e calcula-se que cerca de 50% a 60%
da população com mais de 50 anos sofre de diverticulite, doença caracterizada pela formação
e inflamação de pequenas bolsas ao longo
do intestino grosso. Além disso, pesquisas
mostram que 10% da população americana
sofre de hemorróidas, dos quais 5% precisam
de intervenção cirúrgica.
pida”. Segundo ele, na videolaparoscopia,
como é chamado o procedimento, fazemse quatro ou cinco incisões de 5 a 12mm,
por onde são inseridos os instrumentos
cirúrgicos, câmera de vídeo e iluminação.
Valarini utiliza a técnica desde 1995 e
calcula que o tempo de recuperação do
paciente é, em média, metade do necessário para uma cirurgia convencional. “As
complicações pós-operatórias também
são muito menos comuns”, acrescenta.
As técnicas cirúrgicas para tratamento de
câncer de intestino grosso, diverticulite e outras
enfermidades evoluíram acentuadamente nos
últimos anos, e hoje é possível tratar essas
enfermidades com cirurgia minimamente
invasiva. “Antigamente, faziam-se cirurgias de
campo aberto”, explica o médico Rubens Valarini, coloproctologista do Hospital VITA Curitiba,
“ao passo que hoje podemos fazer cirurgias
minimamente invasivas, que causam menos
trauma e permitem uma recuperação mais rá-
Paulo Kotze, proctologista do Hospital
VITA Curitiba, está utilizando uma nova técnica
de anestesia que torna mais rápida e confortável a recuperação dos pacientes no caso de
cirurgias anais. “Essa cirurgia normalmente é
feita com anestesia raquidiana, que requer
uma internação de 24 horas, costuma causar
dores de cabeça e retenção urinária, além de
ter custos mais altos”, explica Kotze; “ao passo
que estamos utilizando a anestesia venosa,
associada a uma anestesia local”. Com isso, o
Poupe Tempo com um
Check-up Executivo
Serviço do Hospital VITA Volta Redonda reúne, em uma manhã,
um conjunto de exames e consultas que permite cuidar da
saúde sem sacrificar a agenda
Encaixar todas as consultas e exames necessários para um Check-up completo é uma
tarefa difícil para quem tem uma agenda lotada. Pensando nessas
pessoas, o Hospital VITA
Volta Redonda criou um
Check-up Executivo que
permite realizar todos
os exames e consultas
em uma manhã apenas. Segundo Deumy
Rabelo, superintendente do Hospital, trata-se
de um “programa que
oferece diagnóstico precoce, com o objetivo de
promover a saúde biopsíquica do paciente”.
O Check-up Executivo
tem sido procurado por
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profissionais liberais e executivos de diversos
segmentos, geralmente homens e mulheres
com 40 anos ou mais, que buscam justamente uma solução para
cuidar da saúde sem
perder tempo em vários
exames e consultas
separados.
Três dias antes do Checkup Executivo, os clientes
recebem em suas residências instruções sobre
como devem se preparar,
com informações sobre
dieta e coleta de amosCleide Oliveira na
recepção do Check-up
Executivo
Rubens Valarini
(acima) e Paulo
Kotze
paciente dorme durante o procedimento, seu
tempo de internação é reduzido e ele pode voltar mais rapidamente para casa, nem precisa
ficar internado no hospital. O tempo de cirurgia
também foi reduzido em aproximadamente
20%. Kotze publicou artigos sobre a técnica em
duas revistas científicas, e tem feito cerca de
dez cirurgias por semana utilizando-a. “Esses
ganhos só são possíveis graças ao apoio dos
médicos anestesistas”, comenta Kotze.
tras para os exames. Recebem também, uma
ficha para preencher, onde relatam seu histórico
e atual estado de saúde. O Check-up Executivo é
oferecido em um local agradável e humanizado,
onde é servido um café da manhã, já que as
pessoas geralmente chegam em jejum para
coleta das amostras de sangue. Existe, também,
um vestiário onde o cliente troca de roupa para
realizar o exame ergométrico.
Ao longo da manhã, o cliente faz consultas
com médicos de Cardiologia, Oftalmologia,
Urologia ou Ginecologia, Dermatologia e Clínica Médica. Além disso, também passa por
avaliação Psicológica e Nutricional. A bateria
de exames inclui ultrassom abdominal total,
radiografia de tórax, ecocardiograma, teste
ergométrico e oftalmologia. Durante todo o
tempo, o paciente é direcionado, para não
perder a sequência correta das atividades.
Para Cleide Oliveira, coordenadora do programa de Check-up Executivo do Hospital
VITA Volta Redonda, o conjunto de consultas
e exames reunidos nessa manhã tomaria de
duas a três semanas do paciente, se realizados
separadamente. Cleide é responsável pelo
fechamento de todos os resultados e avaliações obtidos durante o Check-up, e pelo laudo
final, com orientações. “O cliente sai daqui já
com recomendações para quais especialistas
consultar”, diz Cleide.
Artigo Médico
Artigo
Médico
Cirurgia como Tratamento de Diabetes
João Caetano Marchesini
O Diabetes Melito (DM) é uma síndrome
de etiologia múltipla, decorrente da falta de
insulina e/ou da incapacidade da insulina
de exercer adequadamente seus efeitos.
Caracteriza-se por hiperglicemia crônica, frequentemente acompanhada de dislipidemia,
hipertensão arterial e disfunção endotelial. É
a doença endocrinológica mais comum, afetando aproximadamente 10% da população,
sendo que o tipo 1 corresponde a cerca de
7,5% da população total de diabéticos.
Em 1997, a Organização Mundial de Saúde
(OMS) estimava em 143 milhões o número de
diabéticos no mundo. A projeção para o ano
de 2025 é de que atinja 300 milhões de pessoas, sendo que este aumento deverá ocorrer,
em grande parte, nos países em desenvolvimento, principalmente devido ao crescimento
e envelhecimento da população, à obesidade
e aos fatores dietéticos e sedentarismo.
No Brasil, segundo estimativas do Ministério
da Saúde, em 1996 existiam, aproximadamente, 5 milhões de diabéticos, 90% dos quais com
DM2. Em 2005, estimava-se em torno de 8
milhões o número de diabéticos no Brasil
O DM é um problema de importância crescente em saúde pública. Sua incidência e
prevalência estão aumentando, alcançando
proporções epidêmicas. Está associado a
complicações que comprometem a produtividade, a qualidade de vida e a sobrevida dos
indivíduos. Além disso, acarreta altos custos
para seu controle metabólico e tratamento de
suas complicações.
O DM tipo 2 é a forma da doença previamente
denominada Diabetes Melito, não dependente
de insulina ou Diabetes da maturidade. Os
pacientes com DM2 geralmente apresentam
uma deficiência relativa de insulina e uma
resistência periférica à sua ação. Apresenta
associação com obesidade e sedentarismo,
manifesta-se predominantemente após os 40
anos (mas pode ocorrer em qualquer idade)
e uma forte predisposição genética (em torno
de 60 a 90% dos gêmeos monozigóticos são
concordantes para a doença). Na maioria
dos casos o tratamento não requer o uso de
insulina; entretanto o seu emprego pode ser
necessário para correção da hiperglicemia.
O DM tem associação com o desenvolvimento de diversas complicações crônicas
nos indivíduos afetados, as quais são, em
grande parte, responsáveis pelo aumento da
morbimortalidade neste grupo de pacientes.
As principais complicações crônicas que
ocorrem nestes pacientes são a retinopatia,
nefropatia, cardiopatia, neuropatia e doença
vascular periférica.
Os dados abaixo refletem a grande importância médico-econômico-social do diabetes no
contexto da saúde pública:
• a retinopatia diabética é a principal causa
de cegueira adquirida e perda visual na
população;
• o DM é uma das principais causas de nefropatia e insuficiência renal na população
a qual, no seu estágio terminal, impõe ao
paciente a necessidade de diálise ou transplante renal;, e a nefropatia diabética está
associada a um aumento de mortalidade
em 5 vezes nos pacientes DM tipo 2;
• aproximadamente 26% dos pacientes
que ingressam em programas de diálise
são diabéticos;
• DM é a principal causa de amputação
de membros inferiores;
• pacientes diabéticos representam cerca
de 30% dos pacientes que se internam
em unidades coronarianas intensivas com
dor precordial;
• cardiopatia é responsável por aproximadamente 50% dos óbitos em pacientes
diabéticos;
• mais de 50% dos pacientes desenvolvem
algum grau de neuropatia, que pode levar
à perda de sensibilidade, lesões nos membros e, em homens, impotência sexual;
• diagnóstico primário de DM aparece
como a sexta causa mais frequente de
internação hospitalar.
