A utilização da bandagem funcional como forma de

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A utilização da bandagem funcional como forma de tratamento
em atletas com entorses na articulação acromioclavicular
Maura Sá Bezerra1
[email protected]
Dayana Priscila Maia Mejia2
Pós-graduação em Fisioterapia em Reabilitação na Ortopedia e Traumatologia com ênfase em
Terapia Manual Faculdade Cambury
Resumo
Este artigo visa esclarecer sobre a bandagem funcional em atletas com entorses na
articulação acromioclavicular (conhecida coloquialmente como ombro deslocado),já que
são poucos os estudos que abordam sobre este tema.O ombro é uma das estruturas mais
móveis do corpo, conseqüentemente suas articulações e os tecidos moles associados são
altamente vulneráveis a lesões. Os médicos classificam as entorses como lesões de
primeira, segundo e terceiro grau. Lesões da articulação acromioclavicular são
usualmente o resultado de uma força aplicada sobre o acrômio em direção para baixo.
As lesões nos esportes de arremesso são comuns na prática clínica; as lesões nos
membros superiores giram em torno de 75% do total e a articulação do ombro é a região
mais afetada. A bandagem funcional tem sido utilizada de várias formas como técnicas
de tratamento. Muitos atletas e fisioterapeutas esportivos usam a bandagem não só para
tratamento, como também, para prevenção de lesões. Trata-se de uma revisão de
literatura, onde foram realizados por meio de uma investigação de cunho bibliográfico
utilizando as fontes de artigos, revistas eletrônicas e livros. Com o objetivo de verificar
qual seria a influência da técnica bandagem funcional na articulação acromoclavicular.
Tendo em vista os objetivos específicos procurar avaliar qual o perfil do atleta que venha
a sofrer com entorse na articulação.
Palavra chave: Bandagem funcional; atletas; acromioclavicular.
1. Introdução
O ombro é sede frequente de lesões nos esportes competitivos. Na literatura revisada a
incidência varia de 8 a 13% de todas as lesões atléticas (B. EJNISMAN, et al., 2001).
As lesões nos esportes de arremesso são comuns na prática clínica; as lesões nos
membros superiores giram em torno de 75% do total e a articulação do ombro é a
região mais afetada (CAVALLO R.J; SPEER K.P, 1998).
No Brasil, a incidência de lesões no ombro não é diferente no que refere a revisão de
literatura nos demais países. Na natação, segundo Cohen et al (1998), a dor no ombro
esteve presente em 63,4% dos nadadores brasileiros de elite em determinada fase da
carreira. No atletismo, os arremessadores apresentam 50% das lesões ao nível do
1.Fisioterapeuta, Pós-graduando em Traumato-Ortopedia com ênfase em Terapia Manual.
2.Fisioterapeuta, Especialista em Metodologia de Ensino Superior, Mestrando em Bioética e Direito em
Saúde.
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tronco e membro superiores, assim como os atletas do vôlei (B. EJNISMAN, et al.,
2001).
O ombro é uma das estruturas mais móveis do corpo, conseqüentemente suas
articulações e os tecidos moles associados são altamente vulneráveis a lesões.
Existem duas principais articulações do ombro: a articulação acromioclavicular, que
liga a parte superior do ombro (acrômio) para o colar de osso (clavícula) e da
articulação glenoumeral, que liga o encaixe da lâmina de ombro (glenóide) para a
extremidade superior do osso longo do braço (úmero). Ligamentos (faixas de tecido
fibroso que ligam os ossos para os ossos) a função de estabilizar a articulação. Um
ombro resultados entorse em danos aos ligamentos, geralmente de forças fortes o
suficiente para esticar e / ou rasgar os ligamentos sem causar uma fratura ou luxação no
ombro. Os ligamentos mais freqüentemente afetados por uma entorse de ombro incluem
os ligamentos acromioclavicular, coracoclaviculares, e coracohumeral, cada um
nomeado de acordo com a sua origem na escápula e inserção na clavícula ou úmero
(CAMPOS, 2012).
