IDADE MÉDIA – IDADE MODERNA

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IDADE MÉDIA – IDADE MODERNA
476 - 1789
História da Arte
Profª Natalia Pieroni
IDADE MÉDIA – IDADE MODERNA
LINHA DO TEMPO - HISTORIOGRAFIA
Período
Evento
que marca
o início de
cada Era
PRÉ-HISTÓRIA
IDADE ANTIGA
Origens do homem
até 40000 a. C
40000 a. C até
476 d. C
476 a 1453
Origem da espécie
humana
Invenção da
escrita
Queda do Império
Romano
IDADE MÉDIA
IDADE
MODERNA
IDADE
CONTEMPORÂNEA
1453 até 1789
1789 até os dias atuais
Tomada de
Constantinopla
Revolução Francesa
IDADE MÉDIA
SÉC. V - XV
História da Arte
Profª Natalia Pieroni
IDADE MÉDIA
CONTEXTO HISTÓRICO
-
A chamada Alta Idade Média (séc. V - XI)
inicia com a queda do Império Romano (476
a. C), em decorrência das invasões
bárbaras;
-
Processo de ruralização -> fugindo dos
ataques bárbaros os povos do Império
Romano que viviam nas cidades passaram a
dirigir-se para o campo como forma de se
protegerem dos ataques;
-
Sistema de Produção Feudal Sociedade
Hierarquizada (Susserania e Vassalagem);
-
Ascensão do cristianismo - Supremacia da
Igreja Católica, responsável pela proteção
espiritual da sociedade;
-
Igreja exerceu forte controle sobre a
produção científica e cultural concretizando
uma ligação entre produção artística e
cristianismo;
Sistema Feudal
Carcasonne, França
IDADE MÉDIA
A ARTE NA IDADE MÉDIA
•
Influência e controle da Igreja sobre
qualquer forma de expressão;
•
Atuava
nos
aspectos
sociais,
econômicos, políticos, religiosos e
culturais da sociedade. Logo, a arte
medieval resumiu-se a temas religiosos;
•
Pinturas,
esculturas,
livros,
construções e outras manifestações
artísticas
eram
influenciadas
e
supervisionados pelo clero católico;
•
O imaginário dessa época esteve
sempre voltado para o teocentrismo
(Deus como centro de tudo);
•
Grande produção artística nessa época.
Como a maioria das pessoas não sabiam
ler, a Igreja recorria à pintura,
escultura para comunicar valores
religiosos aos fiéis;
Iluminura – Miniatura extraída do Virgílio do
Vaticano. Início do século V d.C
IDADE MÉDIA
O ESTILO ROMÂNICO (900 - 1100)
•
Estilo posterior ao clássico
romano e antecessor ao gótico ->
reflete a imponência da Igreja e
de Deus sobre o homem;
•
Arquitetura: sólida, pesada,
robusta, poucas aberturas, muita
pedra,
verticalidade
e
monumentalidade.
Ideia de
fortaleza medieval: “a Igreja
combate os poderes das trevas”;
•
Escultura: miniaturas, pequenos
relevos e estatuetas feitas de
pedra, metal ou marfim. Além da
escultura
integrada
a
arquitetura. As figuras humanas
se alternam com as de animais
vegetais. No entanto, a temática
das cenas representadas é
religiosa;
Igreja de St. Trophime, França, séc. 1180
IDADE MÉDIA
Escultura integrada a arquitetura da Igreja de St. Trophime. Cena: Cristo em glória. O trono do Senhor
sustentado por quatro criaturas: Leão (São Marcos), Anjo (São Mateus), boi (São Lucas) e a águia (São João);
IDADE MÉDIA
O ESTILO ROMÂNICO (900 - 1100)
•
Ourivesaria: fabricação de objetos em ouro
como relicários, cruzes, estatuetas, bíblias,
entre outros objetos para a decoração de
altares;
•
Pintura: afrescos e iluminuras (ilustrações
executadas nos manuscritos). Caracterizase por cenas do Antigo e do Novo
Testamento e da vida de santos e Jesus
Cristo;
•
A diferenciação de cor e escala foram
características marcantes da pintura
românica. Utilizava-se destes artifícios
para colocar partes da cena em destaque (a
mensagem que queria ser passada) Não
havia preocupação com a reprodução de
formas reais ou tons e jogos de luz e
sombra, pois não havia a menor intenção
de imitar a natureza;
Castiçal de Gloucester, séc. 1104-13. Feito para
o altar da Catedral de Gloucester, Inglaterra.
