GERMINAÇÃO DE SEMENTES E DESENVOLVIMENTO INICIAL DE PLÂNTULAS DE MILHO E TRIGO INOCULADAS COM ESTIRPES DE Azospirillum brasilense E Herbaspirillum seropedicae Janaína Dartora1*, Deniele Marini, Vandeir Francisco Guimarães, Daiana Raquel Pauletti, Gerson Sander RESUMO: Bactérias diazotróficas dos gêneros Azospirillum e Herbaspirillum promovem o crescimento vegetal de gramíneas como milho e trigo, através do aumento da superfície de absorção das raízes, produção de fito-hormônios e fixação biológica de nitrogênio. Objetivou-se neste trabalho, avaliar a germinação de sementes e o desenvolvimento inicial de plântulas de trigo e milho inoculadas com estirpes de A. brasilense e H. seropedicae, através dos testes de germinação e primeira contagem, número de raízes e massa de matéria seca de parte aérea e de raiz. Foram conduzidos dois experimentos, sendo o primeiro com sementes de milho e o segundo com sementes de trigo, em que foram avaliadas três cultivares de trigo (CD150, CD104 e CD108) e três híbridos de milho (30F53, 30R50 e 30F35) inoculados com cinco estirpes de A. brasilense (ABV5, ABV6, HM53, SFO e IC26), uma estirpe de H. seropedicae (SMR1) e com as combinações destas estirpes (SMR1+ABV5, SMR1+ABV6, SMR1+HM53, SMR1+SFO, SMR1+IC26) e o tratamento controle, sem inoculação, formando um delineamento inteiramente casualizado, em esquema fatorial 3 x 12 para cada experimento (cultura). A inoculação influencia a germinação de sementes e o desenvolvimento inicial de plântulas de trigo e milho, sendo evidentes os benefícios da inoculação conjunta de estirpes de A. brasilense e H. seropedicae. Palavras-chave: bactérias diazotróficas, matéria seca de raiz, inoculação. SEED GERMINATION AND SEEDLING EARLY GROWTH OF CORN AND WHEAT INOCULATED WITH STRAINS OF Azospirillum brasilense AND Herbaspirillum seropedicae ABSTRACT: Diazotrophic bacteria of the genera Azospirillum and Herbaspirillum promote vegetation growth of grasses like corn and wheat by increasing the absorption surface of roots, plant hormone production and nitrogen fixation. The objective of this work was to evaluate the seed germination and seedling early growth of wheat and corn affected by inoculation with A. brasilense and H. seropedicae, through germination and the first count, number of roots and dry weight of shoot and root. Two experiments were carried out, the first with corn seeds and the second with wheat seeds wich were evaluated in three wheat cultivars (CD150, CD104 and CD108) and three corn hybrids (30F53, 30F35 and 30R50) both inoculated with five strains of Azospirillum brasilense (ABV5, ABV6, HM53, IC26 and SFO), a strain of Herbaspirillum seropedicae (SMR1), combinations of these strains (SMR1+ABV5, SMR1+ABV6, SMR1+HM53, SMR1+SFO, SMR1+IC26) and the control treatment without inoculation, forming a completely randomized design in a factorial 3 x 12 for each experiment (culture). Inoculation affects seed germination and early growth of seedlings of wheat and corn, with obvious benefits of joint inoculation of strains of A. brasilense and H. seropedicae. Keywords: diazotrophic bacteria, root dry matter, inoculation. __________________________________________________________________________________________ ____ 1 Instituto Agronômico do Paraná. Rodovia BR 158, km 5.517 SR, Bom Retiro. CEP: 85501-970 - Pato Branco, PR – Brasil. E-mail: [email protected]. Autor para correspondência. Recebido em: 29/07/2011 Aceito em: 03/12/2013 Gl. Sci Technol, Rio Verde, v. 06, n. 03, p. 190-201, dez. 2013. 