Os atletas sofrem entorses na articulação acromioclavicular (conhecida coloquialmente
como ombro deslocado) quando caem sobre a mão, o cotovelo ou o próprio ombro. Os
médicos classificam as entorses como lesões de primeira, segundo e terceiro grau. O
primeiro grau descreve uma ruptura menor do ligamento acromioclavicular; o de
terceiro refere-se à ruptura completa tanto desse ligamento quanto do coracoclavicular.
Nesse último caso, o ombro cai, e a clavícula apresenta uma protuberância contra a pele
do ombro superior (PERRIN, 2008).
De acordo com Duarte e fornasar (2004), define bandagem funcional, como uma técnica
que tem por objetivo modificar a mecânica dos segmentos alterados e/ou não rígidos,
proporcionando repouso às estruturas danificadas, reforçando os aspectos com
alterações estruturais e/ou fisiológica, melhorando a funcionalidade dos segmentos,
recuperando assim, a função deficitária sem anular outras mecânicas naturais vinculadas
aos segmentos tratados com as bandagens.
Consideram-se movimentos repetitivos de ombros atividades com frequência de
elevação de ombro maior que duas vezes e meio por minuto, e esta atividade deve
ocorrer por pelo menos duas horas totais da jornada de trabalho.
Conforme Oliveira (2010), as principais técnicas da bandagem funcional são de
contenção, de imobilização, mista ou combinada. A técnica de contenção é aquele que
limita o movimento que produz a dor, que utiliza como matérias vendas elásticas puras,
vendas elásticas coesivas e vendas elásticas adesivas; a técnica de imobilização é aquele
que anula o movimento que produz a dor, e o principal material utilizado nesta técnica é
o esparadrapo (tape): técnica mista ou combina que utilizam os mesmo princípios das
anteriores, que os materiais para está técnicas são as vendas elásticas adesivas ou
coesivas que reforçam as tiras de esparadrapo.
Foi dado o início a este estudo por não haver muitas evidências científicas sobre a
bandagem funcional em atletas, visto que são poucos os assuntos na literatura referente
a esse assunto, muitas das vezes são utilizadas como forma de tratamento para diversas
patologias e tem tido um bom resultado, porém muitas das vezes não são relatados.
Devido a isto através de uma revisão de literatura juntamos materiais que inclui entre
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artigos, revistas, revistas eletrônicase livros baseados no estudo da bandagem funcional
como forma de tratamento em atletas com entorses na articulação acromioclavicular
para que sirvam de auxílio aos demais estudos.
Esse estudo visa abordar o tratamento fisioterapêuticos, quando há o tratamento de
entorse na articulação acromioclavicular em atletas e principalmente o uso da bandagem
funcional. Com o objetivo de verificar qual seria a influência da técnica bandagem
funcional na articulação acromoclavicular. Tendo em vista os objetivos específicos
procurar avaliar qual o perfil do atleta que mais sofre com entorse na articulação. Para
que assim a bandagem funcional possa ser uma alternativa a ser utilizada como terapia
manual, não só antes que aconteça a lesão em si, mais como forma de prevenção para
esses atletas não venham a sofrer com entorses.
2. Fundamentação teórica
2.1.Anatomia da articulação Acromioclavicular - AC
Segundo Olivier (2014), a articulação acromioclavicular- AC é uma articulação entre a
extremidade distal da clavícula e o processo do acrômio da escápula. A articulação AC
está localizada na ponta do ombro e pode ser facilmente palpada, seguindo o fim da
clavícula até reúne-se com o processo do acrômio. Os dois ossos devem ser nivelados
em um ombro saudável.
Os ligamentos são estruturas de tecido mole que se conectam osso a
osso. Juntos eles formam a cápsula articular. que é uma bolsa que envolve a
articulação e os fluidos que banham a articulação. Dois outros ligamentos,
os ligamentos coracoclaviculares, mantêm a clavícula abaixada normalmente
em seu lugar, ligando-se a uma estrutura anatômica da escápula chamada de
processo coracóide. (GOBBATO, 2014).
