HELMINTOLOGIA - Universidade Castelo Branco

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REVISADO POR PROF. ANDERSON DIAS CEZAR
EQUIPE RESPONSÁVEL PELA ELABORAÇÃO DO MATERIAL INSTRUCIONAL:
Supervisão Geral e Metodologia de EAD:
Maria Christina Zentgraf
 Mestre e Doutora em Educação pela Universidade Federal do Rio de Janeiro - UFRJ
 Livre-Docente em Supervisão Educacional pela Universidade Estadual do Rio de
Janeiro - UERJ
Redação e Revisão Final:
Maria Georgina Wolfer
 Mestre em Comunicação pela Universidade Federal do Rio de Janeiro - UFRJ
Conteúdo Programático:
Supervisão do Conteúdo:
Luiz Claúdio Muniz Pereira
 Mestre em Parasitologia pela Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro - UFRRJ
Conteudista:
Geizi Jane Alves de Carvalho
 Mestre em Ciências pela Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro – UFRRJ
 Doutoranda em Ciências na Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro - UFRRJ
Digitação e Diagramação:
Clarice Isaac
Revisão:
Jonê Carla Baião
Capa:
Leeladhar
A ciência constrói-se com fatos, tal como
uma casa com tijolos. Mas uma coleção de fatos não é
mais ciência do que um monte de tijolos é casa.
(Jules Henri Poincaré, 1854-1912)
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Sumário
Apresentação
Orientações Gerais
Orientações para o Auto-estudo da Disciplina
Contextualização da Disciplina
HELMINTOLOGIA E METAZOÁRIOS INFERIORES
Caracterização da Disciplina
Quadro-Síntese do Conteúdo Programático de HELMINTOLOGIA E
METAZOÁRIOS INFERIORES
UNIDADE
1
-
FILOS
PORIFERA,
CNIDARIA,
CTENOPHORA
E
PLATYHELMINTHES
1.1 - Filo Porifera
1.2 – Filo Cnidaria
1.3 - Filo Ctenophora
1.4 - Filo Platyhelminthes e Rhycocoela
UNIDADE 2 - PSEUDOCELOMADOS E ANELÍDEOS.
2.1 - Pseudocelomados
2.2 - Annelida
Auto-avaliação Final
3
Apresentação
Prezado(a) Aluno(a):
É com grande satisfação que o(a) recebemos como integrante do corpo
discente de nossos cursos de graduação, na certeza de estarmos contribuindo
para sua formação acadêmica e, conseqüentemente, propiciando oportunidade
para melhoria de seu desempenho profissional. Nossos funcionários, diretores
e professores esperam retribuir a sua escolha, reafirmando o compromisso
desta Instituição com a qualidade, por meio de uma estrutura aberta, crítica e
criativa, centrada nos princípios de melhoria contínua.
Esperamos que este instrucional lhe seja de grande ajuda e contribua
para ampliar o horizonte do seu conhecimento teórico e para aperfeiçoar a sua
prática pedagógica.
Seja bem-vindo(a)!
Vera Costa Gissoni
Chanceler
4
Orientações Gerais
1. Conversando com o(a) aluno(a):
Ao ingressar na Universidade Castelo Branco, você está iniciando uma
nova fase de sua vida. E o caminho que você irá percorrer não é novo. O que
você vai ter é um novo jeito de caminhar.
Como você sabe, o ambiente universitário é muito diferente daquele ao
qual você estava acostumado nos tempos de escola. Se, anteriormente, lhe
eram cobradas assiduidade, pontualidade e produtividade sob um aspecto de
rigidez disciplinar, agora você deve se preparar para conviver com uma nova
forma de aprendizado. Especialmente neste curso que é desenvolvido através
de uma metodologia semipresencial, em caráter experimental. Quando nos
referimos a semipresencial, queremos dizer que 50% da carga horária total
são destinados ao auto-estudo.
Quais as implicações desta proposta?
Simplesmente que você precisará organizar-se para aproveitar melhor
os momentos de estudo individualizado (auto-estudo), de modo que suas
tarefas sejam cumpridas nos prazos previstos, evitando desânimo, desistência
ou reprovação.
5
PROGRAMAR SUAS ATIVIDADES DE ESTUDO
1 - Habitue-se a programar suas atividades de estudo e a dividir
adequadamente o seu tempo;
2 - “Ganhe” tempo para o estudo, planejando suas atividades;
3 - Faça pausas para descanso, evitando longos períodos de estudo;
4 - Faça cronogramas e cumpra os horários;
5 - Reserve um “cantinho” em sua casa para reunir e organizar seu
material de estudo;
6 - Recorra sempre aos textos e leituras indicadas;
7 - Procure conhecer textos de outras publicações, além das indicadas;
8 - Recorra ao seu tutor sempre que necessário;
9 - Consulte o Manual do aluno para melhor orientá-lo durante o curso;
10- Habitue-se a ter disciplina em seus estudos;
11- Não esqueça que a auto-organização favorece o estudo
individualizado;
12- Lembre-se de que o interesse, o cumprimento das tarefas, a
participação, a realização das atividades e a assiduidade são itens de
