emater - mg - Almanaque do Campo

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Fruticultura
A Cultura do Abacate
Cultura do Abacate
Informação Tecnológica
Abril -2001
Fruticultura
Informações resumidas
Resenha
sobre a Cultura do Abacate
Eng.º Agro Ruben Ramalho
Autor(es)
Sobrinho
Nome
Produto
Data
Preço
Linha
Fruticultura
A Cultura do Abacate
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Introdução
Variedades
Polinização
Clima
Escolha e Preparo do Solo
Época de Plantio
Espaçamento
Propagação
Adubação
Pragas e doenças
Rendimento e Colheira
Comercialização
Bibliografia
1 - Introdução
O abacate é uma fruta tropical de alto valor para a alimentação humana,
contendo importantes vitaminas e sais minerais.
O seu cultivo é possível em diversos climas, desde que observada a
origem da raça a ser cultivada.
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2 - Variedades
Selecionar variedades que melhor preencham as finalidades da
exploração e que se adaptem às condições locais de clima e solo. As
variedades mais indicadas estão relacionadas no quadro 1.
Quadro 1. Características de diversos cultivares de abacateiro
Cultivar
Fuerte
Hass
Pollock
Simmonds
Princesa
Waldin
Westin
Bertanha
Fortuna
Herculano
Quintal
Paulista
Linda
Wagner
Emor
Solano
Ouro Verde
Raça
MxG
G
A
A
A
A
AxG
GxA
AxG
GxA
AxG
GxA
G
G
GxA
GxA
-
Grupo
B
B
A
A
B
B
B
B
B
A
B
A
B
B
A
Época de Maturação
março a junho
junho a setembro
janeiro a abril
fevereiro a março
março
março a abril
abril a maio
abril a maio
abril a julho
abril a maio
maio a julho
maio a julho
junho a agosto
agosto a setembro
agosto a outubro
setembro a outubro
setembro a outubro
A: Antilhano G: Guatemalense
Para exportação, as variedades recomendadas são a Fuerte e a Hass.
Outros cultivares podem ser plantados. Procure se informar consultando
um extensionista da EMATER–MG.
Os abacateiros são identificados em três raças, conforme suas
origens:
Características
Folhas
Época de
florescimento
Estação de
amadurecimento
Tempo entre a
formação do fruto e a
maturação
Tamanho dos frutos
Textura da casca
Teor de óleo
Origem (altitude)
Resistência ao frio
Resistência à geada
Antilhana
Guatemalense
Mexicana
Cheiram como a
erva-doce (anis)
Sem aroma e tamanho Sem aroma, tamanho de 15
quando esmagadas,
de 20 cm
a 18 cm
tamanho de 8 a 10
cm
agosto–setembro
setembro- outubro
julho – agosto
dezembro– março
março – setembro
dezembro – abril
5 a 8 meses
10 a 13 meses
6 a 8 meses
400 a 2.000 g
Coriácea
Baixo
0 – 1.000 m
Pouca
Baixa Resistência
200 a 2.000 g
Grossa e quebradiça
Médio a alto
1.000 – 1.800 m
Média
50 a 400 g
Macia e fina
Médio a alto
1.800 – 2.600 m
Alta
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Susceptibilidade para
geada
(planta adulta)
Vida pós-colheita
Tolerância à
alcalinidade
Tolerância à salinidade
Outras
Alta (- 2,5 oC)
Média (- 4,0 oC)
Baixa (- 5,5 oC)
Baixa
Alta
Média
Alta
Média
Baixa
Alta
Média
Conhecidos por
comum ou manteiga.
Brotação quase
bronzeada. Frutos com
pedúnculo curto
Pedúnculo comprido.
Brotos quase sempre
bronzeados. Frutos
grandes, casca grossa,
geralmente rugosas.
Baixa
Frutos pequenos.
Pedúnculo curto.
Casca sempre fina
e lisa. Brotos de
coloração
verde-clara.
Os híbridos resultantes de cruzamentos naturais entre as diferentes
raças têm, conforme sua origem, exigências climáticas diferenciadas.
.
3 - Polinização
As flores do abacateiro apresentam o fenômeno chamado dicogamia
protogínica, que consiste na maturação do órgão feminino anteriormente
à do masculino, em horas diferentes do dia.
Portanto, para que ocorram a polinização e conseqüentemente a
frutificação, há necessidade da presença de abacateiros diferentes
quanto ao comportamento sexual (Grupo A e Grupo B).
Recomenda-se o plantio intercalado de cultivares dos Grupos A e B que
floresçam na mesma época, para assegurar uma polinização mais
eficiente das flores. Em condições normais, essas características estão
especificadas a seguir:
Dia Período
1º
dia
2º
dia
Tipo A
Manhã
Flores abertas com estigmas receptivos
Tarde
Flores Fechadas
Noite
Flores Fechadas
Manhã
Flores Fechadas
Tarde
As flores abrem novamente com estames
deiscentes
Tipo B
Flores abertas com estigmas
receptivos
Flores Fechadas
Flores abertas com estigmas
receptivos
A autofecundação pode ocorrer. Porém a participação dos insetos é
fundamental, principalmente a das abelhas, sendo inclusive
recomendada a instalação de colméias nos pomares.