Eles incluem:
- Ligamento acromioclavicular (anexa do processo do acrômio, na clavícula)
- Ligamentos coracoclaviculares (processo coracóide da escápula à clavícula)
- Ligamento coracoacromial (processo coracóide da escápula para o processo do
crômio da escápula).
a
2.2. Entorses da articulação acromioclavicular (ombro)
Lesões da articulação acromioclavicular são usualmente o resultado de uma força
aplicada sobre o acrômio em direção para baixo. O mecanismo de lesão mais comum é
uma queda diretamente sobre a cúpula do ombro. A clavícula se dirige contra a
primeira costela, e a costela bloqueia qualquer outro deslocamento caudal da clavicula.
Em decorrência disto, se a clavícula não sofrer fratura, os ligamentos acromioclavicular
e coracoclaviculares sofrem ruptura. As lesões a outra estrutura nesta área podem ser:
dilaceração nas inserções claviculares dos musculos deltóide e trapézio (SYMONS,
2000).
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Esta articulação é composta por uma união óssea entre a clavícula e a escápula. Os
tecidos moles que interligam esta articulação são: cartilagem, revestindo sua
extremidade e os ligamentos acrômio clavicular e costoclavicular. Esta articulação esta
sujeita a luxações (entorses) quando os mecanismos de lesão envolvem a articulação do
ombro, sendo, na maioria das vezes, caracterizadas por impacto exemplo de entorse
figura 1.
Fonte: WEINMANN, 2013
Figura 1-Luxação Acromioclavicular.
Foi criado um sistema de classificação destas lesões que baseia-se no grau de
acometimento dos tecidos que envolvem a mesma. Para realizar esta classificação é
necessário o método radiográfico figura 2.
Fonte: http://www.ombroecotovelo.net
Figura 2- Radiografia
De acordo com Jeffrey (2014), entorses podem ser classificada do tipo 1 ao tipo 6 :
Tipo 1:Uma lesão parcial do ligamento acromioclavicular sem instabilidade ou
deslocamento. O ligamento coracoclavicular permanece intacto.
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Tipo 2:Ruptura dos ligamentos acromioclavicular. O ligamento coracoclavicular
permanece intacto, evitando um deslocamento superior significativo da clavícula.
Tipo 3:Ruptura dos ligamentos acromioclavicular e coracoclavicular, permitindo um
deslocamento superior da clavícula.
Tipo 4:Uma lesão na qual a clavícula é deslocada não apenas superiormente, mas
também posteriormente para dentro do trapézio (botoeira).
Tipo 5:A clavícula é deslocada superiormente até um ponto subcutâneo.
Tipo 6: Uma lesão extremamente rara na qual os ligamentos acromioclavicular e
coracoclavicular estão rompidos, com a clavícula deslocada inferiormente ao acrômio
ou coracóide. Isto é habitualmente o resultado de uma lesão de grande energia e deve
levantar suspeitas para lesões associadas (fraturas da cintura escapular, lesões do plexo
braquial ou ruptura da articulação esternoclavicular. De acordo com figura 3.
Fonte: LEVINE, 1998
Figura 3- Tipos de entorses.
A fisioterapia tem papel fundamental na reabilitação dos tipos um e dois e no pósoperatório dos demais tipos de lesão. Basicamente ela consiste no reparo dos
movimentos, utilizando técnicas como mobilizações articulares, com o objetivo de
aumentar a amplitude dos movimentos, e fortalecimento da musculatura envolvida.
Muito importante lembra que no processo de cicatrização dos tecidos a aplicação de
gelo é de estrema importância, pois este impede com que o processo inflamatório se
prolongue, dificultando a cicatrização dos tecidos, consequentemente prolongando o
tempo de tratamento e retorno a função (WEINMANN, 2013).