IDADE MÉDIA
Cristo lavando os pés de Pedro,
Iluminura, séc. 1000 d. C
IDADE MÉDIA
O ESTILO GÓTICO (1100 - 1300)
•
Aprofundamento
dos
elementos
básicos do estilo românico, mas com
maior delicadeza e ornamentação;
•
Arquitetura: sólida, mas com certa
leveza.
Grande
número
de,
proporcionando maior iluminação no
interior das igrejas. Predomínio de
linhas verticais, torres elevadas e
pontiagudas, arcos ogivais e planta
em cruz latina;
•
Escultura:
as
figuras
são
representadas
de
forma
mais
detalhada e realista. Os escultores
buscavam dar um aspecto real e
humano às figuras retratadas (anjos,
santos e personagens bíblicos).
Estavam integradas a arquitetura ou
como obras independentes;
Catedral de Sainte Chapelle, Paris, 1248
IDADE MÉDIA
Interior Catedral de Sainte Chapelle, Paris, 1248
IDADE MÉDIA
Escultura integrada a Arquitetura: Morte de Nossa Senhora, Catedral de
Estrasburgo, França, 1230
IDADE MÉDIA
O ESTILO GÓTICO (1100 - 1300)
•
Pintura: embora as pinturas fossem
frequentemente substituídas pelos
vitrais, são comuns pinturas em
painéis de madeira e sobre relevos.
Adquiriram mais naturalidade e
colorido mais vivo. Os artistas
passaram a preocupar-se com a
expressividade das figuras a fim de
tocar emocionalmente o observador.
•
Vitrais: constituídos de pedaços de
vidro colorido formando grandes
janelas. As pequenas placas eram
encaixadas
em
uma
estrutura
metálica conhecida como “perfil de
chumbo”. Unidas eram capazes de
materializar grandes composições em
que
se
reproduziam
formas
geométricas,
cenas bíblicas ou
imagem de santos. Permitia a
elaboração de interessante jogo de
luzes no interior da Igreja;
Pintura: O sepultamento de Cristo, 1250-1300
IDADE MÉDIA
Rosácea - Vitral, Catedral de Notre Dame, Paris, 1200-1250
IDADE MÉDIA
Vitral, Catedral de Bourges, França
Catedral de Bourges, França, 1220
IDADE MÉDIA
GIOTTO DI BONDONI (1266 - 1337)
•
Pintor e arquiteto italiano
conhecido pela introdução da
perspectiva na pintura;
•
Considerado o primeiro gênio
do Renascimento italiano.
Sua arte modificou a maneira
de
conceber
os
temas
religiosos,
dando-lhe
um
caráter
tridimensional
e
humanizado;
•
Retratava cenas religiosas,
mas
com
figuras
humanizadas, com aparência
de seres humanos comuns;
•
Realizou diversas obras por
encomenda de classes mais
abastadas e autoridades da
Igreja em Roma, Nápoles e
em Florença;
A lamentação de Cristo, Giotto, 1305 d. C
RENASCIMENTO
SÉC. XIV - XVII
História da Arte
Profª Natalia Pieroni
RENASCIMENTO
CONTEXTO HISTÓRICO
•
Ocupação das cidades em função das Catedrais Góticas;
•
Revoltas Camponesas -> questionavam a posição de “escravidão” e almejavam
melhores condições de vida;
•
Desenvolvimento
do
comércio
->
transição para o capitalismo -> mudança
de valores e ideologias da sociedade;
•
Expansão marítima da Europa ->
diversificação dos produtos de consumo,
busca de especiarias no Oriente ->
descoberta da América;
•
Muitos comerciantes europeus fizeram
riquezas e acumularam fortunas. Com
isso,
dispunham
de
condições
financeiras para investir em produção
artística
de
escultores,
pintores,
músicos, arquitetos, etc.
