COLÉGIO PEDRO II – CAMPUS TIJUCA II DEPARTAMENTO DE BIOLOGIA E CIÊNCIAS – COORD.: PROFa. CRISTIANA LIMONGI 1º & 2º TURNOS 3ª SÉRIE / ENSINO MÉDIO REGULAR & INTEGRADO ANO LETIVO 2015 PROFESSORES: FRED & PEDRO MURTA TEXTO COMPLEMENTAR 08 / 2015: DOENÇAS SEXUALMENTE TRANSMISSÍVEIS DOENÇAS SEXUALMENTE TRANSMISSÍVEIS (DST) são moléstias infecciosas, transmitidas durante o relacionamento sexual com uma pessoa contaminada. Qualquer pessoa pode contrair estas doenças. Por isto, merecem toda a nossa atenção. A maioria delas é fácil de ser curada, desde que se procure tratamento médico logo no início. A tabela abaixo apresenta as principais DST, seus agentes etiológicos (causadores), sintomas e período de surgimento e / ou desenvolvimento: DST CONDILOMA ACUMINADO (CRISTA-DE-GALO) AGENTE ETIOLÓGICO Papilomavírus ou Vírus Papiloma Humano (HPV). HERPES GENITAL Herpes vírus. HEPATITE Vírus (VHB – hepatite B e VHC – hepatite C). GONORREIA (BLENORRAGIA ou PINGADEIRA) Bactéria Neisseria gonorrhoeae (gonococo). COLÉGIO PEDRO II SINTOMAS SURGIMENTO De duas semanas a Uma ou várias verrugas, que crescem oito meses após o tomando o aspecto de couve-flor. contágio. Bolhas com aspecto de “cachos de uvas” De dois a sete dias nos órgãos genitais, febre e outros após o contágio. sintomas. HEPATITE B: perda de apetite, febre; mal-estar geral, fadiga, podendo ainda apresentar urticária, dor em determinadas juntas, náusea e vômito, falta de ar e gosto amargo na boca, urina de cor marrom escuro, pele e olhos amarelados, dor logo abaixo das costelas do lado direito, principalmente quando pressionadas, fezes de cor pálida e intestino mais solto do que o HEPATITE B: de normal. quatro semanas a HEPATITE C: sintomas agudos seis meses após o geralmente leves ou ausentes, mas com contágio. elevada taxa de evolução para casos crônicos (80% dos casos). Cerca de HEPATITE C: varia dois/três dos pacientes com a infecção de duas semanas a aguda não apresentam sintomas. seis meses após o Quando acontecem, esses podem ser contágio. letargia (“moleza”, fadiga), anorexia (falta de apetite) e náuseas. Na fase crônica, pode haver fadiga, um mal-estar semelhante ao da gripe (síndrome da gripe), dores musculares, perda do apetite, náuseas e febre, com maior intensidade nos idosos e naqueles que têm o sistema imunológico mais debilitado (imunossuprimidos). Corrimento com pus na uretra (canal De dois a cinco dias onde sai a urina no homem) ou vagina após o contágio. (mulher) e ardência ao urinar. TEXTO COMPLEMENTAR 08 / 2015 PÁGINA 1 DE 3 SÍFILIS (LUES ou CANCRO DURO) OBS.: Pode passar da mãe para o filho durante a gravidez, podendo causar aborto, morte pré-natal ou defeitos físicos (deformidades ósseas, surdez, lesões de pele, etc.), quando ela nasce com vida. Toda gestante deve fazer pré-natal no Centro de Saúde mais próximo de sua casa. LINFOGRANULOMA VENÉREO (“MULA”) CANCRO MOLE (“CAVALO”) Apresenta três fases, com evolução cada vez mais grave, se não for tratada logo no início. 1ª FASE: ferida isolada, chamada de cancro duro, que não doi e pode desaparecer mesmo sem tratamento. 2ª FASE: manchas arroxeadas na pele, Bactéria Treponema palma das mãos e planta dos pés; pallidum. ínguas indolores; febre e mal-estar; queda de cabelos (estes sinais podem desaparecer mesmo sem tratamento). 3ª FASE: lesões ósseas e no sistema nervoso que levam à paralisia e demência; lesões graves no coração que podem levar à morte. Íngua nas virilhas, onde podem aparecer buracos por onde escorrem secreções; Bactéria Chlamydia pus espesso. Ardência ao urinar ou trachomatis. nenhum sintoma aparente (mesmo assim é transmitida). Várias feridas de base mole e dolorosas Bactéria Haemophilus com pus; íngua que expele pus na ducreyi. virilha. DONOVANOSE (GRANULOMA INGUINAL ou VENÉREO ou TROPICAL ou PUDENDO TROPICAL ou CONTAGIOSO ou ULCERATIVO ou ESCLEROSANTE ou DONOVANI ou ÚLCERA VENÉREA CRÔNICA) Bactéria Calymmatobacterium granulomatis (Donovania granulomatis). MONILÍASE (CANDIDÍASE) Fungos leveduriformes Candida albicans e Candida glabrata. TRICOMONÍASE Protozoário Trichomonas vaginalis. PIOLHO PÚBICO (PEDICULOSE OU “CHATO”) Artrópode Phtirus pubis. ESCABIOSE (SARNA) Artrópode Sarcoptes scabiei. COLÉGIO PEDRO II 1ª FASE: de quatorze a vinte e um dias após o contágio 2ª FASE: de dois a três meses após o contágio 3ª FASE: de um a vários anos após o início do