identificação do projeto

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UNIVERSIDADE FEDERAL DO PARÁ
PRÓ-REITORIA DE PESQUISA E PÓS-GRADUAÇÃO
DIRETORIA DE PESQUISA
PROGRAMA INSTITUCIONAL DE BOLSAS DE INICIAÇÃO CIENTÍFICA – PIBIC: CNPq
RELATÓRIO TÉCNICO - CIENTÍFICO
Período: _____02____/____2015___ a _____07____/_____2015_____
(X) FINAL
IDENTIFICAÇÃO DO PROJETO
Título do Projeto de Pesquisa: Variabilidade genética de genes imunorrelevantes em
populações amazônicas: Aplicações médicas e bioantropológicas.
Nome do Orientador: Eduardo José Melo dos Santos
Titulação do Orientador: Doutorado
Faculdade: Biomedicina
Instituto/Núcleo: Instituto de Ciências Biológicas
Laboratório: Laboratório de Genética Humana e Médica
Título do Plano de Trabalho: Associação de polimorfismos do gene HLA-DPB1 com a Dengue.
Nome do Bolsista: André Luiz Teles e Silva
Tipo de Bolsa: (X) PIBIC/ CNPq
1
1.
INTRODUÇÃO:
A Dengue é a arbovirose mais importante no contexto de infecção de humanos (Fonseca BAL.,
2002). É transmitida principalmente por meio da picada do mosquito Aedes aegypti, apesar de
haver outra espécie, Aedes albopictus, que é responsável por alguns surtos em países
asiáticos (Rodhain F, Rosen L., 1997) e, mas recentemente pela transmissão de outros vírus
como o Chikungunya e Zika. É uma doença sazonal, ocorrendo com maior freqüência em
períodos quentes e de alta umidade, tais condições favorecem a proliferação do mosquito (Dias
LBA, 2010). A exposição ao vírus da dengue (DENV) envolve uma variedade de respostas
imunológicas controladas geneticamente. Estes incluem a ativação das células T, B e células
Natural Killers (NK), assim como a produção de anticorpos e uma variedade de citosinas, que
juntas podem servir como fator de proteção ou serem prejudiciais ao indivíduo expostos ao
DENV (Rotchman, 2004)). Os sintomas vão desde a Dengue relativamente branda, Febre da
Dengue (FD), a quadros mais graves como a Febre da Dengue Hemorrágica (FDH) e Síndrome
do Choque da Dengue (SCD) (Organização Mundial da Saúde, OMS, 1997). No entanto, uma
proporção significativa de infecções DENV são subclínicas (Endy et al., 2.002), o que pode ser
devido à exposição a uma cepa menos patogênica (Leitmeyer et al. 1.999), ou uma capacidade
geneticamente determinada do hospedeiro para eliminar o vírus antes dos sintomas clínicos
poderem surgir (Rotchman, 2004). Por outro lado, a imunidade parcial de reação cruzada para
sorotipos DENV inéditas contribui para a doença grave, em alguns indivíduos submetidos a
infecções secundárias (Rotchman, 2006). Assim, uma interação complexa entre as variantes
genéticas de DENV e a resposta imune do hospedeiro é susceptível de determinar o resultado
de
infecções
primárias
e
secundárias.
Os alelos HLA diferem tanto qualitativa como quantitativamente, na sua capacidade para
apresentar peptídeos e, portanto, influenciar as respostas imunes geradas (K. Alagarasu et
al.,2013). Estudos realizados em Cuba, Brasil, Tailandia, Vietnã, Srilanka, populações Malaias
e Venezuela sugeriram a associação de vários alelos de HLA de classe I e alelos HLA de
classe II com FD ou FDH (Loke H, et al., 2001; Stephens HÁ, et al., 2002; LaFleur C, et al.,
2002; de la C Sierra B, et al.,2007; Nguyen TP, et al,2008; Falcon-Lezama JA, et al.,2009;
Appanna R, et al., 2010; Malavige GN, et al., 2011; Fernandez-Mestrem M, et al., 2009).
2
2.