191 INTRODUÇÃO Diversos gêneros e espécies de bactérias diazotróficas ou fixadoras de nitrogênio têm sido encontrados em associação com cereais e gramíneas de interesse econômico, sendo aquelas pertencentes aos gêneros Azospirillum e Herbaspirillum as mais estudadas, atuando principalmente como organismos promotores do crescimento vegetal (BASHAN & DE-BASHAN, 2005; OLIVARES et al., 1996). Em milho e trigo, autores relatam efeito de promoção do crescimento através da inoculação de A. brasilense e H. seropediceae (DALLA SANTA et al., 2004; ROESCH et al., 2005). Segundo Peoples et al. (1995), tal efeito estimulatório observado no crescimento de plantas ocorre em função da capacidade, por parte das bactérias, de colonizar as raízes, e ainda tecidos internos do vegetal como no caso do Herbaspirillum, sem causar sintomas de doenças. Os efeitos positivos desta interação entre plantas e bactérias estão relacionados com o aumento da superfície de absorção das raízes, aumento na formação de pelos radiculares, assim como de raízes secundárias, produção de fitohormônios (auxinas, giberelinas e citocininas), solubilização de fosfatos, além da fixação biológica de nitrogênio (RADWAN et al., 2004; GRAY & SMITH, 2005). Durante o desenvolvimento de uma planta, as fases iniciais são consideradas cruciais, uma vez que, entre a germinação da semente e o estabelecimento da plântula, ocorrem as maiores taxas de mortalidade. Dessa forma, plântulas vigorosas podem competir mais eficientemente, principalmente em condições de estresse por luz, nutrientes e água, influenciando no estabelecimento da população e na produção de grãos (FAROOQ et al., 2006). A taxa de germinação e o vigor das plântulas dependem tanto de fatores genéticos inerentes à semente, quanto de práticas culturais que podem alterá-las (SCHLINDWEIN et al., 2008). Dentre as práticas culturais, a inoculação com microrganismos benéficos tem se mostrado uma alternativa viável, devido ao baixo custo e conservação ambiental, fatores essenciais para o estabelecimento de sistemas agrícolas sustentáveis. Os benefícios da inoculação com microrganismos em sementes podem ser indiretos, por meio da supressão de patógenos (SOTTERO et al., 2006), por exemplo, ou diretos, por meio do aumento da absorção de nutrientes ou de alterações no balanço hormonal da planta (AHMAD et al., 2005). No entanto, a seleção de estirpes é, também, um fator chave para o sucesso da inoculação com bactérias promotoras do crescimento em gramíneas, pois ainda que não tenha sido claramente evidenciada especificidade entre as plantas e as bactérias, havendo relatos indicando alguma afinidade entre estirpes de determinadas espécies com alguns híbridos ou mesmo cultivares de plantas (PENOT et al., 1992). Embora a inoculação com bactérias diazotróficas em cereais ainda não seja prática agrícola consolidada no Brasil, vários estudos têm sido realizados com o objetivo de avaliar os benefícios destes microrganismos na germinação e vigor de sementes de diversas espécies. El-Khawas e Adachi (1999), utilizando concentrações crescentes do sobrenadante de células de A. brasilense e Klebsiella pneumoniae em raízes de arroz, observaram estímulo nos parâmetros comprimento e área radicular, massa de matéria fresca e seca. Araújo et al. (2010) observaram aumento na velocidade de germinação de sementes de arroz quando inoculadas com bactérias do gênero Azospirillum, Herbaspirillum, Gl. Sci Technol, Rio Verde, v. 06, n. 03, p. 190-201, dez. 2013. Germinação de sementes... Burkholderia e Sphingomonas. Karthikeyan et al. (2007) também verificaram que a inoculação da semente de Catharanthus roseus (L.), planta conhecida como vinca-de-madagascar que tem importância medicinal, com Azospirillum e Azotobacter, isoladas da rizosfera e da raiz dessa planta, aumentou a porcentagem de germinação, assim como o vigor e o