A natureza crônica, a gravidade de suas complicações e os meios necessários para controlálas tornam o DM uma doença muito onerosa,
não apenas para os indivíduos afetados e
suas famílias, mas também para o sistema de
saúde. Estima-se que os custos dos cuidados
de saúde para um indivíduo com DM, nos EUA,
sejam duas a três vezes maiores do que para
pessoas sem a doença. Em 1997, a Associação
Americana de Diabetes estimou em 44 bilhões
de dólares os custos diretos do DM, e em 54 bilhões os custos indiretos, totalizando 98 bilhões
de dólares. No Brasil, os custos diretos com DM
variam entre 2,5 a 15% do orçamento anual da
saúde, e foram estimados em aproximadamente
3,9 bilhões de dólares.
O tratamento do DM2 inclui as seguintes estratégias: educação; modificações do estilo de
vida, que incluem aumento da atividade física
e reorganização dos hábitos alimentares; e,
se necessário, o uso de medicamentos para o
controle glicêmico.
Aos pacientes diabéticos obesos que não
conseguem um bom controle metabólico com
tratamento clínico, pode ser indicada a cirurgia
bariátrica que, comprovadamente, leva a uma
melhora acentuada nos níveis glicêmicos.
Tendo em vista os resultados positivos das cirur-
gias bariátricas no
controle glicêmico,
recentemente têm
sido propostas modificações nestas
técnicas cirúrgicas
que permitam limitar o seu efeito sobre a perda de peso
e, assim, possibilitar
a sua indicação
para o tratamento
de pacientes com DM2 não obeso.
As cirurgias propostas atualmente se baseiam
em dois princípios que foram retirados da cirurgia
da obesidade. O primeiro é o princípio do desvio
da primeira porção do intestino (duodeno), local
onde o alimento tem o primeiro contato com
o intestino. Acredita-se que nesta região há a
produção de uma substância que impede o bom
funcionamento do pâncreas. Esta técnica está
sendo estudada no mundo todo, e no Brasil os
grandes centros de pesquisa já tem publicado
bons resultados com a mesma.
A segunda é baseada no princípio de que o
alimento deve chegar rapidamente à porção
final do intestino. Isto se deve ao fato de se saber
que nesta porção do intestino são produzidos
e liberados hormônios (GLP-1, PYY, Oxyntomodulina) que são responsáveis pelo estímulo das
células pancreáticas (beta) a melhorarem sua
produção de insulina, prolongar a vida desta
célula e inclusive na sua reprodução.
A partir deste mês será iniciado, pela primeira
vez no Paraná, um estudo que avança na cura
da diabetes tipo 2 por meio de cirurgia. O novo
método foi criado por mim, cirurgião do Hospital VITA Batel e Membro Titular da Sociedade
Brasileira de Cirurgia Bariátrica e Metabólica.
Esta técnica une as duas teorias mais estudadas no mundo para o tratamento da doença
que atinge 12% da população brasileira e traz
sérias complicações na saúde do indivíduo. A
intervenção é feita com um desvio do intestino
delgado, o que estimula os hormônios que
são secretados na porção final dele e fazem o
pâncreas funcionar com mais eficiência e suas
células viver mais. A cirurgia é menos complexa
que outras que já estão sendo estudadas no
mundo e entre as vantagens estão: menor custo,
menor tempo de internação e de recuperação
do paciente. Por essa inovação a cirurgia da
diabetes com esta técnica está sendo motivo
de pesquisa na Unioeste, em Cascavel, sob a
coordenação do professor e cirurgião Thomaz
Tanaka em parceria com endocrinologistas.
João Caetano Marchesini é cirurgião do Hospital VITA Batel e Membro Titular da Sociedade
Brasileira de Cirurgia Bariátrica e Metabólica.
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Entrevista
Medicina
Intensiva Busca
Seu Espaço
Uma das especialidades que vem ganhando mais destaque nos
últimos anos é a dos Intensivistas, médicos preparados para atuar
especificamente no ambiente de unidades de tratamento intensivo,
as UTIs. Ainda paira sobre as UTIs uma imagem negativa, que os
Intensivistas estão conseguindo, pouco a pouco, mudar, tornando-as
mais humanizadas e demonstrando que estar em uma UTI é estar
sob os cuidados de profissionais preparados para dar o melhor
tratamento possível numa situação que exige cuidados intensos e
constantes - daí o termo Terapia Intensiva.
Para falar sobre a especialidade, entrevistamos Álvaro Réa-Neto,
presidente da Associação de Medicina Intensiva Brasileira (AMIB),
professor do Departamento de Clínica Médica da Universidade
Federal do Paraná e diretor do CEPETI - Centro de Estudos e
Pesquisa em Emergências e Terapia Intensiva. Réa-Neto também
é chefe de UTI do Hospital VITA Batel. Na entrevista, ele fala
sobre como a AMIB está atuando para fortalecer e valorizar
a Especialidade, sobre a necessidade de formação de mais
Intensivistas e a má distribuição de UTIs no Brasil, entre outros
assuntos. A AMIB, órgão representativo oficial dos profissionais de
Medicina Intensiva no Brasil, fundada em 1980, é uma entidade sem
fins lucrativos que congrega mais de cinco mil sócios. A AMIB investe
em estudos científicos, cursos de imersão, promove fóruns e oferece
pós-graduação. É a única associação habilitada a conferir aos
médicos o título de Especialista em Medicina Intensiva, especialidade
reconhecida pelo Conselho Federal de Medicina.
VITAL - A AMIB realizou há pouco o Fórum
de Defesa do Exercício Profissional - Valorização do Intensivista. Quais são os principais
problemas enfrentados pelos Intensivistas
hoje?
Álvaro Réa-Neto – Atualmente, uma das maiores dificuldades para a Medicina Intensiva no
Brasil é a má distribuição das unidades. Há na
região Sudeste, por exemplo, quase dez vezes
mais leitos de UTI do que no Norte. Tal disparidade afeta os pacientes que estão distantes
dos grandes centros e, infelizmente, não têm
acesso às unidades de alta complexidade.
Além disso, apenas 47% das UTIs do Brasil
contam com pelo menos um especialista em
Medicina Intensiva. Uma UTI sem profissionais
capacitados tende a apresentar gastos maiores
e menor resolubilidade, acarretando resultados
mais baixos de sobrevida e maior mortalidade.
Em contrapartida, vários estudos americanos e
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europeus indicam, por exemplo, que a UTI com
um intensivista titulado tem maior eficiência
e segurança, menor tempo de internação
dos pacientes, menor mortalidade, menos
complicação, pacientes com menos tempo em
suporte ventilatório e melhor qualidade de vida
pós-alta, voltando mais rápido ao trabalho e
com melhor preservação de suas atividades
neurológicas.
Segundo um levantamento recente da
Subcomissão de Estudo e Avaliação das
Necessidades de Médicos Especialistas no
Brasil, instituída por portaria da Secretaria
Superior de Educação/Ministério da Educação
(SESU/MEC) e pela Secretaria de Gestão do
Trabalho e da Educação na Saúde/Ministério
da Saúde (SGTES/MS), a Medicina Intensiva
está entre as seis modalidades mais carentes de profissionais no Brasil. O documento
apontou ainda desequilíbrios regionais; novas
necessidades decorrentes da transição sóciodemográfica/epidemiológica; dificuldades no
recrutamento de médicos especialistas; e distribuição inadequada de vagas de Residência
Médica no País.
De acordo com o estudo da Subcomissão, para
se ter uma ideia, na Medicina Intensiva, por
região, o Sudeste e o Centro-Oeste apresentam
os maiores valores, respectivamente 2,42 e
2,18, de médicos da especialidade para cada
grupo de 100 mil habitantes. O Norte e o Nordeste, por outro lado, apresentam até 1 médico
por 100 mil habitantes, o Sul, 1,41.
Dentro desse cenário, a Associação de Medicina Intensiva Brasileira (AMIB), que faz parte do
grupo do estudo da Subcomissão, tem como
uma de suas prioridades reverter a situação.
