Plano de Aula - 4ª AULA

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Plano de Aula - 4ª AULA
1. Identificação
Escola João Loyola
Turma: 3° ano do Ensino Médio
Turno: Vespertino
Professora: Joseane Javarini
Tema: Trabalho e Sociedade
Subtema: Classe Social: Qual é a sua?
AULA: 4ª: Classe Trabalhadora
DATA: 31/10 - Sexta-feira – 15 horas
CARGA HORÁRIA: 1hora e 20 minutos de aula
2. OBJETIVOS:
Ao final da aula o aluno deverá:
 Reconhecer as diferentes classes sociais dentro de nossa sociedade;
 Identificar o que é classe;
 Identificar os conceitos sociológicos de classe em Marx e Weber;
 Relacionar os diferentes interesses entre as classes sociais;
 Pautar como as classes têm estilos de vida diferentes por conta de sua
distância social;
1. CONTEÚDO
Classe Social: qual é a sua?
Conceito a ser trabalhado:
 Classe social
4. PROCEDIMENTOS METODOLÒGICOS


Leitura com textos de apoio
Exposição dialogada
5. RECURSOS


Giz e quadro
Textos com os conceitos de classe social
6. DESENVOLVIMENTO DA AULA
1º Tempo da aula – apresentação do tema da aula “Classe Social- Qual é a
sua?”
(aproximadamente 15 minutos)
A professora pode escrever o título da aula no quadro e explicar que o tema tratase de classe social. Durante este tempo, propomos a leitura pela professora
abaixo para ajudá-la na explanação do tema. A professora pode usar o exemplo
das caixinhas do texto e tentar trazer o aluno para a reflexão “em qual caixinha me
encontro? Qual classe social é a minha?”
“O conceito de classe social é muito importante em Sociologia. É da
compreensão clara e profunda desse conceito que nascem as possibilidades
concretas de compreender o que é classe, como estão divididas as classes, o
papel de cada um, para a partir daí modificar realidades tão cruéis em nossa
sociedade”.
A sociedade é dividida em caixinhas, cada caixinha representa uma classe.
Algumas caixinhas são grandes e outras pequenas, dependendo de cada
sociedade ou de cada país existem três, quatro e até mesmo cinco caixinhas ou
mais. Umas caixinhas comportam muita gente, outras poucas. Existem caixinhas
que são confortáveis, bonitas, luxuosas, com um aspecto bastante rico, nessas
caixinhas são comportadas poucas pessoas, é muito difícil entrar nesta caixinha!
Existem as caixinhas que têm tamanhos médios, não são tão bonitas, mas
também não são tão feias! Nestas caixinhas as pessoas desfrutam de algumas
coisas, mas sofrem alguns sacrifícios, e é difícil manter-se nesta caixinha. Têm
pessoas nesta caixinha que lutam para sair dela e ir para uma caixinha melhor,
poucas conseguem! E existem ainda caixinhas muito feias! Umas mais feias que
as outras! Nestas caixinhas feias, as pessoas vivem na maior dificuldade,
precisam de muitas coisas e não conseguem ter, praticamente nunca conseguem
sair delas. Fala-se muito em mudar estas caixinhas feias, alguns até tentam dar
um aspecto melhor a estas caixinhas feias, mas por dentro a realidade continua a
mesma! Nada muda, e ninguém quer fazer parte destas caixinhas feias, porque lá
a vida é muito difícil. Um grande número de pessoas faz parte destas caixinhas
feias!
2° Tempo da Aula – leitura do textos de apoio sobre classe social
(aproximadamente 35 minutos)
A professora distribui as folhas com os textos sobre Karl Marx e Max Weber para
cada aluno, logo em seguida,
inicia a leitura dos textos. Os alunos
acompanharam a leitura da professora, ou se a professora achar melhor pode
pedir a um aluno ou mais para fazer a leitura em voz alta para o restante da turma.
