ajes – instituto superior de educação do vale do juruena curso

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AJES – INSTITUTO SUPERIOR DE EDUCAÇÃO DO VALE DO JURUENA
CURSO: GESTÃO EM SAÚDE PÚBLICA
8,5
SISTEMATIZAÇÃO DA ASSISTÊNCIA DE ENFERMAGEM: DESAFIOS PARA A
SUA IMPLANTAÇÃO
[email protected]
Autor: Marciane Aparecida Similli
Orientador: Cynthia Cândida Correa
JUINA/2012
AJES – INSTITUTO SUPERIOR DE EDUCAÇÃO DO VALE DO JURUENA
CURSO: GESTÃO EM SAÚDE PÚBLICA
SISTEMATIZAÇÃO DA ASSISTÊNCIA DE ENFERMAGEM: DESAFIOS PARA A
SUA IMPLANTAÇÃO
Autor: Marciane Aparecida Similli
Orientador: Cynthia Cândida Corrêa
“Trabalho apresentado como exigência
parcial para a obtenção do Titulo de
Especialista em Gestão em Saúde
Pública”.
JUÍNA/2012
RESUMO
A enfermagem é a ciência do cuidado. Desde seu surgimento como profissão
tem procurado fundamentar a sua prática. A Sistematização da Assistência de
Enfermagem (SAE) ou Processo de Enfermagem é definida como um conjunto de
etapas fundamentais numa teoria objetivando sistematizar o cuidado de enfermagem
ao paciente proporcionando-lhe uma assistência individualizada e de qualidade.
Vislumbra o aperfeiçoamento da capacidade de solucionar problemas, tomar
decisões e maximizar oportunidades e recursos formando hábitos de pensamentos.
Existem várias teorias que fundamentam o processo do cuidar. A implantação da
SAE ainda encontra desafios para serem enfrentados e superados. O presente
estudo objetiva identificar na literatura os principais desafios encontrados na
implantação desse processo por parte dos profissionais enfermeiros. Dentre as
hipóteses levantadas algumas são essenciais: Falta de conhecimento suficiente das
enfermeiras sobre a Sistematização da Assistência de Enfermagem; A prática atual
do modelo biomédico ainda seguido pela maioria dos profissionais; Excesso de
atividades burocráticas atribuídas ao profissional de enfermagem e com isso
proporcionando falta de tempo para executarem as fases do processo de
enfermagem. Trata-se de um estudo exploratório descritivo de caráter bibliográfico
onde serão levantados da literatura os principais desafios encontrados para a
implantação da Sistematização da Assistência de Enfermagem nos Hospitais e
entender o porquê a Sistematização da Assistência de Enfermagem tem sido um
processo de difícil implementação nas unidades assistenciais das instituições
hospitalares.
Palavras chave: Processo de Enfermagem. Sistematização da Assistência de
Enfermagem. Teorias de Enfermagem.
SUMÁRIO
INTRODUÇÃO .......................................................................................
05
CAPÍTULO I - REFERENCIAL TEÓRICO .............................................
07
1.1 UM POUCO DA HISTÓRIA DA ENFERMAGEM ............................
07
1.1.1
Estruturação das teorias de enfermagem ..................
09
1.1.2
Escolha de uma teoria .................................................
10
1.1.3
Porque escolher uma teoria ........................................
11
1.2 O PROCESSO DE ENFERMAGEM .................................................
12
1.3 INVESTIGAÇÃO / HISTÓRICO DE ENFERMAGEM .......................
14
1.4 DIAGNÓSTICOS DE ENFERMAGEM .............................................
16
1.4.1 Enfermeiros são diagnosticadores ...............................
17
1.4.2 Taxonomias ou Sistemas de Classificação ..................
19
1.4.3 Eixos do Processo Diagnóstico .....................................
20
1.5 PLANEJAMENTO DOS RESULTADOS ESPERADOS ...................
22
1.6 IMPLEMENTAÇÃO DA ASSISTÊNCIA DE ENFERMAGEM
(PRESCRIÇÃO DE ENFERMAGEM)................................................
24
1.6.1 Como redigir uma prescrição de enfermagem .............
26
1.7 AVALIAÇÃO DA ASSISTÊNCIA DE ENFERMAGEM ......................
29
CAPÍTULO II - METODOLOGIA ............................................................
31
2.1 TIPO DE ESTUDO ...........................................................................
31
2.2 FONTE DE DADOS ..........................................................................
32
2.3 CRITÉRIOS PARA O LEVANTAMENTO BIBLIOGRÁFICO.............
33
CAPÍTULO III – ANÁLISE E DISCUSSÃO DOS DADOS .....................
34
CONCLUSÃO ........................................................................................
36
REFERÊNCIAS ......................................................................................
38
5
INTRODUÇÃO
A Enfermagem, assim como a sociedade em geral, vem acompanhando
profundas e importantes mudanças nas relações sociais e políticas, no campo
tecnológico, nas relações interpessoais e, principalmente, na maneira de organizar
os serviços e responder as novas demandas gerenciais com base nos processos de
melhoria contínua.
Por muitos anos, o tipo de organização dos serviços, associado ao modelo
de gestão tradicional, baseou-se em contradições geradas por uma estrutura rígida,
excessivamente especializada, com funções rotineiras e pouco desafiadoras. Neste
sentido, a enfermagem conformou-se, basicamente, com uma cultura do “fazer” sem,
contudo, refletir acerca de novas possibilidades do ser e agir na prática assistencial
e gerencial. No entanto, a imagem da enfermagem ainda é estereotipada como um
profissional que necessita de supervisão médica, executor de técnicas e
procedimentos delegados por médicos.
Nesse contexto, a Sistematização da Assistência de Enfermagem (SAE)
operacionalizada através da aplicação do processo de enfermagem como
ferramenta para valorização da enfermagem como ciência é um dos meios que o
enfermeiro dispõe para aplicar seus conhecimentos técnico-científicos e humanos na
assistência ao paciente e caracterizar sua prática profissional, colaborando na
definição de seu papel.
Entretanto, o sucesso e a eficácia deste modelo assistencial considerado
instrumento norteador do ensino, da pesquisa e do cuidado é notável, porém
existem algumas dificuldades para o seu desenvolvimento e para mudanças no
processo de trabalho, que aperfeiçoem suas ações. Durante a prática profissional,
vários fatores têm dificultado a elaboração e a avaliação da sistematização da
assistência de enfermagem, atividade exclusiva do enfermeiro.
Nesta perspectiva, o presente estudo tem como objetivo localizar e
identificar na literatura pertinente ao tema os principais desafios encontrados na
operacionalização do processo de enfermagem. Para isso, foram definidos os
seguintes objetivos específicos: Apontar as dificuldades de entendimento e
descrição do processo de enfermagem por parte dos profissionais enfermeiros;
6
Identificar quais as principais teorias a serem embasadas para facilitar o
entendimento desse processo; Demonstrar instrumentos que facilitem a implantação
da SAE por parte dos profissionais enfermeiros.
A maioria dos profissionais de Enfermagem não conseguem entender o
porquê a Sistematização da Assistência de Enfermagem tem sido um processo de
difícil implementação nas unidades assistenciais das instituições hospitalares.
Várias são as hipóteses para a dificuldade de implantação da SAE, entre
elas: Falta de conhecimento suficiente das enfermeiras sobre a Sistematização da
Assistência de Enfermagem; A prática atual do modelo biomédico ainda seguido
pela maioria dos profissionais; Excesso de atividades burocráticas atribuídas ao
profissional de enfermagem e com isso proporcionando falta de tempo para
executarem as fases do processo de enfermagem;
As vantagens de estabelecer SAE na prática são incontestáveis. A
Resolução 272/2004 dispõe sobre a Sistematização da Assistência de Enfermagem
nas instituições de saúde brasileiras. É também uma orientação da lei do exercício
profissional da enfermagem (Lei 7.498, de 25 de junho de 1986). Além disso, sua
implantação se torna uma estratégia na organização da assistência de enfermagem
nas instituições públicas e privadas.
Dada a importância da SAE para fundamentação dos cuidados de
enfermagem e para a valorização do profissional enfermeiro que atua diretamente
na assistência a pessoas e realiza a SAE e proporcionar um atendimento com
excelência em qualidade ao cliente submetido a essa assistência, diante todas as
dificuldades e carências existentes neste tipo de atendimento em todo o país e
contribuir para o crescimento científico, faz-se necessário identificar os desafios que
dificultam a autonomia profissional.
O presente trabalho apresenta-se dividido em etapas: a primeira parte
(Capítulo I) está relacionada ao Referencial Teórico demonstrando sobre a SAE; a
segunda parte (Capítulo II) explica a Metodologia do trabalho e a terceira e última
parte (Capítulo III) é a parte de Análise e Discussão dos Dados.
7
CAPÍTULO I
REFERENCIAL TEÓRICO
1.1 UM POUCO DA HISTÓRIA DA ENFERMAGEM
A enfermagem surgiu num contexto em que os cuidados eram partes dos
deveres domésticos prestados por mães, esposas e religiosas (CRUZ, 2005). Assim
a enfermagem ganha uma representatividade feminina presente até hoje. Na idade
média, a prestação de cuidados foi delegado às mulheres leigas e religiosas, cujo
objetivo maior era a salvação espiritual dos enfermos.
Durante muitos anos a enfermagem foi vista como um ato de caridade. Com
Florence Nightingale (foi uma enfermeira britânica que ficou famosa por ser pioneira
no tratamento a feridos de guerra, durante a Guerra da Criméia. Ficou conhecida na
história pelo apelido de "A dama da lâmpada", pelo fato de servir-se deste
