Universidade dos Açores Departamento das Ciências da Educação Mestrado em Educação Pré-Escolar e Ensino do 1º Ciclo do Ensino Básico TE / cgomes Descobrindo os seres vivos Luísa Andrade & Sofia Mourato Trabalho realizado no âmbito da disciplina de Metodologia do Ensino do Estudo do Meio, no ano lectivo de 2009/2010, sob orientação dos Professores Carlos Gomes e Casimiro Rodrigues. Angra do Heroísmo, 21 de Dezembro 2009 Trabalho realizado no âmbito da disciplina de Metodologia do Ensino do Estudo do Meio Luísa Andrade e Sofia Mourato Guia de apoio do professor Os Seres Vivos Este documento surge como um auxílio ao professor para a exploração de um material pedagógico (PowerPoint) sobre os seres vivos. Este material pedagógico foi elaborado para o 2º ano do Ensino Básico e foi criado para ser explorado pelo professor/alunos dentro da sala de aula. O recurso pedagógico elaborado (PowerPoint) tem como principal objectivo levar as crianças a descobrir, sendo sempre orientadas pelo professor. É importante mencionar que o Guia de apoio ao professor deve ser sempre analisado em paralelo com o PowerPoint, de forma que consiga acompanhar o que se pretende. É nesta linha de pensamento que consideramos necessário a elaboração deste guia de apoio ao professor, uma vez que este processo de descoberta por parte da criança vai gerar muitas variantes, este documento pretende explicar o recurso pedagógico, mas também dar algumas linhas de orientação a seguir, sobre dúvidas e questões que podem surgir e que o professor deve estar preparado para responder. Este recurso pedagógico, como já foi mencionado não pretende ter um papel expositivo, desejamos sim que os alunos tenham um papel activo na construção do seu conhecimento. Pretendemos assim, trabalhar sob o modelo de ensino por mudança conceptual, uma vez que este modelo de ensino pretende alterar as “ideias erradas” decorrentes das experiências quotidianas de cada aluno (senso comum), transformando-as em senso científico. Poremos em prática este modelo de ensino trabalhando de acordo com as concepções alternativas, neste sentido terão de ser as crianças a dar respostas às questões que vão surgindo ao longo do trabalho. Ambiciona-se que as crianças a partir das suas vivências do dia-a-dia infiram, questionem, reflictam, pesquisem, experimentem actividades, discutam as suas ideias através de diálogos. Neste sentido o professor deve ouvir as perspectivas dos alunos e basear-se/orientar estas situações de aprendizagem sobre a perspectiva mais correcta, incutindo sempre um certo rigor científico. Na concepção deste recurso foi criada uma personagem que vai orientar todo o trabalho relativo aos seres vivos. Esta personagem – o Dino - pretende ser um logótipo para tornar o trabalho mais dinâmico e lúdico. O Dino começa por apresentar-se e Página 2 de 19 Docentes da disciplina: Carlos Gomes e Casimiro Rodrigues Trabalho realizado no âmbito da disciplina de Metodologia do Ensino do Estudo do Meio Luísa Andrade e Sofia Mourato introduz brevemente o tema deste material pedagógico - Os seres vivos “Olá amiguinhos! Sou o Dino e adoro falar sobre os Seres Vivos, por isso quero ensinarvos muitas coisas interessantes!” De seguida as crianças vão dar a sua opinião sobre o que consideram ser os seres vivos e serão aliciadas a produzirem desenhos sobre estes. Após a realização desta actividade, as crianças vão comparar os seus desenhos com alguns desenhos dos seres vivos que foram realizados por uma turma do 1º ano, deverão aqui identificar quais os seres vivos que desenharam e o porquê da sua escolha e identificar quais os seres vivos que a turma do 1º ano desenhou. No quarto diapositivo e para concluir o diálogo anterior os alunos terão de identificar os seres vivos presentes na imagem. No decorrer desta identificação das imagens deve surgir um debate entre os alunos e professor, onde os alunos tenham a oportunidade de falar e ouvir e o docente tem como papel fundamental orientar a discussão para o que se pretende. Após o debate certamente serão encontradas as características principais dos seres vivos (nascem, crescem, podem reproduzir-se e morrem sendo este o ciclo de vida de todos os seres vivos, mas para que isso aconteça necessitam de alimentar-se e respirar). No sexto diapositivo, o Dino para introduzir outra das características dos seres vivos, elabora um pequeno diálogo com os alunos: “Estava a falar com um amigo e ele disse-me que os seres vivos também têm outra característica – Sabem qual é?” Pretende-se que as crianças reflictam sobre a pergunta e cheguem à conclusão que há seres vivos que têm locomoção própria e outros que não têm locomoção própria. Para facilitar o raciocínio das crianças o professor mostra neste diapositivo imagens referentes a animais e plantas. O diapositivo seguinte para complementar esta nova aprendizagem, surge uma imagem para os alunos identificarem os seres vivos que têm locomoção própria e os que não possuem locomoção própria. Docentes da disciplina: Carlos Gomes e Casimiro Rodrigues Página 3 de 19 Trabalho realizado no âmbito da disciplina de Metodologia do Ensino do Estudo do Meio Luísa Andrade e Sofia Mourato As Plantas Será proposto aos alunos a elaboração de uma experiência, para as crianças verificarem a importância dos elementos essenciais à vida das plantas (ar, terra, água e luz). Os materiais necessários para a experiência são: • 4 Frascos de vidro; • Terra; • 4 Sementes de feijão; • Água. Procedimento: • Colocamos terra dentro de 3 frascos; • Semeamos nestes 3 frascos o feijão; • No frasco A pomos água e colocamos num sítio que apanhe sol (o frasco deve estar tapado) (sem ar) • No frasco B, pomo-lo num sítio escuro; (sem luz) • No terceiro frasco colocamos água e pomo-lo num sítio que apanhe sol; (todos os elementos essenciais à vida) • No quarto frasco colocamos apenas o feijão com água; (sem terra, esse feijão tem o alimento, sol e água mas não tem a terra, factor essencial para germinar) A palavra germinar pode surgir até por parte das crianças, mas se assim não for o professor deve mencioná-la para que os alunos percebam que esta palavra faz parte do vocabulário particular referente às plantas. Germinar é um termo que se aplica para nos referirmos ao desenvolvimento de uma semente, esta começa por deitar rebentos, mais conhecido pelo senso comum como grelar. O professor pode introduzir este novo vocábulo logo no inicio da experiência, aquando de semear os feijões pode fazer o reparo aos alunos dizendo: - Daqui a uns dias vamos ver quais as sementes de feijão que estão a germinar. Poderá surgir logo nessa altura a dúvida por parte das crianças, se assim não for, o professor pode deixar a definição deste conceito para quando estiverem a fazer o registo de crescimento das sementes. Página 4 de 19 Docentes da disciplina: Carlos Gomes e Casimiro Rodrigues Trabalho realizado no âmbito da disciplina de Metodologia do Ensino do Estudo do Meio Luísa Andrade e Sofia Mourato Após a realização da experiência o professor deve juntamente com as crianças elaborar uma grelha que ajude a registar a evolução das sementes de feijão. Durante esta actividade o professor pode aproveitar para gerar um debate entre os alunos, por exemplo pedir a uma criança que sugira o que irá acontecer com as diferentes sementes de feijão e que justifique a sua opinião, após a resposta dada o professor deve ir integrando os outros alunos perguntando se partilham ou não da mesma opinião e porquê. Este debate vai permitir que as crianças tomem determinadas posições que serão registadas na grelha construída. Esta grelha de previsão deverá ser de futuro confrontada com a grelha de registo oficial no final das quatro semanas de observação das sementes. Esta experiência foi realizada e registada durante quatro semanas, passamos a apresentar a tabela preenchida com as ocorrências registadas e posteriormente as fotos das sementes/plantas após a finalização das quatro semanas da realização da experiência. Regista de 7 em 7 dias as alterações de crescimento Diferenças observados entre as sementes A, B, C e D; 1º semana: nas sementes A e D A - não houve crescimento; não houve qualquer alteração, B - observámos