acúmulo de massa seca das plântulas crescidas em condições gnotobióticas. Considerando a capacidade que as bactérias dos gêneros Azospirillum e Herbaspirillum possuem de promover a germinação de sementes e o desenvolvimento inicial de plântulas através de mecanismos fisiológicos e bioquímicos, o presente trabalho teve como objetivo avaliar a germinação de sementes e o desenvolvimento inicial de plântulas de trigo e milho inoculadas com diferentes estirpes de A. brasilense e H. seropedicae. MATERIAL E MÉTODOS Foram conduzidos dois experimentos no Laboratório de Microbiologia e Bioquímica da Universidade Estadual do Oeste do Paraná, campus de Marechal Cândido Rondon, PR, um com sementes de trigo (Triticum aestivum L.) e, outro com sementes de milho (Zea mays), no ano de 2010. O delineamento experimental empregado em ambos os experimentos foi inteiramente casualizado em esquema fatorial 3 x 12, com quatro repetições. O primeiro fator se refere às cultivares no experimento com trigo: CD150, CD104 e CD108, e aos híbridos no experimento com milho: 30F53, 30R50 e 30F35; e o segundo fator está relacionado às estirpes das bactérias inoculadas nas sementes: sem inoculação; ABV5, ABV6, HM53, SFO e IC26 (estirpes de Azospirillum brasilense); SMR1 (estirpe de Herbaspirillum seropedicae); e mistura das estirpes: SMR1+ABV5, SMR1+ABV6, 192 SMR1+HM53, SMR1+SFO, SMR1+IC26, totalizando doze tratamentos. As sementes foram inoculadas a partir de uma solução de bactérias pura fornecida pela Universidade Federal do Paraná na concentração de 1x109, de acordo com dados fornecidos por esta instituição. As sementes de trigo e de milho foram obtidas diretamente da unidade de produção antes que fossem submetidas ao tratamento de sementes, sendo separadas em béqueres, conforme os tratamentos. A inoculação foi realizada em câmara de fluxo, seguindo-se a proporção de 1 mL do inoculante para cada 1000 sementes, sendo o inoculante distribuído sobre as sementes com auxílio de uma pipeta automática, posteriormente as sementes foram agitadas, no interior do béquer, visando uniformizar o contato entre o inoculante e as sementes. Para tratamento controle as sementes não foram submetidas a nenhum tratamento prétestes. Após estabelecido o tratamento das sementes com os diferentes inoculantes, foram realizadas as seguintes avaliações: teste de germinação, teste de primeira contagem (porcentagem de plântulas normais) e parâmetros biométricos (número de raízes, massa de matéria seca de parte aérea e de raiz). O ensaio de germinação foi conduzido conforme a Regra de Análise de Sementes (BRASIL, 2009), sendo utilizadas 50 sementes por repetição, distribuídas sob três folhas de papel “Germitest” previamente autoclavados e umedecidos, a quantidade de água para embebição foi de 2,5 vezes o peso seco do substrato. As amostras foram mantidas em câmaras de germinação com temperaturas de 25ºC (milho) e 20ºC (trigo) constantes e ausência de luz. As contagens de plântulas normais foram realizadas no 4º e no 8º dia após a semeadura. O teste de primeira contagem foi realizado conjuntamente com o teste de germinação, para tanto se considerou a porcentagem de plântulas normais obtidas Gl. Sci Technol, Rio Verde, v. 06, n. 03, p. 190-201, dez. 2013. 