Em uma reunião recente no Ministério da
Saúde, apresentamos uma proposta para o
enfrentamento das necessidades apontadas
no estudo, como, por exemplo, aumentar e
melhorar a formação do médico intensivista
e sua fixação no mercado de trabalho. Desenvolvemos uma estratégia baseada em quatro
pontos fundamentais: ampliar a formação
através da residência médica em Medicina
Intensiva oferecendo, além do programa de
quatro anos (dois anos de pré-requisito e dois
anos na especialidade), um programa de três
anos com entrada direta; uma remuneração
extra para os residentes de Medicina Intensiva;
um financiamento para a reestruturação das
UTIs, que hoje são campos de formação, mas
estão com seus recursos materiais aquém
dos necessários; e uma remuneração para
o diarista intensivista dos hospitais públicos,
acoplada com um plano de cargos e carreira.
Assim, aumentaremos a oferta de profissionais
qualificados no mercado, especialmente em
regiões mais carentes, oferecendo forma digna
de fixação desse profissional como médico na
especialidade.
VITAL – A taxa de burnout (esgotamento)
é elevada na especialidade? De que forma
seria possível reduzi-la?
ARN - Atualmente, há indícios de que a
ocorrência do burnout se deve a fatores tanto
individuais como, principalmente, do ambiente
de trabalho. Existem classicamente seis fatores
identificados como fundamentais nesse processo: alta carga de trabalho; baixo controle
sobre o trabalho; baixo reconhecimento; baixo
apoio social; falta de harmonia entre os valores
ético-morais do indivíduo e os da instituição;
e sentimento de injustiça no trabalho pelo
indivíduo. Como há poucos estudos sobre o
assunto, é preciso ainda estabelecer o que
significa cada um desses tópicos dentro de
cada profissão: o que é alta carga de trabalho
para um médico? E, dentro da Medicina, o que
é alta carga de trabalho para um cirurgião
geral? E para um intensivista?
VITAL – A especialidade de Intensivista enfrenta problemas de reconhecimento oficial?
Certificados provisórios são apresentados
como sendo da especialidade?
ARN - A medicina intensiva é uma especialidade relativamente recente, que começou no
Brasil na década de 1960. Nos últimos anos,
houve um “boom” de Unidades de Terapia Intensiva. Agora, chegou a hora de qualificarmos
o especialista
e estimular a
obtenção do título para que o
reconhecimento seja fortalecido.
VITAL – Quem
pode fornecer
certificado de
especialização
de intensivista
hoje?
ARN - Somente a AMIB, em conjunto com
a Associação Médica Brasileira (AMB), por
meio da prova para obtenção de título de
especialista em medicina intensiva, pode
conceder o título.
VITAL – A AMIB elaborou uma proposta
de normas mínimas para definição de UTI
(aspectos: área física e instalações, recursos humanos, recursos tecnológicos, apoio
hospitalar e humanização/qualidade). Qual
é o objetivo da AMIB ao apresentar essa
proposta?
ARN - O Regulamento Técnico para Funcionamento de Unidades de Terapia Intensiva
da AMIB, baseado nas discussões realizadas
durante o Fórum de Defesa do Exercício Profissional, promovido pela AMIB, em abril deste
ano, tem como principal objetivo estabelecer
padrões para o funcionamento das UTIs, objetivando a redução de riscos aos pacientes,
aos profissionais e ao meio ambiente.
VITAL – Quais as chances de essa proposta
se tornar uma norma oficial?
ARN - O regulamento é uma recomendação da
AMIB e deve ser considerado uma referência
para a normatização do funcionamento das
UTIs brasileiras, servindo de orientação para os
atuantes na Medicina Intensiva e sendo uma
poderosa ferramenta de defesa profissional.
Em breve, o documento será enviado para
a ANVISA e outros órgãos para apreciação,
incentivando a realização de ações governamentais.
VITAL – Quais os objetivos da Governança
Corporativa na AMIB?
ARN - Desde o ano passado, a AMIB vem
passando por
um processo
de profissionalização, com o
objetivo de deixar a entidade
mais moderna, otimizando
os processos
internos e
preparando a
entidade para
o crescimento.
Essa mudança
está fortalecendo a AMIB e permitindo que
suas principais missões, como formar, especializar e atualizar os intensivistas, sejam realizadas de maneira mais otimizada e eficiente.
VITAL – De que forma a Governança Corporativa está sendo implementada?
ARN - Esse processo começou com a contratação de um administrador, desde o ano
passado, que vem implementando a profissionalização e coordenando as ações que visam
a esse objetivo. Outros novos profissionais
também foram contratados, ampliando consideravelmente as ações da associação. Todos
nossos processos internos estão sendo revistos
e reescritos para buscar uma contínua melhora
na eficiência. Muito ainda tem que ser feito,
mas a resposta dos intensivistas até agora foi
muito compensadora, evidenciada pelo grande
apoio e incentivo dos sócios e pelo significativo
aumento de 4.000 para 5.500 sócios ativos
em 14 meses. Só ficaremos satisfeitos se até
o final do ano tivermos mais de 6.500 sócios
adimplentes, com uma estrutura totalmente
profissional consolidada e associação percebida pelo universo de intensivistas brasileiros
como útil, eficiente e defensora dos valores
mais fundamentais dos pacientes críticos.
Fiquem atentos porque a partir do junho lançaremos um projeto de valorização nacional,
a Campanha Orgulho de ser Intensivista, que
deverá durar mais de quatro meses e terá
como foco o público leigo, os pacientes e seus
familiares e todos os profissionais de saúde
que trabalham em uma Unidade de Terapia
Intensiva. Será o maior projeto até agora
desta associação e chamará a atenção para
a importância das UTIs na Saúde Brasileira, da
relevância do bom atendimento do paciente
crítico e da importância dos profissionais
qualificados.
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Gente
Gente
Momentos Incríveis na Semana
de Enfermagem de Curitiba
Este ano a Semana de Enfermagem do Hospital VITA Curitiba
teve cenas de ação, com a simulação de resgate por helicóptero
e atendimento a parada cardiorrespiratória, além do ciclo de
palestras de atualização e da confraternização da equipe
A simulação de atendimento aconteceu no dia 12 de maio, Dia
do Enfermeiro, foi seguida de mesa redonda com a participação
do enfermeiro Gerson Albuquerque, do SIATE/SAMU de Curitiba,
do médico emergencista Felipe Dufloth e da enfermeira Débora
Sourient, ambos do Hospital VITA Curitiba.
Sepsis – Alberto
Chebabo, médico infectologista da Universidade Federal do Rio
de Janeiro, deu uma
palestra sobre sepsis
por gran positivo (infecção generalizada),
no Centro de Estudos
do Hospital VITA Batel,
no dia 7 de maio. O
evento teve patrocínio
da Novartis.
Uma das palestras
mais importantes
da semana foi dada
pela professora
Márcia Galan Perroca,
mestre e doutora
em Enfermagem
pela USP, sobre
“Mensuração da Carga
de Trabalho da Equipe
de Enfermagem”. A
palestra ocorreu no auditório da PUC-PR, no dia
11/05, e contou com a presença das professoras
Marilene Mangini Correia e Ézia Maria Corradi, do
curso de Enfermagem da universidade.
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Nutrição – Ocorreu no dia 7 de
maio, no auditório
do Hospital VITA
Curitiba, a conferência “Impacto
da Terapia Nutricional”, dada pelo
professor Celso
Cukier, mestre em
medicina pela USP
e especialista em
nutrição parenteral
e enteral.
Semana de
Enfermagem de
Volta Redonda
Homenageia Equipe
Durante a Semana
de Enfermagem,
a Maternidade e
o Hospital VITA
Volta Redonda
homenagearam
a categoria
expondo na suas
recepções banners
fotográficos, com
dez colaboradores que representaram toda a equipe
de técnicos e enfermeiros dos dois hospitais. Entre as
atividades da Semana, aconteceram as palestras “Tempo
porta-balão com ênfase na assistência de Enfermagem”,
“Micobacterises - Situação no Brasil”, “Toxemia Gravídica”
e “ A Responsabilidade Civil na Prática da Enfermagem”. O
evento foi encerrado com um coquetel comemorativo.