que o feijão estava a pelo menos visível a olho nu. Conclusões da experiência A semente A não teve ar, logo não cresceu, porque o ar é um factor essencial à vida dos seres vivos. Pequena transformação na semente B abrir-se e de lá começava a espreitar um "olhinho", que se transformava na raiz; e C. C - observámos que o feijão estava a A semente B não teve luz e ao contrário abrir-se e de lá começava a espreitar um do esperado esta semente cresceu, pois "olhinho", que se transformava na raiz; entrava fendas de luz dentro do armário onde a semente foi guardada, esse facto fez com que a planta cresce-se muito, pois estava à procura da luz. No entanto, 2º semana: as sementes B e C A - não houve crescimento; não foi um crescimento saudável, pois a continuam em crescimento, enquanto planta ficou com um aspecto esguio e de as outras ainda não cresceram. B - o feijão começou a crescer, mas com cor amarelada, acabando posteriormente uma pigmentação amarelada; por morrer (por volta da 7º semana). D - não houve crescimento. C - o feijão começou a crescer; D - não houve crescimento; 3º semana: as sementes A e D A - não houve crescimento; nunca germinarão. A semente B está a crescer muito depressa e a C B - Cresce muito depressa mas o seu também se encontra em crescimento. aspecto é de doente (amarelado); A semente C cresceu porque teve todos os elementos essenciais à vida das plantas, (luz, água, terra e o ar) As plantas não conseguem obter alimento movendose de um lado para o outro, elas usam a luz e a água para produzir o seu próprio C - Já se começam a ver as folhas Docentes da disciplina: Carlos Gomes e Casimiro Rodrigues Página 5 de 19 Trabalho realizado no âmbito da disciplina de Metodologia do Ensino do Estudo do Meio Luísa Andrade e Sofia Mourato verdes e viçosas; alimento. D - não houve crescimento. 4º semana: as sementes A e D A - não houve crescimento; nunca cresceram, a B está muito comprida, e a C está bem desenvolvida. B – aumentou mais um pouco o seu tamanho relativamente à semana passada, mas o aspecto continua doentio; A semente D nunca cresceu, apesar de ter o alimento, (água e luz) não tem a terra, que é um factor essencial para a semente germinar. C – esta semana começou a ver-se os frutos a desenvolverem-se (dois feijões), a planta está bem verde e tem um óptimo aspecto; D – não houve crescimento; Registo fotográfico Semente B Semente A Semente C Página 6 de 19 Semente D Docentes da disciplina: Carlos Gomes e Casimiro Rodrigues Trabalho realizado no âmbito da disciplina de Metodologia do Ensino do Estudo do Meio Luísa Andrade e Sofia Mourato Como é possível verificar esta experiência não tem resultados imediatos, só fica totalmente concluída 1 mês após semearmos os feijões, no entanto, o trabalho sobre as plantas deve continuar, uma vez que ainda há muito para explorar. A personagem “Dino” propõe uma saída de campo para as crianças terem a oportunidade de ver, em situações concretas diversos tipos de plantas. Pois na natureza existem muitas plantas, umas grandes, outras pequenas, umas com/sem frutos, outras com/sem flores. Para a realização desta actividade deverá ser elaborado um guia da saída de campo, (crianças conjuntamente com o professor) para definir muito bem o que os alunos desejam saber e o que professor deseja que eles saibam. Foi elaborado um guia que vai ao encontro dos objectivos estipulados no programa, mas que pode ser sempre acrescentado se surgir mais alguma questão por parte dos alunos. Nesta fase do trabalho podem surgir muitas questões e a exploração desta etapa dependerá totalmente das crianças, se forem crianças curiosas podem surgir dúvidas do tipo: - a minha avó tem um charco onde nasceram lá plantas. O professor deve estar minimamente preparado para responder, podendo referir que: certo tipo de plantas possui características de adaptação diferentes, consoante o seu ambiente. E um destes exemplos poderá ser as plantas aquáticas, que só vivem na água, não precisam de terra, como os nenúfares, bastante comuns nos charcos e lagoas da Ilha Terceira. Mas com o intuito das crianças perceberem