JUSTIFICATIVA:
A dengue é uma doença emergente, causada pela infecção de variantes sorológicas do
Vírus da Dengue (DENV), a partir da transmissão por mosquitos do gênero Aedes, cuja
distribuição global é comparável com a do vetor da malária. Estima-se que cerca de três
bilhões de pessoas estejam morando em áreas de riscos para transmissão epidêmica, e,
portanto, a morbidade e mortalidade associadas a essa grave infecção são considerados sérios
problemas de saúde pública em países de regiões tropicais e subtropicais.
A infecção por DENV pode ser assintomática ou se manifestar em duas formas clínicas
da doença: Dengue Clássica (DC) caracterizada principalmente por febre alta de início abrupto,
cefaléia, mialgia, artralgia, dor retro orbitária, desconforto abdominal e usualmente exantema
(Martina et al., 2009); e Febre Hemorrágica por Dengue (FHD), que pode eventualmente
progredir para choque hipovolêmico chamado Síndrome do Choque por Dengue (SCD), cujos
sintomas são caracterizados por quadros hemorrágicos como petéquias, epistaxe e
sangramento gengival, associados a achados laboratoriais tais como leucopenia e
trombocitopenia, coagulopatia, aumento na fragilidade capilar (Ministério da Saúde).
Até agora, a dengue é a doença viral mais importante transmitida por artrópode em
humanos, com uma estimativa de cem milhões de casos e mais de quinhentos casos ocorrem
todo ano (Navarro-Sanchez et al., 2005). A primeira epidemia de dengue no Brasil foi registrada
em 1980, depois se tornou endêmica e espalhou-se para todo o país. Durante as últimas duas
décadas a incidência aumentou gradualmente e têm recentemente se tornado alarmante,
sobretudo desde a introdução de outros sorotipos virais (Azeredo et al., 2005).
Quatro sorotipos do vírus da dengue (DENV-1, DENV-2, DENV-3 e DENV-4) são
reconhecidos e são transmitidos para os humanos pelo mosquito Aedes. Sua classificação
taxonômica o encaixa no gênero flavirírus da família Flaviviridae. O vírus é composto de três
proteínas estruturais, designadas C (proteína cerne), M (membrana protéica) e E (envelope
protéico) (Navarro-Sanchez et al., 2005).
3
Os alvos primários do DV durante uma infecção natural são células de linhagem
fagocítica mononuclear (monócitos, macrófagos e células dendríticas), incluindo queratinócitos
e células de Langerhans residentes na pele (Jessie et al., 2004; Wu et al., 2000; Limon-Flores
et al., 2005).
As células infectadas migram então para os linfonodos que recrutam monócitos e
macrófagos que são infectados e disseminam a infecção pelo sistema linfático. Sendo assim,
muitas células da linhagem mononuclear são infectadas (Martina et al., 2009).
Os efeitos da infecção de diferentes células pelo DV têm sido abordados em vários
estudos, dentre eles destacam-se as alterações de expressão gênica. Os estudos iniciais
descrevendo o perfil de expressão gênica reportaram um grande número de genes superexpressos associados à infecção pelo DENV, porém com baixa reprodutibilidade. Este fato é
compreensível em vista da heterogeneidade de métodos usados e do tipo de estudo (in vitro,
usando linhagens celulares, ou in vivo usando pacientes infectados). Um dos principais
resultados presente na maioria dos estudos é a alteração na expressão de genes relacionados
à resposta imune inata, mais especificamente à via do interferon (IFN) tipo I, onde vários genes
cuja expressão é induzida por interferon tiveram sua regulação alterada (Ekkapongpisit et al.,
2007; Fink et al 2007; Chen et al., 2008; Warke et al 2008; Becerra et al., 2009; Simmons et al
2007; Kruif et al 2008; Ubol et al., 2008).