avaliação.
6
Agora que você acabou de tomar conhecimento de um conjunto de
orientações indispensáveis a um bom desempenho, gostaríamos de agradecer
a sua participação no curso e dizer:
Bom estudo!
Seja bem-vindo (a)!
Conte sempre conosco!
7
Orientações para o Auto-estudo da Disciplina
Para que você possa aproveitar ao máximo o material instrucional,
procure seguir algumas orientações básicas, que certamente lhe ajudarão
muito.
Antes de tudo, procure ler com atenção todo o instrucional, pois ele foi
elaborado com o objetivo de servir de material de apoio e também didático.
Ao ler um capítulo, dê atenção às orientações que são fornecidas ao
longo do texto, procurando sempre compreender todas as informações. Não
entendendo uma determinada parte, retorne e leia novamente. Desta maneira,
uma pequena distração que lhe tenha induzido ao erro, poderá ser sanada.
Todos os textos nos quais este instrucional foi baseado foram
pesquisados em livros didáticos. Assim sendo, sempre que solicitado que você
se reporte a um texto, faça isto, por que a literatura é, e sempre será, uma
fonte inesgotável de consulta.
Tenha certeza de que os exercícios propostos no instrucional também
são muito importantes, devendo, por mais simples que sejam, ser tratados com
muita seriedade. Caso você tenha qualquer dificuldade com alguma questão,
procure retornar ao texto e ler novamente o conteúdo, tentando respondê-la
pela segunda vez. Se não conseguir, entre em contato com seu tutor, pois ele
vai lhe indicar como proceder com o exercício.
8
O estudo de zoologia requer que,
muitas vezes, interpretemos
esquemas e figuras de alguns animais. Os textos selecionados e indicados
contêm esquemas ilustrativos que nos auxiliam a visualizar determinadas
estruturas de alguns animais. Procure sempre dar atenção às figuras,
relacionando-as com o texto. Algumas figuras são a única forma de
estudarmos um determinado grupo, nos poupando tempo e dinheiro. Quer um
bom exemplo? Imagine que certos grupos de animais só são encontrados no
Oceano Pacífico a 4 mil metros de profundidade!
Pense, agora, nas seguintes situações:
9
Contextualização da Disciplina
Como sabemos hoje, o estudo das Ciências Biológicas não pode
caminhar isoladamente, havendo pontos de interseção com outras áreas do
conhecimento humano, como também com disciplinas afins do curso de
Ciências Biológicas.
O estudo de Zoologia, tal qual o compreendemos hoje em dia, é fruto
de um longo processo de desenvolvimento, com os primórdios em Aristóteles
(384-322 a.C.), passando por vários filósofos e cientistas, entre eles, Charles
Darwin.
Ao iniciar os estudos em Zoologia, estaremos não apenas enfocando os
grupos que compõem o reino dos animais (também o reino dos protistas),
como faremos uma grande correlação entre as áreas que são intimamente
ligadas à Zoologia, tais como Parasitologia e Ecologia e outras áreas não tão
proximamente ligadas, como Filosofia, Lógica e Matemática.
No transcorrer do nosso curso de Zoologia, você poderá perceber que o
estudo dos animais nada mais é do que um pano de fundo para introduzirmos
vários conceitos correlatos, teorias gerais e hipóteses, permitindo que haja
uma visão ampliada acerca dos diversos ramos que compõem as Ciências
Biológicas.
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REVISADO POR PROF. ANDERSON DIAS CEZAR
HELMINTOLOGIA E METAZOÁRIOS
INFERIORES
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Caracterização da Disciplina
Disciplina: HELMINTOLOGIA E METAZOÁRIOS INFERIORES
Área:: Ciências da Saúde e Biológicas
Número de créditos: 04 (quatro)
Ementa:
Reconhecer as caracteristicas morfológicas, as relações evoluticas
bem como alguns aspectos ecológicos dos helmintos e
metazoários inferiores.
Objetivo geral: Desenvolve conhecimentos acerca dos grupos zoológicos,
através do estudo das características anatômicas, ecológicas
e comportamentais. Introduzir conceitos de parasitologia
Livros-texto:
BARNES & outros. Zoologia dos invertebrados. São Paulo: Companhia
Editora Nacional, 2005.
BRUSCA, R. C., BRUSCA, G. J. The invertebrates. 1985.
STORER & outros. Zoologia geral. Rio de Janeiro: Guanabara, 1991.
LABOR. Porifera Brasil. Disponível em: http://acd.ufrj.br/labpor/ . Acessado
em janeiro de 2007.
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QUADRO-SÍNTESE DO CONTEÚDO PROGRAMÁTICO DE HELMINTOLOGIA
E METAZOÁRIOS INFERIORES
Unidades de Programa
1-
Filos
Porifera,
Cnidaria,
Ctenophora e Platyhelminthes.
2- Pseudocelomados e anelídeos.
Objetivos

