7. A gestão da educação em ambientes não escolares

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Unidade III
ORIENTAÇÃO E PRÁTICA DE
GESTÃO DA EDUCAÇÃO EM
AMBIENTES ESCOLARES E
NÃO ESCOLARES
Prof. Tarciso Oliveira
7. A gestão da educação em
ambientes não escolares
A pedagogia como ciência da educação
A educação ocorre em todos os espaços.
Como vimos, ela é:
 formal;
 informal; e
 não formal.
Desta forma, o pedagogo atua além dos
muros da escola.
7. A gestão da educação em
ambientes não escolares
7.1 Gestão da educação além dos muros
da escola
 1970: automação do processo de trabalho,
novas tecnologias. Necessidade de
novos trabalhadores.
 Início de treinamentos nas empresas.
 A educação deixa de ser restrita à escola.
7. A gestão da educação em
ambientes não escolares
 A ação pedagógica existe onde há a
prática educativa.
 É necessário que seja entendido que
a atuação do pedagogo não se dá
apenas na escola.
 Com a globalização, a escola deixa de
ser o único espaço para a formação
de pessoas.
7. A gestão da educação em
ambientes não escolares
 As habilidade cognitivas e as
competências sociais requeridas
pela vida prática podem ser obtidas
em espaços não escolares.
 Não é o fim da escola. É o momento
da articulação da escola com outros
espaços para qualificação do homem.
7. A gestão da educação em
ambientes não escolares
A atenção da escola para as necessidades
da sociedade objetiva:
 Formar cidadãos capazes de aprender e
pensar no contexto atual.
 Promover a formação para a vida numa
sociedade técnico-informacional.
 Desenvolver o indivíduo autônomo e
crítico da cidadania.
 Formar cidadãos éticos e solidários.
7. A gestão da educação em
ambientes não escolares
 São muitas as exigências, e apesar de
todos os esforços a escola não
consegue dar conta.
 Consequentemente, o mercado
recebe mão de obra despreparada
para o trabalho.
7. A gestão da educação em
ambientes não escolares
 A empresa carece de profissionais com
capacidade de ler, interpretar e ter
raciocínio rápido.
 As empresas acabam investindo em
T&D, sendo que a atuação de
educadores é imprescindível.
7. A gestão da educação em
ambientes não escolares
 Considerando o fato de que a escola não
consegue dar conta do processo devido
a deficiências já discutidas, o papel da
empresa no processo passa a ser
significativo.
7. A gestão da educação em
ambientes não escolares
 As organizações perceberam a
importância de gerenciar o
conhecimento organizacional.
 O conhecimento aumenta a capacidade
de competição e a rentabilidade.
Interatividade
Entendendo a educação como motor do
crescimento e desenvolvimento e as
empresas intervindo no processo,
podemos perceber que a escola:
a) Tende a perder sua função no processo.
b) Passará a formar apenas analfabetos
funcionais.
c) Tem a empresa como parceira de forma
significativa.
d) Precisa dar conta da educação
educação.
e) Não precisa do auxílio das empresas.
7. A gestão da educação em
ambientes não escolares
7.2 A gestão do conhecimento em ambientes
não escolares
 Já na década de 1980, Peter Drucker
apontava para a sociedade do
conhecimento e a necessidade das
empresas de capacitar seus profissionais.
7. A gestão da educação em
ambientes não escolares
 Muitas empresas criam as universidades
corporativas e, neste caso, necessita-se
da figura do pedagogo empresarial.
 Surge o gerenciamento do conhecimento
organizacional, que concede à empresa
maior competitividade no mercado.
7. A gestão da educação em
ambientes não escolares
Para tanto, a educação precisa ser
vista como:
 Processo de construção, com e para
a autonomia.
 Formadora do cidadão crítico e criativo
(reflexivo, crítico e interveniente).
 Ter educadores como mediadores de
processos.
Estes são conceitos disseminados pelo
educador Paulo Freire.
Freire
7. A gestão da educação em
ambientes não escolares
7.2.1 O que deveria ser compartilhado
 Quando o indivíduo adquire
conhecimento, reflete sobre ele,
faz críticas e intervém de forma positiva,
está compartilhando seu conhecimento.
7. A gestão da educação em
ambientes não escolares
7.2.2 Como ocorrerá o compartilhamento?
 Na reflexão, há a percepção de que o
compartilhamento só deve ser feito
quando realmente for significativo.
 Os departamentos de Tecnologia da
Informação (TI) das empresas possuem
ferramentas captadoras de informações
que podem ser transformadas em
conhecimentos.
7. A gestão da educação em
ambientes não escolares
7.2.3 Por que as pessoas deveriam participar
do compartilhamento?
 O conhecimento só gera desenvolvimento
humano quando disseminado.