A importância das células NK na infecção por DENV também é indiscutível, não só pela
sua estreita relação com a via do interferon, mas também pelo seu papel no combate a
infecções virais de uma maneira geral. A atividade destas células é regulada por um delicado
equilíbrio entre receptores estimulatórios e inibitórios de sua superfície, que respondem a uma
gama de ligantes, dentre os quais se destacam moléculas HLA (do inglês Human Leucocyte
Antigen - Antígeno Leucocitário Humano) de classe I. De fato, estas moléculas foram
reportadas como super-expressas em linhagens humanas K562 e THP-1, sugerindo que o
aumento da concentração destes ligantes resultaria em um maior estimulo de receptores
inibitórios com baixa afinidade aos ligantes, resultando em uma baixa sensibilidade a lise pelas
células NK (Hershkovitz et al., 2008).
Outro estudo in vitro em células de tecidos musculares em cultivo primário também
detectou um aumento na expressão de moléculas HLA de classe I, porém este aumento foi
observado apenas nas células não infectadas vizinhas às células infectadas, as quais não
4
apresentaram aumento na expressão de HLA de classe I, configurando um possível
mecanismo de escape da lise por células NK in vivo (Warke et al., 2008).
Estruturas moleculares reconhecidas por receptores do sistema imune são denominados
epitopos (Murphy, 2011). Os epitopos que se ligam, e são apresentados no contexto de classe
I e moléculas MHC classe II são normalmente reconhecidos por células T CD8 + e CD4 +,
respectivamente. A ligação de um péptido à molécula MHC é um dos passos mais seletivos na
via clássica I do MHC de processamento do antigénio (Assarsson, 2007). A afinidade com um
epitopo que se liga à molécula de MHC desempenha um papel importante na determinação da
sua imunogenicidade (Sette, 1994), e interações de elevada afinidade de MHC de epitopos
tendem a ser associados com a resposta imunitária mais elevada. No entanto, ao mesmo
tempo de ligação do MHC é necessária para o reconhecimento pelas células T, não é por si só
suficiente para definir a imunogenicidade. De fato, o reconhecimento parece ser influenciado
por vários outros fatores, tais como a abundância de proteínas, de processamento de
antigenos, imunodominância e a presença de um repertório de células T adequado.
Estudos desenvolvidos em diferentes populações identificaram associação entre as
diferentes manifestações clínicas de Dengue com diversos genes, dentre eles HLA,
pertencentes
a
um
complexo
gênico
conhecido
como
Complexo
Principal
de
Histocompatibilidade (MHC). Nessa região estão localizados mais de 200 genes, dos quais
pelo menos 40% estejam envolvidos com o sistema imune (Consortium, 1999).
Os produtos dos genes HLA estão envolvidos na apresentação de antígenos próprios e
não próprios aos linfócitos T. Os genes HLA de classe I (HLA-A, -B e -C são os mais
conhecidos), que são expressos em todas as células nucleadas humanas, apresentam
antígenos processados pela via endógena a células TCD8+, enquanto que os genes HLA de
classe II (os mais comumente estudados são: HLA-DRB1, -DQB1 e -DPB1), expressos
principalmente em células apresentadoras de antígeno (APC), são responsáveis pela
apresentação de peptídeos, processados pela via celular exógena, às células TCD4+. Esse
sistema de processamento e apresentação de antígenos é fundamental para a identificação e
desencadeamento da resposta imunológica à antígenos não próprios e/ou patogênicos (Stern
et al. 1994; Snustad e Simmons 2001; Abbas 2000).
Os perfis alélicos de genes HLA determinam o repertorio de peptídeos que são
apresentados às células T e que conduzem a diferença de expressão de citocinas que
5
induzirão a um tipo específico de resposta imunológica e, portanto, podem influenciar na
expressão clinica de algumas doenças, inclusive a Dengue.
Um estudo realizado por (S. Paul et al, 2014), que utilizou peptídeos de 9 a 10
aminoácidos derivados das proteínas produzidas pelo Vírus Dengue, para demostram que
existe uma relação direta entra a afinidade dos peptídeos e a molécula HLA-B, variando de
acordo com o alelo deste gene, e a subsequente resposta imunológica, na qual quanto maior a
afinidade mais eficiente a resposta imunológica.