as diferentes características do ambiente o professor pode também mencionar as plantas do deserto, como os cactos que sobrevivem quase sem água. No entanto, nunca descurar de referir que estas são plantas com características muito especiais e que só se desenvolvem em alguns sítios do nosso planeta. Ao surgirem questões tão ricas como estas, o professor deve incitar as crianças a pesquisar mais em pormenor, para tal, os alunos terão uma óptima oportunidade de realizar um trabalho por projecto. No decorrer do debate para a elaboração do guia da saída de campo o professor deve aproveitar as respostas das crianças e introduzir alguns conteúdos, por exemplo Como nascem as plantas? Ao escutar as respostas deverá diferenciar as plantas cultivadas das espontâneas e registar esta pergunta no guia. No 11º diapositivo o Dino introduz a noção de plantas cultivadas e espontâneas através de um simples diálogo “No meu quintal tenho uma macieira, cheia de maçãs Docentes da disciplina: Carlos Gomes e Casimiro Rodrigues Página 7 de 19 Trabalho realizado no âmbito da disciplina de Metodologia do Ensino do Estudo do Meio Luísa Andrade e Sofia Mourato saborosas! Acham que esta árvore foi cultivada pelo homem ou nasceu espontaneamente?” De seguida o Dino dá a resposta, mas o professor só a deve mostrar depois de ouvir a solução apresentada pelos alunos. O Dino pede que os alunos dêem exemplos de plantas e de lugares onde estas existem, refere-se portanto a tipos de plantas e onde estas podem nascer/desenvolver-se, deseja-se com isto que o professor remeta estas duas questões para o guia da saída de campo. Durante esta abordagem surgiram certamente comentários que o professor deve aproveitar sempre que possível para explorar. Por exemplo nas chamadas plantas cultivadas, pode surgir a confusão entre semear e plantar, o professor deve referir que as plantas podem ser cultivadas através de sementes, (como fizemos com a nossa semente de feijão, - então dizemos: -nós vamos semear feijão) ou através de plantas (este processo consiste em arrancar uma planta pela raiz e transplanta-la para outro local com maior área de terra para que essa possa crescer - então dizemos: - nós vamos plantar uma macieira). Mas o Dino tão curioso e interessado que é por estas questões, refere que nasceram espontaneamente, na nossa região algumas plantas que não existem em mais nenhum sítio do mundo. E alicia as crianças a pesquisar qual o nome específico deste tipo de plantas. Assim as crianças podem pesquisar na internet ou em livros e revistas especificas (disponibilizados pelo professor) sobre este tema. De seguida o Dino dá a resposta (plantas endémicas), mas analogicamente ao processo anterior a resposta só deve ser dada depois da pesquisa efectuada. Planta endémica da Ilha Terceira Marsilea azorica Página 8 de 19 Docentes da disciplina: Carlos Gomes e Casimiro Rodrigues Trabalho realizado no âmbito da disciplina de Metodologia do Ensino do Estudo do Meio Luísa Andrade e Sofia Mourato Quando a saída de campo for realizada, todos os alunos devem levar consigo o guia que foi elaborado na sala de aula e registar individualmente o que observaram. Esta tarefa individual de registo é importante pois permite a exploração de diferentes pontos de vista, e o debate de ideias serve para se chegar a uma conclusão final. Efectuamos uma saída de campo, tiramos fotografias e registamos no guia de campo as observações verificadas. Um possível exemplo de um guia da saída de campo PLANTAS Tipos Árvores Flores Ervas daninhas Nenúfares Fendas das calçadas Onde nascem Jardins Hortas Parques Como nascem Cultivadas Cultivadas Cultivadas Tamanho Grandes Médias Pequenas Docentes da disciplina: Carlos Gomes e Casimiro Rodrigues (Plantas aquáticas) Mato Espontâneas Espontâneas e endémicas Página 9 de 19 Trabalho realizado no âmbito da disciplina de Metodologia do Ensino do Estudo do Meio Luísa Andrade e Sofia Mourato Fotos das plantas Como podemos verificar as plantas crescem por todos os sítios: nos jardins, nas hortas, na água, nos parques e até nas fendas das calçadas! No decurso da saída