193 no 4º dia após a instalação do teste, para ambos os experimentos. Após o término do ensaio de germinação, ao 8° dias após instalação do teste, tanto para o trigo quanto para o milho, 10 plântulas normais foram selecionadas ao acaso para avaliação do número de raízes e massa de matéria seca de parte aérea e de raiz, para a qual as plântulas foram seccionadas em raiz e parte aérea e, em seguida, as amostras foram colocadas em estufa a 65°C até atingir peso constante. Os dados em porcentagem foram transformados em raiz quadrada do valor + 0.5 e submetidos à análise de variância e as médias comparadas pelo teste de Tukey a 5% de probabilidade pelo programa estatístico SISVAR (FERREIRA, 2008). RESULTADOS E DISCUSSÃO Na Tabela 1, encontram-se os resultados obtidos no ensaio de germinação para o trigo, em que houve interação significativa entre as cultivares e as estirpes para as variáveis germinação, teste de primeira contagem de germinação e número de radículas. Com relação à porcentagem de germinação, analisando individualmente cada cultivar, verifica-se diferença estatística entre as estirpes apenas para as cultivares CD 150 e CD108. Para a cultivar CD 150, as estirpes que proporcionaram maior porcentagem de germinação foram ABV5, ABV6, SMR1+SFO e SMR1+IC26, enquanto que, para a cultivar CD 108, apenas SMR1+ABV6 mostrou-se inferior aos demais tratamentos. Ramamoorthy et al. (2000) também observaram aumento da taxa de germinação de sementes de dois lotes de arroz com diferentes níveis de vigor inoculadas com A. lipoferum e A. brasilense, aos 14 dias da instalação, embora isso não tenha se refletido na produção de grãos. Considerando-se apenas as estirpes e combinações estudadas, observa-se que a cultivar CD 104 apresentou maior porcentagem de germinação quando comparada às demais cultivares para a maioria dos tratamentos. A maior porcentagem de germinação observada para os tratamentos com inoculação de estirpes, isoladas ou combinadas, confirma o efeito de promoção da germinação exercido pelas bactérias diazotróficas, sendo tal efeito frequentemente associado à produção de fitohormônios por parte desses microrganismos. Segundo Barazani e Friedman (1999) diversos estudos têm indicado que a maioria das bactérias isoladas da rizosfera de plantas são produtoras de fitohormônios. Para estirpes de Azospirillum, o principal hormônio produzido é uma auxina, o ácido 3indolacético (AIA), além de outros compostos indólicos (CROZIER et al., 1988). Foi também verificada em Azospirillum a produção de citoquininas (CACCIARI et al., 1989) e giberelinas (BOTTINI et al., 1989). Quanto ao gênero Herbaspirillum, de acordo com Bastián et al. (1998), foram observadas a presença de AIA e de giberelinas A1 e A3 em culturas de H. seropedicae. Segundo Raven et al. (2001), a produção e atuação desses fitohormônios são essenciais na coordenação de diferentes aspectos da fisiologia de plantas, como germinação de sementes e formação de raízes. Para o teste de primeira contagem, considerando-se as cultivares, todas apresentaram influência dos diferentes tratamentos a que foram submetidas. Considerando-se as três cultivares avaliadas, observou-se para a estirpe HM53 como os melhores resultados, e para os tratamentos testemunha e SMR1+IC26 resultados inferiores. Quanto às estirpes é possível verificar maior porcentagem de plântulas normais em primeira contagem para a cultivar CD 108 e menor porcentagem para a cultivar CD 104. O teste da primeira traz uma ideia a respeito do vigor das sementes, porém, isoladamente não permite constatações seguras a respeito do vigor das sementes. Araújo et al. (2010) apesar de relatarem Gl. Sci Technol, Rio Verde, v. 06, n. 03, p. 190-201, dez. 2013. 