A leitura se inicia no texto de Marx, em seguida o de Weber. Após a leitura, a
professora fará uma exposição dialogada tendo também recorrido a bibliografia do
professor como apoio, usando o quadro de giz e material didático entregue aos
alunos e apresentando os seguintes pontos:
 Explicar cada conceito sociológico e a diferença de idéias dos autores;
Marx:
 A divisão atual de classes sociais inicia-se com o modo de produção
capitalista; a forma como a sociedade se dividiu para produzir;
 A diferenciação entre as classes, umas classes detêm a estrutura
necessária para a produção contratando empregados para executar as
tarefas e ficam com o lucro, enquanto outras classes vendem sua força de
trabalho em troca de salários;
 A luta de classes, o antagonismo histórico entre elas;
 Como o trabalhador pode se mostrar alheio a sua própria realidade social,
relembrar o conceito de alienação;
Weber
 A diferenciação no interior das classes, mostrando que não são
homogêneas, a respeito das classes médias e classes altas;
 Propor aos alunos que identifiquem os trabalhadores das classes de nossa
sociedade;
 Citar profissões e encaixá-las dentro de cada classe;
 Como a cultura também é um divisor de águas, as pessoas se agrupam
pela afinidade cultural;
 A valorização do conhecimento para Weber;
3° Tempo da Aula
(aproximadamente 05 minutos)
A professora pedirá aos alunos que guardem a folha com os textos entregues, e
passará no quadro um trabalho para a nota em dupla valendo de 0 a 10. O
trabalho terá o tema: Os Direitos Trabalhistas. O trabalho será uma pesquisa
sobre: O que é: Carteira de trabalho, Pis, Licença maternidade, Seguro
desemprego, Salário Mínimo, e Décimo terceiro salário. O trabalho será entregue
numa data escolhida pela professora; Os alunos poderão usar como fonte a
Internet (colocando o site utilizado e resumindo o que foi lido), poderá procurar as
agências da Caixa Econômica Federal pedindo panfletos sobre os temas e
pesquisando. Os alunos poderão ainda pesquisar na biblioteca a origem histórica
brasileira destes direitos. O trabalho deve conter basicamente: O que é cada
elemento (Pis, etc...) e quando foram criados, no governo de quem...
7. REFERÊNCIAS
7.1. PARA O PROFESSOR
http://www.brasilescola.com/sociologia/classe-social.htm, acessado em 17 de
junho de 2008, as 13:20hs.
DIEGUÉS, Carla.O que é Classe Social? Texto publicado em 17 de Junho de
2008 - 01h05. http://www.sinprorp.org.br/clipping/2008/081.htm
7.2 PARA O ALUNO
Textos sobre Marx e Weber – ROCHA, Priscila P. adaptado de DIAS, F. Edmundo
e CASTRO, Ana Maria. Introdução ao Pensamento Sociológico. Eldorado Editora:
Rio de Janeiro, 1947.
8. Anexos
Para o professor
O que é classe social?
Texto publicado em 17 de Junho de 2008 - 01h05
por Carla Diéguez *
O conceito de classe social tornou-se senso comum na atualidade. Falamos de
classe na economia, na educação, na cultura; as pesquisas nos classificam em
classes, porém, muitas vezes, não sabemos o real significado e construção desse
conceito. Classe social é um conceito construído sociologicamente, a partir de
observações empíricas e teóricas e nesse sentido, vale a pena vermos como ele se
constitui, para que possamos utilizá-lo da melhor forma possível.
O conceito comumente conhecido refere-se ao conceito de classe social construído
por Karl Marx. Vale atentar para o fato que Marx não definiu realmente o que seja a
classe social. Esse estaria no famoso capítulo incompleto de O Capital, a sua obraprima. Porém, seus escritos nos ajudam a delinear um conceito. O que podemos
ver que o conceito de classe de Karl Marx é dado como histórico. Para ele, as
classes são determinadas historicamente e produtos da sociedade em questão.