instrumento para auxiliar na iluminação ao auxiliar os feridos durante a noite) a
Enfermagem passou a ser vista sob outra ótica. Após sua atuação na Guerra da
Criméia, é fundada a primeira escola de enfermagem na Inglaterra (1860)
objetivando formar profissionais para a prestação de cuidados. Desse modo a
enfermagem é desvinculada do contexto doméstico e religioso.
Segundo Iyer, Taptich e Bernocchi-Losey (1993), as primeiras atividades em
enfermagem incluíam inúmeras funções de outras áreas profissionais, e o foco de
atenção das enfermeiras eram voltados para medidas de alívio e manutenção de um
ambiente higiênico (limpo e organizado).
A preocupação da enfermagem com a questão teórica nasce com Florence
Nightingale, que afirmava que a enfermagem requeria conhecimentos distintos
daqueles da medicina. Ela definiu que as premissas em que a profissão deveria
basear-se, estabelecendo um conhecimento de enfermagem direcionado às
pessoas, às condições em que elas viviam e em como o ambiente poderia atuar,
positivamente ou não, sobre a saúde delas (NIGHTINGALE, 1989).
Florence Nightingale idealizou uma profissão embasada em reflexões e
questionamentos, tendo por objetivo edificá-la sob um arcabouço de conhecimentos
científicos diferentes do modelo biomédico.
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Enfermagem é basicamente ajudar os indivíduos (doentes ou sadios) nas
atividades que contribuem para a saúde ou a sua recuperação (ou para uma morte
pacífica) e que eles realizam sem auxílio quando possuem a força, o desejo ou o
conhecimento necessário; a enfermagem também ajuda o indivíduo a cumprir a
terapia prescrita e a se tornar independente de ajuda assim que possível.
(HENDERSON; NITE, 1960).
Apesar da forte influência de Nightingale, a enfermagem acabou por assumir
uma orientação profissional dirigida pelo imediatismo, baseando-se nas ações
práticas, de modo intuitivo e não sistematizado. Alguns enfermeiros acostumam-se a
exercer a profissão sob a mesma perspectiva de profissionais médicos,
centralizando suas ações mais na doença do que no paciente. Desse modo, ocorreu
uma quase-estagnação da enfermagem, que permaneceu centrada no modelo
biomédico, fato esse que perdurou por muitas décadas (SOUZA, 1984).
Por conta disso, a enfermagem acostumou-se a depender de conhecimentos
e de conceitos preexistentes que lhe ditassem o que fazer e como fazer, e na
maioria das vezes não refletia sobre por que fazer e quando fazer.
Souza (1984) confirma tal questionamento e reflexão acerca da prática de
enfermagem ao relatar que a percepção da necessidade de condições menos servis
para a profissão levou as enfermeiras norte-americanas a questionarem e refletirem
sobre a situação profissional em que estavam inseridas.
Nos anos de 1950, iniciou-se o foco da enfermagem na assistência holística.
Surgiu, então, a ênfase no cuidado de enfermagem como um processo interpessoal,
centralizando-se na assistência de enfermagem não mais na patologia, mas na
pessoa e na promoção da sua integridade, percebendo-se o doente como pessoa
com necessidades a serem atendidas pelas enfermeiras.
Nas décadas de 1960, as teorias de enfermagem procuravam relacionar fatos
e estabelecer bases para uma ciência de enfermagem, constituindo uma nova fase
da evolução histórica da profissão.
Segundo Rossi e Carvalho (2002), esses modelos teóricos de enfermagem
foram elaborados para retratar conceitos, descrever, explicar, prever o fenômeno e
determinar o campo de domínio da profissão.
Na segunda metade dos anos de 1960, Wanda de Aguiar Horta, primeira
enfermeira brasileira a abordar teoria no campo profissional, embasou-se na teoria
da motivação humana de Abraham Maslow e na teoria de João Mohana para
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elaborar a teoria das Necessidades Humanas Básicas (NHB). Ela propôs as
enfermeiras brasileiras uma assistência de enfermagem sistematizada que fez surgir
no Brasil uma nova visão de enfermagem (HORTA, 1979).
Leopardi (1999) afirma que as teorias são tão importantes para a assistência
profissional quanto para a técnica, a comunicação ou a interação, uma vez que
servem de guia para o contexto assistencial.
O uso das teorias de enfermagem oferece estrutura e organização ao
conhecimento de enfermagem, proporciona um meio sistemático de coletar dados
para se descrever, explicar e prever a prática, promove a prática racional e
sistemática, torna a prática direcionadas por metas e resultados, determina a
finalidade da prática de enfermagem e promove um cuidado coordenado e menos
fragmentado (MCEWEN, 2009).
1.1.1 Estruturação das teorias de enfermagem
Segundo Souza (1985), há muitas definições de teorias. São compostas por
conceitos que se relacionam entre si. Nelas estão contidos aspectos da realidade
comunicados com a finalidade de descrever fenômenos, explicar as relações entre
os fenômenos, prever as conseqüências e prescrever cuidados de enfermagem
(MELEIS, 2007).
As primeiras teorias de enfermagem surgem nos anos 50 para satisfazer as
necessidades de descrever, explicar e predizer um referencial próprio da
enfermagem. E desde então, modelos teóricos e conceituais são elaborados com a
finalidade de sistematizar os conhecimentos, conceitos e terminologias (KAMIYAMA,
1984 apud CAMPEDELI, 1992).
Na enfermagem brasileira, esse movimento inicia-se em 1970 com a
enfermeira Wanda de Aguiar Horta com sua teoria sobre as necessidades humanas
básicas (KIMURA, 1992).
As teorias devem direcionar as ações dos enfermeiros, de modo a que se
possa responsabilizá-los pelos cuidados a serem prestados aos pacientes, não mais
executados de maneira empírica.
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Segundo Bárbara Stevens Barnum (1994), apud Hickman (2000), as teorias
completas têm:
 Contexto: ambiente em que ocorre a assistência de enfermagem;
 Conteúdo: assunto da teoria;
 Processo: método pelo qual a enfermagem atua.
Além disso, as teorias contêm elementos fundamentais que representam o
conteúdo nuclear dessa disciplina: a enfermagem, a pessoa, o ambiente e a saúde,
denominados metaparadigma da enfermagem.
1.1.2 Escolha de uma teoria
Para escolher uma teoria de enfermagem para fundamentar a sua prática, o
enfermeiro precisa conhecer a realidade do setor em que trabalha, o perfil dos
enfermeiros que trabalham na unidade, bem como a clientela atendida, uma vez que
essa caracterização deverá estar em acordo com os conceitos da teoria
selecionada.
Por exemplo, um enfermeiro que atua em um Programa da Saúde da Família
(PSF) deve sistematizar a assistência de enfermagem utilizando como marco
conceitual uma teoria que conceitue pessoa como o indivíduo, a família e/ou a
comunidade em que a pessoa vive; que conceitue saúde de acordo com as
diretrizes do PSF; e que conceitue o enfermeiro como um agente de promoção da
saúde.
Além disso, é fundamental saber se os enfermeiros que vão trabalhar com a
teoria selecionada estão dispostos e capacitados a realizar as atividades
preconizadas por essa teoria.
Após fazer essas considerações, e diante da articulação dos conceitos de
saúde, pessoa, ambiente e enfermagem, o profissional poderá selecionar as teorias
de enfermagem que melhor fundamentará o seu processo de cuidar.
Ferreira (1975) – sistematizar é tornar coerente com determinada linha de
pensamento, e entre as linhas de pensamento que podem ser utilizadas na
enfermagem propõe o uso das Teorias de Enfermagem, uma vez que foram escritas
a partir de vivências da prática profissional, retratando ações realizadas pelos
enfermeiros e determinando como esse profissional deve agir.
11
Cabe ressaltar, porém, que não basta selecionar uma teoria de enfermagem
para fundamentar a implantação da SAE. É necessário que o enfermeiro estude a
fundo a teoria selecionada e adote um comportamento condizente com o que é
preconizado pelo arcabouço teórico que foi eleito como a fundamentação científica
para a prestação da assistência de enfermagem.
Segundo Mathias, Zagonel e Lacerda (2006) o enfermeiro, ao escolher a
teoria, apreende o modo de ser, a história pessoal e profissional da teorista, as
formas de aplicação na prática, os desafios a serem transpostas, as facilidades, e
também as possibilidades de inovação, de acordo com a realidade de atuação.
Assim, necessita acrescentar ao conhecimento que detém sobre a teoria e teorista,
o seu próprio preparo individual, para transitar pelo referencial com segurança e
apropriação.
1.1.3 Por que escolher uma teoria?
A teoria funciona como um alicerce estrutural para a implantação da SAE,
uma vez que, para sistematizar a assistência de enfermagem é necessário um
marco conceitual que fundamente a organização que o serviço almeja alcançar.
Os estudos sobre a SAE no Brasil só se destacaram no final dos anos 1980,
quando o Decreto-lei 94406/87, que regulamenta o exercício profissional da
enfermagem no país, definiu como atividade privativa do enfermeiro, entre outras, a
elaboração da prescrição de enfermagem (BRASIL, 1986).
Atualmente, a implantação das teorias de enfermagem na prática tem sido
constante, sobretudo após a divulgação da Resolução 272/2002 do COFEN,
atualmente revogada pela Resolução 358/2009, que determina que a implantação
da SAE seja uma incumbência privativa do enfermeiro e ressalta a importância e a