194 Germinação de sementes... aumento da germinação de sementes de arroz inoculadas com H. seropedicae, não constataram efeito da inoculação com bactérias diazotróficas no vigor das sementes. Quanto ao número de raízes, considerando apenas as cultivares, houve efeito das estirpes para as cultivares CD 104 e CD 150, sendo os melhores resultados observados para as estirpes SFO, IC26, SMR1, SMR1+ABV5 e SMR1+IC26. Com relação às estirpes, é possível inferir que, de uma forma geral, a cultivar CD 104 apresentou resposta superior para esta variável enquanto CD 108 apresentou resposta inferior. O efeito da inoculação das sementes verificado pelo incremento do número de radículas também pode estar associado à promoção do desenvolvimento inicial das plântulas promovido por bactérias diazotróficas, conforme relatado em diversos estudos. Radwan et al. (2004) verificaram que a inoculação de bactérias diazotróficas estimulou o desenvolvimento das raízes de plântulas, pois tal prática resultou na formação de raízes com maior número de pelos radiculares em plântulas de trigo. Para eles, o alongamento radicular, em todos os casos, estava diretamente relacionado à produção de AIA, sendo possível utilizar este parâmetro como um bioensaio para quantificar a produção desta auxina. Outros autores também verificaram que a inoculação de Azospirillum como a aplicação de hormônios induzem a proliferação de raízes laterais e pelos radiculares, sendo comprovado que células de raízes são mais sensíveis à adição de auxina que células de parte aérea (GLICK, 1995) . Tabela 1. Porcentagem de germinação, porcentagem de plântulas normais no teste de primeira contagem de germinação e número de radículas de lotes de sementes de cultivares de trigo inoculadas com estirpes das bactérias A. brasilense e H. seropedicae Germinação Teste de 1º Contagem Nº de radículas1 CD 150 CD 104 CD 108 CD 150 CD 104 CD 108 CD 150 CD 104 CD 108 Estirpes Testemunha 78 Bb 94 Aa 93 Aa 30 Bb 48 Ba 48 Ba 5 Aa 4 Ba 5 Aa ABV5 86 Aa 90 Aa 82 Ab 48 Ab 62 Aa 42 Bb 5 Aa 4 Ba 4 Aa ABV6 76 Ab 82 Aa 81 Ab 50 Aa 49 Ba 56 Aa 4 Bb 5 Aa 4 Ab HM53 75 Bb 90 Aa 89 Aa 42 Ab 66 Aa 56 Aa 4 Bab 5 Ba 4 Ab SFO 83 Ba 93 Aa 92 Aa 50 Ab 49 Bb 62 Aa 5 Aab 5 Aa 4 Ab IC26 74 Bb 88 Aa 88 Aa 36 Bb 38 Cb 70 Aa 5 Aab 5 Aa 4 Ab SMR1 81 Ba 91 Aa 91 Aa 37 Bb 30 Db 61 Aa 5 Aa 5 Aa 4 Ab SMR1+ABV5 80 Ba 91 Aa 91 Aa 44 Aa 48 Ba 47 Ba 5 Aa 5 Aa 4 Aa SMR1+ABV6 85 Ba 94 Aa 78 Bb 52 Aa 30 Db 57 Aa 4 Bb 5 Aa 4 Ab SMR1+HM53 77 Bb 88 Aa 92 Aa 30 Bb 32 Db 66 Aa 5 Aa 4 Ba 4 Aa SMR1+SFO 85 Aa 92 Aa 88 Aa 54 Aa 41 Cb 61 Aa 4 Bb 5 Aa 4 Aab SMR1+IC26 86 Aa 88 Aa 88 Aa 26 Bb 40 Ca 48 Ba 5 Aa 5 Aa 4 Aa Valor de F Cultivar (C) 53,69** 53,08** 25,89** Estirpe (E) 3,99** 6,33** 1,75 CxE 3,22** 7,8** 2,58** 2 C.V. (%) 1,72 3,82 7,34 Médias seguidas da mesma letra maiúscula, em cada coluna, e minúscula em cada linha, não diferem entre si, pelo teste Scott-Knott, a 5% de probabilidade. 1Médias originais obtidas de 10 plântulas normais. 2 Coeficiente de variação transformado: raiz (x + 0.5). Gl. Sci Technol, Rio Verde, v. 06, n. 03, p. 190-201, dez. 2013. 195 Na tabela 2, estão apresentados os resultados obtidos no ensaio de geminação para o milho, em que se observa interação significativa entre os fatores estirpes e híbrido para as variáveis porcentagem de germinação, teste de primeira contagem de germinação e número de radículas. Com relação à germinação das sementes de milho nota-se que, em geral, os híbridos 30F53 e 30R50 apresentaram as maiores porcentagens de germinação, não apresentando diferença estatística entre os tratamentos a que foram submetidos. Para o híbrido 30F35 observou-se melhor resposta à germinação quando as sementes foram inoculadas com as estirpes HM53, IC26, SMR1 e SMR1+ABV5. Conceição et al. (2008), ao contrário dos resultados obtidos neste estudo, não constataram efeito da inoculação com H. seropediceae na germinação de sementes de milho recobertas, contudo, observaram aumento no desenvolvimento da parte aérea sem promover aumento da massa de matéria seca. Para o teste de primeira contagem de germinação observou-se