Kit A2 - Otorrinoonline

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INFORMAÇÃO E CONSENTIMENTO INFORMADO SOBRE A
“ADENOAMIGDALECTOMIA E COLOCAÇÃO DE TUBO DE
VENTILAÇÃO”
NOME DO PACIENTE:___________________________________________________________
A-
PRINCÍPIOS E INDICAÇÕES
As vegetações adenóides e as amígdalas são órgãos
imunologicamente ativos que reforçam a imunidade
de todo o trato aero-digestivo superior, podendo sua
função estar comprometida principalmente por
hipertrofia ou infecções repetidas.
As indicações cirúrgicas são absolutas em casos de
tumores, obstrução grave da via respiratória ou da via
digestiva ( respiração bucal, ronco, engasgos
freqüentes, preferência por alimentos líquidos ou
pastosos, baixo peso) e prejuízo da oxigenação
(chegada de oxigênio nas diversas partes do corpo),
podendo evoluir para a síndrome da apnéia obstrutiva
do sono (parada respiratória de 10 a 15 segundos ou
mais), cor pulmonale (dilatação das câmaras direitas
do coração por esforço respiratório) e até parada
cardio-respiratória.
As indicações cirúrgicas são relativas nas
adenoamigdalites
de
repetição,
abscesso
periamigdaliano, suspeita de adenoamigdalites como
foco de infecção à distância, causa de convulsão
febril, nas deformidades orofaciais (existente ou para
sua prevenção), otites de repetição, por vezes com
redução da audição e, mais raramente, sinusites de
repetição.
A colocação de tubos de ventilação (“drenos”,
“carretéis”) está indicada quando há persistência,
apesar de tratamento clínico, de quadro de diminuição
da audição pela presença de líquido (“catarro”) na
orelha média, com ou sem retração timpânica,
relacionada a possível disfunção tubária ou obstrução
da tuba auditiva (trompa de Eustáquio), podendo
determinar perda parcial da audição, sensação de
plenitude (“ouvido cheio”) e, mais raramente,
zumbidos (“zoeira”) ou vertigem (“tonturas”).
B-
CIRURGIA
A cirurgia é realizada com anestesia geral. Em geral,
os pacientes podem retornar para casa no mesmo dia,
desde que tenham se recuperado bem do ato
anestésico e da cirurgia em si.
Não há nenhuma incisão (corte) na face, nas orelhas
e/ou no pescoço, sendo a cirurgia realizada totalmente
por via oral (por dentro da boca) e por dentro do
conduto auditivo externo (para a colocação do tubo
de ventilação).
Em casos raros, os pacientes podem necessitar de
tampão para evitar sangramentos após a cirurgia,
sendo que o mesmo é colocado por dentro do nariz e
permanece por 1 a 3 dias, quando é retirado.
No caso dos tubos de ventilação, o mais comumente
utilizado (“Shepard”) é eliminado espontaneamente,
geralmente entre 3 a 6 meses, mas existem outros
tipos de tubos (“Paparella”, “Armstrong”) que
permanecem por mais tempo na membrana
timpânica. Durante todo o período em que o paciente
permanecer com o tubo, deve-se evitar a entrada de
água no canal auditivo (não molhar o ouvido).
Mesmo após essa cirurgia, os sintomas auditivos
podem persistir ou retornar, exigindo nova
intervenção.
C-
RISCOS E COMPLICAÇÕES
1. Febre e dor: febre e dores de garganta ou dor
referida na área do ouvido ocorrem normalmente,
podem ser intensas, passam em 3 a 10 dias e devem
ser tratadas com medicamentos.
2. Mau-hálito: é comum ocorrer e cede em poucos
dias (7 a 14 dias).
3. Vômitos: podem ocorrer algumas vezes, no dia
da cirurgia, sendo constituídos de sangue coagulado
(escuro,”pisado”).
4. Hemorragia (sangramento): representa o maior
risco desta cirurgia, ocorrer até 10 dias após a cirurgia
(embora possa ser mais tardia). É mais freqüente em
pequeno volume, mas pode ocorrer em grande
volume, podendo levar à reintervenção cirúrgica sob
anestesia geral e transfusão sanguínea. Em casos
extremos, pode ser necessária a ligadura de vasos do
pescoço e/ou embolização. A morte por hemorragia é
extremamente rara.
