11/08/13 Introdução à economia: microeconomia Prof. Salomão Neves 1 2 Conteúdo Programático ¡ 2ª Avaliação ¡ A teoria do consumidor ¡ Restrição orçamentária ¡ Preferências ¡ Escolha ¡ Demanda ¡ A equação de Slutsky Introdução à microeconomia – Prof. Salomão Neves 11/08/13 3 Referências ¡ VARIAN, Hal. Microeconomia: Uma abordagem moderna. 8.ed. Rio de Janeiro: Campus/Elsevier, 2012. Introdução à microeconomia – Prof. Salomão Neves 11/08/13 4 Referências ¡ PINDYCK, Robert S.; RUBINFELD, Daniel L. Microeconomia. 7. ed. São Paulo: Pearson 2010. Introdução à microeconomia – Prof. Salomão Neves 11/08/13 5 Referências ¡ PINDYCK, Robert S.; RUBINFELD, Daniel L. Microeconomia. 6. ed. São Paulo: Pearson 2010. Introdução à microeconomia – Prof. Salomão Neves 11/08/13 6 A teoria do consumidor O excedente do consumidor Introdução à microeconomia – Prof. Salomão Neves 11/08/13 7 Referências ¡ PINDYCK, Robert S.; RUBINFELD, Daniel L. Microeconomia. 6. ed. São Paulo: Pearson 2010. ¡ Ver capítulo 4 Introdução à microeconomia – Prof. Salomão Neves 11/08/13 8 Excedente do consumidor ¡ É a diferença entre: ¡ O preço que um consumidor estaria disposto a pagar por uma mercadoria; e ¡ O preço efetivamente pago pela mercadoria. Introdução à microeconomia – Prof. Salomão Neves 11/08/13 9 Excedente do consumidor 20 Preço (dólares por ingresso) 19 18 17 16 15 14 13 0 O excedente do consumidor associado ao consumo de 6 ingressos é dado pela soma do excedente obtido do consumo de cada ingresso. Excedente do consumidor 6 + 5 + 4 + 3 + 2 + 1 = 21 1 2 Introdução à microeconomia – Prof. Salomão Neves 3 4 5 6 Preço de mercado Ingressos para um show de rock 11/08/13 10 Excedente do consumidor 20 Preço (dólares por 19 ingresso) 18 17 Excedente do 16 consumidor 15 1/2x(20 − 14)x6.500 = $19.500 14 13 Excedente do consumidor para a demanda de mercado Preço de mercado Curva da demanda Gasto efetivo 0 1 2 Introdução à microeconomia – Prof. Salomão Neves 3 4 5 6 Ingressos para um show de rock 11/08/13 11 Excedente do consumidor ¡ Possibilidades de avaliação ¡ Custos e benefícios de estruturas de mercado alternativas ¡ Políticas públicas que afetam o comportamento dos consumidores e produtores Introdução à microeconomia – Prof. Salomão Neves 11/08/13 12 Exemplo: o valor do ar puro ¡ O ar é grátis, pois as pessoas não precisam pagar para respirá-lo ¡ Lei do ar puro – aprovada nos EUA em 1963 Introdução à microeconomia – Prof. Salomão Neves 11/08/13 13 Exemplo: o valor do ar puro ¡ Será que os benefícios de tornar o ar mais puro compensariam os custos de fazê-lo? Introdução à microeconomia – Prof. Salomão Neves 11/08/13 14 Exemplo: o valor do ar puro ¡ As pessoas estão dispostas a pagar mais por residências localizadas onde o ar é puro. ¡ Dados de preços de residências em Boston e Los Angeles foram cruzados com os níveis existentes de diversos poluentes de ar. Introdução à microeconomia – Prof. Salomão Neves 11/08/13 O valor do ar puro Valor (dólares por ppcm de redução) A área sombreada representa o excedente do consumidor derivado da redução da poluição em 5 ppcm de óxido de nitrogênio, a um custo de $1.000 por ppcm reduzida. 