Estudos desenvolvidos em diversas populações relatam associação de genótipos ou
alelos de HLA de classes I e II tanto com FHD quanto com SCD.
Para genes HLA de classe II os estudos são pouco congruentes na determinação de um
alelo ou linhagem específicas associadas às formas clinicas de Dengue. Alagarasu et al.,
(2013) identificaram uma associação do genótipo HLA-DRB1*07/*15 com FHD em pacientes
cubanos, mas não conseguiram detectar associação com nenhuma manifestação clinica e
HLA-DQB1. Já no estudo de LaFleur et al. (2002), observou-se o efeito protetor de alelos da
linhagem HLA-DRB1*04 no desenvolvimento de FHD. Malavige et al (2011) observaram em
pacientes do Sri Lanka a associação do alelo HLA-DRB1*08:01 com os quadros de SCD. Os
alelos HLA-DRB1*15 mostrou-se associado com FHD em pacientes venezuelanos (Nguyen et
al., 2008), enquanto que para pacientes vietnamitas com um quadro de SCD, o alelo associado
foi o HLA-DRB1 09:01.
Os estudos desenvolvidos usando genes HLA de classe I também não encontram
congruência entre seus resultados. Sierra et al. (2007) encontraram os alelos HLA-A*31 e HLAB*15 em alta frequência em pacientes com um quadro sintomático de Dengue. Nguyen et al.
(2008) observaram alta frequência de HLA-A*24 em pacientes com FHD e SCD do Vietnã. Em
2009, Falcón-Lezama et al. (2009) verificaram que a presença do alelo HLA-B*35 estava
negativamente associado com as manifestações sintomáticas de Dengue. Monteiro et al.
(2012), estudando populações brasileiras, observaram uma maior frequência de HLA-A*01 em
pacientes com FHD.
Os diversos estudos que buscam associação entre os genes HLA e as diferentes
manifestações de Dengue demonstram falta de concordância entre os resultados. Isso sugere
que o papel de genes HLA na suscetibilidade a esta doença infecciosa ainda é desconhecida,
6
provavelmente pelo numero escasso de estudos e pela utilização de metodologias diferentes
na detecção dos alelos e identificação de polimorfismos.
O gene HLA-DPB1 apresenta 550 alelos, segundo a última atualização no site
IMGT/HLA (disponível em https://www.ebi.ac.uk/ipd/imgt/hla/stats.html), porém poucos são os
estudos envolvendo a associação deste gene com a Dengue e suas variações clínicas.
3.
OBJETIVOS
O presente trabalho possui como objetivo investigar a associação de polimorfismos de
genes HLA clássicos de classe II com a infecção pelo vírus da Dengue (DENV). Mais
especificamente:
a)
descrever a variabilidade do gene HLA –DPB1 nas amostras estudadas;
b)
associar os polimorfismos com a suscetibilidade ao desenvolvimento da Dengue.
4.
MATERIAL E MÉTODOS
4.1- Amostras Estudadas
Foram investigados 57 indivíduos, acima de 18 anos, classificados em dois grupos de
acordo com critérios sorológicos e clínicos estipulados pela OMS e pelo MS. O primeiro grupo
denominado de grupo controle foi constituído de 7 indivíduos todos residentes em Belém há
mais de cinco anos, que relataram nunca terem sido acometidos pela dengue ou que possuíam
sorologia negativa para anticorpos IgG e IgM. Os 36 restantes constituem o grupo amostral de
pacientes com DC.
Os pacientes com DC foram diagnosticados de acordo com sintomatologia clínica e
sorologia indicativa de Dengue, confirmada por testes confirmatórios.
7
As amostras de sangue foram processadas e tiveram o DNA isolado no Laboratório de
Genética Humana e Médica, coordenado pelo Professor Eduardo José Melo dos Santos
durante projetos anteriores.
O sequenciamento do exon 2 foi feito em colaboração com a Universidade de São
Paulo, em um projeto desenvolvido com o Prof. Dr. Diogo Meyer durante o doutorado de Maria
Helena Thomaz Maia. Os cromatogramas gerados na USP foram analisados por esse projeto e
os resultados das análises compõem esse relatório.