diferença entre as estirpes para os híbridos 30F53 e 30F35. Para o três híbridos avaliados, as maiores porcentagens de plântulas normais obtidas no teste de primeira contagem foram constatadas para ABV6, SMR1+ABV5 e SMR1+ABV6. Com relação às estirpes, nota-se que para a maior parte dos tratamentos o híbrido 30R50 apresentou resposta superior ao híbrido 30F35. Tabela 2. Porcentagem de germinação, porcentagem de plântulas normais no teste de primeira contagem de germinação e número de radículas de lotes de sementes de milho híbrido inoculadas com estirpes das bactérias A. brasilense e H. seropedicae Estirpes Testemunha ABV5 ABV6 HM53 SFO IC26 SMR1 SMR1+ABV5 SMR1+ABV6 SMR1+HM53 SMR1+SFO SMR1+IC26 Cultivar (C) Estirpe (E) CxE C.V. (%)2 Germinação 30F53 30R50 30F35 98 Aa 100 Aa 90 Bb 98 Aa 100 Aa 90 Bb 98 Aa 98 Aa 90 Bb 96 Ab 100 Aa 94 Ab 98 Aa 100 Aa 89 Bb 98 Aa 100 Aa 95 Aa 98 Aa 100 Aa 98 Aa 100 Aa 98 Aa 98 Aa 96 Aa 99 Aa 89 Bb 96 Aa 100 Aa 88 Bb 98 Aa 99 Aa 89 Bb 100 Aa 100 Aa 90 Bb 55,23** 4,04** 3,24** 2,57 1º Contagem 30F53 30R50 30F35 88 Bb 98 Aa 88 Bb 96 Aa 94 Aa 86 Bb 94 Aa 92 Aa 90 Aa 94 Aa 98 Aa 86 Bb 89 Ba 94 Aa 88 Ba 90 Bb 100 Aa 83 Bb 94 Aa 99 Aa 96 Aa 93 Aa 97 Aa 94 Aa 94 Aa 94 Aa 86 Bb 84 Bb 96 Aa 78 Bc 93 Aa 96 Aa 86 Bb 94 Aa 92 Aa 87 Ba Valor de F 4,03** 49,37** 2,19** 5,16 Nº de radículas1 30F53 30R50 30F35 53 Aa 54 Ba 45 Ab 52 Aa 53 Ba 48 Ab 52 Aa 49 Bb 46 Ab 51 Aa 53 Ba 48 Ab 53 Aa 52 Ba 44 Ab 53 Aa 54 Ba 46 Ab 56 Aa 50 Bb 48 Ab 51 Aa 51 Ba 48 Aa 53 Aa 50 Ba 48 Aa 56 Aa 54 Ba 42 Ab 52 Aa 53 Ba 47 Ab 52 Ab 60 Aa 48 Ac 25,89** 1,75 2,58** 5,67 Médias seguidas da mesma letra maiúscula, em cada coluna, e minúscula em cada linha, não diferem entre si, pelo teste Scott-Knott, a 5% de probabilidade. 1 Médias originais obtidas de 10 plântulas normais. 2 Coeficiente de variação transformado: raiz (x + 0.5). Para o número de raízes observa-se que para os híbridos 30F53 e 30F35 não houve diferença significativa entre os tratamentos avaliados, já para o híbrido 30R50 o melhor resultado foi encontrado com a inoculação das estirpes Gl. Sci Technol, Rio Verde, v. 06, n. 03, p. 190-201, dez. 2013. 197 SMR1+IC26. O híbrido 30F35 apresentou número de raízes inferior para a maioria dos tratamentos. Apesar da desuniformidade de respostas em função dos tratamentos avaliados, é possível observar que há influência da inoculação com determinadas estirpes sobre a germinação e desenvolvimento inicial das plântulas, resultando em alguns casos em resposta superior ao tratamento sem inoculação. De uma forma geral, para as sementes de trigo, a inoculação com SMR1+IC26 apresentou benefícios, enquanto para as sementes de milho, a inoculação com SMR1+ABV5 proporcionou respostas satisfatórias. Houve interação significativa entre estirpes e cultivares para a massa de matéria seca de raiz das plântulas de trigo (Tabela 3). A cultivar CD 150 apresentou maior acúmulo de massa seca de raiz quando inoculada com as estirpes ABV5, SMR1+HM53 e SMR1+IC26, superando a testemunha. A cultivar CD 104 obteve melhor resposta com a inoculação das estirpes SFO, SMR1, SMR1+ABV5 e SMR1+SFO. Já para a cultivar CD 108 a testemunha sem inoculação superou os demais tratamento com maior acúmulo de massa seca de raiz. Quanto às estirpes, a cultivar CD 108 foi superior para o tratamento testemunha, enquanto CD 150 foi superior para ABV5 e SMR1+HM53. O incremento em biomassa observado para os materiais submetidos à inoculação confirmam o efeito de promoção do crescimento vegetal produzido pelas bactérias diazotróficas. Durante o estágio inicial de desenvolvimento, a inoculação de sementes com A. brasilense pode promover incrementos na biomassa de plântulas, o que está