2.2. Tratamento com a bandagem funcional
A bandagem funcional tem sido utilizada de várias formas como técnicas de tratamento,
mas somente nos últimos 20 anos tem sido usada, principalmente, com uma prática da
fisioterapia. Desde que Jenny McConnel (McConnel, 1986), começou a aplicar
clinicamente as técnicas de bandagem, a quantidade de evidências que comprovam sua
eficácia tem crescido substancialmente.
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A aplicação clínica da bandagem é muito ampla e pode ser usada no tratamento de
disfunções neuro-musculoesqueléticos agudas e crônicas em todas as regiões do corpo.
Disfunções articulares, neurais e miofasciais podem ser eficazmente tratadas com o uso
de técnicas de bandagem. Porém, deve-se ter em mente que a bandagem faz parte de um
programa geral de reabilitação, não o substituindo.
Muitos atletas e fisioterapeutas esportivos usam a bandagem não só para tratamento,
como também, para prevenção de lesões. É muito comum a aplicação de bandagem, por
exemplo, em atletas de participar de esporte. A bandagem funcional é indicada
exclusivamente para atletas ou esportistas, pois havendo indicação pode ser aplicada
desde pessoas mais jovens até as idades mais avançada (THOMPSON, 2010).
2.2.1. Bandagem para articulação acromioclavicular
Em caso entorse na articulação acromioclavicular, em atletas para iniciar a colocação da
bandagem, coloque âncoras em torno do baço, sobre o alto do ombro, no peito e nas
costas. O fisioterapeuta deve cuida para que, ao aplicar a bandagem no ombro ou no
peito, os mamilos fiquem protegidos com uma gaze ou bandagem. Na seqüência,
coloque as bandagem em faixas sucessivas, partindo da âncora do braço até a do ombro
e da âncora do peito até as costas (Figura 5).
Fonte: TOMPSON,2010
Figura 5- Exemplo de bandagem funcional.
Para suplementar ou substituir ou substituir esse procedimento, usa-se um
acolchoamento protetor rígido sobre a articulação acromioclavicular lesionada.
2.2.2. Bandagem de McConnel para entorses na articulação acromioclavicular
Em entorses na articulação acromioclavicular, os atletas podem usar o mesmo tipo de
bandagem do procedimento de McConnel para a patela. Pode-se deixar essa bandagem
no local período, ajudando a reaproximar a articulação acromioclavicular.
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2.2.3. Objetivo da bandagem funcional
Segundo Thompson et al., s/a, o objetivo da bandagem funcional são:
- Corrigir a biomecânica de uma articulação ou tecido, por exemplo: bandagem da
lesão a cromioclavicular;
- Comprimir uma lesão recente para reduzir o edema, como por exemplo na técnica
de basketwave;
- Limitar movimentos articulares não desejados, por exemplo: bandagem para IMD
da articulação glenoumeral;
- Facilitar o processo de cicatrização sem estressar as estruturas lesadas, tais com:
bandagem para aliviar a carga sobre a gordura retropatelar no joelho;
- Proteger ou dar suporte às estruturas lesadas numa posição funcional durante os
exercícios de reabilitação, de alongamento e proprioceptivos. Exemplo bandagem
funcional para lesão no acromioclavicular.
3. Metodologia
O presente trabalho trata-se de uma revisão de literatura, onde foram realizados por
meio de uma investigação de cunho bibliográfico utilizando as fontes de artigos,
revistas eletrônicas e livros baseados no estudo da bandagem funcional como forma de
tratamento em atletas com entorses na articulação acromioclavicular para que sirvam de
auxílio aos demais estudos. Também foram utilizados bases de dados como Scielo,
Lilicas e Pubmed. Através de palavras chaves como: acromioclavicular em atletas,
bandagem funcional na articulação acromioclavicular.
O real conhecimento sobre o tema foi abordado ao logo deste trabalho, a frequência
com que ocorre e identificação as principais os fatores de riscos, os atletas que estão
maior propensos a sofrer com entorse na articulação acromioclavicular.
