DOMINGO ASCENSÃO DO SENHOR Edição semanal das Paróquias de São Nicolau e Santa Madalena EVANGELHO Naquele tempo, os Onze discípulos partiram para a Galileia, em direcção ao monte que Jesus lhes indicara. Quando O viram, adoraram-n’O; mas alguns ainda duvidaram. Jesus aproximou-Se e disse-lhes: «Todo o poder Me foi dado no Céu e na terra. Ide e ensinai todas as nações, baptizando-as em nome do Pai e do Filho e do Espírito Santo, ensinando-as a cumprir tudo o que vos mandei. Eu estou sempre convosco até ao fim dos tempos». Mt 28, 16-20 MEDITAÇÃO Deus e os homens tornaram-se uma só raça, e é por isso que São Paulo afirma: «somos da raça de Deus» (Act 17,29); e, noutra passagem: «somos o corpo de Cristo e cada um, pela sua parte, é um membro» (1Cor 12,27). Quer dizer, pela carne que Ele assumiu nós tornámo-nos Sua parentela e temos assim, graças a Ele, uma dupla garantia: no Céu, a carne que de nós tomou; na Terra, o seu Espírito Santo que em nós permanece. […] Porque nos havemos de admirar que o Espírito Santo esteja ao mesmo tempo connosco e no Céu, quando o corpo de Cristo está tanto à direita do Pai quanto connosco na Terra? O Céu recebeu o seu sagrado corpo, e a Terra o Espírito Santo. Depois de nos ter trazido o Espírito Santo com a sua Encarnação, Ele levou o nosso corpo para o Céu na sua Ascensão. […] Tal é o plano divino, grandioso e surpreendente! Como disse o salmista: «Senhor, nosso Deus, como é admirável o vosso nome em toda a terra!» (Sl 8,2) […] A divindade foi, assim, elevada. Como é dito expressamente, «Elevou-Se à vista deles» (Act 1,9) Aquele que em tudo é poderoso: o Deus forte, o 01 JUNHO 2014 poderoso Senhor, «o grande Rei de toda a terra» (Sl 47 [46],3). Grande Profeta (Dt 18,15-19), Sumo Sacerdote (Heb 7,26; 8,1), Luz verdadeira (Jo 1,9), Ele é grande em tudo, não só na sua divindade, mas também na sua carne, pois Se tornou Sumo Sacerdote e poderoso Profeta. E como? Escutai o que diz a Escritura: «uma vez que temos um grande Sumo Sacerdote que atravessou os céus, Jesus Cristo, o Filho de Deus, conservemos firme a fé que professamos» (Heb 4,14). Então, se Ele é Sumo Sacerdote e Profeta, é bem certo que «surgiu entre nós um grande profeta e Deus visitou o seu povo» (Lc 7,16). E se Ele é Sumo Sacerdote, grande Profeta e Rei, também é Luz dos povos: «a Galileia dos gentios, o povo que andava nas trevas, viu uma grande luz» (Is 8,23-9,1; Mt 4,15-16). Temos, pois, o Fiador da nossa vida no Céu, para onde Ele, que é Cristo, nos levou consigo. Homilia atribuída a São João Crisóstomo (c. 350-407), Sobre a Ascensão, §§ 16-17 TESTEMUNHOS DA FÉ S. MARCELINO e S. PEDRO, mártires — 2 Junho Se da morte passámos para a vida ao passarmos da infidelidade para a fé, não nos admiremos de que o mundo nos odeie. Com efeito, quem não tiver passado da morte para a vida, mas permanece na morte, não pode amar aqueles que abandonaram a tenebrosa morada da morte, para entrar na morada feita de pedras vivas, onde brilha a luz da vida. Jesus deu a sua vida por nós; portanto também nós devemos dar a vida, não digo por Ele, mas por nós, quero dizer, por aqueles que hão-de ser construídos, edificados, com o nosso martírio. www.paroquiasaonicolau.pt * www.facebook.com/paroquiasaonicolau * [email protected] É chegado o tempo, ó cristão, de nos gloriarmos. Está escrito: Não só isso, mas gloriamo-nos também nas tribulações, sabendo que a tribulação produz a constância, a constância uma virtude