Descobrindo os seres vivos

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Universidade dos Açores
Departamento das Ciências da Educação
Mestrado em Educação Pré-Escolar e
Ensino do 1º Ciclo do Ensino Básico
TE / cgomes
Descobrindo os seres vivos
Luísa Andrade & Sofia Mourato
Trabalho realizado no âmbito da disciplina de
Metodologia do Ensino do Estudo do Meio, no
ano lectivo de 2009/2010, sob orientação dos
Professores Carlos Gomes e Casimiro
Rodrigues.
Angra do Heroísmo, 21 de Dezembro 2009
Trabalho realizado no âmbito da disciplina de Metodologia do Ensino do Estudo do Meio
Luísa Andrade e Sofia Mourato
Guia de apoio do professor
Os Seres Vivos
Este documento surge como um auxílio ao professor para a exploração de um
material pedagógico (PowerPoint) sobre os seres vivos. Este material pedagógico foi
elaborado para o 2º ano do Ensino Básico e foi criado para ser explorado pelo
professor/alunos dentro da sala de aula. O recurso pedagógico elaborado (PowerPoint)
tem como principal objectivo levar as crianças a descobrir, sendo sempre orientadas
pelo professor. É importante mencionar que o Guia de apoio ao professor deve ser
sempre analisado em paralelo com o PowerPoint, de forma que consiga acompanhar o
que se pretende.
É nesta linha de pensamento que consideramos necessário a elaboração deste
guia de apoio ao professor, uma vez que este processo de descoberta por parte da
criança vai gerar muitas variantes, este documento pretende explicar o recurso
pedagógico, mas também dar algumas linhas de orientação a seguir, sobre dúvidas e
questões que podem surgir e que o professor deve estar preparado para responder.
Este recurso pedagógico, como já foi mencionado não pretende ter um papel
expositivo, desejamos sim que os alunos tenham um papel activo na construção do seu
conhecimento. Pretendemos assim, trabalhar sob o modelo de ensino por mudança
conceptual, uma vez que este modelo de ensino pretende alterar as “ideias erradas”
decorrentes
das
experiências
quotidianas
de
cada
aluno
(senso
comum),
transformando-as em senso científico. Poremos em prática este modelo de ensino
trabalhando de acordo com as concepções alternativas, neste sentido terão de ser as
crianças a dar respostas às questões que vão surgindo ao longo do trabalho.
Ambiciona-se que as crianças a partir das suas vivências do dia-a-dia infiram,
questionem, reflictam, pesquisem, experimentem actividades, discutam as suas ideias
através de diálogos. Neste sentido o professor deve ouvir as perspectivas dos alunos e
basear-se/orientar estas situações de aprendizagem sobre a perspectiva mais correcta,
incutindo sempre um certo rigor científico.
Na concepção deste recurso foi criada uma personagem que vai orientar todo o
trabalho relativo aos seres vivos. Esta personagem – o Dino - pretende ser um logótipo
para tornar o trabalho mais dinâmico e lúdico. O Dino começa por apresentar-se e
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introduz brevemente o tema deste material pedagógico - Os seres vivos “Olá
amiguinhos! Sou o Dino e adoro falar sobre os Seres Vivos, por isso quero ensinarvos muitas coisas interessantes!”
De seguida as crianças vão dar a sua opinião sobre o que consideram ser os
seres vivos e serão aliciadas a produzirem desenhos sobre estes. Após a realização
desta actividade, as crianças vão comparar os seus desenhos com alguns desenhos dos
seres vivos que foram realizados por uma turma do 1º ano, deverão aqui identificar
quais os seres vivos que desenharam e o porquê da sua escolha e identificar quais os
seres vivos que a turma do 1º ano desenhou.