Foram analisados artigos a partir de 1994 a 2014.
4. Resultados e Discussão
O interesse pela prática esportiva tem crescido nos últimos tempos, acarretando,
consequentemente, um aumento na incidência das lesões ligadas ao esporte. O ombro
em particular está propenso a lesões por manter um precário equilíbrio entre
movimento,estabilidade, sobrecarga e impacto, os quais podem estar envolvidos na
causa de incapacidade em certos atletas.Sendo assim, o ombro do atleta é um modelo
particularmente bom para nos permitir uma compreensão relacionada à reabilitação e
prevenção de lesões. No esporte são comuns lesões que afetam articulação do ombro
incluindo a articulação acromioclavicular (SOARES, 2003).
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Os mecanismos de lesões no ombro do atleta ocorrem por meio atraumático e
traumático. Os movimentos repetitivos, principalmente dos atletas arremessadores,
praticantes de esportes de não-contato (beisebol, natação, tênis e vôlei), são
responsáveis por grande número de lesões atraumáticas (CAVALLO R.J; SPEER K.P,
1998).
Para melhor compreensão da incidência das lesões no esporte de alto rendimento, é
necessário esclarecer que o mesmo é caracterizado pela racionalização, quantificação do
treinamento, competição e apresentação para a mídia.
O voleibol de alto rendimento apresenta uma grande incidência de lesões, dentre elas as
entorses da articulação acromioclavicular. Inúmeras vezes estas lesões são decorrentes
da despreocupação quanto aos programas de prevenção.
Os fundamentos de bloqueio e ataque são os maiores causadores de entorses traumáticas
e não é surpresa que a aterrissagem e o salto são os maiores fatores de risco para
entorses na articulação no ombro (CARVALHO et al., 2006)
A literatura ainda é insuficiente quanto aos estudos que comprovem de forma definitiva
a atuação da bandagem funcional em atletas com entorses. Porém entre os estudos
realizados, alguns deles comprovaram a redução significativa da dor.
As lesões atraumáticas são mais freqüentes nos esportes de não-contato,devido
principalmente àquelas por sobrecarga dos tecidos. As lesões traumáticas são mais
comuns nos esportes de contato. Nossos achados conferem com os dados da literatura;
os esportes de arremesso e de não-contato apresentaram maior número de lesões
atraumáticas.
De acordo com o estudo publicado em outubro de 2001 pela revista brasileira de
ortopedia, a dor representa o principal sintoma referido por 86 (72,2%) atletas,
principalmente na região anterior do ombro (48%). Os atletas arremessadores muitas
vezes podem apresentar a dor anterior do ombro secundária à instabilidade, confundindo
muitas vezes o diagnóstico preciso. Outro fator asalientar é o tempo muitas vezes
prolongado de queixa dos atletas; nos com patologia do ombro foi em média de
10semanas e dois dias. O atleta, na maioria das vezes, consegue praticar a atividade com
dor de fraca intensidade, não a suspendendo muitas vezes para não perder o lugar na
equipe ou por não conseguir atendimento médico e fisioterapêutico adequado.
As 22 lesões na articulação acromioclavicular corresponderam a 18,4% do total das
lesões. As luxações acromioclaviculares, em 100% dos casos, foram traumáticas, sendo
em 76% deles nos esportes de contato. Dos quatro atletas com osteoartrites e osteólise
do terço lateral da clavícula, um era nadador e três halterofilistas (75%).
O uso de métodos de imagem (radiografia, ultra-sonografia e ressonância magnética)
para auxílio no diagnóstico é importante para o ombro do atleta. Nos últimos anos,com
o advento da ressonância magnética, com alta especificidade e sensibilidade para as
lesões ligamentares e labrais, em especial a artrorressonância, aumentou a precisão
diagnóstica, principalmente nos ombros dos atletas arremessadores. A posição em
abdução e rotação externa durante o exame de RM pode evidenciar o impacto pósterosuperior da glenóide ou translação anterior da cabeça umeral aumentada, auxiliando no
diagnóstico diferenciado ombro doloroso dos atletas arremessadores (TIRMAN P.F.J et
al.,1994).