Gincana QualiVITA
em Volta Redonda
Aconteceu entre os dias 18 e 23 de maio a 4ª edição da
Gincana QualiVITA. Seis times com representantes de
todos os serviços assistiram palestras sobre qualidade,
gerenciamento de riscos e melhoria contínua, e depois
participaram de uma gincana de perguntas sobre os temas das palestras e também de torneios esportivos. Cerca de 250 pessoas participaram da Gincana QualiVITA,
que foi encerrada com uma festa de confraternização.
Representantes de cada uma das
seis equipes da Gincana QualiVITA
Armando da equipe cinza, Pedro
da equipe vermelha, e Milson
equipe azul exibem os troféus
Fernanda Felipe
(esq.) e Sandra
Portella entregaram
os prêmios aos
vencedores
Programa Risco Zero enfatiza segurança
O Hospital e Maternidade VITA Volta
Redonda acabam de lançar o programa Risco Zero, que tem o objetivo de
promover ações para prevenir, minimizar
e eliminar riscos clínicos e não-clínicos.
A campanha de lançamento foi sobre
lavagem das mãos e contou com a participação de 363 colaboradores.
Programa destacou a importância
de lavar as mãos
Lançamento do programa Risco Zero
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Capa
Capa
Cada um com seu Hobby
Coleções de selos, moedas,
canetas, modelos de aviões,
barcos e trens, culinária, pintura e fotografia... Existem passatempos para todos os gostos
Hobbies são um pouco mais do que brincadeiras e bem diferentes de jogos. Coleções,
modelismo, culinária, leitura, astronomia e
pintura podem ser incluídos na categoria, que
é bastante flexível. Dependendo do hobby,
a atividade pode tomar bastante tempo e
dinheiro do aficionado, que os emprega com
prazer para acrescentar uma nova peça na sua
coleção, aperfeiçoar um avião ou participar de
encontros com outros “hobbyistas”.
Vários colaboradores do Grupo VITA cultivam
hobbies, e dedicam horas a cuidar de seu
passatempo predileto. Uma das modalidades
mais tradicionais do mundo é a construção
de ferrovias em miniatura, com as paisagens,
instalações e equipamentos típicos das estações e estradas de ferro. O médico Eduardo
Sampaio, gerente médico do Hospital VITA
Volta Redonda, é um aficionado pela modalidade desde 1976 e já reuniu cerca de 100
peças, entre vagões e locomotivas, às quais se
dedica nas horas vagas.
Já a Iana Adour, gerente de marketing do Hospital VITA Volta Redonda, coleciona delicadas
miniaturas. São cerca de 150 peças, que ficam
expostas em uma cristaleira, com a iluminação
que merecem as coisas especiais. “Eu comecei
essa coleção há uns 20 anos”, conta Iana.
“Estava em férias, viajando, quando vi uma loja
que tinha na vitrine algumas peças douradas”.
Ela gostou tanto das miniaturas que resolveu
fazer uma coleção. No início, eram só peças
douradas; mas com o tempo o acervo
As
miniaturas
de Iana
Adour já são
mais de 150
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Akihito Urdiales com um de seus aeromodelos acrobáticos
foi se diversificando e hoje inclui peças de
cristal, porcelana, madeira e gesso.
O prazer de Iana com sua coleção é abrir a
cristaleira e ficar observando, limpando e organizando as pecinhas. São instrumentos musicais,
objetos de cozinha, móveis, sandalinhas, uma
bíblia impressa, óculos, vasinhos de limoges,
CDs, bichinhos e até um tapetinho persa, onde
a sua imaginação flutua. “Essa coleção facilitou
muito a vida de amigos que não sabiam com
o que me presentear”, brinca Iana, e com isso a
coleção não para de crescer. Para ela, a coleção
é um divertimento e também um desafio, porque
está sempre em busca de miniaturas originais e
bonitas para abrilhantar sua vitrine.
Piada Colecionável
Uma das coleções mais originais
que encontramos ao fazer esta
reportagem foi a de José Mauro
Rezende, diretor regional do
Grupo VITA no Rio de Janeiro.
Ele coleciona estátuas da dupla
O Gordo e o Magro, em vários tamanhos, poses e expressões. “Já são
mais de 50 duplas”, diz José Mauro, “e
tudo começou com uma brincadeira
dos meus filhos, Gabriel e Mariana”.
Segundo Rezende, eles viam o pai engordar, depois fazer um regime e emagrecer,
depois engordar novamente e por aí vai.
Em homenagem ao seu físico “elástico”,
decidiram lhe presentear com uma estátua da
dupla O Gordo e O Magro, nome como ficou
conhecida nos países que falam português a
dupla americana Stan Laurel e Oliver Hardy,
pioneiros do humor no cinema.
A brincadeira pegou, a coleção ganhou corpo
e foi crescendo, com presentes dos amigos e
aquisições do próprio José Mauro, que começou a comprar estátuas a cada viagem. Há
alguns anos, o acervo correu perigo, quando
aconteceu um incêndio na residência. As
peças foram salvas, mas tiveram que passar
por uma verdadeira restauração.
Busca da Perfeição
Quem vê os pequenos aviões voando, fazendo piruetas, loopings e manobras incríveis,
mal desconfia que o maior prazer de quem
pratica o aeromodelismo está na construção e
preparação desses aeroplanos em miniatura.
Akihito Urdiales, cirurgião geral e de trauma
do Hospital VITA Batel, está no aeromodelismo há 27 anos e ganhou títulos em diversas
categorias. Começou com pequenos planadores e modelos movidos a elástico, e hoje
se especializa nas categorias de acrobacia
de precisão, com modelos grandes, de motor
a explosão, e minúsculos, elétricos. O último
campeonato de que participou, em Gaspar
(SC), foi com um avião que tem asa com 5 cm
de envergadura, pesa apenas 3 gramas (isso
mesmo, 3 gramas), e faz um voo completo, com
decolagem, manobras e aterrissagem.
“Até mesmo um avião a elástico pode voar
muito bem, se estiver bem construído”, explica
a dois critérios inflexíveis: ser
sobre Medicina e ter mais de
65 anos. Segundo Aragão, as
peças mais importantes da
coleção são os volumes “Lições de Clínica Obstétrica”, de
Fernando Magalhães (1922), e
o francês “Traité d’Obstétrique”,
de Ribemont-Dessaignes, A.
& Lepage, G. (1891), ambos
presentes do professor Júlio
Gomes.
Rosa Porque Sim
As canetas de Kubrusly têm histórias
Akihito. Ele próprio se dedicou à construção
de modelos desse tipo, até o ponto de fazer o
avião voar e retornar às suas mãos, causando
admiração entre seus amigos de escola. Para
isso, é preciso acertar itens como peso, incidência da asa, e muitos, muitos outros detalhes. Ao
migrar para os aviões a motor, Akihito foi um
dos pioneiros na construção de miniaturas, ou
seja, aviões radio-controlados com menos de
1m de envergadura. “Eu consegui montar um
modelo com 20cm de envergadura, uma fração dos menores aviões da época”, conta. Entre
seus vários aviões, existe até um biplano.
O Código do Júlio
Seria uma coleção ou uma
mania? Na dúvida, resolvemos
incluir a curiosa fixação da
Ana Cláudia Antunes, do Serviço de Atenção ao Médico do
Hospital VITA Batel, por qualquer objeto cor-de-rosa, seja
uma roupa, um telefone, uma
bolsa, tudo. “Desde criança eu
adoro rosa”, explica Ana Cláudia, “e quando preciso comprar
alguma coisa, procuro nessa
cor”. A coleção inclui perfumes,
nécessaire, celular, sombrinha,
porta-lápis, tesoura, caneta e,
naturalmente, roupas, muitas roupas.
Se alguma coisa tem o defeito indesculpável
de não ser da sua cor preferida, ela dá um
jeito e acrescenta um adesivo, um detalhe,
um acessório rosa. E tenta fazer com que as
filhas, Fabiana, de sete anos, e Letícia, de
seis, compartilhem da sua paixão.
Mas quando Ana
Cláudia tenta vesti-las do seu jeito,
elas protestam:
“Ah, mãe, rosa
de novo...”
Ela não se incomoda com o preconceito alheio.
“Muita gente acha rosa meio ‘brega’, mas não
estou nem aí, me sinto muito bem de rosa”,
garante. Ana Cláudia só lamenta que apesar
de ter sapatos, esmalte, batom, sombra e tiara
cor-de-rosa, tenha certa dificuldade para achar
carteiras e chaleiras nesse tom.
