Boletim Epidemiológico Volume 03, Nº 03, 30 de Janeiro de 2015. Dengue e Chikungunya Em Sorocaba, a Dengue tem apresentado alterações nos padrões de transmissão. Enquanto que, em anos anteriores, tínhamos um período silencioso correspondente aos meses de julho a novembro, em 2014, observamos o aumento no número de casos a partir do final de setembro. No ano de 2014, foram notificados 6.386 casos suspeitos de dengue, dos quais 5.917 foram descartados e 469 confirmados. Entre os casos confirmados, 341 foram autóctones e 128 importados. Considerando o período de transmissão da dengue no Brasil, adotaremos o conceito “ano dengue” para apresentação dos dados epidemiológicos do município. O último ano dengue se iniciou em 29/06/2014 (semana epidemiológica 27) e terminará em 04/07/2015 (semana epidemiológica 26). No ano dengue 2014-2015, até o dia 28/01/2015, a cidade de Sorocaba apresentou 734 casos confirmados da doença, sendo 646 autóctones e 88 importados. Só em 2015, foram confirmados 547 casos, sendo 487 autóctones e 60 importados, evidenciando um aumento considerável da transmissão. Quanto ao vírus circulante, foi isolado o DENV 1 em 23 amostras de casos autóctones e 07 amostras de casos importados, analisadas pelo Instituto Adolfo Lutz/SP. Estamos aguardando resultado de 13 amostras encaminhadas. Em relação à Febre Chikungunya, o município teve 4 casos suspeitos, todos descartados. Portanto, Sorocaba ainda não possui casos confirmados da doença. O Gráfico 1 apresenta os casos confirmados de dengue dos anos dengue de 2010 a 2015, ao longo das semanas epidemiológicas. Na Figura 1, o mapa da cidade com a distribuição espacial dos casos confirmados de Dengue, segundo a área de abrangência das unidades básicas de saúde, no ano dengue 2014-2015. Na Tabela 1, apresentamos a distribuição dos casos confirmados por local de residência dos pacientes, de acordo com a área de abrangência das unidades básicas de saúde, do ano dengue 2014-2015. Gráfico 1 – Distribuição de casos confirmados de dengue do município de Sorocaba/SP ao longo das semanas epidemiológicas, dos anos de 2010 a 2015*. Fonte: SINANWEB/DVE/AVS/SES/PMS * dados sujeitos a alterações. Figura 2 – Distribuição de casos confirmados de dengue do município de Sorocaba/SP por local provável de infecção, do ano dengue 2014-2015*. Fonte: Divisão de Zoonoses/AVS/SES/PMS * dados sujeitos a alterações. Tabela 3 – Distribuição de casos confirmados de dengue do município de Sorocaba/SP por endereço de residência dos pacientes, do ano dengue 2014-2015*. REGIONAL COLEGIADO Total de casos autóctone/ colegiado Sudoeste Fase da transmissão 69 Alerta OESTE Noroeste Centro Norte 146 301 Emergencial Emergencial NORTE Norte Centro Sul 32 84 Alerta Alerta SUDESTE Leste 14 TOTAL TOTAL GERAL Fonte: SINANWEB/DVE/AVS/SES/PMS Inicial Nº CASOS U.B.S. Aut Imp CERRADO 4 3 M. MENDES 20 6 SIMUS 5 2 SOROC. I 23 7 WANNEL V. 17 6 BARÃO 9 1 LOPES 59 9 Ma. EUGÊNIA 20 4 NOVA ESP. SÃO GUILHERME PQ. S. BENTO 45 4 3 3 10 7 ANGÉLICA 95 1 FIORE 45 1 Ma. DO CARMO 32 3 MINEIRÃO 33 2 N. SOROC. 96 2 HABITETO 8 0 LARANJEIRAS 13 2 PAINEIRAS 3 0 ULYSSES G. 3 3 V. RÉGIA 5 0 BARCELONA 21 3 ESCOLA 5 2 HARO 12 4 SANTANA 17 3 HORTÊNCIA 29 4 APARECIDINHA 3 1 BRIG. TOBIAS 1 0 CAJURU 3 3 ÉDEN 3 2 SABIÁ 4 646 0 88 734 Com relação à infestação do vetor, o Gráfico 2 ilustra a porcentagem de imóveis trabalhados pelo Controle de Vetor que apresentaram larvas de mosquitos, evidenciando a grande quantidade de criadouros existentes nos imóveis, favorecendo a alta infestação do mosquito transmissor. Observa-se em vermelho os altos índices de infestação larvária, caracterizando a situação de risco, em amarelo, as áreas em alerta, e em verde, áreas com índice satisfatório. Gráfico 2 – Porcentagem de imóveis trabalhados com a presença de larvas de mosquitos, de acordo com a área de abrangência das UBS´s do município de Sorocaba/SP, de dezembro de 2014 a janeiro de 2015. Fonte: SINANWEB/DVE/AVS/SES/PMS A Vigilância Epidemiológica alerta os profissionais de saúde que fiquem atentos aos sinais e sintomas da doença, identificando os casos e notificando-os imediatamente, bem como, revejam os protocolos de atendimento/tratamento. Além da intensificação de medidas de eliminação de criadouros, é importante que na presença de sintomas da dengue o munícipe procure atendimento de saúde, use repelente e só faça uso de medicamentos sob prescrição médica. A pessoa com suspeita de dengue deve permanecer em casa durante os primeiros seis dias dos sintomas, hidratar-se em abundância e procurar o serviço de saúde caso apresente piora dos sintomas. Área de Vigilância em Saúde