No quarto diapositivo e para concluir o diálogo anterior os alunos terão de
identificar os seres vivos presentes na imagem. No decorrer desta identificação das
imagens deve surgir um debate entre os alunos e professor, onde os alunos tenham a
oportunidade de falar e ouvir e o docente tem como papel fundamental orientar a
discussão para o que se pretende. Após o debate certamente serão encontradas as
características principais dos seres vivos (nascem, crescem, podem reproduzir-se e
morrem sendo este o ciclo de vida de todos os seres vivos, mas para que isso aconteça
necessitam de alimentar-se e respirar). No sexto diapositivo, o Dino para introduzir
outra das características dos seres vivos, elabora um pequeno diálogo com os alunos:
“Estava a falar com um amigo e ele disse-me que os seres vivos também têm outra
característica – Sabem qual é?” Pretende-se que as crianças reflictam sobre a
pergunta e cheguem à conclusão que há seres vivos que têm locomoção própria e
outros que não têm locomoção própria. Para facilitar o raciocínio das crianças o
professor mostra neste diapositivo imagens referentes a animais e plantas. O
diapositivo seguinte para complementar esta nova aprendizagem, surge uma imagem
para os alunos identificarem os seres vivos que têm locomoção própria e os que não
possuem locomoção própria.
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As Plantas
Será proposto aos alunos a elaboração de uma experiência, para as crianças
verificarem a importância dos elementos essenciais à vida das plantas (ar, terra, água e
luz).
Os materiais necessários para a experiência são:
•
4 Frascos de vidro;
•
Terra;
•
4 Sementes de feijão;
•
Água.
Procedimento:
•
Colocamos terra dentro de 3 frascos;
•
Semeamos nestes 3 frascos o feijão;
•
No frasco A pomos água e colocamos num sítio que apanhe sol (o
frasco deve estar tapado) (sem ar)
•
No frasco B, pomo-lo num sítio escuro; (sem luz)
•
No terceiro frasco colocamos água e pomo-lo num sítio que apanhe sol;
(todos os elementos essenciais à vida)
•
No quarto frasco colocamos apenas o feijão com água; (sem terra, esse
feijão tem o alimento, sol e água mas não tem a terra, factor essencial para
germinar)
A palavra germinar pode surgir até por parte das crianças, mas se assim não for
o professor deve mencioná-la para que os alunos percebam que esta palavra faz parte
do vocabulário particular referente às plantas. Germinar é um termo que se aplica para
nos referirmos ao desenvolvimento de uma semente, esta começa por deitar rebentos,
mais conhecido pelo senso comum como grelar. O professor pode introduzir este novo
vocábulo logo no inicio da experiência, aquando de semear os feijões pode fazer o
reparo aos alunos dizendo: - Daqui a uns dias vamos ver quais as sementes de feijão
que estão a germinar. Poderá surgir logo nessa altura a dúvida por parte das crianças,
se assim não for, o professor pode deixar a definição deste conceito para quando
estiverem a fazer o registo de crescimento das sementes.
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Após a realização da experiência o professor deve juntamente com as crianças
elaborar uma grelha que ajude a registar a evolução das sementes de feijão. Durante
esta actividade o professor pode aproveitar para gerar um debate entre os alunos, por
exemplo pedir a uma criança que sugira o que irá acontecer com as diferentes
sementes de feijão e que justifique a sua opinião, após a resposta dada o professor
deve ir integrando os outros alunos perguntando se partilham ou não da mesma
opinião e porquê. Este debate vai permitir que as crianças tomem determinadas
posições que serão registadas na grelha construída. Esta grelha de previsão deverá ser
de futuro confrontada com a grelha de registo oficial no final das quatro semanas de
observação das sementes.
Esta experiência foi realizada e registada durante quatro semanas, passamos a
apresentar a tabela preenchida com as ocorrências registadas e posteriormente as fotos
das sementes/plantas após a finalização das quatro semanas da realização da
experiência.
Regista de 7 em 7 dias as
alterações de crescimento
Diferenças observados entre as
sementes A, B, C e D;
1º semana: nas sementes A e D A - não houve crescimento;
não houve qualquer alteração,
B - observámos que o feijão estava a
pelo menos visível a olho nu.