Origens Caligráficas
Segundo o Luiz Fernando Kubrusly, diretor
médico do Hospital VITA Batel, seu pai tinha
uma verdadeira obsessão em que a letra do
filho fosse perfeita, a ponto de colocar o rapaz para estudar com um mestre da arte da
caligrafia. “Trabalhava na empresa de meu pai
um funcionário chamado Garret, que tinha a
responsabilidade de escrever as atas, porque
sua letra era realmente primorosa”, conta
Kubrusly. “E lá fui eu ter aulas de caligrafia,
com livros e cadernos, e então aprendi que
só se consegue uma bela letra com uma boa
caneta”. O pai de Kubrusly, decidido a fazer o
filho escrever bonito a qualquer preço, presenteou-o imediatamente com uma caneta-tinteiro
Parker 51, um clássico apreciado por qualquer
colecionador.
Depois dessa peça inicial, Kubrusly começou
a acumular canetas-tinteiro, de alta qualidade.
“Eu, que sempre perdia coisas, nunca perdi
uma das minhas canetas”, conta. Sua coleção
tem cerca de 80 itens, que ficam cuidadosamente guardados em um estojo especial.
Quando tem oportunidade, Kubrusly passa
algumas horas limpando, polindo e admirando as peças de seu acervo, que tem
raridades como uma Aurora e uma Montblanc
de prata. Nos últimos
anos, a caneta
Como um moderno guardião de alfarrábios e
códigos secretos, Júlio Aragão, diretor clínico
da Maternidade VITA Volta Redonda, coleciona
livros antigos de Medicina. A coleção começou
quando Aragão entrou na faculdade de Medicina e ganhou do pai os livros que ele próprio
havia utilizado quando estudante. “Eram livros
antigos e tomei gosto por eles”, diz Aragão. A
coleção o acompanha, e hoje ‘reside’ no seu
consultório.
São 98 livros, garimpados em visitas a sebos
e presenteados por professores e amigos. Para
entrar na coleção, o livro tem que obedecer
A bem-humorada
coleção de José
Mauro Rezende
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Capa
Capa
para que adultos
também gostem de
brincar e colecionar. “Sem entrar em
méritos psicológicos, a gente pode
dizer que coleciona
coisas às quais se
relaciona, de que
gosta de cuidar”, diz
Cassiana. Para ela,
a coleção escolhida
está relacionada à
história da pessoa e
para onde direciona
seu afeto.
Outro aspecto é sentir-se em uma praTem que ser antigo, senão não entra na coleção de Júlio
zerosa competição,
para ter a coleção
passou a ser considerada uma jóia masculina,
mais bonita, o modelo mais perfeito, o acervo
e quando vai a um evento, Kubrusly pode
mais completo. “Essa aventura de preencher a coescolher entre seus modelos qual a que mais
leção, superar a dificuldade de encontrar a peça
combina com a ocasião. “Todas funcionam”,
que falta é divertida e nos põe em movimento,
garante Kubrusly, inclusive a Parker 51.
em busca do que nos completa”, diz Cassiana;
“é parecido com a nossa própria vida”.
Bolas de Golfe
E contanto que o amor às coleções não atraTambém na categoria coleções originais está o
palhe os outros aspectos da vida, colecionar é
acervo de bolas de golfe da marca Ping de Edperfeitamente saudável. Muita gente acha que
son Santos, presidente do Grupo VITA. Coleciohobbies são coisas de obsessivos, de gente que
nar bolas de golfe da Ping é um hobby popular
não tem amigos, mas isso é puro preconceito.
entre os jogadores de golfe. Segundo Santos,
“Aqueles objetos têm o afeto da pessoa, além
a Ping, tradicional fabricante de tacos de
do que, trazem beleza, divertimento, cultura e
golfe, decidiu em 1976 lançar algumas bolas
frequentemente novos relacionamentos”, diz
coloridas para condições climáticas adversas,
Cassiana. Muitas vezes, são os colecionadores
ou seja, neve e gelo, onde uma bola branca
que reúnem e mantêm informações históricas
é sempre muito difícil de localizar. Fabricou
importantes, sobre aviões, ferrovias, carros, etc.
alguns milhares de dúzias em combinações
Mas naturalmente, não são todos que gostam
de vermelho e amarelo, vermelho e laranja, e
de hobbies: “Eu própria nunca consegui fazer
laranja com amarelo. A novidade fez sucesso
uma coleção e me divirto com outras coisas”,
e o fabricante lançou mais 12 combinações
diz Cassiana.
de cores, incentivando os golfistas a darem
para seus filhos colecionarem. A fabricação
Para Santos, cada coleção tem muito a ver
terminou em 1979, o que as tornou raras.
com a personalidade do colecionador. “No
meu caso, creio ser muito ligado à sensação de
A coleção de Edson, uma das mais completas
organização e pesquisa”, diz Santos, “e também
do mundo, tem 326 bolas de golfe, praticamenao prazer de tentar
te um exemplar de cada uma das que a Ping
conseguir a melhor
fabricou. “Faltam apenas 11 unidades dentre
coleção, um instinto
as combinações de cores conhecidas”, garante
competitivo que a
Santos. “As mais raras são a marrom com
meu ver faz bem”.
mostarda e a rosa com dourado, que já tenho,
e a que está mais difícil de achar é a prata
“O prazer do aeromocom dourado”. Ele joga golfe há quatro anos,
delismo é a busca da
e tem um handicap de 14.7, o que significa
perfeição, aprimorar
que está entre os jogadores médios para bons.
o seu avião até que
ele dê o máximo que
O Prazer dos Hobbies
é possível, aí então é
hora de passar para
A psicóloga Cassiana Atem, da Associação Ser- Ana Cláudia Antunes
piá de Curitiba, lida cotidianamente com crianem seu mundo
ças e com brincadeiras, e vê diversos motivos
cor-de-rosa
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o próximo”, diz Akihito. Para ele, as habilidades
empregadas como cirurgião são as mesmas
que utiliza no aeromodelismo, de cortar, colar,
unir, sempre buscando fazer o melhor e se
aperfeiçoar.
“Se você pensar que um sujeito trabalha pesado a semana inteira e no domingo passa
duas horas limpando canetas, é um caso pra
internar, não é?”, brinca Kubrusly. “Mas faz
muito sentido, porque o hobby é uma fuga
da rotina, um escape mental, uma possibilidade de se desligar das tensões”. Para ele,
quanto mais alguém se aprofunda em um
hobby, mais o ama, porque começa a receber
recompensas adicionais, como ser conhecido
como especialista no assunto, ter sempre uma
novidade e construir um círculo de conhecidos
na atividade: “Vira um ciclo virtuoso”, resume.
Faltam apenas 11 na coleção de Santos
Uma das locomotivas de Sampaio
Túnel do Tempo
Túnel
do Tempo
100 Anos da Doença de Chagas
Comemora-se este ano o centenário da descoberta
da Doença de Chagas, pelo brilhante Carlos Chagas,
médico, entomologista e sanitarista que, sozinho,
identificou o inseto transmissor, o agente causador e
descreveu a própria doença
Carlos Justiniano Ribeiro das Chagas nasce em
Oliveira (MG), em 1879, e aos quatro anos fica
órfão de pai. Durante a infância e juventude,
os tios maternos, dois deles advogados e um
médico, o incentivam aos estudos, e ele ingressa
na Faculdade de Medicina do Rio de Janeiro em
1897. Forma-se em 1903, com uma tese sobre
aspectos hematológicos da malária, e dois anos
depois colabora na campanha para erradicação
da malária em Itatinga (SP), região onde a companhia Docas de Santos construía uma represa.
Chagas foi o precursor da teoria de transmissão
domiciliar da malária, que aperfeiçoou o combate
à enfermidade em todo o mundo.