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.
4 - Clima
A temperatura é um dos fatores mais importante, porque os invernos
rigorosos são limitantes ao cultivo comercial.
Os cultivares da raça Mexicana são os mais recomendados às regiões
de invernos frios, seguidos pelos cultivares Guatemalenses.
Os cultivares da raça Antilhana não devem ser plantados em regiões de
clima frio.
Chuvas em torno de 1.200 mm anuais são suficientes para o abacateiro,
desde que sejam bem distribuídos durante o ano. O excesso durante o
período de florescimento e frutificação, além de reduzir a produção,
prejudica a qualidade dos frutos.
Os cultivares precoces devem ser plantados em regiões mais quentes
para acentuar a precocidade, e os cultivares tardios devem ser plantados
em regiões mais frias, onde a colheita dos frutos poderá ser retardada
ainda mais.
.
5 - Escolha e Preparo do Solo
Preferencialmente, instalar a cultura em solos leves, profundos, bem
drenados. Solos encharcados predispõem as plantas à gomose ou
podridão-do-pé.
Escolher terrenos planos ou pouco ondulados. A inclinação não deve
exceder a 10% para facilitar a mecanização. O controle da erosão deve
iniciar-se com a marcação das linhas de nível.
Evitar locais de ventos fortes e constantes, porque causam
desfolhamento, queda dos frutos, quebra de ramos e dificuldades na
polinização por insetos.
Preparar o solo fazendo-se uma aração profunda seguida de gradeação.
O alinhamento é de acordo com a topografia, podendo ser em curva de
nível, terraços ou banquetas, evitamdo-se assim os prejuízos causados
pela erosão.
Para o plantio, abrem-se covas de 40 x 40 x 40 cm.
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6 - Época de Plantio
A mais indicada é a que coincide com o início das chuvas, o que propicia
condições favoráveis a um rápido desenvolvimento vegetativo. Após o
plantio, as mudas deverão ser parcialmente sombreadas, para se
evitarem queimaduras do caule e diminuir a transpiração.
7 - Espaçamento
Variedade de porte alto .... 10 x 10 metros
Variedade de porte baixo ... 10 x 8 metros
Plantio adensado: 10 x 5 metros. Quando houver prejuízo provocado
pelo adensamento, eliminar uma planta na linha. Nesses casos, o custo
de implantação é muito elevado.
8 -Propagação
A propagação do abacateiro pode ser feita com uso sementes ou de
estacas (enxertia). Por meio de sementes não é recomendada, tendo em
vista a variação que ocorre nas plantas obtidas e no retardamento do
início da produção.
Recomenda-se adquirir mudas enxertadas, produzidas por viveiristas
idôneos, devidamente registrados no Ministério da Agricultura ou na
Secretaria de Agricultura do Estado.
Não adquirir mudas de vendedores ambulantes.
Uma boa muda deve:
ter o enxerto feito entre 5 a 10 cm de altura, medidas a partir do
colo da planta;
apresentar diâmetro do enxerto o mínimo de 1 cm, não
apresentando diferença de mais de 0,5 cm entre os diâmetros do
enxerto e do porta-enxerto, medidas a 5 cm do ponto de enxertia;
comprimento total a partir do colo de 30 a 50 cm;
ter haste, ereta e perfeita e estar isenta de pragas e moléstias;
ter idade inferior a 12 meses, considerando desde a semeadura do
porta-enxerto;
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ser comercializado em torrões acondicionados em laminados ou
equivalentes com 15 cm de diâmetro de 30 cm de altura.
9 - Adubação
A análise do solo é fundamental para determinar a necessidade e as
quantidades de calcario e adubos. Assim procedendo, economizam-se
adubo, mão-de-obra, etc.
As recomendações para a adubação do abacateiro preconizadas pela
Comissão de Fertilidade do Solo do Estado de Minas Gerais são:
Na Cova
Esterco de Curral
Cloreto de Potássio
Superfosfato simples
Fosfato de Araxá
Pós-plantio:
Sulfato de amônio ou nitrocálcio
Cloreto de Potássio
Quantidade
20 litros
50 g
600 g
2,5 kg
50 g em outubro
100 g em janeiro
50 g em março
As adubações posteriores serão feitas de acordo com os resultados da
análise de solo.
10 - Pragas e Doenças
O abacateiro é uma fruteira perseguida por numerosas pragas e
doenças. O controle, quando executado em tempo hábil e de forma
conveniente, não apresenta maiores problemas.
As pragas mais importantes estão relacionadas a seguir:
Pragas
Partes
atacadas
Ácaro-das-gemas-florais Gemas florais
Besouros
Folhas
Cochonilhas
Folhas e frutos
Coleobrocas
Lagartas
Observações
Pulverizações com inseticidas específicos, após
constatar a presença de ácaros.
Pulverizações com inseticidas específicos, após
constatar a presença do inseto.