Conclusões da experiência
A semente A não teve ar, logo não
cresceu, porque o ar é um factor essencial
à vida dos seres vivos.
Pequena transformação na semente B abrir-se e de lá começava a espreitar um
"olhinho", que se transformava na raiz;
e C.
C - observámos que o feijão estava a
A semente B não teve luz e ao contrário
abrir-se e de lá começava a espreitar um do esperado esta semente cresceu, pois
"olhinho", que se transformava na raiz; entrava fendas de luz dentro do armário
onde a semente foi guardada, esse facto
fez com que a planta cresce-se muito,
pois estava à procura da luz. No entanto,
2º semana: as sementes B e C
A - não houve crescimento;
não foi um crescimento saudável, pois a
continuam em crescimento, enquanto
planta ficou com um aspecto esguio e de
as outras ainda não cresceram.
B - o feijão começou a crescer, mas com
cor amarelada, acabando posteriormente
uma pigmentação amarelada;
por morrer (por volta da 7º semana).
D - não houve crescimento.
C - o feijão começou a crescer;
D - não houve crescimento;
3º semana: as sementes A e D
A - não houve crescimento;
nunca germinarão. A semente B está
a crescer muito depressa e a C
B - Cresce muito depressa mas o seu
também se encontra em crescimento. aspecto é de doente (amarelado);
A semente C cresceu porque teve todos
os elementos essenciais à vida das
plantas, (luz, água, terra e o ar) As plantas
não conseguem obter alimento movendose de um lado para o outro, elas usam a
luz e a água para produzir o seu próprio
C - Já se começam a ver as folhas
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verdes e viçosas;
alimento.
D - não houve crescimento.
4º semana: as sementes A e D
A - não houve crescimento;
nunca cresceram, a B está muito
comprida, e a C está bem
desenvolvida.
B – aumentou mais um pouco o seu
tamanho relativamente à semana
passada, mas o aspecto continua doentio;
A semente D nunca cresceu, apesar de ter
o alimento, (água e luz) não tem a terra,
que é um factor essencial para a semente
germinar.
C – esta semana começou a ver-se os
frutos a desenvolverem-se (dois feijões),
a planta está bem verde e tem um óptimo
aspecto;
D – não houve crescimento;
Registo fotográfico
Semente B
Semente A
Semente C
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Semente D
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Como é possível verificar esta experiência não tem resultados imediatos, só
fica totalmente concluída 1 mês após semearmos os feijões, no entanto, o trabalho
sobre as plantas deve continuar, uma vez que ainda há muito para explorar.
A personagem “Dino” propõe uma saída de campo para as crianças terem a
oportunidade de ver, em situações concretas diversos tipos de plantas. Pois na natureza
existem muitas plantas, umas grandes, outras pequenas, umas com/sem frutos, outras
com/sem flores. Para a realização desta actividade deverá ser elaborado um guia da
saída de campo, (crianças conjuntamente com o professor) para definir muito bem o
que os alunos desejam saber e o que professor deseja que eles saibam. Foi elaborado
um guia que vai ao encontro dos objectivos estipulados no programa, mas que pode
ser sempre acrescentado se surgir mais alguma questão por parte dos alunos.
Nesta fase do trabalho podem surgir muitas questões e a exploração desta
etapa dependerá totalmente das crianças, se forem crianças curiosas podem surgir
dúvidas do tipo: - a minha avó tem um charco onde nasceram lá plantas. O professor
deve estar minimamente preparado para responder, podendo referir que: certo tipo de
plantas possui características de adaptação diferentes, consoante o seu ambiente. E um
destes exemplos poderá ser as plantas aquáticas, que só vivem na água, não precisam
de terra, como os nenúfares, bastante comuns nos charcos e lagoas da Ilha Terceira.
Mas com o intuito das crianças perceberem as diferentes características do ambiente o
professor pode também mencionar as plantas do deserto, como os cactos que
sobrevivem quase sem água. No entanto, nunca descurar de referir que estas são
plantas com características muito especiais e que só se desenvolvem em alguns sítios
do nosso planeta.