de campo o professor deve aproveitar a oportunidade para explorar o tema seguinte – a constituição das plantas – o professor pode pedir por exemplo a uma criança que lhe aponte uma folha, uma flor, o caule, a raiz, o fruto. Também pode abordar neste contexto, o papel que as plantas ocupam na nossa alimentação, perguntando aos alunos por exemplo: quando comemos uma pêra que Página 10 de 19 Docentes da disciplina: Carlos Gomes e Casimiro Rodrigues Trabalho realizado no âmbito da disciplina de Metodologia do Ensino do Estudo do Meio Luísa Andrade e Sofia Mourato parte da planta estamos a ingerir? E uma alface? Para assim, começar a introduzir a importância que as plantas têm para o homem. Posteriormente em contexto de sala de aula, de volta ao PowerPoint, o Dino pede aos alunos que desenhem uma planta e que registem no desenho as partes que a constituem. Após a realização da tarefa as crianças deverão ter a oportunidade de apresentar o seu desenho e referir as partes da planta que desenharam. Logo o Dino apresenta as cinco principais partes constitutivas das plantas e as crianças terão a oportunidade de verificar se desenharam as principais características das plantas. A constituição das plantas já foi observada pelas crianças no decurso da vida diária. No entanto, podem suscitar algumas dúvidas relativas ao caule e à raiz, por serem partes das plantas menos utilizadas pelo senso comum. O professor deverá portanto explicar que: - A raiz é a parte da planta que não costumamos ver e que é a parte da planta que se agarra à terra. Através dos pêlos existentes na raiz, as plantas absorvem a água e os minúsculos alimentos existentes no solo. O caule é o prolongamento da raiz e é através dele que correm os alimentos da planta, também é através dele que nascem as folhas, as flores e os frutos. O professor pode salientar também esta etapa do trabalho que as folhas são muito importantes, porque é através delas que a planta respira e consequentemente produz o oxigénio para todos os seres vivos. Após explicar a função que o caule ocupa é proposta uma nova experiência para os alunos verificarem como a água e os alimentos são transportados ao longo da planta. Experiência 2 O principal objectivo com a 2ª experiencia é verificar como a planta transporta a água e os alimentos, para tal, precisamos de: • Um jarro de vidro; • 1 Cravo branco; • Água; • Corante de qualquer cor. É colocado dentro do jarro com água, um cravo branco e passado algumas horas será conferido que, a água colorida mudou a cor da flor, porque circulou no caule, folhas, e flor do cravo. Docentes da disciplina: Carlos Gomes e Casimiro Rodrigues Página 11 de 19 Trabalho realizado no âmbito da disciplina de Metodologia do Ensino do Estudo do Meio Luísa Andrade e Sofia Mourato LAROUSSE, G. (2006). As Plantas. Campo das Letras: Porto. O que vai acontecer? A água colorida muda a cor da flor, pois ela circula no seu caule, folhas e flores através de tubos ou vasos. Fotos do resultado da experiência Cravo Branco Jarro de Água Corante Azul Cravo Transformado No diapositivo nº 20 o Dino apresenta uma imagem em gif de uma árvore, nela sucedem-se modificações que correspondem às alterações de aspecto que ocorrem ao longo do ano conforme as diferentes estações do ano. A personagem propõe às crianças que identifiquem estas transformações, o professor, neste diapositivo têm como principal objectivo induzir os alunos a relacionar estas transformações com as estações do ano. O Dino nos diapositivos seguintes mostra uma imagem e pede às Página 12 de 19 Docentes da disciplina: Carlos Gomes e Casimiro Rodrigues Trabalho realizado no âmbito da disciplina de Metodologia do Ensino do Estudo do Meio Luísa Andrade e Sofia Mourato crianças que respondam o que ocorreu naquela estação do ano, de novo dá a resposta mas esta só deve surgir após serem dadas as respostas dos alunos. Poderão sempre surgir perguntas do género -No Outono as folhas caem mas porquê? O professor deve explicar que é pelas folhas que a planta perde a água e com o arrefecimento a árvore tem a necessidade de conservar a