Porém, as classes sociais propriamente ditas são relacionadas à sociedade
moderna, que advém da Revolução Industrial. Sendo assim, para Marx, as classes
são produtos da sociedade capitalista.
Ainda na definição marxista de classe, essas se constroem nas relações de
produção, ou seja, no âmbito econômico. Para ele, as relações de produção
constituem as relações de classe, marcadas fortemente pelo antagonismo entre os
detentores dos meios de produção e os portadores da força de trabalho,
representados em burguesia e proletariado. O fator econômico é a característica
central desta definição de classe.
Porém, apesar do uso de observações empíricas em seus textos, tal como em O
Capital, Marx criou categorias abstratas para desenvolver sua teoria econômica. As
classes como apresentadas por ele são categorias analíticas que nos permitem
visualizar diferenças entre grupos sociais separados por fatores econômicos, nos
quais a posição nas relações de produção é fundamental. Este fator é essencial,
pois Marx detecta a existência de outros grupos econômicos, como pequenos
artesãos e camponeses, que não estão inseridos no modo de produção capitalista e
por tal razão, não submetidos à estrutura de classes da sociedade capitalista. Este
fato pode ser constatado em A Luta de Classes na França e O 18 Brumário de
Luis Bonaparte, quando Marx mostra a ação dos camponeses enquanto grupo.
Esta ação conjunta é chamada ação coletiva. A ação coletiva é a principal
expressão da classe social. É através dela que podemos enxergar a classe social,
pois a ação seria a conjunção de interesses de uma determinada classe. Estes
interesses podem ser imediatos ou em longo prazo. Os interesses imediatos são
aqueles traduzidos em reivindicação salarial, melhores condições de trabalho, baixa
no custo de vida, etc; interesses que regem a vida de todos os trabalhadores,
independente da posição na produção. São interesses que de uma forma
espontânea e sem reflexão une um determinado grupo de indivíduos. A partir do
momento que este grupo passa a refletir sobre suas condições de vida, trabalho,
social e que a sua relação com o grupo detentor dos meios de produção é de
explorado, os interesses passam a ser conduzidos para ações de maior vulto. Estes
são considerados interesses em longo prazo e podem ser vistos como frutos da
consciência de classe. São esses interesses que movem as classes sociais, no
caso marxista, o proletariado, a uma ação coletiva que visa o fim do regime
capitalista. Sendo assim, a consciência de classe é que gera a ação coletiva.
As classes menores que estão situadas estruturalmente entre a burguesia e o
proletariado, com relação a ação coletiva, podem dirigir-se a uma determinada ação
por simpatia a causa ou igualdade de interesse compartilhado com a classe
portadora da ação. Estas aproximações podem, em muitos casos, serem
determinadas por questões culturais e não econômicas, tal como proposto por
Marx. Thompson nos mostra como o cultural é importante na formação das classes
e, que apesar do econômico prevalecer, o simbólico é importante na difusão da
cultura de classe.
A classe se delineia segundo o modo como homens e mulheres vivem suas
relações de produção e segundo a experiência de suas situações determinadas, no
interior do "conjunto de suas relações sociais", com a cultura e as expectativas a
eles transmitidas e com base no modo pelo qual se valeram dessas experiências
em nível cultural. (THOMPSON, 2001, p. 277)
Segundo a citação acima, podemos perceber apesar da predominância do
econômico, a importância do fator cultural na constituição da classe. Porém, para
Thompson este é um dos pontos que contribuem para a formação da classe. Para
ele, o principal é a questão da consciência de classe, que gera a luta de classes.
Sem consciência a classe não existe. Ela existe apenas como categoria analítica,
heurística, e não como categoria real, histórica. Sem consciência não se empreende
a luta de classes. A luta de classes é fruto da ação coletiva empreendida pela
classe através da consciência de si mesma.