Transição para o capitalismo -> comércio de
especiarias
RENASCIMENTO
MOVIMENTO RENASCENTISTA
•
Movimento intelectual e cultural que caracterizou a transição da mentalidade
medieval para mentalidade moderna;
•
Chamou-se "Renascimento" em virtude da redescoberta e revalorização das
referências culturais da antiguidade clássica, que nortearam as mudanças deste
período em direção a um ideal humanista (antropocentrismo) e naturalista;
• Valorização da razão e da
natureza.
O
homem
renascentista
passou
a
utilizar
métodos
experimentais
e
de
observação da natureza e
universo;
• Cidades como Veneza e
Florença
acumularam
grandes
riquezas
provenientes do comércio
contribuindo para que Itália
fosse
o
berço
do
renascimento;
Cidade de Florença, Renascimento. Pintura de F. Granacci
RENASCIMENTO
DONATELLO (1386 - 1466)
•
Donato di Niccoló di Betto Bardi,
conhecido
como
Donatello,
nasceu e morreu na cidade de
Florença, Itália;
•
O poder da expressividade de sua
arte o fez um dos maiores
escultores do chamado PréRenascimento (primeira metade
do século XV);
•
Realizou trabalhos em bronze,
mármore e madeira. Sua obra se
destaca pela fidelidade aos
traços humanos e pela "força
emocional“ que traduz;
•
Entre as obras mais famosas
estão:
São Jorge, David, Os
Milagres de Sto. Antônio e Maria
Madalena;
São Jorge, 1415-1417, Mármore, h= 2,18m - Donatello
RENASCIMENTO
David, Bronze, h= 1,58m - Donatello
Equestre de Gattamelata, Bronze - Donatello
RENASCIMENTO
BOTTICELLI (1445 - 1510)
•
Alessandro di Mariano di Vanni Filipepi, mais
conhecido como Sandro Botticelli, foi o último
grande pintor Pré-Renascentista de Florença;
•
Dedicou boa parte de sua carreira às grandes
famílias dessa cidade, especialmente os
Medici, para os quais pintou retratos. Entre
tais obras destacam-se "Retrato de Giuliano de
Médici" (1475-1476) e "A adoração dos Magos"
(1476-1477);
•
Em 1481, Botticelli foi chamado a Roma pelo
Papa Sisto IV para trabalhar na decoração da
capela Sistina, onde realizou os afrescos "As
provações de Moisés, "O castigo dos Rebeldes"
e a "Tentação de Cristo“;
•
Pintou cenas mitológicas, como "A Primavera"
(1477) e "O Nascimento da Vênus" (1483), a
qual é uma das mais célebres obras do
renascimento.
Sandro Botticelli, auto-retrato
RENASCIMENTO
BOTTICELLI (1445 - 1510)
O Nascimento de Vênus, 1480, Têmpera sobre Tela, 174m x 2,79m - Sandro Botticelli – Galeria dos Ofícios, Florença
RENASCIMENTO
BOTTICELLI (1445 - 1510)
A Primavera, 1482, Têmpera sobre Tela, 2,05m x 3,14m - Sandro Botticelli – Galeria dos Ofícios, Florença
RENASCIMENTO
DA VINCI (1452 - 1519)
•
Leonardo di Ser Piero da Vinci ou Leonardo
da Vinci foi pintor, escultor, arquiteto,
cientista,
matemático,
engenheiro,
inventor, botânico, poeta e músico. Uma das
figuras
mais
importantes
do
Alto
Renascimento (a partir de 1500);
•
Nasceu na cidade de Vinci, próximo a
Florença;
•
Fascinado pela forma e funcionamento do
corpo humano, estudou exaustivamente
suas proporções;
Principais características de suas pinturas:
técnica da perspectiva, uso de cores
próximas da realidade, figuras humanas
perfeitas com sentimentalismo, temas
religiosos, uso da matemática em cálculos
artísticos, imagens principais centralizadas,
paisagens de fundo;
•
Homem Vitruviano, 1490, Lápis e tinta sobre
papel – Leonardo da Vinci
• Principais obras: Gioconda (Mina Lisa), A última Ceia, Madona das Rochas e o
Homem Vitruviano;
RENASCIMENTO
DA VINCI (1452 - 1519)
A Gioconda ou Mona Lisa, 1503 – 1506, Óleo
sobre painel, 0,76m x 0,56m – Leonardo Da
Vinci – Museu do Louvre, Paris
RENASCIMENTO