2.000 A 1.000 0 Introdução à microeconomia – Prof. Salomão Neves 15 5 10 Redução da Poluição (ppcm de OXN) 11/08/13 16 A teoria do consumidor Restrição orçamentária Introdução à microeconomia – Prof. Salomão Neves 11/08/13 17 Referências ¡ VARIAN, Hal. Microeconomia: Uma abordagem moderna. 8.ed. Rio de Janeiro: Campus/Elsevier, 2012. ¡ Ver capítulo 2 Introdução à microeconomia – Prof. Salomão Neves 11/08/13 18 A restrição orçamentária ¡ Suponha que ¡ Haja um conjunto de bens que o consumidor possa escolher ¡ Para facilitar, vamos com apenas dois deles ¡ Dois bens geralmente bastam Introdução à microeconomia – Prof. Salomão Neves 11/08/13 19 A restrição orçamentária ¡ Representaremos a cesta de consumo do consumidor por ( x1, x2 ) Quantidade do bem 1 Introdução à microeconomia – Prof. Salomão Neves Quantidade do bem 2 11/08/13 20 A restrição orçamentária ¡ Por sua vez, os preços dos bens 1 e 2 serão representados por ( p1, p2 ) Preço do bem 1 Introdução à microeconomia – Prof. Salomão Neves Preço do bem 2 11/08/13 21 A restrição orçamentária ¡ A quantidade de dinheiro que o consumidor tem pra gastar como m ¡ Assim, a restrição orçamentária do consumidor será p1 x1 + p2 x2 ≤ m Introdução à microeconomia – Prof. Salomão Neves 11/08/13 Propriedades do conjunto orçamentário 22 ¡ A reta orçamentária é o conjunto de cestas que custam exatamente m p1 x1 + p2 x2 = m ¡ Resolvendo para x2, obtemos m p1 x2 = − x1 p2 p2 Introdução à microeconomia – Prof. Salomão Neves 11/08/13 Propriedades do conjunto orçamentário X 23 2 ¡ Formado por ¡ todas as cestas que podem ser adquiridas dentro de determinados preço e renda Conjunto orçamentário Introdução à microeconomia – Prof. Salomão Neves X1 11/08/13 24 Como a reta orçamentária X varia 2 m`/p2 ¡ Aumento da renda ¡ Deslocamento paralelo e pra fora da reta orçamentária m/p2 Retas orçamentárias Inclinação -p1/p2 Introdução à microeconomia – Prof. Salomão Neves m/p1 m`/p1 X1 11/08/13 25 Como a reta orçamentária X varia 2 m/p2 ¡ Aumento no preço ¡ Se o bem 1 encarecer, a reta orçamentária ficará mais inclinada Retas orçamentárias Inclinação -p’1/p2 Introdução à microeconomia – Prof. Salomão Neves m`/p1 Inclinação -p1/p2 m/p1 X1 11/08/13 Impostos, subsídios e racionamento 26 ¡ Imposto sobre a quantidade (específico) ¡ Imposto sobre o valor (ad valorem) Introdução à microeconomia – Prof. Salomão Neves 11/08/13 Impostos, subsídios e racionamento Impostos ¡ Sobre a quantidade Subsídios ¡ Sobre a quantidade ¡ Altera o preço do bem 1 para p1+t ¡ Altera o preço do bem 1 para p1-s ¡ Sobre o valor ¡ Altera o preço do bem 1 para (1+t)p1 ¡ Sobre o valor ¡ Altera o preço do bem 1 para (1-s)p1 Introdução à microeconomia – Prof. Salomão Neves 27 11/08/13 28 Racionamento ¡ Limitar o nível de consumo de algum bem a uma determinada quantidade Introdução à microeconomia – Prof. Salomão Neves 11/08/13 29 X2 Racionamento ¡ Se o bem 1 estiver racionado ¡ Parte do conjunto que ultrapassar a quantidade racionada será eliminada Introdução à microeconomia – Prof. Salomão Neves Reta orçamentária Conjunto Orçamentário x’1 X1 11/08/13 30 X2 Taxação excedente ¡ Se houver taxação do consumo excedente do bem 1 Reta orçamentária Inlinação = –p1/p2 Conjunto Orçamentário Introdução à microeconomia – Prof. Salomão Neves Inlinação = –(p1+t)/p2 x’1 X1 11/08/13 31 A teoria do consumidor Preferências Introdução à microeconomia – Prof. Salomão Neves 11/08/13 32 Referências ¡ VARIAN, Hal. Microeconomia: Uma abordagem moderna. 