EIXO TEMÁTICO 2: Estratégias, Materiais e Recursos Didáticos na Educação em Ciências e Biologia. MODALIDADE: ATELIÊ DE CRIAÇÃO – AC.40 ABORDAGEM INTEGRADORA NO ENSINO DE GENÉTICA: O MODELO NEDICóide Willian Alves (Graduando Ciências Biológicas e bolsista IC NEDIC-IFRJ) Laion Victor Oliveira Okuda (Graduando Ciências Biológicas e bolsista IC NEDIC-IFRJ) Thaísa C.S. Oliveira (Graduando Ciências Biológicas e bolsista IC NEDIC-IFRJ) Thiago Saide Martins Merhy, [email protected] , (Professor – IFRJ e colaborador NEDIC) Sheila Albert dos Reis (Professora – IFRJ e colaboradora NEDIC) Tânia Goldbach (Núcleo de Pesquisa em Ensino e Divulgação de Ciências – Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia do Rio de Janeiro / IFRJ) Financiamento: IFRJ, CNPq (bolsas) e FAPERJ (projeto de fomento) Os jogos e modelos são utilizados como estratégia didática e facilitadora da aprendizagem. No caso do modelo em questão, com a manipulação das peças, pode contribuir de forma significativa na integração do conhecimento, que por muitas vezes é passada de forma fragmentada, como é o caso da temática Genética, considerada de difícil compreensão pela maior parte dos alunos e apontada como problemática pelos professores. O objetivo da atividade com o modelo “NEDICóide” é trabalhar com este organismo fictício, manipulando os seus pares de cromossomos (2n=10) e genes alelos, formando casais (com a definição pelos participantes dos conjuntos de genes da vez) e verificando os gametas e as proles, as quais serão representadas pelo conjunto de peças/componentes indicando os fenótipos específicos (tipo de corpo, patas, asas, antenas, alimentação, língua e carapaça) obtidos em cada fase da atividade (com tipos diferentes de herança). O modelo pode ser utilizado de maneiras variadas ao abordar a formação dos gametas (representação das divisões meióticas) e os diferentes tipos de herança de características (dominância completa e incompleta, polialelia, herança ligada ao sexo e interações gênicas), que podem ser explorados de forma individual, porém realçando a ideia que as mesmas ocorrem simultaneamente no organismo. O “NEDICoide” com apresentação de seu cariótipo (2n=10) e destaque de pares de genes alelos específicos – com peças-cromossomos imantados e placa para suporte – permite tratar diferentes tipos de herança, que são representadas por um conjunto de peças, elaboradas manualmente, a serem agregadas ao corpo do organismo, que expressam os diferentes caracteres e seus fenótipos. A proposta é trabalhar o posicionamento dos genes envolvidos com os 8 caracteres do “NEDICoide” (tipo de corpo, antena, patas, alimentação, asas, língua e carapaça), com a manipulação das peças/componentes do modelo, ao ser solicitado - de forma gradual e sistemática - a construção de casais e verificação da prole de “nedicóides”, com o reconhecimento dos possíveis gametas (representação da divisão meiótica), interpretação dos diferentes descendentes contendo os genes transmitidos escolhidos, os quais levam a expressão das características resultantes próprias. As bases moleculares fictícias destes processos são exploradas com o uso de pranchas anexas. Pretende-se assim, que, num primeiro momento, os participantes manipulem os cromossomos e exercitem o entendimento de suas representações: como são formados (cromatina – cromossomo/empacotamento do DNA); como é o cariótipo e o mapeamento simplificado de genes fictício; como conceituar cromossomos homólogos (autossômicos e sexual), cromátides e genes alelos. Nos momentos subsequentes são propostas atividades com a representação dos genes específicos para os caracteres do organismo envolvendo os diferentes tipos de herança; e, ao final, é possível explorar o raciocínio molecular que explica o surgimento dos fenótipos próprios – utilizando-se de modelo em papel plastificado para transcrição e tradução - com ou sem interações específicas; entre outras possibilidades. Pretende-se assim oferecer uma visão integrada do processo e facilitar a construção de conceitos importantes da genética, minimizando confusões conceituais recorrentes no contexto escolar. Conforme o público alvo participante, é possível realizar algumas variações, com graus diferentes de complexidade do tema. Entendemos que este modelo configura-se num esforço necessário de busca de recontextualizações didáticas sobre a temática Hereditariedade, desenvolvendo abordagem integradora e revisão na simplificação dos olhares quanto à determinação genética, com o reposicionamento de itens usualmente trabalhados de forma fragmentada no contexto escolar.