 O egoísmo, muitas vezes, bloqueia essa
disseminação.
 É preciso que se tenha garantia quanto
à propriedade do conhecimento.
8. Pedagogia empresarial: a atuação
do pedagogo na empresa
A melhoria do desempenho e a formação
profissional dentro das empresas:
 Incentivo governamental através da Lei
nº 6297/75 (artigos 1º e 2º).
 O pedagogo passa a ganhar espaço nas
empresas, atuando em recursos
humanos.
8. Pedagogia empresarial: a atuação
do pedagogo na empresa
O pedagogo na empresa exerce o papel
de educador:
 Produz e difunde conhecimento.
 Modifica o comportamento dos
trabalhadores.
 Melhora a qualidade de desempenho.
 Coordena equipes no desenvolvimento
de projetos.
8. Pedagogia empresarial: a atuação
do pedagogo na empresa
O perfil do pedagogo empresarial:
 Ser perspicaz.
 Saber observar.
 Envolver-se com as situações.
 Ser desprendido.
 Ter coragem.
 Ter preparo técnico.
 Ser ousado (dentre outras).
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bemsucedidos nas empresas.
8. Pedagogia empresarial: a atuação
do pedagogo na empresa
 Segundo Ribeiro (2008), a pedagogia
empresarial existe para dar suporte
tanto em relação à estruturação das
mudanças quanto em relação à ampliação
e à aquisição de conhecimento no
espaço organizacional.
organizacional
8. Pedagogia empresarial: a atuação
do pedagogo na empresa
Trata-se de uma área ainda não bem
definida, mas poderia atuar em (ALMEIDA,
(2006 apud Ribeiro, 2008):
 Coordenação de ações culturais.
 Desenvolvimento de RH.
 Direção e administração de escolas.
 Elaboração de políticas públicas.
 Gestão e desenvolvimento de
instituições do terceiro setor.
 Gestão de pessoas.
Interatividade
Na concepção do educador Paulo Freire, o
processo de educação precisa ser:
a) De construção, com e para a autonomia.
b) Pensado de maneira tradicional.
c) Um processo para atender à sociedade
sociedade.
d) Aquele que oferece educação bancária.
e) Uma oferta de bastante conteúdo.
8. Pedagogia empresarial: a atuação
do pedagogo na empresa
8.1 A questão do aprendizado organizacional
 O processo de aprendizagem nas
empresas deixou de ser um valor
agregado para tornar-se uma estratégia
de desenvolvimento organizacional.
 As empresas garantem sua sobrevivência.
8. Pedagogia empresarial: a atuação
do pedagogo na empresa
8.1.1 As teorias de aprendizagem
organizacional
Segundo Bemfica e Borges (1999),
a aprendizagem organizacional é
sustentada por duas teorias:
 Behaviorista – comportamental.
 Cognitivista – ato ou processo de
conhecer.
8. Pedagogia empresarial: a atuação
do pedagogo na empresa
As mesmas autoras apresentam modelos
de aprendizagem que se destacam:
 Teoria de Garvin – baseia-se na
experimentação.
 Teoria de Sveiby – baseia
baseia-se
se no
conhecimento individual.
8. Pedagogia empresarial: a atuação
do pedagogo na empresa
 Teoria de Senge – focaliza a aprendizagem
individual dentro da organização.
 Teoria de Kolb – valoriza apenas um estilo
de aprendizagem.
 Teoria de Stewart – foco no capital
intelectual.
8. Pedagogia empresarial: a atuação
do pedagogo na empresa
 As teorias da aprendizagem nas
empresas são muitas, e algumas acabam
sendo reducionistas.
 Mesmo assim, apresentam soluções que
devem ser consideradas.
 Benchmarking acaba sendo uma solução
viável.
8. Pedagogia empresarial: a atuação
do pedagogo na empresa
 O pedagogo empresarial não deve
esquecer que a aprendizagem
organizacional acontece com adultos,
e a metodologia do trabalho deve ser
pensada na educação para adultos.
8. Pedagogia empresarial: a atuação
do pedagogo na empresa
8.2 Gênese do treinamento profissional no
Brasil
 1930 – marco referencial na história da
política da educação nacional.
 1942 – início da educação profissional via
CNI – SENAI.
 Valorização do T&D nas empresas.
8. Pedagogia empresarial: a atuação
do pedagogo na empresa
A figura do pedagogo empresarial nesse
processo se torna fundamental:
 É ele quem evidencia a importância dos
treinamentos e desenvolvimentos.
 Mas deve lembrar que o treinamento
consiste no ensino de técnicas.
8. Pedagogia empresarial: a atuação
do pedagogo na empresa
8.3 A importância do treinamento,
desenvolvimento e educação para
as organizações
 Canabrava e Vieira (2006) apontam o
T&D como instrumento de alavancagem
para desenvolver competências e
desempenhos de que as organizações
precisam.