humidade, por isso a planta cria uma barreira na região onde a folha se liga ao ramo e a água deixa de passar. A folha, por ficar sem ligação, vai enfraquecendo e acaba por cair. (CIÊNCIAS da NATUREZA TERRA MÁGICA 1992 p. 132) Para concluir o tema das plantas o Dino faz algumas perguntas às crianças, que pretende explorar qual a importância das plantas para a vida do homem. As respostas dadas pelos alunos podem ser registadas no quadro e depois comparadas com as respostas que o Dino dá nos diapositivos seguintes. Os alunos devem ficar com a noção que as plantas respiram pela folhagem e têm uma função importe na Natureza, pois libertam o oxigénio purificando assim o ar (a este processo chama-se fotossíntese). São portanto, as plantas que dão o ar, necessidade essencial para a existência de todos os seres vivos. Com esta explicação as crianças pretende-se que a crianças ganhe um respeito especial pelas plantas, e antes de arrancar uma planta para brincar ou por simples capricho, vão pensar duas vezes se o devem realmente fazer. O professor deve ainda passar a mensagem que todos como cidadãos devem proteger e até cultivar plantas. Uma pergunta: O que devemos fazer para as plantas não desaparecerem? Pode servir de incentivo às crianças para cultivar uma planta e até pode ser uma actividade organizada pela turma. Apresentamos de seguida um resumo que explica a importância que as plantas ocupam para do homem e todos os seres vivos: • Produzem oxigénio; • Protegem os solos, contra o desgaste provocado pelas chuvas ou excesso de sol, (erosão); • Oferece-nos a matéria-prima para a construção de mobiliário, papel, medicamentos, tintas... • Alimentação de pessoas e animais; • Ornamentos dos jardins e casas. http://aprenderbrincando.no.sapo.pt/seres_vivos.htm Docentes da disciplina: Carlos Gomes e Casimiro Rodrigues Página 13 de 19 Trabalho realizado no âmbito da disciplina de Metodologia do Ensino do Estudo do Meio Luísa Andrade e Sofia Mourato Os Animais Os animais são introduzidos pelo Dino com uma pergunta – “quais são os outros seres vivos que ainda falta investigar?” As crianças responderam que são os animais, até porque no inicio deste trabalho já se tinha falado neles como seres vivos. Para diversificar um pouco o método de trabalho deste recurso pedagógico, nesta etapa do trabalho referente aos animais, serão as próprias crianças a preencher com as suas respostas o PowerPoint. O Dino pergunta aos alunos: - quais os animais que vivem perto das pessoas, ou mesmo dentro de casa? É disponibilizado um exemplo aos alunos, a partir daí serão as respostas deles a preencher os rectângulos do diapositivo, no final do preenchimento o professor deve perguntar que tipo de animais são estes, poderá ouvir as respostas dos alunos e induzir se necessário animais domésticos ou selvagens. Este processo será similar com a identificação dos animais selvagens. O professor deve aquando das respostas dos alunos pedir sempre a sua justificação e assim dá a oportunidade aos alunos de perceber as características que distinguem os animais domésticos dos selvagens. Após a conclusão deste trabalho o Dino volta a lançar outra questão – “ Onde vivem os animais?” O professor deve gerar um debate entre os alunos para se chegar à síntese: os animais podem viver na terra, na água ou no ar. Chegada a conclusão, devem preencher no recurso pedagógico o espaço destinado a este fim. As crianças são ainda orientadas a pesquisar imagens de animais que vivam na terra, água e ar. Os alunos escolhem onde querem investigar/procurar em livros, revistas, internet, jornais ou quaisquer outros materiais sugeridos pelas crianças. O professor nesta fase do trabalho deve estar preparado para disponibilizar aos alunos o material que estes queiram consultar. As imagens encontradas devem ser impressas ou fotocopiadas para a elaboração de um cartaz, que deve estar separado em três partes, pretende-se que os alunos formem os grupos dos animais consoante o local onde vivem. Devem posteriormente, junto a cada figura, registar o nome de cada animal. A partir deste cartaz será preenchida a