Ao surgirem questões tão ricas como estas, o professor deve incitar as crianças
a pesquisar mais em pormenor, para tal, os alunos terão uma óptima oportunidade de
realizar um trabalho por projecto.
No decorrer do debate para a elaboração do guia da saída de campo o professor
deve aproveitar as respostas das crianças e introduzir alguns conteúdos, por exemplo Como nascem as plantas? Ao escutar as respostas deverá diferenciar as plantas
cultivadas das espontâneas e registar esta pergunta no guia.
No 11º diapositivo o Dino introduz a noção de plantas cultivadas e espontâneas
através de um simples diálogo “No meu quintal tenho uma macieira, cheia de maçãs
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saborosas! Acham que esta árvore foi cultivada pelo homem ou nasceu
espontaneamente?” De seguida o Dino dá a resposta, mas o professor só a deve
mostrar depois de ouvir a solução apresentada pelos alunos. O Dino pede que os
alunos dêem exemplos de plantas e de lugares onde estas existem, refere-se portanto a
tipos de plantas e onde estas podem nascer/desenvolver-se, deseja-se com isto que o
professor remeta estas duas questões para o guia da saída de campo.
Durante esta abordagem surgiram certamente comentários que o professor deve
aproveitar sempre que possível para explorar. Por exemplo nas chamadas plantas
cultivadas, pode surgir a confusão entre semear e plantar, o professor deve referir que
as plantas podem ser cultivadas através de sementes, (como fizemos com a nossa
semente de feijão, - então dizemos: -nós vamos semear feijão) ou através de plantas
(este processo consiste em arrancar uma planta pela raiz e transplanta-la para outro
local com maior área de terra para que essa possa crescer - então dizemos: - nós vamos
plantar uma macieira).
Mas o Dino tão curioso e interessado que é por estas questões, refere que
nasceram espontaneamente, na nossa região algumas plantas que não existem em mais
nenhum sítio do mundo. E alicia as crianças a pesquisar qual o nome específico deste
tipo de plantas. Assim as crianças podem pesquisar na internet ou em livros e revistas
especificas (disponibilizados pelo professor) sobre este tema. De seguida o Dino dá a
resposta (plantas endémicas), mas analogicamente ao processo anterior a resposta só
deve ser dada depois da pesquisa efectuada.
Planta endémica da Ilha Terceira
Marsilea azorica
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Quando a saída de campo for realizada, todos os alunos devem levar consigo o
guia que foi elaborado na sala de aula e registar individualmente o que observaram.
Esta tarefa individual de registo é importante pois permite a exploração de diferentes
pontos de vista, e o debate de ideias serve para se chegar a uma conclusão final.
Efectuamos uma saída de campo, tiramos fotografias e registamos no guia de
campo as observações verificadas.
Um possível exemplo de um guia da saída de campo
PLANTAS
Tipos
Árvores
Flores
Ervas
daninhas
Nenúfares
Fendas das
calçadas
Onde
nascem
Jardins
Hortas
Parques
Como
nascem
Cultivadas
Cultivadas
Cultivadas
Tamanho
Grandes
Médias
Pequenas
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(Plantas
aquáticas)
Mato
Espontâneas Espontâneas
e endémicas
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Fotos das plantas
Como podemos verificar as plantas crescem por todos os sítios: nos jardins, nas
hortas, na água, nos parques e até nas fendas das calçadas!
No decurso da saída de campo o professor deve aproveitar a oportunidade para
explorar o tema seguinte – a constituição das plantas – o professor pode pedir por
exemplo a uma criança que lhe aponte uma folha, uma flor, o caule, a raiz, o fruto.
Também pode abordar neste contexto, o papel que as plantas ocupam na nossa
alimentação, perguntando aos alunos por exemplo: quando comemos uma pêra que
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parte da planta estamos a ingerir? E uma alface? Para assim, começar a introduzir a
importância que as plantas têm para o homem.