Thompson dá grande importância ao fator cultural e a experiência na formação da
classe social. Apesar de sua filiação marxista, sempre pontuando as relações de
produção como fatores determinantes das classes sociais, Thompson soube como
poucos demonstrar como as classes sociais são reais e não apenas abstrações
estruturadas para categorizar os grupos sociais. Vejamos a citação abaixo:
A classe acontece quando alguns homens, como resultado de experiências comuns
(herdadas ou partilhadas), sentem e articulam a identidade de seus interesses entre
si, e contra outros homens cujos interesses diferem (e geralmente se opõem) dos
seus. A experiência de classe é determinada, em grande medida, pelas relações de
produção em que os homens nasceram – ou entraram involuntariamente. A
consciência de classe é a forma como essas experiências são tratadas em termos
culturais: encarnadas em tradições, sistemas de valores, idéias e formas
institucionais. Se a experiência aparece como determinada, o mesmo não ocorre
com a consciência de classe. Podemos ver uma lógica nas reações de grupos
profissionais semelhantes que vivem experiências parecidas, mas não podemos
predicar nenhuma lei. A consciência de classe surge da mesma forma em tempos e
lugares diferentes, mas nunca exatamente da mesma forma. (THOMPSON, 1987,
p. 10)
Como podemos ver, a consciência de classe se constrói através das experiências
vividas pelo grupo social, expressas nas formas culturais. As tradições, costumes,
valores são frutos de uma vivência em comum, de um grupo social. A consciência
de partilhar interesses iguais e identificar-se com estes e com os membros do grupo
social é que, para Thompson, forma a classe. A classe não existe sem a
consciência. Fazer parte de uma classe é identificar-se com seus valores e seus
interesses, consciente de que estes são partilhados por todo o grupo.
A classe, apesar de ser um ente abstrato, que é utilizado pelos teóricos como
moeda corrente, torna-se real nos escritos de Thompson. A classe, para ele, "(...) é
definida pelos homens enquanto vivem sua própria história e, ao final, esta é sua
única definição". (THOMPSON, 1987, p. 12)
Ou seja, a classe é um conceito, porém ela é construída no cotidiano. Sendo assim,
mais do que definir a que classe pertencemos, devemos observar as ações que
empreendemos, as práticas que utilizamos, pois elas refletem e constroem a nossa
posição na sociedade. Mais do que estatísticas, são as nossas ações que
demonstram quem realmente somos nessa sociedade.
Referências bibliográficas
FERNANDES, Florestan (org.). Marx/Engels. São Paulo: Ática, 2001. Coleção
Grandes Cientistas Sociais.
DIEGUÉS, Carla.O que é Classe Social? Texto publicado em 17 de Junho de
2008 - 01h05. http://www.sinprorp.org.br/clipping/2008/081.htm
CLASSE SOCIAL
Classe social é um termo utilizado para classificar pessoas segundo o seu poder
aquisitivo. A seleção da sociedade em camadas sociais existe desde a Idade
Média onde haviam senhores feudais (classe alta), o clero, os servos (classe
baixa), mas neste perído era chamado estamento e era uma disposição mais
fechada que as classes sociais e eram determinados segundo sua posição
independente de seu poder aquisitivo. Na Idade Moderna também existia esta
divisão sendo a classe dominante quem controlava e decidia acerca da política e
outros fatores e a classe trabalhadora que executavam os trabalhos e acatavam
as decisões tomadas pela classe dominante a fim de conseguir sobreviver. A
partir da Idade Contemporânea as classes sociais foram divididas em baixa, média
e alta. A classe baixa é composta por pessoas de baixo poder aquisitivo e baixa
qualidade de vida que gastam tudo aquilo que recebem com alimentação e saúde,
não lhe restando nada para lazer. A classe média é composta por pessoas que
possuem renda razoável podendo suprir suas necessidades básicas e também lhe
proporcionar entretenimento e lazer. A classe alta é composta por pessoas de alto
poder aquisitivo que não possuem nenhuma dificuldade em suprir suas
necessidades. A partir desta divisão pode-se ainda subclassificar pessoas:
Classe alta alta: Composta por pessoas consideradas elite que normalmente são
proprietários de empresas.