4.2- Edição de sequências e determinação dos haplótipos e alelos de HLA
1° Etapa – Análise dos cromatogramas
O éxon 2 do gene HLA-DPB1 de 57 amostras (9 assintomáticos e 48 sintomáticos)
foram analisados com o auxílio do programa HLA SBT uType versão 6.0 (Figura 1).
Figura 1. Análise do éxon 2 do gene DPB1 realizado pela ferramenta HLA SBT uType versão
6.0.
8
2° Etapa: Análise das Ambiguidades.
A resolução das ambiguidades presentes na análise do éxon 2 do gene DPB1, foram
resolvidas com o auxílio da planilha de ambiguidades do IMGT/HLA (planilha versão 3.20.0
http://www.ebi.ac.uk/ipd/imgt/hla/ambig.html)
foram
identificadas
as
ambiguidades
com
sequencias idênticas no éxon 2 (exemplo: 04:01:01/126:01 = 04:01:01G), o que possibilitou a
resolução do genótipo.
Para as ambiguidades fora do éxon 2, não é possível resolver sem que outro éxon seja
sequenciado. Portanto, para as amostras com esse tipo de ambiguidade, não foi possível
identificar o genótipo
4.3 Análise estatística
As frequências dos alelos observados foram calculadas por contagem direta e a análise
de distribuição dos perfis entre amostra assintomático e os sintomáticos para Dengue clássica
foram feitas utilizando Teste exato de Fisher.
Valores de Odds Ratio (OR), com intervalo de confiança (IC) de 95%, foram estimados
para todos os fatores onde as frequências diferiram significantemente entre controles e
pacientes.
Todos os testes estatísticos realizados foram feitos utilizando o software BioEstat 2009
5.8.3.0
5.
RESULTADOS
Do total de 57 amostras analisadas, para apenas 20 indivíduos foi possível inferir os
genótipos sem ambiguidade, ou seja, de maneira direta. Para os outros 37 indivíduos que
apresentaram ambiguidade no éxon 2, foram necessárias analises adicionais (resultado visto
na tabela 1). Após a resolução das ambiguidades, o número de amostras caiu de 57 para 43
amostras.
9
ID
Resultado Final
1
04:01:01G + 04:01:01G 04:01:01 + 04:01:01
2
04:02:01G + 04:02:01G 04:02 + 04:02
3
4
5
6
7
8
9
03:01:01G + 03:01:01G
03:01:01G + 79:01
03:01:01G + 03:01:01G
02:01:02 + 04:02:01G
04:02:01G + 115:01
04:01:01G + 51:01
04:02:01G + 02:01:02
03:01:01 + 03:01:01
03:01:01 + 79:01
03:01:01 + 61:01N
02:01:02 + 04:02
04:02 + 115:01
04:01:01 + 51:01
02:01:02 + 04:02
1
2
3
4
5
6
7
8
Resultado Final
*****
*****
*****
*****
*****
*****
*****
*******
01:01:01 + 04:01:01
01:01:01 + 17:01
04:02 + 14:01
04:01:01 + 04:02
02:01:02 + 20:01:01
01:01:01 + 03:01:01
03:01:01 + 04:02
01:01:01 + 04:02
ID
Tabela 1. Tipos de Ambiguidades
Ambiguidades dentro do exon 2 de HLA-DPB1
Combinação de alelos heterozigotos ambíguos
126:01 +
04:01:01 + 126:01
126:01
105:01 +
04:02 + 105:01
105:01
03:01:01 + 104:01
03:01:01 + 124:01
104:01 + 104:01
79:01 + 104:01
79:01 + 124:01
20:01:01 + 61:01N 20:01:02 + 61:01N
61:01N + 78:01
02:01:02 + 105:01
105:01 + 115:01
51:01 + 126:01
02:01:02 + 105:01
Ambiguidades fora do exon 2 de HLA-DPB1
Combinação de alelos heterozigotos ambíguos
01:01:01 + 126:01
39:01 + 90:01
09:01 + 89:01
14:01 + 105:01
35:01:01 + 59:01
45:01 + 80:01
04:01:01 + 105:01
04:02 + 126:01
23:01 + 126:01
04:02 + 06:01
06:01 + 105:01
93:01 + 108:01
01:01:01 + 104:01
01:01:01 + 124:01
26:01:02 + 50:01
03:01:01 + 105:01
04:02 + 104:01
04:02 + 124:01
01:01:01 + 105:01
23:01 + 122:01
75:01 + 89:01
n
2
6
104:01 + *124:01
61:01N + 104:01
9
1
1
1
1
1
1
n
57:01 + 129:01
23:01 + 51:01
20:01:01 + 75:01
10
1
1
1
5
1
2
1
1
Das 43 amostras analisadas 36 amostras são sintomáticas e 7 amostras
assintomáticas com a presença de 19 e 7 alelos nas populações, respectivamente. A
descrição dos alelos genotipados e suas frequências foram descritas nas tabelas 2 e 3.