Em 1908, Chagas é convidado por Oswaldo
Cruz para a missão que irá marcar sua carreira. Ele é enviado a Lassance, Norte de Minas
Gerais, para estabelecer a profilaxia da malária
na região. Na época, a doença afetava fortemente os trabalhadores que construíam a estrada
de ferro Central do Brasil na região do Rio das
Velhas. Ele instala-se na estação ferroviária da
pequena cidade e monta seu alojamento e
laboratório em um vagão de trem.
procura parasitas em seus organismos. Um dos engenheiros
da ferrovia chama sua atenção
para a presença de um inseto
hematófago nas casas de pau-apique, conhecido como barbeiro
ou chupança. Chagas examina o
inseto e identifica a presença de
protozoários, que ele suspeita serem causadores de doenças. Por
não contar com todos os recursos
necessários para a pesquisa em
suas instalações improvisadas,
Chagas envia amostras do barbeiro para Oswaldo Cruz, no Rio
de Janeiro, e pede que alimente
cobaias com os insetos. Um mês
depois, Oswaldo Cruz lhe informa
a presença de tripanossomos no
sangue dos animais.
Em 14 de abril de 1909, ele examina o sangue
de uma criança de dois anos, identifica o
parasita e consegue associá-lo a uma nova
doença. Chagas batiza o microorganismo
Ao mesmo tempo em que faz a profilaxia da
como Tripanossoma Cruzi, em homenagem
malária na região, Chagas estuda insetos e
a Oswaldo Cruz. Até então, a única doença
conhecida causada por um tripanossomo era
a doença do sono, transmitida pela mosca tsé-tsé
na África. A menina chamava-se Berenice Soares
de Moura e viveu até os
74 anos, sem apresentar
sintomas graves da doença.
Triatoma Infestans, o
barbeiro
A So­cie­dade Brasileira de
Patologia batizou a enfermidade como Doença de
Chagas, em homenagem
ao seu descobridor.
Capa da tese de formatura de
Carlos Chagas, sobre impaludismo, em 1903
Um texto de Chagas discorre sobre sua descoberta:
“Em vez de ser primeiro
conhecida a doença (...) e
depois descoberto o respectivo agente etiológico,
como tem sido regra em
todos os capítulos de patologia infectuosa, aqui, ao
contrário, o fator etiológico
foi primeiro descoberto e minuciosamente
estudado, na sua morfologia e biologia, para
depois ser reconhecida a sua ação patogênica no organismo humano e esclarecidas as
alterações patológicas por ele determinadas”.
Assim foi identificada a enfermidade, primeiro
no interior do Brasil, e depois em outros países
do continente americano, inclusive Argentina,
Venezuela, Paraguai, Bolívia, San Salvador e
Panamá. A doença afeta o coração, o cérebro e
o intestino, e pode ser fatal se não for tratada;
estima-se que ainda hoje morram cerca de
14 mil pessoas por ano em decorrência dela
nas Américas.
Em 1917, Chagas substitui Oswaldo Cruz na
direção do Instituto Oswaldo Cruz, no Rio
de Janeiro, e no ano seguinte coordena a
campanha de combate à gripe espanhola.
Ao longo de sua carreira, obteve o título de
professor ‘honoris causa’ pelas universidades
de Paris, Lima, Harvard e Bruxelas, de professor
honorário da Universidade de São Paulo e de
Minas Gerais, entre dezenas de outros títulos
e condecorações, nacionais e internacionais.
Morreu repentinamente, aos 55 anos. Deixou
dois filhos, que seguiram a vocação paterna
para a pesquisa, os médicos Evandro Chagas
e Carlos Chagas Filho.
Fontes: Museu Histórico da Faculdade de Medicina da
USP; Revista Terapêutica (jan/fev 1935); Um Pouco da Vida
de Carlos Chagas (Otávio de Magalhães - 1941); Miniweb
Educação; UOL Educação; Wikipedia; Unicamp
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Dicas de sites e tecnologia
Netbooks
Resposta do mercado para
quem deseja um computador
portátil que realmente caiba na
bolsa e no bolso, os netbooks
estão vendendo aos milhares. A
maior parte dos modelos pesa
em torno de 1,2kg e custa entre
R$ 800 e R$ 1900. Se a sua
necessidade é estar sempre em
movimento e com um computador à mão, é uma solução
e tanto; mas não é um micro confortável para usar
por longo tempo, porque
o teclado reduzido dificulta a digitação, e a tela também é pequena, por volta
de 10 polegadas. O nome netbook deriva da Internet,
porque os pequenos modelos foram pensados para serem usados
conectados à rede e utilizarem software online, em vez de instalados neles. Com
a popularização, ficou cada vez mais difícil escolher um modelo. Por isso avalie bem antes de
comprar. Considere preço, peso, memória, disco rígido, presença de modem sem fio e sistema
operacional (Linux ou Windows XP). Não espere velocidade extraordinária, já que normalmente
os processadores dos netbooks sacrificam o desempenho para consumir menos energia.
Twitter
Sucesso extraordinário
em questão de meses,
o serviço Twitter (www.
twitter.com) é uma
espécie de microdiário,
com o qual você
dispara mensagens
para amigos que tenham optado ‘seguir você’,
como dizem os ‘twitteiros’. Os textos têm no
máximo 140 caracteres, o que torna as conversas muito breves, e fez sucesso principalmente
entre as pessoas que gostam de saber imediatamente tudo que os amigos estão fazendo ou
pensando. Tem gente que até envia e recebe
mensagens do Twitter pelo celular.
Da Kodak para o YouTube
A nova câmera EasyShare M340 da
Kodak, de 10,2 megapixels (o que permite
ampliações de até 30 x 40cm na resolução
máxima), traz zoom óptico de 3x e zoom
digital de 5x, recurso de redução de trepidação, detecção de rosto, gravação de vídeo, tudo
que o fotógrafo amador deseja. O diferencial para os aficionados pela Internet é que ela tem um modo de captura para o YouTube, que
já grava os vídeos no formato certo para o popular site de compartilhamento
Software Gratuito e Sem Aborrecimentos
Para quem procura software gratuito, mas não quer se arriscar a
instalar aplicativos que trazem junto espiões, montes de publicidade e outros incômodos, uma ótima alternativa é o site Nonags
(www.nonags.com). Ele tem a característica de listar apenas
programas gratuitos (freeware) que não aborrecem o usuário.
É um site que está no ar há muitos anos e passou pelo teste de
aprovação dos internautas.
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Jogos em Flash
O site JayIsGames (www.jayisgames.
com) traz ótimas indicações de jogos em
Flash, que você pode curtir de dentro do
seu browser, sem ter que instalar - e nem
pagar - nada. Não deixe de conferir Grow
e Samorost. Também traz links para
jogos instaláveis (download).
A Nova Onda do
Google
Em maio o Google
apresentou o projeto Google Wave,
com o slogan “o
email como seria
se fosse inventado
hoje”. Trata-se de
uma ferramenta
de comunicação
e colaboração,
que será lançada
ainda este ano. Com o Wave, em vez de ficarmos mandando mensagens para
um lado e para outro, é como se estivéssemos escrevendo na mesma folha
de papel, onde a conversa vai acontecendo e várias pessoas podem participar
simultaneamente. Uma das maiores qualidades do projeto é que será uma
plataforma aberta, ou seja, qualquer empresa ou desenvolvedor que desejar
poderá participar e criar software para funcionar nele.
Em Rede
Em
Rede
Comida Servida Que
Nem Lá em Casa
Em Volta Redonda, os pacientes da Maternidade e Hospital VITA estão
recebendo suas refeições em novas bandejas, de um jeito mais familiar
A apresentação do alimento, e
não só o sabor, é essencial para tornar uma
refeição apetitosa.
Por isso, o Hospital e a Maternidade
VITA Volta Redonda
inovaram a forma de
trazer as refeições para
seus pacientes, com uma
bandeja que parece o prato que quase todo mundo
usa em casa.
Em vez de trazer várias
divisões retangulares, como
as bandejas de alimentação tradicionais, o novo
modelo tem um prato redondo grande, como os que
estamos acostumados a usar, e divisões separadas
apenas para o feijão e a salada. O arroz, a guarnição
e a carne já vêm no mesmo prato. “A receptividade
dos pacientes à nova
bandeja foi excelente”,
diz Márcia Meneses,
diretora da empresa
Nutrir, responsável pelas refeições. “Facilita
muito para o paciente
se alimentar e ele se
sente bem mais
à vontade”.
Segundo Deumy
Rabelo, superintendente do Hospital VITA Volta
Redonda, há algum
tempo se buscava no mercado uma bandeja que
obedecesse às normas da alimentação hospitalar,
mas que fosse mais parecida com a refeição caseira.