DA VINCI (1452 - 1519)
A Última Ceia, 1495 – 1498, Mural, Afresco, 4,06m x 8,80m – Leonardo Da Vinci – Santa Maria delle Grazie, Milão
RENASCIMENTO
MICHELANGELO (1475 - 1564)
•
Miguel Ângelo di Lodovico Buonarroti
Simoni
foi
pintor
e
escultor
renascentista italiano;
•
A fé de Michelangelo na imagem do
homem como o veículo supremo de
expressão deu-lhe um sentido de
afinidade com a escultura clássica
que não seria superado por nenhum
outro artista Renascentista;
•
Era fascinado por estudos sobre o
corpo humano. Via o corpo como
prisão terrestre da alma;
•
Realizou várias obras para os Medici;
•
Estre suas principais obras estão:
David, Pietá, A Criação do Homem
(teto Capela Sistina) e o Juízo Final
(Capela Sistina);
David, Mármore, 1501-1504, h= 4,09m,
Florença - Michelangelo
RENASCIMENTO
MICHELANGELO (1475 - 1564)
Interior da Capela Sistina, O Juízo Final,
Afresco, 1508-1512, Vaticano - Michelangelo
RENASCIMENTO
MICHELANGELO (1475 - 1564)
A Criação do Homem ou Criação de Adão, Parte do teto da Capela Sistina, Afresco, 1508-1512, Vaticano Michelangelo
RENASCIMENTO
RAFAEL (1483 - 1520)
•
Rafael Sanzio foi um grande pintor do
Alto Renascimento;
•
Entre 1504 e 1508, Rafael viveu
principalmente em Florença, onde
recebeu influência de Leonardo da Vinci
e Michelangelo;
•
Destacou-se principalmente nas áreas da
pintura e arquitetura. Sua arte foi
reconhecida graças a suavidade e
perfeição de suas obras;
•
Em 1508, foi convidado pelo papa Júlio
II para ir a Roma, para decorar com
afrescos vários recintos do Vaticano. No
primeiro
deles,
a
Stanza
della
Segnatura, Rafael pintou uma de suas
maiores obras, "A Escola de Atenas"
(1509-1511), onde fez uma homenagem
aos antigos sábios gregos;
Rafael Sanzio, auto-retrato
RENASCIMENTO
RAFAEL (1483 - 1520)
A Escola de Atenas, Afresco, 1510 – 1511, Palácio Vaticano, Roma - Rafael Sanzio
MANEIRISMO
1525-1600
História da Arte
Profª Natalia Pieroni
MANEIRISMO
MOVIMENTO MANEIRISTA
•
Movimento artístico intelectual que se desenvolveu na Europa entre 1520 e 1600
com manifestações na escultura, pintura e arquitetura, originalmente na Itália e
depois na América e Oriente;
•
Trata-se de um período de inquietação artística pela busca da originalidade e
complexidade;
•
As criações renascentistas atingiram o auge da perfeição, combinando beleza e
harmonia de forma a superar a produção greco-romana;
•
Os artistas questionavam que a criação tão perfeita não seria sempre
interessante, uma vez que estivessem familiarizados com ela;
•
O maneirismo, “maneira” de cada artista trabalhar, caracterizou-se por um
período de conflito entre o tradicional e o inovador, de grande questionamento
e reflexão do intelecto artístico;
•
Características da produção artística: tendência para estilização exagerada,
deformações e alongamentos extrapolando as características clássicas, capricho
nos detalhes, tensão nas cenas e disputa de figuras no espaço da tela (pintura);
MANEIRISMO
ROSSO FIORENTINO (1494 - 1540)
A Descida da Cruz, 1521, 3,35m x 1,95,
Pinacoteca de Volterra, Itália
PARMIGIANINO (1503 - 1540)
Madonna do Pescoço Comprido, 1535, 2,16m x 1,32,
Galeria dos Ofícios, Florença
MANEIRISMO
TINTORETTO (1518 - 1594)
A Última Ceia, Mármore, 1592-1594, 3,65m x 5,69m, Veneza - Tintoretto
MANEIRISMO
GIOVANNI BOLOGNA(1529- 1608)
O Rapto da Sabina, 1533, Mármore, h= 4,11m,
Loggia dei Lanzi, Florença – Giovanni Bologna
BARROCO-ROCOCÓ
Séc. XVII - XVIII
História da Arte
Profª Natalia Pieroni
BARROCO-ROCOCÓ
ROMA - Séc. XVII - XVIII
-
Sofria as consequências da Reforma Protestante e Contra-Reforma (Séc. XVI)