Tabela 2. Frequência alélica das amostras assintomáticas
ALELO
Frequência (n) Frequência (%)
HLA-DPB1
03:01
3
0,213
04:01
3
0,213
01:01
2
0,142
04:02
2
0,142
17:01
2
0,142
51:01
1
0,071
79:01
1
0,071
Total
14
0,994
Tabela 3. Frequências alélicas das amostras sintomáticas
ALELO HLA-DPB1
03:01
04:02
01:01
05:01
14:01
17:01
02:01
11:01
06:01
10:01
04:01
09:01
16:01
113:01
115:01
129:01
51:01
79:01
Frequência
(n)
18
13
6
6
6
6
4
3
2
2
2
1
1
1
1
1
1
1
Frequência
(%)
0,235
0,1703
0,0786
0,0786
0,0786
0,0786
0,0524
0,0393
0,0262
0,0262
0,0262
0,0131
0,0131
0,0131
0,0131
0,0131
0,0131
0,0131
11
93:01
1
0,0131
Total
76
0,9948
No presente estudo foram detectados 19 alelos do gene HLA-DPB1 na genotipagem de
43 indivíduos. Tanto no grupo de assintomáticos quanto no de sintomáticos para infecção pelo
DENV, o alelo mais frequente foi o DRB1*03:01 (0,244) conforme mostrado na Tabela 1.
Porém, a alta frequência deste alelo pode ser devido ao tamanho amostral reduzido e ao fato
de ser um alelo comum em nossa população e não a um alelo predisponente a suscetibilidade
a Dengue, como mostram os dados coletados através do Banco de dados Allele Frequence
(Tabela 4)
Tabela 4. Frequência alélica total das amostras
Alelo
DPB1*03:01
DPB1*04:02
DPB1*01:01
DPB1*17:01
DPB1*05:01
DPB1*14:01
DPB1*04:01
DPB1*02:01
DPB1*11:01
DPB1*06:01
DPB1*09:01
DPB1*10:01
DPB1*113:01
DPB1*115:01
DPB1*129:01
DPB1*16:01
DPB1*51:01
DPB1*79:01
DPB1*93:01
Dados deste Estudo
Frequência
Frequência
Relativa
Absoluta
0,24419
21
0,17442
15
0,09302
8
0,0814
7
0,06977
6
0,06977
6
0,05814
5
0,04651
4
0,03488
3
0,02326
2
0,01163
1
0,01163
1
0,01163
1
0,01163
1
0,01163
1
0,01163
1
0,01163
1
0,01163
1
0,01163
1
Dados do Allele Frequencies*
Média e intervalo das Média e intervalo
Frequências 1
Frequências 2
0,065 (0,008-0,485)
0,039 (0,008 – 0,071)
0,176 (0,01 – 0,72)
0,523 ( 0,423 – 0,7)
0,078 (0,001 – 0,559)
0,01
0,033 (0,006 – 0,28)
0,031
0,247 (0,005 – 0,8)
0,063 (0,051 – 0,075)
0,033 (0,003 – 0,462)
0,232 (0,051 – 0,462)
0,212 (0,008 - 0,516)
0,078 ( 0,011- 0,163)
0,140 (0,006 – 0,55)
0,040 (0,01 – 0,071)
0,020 (0,002 – 0,082)
0,01
0,014 (0,003 – 0,052)
----0,020 (0,002 – 0,11)
----0,016 (0,003 – 0,065)
----0,008
--------------------0,009 (0,002 – 0,035)
----0,007 (0,002 – 0,014)
----0,005
----0,01
-----
das
*Dados das frequências alélicas dos alelos do gene HLA-DPB1 nas populações mundiais obtidos através do site
http://www.allelefrequencies.net/.m. 1 – Dados da população mundial; 2- Dados das populações da América do Sul
Além disso, a amostra encontra-se em desequilíbrio de Hardy-Weinberg com um desvio
significativo para excesso de homozigotos (Het. Obs= 0,27; Het. Esp= 0,86; p. Valor= 0,000).