sólida, a virtude sólida a esperança; e a esperança não nos engana. Porque o amor de Deus foi derramado nos nossos corações pelo Espírito Santo. Se do mesmo modo que abundam os sofrimentos de Cristo, assim também por Cristo abunda a consolação, recebamos com entusiasmo os sofrimentos de Cristo; e oxalá eles abundem em nós, se desejamos a consolação abundante, reservada a todos os que choram, embora não se possa dizer que seja em medida igual; porque se a consolação fosse em medida igual para todos, não estaria escrito: Do mesmo modo que abundam em nós os sofrimentos de Cristo, assim também abunda a nossa consolação. Os que participam dos sofrimentos participarão também da consolação que Cristo dará em proporção com os sofrimentos suportados por amor d’Ele. É isto o que nos ensina aquele que afirmava cheio de confiança: Assim como participais nos sofrimentos, também participareis na consolação. Diz também Deus por boca do Profeta: No tempo favorável Eu te ouvi e no dia da salvação Eu te ajudei. E que tempo mais favorável do que a hora em que, por causa do nosso amor a Deus em Cristo, somos publicamente levados sob custódia neste mundo, mais porém como triunfadores, do que como vencidos? Na verdade, os mártires de Cristo, a Ele unidos, destroçam os principados e as potestades, com Cristo triunfam sobre eles; e, deste modo, tendo participado nos seus sofrimentos, tomam parte também nos merecimentos que Ele alcançou com a sua heróica fortaleza. Que outro dia de salvação haverá tão verdadeiro como aquele em que deste modo deixais a terra? Suplico-vos que não deis a ninguém ocasião de escândalo, para que não seja desacreditado o nosso ministério; mas comportai-vos em tudo como ministros de Deus, com grande paciência. E dizei: E agora, que posso eu esperar? A minha esperança está no Senhor. Da «Exortação ao martírio», de Orígenes, presbítero (Nn. 41-42: PG 11, 618-619) (Sec. III) Nota Histórica O seu martírio, sofrido durante a perseguição de Diocleciano, é atestado pelo papa S. Dâmaso, que foi informado pelo próprio verdugo. Foram decapitados num bosque; mas os seus corpos foram trasladados e sepultados no cemitério «Ad lauros» na Via Labicana. Sobre o seu sepulcro foi construída uma basílica depois da paz de Constantino. AVISOS Domingo VII da Páscoa da Ascensão do Senhor, 1 de Junho Missa na ordenação episcopal de D. José Augusto Traquina Maria às 16h00, no Mosteiro dos Jerónimos. Oferta de géneros alimentícios pela comunidade cristã e peditório para o exercício da caridade. Campanha Semestral para a Côn- grua Paroquial de 1 a 15 de Junho. Esta é, na tradição da Igreja, a forma habitual dos católicos proverem às necessidades da vida das suas paróquias e essa ajuda traduz-se numa oferta regular, em ritmo mensal, semestral ou anual. Segunda-feira, 02 de Junho 19h30, Reunião da direcção da Irman- dade do Santíssimo Sacramento da Conceição Velha 21h, Encontro com as pessoas “em situação de sem abrigo” na igreja da Conceição Velha e distribuição de refeição quente no Largo das Cebolas. 22h, Missa com a participação do gru- po de famílias Quarta-feira, 04 de Junho 13h, Reunião com a Conferência de São Vicente de Paulo Sábado, 07 de Junho 8h-20h, Peregrinação das Paróquias da Baixa-Chiado a Fátima. As inscrições podem ser feitas no acolhimento da Paróquia de São Nicolau. Domingo de PENTECOSTES, 8 de Junho Proposta do Livro do mês Igreja Paroquial de São Nicolau, Rua da Vitória, 1100 -618 Lisboa