Classe alta: Composta por pessoas que se tornaram ricas por bons salários, como
os políticos.
Classe média alta: Composta por pessoas com salários razoáveis como médicos,
advogados, executivos etc.
Classe média: Composta por pessoas que recebem salários medianos como
gerentes, arquitetos, professores etc.
Classe média baixa: Composta por pessoas que recebem salários mais baixos
como policiais, secretárias, vendedores, recepcionistas etc.
Classe baixa: composta por trabalhadores braçais como operários, serventes,
marceneiros, garis, etc.
Miseráveis: Composta por pessoas desempregadas.
http://www.brasilescola.com/sociologia/classe-social.htm, acessado em 17 de
junho de 2008, as 13:20hs
Para o aluno
Max Weber - Maximillian Carl Emil Weber economista, sociólogo e filósofo alemão nasceu em
1864 em Erfurt, Turíngia, e morreu em 1920 em Munique. Filho de um grande industrial têxtil na
Alemanha Ocidental. Foi um dos principais nomes da sociologia moderna. Quando ainda era
criança mudou-se para Berlim. Em 1882 foi para a Faculdade de
Direito de Heidelberg (Alemanha). Um ano depois se transferiu
para Estrasburgo, onde prestou o serviço militar. Em 1884 reiniciou
os estudos universitários dedicando-se as áreas de economia,
história, filosofia e direito. Trabalhou na Universidade de Berlim
como livre-docente, ao mesmo tempo em que era assessor do
governo. Casou-se, em 1893, com Marianne Schnitger e, no ano
seguinte, tornou-se professor universitário de economia. No início
da Primeira Guerra Mundial, Weber, no posto de capitão, foi
encarregado de administrar nove hospitais em Heidelberg
(Alemanha). Faleceu em 1920 em conseqüência de uma
pneumonia
aguda.
“O homem não teria alcançado o possível se, repetidas vezes, não tivesse tentado o impossível”.
Max Weber analisava de forma diferente de Karl Marx o que é classe social e como as pessoas
estão encaixadas dentro de cada classe social. Primeiro, Weber analisava quais os bens que o
indivíduo possuía, em segundo lugar, qual era a sua posição dentro da sociedade que este
indivíduo fazia parte, o que ele fazia dentro da sociedade em que participava. Em terceiro lugar, e
em sentido pessoal, como esta pessoa se comporta na convivência com outras e o que ela sentia
em relação ao resto da sociedade. As pessoas que fazem parte de uma mesma classe social têm
vidas muito parecidas. Então podemos entender que Weber não encaixava uma pessoa numa
classe social só porque ela tinha muito ou pouco dinheiro, mas a pessoa eram encaixada pelo que
ela fazia, pelo seu prestígio. O poder de cada pessoa a coloca também numa classe social, por
exemplo, existem muitos advogados, todos têm formação em Direito, mas existem uns mais
importantes do que outros, porque uns sabem mais do que outros. Então para Weber, eles não
pertencem à mesma classe social, porque uns são mais importantes do que outros. O poder, para
Weber, não está necessariamente aliado ao poder econômico, o poder social pode ser originado
de outras fontes, como o conhecimento. As classes não são fenômenos puramente econômicos,
são pluralidades, existem várias classes dentro de uma mesma classe (existem várias classes
médias em nossa sociedade). A classe social de Weber distinguiu-se da classe puramente
econômica, pois o indivíduo que é pobre pode tornar-se rico. A relação de classes entre capital e
trabalho assalariado aparece como um sintoma do processo capitalista, não como seu elemento
central, como no marxismo. As classes não estão rigidamente separadas, mas têm relações entre
si. Weber discorda da idéia de Marx de que o capitalismo leva à pauperização dos trabalhadores e
também nega a existência de duas classes homogêneas (capitalistas “burgueses” e proletários)
pois para ele o que prevalece é uma tendência à diversificação das relações de Classe. Para
Weber as classes podem se dividir em: Classe operária manual; Pequena burguesia;
Trabalhadores não proprietários (técnicos, vários tipos de empregados, servidores civis) e os
"Privilegiados" através da propriedade e da educação.