O desequilíbrio de Hardy-Weinberg apresentado pelas amostras pode ter sido
influenciado pela presença de alelos nulos circulantes na população. Alelos nulos de HLA, são
caracterizados pela falta de um produto detectável sorologicamente, devido a sua baixa ou
12
ausente expressão. Em análises moleculares que utilizam técnicas de amplificação gênica
através de primers e sondas como forma de genotipagem, a presença de alelos nulos ou novos
se torna um fator limitante da técnica, pois é necessária uma sequência específica conhecida
do genoma para que ocorra a hibridização de primers e sondas com o DNA. Uma amostra que
seja heterozigota para o gene HLA-DPB1, na qual um alelo é conhecido e o outro é um alelo
nulo ou novo, o resultado é um falso homozigoto o que causa um viés na análise de equilíbrio
de Hardy-Weinberg.
Análise populacional como forma de detecção de possíveis alelos nulos e novos
circulante, poderia ser usada para desenvolvimento de primers, desta forma sanando a
limitação da técnica.
Há a possibilidade de resolução com a realização de amplificação
baseada em sequenciamento das regiões dos éxons 2, 3 e 4 além dos sítios de splicing da
região intrônica (HLA classe I) e éxon 2 e dos sítios de splicing da região intrônica (HLA classe
II) (Elsner H. A, 2004).
5.1 Diferenças entre os subgrupos de pacientes infectados por DENV.
Quando as frequências alélicas foram comparadas entre assintomáticos e sintomáticos,
não foram observadas diferenças significativas (dados não mostrados). Isso significa que as
distribuições das frequências alélicas dos subgrupos não diferem entre si. Porém, essa
comparação deve ser considerada com parcimônia, uma vez que tamanho amostral é bastante
limitado.
Poucos trabalhos na literatura associam HLA-DPB1 e DENV em populações. O grupo de
Vejbaesya em 2009, realizou um estudo na população asiática, associando Fator de Necrose
Tumoral (TNF), gene da alfa-linfotoxina (LTA) e HLA com a forma severa da Dengue, no qual
não foi possível associar o HLA-DPB1 com o quadro clínico dos pacientes com Dengue. O
Alelo DPB1*05:01 apresentou maior frequência no grupo amostral estudado, mas os autores
atribuíram esse achado ao fato de o alelo ser comum na população estudada.
Sobre a magnitude das diferenças entre os outros subgrupos: o tamanho amostral é
muito reduzido, o que causa viés no resultado. O importante é que a análise de diferenciação
13
entre os grupos não se mostrou significante e isso reforça a necessidade de aumentar o
tamanho amostral para que possamos chegar a um resultado conclusivo sobre a infecção por
Vírus Dengue.
5.2 Características dos alelos mais frequentes.
O alelo DPB1*03:01 é amplamente distribuído dentre todos os subgrupos DENV, este
alelo é característico de populações europeias em alta frequência e também é descrito nas
populações
ameríndias
(allelefrequencies.net.).