“Os pacientes adoraram a novidade e muitos estão
até comendo mais”, diz Rabelo.
Dedicação que Atrai Estrelas
Os colaboradores do HVCT que ganham mais elogios dos pacientes durante o mês são destacados no painel “Colaborador Estrela”
Frequentemente, os pacientes do Hospital VITA Curitiba
utilizam os formulários da pesquisa de satisfação da Ouvidoria do hospital para fazerem elogios a este ou aquele
colaborador, por quem se sentiram especialmente bem
atendidos. Esses elogios sempre chegam às mãos das
gerências, mas agora ganharam mais visibilidade: o colaborador mais elogiado do mês é homenageado como
Colaborador Estrela, uma nova forma de reconhecer
trabalho e dedicação dessas pessoas.
Segundo a psicóloga Paula Braga, analista de Recursos Humanos do Hospital VITA Curitiba, o programa
Colaborador Estrela foi criado em conjunto pela Coordenadoria de Recursos Humanos e pela Ouvidoria
como uma forma de mostrar o reconhecimento dos
clientes pelo trabalho dessas pessoas. O colaborador
escolhido tem sua foto exibida em um painel itinerante, que fica em exposição em diversos locais do
hospital, e recebe um cartão de homenagem. Se ele
ou ela for escolhido como Colaborador Estrela durante três meses seguidos, ganha um dia de folga. O
painel costuma trazer quatro ou cinco Colaboradores
Paula Braga, do RH, e Atany Mendes Jr., da
Ouvidoria, foram os criadores do programa
“Colaborador Estrela”
Estrela por mês. “A idéia do programa Colaborador
Estrela é reconhecer a dedicação e aperfeiçoar seu
trabalho em relação ao atendimento ao cliente”, diz
Paula, “e mostrar que a Ouvidoria não recebe apenas
reclamações, mas também muitos elogios”.
Canal
Direto de
Comunicação
Quando algum colaborador do
Hospital VITA Volta Redonda quer
mandar uma mensagem diretamente para a diretoria, pode fazer
isso através do VITAmail, uma ferramenta de comunicação inaugurada no início do ano. O VITAmail está
disponível em qualquer terminal de
computador da rede do Hospital, e
pode ser acessado sem a necessidade de se identificar.
“Em uma reunião da direção, nós
percebemos que muitas vezes
alguém quer fazer uma reclamação ou sugestão, mas sem
intermediários, para não parecer
desagradável ou inconveniente;
então decidimos criar esse novo
canal de comunicação”, diz Deumy
Rabelo, superintendente do Hospital. A adesão à ferramenta foi
grande: nos três primeiros meses
foram recebidas 90 mensagens,
com sugestões de atendimento,
pedidos pessoais e melhorias
no ambiente. O VITAmail vem
sendo utilizado constantemente
e com responsabilidade por parte dos usuários. A maioria das
mensagens contém sugestões,
reclamações e pedidos. Cerca de
20% dos usuários do VITAmail se
identificam, e os restantes preferem se manter anônimos.
“Nós examinamos os pedidos do
VITAmail e verificamos o que pode
ser feito”, diz Rabelo. “Por exemplo:
havia uma queixa relacionada ao
café da manhã, e os colaboradores não queriam parecer ingratos
reclamando de um benefício.
Então utilizaram o VITAmail para
se expressar, e nós pudemos atender esse pedido”. O jornal interno
do Hospital VITA Volta Redonda
informa os resultados do que foi
comunicado pelo VITAmail.
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Em Rede
Em
Rede
VITA Curitiba inaugura
serviço de hemodinâmica
Os cardiologistas do Hospital contam agora com um equipamento
Philips Allura, que permite diagnósticos mais rápidos e precisos
Uma das formas
mais importantes
de se avaliar o
desempenho de
um hospital no
atendimento do
cardiológico de
emergência é um
fator conhecido
como “tempo por­
ta / agulha”, ou
seja, uma medida
do tempo médio
que um paciente
leva entre chegar
ao hospital (por­
ta), ser avaliado,
diagnosticado com
precisão e, caso
Rubens Darwich (esq.), Viviana Lemke e Luiz Lavalle
necessário, ser a­­
nestesiado para
O Hospital VITA Curitiba acaba de inaugurar um
uma cirurgia cardíaca (agulha). “Esse indica­
novo Serviço de Cardiologia Intervencionista, sob
dor é excelente no VITA Curitiba”, orgulha-se
a coordenação da cardiologista Viviana Guzzo
Viviana.
Lemke. O Hospital recebeu um moderno equi­
pamento de hemodinâmica Philips Allura, que
Imagens 3D
oferece aos médicos uma qualidade de imagem
e capacidade de diagnóstico inéditas. O serviço,
Todos estamos habituados a ver radiografias,
aliado à reconhecida qualidade de atendimento
imagens onde olhos leigos só conseguem
do Hospital VITA Curitiba, traz muito mais saúde e
identificar ossos. Um equipamento de hemodi­
tranquilidade à população de Curitiba e região.
nâmica, como o Philips Allura, também utiliza
raios-x, mas num grau incomparavelmente mais
sofisticado. Em primeiro lugar, graças ao uso de
Para Viviana, o aspecto mais importante no
contrastes, as imagens da hemodinâmica mos­
Hospital VITA Curitiba é a sólida integração
tram não apenas os ossos, mas principalmente
entre a cardiologia clínica e o pronto atendi­
o sistema circulatório, ou seja, artérias e veias.
mento. Isso significa que quando um paciente
Além disso, ele não mostra imagens estáticas,
chega à emergência, ele é atendido por car­
mas o organismo vivo, em funcionamento.
diologistas que identificam, rapidamente, quais
Como se não fosse suficiente, ainda é capaz de
exames são necessários, e sabem que contam
mostrar as informações de forma tridimensional,
com o suporte de uma equipe competente e
o que permite fazer os exames sob todos os
experiente na hemodinâmica, a qual vai lhes
ângulos necessários. Tudo isso, com uma dose
fornecer as informações e imagens necessá­
de raios-x bastante reduzida.
rias para atender o paciente. “As equipes estão
muito entrosadas”, diz Viviana, “e a rapidez no
Assim, o cardiologista tem nas mãos tudo o
atendimento de um infarto agudo do miocár­
que precisa para diagnosticar obstruções nas
dio é um fator determinante para o sucesso no
artérias, que podem comprometer tecidos. No
tratamento”. Ela ressalta, também, a qualidade
caso do coração, o “entupimento” das artérias
de todos os demais fatores de apoio para a
que levam oxigênio até ele pode fazer com que
equipe de cardiologistas, como as instalações,
parte do tecido morra, ocasionando o infarto.
equipamentos, gerenciamento da qualidade,
O equipamento de hemodinâmica também é
enfermagem e demais profissionais.
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utilizado no tratamento dos problemas circula­
tórios, como nos procedimentos de colocação
de “stents” nas artérias coronarianas e de
embolização de aneurismas.
A obstrução das artérias costuma ser causada
pelo acúmulo de gordura nas suas paredes,
doença conhecida como aterosclerose. Mas
não é apenas o coração que sofre infartos,
pois essas obstruções podem acontecer no
cérebro, nos rins, no fígado, no intestino, etc.
Problemas circulatórios no cérebro são a es­
pecialidade dos médicos neuroradiologistas;
enquanto que tratamento dos demais órgãos
do corpo humano está a cargo dos médicos
radiologistas intervencionistas. A equipe de
hemodinâmica do Hospital VITA Curitiba inclui
o neuroradiologista Gelson Koppe, o radiolo­
gista intervencionista Alexander Corvello, os
cardiologistas Rubens Darwich, Gerson Lemke
e Luiz Lavalle, entre outros profissionais.
Uma das principais vantagens do novo equi­
pamento de hemodinâmica é a possibilidade
de tratamento de doenças cardiológicas con­
gênitas, que podem ser diagnosticadas até
mesmo antes do nascimento do bebê. Os no­
vos recursos permitem que, em pouco tempo
após o parto, já se possa fazer um tratamento
de cardiologia pediátrica. Também é possível
utilizar a hemodinâmica para diagnóstico e
tratamento de arritmias cardíacas.