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Segundo Santos (2008), o objetivo principal da bandagem funcional é fornecer apoio
e proteção para os tecidos moles, sem limitar suas funções e aumentando a
estabilidade articular. As bandagens funcionais são um instrumento terapêutico muito
utilizado pelos Fisioterapeutas de todo o mundo, devido aos seus benefícios no
auxilio de técnicas de reabilitação em lesões articulares, ligamentares, musculares,
posturais entre outras das atividades dentro de uma amplitude articular normal.
A técnica da bandagem funcional pode ser utilizada nas disfunções musculoesqueléticas
agudas quanto crônicas, sendo assim, sua aplicabilidade não se restringe somente
a lesões miofasciais, seus efeitos também podem ser vistos em disfunções neurais e
articulares. O uso da bandagem funcional permite manter curativos sobre feridas,
comprimir regiões anatômicas, reduzindo os exudatos inflamatórios, imobilizar,
oferecer suporte e proteção durante a reabilitação, minimizando a extensão da lesão
(no caso de lesão aguda) e profilaxiade modo a evitar recidivas e oferecer limitação
ao movimento, de acordo com o que se objetiva (CRUZ et al., s/a).
Ela pode ser de grande utilidade na prática clínica, uma vez que o alinhamento das
estruturas, proporcionado pela colocação correta das bandagens pode diminuir a dor,
diminuir o impacto sobre a articulação, aliviando a pressão sobre os tecidos inflamados
ao redor do joelho (CRUZ et al., s/a).
A bandagem funcional pode ser aplicada tanto antes (prevenção) quanto depois da
ocorrência de lesões. A prevenção ocorre pela sustentação ou apoio as áreas
submetidas a estresse excessivo, então assim, reduz a frequência e gravidade de
lesões devido o aumento da estabilidade articular ou pela maior estabilidade às
articulações que apresentam históricos de lesões, reduzindo reincindivas.
(GUIMARÃES, 2005).
5. Conclusão
A bandagem é uma modalidade amplamente utilizada,principalmente no que se refere
aos atletas, tanto para prevenção das entorses, que esses atletas possam vir a
sofrer,quanto para a lesão em si, e tem demonstrado grandes benefícios no meio
fisioterápico. Tem muitas funções como a de exercer pressão sobre uma parte do corpo;
imobilizar uma região; fixar curativos, proteger. São vários os tipos de bandagem, são
especificas para cada caso, e várias são as técnicas que o profissional da fisioterapia
pode usar.
Vimos que as bandagens estão sendo cada vez mais utilizadas por fisioterapeutas e
principalmente na área esportiva. Não existem muitos estudos com base científica
comprovando esta eficácia, porém já vem sendo feito alguns como foi citado
acima. Além disso, a bandagem funcional demonstra ser bastante eficaz quanto aos
tratamentos para melhorar as entorses na articulação acromioclavicular.
A bandagem age estimulando as terminações nervosas da pele. Esse estímulo vai até o
cérebro, que envia um sinal de volta para melhorar o problema.
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O uso da bandagem funcional só será eficaz e bem sucedida se o fisioterapeuta tiver o
diagnóstico correto, um bom entendimento sobre o assunto e um amplo conhecimento
da biomecânica das estruturas envolvida no processo.
A bandagem funcional é uma técnica bastante utilizada em atletas, mas que se deve
explorar ainda mais através de pesquisas com comprovação científica, para que se possa
aperfeiçoar as técnicas de tratamento, sempre visando o bem estar dos pacientes e
satisfação profissional. Devido a isso seu estudo deve ser de forma continua visada, a
qualidade do fisioterapeuta na técnica da bandagem funcional.
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