Apresentar
as
características
gerais, classificação e aspectos
ecológicos e evolutivos
dos
seguintes filos: Porifera, Cnidaria,
Ctenophora e Platyhelminthes.

Introduzir a classificação e
caracterizar os seguintes grupos:
Pseudocelomados e anelídeos, bem
como seus aspectos ecológicos e
evolutivos.
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HELMINTOLOGIA E METAZOÁRIOS
INFERIORES
14
UNIDADE 1 – FILOS PORIFERA, CNIDARIA, CTENOPHORA E
PLATYHELMINTHES
Objetivo específico:
 Apresentar as características gerais e classificação destes grupos.
1.1 – Filo Porífera
As esponjas são organismos bastante antigos, com origens que se perdem a
mais de 1.0-1.2 bilhões de anos atrás. Suas características morfológicas, tais
como a relativa simplicidade estrutural e o baixo grau de diferenciação dos
tecidos, em conjunto com o registro fóssil, as colocam como os animais
pluricelulares mais primitivos existentes. São animais facilmente encontrados
em quase todos os ambientes aquáticos, desde rios até as fossas abissais, em
regiões tropicais e polares. As mais de 6000 espécies descritas possuem uma
extrema variedade de dimensões, cores, formas e hábitos e sua construção
aparentemente simples e primitiva não revela totalmente a imensa
complexidade destes organismos
As esponjas são organismos imóveis mas capazes de movimentar a
água em seu redor.
As partículas alimentares em suspensão penetram no corpo da esponja
através de poros microscópicos – poros inalantes - na sua parede lateral e a
água filtrada é retirada através de uma abertura maior – ósculo – na zona
oposta á base.
15
Em certas espécies, o ósculo pode ser lentamente fechado. O ósculo
encontra-se quase sempre acima do resto do corpo do animal, uma adaptação
importante pois evita a recirculação de água á qual já foram retirados alimento
e oxigénio e adicionados resíduos. Em mais nenhum animal a abertura
principal do corpo é exalante, como neste caso, mais uma excentricidade das
esponjas.
A parede do corpo das esponjas delimita uma cavidade central, o átrio
ou espongiocélio. Em certas esponjas mais complexas não existe apenas uma
cavidade central mas um labirinto de canais e câmaras cobertas de células
flageladas – câmaras vibráteis.
A respiração e a excreção são feitas directamente por difusão com o
meio aquático, pelo que as esponjas não suportam águas estagnadas.
Tipos de esponjas
16
De modo geral, esponjas têm uma ou mais aberturas exalantes
circulares (ósculos), e muitas espécies têm sistemas de canais subsuperficiais
semelhantes a veias. Muitas espécies são compressíveis, e a superfície é
frequentemente híspida (com extremidades das espículas atravessando
parcialmente a superfície) ou conulosa (com pequenas elevações cônicas). As
ascídias coloniais se diferenciam das esponjas pela presença de um sistema
regular de orifícios de ingestão e egestão; elas são normalmente lisas ao toque
e incompressíveis.
Forma das espículas da parede do corpo de algumas esponjas
As esponjas produzem uma grande diversidade de metabólitos secundários, muitos
dos quais têm estruturas originais de grande interesse para a farmacologia e a pesquisa
biomédica. Esses compostos representam um importante recurso natural, pois podem levar
à produção de medicamentos mais eficazes contra o câncer e outras doenças graves, como
as causadas por vírus, bactérias ou fungos. As esponjas são um dos grupos de organismos
com maior percentagem de espécies produtoras de compostos antibióticos, antitumorais e
antivirais. Outros invertebrados como briozoários, ascídias e cnidários não têm tantas
espécies com compostos ativos, nem um espectro tão amplo de atividades quanto as
esponjas.
17
1.2 - Filo Cnidaria
Estes animais, conhecidos como celenterados, têm simetria radiada
(antigamente havia a união com o grupo Ctenophora, que veremos adiante,
formando o grupo denominado Radiata), presença de uma cavidade
gastrovascular (formada pela boca mais a cavidade digestiva), tentáculos na
região adoral, existem, ainda, três camadas corporais: epiderme, mesogléia,
gastroderme. Na mesogléia, temos a presença de células especializadas: os
amebócitos. Durante as fases de vida, existe a possibilidade de dois tipos de
estrutura, os pólipos e as medusas. Como forma de defesa, há a presença de
células especializadas, os nematocistos.
Tipos de forma corpórea: Medusóide e Pólipos
Para estudarmos melhor, podemos dividir os celenterados em três
grupos principais:
18

Classe Hydrozoa (Hidrozoários) - hidras

Classe Scyphozoa (Cifozoários) - água-viva

Classe Anthozoa (Antozoários) - corais
CLASSE HYDROZOA (HIDROZOÁRIOS) - HIDRAS
Estrutura de pólipo ou medusa, mesogléia sem células, gastroderme
sem nematócistos, gônadas epidérmicas ou gastrodérmicas com óvulos ou
espematozóides expulsos ao exterior, reprodução sexuada (as gônadas são
agregados de gametos), possibilidade de fecundação interna ou externa; o tipo
medusóide possui larva plânula (ciliada) e actínula, o tipo polipóide larva
plânula.
CLASSE SCYPHOZOA (CIFOZOÁRIOS) – ÁGUA-VIVA
Estrutura de medusa preponderante com pólipos larvais, nematocistos
tentaculares, boca, estômago central e quatro bolsas gástricas; o estômago
possui filamentos com nematocistos, são dióicos com gônadas na
gastroderme, larva plânula e polipóide. Há a formação de éfiras, que são as
medusas imaturas.
CLASSE ANTHOZOA (ANTOZOÁRIOS) - CORAIS
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Estrutura polipóide, ausência de medusas, boca seguida de faringe
tubular, cavidade gástrica dividida; os nematocistos são gástricos, gônadas
gastrodérmicas.
Com a finalidade de melhor compreendermos esta classe dividimos em:
 Anêmonas – com disco basal, sulcos no disco oral (sifonóglifos), epiderme
ciliada, hermafroditas ou dióicos, fecundação interna ou externa, larva
plânula;
 Corais Pétreos – com esqueleto de carbonato de cálcio, solitários ou
coloniais, ausências de sifonóglifo, esqueleto secretado pela epiderme,
hermafroditas ou dióicos;
 Corais Octocorais – com oito tentáculos, presença de sifonóglifo,
coloniais;
1.3 - Filo Ctenophora
Este pequeno filo apresenta simetria radiada, sua epiderme é celular ou
sincicial, sem nematocistos, a mesogléia é formada com fibras e amebócitos,
corpo com oito (8) bandas ciliadas, cada hemisfério com um longo tentáculo,
sistema digestivo com estômago central e ramificado, presença de coloblasto
(células adesivas), hermafroditas, fecundação externa, larva conhecida como
cidipédia.
20
1.4 - Filo Platyhelminthes e Rhycocoela
Os platelmintos são divididos em grupos, que são apresentados a
seguir:
TURBELLARIA
Acoela
Rhabdocoela (Temnocephalidea – Principal Grupo)
TREMATODA
Aspidobothrea
Digenea
Monogenea (Monogenoidea)
CESTOIDEA
Eucestoda
Cestodaria
Filo Platyhelminthes
As características principais dos platelmintos, conhecidos como
helmintos ou vulgarmente como vermes, são:
 Simetria bilateral; sistema excretor protonefridial com células flama
(sistema osmorregulador), geralmente não possuem ânus, e sim, poro
excretor; sistema respiratório e circulatório ausente. O espaço entre a
parede do corpo e os órgãos internos com as fibras e células forma o
parênquima, sistema nervoso formado por uma rede epidérmica com
gânglios, na maioria são monóicos (dois sexos em um mesmo indivíduo),
21
fertilização interna. TREMATODA e EUCESTODA possuem tegumento
superficial vivo com proteínas, lipídios e lipoproteínas.
Mecanismos de fixação: Ventosas