8. Pedagogia empresarial: a atuação
do pedagogo na empresa
A busca de aprimoramento se torna cada
vez maior para enfrentar o mercado
competitivo, que se manifesta como:
 Clientes cada vez mais exigentes.
 Posicionamento correto diante da
competitividade.
 Sobrevivência no mercado.
Não se pode esquecer a importância do
capital humano.
8. Pedagogia empresarial: a atuação
do pedagogo na empresa
 O treinamento nas empresas hoje é visto
como grande investimento que busca
retorno, custo-benefício, e para o
pedagogo empresarial é a grande
oportunidade que se apresenta.
 Portanto, profissionalismo e
responsabilidade são fundamentais no
perfil desse profissional.
Interatividade
Segundo Ribeiro (2008), a estruturação das
mudanças em relação à ampliação e à
aquisição de conhecimento no espaço
organizacional busca suporte na:
a) Estrutura administrativa.
b) Base comportamental de seus
funcionários.
c) Pedagogia empresarial.
d) Manifestação do mercado.
e) Formação dada pela escola.
8. Pedagogia empresarial: a atuação
do pedagogo na empresa
8.4 Educação corporativa
 Segundo Eboli (2004), as universidades
corporativas surgiram no final do século
XX para suprir necessidades profissionais
de forma customizada, estando focadas
na real necessidade da corporação.
8. Pedagogia empresarial: a atuação
do pedagogo na empresa
 Tem a intenção explícita de atender aos
interesses, objetivos e estratégias da
empresa, reduzindo custos e obtendo
formação rápida.
 Oferece seus cursos com estrutura
geralmente virtual.
8. Pedagogia empresarial: a atuação
do pedagogo na empresa
É também um campo possível para a
atuação da pedagogia empresarial, e
apresenta as seguintes características:
 São organizações flexíveis.
 Oferecem respostas rápidas ao ambiente
empresarial.
 Era do conhecimento: a instrução é a
nova base.
8. Pedagogia empresarial: a atuação
do pedagogo na empresa
 Evitam a obsolescência do
conhecimento. Trabalham no sentido
de urgência.
 Empregabilidade: emprego para o
resto da vida.
 Educação para estratégia global:
forma pessoas com visão globalizada.
8. Pedagogia empresarial: a atuação
do pedagogo na empresa
Por que uma empresa cria uma UC?
 Valores – intensifica o desenvolvimento
de seus empregados.
 Imagem externa – impressão criada nos
clientes.
 Imagem interna – de gerente de T&D para
reitor.
8. Pedagogia empresarial: a atuação
do pedagogo na empresa
8.4.1 Principais conceitos e objetivos da
universidade corporativa
 É um sistema de desenvolvimento de
pessoas.
 É pautado no conceito de gestão de
pessoas por competências.
 Formar e desenvolver os talentos da
gestão dos negócios.
 Viabilizar estratégias de negócios.
8. Pedagogia empresarial: a atuação
do pedagogo na empresa
 É criado um sistema de aprendizagem
contínua.
 O propósito é que todos aprendam
a trabalhar com novos processos
e novas soluções.
 É preciso que todos compreendam a
importância da aprendizagem permanente.
8. Pedagogia empresarial: a atuação
do pedagogo na empresa
Metas globais dos projetos de UC:
 Saber que o capital intelectual é um
diferencial.
 Despertar a vocação para aprender e se
autodesenvolver.
 Incentivar, estruturar e oferecer
condições de autodesenvolvimento.
 Motivar e reter os melhores talentos.
8. Pedagogia empresarial: a atuação
do pedagogo na empresa
8.5 Estágios e prática de gestão da educação
em ambientes escolares e não escolares
 Na proposta do curso de Pedagogia,
o estágio é o eixo articulador da
relação teoria e prática.
 Visa aperfeiçoar o processo ensinoaprendizagem, ofertando ao aluno
a oportunidade de aplicar os
conhecimentos apreendidos.
8. Pedagogia empresarial: a atuação
do pedagogo na empresa
 É através do estágio que o aluno tem
a oportunidade de, conforme Durant
(2000), relacionar conhecimento
com habilidade e atitudes para
mostrar sua competência.
Interatividade
A realidade atual nas empresas requer o
apoio específico de profissionais preparados
para garantir resultados e soluções de
problemas. Desta forma, o pedagogo
empresarial encontra:
a) Mais um meio para ganhar dinheiro.
b) A possibilidade de desenvolver o
potencial humano através de ações
bem definidas.
c) Um jeito de mostrar competências.
d) Uma forma de garantir seus espaços.
e) A oportunidade de trabalhar com
excelência.
ATÉ A PRÓXIMA!
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