8.ed. Rio de Janeiro: Campus/Elsevier, 2012. ¡ Ver capítulo 3 Introdução à microeconomia – Prof. Salomão Neves 11/08/13 33 Referências ¡ PINDYCK, Robert S.; RUBINFELD, Daniel L. Microeconomia. 7. ed. São Paulo: Pearson 2010. ¡ Ver capítulo 3 Introdução à microeconomia – Prof. Salomão Neves 11/08/13 34 Referências ¡ PINDYCK, Robert S.; RUBINFELD, Daniel L. Microeconomia. 6. ed. São Paulo: Pearson 2010. ¡ Ver capítulo 3 Introdução à microeconomia – Prof. Salomão Neves 11/08/13 Preferências do consumidor Uma cesta de mercado pode ser preferida a outra que contenha uma combinação diferente 11/08/13 Introdução à microeconomia – Prof. Salomão Neves 35 36 Preferências do consumidor ¡ Uma cesta de mercado é um conjunto de uma ou mais mercadorias Introdução à microeconomia – Prof. Salomão Neves 11/08/13 37 Considerações iniciais Esta expressão significa... ... isto ( x1, x2 ) ( y1, y2 ) ¡ X é estritamente preferido a Y ( x1, x2 ) ( y1, y2 ) ¡ X é fracamente preferido aY ( x1, x2 ) ( y1, y2 ) ¡ X é Indiferente a Y Introdução à microeconomia – Prof. Salomão Neves 11/08/13 Pressupostos sobre preferências 38 ¡ A consistência das preferências ¡ Pressupostos do relacionamento ¡ Pressupostos fundamentais – axiomas ¡ Completa ¡ Reflexiva ¡ Transitiva Introdução à microeconomia – Prof. Salomão Neves 11/08/13 Pressupostos sobre preferências 39 ¡ 1º axioma – A preferência é completa ¡ Dada uma cesta x e uma cesta y, pressupomos que ( x1, x2 ) ( y1, y2 ) ou ( y1, y2 ) ( x1, x2 ) ¡ Ou, ainda, que o consumidor é indiferente entre as duas cestas Introdução à microeconomia – Prof. Salomão Neves 11/08/13 Pressupostos sobre preferências 40 ¡ 2º axioma – reflexividade ¡ Todas as cestas são pelo menos tão boas quanto elas mesmas ( x1, x2 ) ( x1, x2 ) Introdução à microeconomia – Prof. Salomão Neves 11/08/13 Pressupostos sobre preferências 41 ¡ 3º axioma - Transitividade ¡ Se ( x1, x2 ) ( y1, y2 ) ou ( y1, y2 ) ( z1, z2 ) ¡ Pressupomos então que ( x1, x2 ) ( z1, z2 ) Introdução à microeconomia – Prof. Salomão Neves 11/08/13 42 Cestas de mercado alternativas Cesta de Mercado Unidades de alimento Unidades de vestuário A 20 30 B 10 50 D 40 20 E 30 40 G 10 20 H 10 40 Introdução à microeconomia – Prof. Salomão Neves 11/08/13 Vestuário (unidades por semana) 50 B 40 H 43 Descrevendo preferências individuais E A 30 D G 20 10 10 20 Introdução à microeconomia – Prof. Salomão Neves 30 40 O consumidor prefere a cesta A a todas as cestas da área azul, enquanto todas as cestas da área rosa são preferidas a A. Alimento (unidades por semana) 11/08/13 Vestuário (unidades por semana) 50 40 44 B Uma curva de indiferença H E A 30 D 20 G U1 As cestas B, A, & D proporcionam a mesma satisfação • E é preferida