Hipogonadismo: Homens com níveis baixos de

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Hipogonadismo: Homens com níveis baixos de testosterona
têm maior risco de desenvolver câncer de próstata agressivo
A testosterona é o principal hormônio masculino e costuma ser conhecido como o símbolo da masculinidade.
Ele é fundamental para o desenvolvimento dos órgãos reprodutores, como testículos e próstata, e para a
evolução de características secundárias, como o aumento da massa muscular, massa óssea e o crescimento de
pelos no corpo. Mas, em alguns casos a produção da testosterona pode ser afetada. E essa mudança pode
acarretar no hipogonadismo, doença na qual as gônadas, no caso dos homens é o testículo, não produz a
quantidade adequada do hormônio. Essa redução também está relacionada ao aparecimento do câncer de
próstata agressivo.
Segundo o andrologista Filipe Tenório, diagnosticar a doença não é uma tarefa fácil, já que ela pode ser
causada por diversos fatores, como lesões locais, lesão de hipófise e a mais comum que é a velhice. Já se sabe
que o número de casos aumenta com a idade, principalmente a partir dos 70 anos. Entre os sintomas mais
comuns estão a disfunção erétil, diminuição da frequência das relações sexuais, diminuição da libido, perda de
musculatura, aumento da massa gorda, fraqueza e dificuldade para dormir. Ainda de acordo com o médico, o
critério para o diagnóstico do hipogonadismo baseia-se “na coexistência de níveis baixos de testosterona
dosada no sangue, acompanhada de sinais compatíveis com a doença”. Além de todos os sintomas, o problema
também pode causar osteoporose e mudanças no humor.
O tratamento do hipogonadismo é feito de acordo com a sua origem. “Se ele foi causado pela varicocele, tratase a varicocele. Se foi por um tumor, trata-se o tumor. E se foi pela falta de hormônios, realiza-se a reposição
hormonal”, explica Tenório. “Muitas pessoas chamam erroneamente o hipogonadismo de andropausa, fazendo
o paralelo com a menopausa feminina. Mas, ao contrário do que acontece com as mulheres, a redução da
testosterona nos homens não é uma coisa normal. Ela deve ser tratada porque o paciente tende a ter mais
complicações e, inclusive, aumenta o risco de morte”, afirma o especialista.
Filipe Tenório explica que a testosterona atua como um protetor da próstata. Quando ela está em baixa, o
câncer pode aparecer e se desenvolver mais agressivamente. O médico alerta ainda que uma vez diagnosticado
com o tumor, o paciente não deve mais realizar a reposição hormonal, porque nesse caso a testosterona age
como estimulador do câncer.
Foto: Reprodução
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