-
Reforma Protestante: movimento de ruptura com o catolicismo. Diversos
cristãos começaram a questionar o poder e comportamento da Igreja (abusos,
corrupções, indulgências, usura);
-
Difusão da imprensa-> maior número de exemplares da Bíblia disponíveis ->
reflexão crítica e interpretações pessoais;
-
Contra-Reforma: reação imediata da Igreja aos movimentos protestantes ->
Ordem dos Jesuítas (Catequização missão de combater a expansão do
protestantismo), Concílio de Trento (reunião de bispos), Inquisição (Index
Librorum Prohibitorum);
-
Reflexo nas artes: temas religiosos, mas com o racionalismo e antropocentrismo
do Renascimento, além de cenas cotidianas sobre a vida da nobreza e burguesia;
-
Pintura: valorização das cores, jogo de luz e sombra com forte contraste
(cena pesada);
-
Escultura: representação das emoções, principalmente o sofrimento. Os
traços se contorcem, demonstrando movimento exagerado;
BARROCO-ROCOCÓ
Michelangelo Caravaggio (1571-1610)
A Vocação de São Mateus, 1596-98, 3,30m x 3,48m, Capela Contarelli, Roma – Caravaggio
BARROCO-ROCOCÓ
Gianlorenzo Bernini (1598-1680)
David, 1623, Mármore, Tamanho Natural, Galeria Borghese, Roma
BARROCO-ROCOCÓ
FRANÇA - Séc. XVII - XVIII
-
No século XVII a França tornou-se a nação mais poderosa da Europa pelas
conquistas militares e desenvolvimento cultural. Paris substituiu Roma como
capital mundial;
-
Absolutismo monárquico (Reinado dos “Luíses”): rei governava com poderes
absolutos-> falta de democracia -> oposicionistas eram presos na Bastilha (prisão
política) ou condenados à morte (guilhotina);
-
Construção do Palácio de Versalhes: a corte Versalhes ditava as regras e a moda
da sociedade;
-
Desenvolvimento do capitalismo -> ascensão da burguesia;
-
Reflexo nas artes: retratavam fatos históricos e cenas cotidianas da corte;
-
Pintura: valorização das cores, jogo de luz e sombra com forte contraste.
Exagero na representação da cena (muita informação);
-
Escultura: riqueza nos detalhes, representação das emoções humanas. Grande
produção de esculturas (reis) para compor o jardim do Palácio de Versalhes;
BARROCO-ROCOCÓ
NICHOLAS POUSSIN (1594 -1665)
O Rapto das Sabinas, 1636-37, 1,55m x 2,07m, Museu Metropolitano de Arte – Nova York
BARROCO-ROCOCÓ
FRANÇOIS GIRARDON (1628-1715)
Estátua equestre de Luís XIV, 1687 (?),
h=0,77m, Galeria de Arte da
Universidade de Yale, EUA
BARROCO-ROCOCÓ
ROCOCÓ FRANCÊS
-
Caracteriza-se como uma fase do
barroco, que se manifesta durante o
reinado de Luís XV;
-
O objetivo da obra de arte nesse
momento
é
decorar,
trazendo
elegância
e
refinamento
aos
ambientes;
-
Na pintura e percebe-se a principal
manifestação plástica. Retrata a
fantasia, a sensibilidade e a
felicidade. . Não exige antecedentes
elaborados
de
conhecimentos
históricos ou teóricos; o seu objetivo
é uma pintura que dê prazer. Seu
desejo é alcançar o deleite visual;
-
Caracterizado pelas cores leves e
alegres, compondo cenas narrativas;
O Balanço, 1766 – Jean Hanoré Fragonard
BARROCO-ROCOCÓ
Carta de Amor, 1750 –
François Boucher
BARROCO-ROCOCÓ
INGLATERRA- Séc. XVII - XVIII
-
Conflitos entre o rei e o parlamento
inglês -> Revolução Inglesa
-
Parlamento (burguesia e gentry)->
limitar o poder do rei- absolutismo
era
prejudicial
ao
progresso
capitalista;
-
Grande parte da população vivia no
campo –> Casa adquiriu posição de
importância social;
-
Reflexo nas artes: representação de
figuras importantes na política e
cenas do cotidiano nobre e burguês;
-
Pintura:
preocupação
com
o
realismo dos tons e reprodução da
paisagem.