a qualquer cesta em U1 • Cestas em U1 são preferidas aH&G 10 10 20 Introdução à microeconomia – Prof. Salomão Neves 30 40 Alimento (unidades por semana) 11/08/13 Preferências do consumidor 45 ¡ Mapas de indiferença ¡ Conjunto de curvas de indiferença (preferências) ¡ As curvas de indiferença não podem se cruzar! ¡ Isso violaria a premissa de que mais é melhor que menos Introdução à microeconomia – Prof. Salomão Neves 11/08/13 Vestuário (unidades por semana) Um mapa de indiferença 46 D B A U2 U1 U3 A cesta de mercado A é preferida a B. A cesta de mercado B é preferida a D. Alimento (unidades por semana) Introdução à microeconomia – Prof. Salomão Neves 11/08/13 Vestuário (unidades por semana) U2 Curvas de indiferença não podem se interceptar U1 A B 47 O consumidor deveria ser indiferente a A, B e D. Entretanto, B contém mais de ambas as mercadorias do que D. D Alimento (unidades por semana) Introdução à microeconomia – Prof. Salomão Neves 11/08/13 Taxa Marginal de Substituição – TMS 48 ¡ Mede a quantidade de uma mercadoria que o consumidor está disposto a desistir para obter mais da outra Introdução à microeconomia – Prof. Salomão Neves 11/08/13 Taxa Marginal de Substituição – TMS 49 ¡ É a inclinação da curva de indiferença Introdução à microeconomia – Prof. Salomão Neves 11/08/13 Vestuário (unidades por semana) 50 A 16 Observação: A quantidade de vestuário de que se abre mão para se obter uma unidade de alimento diminui de 6 para 1 14 12 -6 10 B 1 8 -4 Pergunta: Essa relação também é válida ao abrir mão de alimento para obter vestuário? D 6 1 -2 4 E G 1 -1 1 2 1 2 Introdução à microeconomia – Prof. Salomão Neves 3 4 5 Alimento (unidades por semana) 11/08/13 Vestuário (unidades por semana) A 16 TMS = 6 14 12 Taxa marginal de substituição ΔVestuário TMS = − ΔAlimentação -6 10 B 1 8 -4 TMS = 2 D 6 1 -2 4 E G 1 -1 1 2 1 2 Introdução à microeconomia – Prof. Salomão Neves 51 3 4 5 Alimento (unidades por semana) 11/08/13 52 A relação entre os bens ¡ Substitutos perfeitos ¡ A TMS é constante Introdução à microeconomia – Prof. Salomão Neves 11/08/13 Suco de maçã (copos) Substitutos perfeitos 4 53 3 2 1 0 1 Introdução à microeconomia – Prof. Salomão Neves 2 3 4 Suco de laranja (copos) 11/08/13 54 A relação entre os bens ¡ Complementares perfeitos ¡ As curvas de indiferença tem formato de ângulos retos Introdução à microeconomia – Prof. Salomão Neves 11/08/13 Sapatos esquerdos 55 4 Complementos perfeitos 3 2 1 0 1 Introdução à microeconomia – Prof. Salomão Neves 2 3 4 Sapatos direitos 11/08/13 56 A relação entre os bens ¡ Males ¡ Mercadoria de que o consumidor não gosta ¡ Caso 1 – em uma pizza, o consumidor gosta de pimentão mas não de anchova, ¡ Ele aceita ter mais do mal desde que tenha mais do bem Introdução à microeconomia – Prof. Salomão Neves 11/08/13 57 Males Anchova Aqui a anchova é um “mal” e o pimentão é um “bem” Curvas de indiferença Pimentão Introdução à microeconomia – Prof. Salomão Neves 11/08/13 58 A relação entre os bens ¡ Neutros ¡ O consumidor não se importa com ele ¡ Caso 1 – em uma pizza, o consumidor gosta de pimentão mas é neutro em relação