5. Infecção: pode ocorrer na região operada,
causada por bactérias habituais da faringe e,
geralmente, regride sem antibióticos. Entretanto, em
casos raros, podem evoluir para abscessos e infecções
sistêmicas,
necessitando
drenagem cirúrgica.
antibioticoterapia
e
perda auditiva causada pelo trauma sonoro do
aspirador é rara.
6. Voz anasalada e refluxo de líquidos: podem
ocorrer nos primeiros dias, desaparecendo
espontaneamente. Em casos raros, pode ser
persistente, necessitando de fonoterapia ou mesmo
cirurgia (faringoplastia).
11. Perda ou quebra de dentes: embora pouco
freqüente, pode ocorrer lesão dentária pela intubação
orotraqueal e/ou colocação de abridor de boca, sendo
mais comum com os “dentes de leite”.
D-
7. Recidiva: a recidiva das vegetações adenóides é
mais freqüente em crianças jovens ou alérgicas,
podendo ser necessária a reintervenção. Por outro
lado, a recidiva das amígdalas é extremamente rara.
O retorno do acúmulo de líquido sero-mucoso na
orelha média é passível de ocorrer e pode exigir nova
intervenção cirúrgica.
8. Secreção purulenta no ouvido: após colocação
de tubo de ventilação ou timpanotomia, poderá
ocorrer pela entrada de água no ouvido ou após gripes
ou resfriados, sendo o tratamento feito com limpeza,
aspirações e antibióticos (tópicos e/ou sistêmicos).
9. Permanência de perfuração timpânica: após a
saída do tubo de ventilação poderá permanecer uma
perfuração no tímpano. Isto é raro e trata-se com
cirurgia (timpanoplastia). A implantação de tecido
epitelial para dentro da orelha média originando
colesteatoma é rara, mas pode ocorrer.
10. Perda da audição: embora rara, pode ocorrer
cicatrização (na região da adenóide) comprometendo
o óstio da tuba auditiva, levando a retenção de
líquidos na orelha média com queda de audição e
infecções. Nestes casos, pode ser necessária a
colocação de tubos de ventilação e/ou intervenção
cirúrgica para liberação do óstio da tuba auditiva. A
CONCLUSÕES
A adenoamigdalectomia é uma opção cirúrgica para o
tratamento de vegetações adenóides e amígdalas
aumentadas. Em geral, é indicada quando da falha
dos tratamentos clínicos existentes ou quando do
desenvolvimento de complicações secundárias ao
aumento ou a infecções repetidas da adenóide. Da
mesma forma, o tubo de ventilação é uma das opções
no tratamento de otites médias secretoras rebeldes a
tratamento clínico.
Declaro que li o texto acima e que as informações me
foram passadas de viva voz pelo médico(a), tendo
sido
perfeitamente
entendidas
e
aceitas,
compromissando-me
a
seguir
e
respeitar
integralmente as instruções que foram fornecidas
pelo(a) médico(a), ciente que sua não observância
poderá acarretar riscos e efeitos colaterais a si (ou ao
paciente).
Declaro,igualmente, estar ciente de que o tratamento
adotado não assegura a garantia de cura e que a
evolução da doença e do tratamento podem obrigar
o(a) médico(a) a modificar as condutas inicialmente
propostas, sendo que, neste caso, fica o(a) mesmo(a)
autorizado(a), desde já, a tomar providências
necessárias para tentar a solução dos problemas
surgidos, segundo seu julgamento.
Finalmente, declaro ter sido informado a respeito de métodos terapêuticos alternativos e estar
atendido em minhas dúvidas e questões, através de linguagem clara e acessível.
Assim, tendo lido, entendido e aceito as explicações sobre os mais comuns riscos e complicações
deste procedimento, expresso o meu consentimento para sua realização.
Guarapuava, _____/_____/_____
Nome do Paciente: ________________________________________________
Nome do Responsável: _____________________________________________
_____________________________
Assinatura do Paciente
____________________________
Ass. Responsável (se for o caso)
Orientações pré-operatórias
Antes da cirurgia há alguns cuidados muito importantes que devem ser tomados. Preste
muita atenção!