Posteriormente em contexto de sala de aula, de volta ao PowerPoint, o Dino
pede aos alunos que desenhem uma planta e que registem no desenho as partes que a
constituem. Após a realização da tarefa as crianças deverão ter a oportunidade de
apresentar o seu desenho e referir as partes da planta que desenharam. Logo o Dino
apresenta as cinco principais partes constitutivas das plantas e as crianças terão a
oportunidade de verificar se desenharam as principais características das plantas.
A constituição das plantas já foi observada pelas crianças no decurso da vida
diária. No entanto, podem suscitar algumas dúvidas relativas ao caule e à raiz, por
serem partes das plantas menos utilizadas pelo senso comum. O professor deverá
portanto explicar que: - A raiz é a parte da planta que não costumamos ver e que é a
parte da planta que se agarra à terra. Através dos pêlos existentes na raiz, as plantas
absorvem a água e os minúsculos alimentos existentes no solo. O caule é o
prolongamento da raiz e é através dele que correm os alimentos da planta, também é
através dele que nascem as folhas, as flores e os frutos. O professor pode salientar
também esta etapa do trabalho que as folhas são muito importantes, porque é através
delas que a planta respira e consequentemente produz o oxigénio para todos os seres
vivos.
Após explicar a função que o caule ocupa é proposta uma nova experiência
para os alunos verificarem como a água e os alimentos são transportados ao longo da
planta.
Experiência 2
O principal objectivo com a 2ª experiencia é verificar como a planta transporta
a água e os alimentos, para tal, precisamos de:
•
Um jarro de vidro;
•
1 Cravo branco;
•
Água;
•
Corante de qualquer cor.
É colocado dentro do jarro com água, um cravo branco e passado algumas
horas será conferido que, a água colorida mudou a cor da flor, porque circulou no
caule, folhas, e flor do cravo.
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LAROUSSE, G. (2006). As Plantas. Campo das Letras: Porto.
O que vai acontecer?
A água colorida muda a cor da flor, pois ela circula no seu caule, folhas e flores
através de tubos ou vasos.
Fotos do resultado da experiência
Cravo Branco
Jarro de Água
Corante Azul
Cravo Transformado
No diapositivo nº 20 o Dino apresenta uma imagem em gif de uma árvore, nela
sucedem-se modificações que correspondem às alterações de aspecto que ocorrem ao
longo do ano conforme as diferentes estações do ano. A personagem propõe às
crianças que identifiquem estas transformações, o professor, neste diapositivo têm
como principal objectivo induzir os alunos a relacionar estas transformações com as
estações do ano. O Dino nos diapositivos seguintes mostra uma imagem e pede às
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crianças que respondam o que ocorreu naquela estação do ano, de novo dá a resposta
mas esta só deve surgir após serem dadas as respostas dos alunos.
Poderão sempre surgir perguntas do género -No Outono as folhas caem mas
porquê? O professor deve explicar que é pelas folhas que a planta perde a água e com
o arrefecimento a árvore tem a necessidade de conservar a humidade, por isso a planta
cria uma barreira na região onde a folha se liga ao ramo e a água deixa de passar. A
folha, por ficar sem ligação, vai enfraquecendo e acaba por cair.
(CIÊNCIAS da NATUREZA TERRA MÁGICA 1992 p. 132)
Para concluir o tema das plantas o Dino faz algumas perguntas às crianças, que
pretende explorar qual a importância das plantas para a vida do homem. As respostas
dadas pelos alunos podem ser registadas no quadro e depois comparadas com as
respostas que o Dino dá nos diapositivos seguintes.
Os alunos devem ficar com a noção que as plantas respiram pela folhagem e
têm uma função importe na Natureza, pois libertam o oxigénio purificando assim o ar
(a este processo chama-se fotossíntese). São portanto, as plantas que dão o ar,
necessidade essencial para a existência de todos os seres vivos. Com esta explicação as
crianças pretende-se que a crianças ganhe um respeito especial pelas plantas, e antes
de arrancar uma planta para brincar ou por simples capricho, vão pensar duas vezes se
o devem realmente fazer. O professor deve ainda passar a mensagem que todos como
cidadãos devem proteger e até cultivar plantas. Uma pergunta: O que devemos fazer
para as plantas não desaparecerem? Pode servir de incentivo às crianças para cultivar
uma planta e até pode ser uma actividade organizada pela turma.