DIGENEA – ventosa oral e acetábulo;

MONOGENEA – opistaptor com ganchos e grampos.
Canal alimentar nos TREMATÓDEOS – cecos.
CESTÓIDES não possuem canal alimentar (absorção se dá pelo
tegumento).
TURBELLARIA
TURBELÁRIOS E PLANÁRIAS
São platelmintos com a parede do corpo apresentando epiderme ciliada
e células glandulares, cavidade digestiva única sem ânus; são parasitos ou
simbiontes; realizam a excreção por meio de protonefrídeos, reprodução
assexuada por fissão com regeneração e reprodução sexuada, ocorrência de
partenogênese (desenvolvimento a partir de um ovo, que não recebeu carga
genética paterna, originando somente fêmeas), larva livre natante denominada
larva Müller.
Classificação:
1- ACOELA,
2- RHABDOCOELA,
22
3- ALLOECOELA,
4- TRICLADIDA,
5- POLYCLADIDA.
TREMATODA
TREMATÓDEOS
1- ASPIDOBOTHREA (ASPIDOCOTYLEA OU ASPIDOGASTREA)
Corpo com disco ventral para fixação (disco de Baer); ventosas
presentes, a grande maioria são parasitas de moluscos; sistema digestivo com
único ceco.
 Sistema reprodutor masculino – um ou mais testículos, vesícula seminal,
bolsa do cirro, ducto ejaculatório e cirro.
 Sistema reprodutor feminino – ovário, oviduto, glândula de Mehlis, canal
de Laurer (vagina vestigial), glândula vitelogênica e metratermo.
Larva livre natante, ciclo direto sem hospedeiro intermediário ou
indireto.
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Estrutura geral de um Aspidobothrea
2- MONOGENEA (MONOGENOIDEA)
Ectoparasitas (parasitas externos ao corpo) de peixes (brânquias,
narinas e corpo), endoparasitos (parasitas internos) de raias e anfíbios:
possuem órgão de fixação com ganchos – opistaptor, trato alimentar com
boca, faringe, esôfago e cecos, glândulas cefálicas com função de fixação.
 Sistema reprodutor masculino – um ou mais testículos, vesículas seminal,
cirro e gonopóro.
 Sistema reprodutor feminino – ovário único, vagina e glândula de Mehlis.
Desenvolvimento – ovo, larva (oncomiracídio), adulto.
24
Monogenea. a) Polyonchoinea; b) Oligonchoinea
3- DIGENEA
Parasitas de todos os vertebrados, corpo com ventosa oral e acetábulo.
Tem como principal representante deste grupo o Schistosoma mansoni,
causador da esquistosomose.
 Sistema reprodutor masculino – um ou mais testículos, vesícula seminal e
cirro.
 Sistema reprodutor feminino – ovário único, glândulas vitelogências,
glândula de Mehlis, útero, metratermo e átrio genital.
Reprodução sexuada e assexuada.
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Desenvolvimento – ovo, larva ciliada (miracídio), esporocisto, rédia,
cercária (podendo haver após mesocercária e metacercária), adulto.
Estrutura geral de um Digenea
CESTOIDEA
CESTÓIDES
EUCESTODA
Este último grupo de platelmintos tem corpo com segmentos chamados
de
proglótides, cada proglotide com um ou mais conjuntos de órgãos
reprodutores;
à
produção
contínua
de
proglótides
chamamos
de
estrobilização. Escólice ou pseudoescólice com ventosas, bótrios ou botrídeos
e rostelo com ganchos, absorção de nutrientes pelo tegumento – sem sistema
digestivo, sistema osmorregulador com canais.
26
Dentre os cestóides, os mais conhecidos são as “tênias”, Taenia solium
e Taeniarhynchus saginatus (antigamente classificada com Taenia solium).
 Sistema reprodutor masculino – um ou mais testículos, vesícula seminal e
cirro.
 Sistema reprodutor feminino – útero, receptáculo seminal, glândulas
vitelogênicas, glândula de Mehlis e vagina.
Para melhor exemplificar seu desenvolvimento temos, nos cestóides,
dois tipos básicos de ciclos, com suas respectivas larvas:
1- Ovo, coracídio (larva ciliada), procercóide e plerocercóide.
2- Ovo e oncosfera (embrião hexacanto cisticercóide).
Tipos especiais de larvas:
 Licófora – larva ciliada dos cestodários;
 Espargano;
 Plerocerco;
 Cenuro – cisticerco de Taenia multiceps;
 Cisto hidática – cisticerco de Echinococcus spp;
27
a) Escólice de Taeniarhynchus saginatus. b) Proglótides maduras
28
Filo Rhynchocoela
Este filo, classificado após os platelmintos, tem aproximadamente 700
espécies, na maioria marinhas, não parasitas.
parede
corporal
organizada,
presença
de
Sem cabeça definida, tem
probóscide,
com
canal
(RINCODEU), boca, esôfago, estômago, intestino anterior. É carnívoro
(alimenta-se de invertebrados), tem cérebro com quatro lóbulos e estruturas
sensoriais: ocelos fotossensíveis, corpúsculos quimiorreceptores (órgãos
cerebrais). Possui aparelho circulatório fechado com amebócitos sangüíneos,
sistema excretor com protonefrídios e nefridioporo, dióicos ou hermafroditas.
Sistemática:
Dividem-se em 2 gupos:

Classe Anopla – Ordens Paleonemertini e Heteronemertini.