cancro duro. De sete a quatorze dias após o contágio. De dois a cinco dias após o contágio. Lesões granulomatosas, ulceradas, indolores, auto-inoculáveis (a própria pessoa se infecta em outras regiões). Acomete principalmente pele e tecido Tempo variável (de subcutâneo da genitália, das zonas três dias a seis perianais e das regiões inguinais, meses). podendo, com menos frequência, comprometer outros setores da pele, das mucosas ou mesmo órgãos internos. Corrimento esbranquiçado intensa (prurido) vaginal. e coceira Tempo variável. Corrimento e coceira intensa (prurido) vaginal. O homem geralmente não Tempo variado. apresenta sintomas, mas transmite à mulher. Coceira na região pubiana. Erupção cutânea difusa e polimorfa, Aproximadamente acompanhada de prurido (coceira sete dias após o intensa), o que se acentua ao deitar. contágio. TEXTO COMPLEMENTAR 08 / 2015 PÁGINA 2 DE 3 1) COMO PREVENIR AS DOENÇAS SEXUALMENTE TRANSMISSÍVEIS? a) NO ATO SEXUAL: Evitar a variação de parceiros sexuais. Usar a camisa-de-vênus (preservativo masculino). Evitar ter relações sexuais com pessoas que tenham feridas, verrugas ou pus nos órgãos genitais. Em caso da pessoa estar contaminada com “chato”, ferver as roupas. Procurar o médico do Centro de Saúde em caso de alguma dúvida ou sintoma. Não seguir conselho de amigos ou do balconista da farmácia. b) FORA DO ATO SEXUAL: Procurar ter uma alimentação saudável, fazer exercícios e manter a limpeza do corpo. Evitar usar roupas, toalhas ou quaisquer objetos íntimos de outras pessoas. Ao utilizar banheiros públicos, tomar cuidado com a higiene, evitando sentar-se nos vasos sanitários. 2) COMO VOCÊ PODE CONTRIBUIR PARA EVITAR QUE AS DSTs SE ESPALHEM? a) Procurar tratamento médico imediato. b) Avisar as pessoas que tiveram relacionamento sexual com você, para que possam procurar um médico. c) Evitar relações sexuais enquanto não estiver curado. 3) QUE É AIDS? É uma doença causada por um vírus chamado HIV (sigla em inglês do Vírus da Imunodeficiência Humana), que destrói células do sangue responsáveis pela defesa do organismo, deixando o indivíduo com pouca resistência e sujeito a contrair infecções provocadas por outros micróbios e/ou alguns cânceres. 4) COMO SE PEGA AIDS? A AIDS pode ser transmitida por meio de: (1) prática sexual (vaginal, anal ou oral) com pessoa infectada, (dois) sangue contaminado (em transfusões de sangue ou através do uso de seringas com agulhas contaminadas), (três) da mãe infectada para o filho (antes, durante ou depois do parto, através da amamentação), (quatro) material cirúrgico e alicates de unha contaminados. Pessoas contaminadas podem permanecer meses ou anos sem apresentar quaisquer sintomas da doença. No entanto, podem ser transmissoras do HIV. 5) QUAIS SÃO OS PRINCIPAIS SINTOMAS DA AIDS? Cansaço permanente não relacionado ao esforço físico; grande perda de peso sem explicação; febre; suor noturno e diarreia frequente sem causa definida; ínguas (gânglios aumentados) por todo o corpo; feridas esbranquiçadas na boca (sapinho); tosse seca persistente e manchas roxas ou rosadas na pele. ELA NÃO POSSUI CURA, E DEVE SER PREVENIDA! 6) COMO PREVENIR A AIDS? USAR CAMISINHA DURANTE O ATO SEXUAL. Evitar a variação de parceiros sexuais. Usar seringas e agulhas descartáveis; nunca reutilizá-las. Recorrer a bancos de sangue confiáveis; quando houver necessidade de doar ou receber sangue e exigir agulhas e seringas descartáveis. Evitar a gravidez e a amamentação ao saber (a mulher) que é portadora de HIV. Ao fazer as unhas na manicure, exigir que o alicate seja esterilizado pelo menos em álcool ou levar o próprio alicate. Ao fazer consulta com o dentista, exigir que o material usado seja esterilizado. Cuidar de feridas e evitar contato das mesmas com sangue de outra pessoa ou material contaminado com sangue. BIBLIOGRAFIA: Doenças sexualmente transmissíveis: Como você pode evitar – “folder” do Programa de Controle de DST/AIDS: GDF-SES-DSP-FHDF. Doenças sexualmente transmissíveis: Manual do usuário do sistema de saúde – Sistema de Saúde do GDF. Como evitar as doenças sexualmente transmissíveis – Ministério da Saúde. Gewandsznajder, Fernando. Sexo e reprodução. Editora Ática. Passos, Mauro Romero Leal, Doenças Sexualmente Transmissíveis. 2ª ed., Rio de Janeiro, Editora Cultura Médica, 1987. COLÉGIO PEDRO II TEXTO COMPLEMENTAR 08 / 2015 PÁGINA 3 DE 3