Estudos
apontam
este
alelo
como
predisponente a suscetibilidade para Esclerose Múltipla (Filder J. et al, 2010), assim como um
alelo protetor para Linfoma Folicular (Skibola C.F, 2012), porém não há relatos de associação
com infecções por arboviroses.
O alelo DPB1*04:02 apresenta frequência altíssima nas Américas e alto a nível mundial,
está presente dentre os subgrupos DENV (allelefrequencies.net.).
O alelo DPB1*01:01 apresentam altíssima frequência em populações americanas e
subsaarianas e baixa frequência nas populações europeias (allelefrequencies.net.). Este alelo
foi apontado como alelo protetor contra a evolução para Linfoma de Hodgkin em pacientes
portares do Vírus Epstein-Barr em uma população do norte do Reino Unido (Johnson P.C,
2015).
O alelo DPB1*17:01 apresenta baixa frequência mundial e altíssima frequência nas
populações subsaarianas (allelefrequencies.net.). Em recente estudo, constatou-se que este
alelo se mostrou consideravelmente protetor contra a Síndrome Posner-Schlossman em uma
população chinesa.
DPB1*09:01, 10:01, 113:01, 16:01, 51:01, 79:01 e 93:01 estes alelos não apresentam
discrição em populações ameríndias e as suas frequências a nível mundial são baixas
(allelefrequencies.net.).
DPB1*115:01 e 129:01 estes alelos não apresentam discrição em populações
ameríndias nem em outras populações mundiais (allelefrequencies.net.).
14
O nosso trabalho buscou descrever a variabilidade do gene HLA-DPB1 e investigar a
associação dos polimorfismos deste gene com a suscetibilidade ao desenvolvimento da
Dengue. Porém, nossas analises mostraram que o gene HLA-DPB1 não é suficientemente
determinante para a infecção. Os sorotipos / genótipos circulantes de DENV na população
estudada pode ter influenciado no resultado. O tamanho amostral também pode ter influenciado
no resultado obtido. Um estudo com um número amostral maior poderia revelar características
entre os subgrupos DENV que possam estar sendo imperceptíveis.
6.
CONCLUSÃO
O presente trabalho não observou associação de polimorfismos do gene HLA-DPB1 com
a infecção por DENV. No entanto, foram genotipados 57 indivíduos e o alelo mais frequente
nos subgrupos de assintomáticos e sintomáticos foi o DPB1*03:01. Não foi detectada
associação entre os polimorfismos dos genes HLA-DPB1 e infecção por DENV.
7.
CONSIDERAÇÕES
O objetivo inicial deste trabalho era a investigação da associação do polimorfismo dos
éxon 2 e 3 do gene HLA-B com a suscetibilidade e evolução da Dengue em pacientes. No
entanto, devido ao número reduzido de amostras de pacientes e a alta taxa de polimorfismo do
gene
HLA-B,
atualmente
cerca
de
3,977
alelos
foram
descritos
(http://www.ebi.ac.uk/ipd/imgt/hla/stats.html), optou-se pela alteração no objetivo do trabalho,
no qual investigamos a associação do gene HLA-DPB1, que apresenta número menor de
polimorfismos (550 alelos.
Com a mudança do objetivo de trabalho, justificado no item ¨Dificuldades¨, utilizamos os
dados de sequenciamento do éxon 2 do gene HLA-DPB1 dos mesmos pacientes que seriam
utilizados na proposta de trabalho inicial, gerados em colaboração com a Universidade de São
Paulo, em um projeto desenvolvido com o Prof. Dr. Diogo Meyer durante o doutorado de Maria
Helena Thomaz Maia. Os cromatogramas gerados na USP foram analisados por mim e os
resultados das análises compõem esse relatório.
15
9. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
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PARECER DO ORIENTADOR:
O projeto foi executado dentro do prazo e os resultados são relevantes. O aluno executou suas
atividades teóricas e práticas adequadamente. Considero sua atuação EXCELENTE.
DATA : ______/_________/________
_________________________________________
ASSINATURA DO ORIENTADOR
____________________________________________
ASSINATURA DO ALUNO
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