obrigatoriedade da sua implantação. Tal fato provocou enorme interesse e a
necessidade premente de conhecimento entre profissionais e estudantes de
enfermagem.
Na resolução é apresentado o método científico que deve ser utilizado para a
sistematização
da
Enfermagem (PE).
assistência
de
enfermagem,
denominado
Processo
de
12
1.2 O PROCESSO DE ENFERMAGEM
Processo de enfermagem é um método utilizado para se implantar, na prática
profissional, uma teoria de enfermagem. Após a escolha da teoria de enfermagem,
torna-se necessária a utilização de um método científico para que os conceitos da
teoria sejam implantados na prática.
Desde a década de 1950, é unânime a busca por procedimentos que
organizem e planejem os serviços de enfermagem de forma eficiente e que
qualifiquem a assistência. Nesse contexto, é que várias teorias são desenvolvias,
contribuindo assim para o crescimento e enriquecimento da profissão enquanto
ciência e com isso a formação da linguagem específica a enfermagem. (KOERICH et
al 2007; KARRARO et al, 1999 apud NOBREGA, SILVA, 2007).
O Processo de Enfermagem surge nos anos de 1960 para sistematizar a
assistência de enfermagem. Hudak e Gallo (1997) define-o como: [...] Uma estrutura
sistemática na qual o enfermeiro busca informação, responde a indicações clínicas,
identifica e responde a questões que afetam a saúde do paciente.
E acrescenta-se com Doenges (1999) que:
[...] esse processo [...] é fundamental as ações de enfermagem em qualquer
cenário [...] trata-se de um método eficiente para organização dos
processos de pensamentos para a tomada de decisões clínicas e soluções
de problemas.
O termo processo foi mencionado pela primeira vez em 1955 por Lydia Hall
(JESUS, 2002; IYER; TAPTICH, 1993). Em 1961, em uma publicação de Orlando
(1978), o processo de enfermagem foi descrito como uma proposta para se melhorar
a qualidade do cuidado prestado por meio do relacionamento dinâmico enfermeirapaciente.
Nesse sentido, vale ressaltar com Campedelli et al (1992) que o processo é a
operacionalização da teoria e não deve ser confundido necessariamente com a
teoria de Horta; cada modelo teórico tem seu processo próprio.
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Na segunda metade dos anos de 1960, Wanda de Aguiar Horta, com base em
sua teoria, apresentou um modelo de processo de enfermagem com os seguintes
passos: Histórico de Enfermagem; Diagnóstico de Enfermagem, Plano Assistencial;
Prescrição de Enfermagem, Evolução de Enfermagem e Prognóstico (HORTA,
1979).
Santana e Carvalho (2000) afirmam que o processo de enfermagem é o
paradigma científico, sem alternativa até o momento atual, de que a enfermagem
deve lançar mão para ser reconhecida e consolidada como ciência.
O processo de enfermagem fornece estrutura para a tomada de decisão
durante a assistência de enfermagem, tornando-a mais científica e menos intuitiva
(JESUS, 2002).
O referido processo é um valioso instrumento da prática de enfermagem, mas
para tanto se faz necessário o registro de todas as etapas deste. A aplicação do
processo de enfermagem objetiva satisfazer as necessidades humanas básicas
prejudicadas pelo processo saúde-doença, visando a recuperação da saúde do
indivíduo.
Dentro deste contexto, o processo de enfermagem é tanto instrumento para
qualificação da assistência quanto de autonomia para a enfermagem como
profissão. Entretanto, a aplicação de tal processo ainda não se universalizou nos
hospitais e outras unidades de saúde, mesmo aquelas vinculadas à universidade.
Neste sentido Peixoto et al (1996) acreditam que:
o processo de enfermagem seja o instrumento profissional do enfermeiro,
que guia sua prática e pode fornecer autonomia profissional e concretizar a
proposta de promover, manter ou restaurar o nível de saúde do paciente,
como também documentar sua prática profissional, visando a avaliação da
qualidade da assistência prestada.
O Processo de Enfermagem é “baseado em princípios e regras que são
conhecidos por promover cuidados de enfermagem eficientes”. Ele é definido como
a dinâmica das ações sistematizadas e inter-relacionadas, visando a assistência ao
ser humano. Pode ser denominado ainda como Sistematização da Assistência de
Enfermagem (SAE).
Portanto, a Sistematização da Assistência de Enfermagem (SAE) é uma
atividade privativa do enfermeiro, que através de um método e estratégia de trabalho
científico realiza a identificação das situações de saúde/saúde, subsidiando a
14
prescrição e implementação das ações da Assistência de Enfermagem, que possam
contribuir para a promoção, prevenção, recuperação e reabilitação em saúde do
indivíduo, família e comunidade.
Cruz (2005) define a SAE como:
Um instrumento de organização do trabalho do enfermeiro e da equipe, pois
por meio dele o enfermeiro não só conhece melhor o cliente [...] como
também pode identificar suas necessidades e seus problemas e elaborar os
diagnósticos de enfermagem planejando os cuidados específicos a cada
cliente.
A SAE requer do enfermeiro interesse em conhecer o paciente como
indivíduo, utilizando para isto seus conhecimentos e habilidades, além de orientação
e treinamento da equipe de enfermagem para a implementação das ações
sistematizadas (DANIEL, 1979).
A implementação da SAE, deverá ser registrada formalmente no prontuário do
paciente devendo ser composta por (COREN, 1999, COREN, 2000):
- Investigação/Histórico de Enfermagem (Anamnese e Exame Físico);
- Diagnóstico de Enfermagem;
- Planejamento dos Resultados Esperados;
- Implementação da Assistência de Enfermagem (Prescrição de Enfermagem);
- Avaliação da Assistência de Enfermagem.
1.3. INVESTIGAÇÃO / HISTÓRICO DE ENFERMAGEM
No Brasil, o histórico de enfermagem foi introduzido na prática por volta de
1965, por Wanda de Aguiar Horta, com alunos de enfermagem. Nessa época
recebeu a denominação de anamnese de enfermagem e devido ao problema da
conotação com a anamnese médica, em 1967 na reunião do corpo docente de
cadeira de Fundamentos de Enfermagem, como, o que era feito, era a história da
enfermagem do paciente, foi adotado o nome “Histórico de Enfermagem”.
Para Horta (1979), o histórico de enfermagem também é denominado por
levantamento, avaliação e investigação que, constitui a primeira fase do processo de
enfermagem, pode ser descrito como um roteiro sistematizado para a coleta e
análise de dados significativos do ser humano, tornando possível a identificação de
seus problemas.
15
Atualmente o histórico de enfermagem é compreendido pela coleta de
informações (dados) conforme a analise seja, indivíduo, família e comunidade. A
coleta compreende a anamnese (entrevista) e o exame físico. Tendo como
finalidade a definição do estado de saúde, atual, deficiências, passado, limitações,
intervenções previas dos membros analisados.
Nesta coleta de informações devem-se levantar dados abrangentes,
relevantes de forma que originem elementos suficientes para delinear a assistência
de enfermagem capaz de atender o paciente perante sua demanda, seja ela
promoção, proteção, prevenção e recuperação. E fundamental que o enfermeiro
compreenda que os dados utilizados pelo médico têm a finalidade de identificar a
etiologia da doença e os dados utilizados pelo enfermeiro têm a finalidade de
identificar a resposta do individuo frente à doença.
O histórico de enfermagem tem como objetivo investigar de maneira
sistemática e ordenada, sendo determinante que as informações obtidas sejam
fidedignas e precisas mais sempre que possível. Capaz de definir o estado de saúde
e o perfil do paciente identificando deste modo quaisquer problemas de saúde e
necessidades atuais ou potenciais, para assim definir diagnósticos de enfermagem
precisos e eficientes.
Um ponto importante na implementação da Sistematização da Assistência de
Enfermagem é conhecer o perfil dos pacientes que freqüentam o serviço, então se
faz necessário a escolha de uma Teoria de Enfermagem (Teórica) que mais
atenderá e adequará as necessidades daquele perfil setorial para a formulação de
um instrumento de coleta. A escolha da teórica funcionará como um alicerce
estrutural para fundamentar e conceituar a prática e o resultado que almeja.
O Histórico de Enfermagem é constituído por entrevista e exame físico. O
exame físico consiste nos quatro métodos propedêuticos: Inspeção, Palpação,
Percussão e Ausculta; a chave para a realização de um exame físico eficiente é um
sólido conhecimento teórico e habilidade técnica apropriada.
A inspeção consiste na observação detalhada com vista desarmada, da
superfície externa do corpo bem como das cavidades que são acessíveis por sua
comunicação com o exterior como a boca, as narinas e o conduto auditivo; A
palpação é a utilização do sentido do tato das mãos do examinador, com o objetivo
de determinar as características da região explorada; A percussão consiste em
golpear a superfície explorada do corpo para produzir sons que permitam avaliar as
16
estruturas pelo tipo de som produzido; A ausculta é o procedimento pelo qual se
detectam os sons produzidos dentro do organismo, com ou sem instrumentos
próprios.
1.4 DIAGNÓSTICO DE ENFERMAGEM
Em 1953, o termo diagnóstico de enfermagem foi utilizado por V. Fry para
descrever uma etapa necessária ao desenvolvimento de um plano de cuidados de
enfermagem. Durante os 20 anos seguinte, referências aos diagnósticos de