O novo
equipamento de
hemodinâmica é
um Philips
Allura
Em Rede
Em
Rede
Vocação para a Enfermagem
Sandra Portella adora seu trabalho, mas não perde
oportunidades de ir a shows, viajar e sair com os amigos
A gerente de enfermagem Sandra Portella,
do Hospital VITA Volta Redonda, está há 11
anos no Hospital e é conhecida por sua
competência profissional. Mas os colegas de
Sandra sabem que a primeira impressão, de
pessoa muito séria, esconde um bom humor
e animação que logo se revelam. “Ela é uma
companheira de trabalho espetacular e sempre
topa sair com a gente”, diz uma amiga.
Sandra nasceu em Volta Redonda, estudou Enfermagem em Vassouras, formou-se em 1997
e no ano seguinte conseguiu um emprego no
Hospital da CSN, hoje Hospital VITA Volta Redonda, o que era seu maior sonho profissional.
Começou como enfermeira, depois foi para o
Escritório da Qualidade, quando começaram
os preparativos para a conquista do certificado
de Acreditação. Hoje ela é gerente de enfermagem, posto em que coordena o trabalho
de cerca de 250 enfermeiros e técnicos de
enfermagem. “Tenho um grande orgulho de
trabalhar no Hospital VITA”, diz Sandra; “é um
lugar onde a gente se desenvolve e que só
vem melhorando com o passar dos anos”.
Para Sandra, a vocação de enfermeira veio desde a infância: Perfil
“Eu era muito moleca, brincava Sandra Portella
na rua, subia em árvore, volta- Prato preferido: Culinária japonesa
Signo: Capricórnio
va toda suja pra casa”, conta Mania: Organizar coisas
Sandra. “Mas sempre gostei de Qualidade: Sinceridade e bom humor
cuidar da saúde das pessoas e, Defeito: Impulsividade
mesmo sem ter muita certeza da
escolha, optei por Enfermagem e acabei me
ao show. Sensacional”, conta Sandra. Seu lazer
apaixonando pelo que faço”. Ela é casada com
também inclui muitos passeios com o filho, sair
o médico Carlos André e eles têm um filho, o
com os amigos para um bom chopp e conversar,
João Guilherme, que está com três anos.
e reunir a família. Ela é filha única e seus pais,
Paulo e Rita, moram em Volta Redonda. Seu granSandra gosta muito de música, que ouve semde projeto de férias é fazer uma viagem para o
pre, principalmente MPB, e o último show que
exterior, de preferência para Portugal. “Sou doida
viu foi do Djavan. Mas ela simplesmente adora
pra conhecer Lisboa”, afirma. Enquanto não cruza
Rolling Stones. “Quando eles vieram ao Rio, da
o Atlântico, ela se diverte com viagens de fim de
última vez, eu estava grávida e mesmo assim fui
semana para o Rio, Angra e Cabo Frio.
VITA Curitiba faz parceria
com Atlético Paranaense
Cinco atletas do time já passaram por procedimentos nas
instalações do Hospital desde o início do acordo
Com o objetivo de se tornar uma das principais
referências em Medicina Esportiva no País, o
Clube Atlético Paranaense inaugurou, em março,
o Centro de Reabilitação do Atleta Profissional
(CECAP). O projeto, desenvolvido pelo diretor médico do Furacão, Edílson Thiele, pretende atender
não só jogadores do próprio clube, mas também
fazer o tratamento de atletas de outros times. Uma
das mais importantes parcerias no CECAP foi
com o Hospital VITA Curitiba, onde estão sendo
realizadas as cirurgias dos atletas do time.
Jackson Baduy, diretor clínico do Hospital (e torcedor do Furacão), explica que este é o retorno
de uma parceria antiga e que trará bons resultados, já que ambos partilham a mesma visão:
levar segurança e credibilidade ao atleta. “É um
cruzamento de imagem de duas instituições
fortíssimas. Nós, com qualidade de serviço de
saúde; e o Atlético, com a qualidade estrutural
desse centro de reabilitação. É uma operação
em que todos saem ganhando”,
destacou Baduy. Desde o início
da parceria, dois atletas do time
profissional foram operados no
VITA Curitiba, Netinho e Valencia,
e três da equipe júnior.
Na inauguração do CECAP, o
presidente do Conselho Administrativo do Clube, Marcos
Malucelli, salientou que a finalidade do Centro
é alcançar a excelência dentro de campo e
também na recuperação médica. “É importante
que haja uma reabilitação rápida do atleta
profissional para que quando ele retorne esteja
em condições de ser utilizado pela sua equipe”, diz Malucelli. Além disso, o presidente do
Conselho Administrativo do Atlético agradeceu
o trabalho dos apoiadores e ressaltou que isso
só deve engrandecer o time. “Agradecemos a
colaboração do VITA Curitiba e esperamos que o
Na foto acima, José Octávio
Leme (esq.), Carla Soffiatti,
e Jackson Baduy. Ao lado,
Edilson Thiele, diretor médico
do Atlético Paranaense
Hospital também tenha um retorno positivo, como nós certamente
teremos”, finaliza Malucelli.
O evento ainda contou com a
presença do vice-governador do Paraná, Orlando Pessutti, do médico da Seleção Brasileira
de Futebol, José Luiz Runco, do médico da
Seleção Brasileira de Futsal, André Petrineli,
do ex-médico do Corinthians e jornalista,
Osmar de Oliveira, o médico do Fluminense,
Michael Simoni, do presidente da Câmara dos
Vereadores de Curitiba, João Cláudio Derosso,
da superintendente do Hospital VITA Curitiba,
Carla Soffiatti, e do diretor regional do Grupo
VITA Paraná, José Octávio Leme.
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Nossas raízes lusas
Os portugueses descobriram o Brasil e
também ‘descobriram’
a VITAL antes de nós.
Edson Santos, presidente do Grupo VITA,
apreciador de bons
vinhos e gourmet, foi
a Portugal em março
e qual não foi sua
surpresa ao encontrar
na cidade de Távira, às
margens do mediterrâneo, as raízes da VITAL.
Adrianos,
os onipresentes
Para qualquer lugar
aonde você vá, no
Hospital VITA Curitiba,
haverá um representante do clã dos
Adrianos por perto. Ou
o Adriano Carvalho
(esq.), ou a Adriana
Kraft, ou o Adriano
Antunes. Reparou no
cachorrinho no bolso
do Antunes? Chamase Adriano também.
Deumy na FGV
Os superintendentes estão supercotados: o Deumy Rabelo, do Hospital
VITA Volta Redonda, foi convidado a
dar uma palestra no evento Qualihosp
– Congresso Internacional de Qualidade em Serviços e Sistemas de Saúde,
em abril, na Escola de Administração
de Empresas de São Paulo, da Fundação Getúlio Vargas. O tema foi “O Que
Mudou na Segurança e Qualidade do
Grupo VITA Após a Acreditação ?”
Batel tem novo superintendente
Maurício Fogaça acaba de chegar
do Rio de Janeiro para assumir o
cargo de superintendente do Hospital
VITA Batel. Ele é formado em Administração Hospitalar, com mestrado
em Administração e Negócios, e tem
experiência na gestão de planos de
saúde e hospitais.
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VITAL recebe Aster Awards Gold
A revista VITAL alcançou, pelo
segundo ano seguido, o prêmio internacional Aster Awards
Gold na categoria publicação interna de hospitais. Nós,
que fazemos a VITAL, ficamos
agradecidos, emocionados e
insuportavelmente orgulhosos
com a conquista.
Rônel no cargo certo
O Rônel é o mesmo, o netinho é o
mesmo, só muda o hospital. Na edição passada, o Rônel Mascarenhas
saiu como diretor clínico do Hospital
VITA Batel, na nota sobre seu netinho
Guilherme. Falha nossa. Esse é o
cargo dele, sim, mas no Hospital VITA
Volta Redonda. E também omitimos
uma letra no nome do pai do Guilherme: seu nome correto é Marco
Antônio Máximo Jones.
Pergunte à Carla
Carla Soffiatti, superintendente do
Hospital VITA Curitiba, vem sendo
convidada para dar palestras sobre
gerenciamento de leitos, de contratos, comunicação institucional e
até deu entrevista sobre economia
doméstica. Em agosto, será palestrante no Fórum de Gerenciamento
Hospitalar, em São Paulo, onde falará sobre processos de qualidade.
Desse jeito, daqui a pouco vai dar
conselhos para o Barack Obama.
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