Figuras humanas sem
fortes
expressões->
transmitir
seriedade, educação e elegância;
Mrs. Siddons, 1785, 1,25m x 0,99m, Galeria Nacional,
Londres – Thomas Gainsborough
BARROCO-ROCOCÓ
INGLATERRA- Séc. XVII - XVIII
Robert Andrews e sua Esposa, 1748-50, 0,70m x 1,19m, Galeria Nacional, Londres – Thomas Gainsborough
NEOCLACISSISMO e
ROMANTISMO
Séc. XVIII- XIX
História da Arte
Profª Natalia Pieroni
NEOCLACISSIMO
-
Retomada dos princípio da Antiguidade clássica -> moderação, proporção,
harmonia e equilíbrio como reação aos excessos decorativos e dramáticos
do Barroco e Rococó;
-
Apelo a uma volta a razão, natureza e moralidade das artes. Exigência por
emprego dos princípios e elementos clássicos de forma mais racional, e,
portanto, mais “natural” que o Barroco;
-
Reflexo nas artes: temas religiosos, mas com o racionalismo e
antropocentrismo do Renascimento, além de cenas cotidianas sobre a vida da
nobreza e burguesia;
-
Pintura: busca da realidade da cena retratada (naturalismo), técnicas de
proporção, equilíbrio, luz e sombra rigidamente calculados;
-
Escultura: busca pela pureza das formas, nitidez dos contornos,
adotando princípio de ordem e clareza para atingir um estilo sóbrio e
equilibrado, comunicando solidez e simplicidade.
NEOCLACISSIMO
A morte de Sócrates, 1787, 1,30m x 1,96m, Museu Metropolitano de Arte, Nova York – Jacques Louis David
NEOCLACISSISMO
Voltaire, 1781, h= 1,19m, Museu Fabre,
Montpellier, França – Jean Antoine Houdon
ROMANTISMO
Séc. XVIII - XIX
-
Movimento artístico e filosófico que se iniciou na Europa no final do século XVIII,
espalhando-se para outras regiões até o final do século XIX;
-
Período influenciado pelos ideais do Iluminismo e pela liberdade conquistada
na Revolução Francesa;
-
Os artistas procuraram se libertar das convenções acadêmicas em favor da livre
expressão da personalidade do artista;
-
Reflexo nas artes: valorização das emoções, liberdade de criação, amor
platônico, temas religiosos, individualismo, nacionalismo e ideais utópicos;
-
Pintura: aproximação das formas barrocas, composição em diagonal sugerindo
instabilidade e dinamismo ao observador, valorização das cores e do claro –
escuro. Retrata fatos heroicos, emoções humanas e mitologia Grega, criando
uma atmosfera de fantasia e heroísmo ;
-
Escultura: registra pouca novidade. Observa-se, de modo geral, a permanência
dos princípios neoclássicos.
ROMANTISMO
Francisco Goya (1746-1828)
A Família de Carlos IV, 1800, 2,79m x 3,35m, Museu do Prado, Madri, Espanha
ROMANTISMO
Eugène Delacroix (1746-1828)
A Grécia Agonizando nas Ruínas de Missolonghi,
1827, 2,12m x 1,44m, Museu de Belas Artes,
Bordeaux, França
BIBLIOGRAFIA
•
ARGAN, C.G. História da arte italiana. Vol 1. São Paulo: Cosac & Ninfy,
2003.
•
COTRIN, Gilberto. História para Ensino Médio. São Paulo: Saraiva, 2002.
•
GOMBRICH, Ernst Hans. A História da Arte. Tradução de Cristina de Assis
Serra. Rio de Janeiro: LTC, 2013.
•
JANSON, H. W; JANSON, A.F. Iniciação à história da arte. Tradução
Jefferson Luiz Camargo. São Paulo: Martins Fontes, 2009.
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