tabela que se segue referente ao ambiente dos animais (diapositivo 32). Página 14 de 19 Docentes da disciplina: Carlos Gomes e Casimiro Rodrigues Trabalho realizado no âmbito da disciplina de Metodologia do Ensino do Estudo do Meio Luísa Andrade e Sofia Mourato Ambiente dos animais Terra Ar Água Logo que se conclua esta tarefa, o professor deve continuar a explorar o cartaz, dando maior ênfase às características externas de cada animal. O cartaz serve assim como um recurso material para o preenchimento da grelha que se encontra no diapositivo 33. As crianças deverão escrever o nome do animal na coluna indicada para o efeito e preencher o resto da tabela com um x. Tem o corpo coberto de… Animal Penas Escamas Pêlos Garras Docentes da disciplina: Carlos Gomes e Casimiro Rodrigues Bico Barbatanas Asas Página 15 de 19 Trabalho realizado no âmbito da disciplina de Metodologia do Ensino do Estudo do Meio Luísa Andrade e Sofia Mourato No preenchimento deste quadro surgirão outras questões que o professor deve como sempre aproveitar para explorar, ou se assim não for deverá ser o próprio professor a questionar, por exemplo: - de que se alimentam as girafas? e os leões? Partindo destas simples perguntas o professor começa a trabalhar no tema que se segue, a alimentação dos animais. Para trabalhar esta tarefa, cada criança escolhe um animal diferente e vai investigar/descobrir em que se baseia a alimentação do referido animal. Para a realização desta tarefa o professor deve disponibilizar enciclopédias específicas de animais, ou mesmo outros recursos e assim os alunos terão a oportunidade de consultar qual o regime alimentar que cada animal possuí, mas também observar outras curiosidades referentes a estes animais. Após a identificação do regime alimentar de cada animal o professor deve agrupar estes animais por animais carnívoros, herbívoros e omnívoros, e de seguida preencher o diapositivo nº 34 disponibilizado para este efeito. Para concluir a investigação sobre os animais, os alunos continuam com as enciclopédias (ou mesmo a internet, caso as crianças sintam a necessidade de consultar mais algum documento), pretende-se que cada aluno explore autonomamente o animal anteriormente escolhido, com questões que passem por exemplo pela reprodução, ou se fornecem algo ao homem, por exemplo a galinha põe ovos / a vaca dá o leite, ou até mesmo explorar curiosidades destes animais, por exemplo as diferenças existentes entre os leões e as leoas ou que em cada enxame de abelhas existe apenas uma que é a rainha ou que são as abelhas que nos dão o mel. Esta actividade vai depender muito do interesse dos alunos, mas também do apoio/incentivo que o professor lhes proporciona. O professor pode incentivar uma criança à pesquisa fazendo perguntas do como: - Por que é que as girafas têm o pescoço comprido? Por que é que os papagaios conseguem falar? Os pinguins não têm frio por viverem no gelo? Este tipo de exercício é muito saudável, pois vai fomentar o gosto pela pesquisa. Este tipo de exercício é muito saudável, pois vai fomentar o interesse por este tipo de questões e consequentemente o gosto pela pesquisa. Para finalizar o tema dos seres vivos o Dino pergunta aos alunos qual a importância que estes têm, e dá também algumas respostas, novamente, que só devem aparecer após a conclusão feita pela turma. Em jeito de despedida o Dino pergunta se gostaram de conhecer melhor os seres vivos e do modo como o tema foi trabalhado. E deixa uma promessa aos alunos, trabalhar com eles no próximo ano lectivo sobre “Os astros”. Esta promessa do Dino Página 16 de 19 Docentes da disciplina: Carlos Gomes e Casimiro Rodrigues Trabalho realizado no âmbito da disciplina de Metodologia do Ensino do Estudo do Meio Luísa Andrade e Sofia Mourato pretende lançar um desafio ao professor, elaborar um documento não necessariamente PowerPoint, para trabalhar o tema dos astros. Pretendemos com este desafio que todos os professores criem o hábito de inovar os seus recursos pedagógicos, tentando tirar o máximo partido das crianças e simultaneamente desenvolver nos alunos