enfermagem apareceram apenas esporadicamente na literatura.
Em março de 1990, durante a 9ª Conferência da North American Nursing
Diagnosis Association (NANDA), a Assembléia Geral aprovou uma definição oficial
de diagnóstico de enfermagem (NANDA, 1990):
O diagnóstico de enfermagem é um julgamento clínico das respostas do
indivíduo, da família e da comunidade a problemas de saúde/processo vitais
reais ou potenciais. O diagnóstico de enfermagem proporciona a base para
a seleção das intervenções de enfermagem, visando ao alcance de
resultados pelo qual o enfermeiro é responsável.
No Brasil, a expressão diagnóstico de enfermagem foi introduzida por Wanda
de Aguiar Horta, na década de 60 e constitui-se em uma das etapas do processo de
enfermagem. Para Horta, diagnóstico de enfermagem é a identificação das
necessidades do ser humano que precisa de atendimento e a determinação, pelo
enfermeiro, do grau de dependência deste atendimento em natureza e extensão.
O diagnóstico de enfermagem constitui a segunda do processo de
enfermagem. Durante essa etapa, os dados coletados na investigação são
analisados e interpretados criteriosamente.
Para realizar diagnósticos de enfermagem o enfermeiro deverá ter
capacidade de análise, de julgamento, de síntese e de percepção ao interpretar
dados clínicos.
Os diagnósticos de enfermagem baseiam-se tanto nos problemas reais
(voltados para o presente) quanto nos problemas potenciais (voltados para o futuro),
que podem ser sintomas de disfunções fisiológicas, comportamentais, psicossociais
ou espirituais (CARPENITO, 2009).
17
Cabe ressaltar que os diagnósticos de enfermagem devem ser identificados e
listados em ordem de prioridade, com base no grau de ameaça ao nível de bem
estar do paciente, proporcionando, assim, um foco central para as etapas
subseqüentes.
1.4.1 Enfermeiros são diagnosticadores
A necessidade de se conscientizarem os profissionais e os educadores em
Enfermagem para a percepção dos problemas de enfermagem, de modo a fazerem
um melhor diagnóstico de enfermagem, foi explicitada em 1957 pela enfermeira
americana Faye Glenn Abdellah.
Com o uso do termo “diagnóstico de enfermagem”, ficou claro que os
enfermeiros diagnosticam. Antes disso, o julgamento clínico utilizado na prática para
decidir o foco do atendimento de enfermagem era invisível ou sem denominação.
Atualmente, nas organizações de atendimento de saúde em que os
enfermeiros não utilizam diagnósticos de enfermagem, ou fazem uso deles sem
preocupação com a precisão, a invisibilidade de seu papel como diagnosticadores
podem existir. Com o início dessa classificação formal, ficou amplamente aceito que
enfermeiros são diagnosticadores que usam o modo diagnóstico de raciocínio em
colaboração com os pacientes, identificando, então, os melhores diagnósticos para
orientar as intervenções de enfermagem, com o objetivo de atingir os melhores
resultados para o paciente.
Esse e outros sistemas estimularam o ensino do método de resolução de
problemas nas escolas de enfermagem, enfatizando a importância do rigor
metodológico na coleta e na análise dos dados do paciente e focando o ser humano,
em oposição ao foco no desenvolvimento de tarefas, que predominava na
enfermagem desde o início do século XX.
Segundo o dicionário Webster (1991), o vocábulo diagnóstico deriva dos
termos gregos dia (através) + gignoskein (conhecimento) e têm dois significados, um
relativo ao processo e outro ao resultado ou produto.
Com relação ao processo, o vocábulo diz respeito ao ato de decidir a
natureza de uma condição por intermédio de exames e análise de seus atributos. E
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referindo-se ao produto da atividade diagnóstica, é a decisão ou opinião resultante
do exame e da análise de um problema.
Em 1966, Virgínia Henderson elaborou a lista de 14 necessidades humanas
básicas, cujo objetivo foi descrever os cuidados de que o paciente necessitava sem
depender do diagnóstico e do tratamento do médico. Esta lista representa as áreas
em que os problemas reais ou potenciais podem ocorrer e nas quais a enfermagem
pode atuar (FURUKAWA, 2000).
Em 1973, um grupo de enfermeiras norte-americanas reconheceu a
necessidade de se desenvolver uma terminologia para descrever os problemas de
saúde diagnosticados e tratados com maior freqüência por profissionais de
enfermagem. Foi realizada então, na Saint-Louis University School of Nursing, a I
Conferência Nacional sobre Classificação de Diagnósticos de Enfermagem (CRUZ,
1994).
A primeira listagem de diagnósticos foi desenvolvida por enfermeiros
assistenciais, educadores, pesquisadores e teóricos, e o diagnósticos foram
organizados em ordem alfabética e posteriormente evoluíram para um sistema
conceitual que direcionou a classificação dos diagnósticos em uma taxonomia
(CARPENITO, 2008).
Faye Glenn Abdellah e Virgínia Henderson são consideradas precursoras dos
sistemas de classificação (taxonomias) em enfermagem e mudaram o enfoque da
profissão, que passou a se preocupar com a identificação dos problemas dos
pacientes, posteriormente, com os diagnósticos de enfermagem (CARVALHO;
GARCIA, 2002).
O processo diagnóstico de enfermagem é diferente do da medicina, uma vez
que, nas situações em que é possível agir assim, a pessoa ou as pessoas que
constituem o foco do atendimento de enfermagem devem estar envolvidas, de forma
íntima, como parceira dos enfermeiros no levantamento e na análise dos dados e no
processo diagnóstico. O motivo é que o foco do atendimento de enfermagem é o
bem estar e a autorrealização da pessoa.
As intervenções de enfermagem para os diagnósticos das respostas humanas
oferecem meios adicionais, além do tratamento dos problemas médicos, a partir do
que a saúde das pessoas pode ser promovida, protegida e recuperada.
A Enfermagem concentra-se na “saúde” de “seres humanos”, duas
preocupações científicas das mais complexas, mais complicadas, por exemplo, que
19
a química e a astronomia. Fenômenos relacionados à saúde, como sono, conforto
ou nutrição, são complexos, porque envolvem experiências humanas. Muitos
estudos constataram que as interpretações dos casos clínicos tem o potencial de
serem menos precisas do que aquilo que os dados indicam (LUNNEY, 2008).
Tendo os diagnósticos de enfermagem como o fundamento do atendimento,
os enfermeiros precisam desenvolver competências para diagnosticar, para que se
tornem bons diagnosticadores, Um bom diagnosticador deve se preocupar com a
existência de riscos à exatidão das interpretações. Tornar-se um enfermeiro
diagnosticador exige, assim, o desenvolvimento de habilidades e características
profissionais e pessoais.
1.4.2 Taxonomias ou sistemas de classificação
Segundo Sokal (1974), o processo de classificação, de reconhecimento de
similaridades e o agrupamento de organismos ou objetos, remonta ao período do
homem primitivo, quando afirma que, desde o advento da humanidade, a habilidade
de classificar tem sido vista como um comportamento de adaptação na evolução
biológica. Contudo, a origem da Ciência da Classificação, segundo o referido autor,
aparece nos escritos dos ancestrais gregos.
Na Enfermagem, as tentativas de classificação têm surgido desde o início
deste século. A primeira tentativa de classificar os problemas de enfermagem
ocorreu em 1929, quando Wilson realizou um estudo com o objetivo de separar os
problemas de enfermagem dos problemas médicos dos clientes, num esforço para
isolar os aspectos particulares da Enfermagem dos cuidados de saúde em geral
(Kelly, 1985).
Uma outra tentativa de classificação foi desenvolvida em 1953, por Vera Fry,
quando identificou cinco áreas de necessidades do cliente, as quais considerou
como domínio da Enfermagem e como foco para os diagnósticos de enfermagem.
Estas áreas foram: necessidade de tratamento e medicação, necessidade de higiene
pessoal; necessidade ambiental; necessidade de ensino e orientação e necessidade
humana oupessoal (Kelly, 1985).
Esse sistema de classificação, a Taxonomia da NANDA, iniciada em 1973, é
constituída por uma estrutura teórica – os Padrões de Respostas Humanas – que
orienta a classificação e categorização dos diagnósticos de enfermagem ou das
20
condições que necessitam de cuidados de enfermagem. O uso dessa Taxonomia
define o foco do cuidado de enfermagem e dá às enfermeiras exemplos de como a
profissão difere de outras profissões da saúde. Os diagnósticos, interpretados como
títulos dados pela enfermeira para uma resposta humana, podem ser usados como
ilustração do foco da Enfermagem.
Dessa forma, essa Taxonomia “oferece às enfermeiras novo conhecimento de
definições, características definidoras, fatores relacionados e fatores de risco para
cada diagnóstico, o que proporciona o uso de uma linguagem que pode ser
compartilhada por toda a comunidade de enfermagem” (Carlson-Catalano, 1993).
Carpenito (1997) comenta que a enfermagem necessita de um sistema de
classificação, ou uma taxonomia, para descrever e desenvolver um fundamento
científico confiável para a profissão.
Para a ANA (American Nursing Association/ Associação Americana de
Enfermagem), “as taxonomias são classificações segundo relações naturais
presumidas entre tipos e subtipos” (NANDA, 2008).
1.4.3 Eixos do processo diagnóstico
A estrutura atual da NANDA (2010) contém sete eixos que devem ser levados
em conta no processo diagnóstico:

Eixo 1: Conceito diagnóstico;
 Eixo 2: Sujeito do diagnóstico (indivíduo, família, grupo, comunidade);
 Eixo
3:
Julgamento
(comprometimento,
diminuído,
atrasado,
perturbado, prejudicado, disposição para);
 Eixo 4: Localização (partes/regiões do corpo e funções);
 Eixo 5: Idade (de feto a idoso);
 Eixo 6: Tempo (agudo, crônico, intermitente, contínuo);
 Eixo 7: Situação do diagnóstico (real, promoção da saúde, risco e
bem-estar).
21
Além dos sete eixos existem os 13 domínios em que são distribuídos os
diagnósticos de enfermagem segundo a NANDA:
 Domínio 1: Promoção da Saúde;
 Domínio 2: Nutrição;
 Domínio 3: Eliminação e troca;
 Domínio 4: Atividade/repouso;
 Domínio 5: Percepção/cognição;
 Domínio 6: Autopercepção;
 Domínio 7: Papéis e relacionamento;
 Domínio 8: Sexualidade;
 Domínio 9: Enfrentamento/tolerância ao estresse;
 Domínio 10: Princípios de vida;
 Domínio 11: Segurança /proteção;
 Domínio 12: Conforto;
 Domínio 13: Crescimento/desenvolvimento.
A taxonomia da NANDA (2010) é, atualmente, o sistema de classificação mais
usado no mundo. Traduzida para mais de 17 idiomas, está incorporada a alguns
sistemas de informática desses países. As Conferências da NANDA são realizadas a
cada 2 anos: em plenária geral, na qual são discutidos e aprovados novos
diagnósticos e componentes que integrarão a taxonomia revista (DOENGES;
MOORHOUSE: MURR, 2009).
Exemplos de diagnósticos de Enfermagem:
 Diagnósticos reais ou atuais: Integridade tissular prejudicada,
relacionada à imobilização física e circulação alterada, evidenciada por
feridas com área de solapamento (8cm), na região trocantérica direita;
 Diagnósticos de risco ou potenciais: Risco para integridade da pele
prejudicada, relacionada à imobilização física e circulação alterada;
 Diagnósticos de bem-estar: Comportamento de busca de saúde
relacionado a auto-estima elevada, evidenciado por desejo expresso
de buscar um nível mais elevado de bem-estar;
22
 Diagnósticos de promoção de saúde: Disposição para aumento da
esperança relacionada a crenças de saúde e apoio de pessoas
significativas evidenciado por relatos de desejar reforçar a resolução
dos problemas para alcançar a meta de ter uma melhor condição de
saúde.
É importante que o cliente e a família compreendam e concordem com os
diagnósticos de enfermagem e as metas e intervenções associadas. O Enfermeiro
tem de enfatizar ao cliente e a família que a finalidade básica da terminologia dos
diagnósticos é oferecer aos enfermeiros uma linguagem coerente para comunicar
essas informações. Pode ainda explicar por que um diagnóstico médico não
descreve problemas ou preocupações do cliente na perspectiva da enfermagem.
Isso ajudará a promover compreensão e tomada de decisões.
O diagnóstico de enfermagem á ação privativa do enfermeiro, deve ser
enumerado, e o enfermeiro deve assinar o instrumento utilizado para a anotação dos
diagnósticos de enfermagem e colocar o número do COREN sob o qual está inscrito.
1.5 PLANEJAMENTO DOS RESULTADOS ESPERADOS
O planejamento da assistência constitui a terceira etapa do processo de
enfermagem e consiste nos seguintes passos: estabelecimento de prioridades para
os problemas de diagnósticos; fixação de resultados com o paciente, se possível, a
fim de corrigir, minimizar ou evitar problemas (ALFARO-LEFEVRE, 2005).
Para Bachion (2002), o planejamento da assistência de enfermagem consiste
em um plano de ações para se alcançarem resultados em relação a um diagnóstico
de enfermagem.
Essa fase de planejamento de assistência ou mesmo de elaboração de um
plano de cuidados por escrito é importante, segundo Alfaro-LeFreve (2005), por:
 Promover a comunicação entre os cuidadores;
 Direcionar o cuidado e a documentação;
 Criar um registro que pode ser usado mais tarde em avaliações, em
pesquisas e em situações de cunho legal;
 Fornecer a documentação das necessidades de atendimento de saúde com a
finalidade de reembolso do seguro.
23
Para Backes e Schwartz (2005), Planejamento de Enfermagem são as
intervenções de Enfermagem. É a determinação global da assistência de
enfermagem que o cliente deve receber diante do Diagnóstico de Enfermagem
estabelecido, é o resultado da análise do Diagnóstico, examinando as alterações,
necessidades afetadas e o grau de dependência. Observação: F (Fazer); A (Ajudar);
O (Orientar); S (Supervisionar); E (Encaminhar).
As intervenções planejadas devem ser destinadas a alcançar os resultados
esperados e a prevenir, resolver ou controlar as alterações encontradas durante o
Diagnóstico.
De acordo com Carpenito-Moyet (2009), os resultados esperados para os
diagnósticos de enfermagem devem representar condições favoráveis que possam
ser alcançadas ou mantidas por meio das ações prescritas e realizadas pela
enfermagem. Se os resultados esperados não estiverem sendo alcançados, o
enfermeiro deve reavaliar os diagnósticos, rever os prazos estipulados e os cuidados
prescritos.
Além disso, os resultados esperados devem estar relacionados com a reação
humana identificada no enunciado do diagnóstico; ser centrados no paciente, não no
enfermeiro; ser claros e concisos; descrever um comportamento mensurável; ser
realistas (atingíveis) e determinados junto com o paciente; e apresentar um limite de
tempo (Iyer; Taptich; Bernocchi-Losey, 1993).
Portanto, os resultados esperados são de extrema importância na fase de
avaliação do processo de enfermagem, tornando-se indicadores do sucesso do
plano estabelecido.
Alfaro-LeFevre (2005) comenta que é necessária a análise acerca do fato de
os resultados terem sido realistas e apropriados para o indivíduo, uma vez que o
enfermeiro deve fazer uso de seu pensamento crítico e de seu conhecimento
científico para estabelecer este limite de tempo a fim de que o problema seja
revertido, ou minimizado.
É importante salientar que para cada diagnóstico de enfermagem deverá
haver um resultado esperado, ou seja, para cada problema detectado espera-se
algo para aquele paciente.
1.6 IMPLEMENTAÇÃO DA ASSISTÊNCIA DE ENFERMAGEM (PRESCRIÇÃO DE
ENFERMAGEM)
24
A Implantação constitui a quarta etapa do processo de enfermagem.
Implementar significa colocar em prática, executar o que antes era uma proposta
(SOUZA et al., 2008).
Stanton, Paul e Reeves (1993) vêem a implementação da assistência de
enfermagem como as ações prescritas e necessárias para a obtenção dos
resultados esperados.
A Prescrição de Enfermagem é o conjunto de medidas decididas pelo
enfermeiro, que direciona e coordena a Assistência de Enfermagem ao paciente de
forma individualizada e contínua, objetivando a prevenção, promoção, proteção,
recuperação e manutenção da saúde.
Paim (1998), relata que a prescrição de enfermagem significa medidas de
solução para os problemas do paciente, indicados e registrados previamente pelo
enfermeiro, com a finalidade de atender as necessidades humanas desse mesmo
paciente sob sua responsabilidade.
Para Horta (1979), a prescrição de enfermagem é a implementação do plano
assistencial pelo roteiro diário (ou aprazado) que coordena a ação da equipe de
enfermagem na execução
dos
cuidados
adequados ao atendimento das
necessidades humanas básicas e específicas do ser humano.
Segundo Car, Padilha, Valente (1985), a prescrição de enfermagem:

É um método de trabalho científico, por meio do qual o enfermeiro
pode garantir uma função profissional específica;

Deve ser elaborada a partir de problemas prioritários do paciente
sem, contudo, serem omitidos aqueles que deverão ser tratados a
“posteriori”;

Deve anteceder a prestação da assistência;

Deve ser elaborada de modo a expressar claramente o plano de
trabalho;

É o conjunto de ações determinadas, da qual não deve constar a
especificação de passos que são inerentes a procedimentos padronizados.
Para Car, Padilha, Valente (1985), a prescrição de enfermagem deve:

Ser precedida de data;

Utilizar verbos de ação; no infinitivo;

Ser concisa e redigida em linguagem comum aos elementos da
equipe;

Conter determinação de horários, que serão checados logo após a
execução dos cuidados

Ser elaborada diariamente para um período de 24 horas, mesmo que
os cuidados a serem prescritos sejam iguais aos do dia anterior;

Ser reavaliada e modificada de acordo com as condições do paciente;
25

Especificar os cuidados em ordem cronológica de execução,
conforme as prioridades estabelecidas;

Conter os cuidados de rotina, estabelecida pela instituição, apenas
quando os mesmos irão influir no cronograma de prestação de cuidados;

Incluir a verificação de sinais vitais pelo menos uma vez ao dia,
mesmo que o paciente não apresente anormalidades nesses parâmetros;

Conter as ações específicas da enfermaria;

Especificar os cuidados inerentes a determinados exames e
medicações, na vigência de problemas identificados;

Excluir as ações que o paciente possa fazer sozinho, sem
necessidade de acompanhamento, orientação ou supervisão de equipe de
enfermagem;