No dia anterior à cirurgia, faça uma janta
com alimentos leves. A ingestão de alimentos ou
líquidos (água, suco, café, chá, refrigerantes) só é
permitida até a meia noite do dia anterior à cirurgia.
No dia da cirurgia é necessário jejum absoluto para
prevenir pneumonias ou outros problemas pósoperatórios graves.

A internação costuma ocorrer bem cedo no
dia da cirurgia. Não leve pertences de valor ou jóias
ao hospital (aliança/ relógios). Não esqueça seu
chinelo, sua escova de dentes, creme dental, e os
documentos necessários:
Solicitação de internação do médico
Todos os exames pré-operatórios ( feitos
antes da cirurgia: RX , Tomografia,
Nasofibroscopia, Laringoscopia, avaliação
cardiológica/ pediátrica e exames de sangue.
CPF e RG (se o paciente for menor de
idade, ou mentalmente incapaz, também a
documentação dos responsáveis) ou
Certidão de Nascimento
Guia para emissão de AIH devidamente
preenchida (em casos de cirurgias pelo
SUS).
Termo de Ciência e Consentimento
devidamente preenchido e assinado pelo
paciente ou seu responsável legal.
Na ausência de algum destes documentos, a
sua cirurgia corre o risco de ser cancelada.

Se fizer uso constante de algum
medicamento como medicações para pressão alta ,
coração ou diabetes, que não podem ter seu uso
interrompido, estes devem ser levados ao hospital e
administrados sob supervisão da enfermagem,
durante o período de jejum.

Avise seu médico se fizer uso de antiinflamatórios, AAS, aspirina ou Melhoral Infantil
freqüente, ou quaisquer outras medicações com
base de ácido acetil salicílico ou anticoagulantes.
Estas medicações podem favorecer hemorragias
durante a cirurgia. Se for necessário seu uso
prévio à cirurgia, avise seu médico.

Importante sempre relembrar ao médico e
à equipe de enfermagem , alergias alimentares ou
medicamentosas que já se conheça antes da
cirurgia. Principalmente ao anestesista.

A cirurgia tem um tempo de duração
variável, porém há também o tempo gasto dentro
do centro cirúrgico, em que o paciente aguarda a
limpeza adequada da sala cirúrgica, o tempo de
indução e despertar da anestesia e a recuperação
anestésica, tudo isso antes do retorno ao quarto.
Desta forma, pode haver uma demora de até uma
hora e meia à mais do que o tempo previsto pelo
seu cirurgião.

Já de volta ao quarto, o paciente que foi
submetido à anestesia geral pode sentir mal-estar,
náuseas, vômitos e cefaléia.. Se tiver dúvidas,
consulte a equipe de enfermagem.

A alta hospitalar ocorre em geral de 12 a
48 horas após a cirurgia, e só pode ser prescrita
pelo médico que realizou a cirurgia.

Não esqueça de levar sua receita no pósoperatório e de consultar a data de retorno ao seu
médico.
Siga corretamente todas as instruções. São
medidas desenvolvidas especialmente para que
sua cirurgia corra sem alterações. Boa sorte!
Cuidados no pós operatório
Adenoidectomia com ou sem amigdalectomia
Nos três primeiros dias após a cirurgia:
 Cabeceira da cama elevada com um travesseiro alto
 Repouso absoluto!
 Não falar
 Alimentação líquida e fria restrita: sucos, leite, danones, iogurtes, gelatinas, vitaminas, Yakult,
sopas frias e absolutamente líquidas. Frio não necessariamente quer dizer gelado, porém o gelado
também pode ser utilizado (sorvetes).
 Evitar sol, calor.
 Banho frio ou morno quase frio.
 A chupeta e a mamadeira estão proibidas até a alta médica.
Após o terceiro dia:
 Pode levantar, mas ainda em casa e em repouso
 Não fazer esforço nenhum ou carregar peso.
 A alimentação agora pode começar a ser pastosa ( sopas, purês, alimentos amassados) e morna
quase fria. De maneira nenhuma alimentos com pontas (bolachas de sal ou casca de pão) que
possam ferir o local da cirurgia.
Em uma semana, retorno ao consultório do médico para reavaliação.
Instruções gerais
 A alimentação poderá ser dolorosa, mas mesmo assim, é importante alimentar-se bem.
 Nos primeiros dias é comum o aparecimento de febre e de dores, no local da cirurgia e nos
ouvidos, o que não deve causar preocupação, são manifestações passageiras. Porém se persistir,
fazer uso da medicação analgésica prescrita pelo médico.
 Vômitos podem ocorrer, principalmente nas crianças, uma ou mais vezes, no dia da operação,
constituído de sangue. Se for sangue escuro, como borra de café, não representa nenhum perigo.
 Hemorragia : A perda de sangue vermelho vivo em grande quantidade requer reavaliação médica.
A_______________________________________,
(instituição)
Solicito internar o paciente _________________________________, do
convênio _____________________________________________, para a
realização da seguinte cirurgia: _________________________
_______________________________________________________,
programada para ser realizada dia ________/__________/________,
sob anestesia ___________________.
Idade:__________
Peso:___________
Favor considerar inicialmente a seguinte prescrição:
1.jejum absoluto.
2.controle de dados vitais de 8/8 horas.
Grata,
_____________________________
Angela O.F. Silvestri
Crm 19700 Pr
Ao Convênio
Apresentou-se em meu consultório o
paciente:______________________________________________________ com
queixas de obstrução nasal intensa, respiração oral de suplência, infecções
amigdalianas de repetição, sinusites e otites freqüentes, apnéia do sono .
Ao exame otorrinolaringológico foram encontrados os seguintes sinais:
hipertrofia de amígdalas e aos exames complementares pudemos observar
hipertrofia de tecido adenóideano em rinofaringe, dando-nos um diagnóstico de
hipertrofia adenoamigdaliana. Cid 10: J35.3
Uma vez que não foi possível a obtenção de resultados adequados com o
tratamento clínico solicito autorização para realizar o seguinte procedimento
cirúrgico: adenoamigdalectomia (códigos ______________________________)
a ser realizado tão breve quanto possível.
Grata pela atenção
_______________________________
Angela de Oliveira Ferreira Silvestri
CRM 19700 Pr
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