Apresentamos de seguida um resumo que explica a importância que as plantas
ocupam para do homem e todos os seres vivos:
•
Produzem oxigénio;
•
Protegem os solos, contra o desgaste provocado pelas chuvas ou
excesso de sol, (erosão);
•
Oferece-nos a matéria-prima para a construção de mobiliário, papel,
medicamentos, tintas...
•
Alimentação de pessoas e animais;
•
Ornamentos dos jardins e casas.
http://aprenderbrincando.no.sapo.pt/seres_vivos.htm
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Os Animais
Os animais são introduzidos pelo Dino com uma pergunta – “quais são os
outros seres vivos que ainda falta investigar?” As crianças responderam que são os
animais, até porque no inicio deste trabalho já se tinha falado neles como seres vivos.
Para diversificar um pouco o método de trabalho deste recurso pedagógico,
nesta etapa do trabalho referente aos animais, serão as próprias crianças a preencher
com as suas respostas o PowerPoint.
O Dino pergunta aos alunos: - quais os animais que vivem perto das pessoas,
ou mesmo dentro de casa? É disponibilizado um exemplo aos alunos, a partir daí serão
as respostas deles a preencher os rectângulos do diapositivo, no final do
preenchimento o professor deve perguntar que tipo de animais são estes, poderá ouvir
as respostas dos alunos e induzir se necessário animais domésticos ou selvagens. Este
processo será similar com a identificação dos animais selvagens. O professor deve
aquando das respostas dos alunos pedir sempre a sua justificação e assim dá a
oportunidade aos alunos de perceber as características que distinguem os animais
domésticos dos selvagens.
Após a conclusão deste trabalho o Dino volta a lançar outra questão – “ Onde
vivem os animais?” O professor deve gerar um debate entre os alunos para se chegar à
síntese: os animais podem viver na terra, na água ou no ar. Chegada a conclusão,
devem preencher no recurso pedagógico o espaço destinado a este fim. As crianças são
ainda orientadas a pesquisar imagens de animais que vivam na terra, água e ar. Os
alunos escolhem onde querem investigar/procurar em livros, revistas, internet, jornais
ou quaisquer outros materiais sugeridos pelas crianças. O professor nesta fase do
trabalho deve estar preparado para disponibilizar aos alunos o material que estes
queiram consultar. As imagens encontradas devem ser impressas ou fotocopiadas para
a elaboração de um cartaz, que deve estar separado em três partes, pretende-se que os
alunos formem os grupos dos animais consoante o local onde vivem. Devem
posteriormente, junto a cada figura, registar o nome de cada animal. A partir deste
cartaz será preenchida a tabela que se segue referente ao ambiente dos animais
(diapositivo 32).
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Ambiente dos animais
Terra
Ar
Água
Logo que se conclua esta tarefa, o professor deve continuar a explorar o
cartaz, dando maior ênfase às características externas de cada animal. O cartaz serve
assim como um recurso material para o preenchimento da grelha que se encontra no
diapositivo 33. As crianças deverão escrever o nome do animal na coluna indicada
para o efeito e preencher o resto da tabela com um x.
Tem o corpo coberto de…
Animal
Penas
Escamas
Pêlos
Garras
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Bico
Barbatanas
Asas
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No preenchimento deste quadro surgirão outras questões que o professor deve
como sempre aproveitar para explorar, ou se assim não for deverá ser o próprio
professor a questionar, por exemplo: - de que se alimentam as girafas? e os leões?