Excluir cuidados inerentes a procedimentos técnicos padronizados.
Para Campedelli et al. (1989), o número de prescrições por enfermeiro varia
conforme o nível de complexidade de assistência aos pacientes, sendo em torno de
5 a 10 número de prescrições previstas para um período de 6 horas.
Ao colocar em prática as prescrições,
o enfermeiro deverá estar
constantemente investigando e reinvestigando tanto as respostas do paciente
quanto seu próprio desempenho, pois o ser humano é imprevisível e precisa ser
monitorado cuidadosamente (ALFARO-LEFEVRE, 2005).
Souza et al. (2008), ressaltam que nessa fase é necessário que o profissional
enfermeiro e os demais membros da equipe de enfermagem tenham habilidades
técnicas e psicomotoras específicas, a fim de que, durante a interação com os
pacientes, possam desenvolver uma relação de confiança.
Ao prescrever os cuidados de enfermagem, o enfermeiro deve estar atento
aos fatores relacionados e às características definidoras identificadas na elaboração
dos diagnósticos de enfermagem, isto porque, ao fazer as prescrições, seu foco
deve ser reverter os fatores etiológicos associados aos diagnósticos e solucionar os
sinais e sintomas (características definidoras de um diagnóstico de enfermagem)
(DOCHTERMAN; BULECCHEK, 2008).
Além disso, os enfermeiros devem ter conhecimento de que eles não
prescrevem nem tratam as condições clínicas que correspondem a complicações
fisiológicas detectadas nos pacientes (CARPENITO-MOYET, 2009).
É válido ressaltar que os enfermeiros não tratam as condições médicas e sim
prescrevem cuidados para as respostas humanas das condições clínicas. As
prescrições planejadas devem ser éticas e apropriadas à cultura, idade, sexo do
paciente. (CARPENITO, 2002; TANNURE, 2008), assim, os enfermeiros coordenam
as atividades de todos aqueles envolvidos no processo de implementação, de modo
26
que a agenda de atividades facilite a recuperação do paciente, aliado ao julgamento
acurado do diagnóstico de enfermagem. (Smeltzer e Bare, 2006).
1.6.1 Como redigir uma prescrição de Enfermagem
As prescrições devem incluir a ação a ser realizada (os verbos deverão estar
no infinitivo), conter uma frase descritiva (o quê, como, quando, onde, com, com que
freqüência, por quanto tempo ou quando), quem deve realizá-la e a assinatura do
enfermeiro responsável por sua confecção (ALFARO-LEFEVRE, 2005).
A expectativa é de que o cuidado prescrito beneficiará o paciente ou a família
de maneira previsível. Essas prescrições têm a intenção de individualizar o cuidado
pelo atendimento da necessidade específica do paciente, e, sempre que possível,
devem
incorporar
os
potenciais
identificados
do
paciente
(DOENGES;
MOORHOUSE; GEISSLER, 2003).
Chianca (2004) reforça essa orientação afirmando que a fidedignidade de um
diagnóstico ou de uma prescrição de enfermagem ou de um resultado deve ser
entendida como a média de concordância acerca do diagnóstico, dos resultados a
serem alcançados e das prescrições para se atingirem os objetivos estabelecidos.
27
Diagnóstico de Enfermagem
Resultados Esperados
Prescrição de Enfermagem
Distúrbio
da
imagem
corporal
relacionada à doença caracterizada
por verbalização da percepção de que
está gorda.
Deverá
ser
estimulada
a
compreender o distúrbio da
imagem corporal causado pela
doença.
Ansiedade relacionada a conflito
inconsciente quanto a metas de vida
caracterizado por agitação.
Melhora do conforto psicológico e
fisiológico.
Intolerância a atividade relacionada a
fraqueza generalizada caracterizada
por relato verbal de fraqueza.
Deverá progredir até conseguir
realizar atividades físicas sem
apresentar ou relatar fadiga ou
fraqueza.
Deverá
relatar
os
fatores
associados à infecção e as
precauções necessárias.
- Esclarecer sobre a doença enfocando a imagem corporal. Incentivar a
expressar sentimentos de como se sente e como vê a si mesma.
- Esclarecer qualquer concepção errônea que ela tenha sobre si mesma,
sobre o cuidado e sobre as pessoas que prestam o cuidado.
- Explorar os pontos fortes e os recursos da própria pessoa.
- Ficar junto da pessoa.
- Não fazer exigências ou pedir que ela tome decisões.
- Apoiar os mecanismos de enfrentamento presentes.
- Falar lenta e calmamente.
- Encorajar os exercícios isométricos.
- Aumentar, gradualmente a tolerância.
- Salientar que a importância de uma boa alimentação exerce na força
muscular e na prática da atividade física.
- Encorajar a manter a dieta proteica e calórica na dieta.
- Observar as manifestações clínicas de uma possível infecção no cliente.
- Instruir o cliente e a família tendo em vista as causas e os riscos de
infecção.
- Realizar registro de balanço hídrico ingerido, menos eliminação urinária.
- Pesar diariamente.
- Monitorar a ingestão hídrica. Assegurar ao mínimo 2000ml de líquidos
orais a cada 24 horas.
Fornecer instruções escritas e verbais sobre os líquidos desejados e a
quantidade.
Risco de infecção
desnutrição.
relacionado
a
Volume de líquidos insuficientes
relacionado com perdas ativas de
líquidos caracterizado por perda
súbita de peso.
Deverá manter a densidade
específica de urina dentro dos
limites normais.
Quadro 01: Exemplos de Prescrições de Enfermagem
Fonte: Nanda, 2010.
28
Souza et. al (2008) ressaltam que a implementação deve resultar em
benefício para o paciente, ser respaldada na investigação (anamnese e exame
físico) e na identificação dos diagnósticos de enfermagem e partir de um
planejamento individualizado.
Uma prescrição de enfermagem incompleta pode colocar em risco a
segurança do paciente. As prescrições devem ser redigidas de maneira clara,
precisa e completa, a fim de evitar qualquer dúvida na interpretação.
Para ter uma diretriz sobre o que deve ser prescrito a fim de que os
resultados esperados sejam alcançados, o enfermeiro pode consultar a Nursing
Intervention Classification (NIC), uma taxonomia de intervenções de enfermagem.
A NIC começou a ser desenvolvida em 1987 na Universidade de OIowa, EUA.
O impulso para se iniciar esse trabalho sobre intervenções de enfermagem
começou, em parte, com o trabalho de NANDA, uma vez que, até então, a
compreensão vigente era de que, quando um enfermeiro formula um diagnóstico de
enfermagem, ele tem o dever de resolvê-lo ou minimizá-lo (DOCHTERMAN;
BELECCHEK; CHIANCA, 2003).
Segundo McCloskey e Bulecchek (2004), a NIC foi criada porque era
necessária uma classificação das intervenções de enfermagem para padronizar a
linguagem usada pelos enfermeiros na descrição dos cuidados que eles realizavam
com os pacientes.
A utilização da NIC possibilita que sejam realizadas comparações entre
intervenções de enfermagem de vários tipos (MOORHEAD; DELANEY, 1997), o que
favorece a realização de pesquisas e elaboração de protocolos fundamentados na
prática baseada em evidências.
A NIC (2008) contem 7 domínios, 30 classes, 514 intervenções e mais de
12.000 atividades. Para cada domínio existem classes, e em cada classe há
intervenções a serem executadas. Para cada intervenção há um código
preestabelecido. Após cada intervenção segue-se uma lista de atividades.
29
1.7 AVALIAÇÃO DA ASSISTÊNCIA DE ENFERMAGEM
A avaliação ou evolução é a quinta etapa do processo de enfermagem e,
segundo Stanton, Paul e Reeves (1993), pode-se concebê-la levando-se em conta a
estrutura, o processo e o resultado.
Carpenito-Moyet (2009) ressalta que o profissional enfermeiro é responsável
pela avaliação diária do estado e da evolução do paciente a fim de que se alcancem
os resultados.
A avaliação cuidadosa, deliberada e detalhada de vários aspectos do
atendimento ao paciente é a chave para a excelência no fornecimento do
atendimento de saúde (ALFARO-LEFEVRE, 2005).
Cabe reforçar que, mesmo sendo considerada a última etapa do processo de
enfermagem, a avaliação não o conclui, pois deve levar à reavaliação, que resulta
em reinício do processo (STANTON; PAUL; REEVES, 1993).
Cabe ainda ressaltar que o enfermeiro deve sempre avaliar as conseqüências
das ações de enfermagem previstas. Ele deve aprender tanto com os resultados
positivos quanto com os negativos, ampliando seus conhecimentos em prol de um
atendimento de enfermagem de qualidade.
Alfaro-LeFevre (2005) menciona que o acompanhamento criterioso dos vários
aspectos do cuidado dispensados ao paciente constitui a chave para a excelência no
oferecimento de cuidados de saúde e, sendo assim, pode vir a fazer a diferença
entre práticas de cuidados destinados a repetir erros e práticas de cuidados seguras,
eficientes e que buscam o aperfeiçoamento.
Sparks e Taylor (2007) afirmam que os enfermeiros devem se fazer as
seguintes perguntas: a condição do paciente melhorou, piorou ou permaneceu a
mesma? Os diagnósticos de enfermagem são precisos? As necessidades de
enfermagem do paciente foram atendidas? O paciente alcançou os resultados
esperados, ou devo revê-los? Quais as ações de enfermagem devo rever? Devo
reordenar as prioridades?
Além disso, a necessidade de informações sobre os resultados dos pacientes
que foram influenciados pelos cuidados de enfermagem aumenta à medida que as
organizações se reestruturam para melhorar a eficiência (MOORHEAD; JOHNSON;
MAAS, 2008).
30
Conceituando esta última etapa do método – evolução do cliente: se dá pela
contínua avaliação das condições do paciente observando as respostas peculiares à
aplicabilidade dos cuidados de enfermagem propostos anteriormente e que teve
como objetivos:
 Controlar os resultados, fazendo correlação ao identificar mudanças
relacionadas à saúde do paciente;
 Identificar novos problemas e constatar a resolução de outros;
 Provocar mudanças de atitudes no cuidado pessoal do paciente.
31
CAPÍTULO II
METODOLOGIA
2.1 TIPO DE ESTUDO