Pulverizações com inseticidas específicos, após
constatar a presença da cochonilha.
Tronco, ramos e
Eliminar os ramos atacados.
frutos
Pulverizações com inseticidas específicos, após
Folhas e frutos
constatar a presença de lagartas.
As doenças que mais causam danos estão especificadas a seguir:
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Doenças
Partes
atacadas
Antracnose
Folhas, ramos,
inflorescências e
frutos
Cercosporiose
Folhas,
inflorescências e
frutos
Gomose
Raízes, colo e
tronco
Murcha-de-verticilium Folhas e ramos
Oídio
Folhas e flores
Verrugose
Folhas, frutos e
eventualmente
ramos
Observações
Pulverizações com fungicidas específicos,
quando da abertura das primeiras flores.
Repetir quando os frutinhos tiverem 2 a 3
centímetros de comprimento.
Pulverizações com fungicidas específicos,
quando da abertura das primeiras flores.
Repetir quando os frutinhos tiverem 2 a 3
centímetros de comprimento.
Utilizar mudas sadias, escolher solos
profundos e bem drenados, além de fazer o
plantio alto.
Utilizar mudas sadias, escolher solos
profundos e bem drenados, além de fazer o
plantio alto.
Pulverizações com fungicidas específicos,
quando da abertura das primeiras flores.
Repetir quando os frutinhos tiverem 2 a 3
centímetros de comprimento.
Pulverização geral da planta por ocasião da
florada ou quando se verificar uma
pulverulência cinza.
Pulverizações com fungicidas específicos,
quando da abertura das primeiras flores.
Repetir quando os frutinhos tiverem 2 a 3
centímetros de comprimento.
Para obter informações sobre o controle das pragas e doenças do
abacateiro, consulte o extensionista da EMATER–MG.
11 - Rendimento e Colheita
A produção comercial é considerada após o 4o ano de plantio para
mudas enxertadas. Para um bom desenvolvimento das plantas, os frutos
que surgirem do 2o ao 3o ano devem ser eliminados.
O rendimento é variável e depende de cada cultivar. O número de frutos
por árvore adulta varia de 200 a 800 em pomares bem tratados.
A época de colheita se estende, praticamente, durante o ano todo, em
vista do elevado número de cultivares plantados com diferentes épocas
de safra, o que permite a obtenção de frutos em quase todos os meses.
Não se deve deixar os frutos amadurecerem na planta, pois isso poderá
favorecer a queda, causando danos, e dificultar o manuseio e transporte,
tornando-os impróprios para a comercialização.
A colheita do abacate é feita manualmente, devendo-se ter os seguintes
cuidados:
corte do pedúnculo deixando uma porção de 0,8 a 1,0 cm;
não formar camadas de frutos, ou seja, não colocar frutos sobre
frutos em várias camadas;
uso de escadas;
uso de sacolas de colheita;
uso de varas de colheitas.
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12 - Comercialização
O abacate é classificado para ser comercializado. A classificação oficial
não é feita, mas os produtores adotam a seguinte:
Por tipos
Tipo extra
Tipo especial
Tipo primeira
Tipo extra
Tipo especial
Tipo primeira
Frutos por caixa
18 a 35
40 a 60
65 a 80
Número de frutos na boca da caixa
8 a 12
13 a 16
17 a 20
O período de grande oferta do produto nas CEASAs é de março a maio e
de oferta fraca ou ausência e escassez é de novembro e dezembro. A
CEASA–BH comercializa 74,3% da quantidade do abacate
comercializado nas CEASAs estabelecidas em Minas Gerais.
13 - Bibliografia
CAMPOS, J. S. Abacaticultura Paulista. Campinas, Coordenadoria de
Assistência Técnica Integral, 1984. 92 p. ( Boletim Técnico, 181)
DONADIO, L. C. Abacate para exportação: aspectos técnicos da
produção. Ministério da Agricultura, do Abastecimento e da Reforma
Agrária, Secretaria de Desenvolvimento Rural, Programa de Apoio à
Produção e Exportação de Frutas, Hortaliças, Flores e Plantas
Ornamentais – Brasília: EMBRAPA –SPI, 1995 53 p. ( Série Publicações
Técnicas FRUPEX; 2 , 2a ed. rev. ampl.).
GAYET, J. P... ( et al. ). Abacate para exportação: procedimentos de
colheita e pós-colheita. Ministério da Agricultura, do Abastecimento e da
Reforma Agrária, Secretaria de Desenvolvimento Rural, Programa de
Apoio à Produção e Exportação de Frutas, Hortaliças, Flores e Plantas
Ornamentais – Brasília: EMBRAPA –SPI, 1995. 373 p. ( Série
Publicações Técnicas FRUPEX; 15).
KOLLER, O. C. Abacaticultura.. – 2. Ed.– Porto Alegre: Ed. da
Universidade/ UFRGS, 1992. 138 p.
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TEIXEIRA, G. C... Abacate: cultura, matéria-prima, processamento e
aspectos econômicos. 2a ed. Ver. e ampl. Campinas, ITAL, 1991. 250 p.
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