competências para o seu futuro. O recurso construído pretende de forma exaustiva, por isso não é necessário realizar o mesmo durante um dia ou mesmo dois, antes pelo contrário deve ser analisado ao longo do período, uma vez que o PowerPoint em questão serve como auxílio para cumprir uma pequena parte destinada aos seres vivos do segundo ano do Ensino Básico do 1º Ciclo, mais precisamente na área do Estudo do Meio. A elaboração deste recurso pedagógico teve como intuito estimular as crianças a explorar e a descobrir a ciência no seu meio local e familiar, como no jardim, na rua. Partindo do ambiente próximo pretende-se desenvolver os conhecimentos das crianças formulando perguntas para lhes estimular a curiosidade e fazê-las pensar, aumentando assim, a sua compreensão do mundo que as rodeia. Ao propormos aos alunos para examinar o mundo natural e os seus processos em situações concretas, temos a pretensão que estes olhem o ambiente de um ponto de vista mais interessante e simultaneamente mais científico. Docentes da disciplina: Carlos Gomes e Casimiro Rodrigues Página 17 de 19 Trabalho realizado no âmbito da disciplina de Metodologia do Ensino do Estudo do Meio Luísa Andrade e Sofia Mourato Bibliografia Bonito, M. e Leitão, M. (1991). CIÊNCIAS da NATUREZA Um Mundo a Descobrir 6º Ano. Lisboa: Texto Editora. Cooper, L. (2003). Ciências em primeira mão PLANTAS E FLORES. Rio de Mouro: Editorial Evergráficas. Costa, J. (1995). Dicionário da Língua Portuguesa. Porto: Porto Editora. Departamento da Educação Básica (2004). Organização Curricular e Programas para o 1º ciclo do Ensino Básico (4º edição). Mem Martins: Editorial do Ministério da Educação. Departamento da Educação Básica (s/ data). Curriculo Nacional do Ensino Básico. Competências Essenciais. Leite, C. e Pereira, R. (2004). Aprender a Descobrir 2º Ano. Maia: Edições Nova Gaia. Neves, C. e Costa, R. (1987). MUNDO NOVO Meio físico e social 3º Ano. Porto: Porto Editora. Nova, E. e Timóteo, M. (s/ data). AO ENCONTRO DA TERRA 5º Ano de Escolaridade. Lisboa: Lisboa Editora. Peralta, C. e Calhau, M. (1992). Ciências da Natureza TERRA MÁGICA 5º Ano. Porto: Porto Editora. Peralta, C. e Calhau, M. (1992). Ciências da Natureza TERRA MÁGICA 6º Ano. Porto: Porto Editora. Pinto, A. e Carneiro, M. (1989). O Bambi descobre 2º Ano. Porto: Porto Editora. Taylor, B. e Lilly, K. (2004). ATLAS dos ANIMAIS. Porto: Civilização, Editores, Lda. Trindade, I. e Mestre, P. (2001). Estudo do Meio 3º Ano. Porto: Constância. Página 18 de 19 Docentes da disciplina: Carlos Gomes e Casimiro Rodrigues Trabalho realizado no âmbito da disciplina de Metodologia do Ensino do Estudo do Meio Luísa Andrade e Sofia Mourato Artigos consultados na Internet: Concepções Alternativas e Mudança Conceptual. (s/data). Retirado a 15 de Outubro de 2009, Web: http://www.dct.uminho.pt/biogeo/recursos/met/file1.pdf Luz e Vida. (2007). Retirado a 10 de Novembro de 2009 Web: http://anaeluciana.wordpress.com Aprende e Diverte-te. (s/data). Retirado a 20 de Outubro de 2009 Web: http://aprenderbrincando.no.sapo.pt Vieira A. Et all. (2008). Júnior. Retirado a 20 de Outubro de 2009 Web: http://www.junior.te.pt/servlets/Rua?P=Animais&ID=55 Wales J. et all (2003). Wikipédia - Enciclopédia Livre. Retirado a 19 de Dezembro de 2009 Web: http://pt.wikipedia.org/wiki/Escama_(zoologia) Imagens Retiradas da Internet: http://anaeluciana.wordpress.com http://www.lds.org.br/Gravuras%5CEvangelho%5CO%20Velho%20Testament o%5C100%20Criacao%20Os%20Seres%20Vivos.jpg http://images.google.pt/imgres?imgurl=http://1.bp.blogspot.com www.superorkut.com/animados.ph http://www.gifmania.com.pt http://www.diariosbo.com.br/set2006/22092006/capa_arvore.jpg http://www1.istockphoto.com/file_thumbview_approve/5647201/2/istockphoto _5647201-orange-tree.jpg http://farm4.static.flickr.com/3385/3614560209_65904ebafc.jpg http://www.fotodependente.com/data/media/52/o_sol_de_inverno.JPG http://images.google.pt/imgres?imgurl=http://tvecologica.files.wordpress.com/ 2008/10/animais.jpg&imgrefurl=http Docentes da disciplina: Carlos Gomes e Casimiro Rodrigues Página 19 de 19