Karl Marx - economista, cientista social e revolucionário socialista, o
alemão Karl Heinrich Marx, nasceu na data de 05 de maio de 1818,
numa família judia de classe média. Sua mãe, Henriette Pressburg,
era judia holandesa e seu pai, Hirschel Marx, um advogado. Marx
cursou Filosofia, Direito e História nas Universidades de Bonn e
Berlim. Sendo considerado um dos fundadores da Sociologia e
militante da Primeira e Segunda Mundial. Casa-se com Jenny von
Westphalen em 1843. Desse casamento, Marx teve cinco filhos, dois
deles morreram na infância, provavelmente pelas péssimas condições
financeiras a que a família estava submetida. Durante a maior parte
de sua vida adulta, sustentou-se com artigos que publicava
ocasionalmente em jornais alemães e estadunidenses, bem como
pelo auxílio financeiro vindos de seu amigo e principal colaborador
Friedrich Engels.
“A queda da burguesia e a vitória do proletariado são igualmente inevitáveis...os proletários nada
têm a perder a não ser suas correntes. Têm o mundo a ganhar. Proletários do mundo, uni-vos”
Para Marx as classes não seriam somente grupos que compartilham de uma certa
proximidade social, mas as classes são definidas em relações de propriedade. Para ele havia
aqueles que possuíam o capital produtivo (dinheiro para investir), com o qual tiravam a mais-valia,
constituindo assim a classe exploradora, de outro lado estavam os assalariados, os quais não
possuíam a propriedade (capital de investimento, maquinaria), mas trabalhavam para os que
tinham a propriedade constituindo assim o proletariado. Marx definiu classe com a propriedade
produtiva, ou seja, detentores de capital ou não. No pensamento marxista, a sociedade divide-se
em dois grandes blocos rivais: a Burguesia (capitalistas) e o Proletariado, esta divisão se inicia
com o modo de produção capitalista. Esta divisão é conseqüência dos diferentes papéis que os
indivíduos têm no processo de produção. Marx afirma que a história de toda a sociedade até hoje é
a história da luta de classes, que esta divisão, esta luta sempre existiu, e é ela, a luta de classes
que empurra a história para frente, é o motor que impulsiona a história. Nessa luta entre burguesia
e proletariado, o Estado é o instrumento na qual uma classe domina e explora outra classe, a
classe que tem mais dinheiro (burguesia), se torna mais poderosa e influente e controla o Estado,
e o Estado age conforme os interesses da classe dominante. Portanto, para Marx, os indivíduos
encontram seus lugares na sociedade, ou seja, encontram sua classe de acordo com a posição
que ocupam no modo de produção capitalista. No modo de produção existem os que trabalham e
os que possuem os meios de produção, por isso há pessoas que ganham muito e pessoas que
ganham pouco. Uns vivem de salário e outros de lucro e exploração! As classes burguesa e
proletária são determinadas historicamente e produtos da sociedade em questão.
(Referências bibliográficas: Guareschi, Pedrinho. Sociologia Critíca. Porto Alegre: Mundo Jovem, 2005.)
Textos sobre Marx e Weber – ROCHA, Priscila P. adaptado de DIAS, F. Edmundo
e CASTRO, Ana Maria. Introdução ao Pensamento Sociológico. Eldorado Editora:
Rio de Janeiro, 1947.
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