Classe Enopla – Ordens Hoplonemertini e Bdellonemertini
Extraído de L.H. Hyman, 1951, Platyhelminthes and Rhynchocoela. McGraw Hill Book Company.
29
Nesta unidade, apresentamos os seguintes
conceitos ou definições em Zoologia:

PORIFERA

CNIDARIA

CTENOPHORA

PLATYELMINTHES

RHYCOCOELA
Agora, faça uma reflexão a respeito do conteúdo apresentado e pense
se, ainda, existe algo que não tenha ficado bem claro na sua cabeça. Todo
curso começa pela base e, sem o entendimento necessário, os demais
conteúdos futuros não terão a clareza necessária e desejada.
Lembre-se que o tutor da disciplina pode ajudá-lo muito.
Recorra a ele, sempre que for necessário, e
só depois prossiga em suas tarefas
Exercícios de fixação:
Tente fazê-los rememorando o que você leu nesta unidade e na
bibliografia complementar.
1- Correlacione as colunas.
1 - Turbellaria.
( ) Corpo com disco ventral (disco de Baer).
2 - Digenea.
( ) Corpo com epiderme ciliada.
3 - Eucestoda.
( ) Ocorrência de estrobilização no corpo.
4 - Aspidobothrea.
( ) Ciclo com esporocisto e rédia.
30
2- Os platelmintos (Filo Platyhelminthes) formam um importante grupo de
parasitas. Os trematódeos (Trematoda) e os cestóides (Eucestoda),
apresentam modificações fisiológicas que os tornam aptos ao parasitismo.
Os cestóides, durante o processo evolutivo, acumularam a perda do canal
digestivo, realizando a absorção dos nutrientes através de outra via.
Qual o modo de absorção dos nutrientes, realizado pelos cestóides ?
Leitura complementar:
Para você saber mais a respeito da classificação e caracterização dos
grupos, leia os capítulos de Cnidaria, Ctenophora e Platyhelminthes do livro
Zoologia dos invertebrados, de Barnes.
Ficaram bem claras para você as características gerais e
a classificação dos filos Cnidaria, Ctenophora e
Platyhelminthes, apresentadas nesta unidade? Se, por
acaso, surgiram dúvidas, leia novamente o texto, faça a
leitura compelementar indicada e anote os principais
itens do conteúdo para fixar o conhecimento.
31
Unidade 2 – pseudocelomados e anelídeos
Objetivo específico:
 Introduzir a classificação e caracterizar os grupos.
2.1 - Pseudocelomados
Enfocaremos, agora, um grupo conhecido como Pseudocelomados, que
antigamente era utilizado como um grupo natural; mas, atualmente, dividimos
os pseudocelomados nos seguintes filos:

Gastrotricha

Rotifera

Kinorhyncha

Nematoda

Nematomorpha

Acanthocephala

Gnathostomulida
Antes de passarmos ao estudo dos filos, vamos definir dois termos
muito importantes:
- Pseudoceloma: blastocele embrionário persistente, órgãos internos livres
sem estarem envoltos por peritôneo.
- Filo Aschelminthes: não forma um grupo natural, rejeitado atualmente.
Filo Gastrotricha
32
O filo Gastrotricha é representado por cerca de 430 espécies de
animais marinhos e de água doce que habitam os espaços intersticiais dos
sedimentos do fundo e dos detritos superficiais.
Sendo as superfícies de plantas e de animais submersos e os filmes de
água das partículas do solo. Só que centros de pesquisas que trabalham
diretamente com os gastrótricos dizem que já se tem 690 espécies. O filo se
divide em dois grupos designados como ordens: os Macrodasyida marinhos e
os Chaetonotida marinhos e de águas doce.
Hermafroditas, com espécies sem aparelho reprodutor masculino
(degenerado).
Muitos gastrótricos são microscópicos em tamanho. Variam em
comprimento de 50 a 1000µm, embora os membros de algumas espécies
possam atingir 4mm. O corpo tem aparência com um "pino de boliche" ou de
fita achatado ventralmente e arqueado dorsalmente.
Existe uma cabeça anterior que porta os órgãos sensoriais, o cérebro e a
faringe, bem como um tronco alongado que abriga o intestino médio e os
órgãos reprodutivos. Toda a superfície ventral pode ser ciliada, ou os cílios
podem arranjar-se em faixas longitudinais, fileiras ou remendos transversais
ou agruparem-se em cirros, como os dos ciliados hipotríquios.
33
Na parte posterior o tronco geralmente encontramos dois ou mais
órgãos adesivos, e estes tem uma função de adesão temporária ao substrato e
contem sistemas glandulares duplos, ou seja, uma glândula viscosa reunida a
uma glândula de liberação.
Os tubos adesivos podem ser numerosos e localizar-se por baixo da
cabeça, ao longo das laterais do corpo.
O movimento para frente nos gastrótricos resulta do deslizamento ciliar
uniforme. No entanto,a ação muscular é importante nos movimentos
especializados,tais como as respostas de fuga,a atividade de procura e a
copula. Uma resposta de fuga pode ser uma rápida retirada para trás da cabeça
e do tronco ate uma ligação feita pelo órgão adesivo posterior ou por uma
serie de movimentos semelhante aos de uma lagarta.Durante a copula,os dois
animais usam os músculos para retorcer as suas extremidades posteriores
juntas como se entrelaçassem as pontas de seus dedos indicadores.
A boca terminal abre-se diretamente na faringe, em alguns
quetonotídeos, em uma pequena cavidade bucal revestida com cutícula. A
parede faringiana compõe-se predominantemente de células mioepitelias que
seria um tubo muscular glandular e alongado.
Nos macrodasiídeos, a faringe abre-se primeiro ao exterior através de
um par de poros antes de juntar-se ao intestino médio. O intestino médio é um
tubo cilíndrico celular que se afila para juntar-se ao anus posterior e ventral.
34
Os gastrótricos alimentam-se de pequenas partículas orgânicas mortas ou
vivas (tais como bactérias, diatomáceas e pequenos protozoários), todas sendo
sugadas para o interior da boca pelo bombeamento da faringe muscular.
A digestão ocorre no intestino médio e é provavelmente uma
combinação de processos extra e intracelular. Os gastrótricos têm um cérebro
pequeno e um par de nervos longitudinais sendo composto por duas massas
ganglionares conectadas dorsal e ventralmente, uma em cada lado da parte
anterior da faringe. Cada gânglio lateral origina um cordão nervoso intraepidérmico que se estende lateralmente ao longo do comprimento do corpo.
Possuem órgãos sensoriais que incluem as estruturas cerebrais cerdas e
tufos ciliares (mecanorreceptores), buracos ciliados, apêndices carnosos
(quimiorreceptores) e ocelos ciliares simples (fotorreceptores).
Reprodução:
Pode
ser
sexuada
(hermafrodita
seqüenciais)
ou
assexuada
(partenogênese – ovos resistentes a ambientes desfavoráveis). Ao contrário
dos outros asquelmintos, os gastrótricos são hermafroditos. No Macrodasys
marinho,que se aproxima provavelmente do plano primitivo, existe um par de
gônadas hermafroditas, cada qual com um testículo anterior e um ovário
posterior. O órgão copulatório então funciona como um pênis para transferir o
esperma ao parceiro de copula. O esperma é então armazenado dentro de um
receptáculo seminal. Os ovos internamente fertilizados são liberados do corpo
35
por ruptura. Toda a espécie tem órgãos reprodutivos acessórios complexos. O
sistema masculino dos quetonotídeos de água doce degenerou-se tanto que
todos
os
indivíduos
são
funcionalmente
fêmeas
e
reproduzem-se
partenogeneticamente. Nos quetonotídeos partenogeneticos de água doce,
produzem-se dois tipos de ovos, que se prendem ao substrato.
Distribuição Geográfica:
A observação da espécie de gastrótricos pode ocorrer em vários paises
como: Itália, Noruega, Coréia do Sul, Brasil, Israel, Egito, Austrália, USA,
França, Espanha, Croácia, Reino Unido e outros mais.
Sistemática:

Ordens Macrodasyida e Chaetonotida
Estrutura geral de um Gastrotricha
36
Filo Rotifera
Aquáticos, formam colônias, sésseis ou livre-natantes. Corpo dividido
(região anterior e posterior), corpo coberto por cutícula, projeções laterais
posteriores – antenas, órgão anterior na cabeça – corona, boca – faringe
(mástax) – glândulas salivares – esôfago – estômago – intestino, presença de
cloaca (abertura do intestino + abertura do oviducto), protonefrídios, vesícula
excretora, cérebro, cerdas sensoriais e acelos.
Reprodução:
Assexuada (partenogênese) ou com a participação do macho.
Dos ovos fecundados pelos machos podem nascer machos e fêmeas
Partenogênese (sem a participação do macho) nascem apenas as fêmeas
Sistemática:

Classes Seisonacea, Bdelloidea, Monogonta
37
Filo Kinorhyncha
Marinhos (fundo lodoso), ausência de cílios externos, cutícula
segmentada (zonites), presença de espículas móveis curvas nas laterais de
cada segmento (equinódera), círculo de espinhos bucais (verticílios), boca
– faringe – glândulas salivares – esôfago – estômago-intestino e ânus,
protonefrídios, cérebro, ocelos. Dióicos.
Kinorhyncha constitui cerca de 150 espécies descritas de metazoários
marinhos pequenos que escavam a camada superficial de substratos não
consolidados ou vivem em seus espaços intersticiais. Eles foram encontrados
desde a zona entremarés até milhares de metros de profundidade,
normalmente com menos de 1mm de comprimento. O corpo curto é aplainado
ventralmente, como o dos gastrótricos, mas os quinorrincos não possuem
cílios locomotores e, com exceção da ausência de apêndices pareados, se
assemelham superficialmente a copépodes harpaticóides intersticiais, com os
quais às vezes são confundidos. Segmentação da cutícula, musculatura da
parede do corpo, glândulas epidérmicas e sistema nervoso são características
distintivas. O corpo é dividido em 13 segmentos, dos quais o primeiro é o
introverte (cabeça) e o segundo é o pescoço. Os 11 segmentos restantes
compõem o tronco, freqüentemente triangular em seção transversal. A boca é
anterior e terminal, como em outros cicloneurálios e está situada na
extremidade de um cone oral protraído. O cone oral pode ser retraído e
38
protraído. A boca é rodeada por um circulo de nove estilos orais cuticulares.
O próprio introverte possui 90 escálides – anéis de cerdas cuticulares
quitinosas sensoriais e locomotoras – espiniformes organizadas em sete anéis
concêntricos ao redor dele. Todo o introverte pode ser retraído para dentro do
pescoço ou do primeiro segmento do tronco, daí, o nome Kinorhyncha,
significando “nariz móvel”. Um jogo de placas cuticulares, ou plácides, no
sefundo ou terceiro segmento, fecha o introverte retraído. Uma epiderme
celular uniestratificada fina está abaixo da cutícula e a secreta.
Estrutura geral de um Kinorhyncha
39
Filo Nematoda
NEMATÓIDES
Como representantes do nematóides, podemos citar os gêneros Ascaris,
Trichuris, Ancylostoma e Enterobius.
Os nematóides são helmintos (vermes) alongados, com simetria
bilateral e sistema digestivo completo (boca até ânus). Lúmen (luz ou espaço
interno) da faringe trirradiado, corpo coberto por cutícula não celular
eliminada quatro vezes (mudas). Protonefrídios ausentes, cílios e flagelos
ausentes, na maioria são dióicos (sexos separados) e alguns, hermafroditas. O
sistema reprodutor masculino abre-se em uma cloaca.
Parede do corpo: composta de cutícula, hipoderme e musculatura. O
fluido do pseudoceloma é a hemolinfa (eletrólitos, proteínas, carboidratos,
enzimas).
Presença
de
celomócitos, que
são
células
aderidas
ao
pseudoceloma.
Sistema nervoso: anel nervoso no esôfago.
Órgãos sensoriais: papilas cefálicas (anfídeos), caudais (fasmídeos) e
cervicais (deirídeos).
Sistema digestivo: boca com lábios e cápsula bucal, esôfago glandular,
intestino e ânus.
Sistema reprodutor masculino: um ou mais testículos, vesícula seminal,
ducto
ejaculatório, espículos copulatórios, gubernáculo (esclerotinização
40
da parede de cloaca), telamon (esclerotinização extra da cloaca),
espermatozóides sem flagelos.
Sistema reprodutor feminino: um a seis ovários, poro genital
independente do digestivo (sem cloaca), útero com ovijector (porção final
muscular), vagina com vulva.
Sistemática:

Classes Aphasmidea e Phasmidea
41
Filo Nematomorpha
São semelhantes ao nematóides. Adultos de vida livre, os juvenis são
parasitos de insetos e crustáceos; corpo filamentoso em forma de fio; sem
cabeça definida; corpo composto de cutícula, epiderme e capa muscular.
Aparelho digestivo rudimentar (adultos não se alimentam), sistema nervoso
com anel nervoso rudimentar. Dióicos.
O ciclo de vida dos nematomorfos inclui uma fase juvenil parasitária e
uma fase adulta de vida livre. Uma vez no insecto, em geral gafanhotos,
baratas ou grilos, o nematomorfo cresce comendo o hospedeiro de dentro para
fora. Ao atingir um dado tamanho, o nematomorfo segrega uma proteína que
induz o insecto a procurar um corpo de água. O hospedeiro morre então
afogado e liberta o parasita para a água, onde prossegue como adulto de vida
livre. A forma como os juvenis infestam os insectos hospedeiros é
desconhecida.
O ordem Nectonematoida corresponde a nematomorfos marinhos e
planctónicos, cujas larvas parasitam crustáceos decápodes. A ordem
Gordioidea inclui nematomorfos de água doce, ou semi-terrestres, cujas larvas
parasitam insectos.
42
Estrutura geral de um Nematomorpha
43
Filo Acanthocephala
Parasitas dióicos sem estágio larval de vida livre. Corpo dividido em
colo (pescoço), tronco e probóscide – com tegumento fino com espinhos e
presença de saco muscular (receptáculo). Essa probóscide mais o receptáculo
formam o presoma. Colo sem espinhos; tronco ou metasoma, com ou sem
espinhos. Aquisição de nutrientes pela parede do corpo.
Parede do corpo: sincício com uma série de canais interconectantes
(sistema lacunar). Presença de leminiscos (canais centrais).
Sistema reprodutor masculino: dois testículos, bolsa copuladora, bolsa
de Saefftingen (órgão acessório).
Sistema reprodutor feminino: ovário fragmentado (bolas ovarianas),
sino uterino (órgão seletor de ovos), vagina.
Sistema
excretor:
presença
de
protonefrídios
na
família
Oligacanthorhynchidade; nas demais, excreção por difusão da parede do
corpo.
Ciclo vital: utilizam dois hospedeiros, no mínimo.
Formas larvares:

acantor
–larva
embrionada
infectiva
para
o
hospedeiro
intermediário;

acantela – larva desenvolvida na hemocele (cavidade geral) do
hospedeiro intermediário;
44

cistacanto – estágio infectivo para o hospedeiro definitivo, está no
hospedeiro intermediário envolto por um envelope hialino.
Sistemática:

Classes Archiacanthocephala, Palaeacanthocephala e Eoacanthocephala.
Estrutura geral de um Acanthocephala
45
Filo Gnathostomulida
Animais acelomados, que vivem entre grãos de areia. Têm o corpo
transparente e cilíndrico, epiderme ciliada, sistema nervoso epidérmico,
cavidade bucal com mandíbulas denteadas e intestino sem ânus. Dióicos ou
monóicos.
Animais marinhos intersticiais de vida livre, podendo ser encontrados entre
detritos e em ambientes anóxicos. Apesar de pouco estudados, por terem sido
descritos recentemente, em 1956, acredita-se que sejam muito abundantes,
apresentando distribuição cosmopolita. O corpo é vermiforme, podendo chegar a 3
mm de comprimento, bilateralmente simétrico, e dividido em três partes: cabeça,
tronco, e cauda. Alguns são transparentes, enquanto que outros apresentam
coloração vermelho vivo. São hermafroditas, apresentando fecundação interna
cruzada, e desenvolvimento direto. Alimentam-se principalmente de fungos, protistas
e bactérias. Possuem um par de mandíbulas e uma rígida placa basal em forma de
pente, utilizada, provavelmente, para raspar o substrato. Estas estruturas constituem
um dos caracteres mais marcante do filo. Não há registros de que estes animais
tenham sido coletados na costa brasileira.
Estrutura geral de um Gnathostomulida
46
Encerrado o estudo dos pseudocelomados
será visto agora o grupo dos anelídeos.
2.2 - Annelida
Características gerais:

os anelídeos são marinhos (poliquetos), dulciaqüicolas, terrestres e
parasitas (sanguessugas), com corpo segmentado (metâmeros). O
prostômio (segmento onde se localiza a cabeça) e o pigídio
(segmento anal) são segmentos fundidos. Têm sistema digestivo
completo, com digestão extracelular, excreção por nefrídios e
sistema circulatório fechado.
Dividimos os anelídeos em:

Classe Polychaeta ou poliquetos

Classe Oligochaeta ou minhocas

Classe Hirudinea ou sanguessuga
CLASSE POLYCHAETA - POLIQUETOS
Anelídeos marinhos com segmentos corporais cilíndricos, com um par
de apêndices (parapódios) por segmento. (Parapódios superiores –
notopódios; inferiores – neuropódios). Cabeça com olhos e um par de palpos
e antenas, boca ventral entre o prostômio e o peristômio (1º segmento).
47
Dividem-se em dois grupos: os errantes (livres) e os sedentários (tubícolas).
Os poliquetos predadores possuem probóscide com mandíbulas e glândulas de
veneno. Os poliquetos filtradores não possuem probóscide. A respiração se
faz por meio de brânquias ou por difusão através da superfície. Presença de
amebócitos no sangue e pigmentos (hemoglobina, clorocruorina, hemeritrina).
Presença de cérebro com um par de cordões conectores e um cordão nervoso
ventral. Presença de estatocistos e células táteis. Hermafroditas ou dióicos,
larva trocófora.
Estrutura geral de um poliqueto
Região da cabeça de um poliqueto
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CLASSE OLIGOCHAETA - MINHOCAS
Anelídeos terrestres e dulciaqüicolas sem parapódios e órgãos
sensoriais, prostômio atrofiado. Presença de uma zona (glandular) secretora
de muco para a cópula, formando um cinturão ou clitelo. Alimentam-se de
matéria orgânica morta (terrestres) e algas (aquáticas). Presença de glândulas
calcíferas no esôfago (eliminar cácio e manter pH). Respiração através de
difusão pelo tegumento. Excreção por metanefrídios (um par por segmento)
de amoníaco (aquáticos) e uréia (terrestres). Reprodução sexuada e assexuada.
Sistema digestivo de um Oligochaeta
49
CLASSE HIRUDINEA - SANGUESSUGAS
Anelídeos terrestres, marinhos e dulciaqüicolas; parasitas (ectoparasitas
hematófagos) ou não. Corpo comprimido dorso-ventralmente, extremidades
com ventosas. Presença de clitelo; de brânquias ou troca gasosa pelo
tegumento. Possui hemoglobina. Observa-se probóscide ou faringe sugadora e
glândulas salivares. Excreção por nefrídios (um par por segmento) de
amoníaco. Sistema nervoso ganglionar (sem cérebro). São hermafroditas, com
gônadas bem definidas.
Um Hirudíneo
modo de locomoção
Se os pontos ministrados nesta unidade foram perfeitamente
compreendidos, execute as tarefas, a seguir, que ajudarão você a fixar melhor
o conteúdo da disciplina. Caso exista, ainda, alguma dúvida, recorra ao tutor
da disciplina, que terá o maior prazer em orientá-lo.
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Não deixe que as dúvidas tirem o seu estímulo. Estar estimulado é um
dos requisitos necessários para o seu sucesso no ensino a distância.
Exercícios de fixação:
1 – Defina o termo Pseudoceloma.
2 – Quais as fases do ciclo de vida de um Digenea ?
3 – Quais as larvas encontradas em Acanthocephala ?
Leitura complementar:
Para você saber mais a respeito da classificação e caracterização dos
grupos, leia os capítulos de pseudocelomados e anelídeos do livro Zoologia
dos invertebrados, de Barnes.
Parabéns!!!
Você chegou ao final de mais esta unidade, que fecha a disciplina.
Esperamos que você tenha aproveitado e seguido todas as indicações
feitas neste instrucional e que o tutor da disciplina tenha tirado todas as
dúvidas que porventura tenham surgido no decorrer dos seus estudos.
Neste módulo, você teve a oportunidade de estudar as características
anatômicas, ecológicas e comportamentais dos filos Porifera,
Cnidaria, Ctenophora e Platyhelminthes e dos pseudocelomados e
anelídeos, bem como conceitos de parasitologia.
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Auto-avaliação Final
1 – Caracterize o corpo dos Nematóides.
2 – Como se apresenta o sistema digestivo dos Oligochaetas ?
3 – Quais os pigmentos encontrados no sangue dos anelídeos?
4 – Apresente a divisão corporal dos acantocéfalos.
5 – Cite o grupo que era utilizado para reunir os pseudocelomados.
Lembre-se de que você ainda terá uma prova
final. Dessa forma, é bom ir se preparando para
recordar tudo o que você estudou e continuar
comunicando-se com o tutor da disciplina.
Bom estudo e sucesso na prova final!
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