relacionado ao desenvolvimento diferencial do embrião induzido pelos reguladores de crescimento produzidos pela bactéria, que penetram no tegumento da semente junto com a água durante o processo de embebição, acelerando o crescimento da radícula e potencializando sua capacidade de absorção (CASSÁN et al., 2009). Além das mudanças induzidas pela bactéria na relação parte aérea/raiz e da capacidade comprovada experimentalmente em aumentar a absorção de água e nutrientes pela planta, pode ocorrer uma contribuição por parte da bactéria, através de um mecanismo ainda desconhecido, na partição de compostos de carbono dentro da planta (BASHAN & DUBROVSKY, 1996). Silva et al. (2004) observaram aumento na superfície das raízes de trigo e cevada inoculadas com A. brasilense, sendo tal incremento explicado pelas raízes secundárias das plantas que se apresentaram em menor número mas com maior superfície de contato. Esta melhor distribuição espacial das raízes resulta, consequentemente, em melhor aproveitamento de nutrientes e água, pois a absorção é maior, permitindo assim à cultura alcançar melhor potencial de produção (ROSOLEM et al., 1999). Estudos apontam a capacidade de produção de AIA por bactérias dos gêneros Azospirillum e Herbaspirillum (MOREIRA et al., 2010; PEDRINHO et al., 2010) considerada responsável pelo aparecimento de respostas típicas da produção bacteriana de AIA como incremento do volume e peso radicular observados em plantas inoculadas, (DOBBELAERE et al., 1999; KUSS et al., 2007). Ainda na tabela 3 observa-se que a massa de matéria seca da parte aérea não apresentou diferença estatística para os fatores avaliados, tanto isolados quanto em conjunto. Resultados contrários foram obtidos por Roesch et al. (2005), que observaram que a reinoculação de bactérias diazotróficas estimulou o acúmulo de matéria seca da parte aérea de plântulas de trigo, mas não influenciou no acúmulo de matéria seca das raízes. Para Radwan et al. (2004), tanto a inoculação com A. brasilense quanto com H. seropedicae estimularam o acúmulo na massa de raiz e da parte aérea de plântulas de trigo. Gl. Sci Technol, Rio Verde, v. 06, n. 03, p. 190-201, dez. 2013. 197 Tabela 3. Massa de matéria seca de raiz e parte aérea de plântulas de trigo inoculadas com estirpes da bactéria A. brasilense e H. seropedicae Estirpes Testemunha ABV5 ABV6 HM53 SFO IC26 SMR1 SMR1+ABV5 SMR1+ABV6 SMR1+HM53 SMR1+SFO SMR1+IC26 Cultivar (C) Estirpe (E) CxE C.V. (%) CD 150 5,1 Bb 5,9 Aa 4,9 Ba 4,9 Ba 5,5 Ba 4,6 Bab 5,5 Ba 5,0 Bab 5,0 Ba 6,3 Aa 5,6 Ba 6,9 Aa Raiz CD 104 5,0 Bb 4,1 Bb 5,0 Ba 4,0 Ba 6,2 Aa 5,3 Ba 5,9 Aa 5,8 Aa 5,1 Ba 4,5 Bb 6,2 Aa 5,0 Bb Matéria seca (mg plântula-1) Parte aérea CD 108 CD 150 CD 104 6,6 Aa 5,9 5,9 4,5 Cb 5,7 5,0 5,1 Ba 5,3 6,0 4,1 Ca 5,7 5,0 5,5 Ba 5,9 6,2 3,5 Cb 4,8 6,2 4,9 Ca 5,3 6,0 4,2 Cb 6,0 6,1 4,2 Ca 4,7 6,3 4,2 Cb 5,8 5,6 4,1 Cb 5,9 6,0 5,7 Bab 5,4 6,1 10,98** 4,89** 3,71** 14,79 CD 108 5,9 6,6 7,1 7,0 5,6 5,5 5,9 5,7 6,5 5,4 5,8 5,7 1,69** 0,86 1,09** 35,88 Médias seguidas da mesma letra maiúscula, em cada coluna, e minúscula em cada linha, não diferem entre si, pelo teste Scott-Knott, a 5% de probabilidade. Com relação à massa de matéria seca de raiz e de parte aérea de milho observa-se interação significativa entre os fatores estirpes e híbridos (Tabela 4). Para massa de matéria seca de raiz os híbridos 30F53 e 30R50 superaram o híbrido 30F35, que apresentou, isoladamente, diferença significativa entre as estirpes inoculadas, destacando-se as estirpes ABV5, ABV6, HM53, SMR1, SMR1+ABV5 e SMR1+SFO que superaram inclusive a testemunha. Para a massa seca de parte aérea o híbrido 30F35 superou os demais híbridos para todos os tratamentos. Não