Partindo destas simples perguntas o professor começa a trabalhar no tema que se
segue, a alimentação dos animais. Para trabalhar esta tarefa, cada criança escolhe um
animal diferente e vai investigar/descobrir em que se baseia a alimentação do referido
animal. Para a realização desta tarefa o professor deve disponibilizar enciclopédias
específicas de animais, ou mesmo outros recursos e assim os alunos terão a
oportunidade de consultar qual o regime alimentar que cada animal possuí, mas
também observar outras curiosidades referentes a estes animais. Após a identificação
do regime alimentar de cada animal o professor deve agrupar estes animais por
animais carnívoros, herbívoros e omnívoros, e de seguida preencher o diapositivo nº
34 disponibilizado para este efeito.
Para concluir a investigação sobre os animais, os alunos continuam com as
enciclopédias (ou mesmo a internet, caso as crianças sintam a necessidade de consultar
mais algum documento), pretende-se que cada aluno explore autonomamente o animal
anteriormente escolhido, com questões que passem por exemplo pela reprodução, ou
se fornecem algo ao homem, por exemplo a galinha põe ovos / a vaca dá o leite, ou até
mesmo explorar curiosidades destes animais, por exemplo as diferenças existentes
entre os leões e as leoas ou que em cada enxame de abelhas existe apenas uma que é a
rainha ou que são as abelhas que nos dão o mel. Esta actividade vai depender muito do
interesse dos alunos, mas também do apoio/incentivo que o professor lhes
proporciona. O professor pode incentivar uma criança à pesquisa fazendo perguntas do
como: - Por que é que as girafas têm o pescoço comprido? Por que é que os
papagaios conseguem falar? Os pinguins não têm frio por viverem no gelo? Este tipo
de exercício é muito saudável, pois vai fomentar o gosto pela pesquisa.
Este tipo de exercício é muito saudável, pois vai fomentar o interesse por este
tipo de questões e consequentemente o gosto pela pesquisa.
Para finalizar o tema dos seres vivos o Dino pergunta aos alunos qual a
importância que estes têm, e dá também algumas respostas, novamente, que só devem
aparecer após a conclusão feita pela turma.
Em jeito de despedida o Dino pergunta se gostaram de conhecer melhor os
seres vivos e do modo como o tema foi trabalhado. E deixa uma promessa aos alunos,
trabalhar com eles no próximo ano lectivo sobre “Os astros”. Esta promessa do Dino
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pretende lançar um desafio ao professor, elaborar um documento não necessariamente
PowerPoint, para trabalhar o tema dos astros. Pretendemos com este desafio que todos
os professores criem o hábito de inovar os seus recursos pedagógicos, tentando tirar o
máximo partido das crianças e simultaneamente desenvolver nos alunos competências
para o seu futuro.
O recurso construído pretende de forma exaustiva, por isso não é necessário
realizar o mesmo durante um dia ou mesmo dois, antes pelo contrário deve ser
analisado ao longo do período, uma vez que o PowerPoint em questão serve como
auxílio para cumprir uma pequena parte destinada aos seres vivos do segundo ano do
Ensino Básico do 1º Ciclo, mais precisamente na área do Estudo do Meio.
A elaboração deste recurso pedagógico teve como intuito estimular as crianças
a explorar e a descobrir a ciência no seu meio local e familiar, como no jardim, na rua.
Partindo do ambiente próximo pretende-se desenvolver os conhecimentos das crianças
formulando perguntas para lhes estimular a curiosidade e fazê-las pensar, aumentando
assim, a sua compreensão do mundo que as rodeia. Ao propormos aos alunos para
examinar o mundo natural e os seus processos em situações concretas, temos a
pretensão que estes olhem o ambiente de um ponto de vista mais interessante e
simultaneamente mais científico.
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Trindade, I. e Mestre, P. (2001). Estudo do Meio 3º Ano. Porto: Constância.
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Docentes da disciplina: Carlos Gomes e Casimiro Rodrigues
Trabalho realizado no âmbito da disciplina de Metodologia do Ensino do Estudo do Meio
Luísa Andrade e Sofia Mourato
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