Trata-se de um estudo exploratório explicativo de caráter bibliográfico onde
foram levantados da literatura pertinente ao tema os principais desafios encontrados
para implementação e a operacionalização do processo de enfermagem nas
Unidades de Saúde.
Segundo Severino (2007), o estudo bibliográfico caracteriza-se por aquele
que se realiza a partir do registro disponível, decorrente de pesquisas anteriores, em
documentos impressos, como livros, artigos, teses, etc. Utiliza-se de dados ou de
categorias teóricas já trabalhadas por outros pesquisadores e devidamente
registradas. Os textos tornam-se fontes dos temas a serem pesquisados. O
pesquisador trabalha a partir das contribuições dos autores dos estudos analíticos
constantes dos textos.
Este trabalho é de natureza exploratória por envolver levantamento
bibliográfico, buscando desenvolver, esclarecer e modificar conceitos e idéias para a
formulação de abordagens posteriores. As pesquisas exploratórias, segundo Gil
(1999), visam proporcionar uma visão geral de um determinado fato, do tipo
aproximativo.
2.2 FONTE DE DADOS
No presente estudo foram eleitas as publicações disponíveis no banco de
dados da Literatura Latino-Americana em Ciências da Saúde (LILACS) e Cientific
Electronic Library Online (Biblioteca Científica Eletrônica Online) (SciELO),
indexados no Centro Latino-Americano e do Caribe de Informação em Ciências da
Saúde (BIREME), Livros, Teses, Revistas e Publicações Científicas.
A Lilacs, base de dados cooperativa do Sistema BIREME compreende a
literatura relativa às Ciências da Saúde, publicada nos países da Região, a partir de
32
1982. Abrange artigos das revistas mais conceituadas da área da saúde, teses,
monografias, anais de congressos ou conferências, relatórios técnico-científicos e
publicações governamentais.
A SciELO é um modelo para a publicação eletrônica cooperativa de revistas
científicas na Internet especialmente desenvolvido para responder às necessidades
da comunicação científica nos países da América Latina e Caribe. Foram
selecionadas devido acesso fácil e rápido a Internet. A coleta de dados foi
operacionalizada por meio de um instrumento específico para este estudo, com a
finalidade de atender aos objetivos do presente estudo.
2.3 CRITÉRIOS PARA O LEVANTAMENTO BIBLIOGRÁFICO
Para o alcance dos objetivos propostos foram eleitos alguns critérios
referentes às publicações a serem analisadas, conforme as características descritas
na seqüência:
- Publicações que abordam a Sistematização da Assistência de Enfermagem
na perspectiva da Implantação e Implementação;
- Tipo de publicação: periódicos na modalidade artigos científicos,
contemplando relato de casos, estudos bibliográficos;
- Características da apresentação das publicações: publicações disponíveis
na íntegra.
- Características quanto à periodicidade das publicações: foram analisados
periódicos publicados sobre o tema;
- Idioma de publicação: língua pátria (português);
- Local de indexação: bases de dados científicas institucionais: LILACS,
SciELO Brasil e Literaturas Científicas.
- Palavras chave: Processo de Enfermagem. Sistematização da Assistência
de Enfermagem. Teorias de Enfermagem.
33
CAPÍTULO III
ANÁLISE E DISCUSSÃO DE DADOS
A SAE, enquanto processo organizacional é capaz de oferecer subsídios para
o desenvolvimento de métodos/metodologias interdisciplinares e humanizadas de
cuidados. As metodologias de cuidado, sejam quais forem as suas denominações,
representam, atualmente, uma das mais importantes conquistas no campo
assistencial da enfermagem. O profissional imbuído nesse processo necessita,
entretanto, ampliar e aprofundar, continuamente, os saberes específicos de sua área
de atuação, sem esquecer o enfoque interdisciplinar e/ou multidimensional.
Na literatura levantada, muitos desafios foram identificados no que concerne à
operacionalização no processo de enfermagem ou Sistematização da Assistência de
Enfermagem. Destacam-se:
 Dicotomia entre teoria e a prática;
 Excesso de atividades burocráticas atribuídas ao profissional de
enfermagem;
 Desconhecimento de todo o processo de enfermagem, principalmente
do diagnóstico de enfermagem;
 Deficiência teórico-prática a respeito do processo e enfermagem.
Os resultados indicam que a falta de conhecimento constitui um fator que
dificulta o processo de implantação da SAE, relacionado com a prática fragmentada
das fases do processo de enfermagem, com a falta do referencial teórico-filosófico e
com a dificuldade para desprender-se do modelo biomédico/cartesiano.
A prática de enfermagem sistematizada é operacionalizada por meio da
aplicação das fases que compõe o processo de enfermagem, cada uma com sua
importância e objetivo, de forma inter-relacionada e interativa. Contudo, a prática
fragmentada das mesmas representa uma fragilidade, gerando ações imediatistas,
sem planejamento prévio, o que pode comprometer a qualidade da assistência
prestada.
34
Campedelli et al. (1992) salienta que para operacionalização da SAE o
profissional de enfermagem precisa ficar livre de atividades burocráticas para
planejar, acompanhar e executar a assistência de enfermagem
Thomaz e Guidardello (2002) perceberam em seu estudo que embora a SAE
proporcione uma assistência individualizada e qualificada com base científica; há na
prática uma desarticulação com a teoria resultando numa assistência desordenada.
Outro desafio apontado pela literatura é a dificuldade de entendimento e
descrição do processo de enfermagem por parte dos profissionais e estudantes.
(OLIVA et al, 2005).
A Resolução nº 272/2002 do Conselho Federal de Enfermagem designado a
SAE como atividade privativa do enfermeiro a ser aplicado em todas as Unidades de
Saúde (BRASIL, 2007).
O perfil do cliente, diante de suas múltiplas e complexas necessidades de
cuidado, exige do enfermeiro, além do empenho no trabalho em equipe, a
apropriação de referenciais dinâmicos e flexíveis em prol do cuidado interativo e
complexo, pautado na contextualização, interdependência e relação de todos os
aspectos referentes à vida humana.
A interdisciplinaridade e o envolvimento de todas as instâncias de poder, bem
como da própria academia no processo de implantação da SAE apresentaram-se
como primordiais para a obtenção do sucesso, que se refere aos investimentos para
as melhorias nas práticas do cuidado.
35
CONCLUSÃO
A operacionalização e implementação do processo de enfermagem ainda
encontra desafios devido ao despreparo cognitivo e teórico-prático frente à
elaboração dos diagnósticos de enfermagem por parte dos profissionais de
enfermagem. Esta fase do processo ainda é uma incógnita e para operacioná-lo é
necessário formar profissionais capazes de pensar criticamente e correlacionar a
prática com a busca de conhecimento.
A Sistematização da Assistência de Enfermagem requer do profissional
interesse em conhecer o paciente como indivíduo, utilizando para isso seus
conhecimentos e habilidades, além de orientação e treinamento da equipe de
enfermagem para implementação das ações sistematizadas. É necessário o
comprometimento e a conscientização da importância de estabelecer equipes
multiprofissionais destinadas a este fim.
O Planejamento da Assistência de Enfermagem garante a responsabilidade
junto ao cliente assistido, uma vez que este processo nos permite diagnosticar as
necessidades do cliente, fazer a prescrição adequada dos cuidados e, além de ser
aplicada a assistência, pode nortear tomada de decisões vivenciadas pelo
enfermeiro enquanto gerenciador da equipe de enfermagem, promovendo a
autonomia da profissão.
Entretanto, transformar a realidade de uma assistência não planejada envolve
mais do que a vontade individual dos enfermeiros. Há que se desenvolver um
projeto para o alcance dessa meta, no qual são imprescindíveis a vontade política,
envolvimento institucional e melhoria das condições de trabalho. Neste sentido, de
acordo com as hipóteses levantadas, a jornada de trabalho excessiva, a parte
burocrática, o desconhecimento da SAE dificultam a sua implantação e
implementação, porém, mesmo com os desafios crescentes, conquistas foram
alcançadas no decorrer do processo. A isto se somam as certezas e a satisfação
interior de ter tido a iniciativa e a ousadia de provocar a implementação do processo
da SAE, a sensação de um movimento dinâmico contagiante, capaz de sacudir as
36
estacas e ou sustentáculos do saber reducionista, submisso e fragmentado, isto é,
conformado com uma assistência mecanizada e burocratizada. É preciso salientar,
sem medo de errarmos, que a SAE representa, atualmente, uma das mais
importantes conquistas no campo assistencial da enfermagem.
É preciso reconhecer, todavia, que a gerência de enfermagem desempenha
um papel importante nesse processo de construção e reconstrução de saber,
principalmente no que se refere à implementação da SAE. Liderar, nesse caso,
significa provocar transformações e inquietações internas para possíveis mudanças
culturais e estruturais. Transformar a rotina da prática do modelo biomédico em
realidade de construção da SAE.
Em suma, a implementação da SAE representa, para a Gerência de
Enfermagem e toda a equipe de enfermagem apenas o início de um processo lento,
dinâmico e gradual, que pressupõe a superação de resistências, temores, crenças e
barreiras associadas à política e filosofia institucional e de enfermagem.
Assim, a metodologia de escolha para o desenvolvimento do processo é de
fundamental importância, tendo em vista que a sua construção, de forma lenta,
gradual e dinâmica, supõe uma mudança de paradigmas no modo de ser e
compreender o papel do enfermeiro na prática assistencial.
37
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