houve diferença estatística entre as estirpes inoculadas no híbrido 30R50, enquanto para o híbrido 30F53 se destacaram ABV6, SFO, SMR1+SFO e SMR1+IC26. Já para 30F35 as estirpes ABV5, HM53, SFO, SMR1+ABV5 e SMR1+ABV6 resultaram em maior acúmulo de massa de parte aérea. Conceição et al. (2008) relatam que a inoculação da bactéria H. seropediceae estimulou o desenvolvimento da parte aérea das plantas, sem promover aumento da massa de matéria seca da parte aérea, provavelmente devido à ação das bactérias sobre o alongamento celular, pela turgescência vacuolar. Já Marques Júnior (2006) observou incremento de 79% no desenvolvimento de plântulas de milho germinadas em papel germitest e expostas, durante cinco dias a solução com bactérias diazotróficas. Para as avaliações de biomassa de plântulas (massa seca de raiz e parte aérea), observando-se os resultados obtidos neste estudo, é notável a tendência de obtenção de resultados superiores, tanto Gl. Sci Technol, Rio Verde, v. 06, n. 03, p. 190-201, dez. 2013. Germinação de sementes... para o trigo quanto para o milho, com a inoculação combinada da estirpe SMR1 de H. seropedicae com as demais estirpes de A. brasilense. Esta evidência remete à possibilidade de uma espécie complementar a outra na promoção do 198 desenvolvimento inicial das plântulas, havendo benefícios da inoculação conjunta de estirpes. A continuidade dos estudos a respeito da seleção de estirpes incluindo testes relativos à produção de fitohormônios deve ser considerada. Tabela 4. Massa de matéria seca de raiz e parte aérea de plântulas de milho inoculadas com estirpes da bactéria A. brasilense e H. seropedicae Matéria seca (mg plântula-1) Estirpes Testemunha ABV5 ABV6 HM53 SFO IC26 SMR1 SMR1+ABV5 SMR1+ABV6 SMR1+HM53 SMR1+SFO SMR1+IC26 Cultivar (C) Estirpe (E) CxE C.V. (%) 30F53 32,7 Aa 33,4 Aa 36,1 Aa 34,5 Aa 32,9 Aa 34,2 Aa 31,1 Aa 34,0 Aa 32,8 Aa 37,1 Aa 33,7 Aa 35,6 Aa Raiz 30R50 33,2 Aa 36,8 Aa 28,9 Ab 33,8 Aa 34,6 Aa 30,9 Aa 33,0 Aa 31,2 Aa 28,8 Aa 33,8 Aa 31,8 Aa 30,0 Ab 13,67** 2,97** 3,24** 11,45 30F35 13,7 Bb 16,3 Ab 15,4 Ac 15,1 Ab 11,1 Bb 11,6 Bb 15,2 Ab 16,1 Ab 12,9 Bb 12,6 Bb 19,1 Ab 13,7 Bc 30F53 15,9 Bc 15,8 Bc 17,0 Ab 15,8 Bb 17,6 Ab 14,9 Bc 15,7 Bb 14,4 Bc 13,4 Bc 12,8 Bc 20,1 Ab 17,0 Ab Parte aérea 30R50 21,8 Ab 19,3 Ab 17,6 Ab 18,0 Ab 20,5 Ab 20,7 Ab 19,0 Ab 20,0 Ab 19,1 Ab 18,1 Ab 17,2 Ab 17,2 Ab 30F35 33,1 Ba 35,2 Aa 32,9 Ba 33,9 Aa 34,6 Aa 32,2 Ba 29,6 Ba 35,5 Aa 36,7 Aa 31,3 Ba 31,6 Ba 31,8 Ba 7,83** 4,76** 6,341,09** 10,97 Médias seguidas da mesma letra maiúscula, em cada coluna, e minúscula em cada linha, não diferem entre si, pelo teste Scott-Knott, a 5% de probabilidade. Gl. Sci Technol, Rio Verde, v. 06, n. 03, p. 190-201, dez. 2013. 199 CONCLUSÕES A inoculação influencia de forma variável a germinação de sementes e o desenvolvimento inicial de plântulas de trigo e milho, dificultando a indicação das melhores estirpes para cada material estudado. São notáveis os benefícios da inoculação conjunta de estirpes de A. brasilense e H. seropedicae no desenvolvimento inicial das plântulas de trigo e milho, principalmente para as combinações de SMR1 com ABV5, SFO, HM53 e IC26. AGRADECIMENTOS À Fundação Araucária de Apoio ao Desenvolvimento Científico e Tecnológico do Paraná, afiliada à Secretaria de Estado da Ciência, Tecnologia e Ensino Superior – SETI; CAPES/PNPD e ao CNPq/INCT pelo suporte financeiro. REFERÊNCIAS AHMAD, F.; AHMAD I.; KHAN, M.S. Indole acetic acid production by the indigenous isolates of Azotobacter and fluorescent Pseudomonas in the presence and absence of tryptophan. Turkish Journal of Biology, v.29, n.1, p.29-34, 2005. 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