a anchova, Introdução à microeconomia – Prof. Salomão Neves 11/08/13 59 Neutros Anchova O consumidor gosta de pimentão mas é neutro em relação à anchova Curvas de indiferença Pimentão Introdução à microeconomia – Prof. Salomão Neves 11/08/13 60 A relação entre os bens § Saciedade § Existe uma cesta melhor do que todas as outras para o consumidor Introdução à microeconomia – Prof. Salomão Neves 11/08/13 61 A relação entre os bens § Saciedade § Suponha que a cesta preferida de um consumidor é (x1,x2) Introdução à microeconomia – Prof. Salomão Neves 11/08/13 62 A relação entre os bens § Saciedade § Quanto mais o consumidor se afastar dela, pior Introdução à microeconomia – Prof. Salomão Neves 11/08/13 63 Saciedade Ponto de Saciedade X2 A cesta (x1,x2) é o pondo de saciedade ou de satisfação A C I II III B Introdução à microeconomia – Prof. Salomão Neves X1 11/08/13 Preferências bem comportadas 64 ¡ Dois pressupostos ¡ Mais é melhor ¡ Estamos falando sobre bens, não males ¡ As médias são preferidas ao extremos Introdução à microeconomia – Prof. Salomão Neves 11/08/13 Preferências monotônicas 65 X2 Cestas melhores Mais de ambos os bens é melhor; menos de ambos é pior (x1,x2) Cestas piores X1 Introdução à microeconomia – Prof. Salomão Neves 11/08/13 66 Preferências bem comportadas X2 X2 (y1,y2) X2 (y1,y2) Cesta média (y1,y2) X1 Preferências não-convexas Introdução à microeconomia – Prof. Salomão Neves Cesta média (x1,x2) (x1,x2) (x1,x2) Preferências convexas Cesta média X1 X1 Preferências côncavas 11/08/13 67 Preferências do consumidor ¡ Executivos de empresas automobilísticas devem decidir ¡ Quando introduzir novos modelos ¡ Quanto investir em diferentes atributos ¡ Exemplo: potência Vs. espaço Introdução à microeconomia – Prof. Salomão Neves 11/08/13 Espaço (pés cúbicos) Preferências por atributos de automóveis 120 68 Os proprietários do Ford Mustang estão dispostos a abrir mão de boa dose de espaço para obter potência adicional. 100 80 60 40 Preferência do consumidor (a): Alta TMS 20 50 100 150 Introdução à microeconomia – Prof. Salomão Neves 200 250 Potência (cavalos-vapor) 11/08/13 Espaço (pés cúbicos) Preferências por atributos de automóveis 120 69 Os proprietários do Ford Explorer estão dispostos a abrir mão de boa dose de potência para obter espaço adicional 100 80 60 40 Preferência do consumidor (b): Baixa TMS 20 50 100 150 Introdução à microeconomia – Prof. Salomão Neves 200 250 Potência (cavalos-vapor) 11/08/13 70 A teoria do consumidor Utilidade Introdução à microeconomia – Prof. Salomão Neves 11/08/13 71 Referências ¡ VARIAN, Hal. Microeconomia: Uma abordagem moderna. 8.ed. Rio de Janeiro: Campus/Elsevier, 2012. ¡ Ver capítulo 4 Introdução à microeconomia – Prof. Salomão Neves 11/08/13 72 Referências ¡ PINDYCK, Robert S.; RUBINFELD, Daniel L. Microeconomia. 6. ed. São Paulo: Pearson 2010. ¡ Ver capítulo 3 Introdução à microeconomia – Prof. Salomão Neves 11/08/13 73 Utilidade ¡ Número que representa o nível de satisfação que uma pessoa obtém ao consumir uma cesta de mercado Introdução à microeconomia – Prof. Salomão Neves 11/08/13 74 Utilidade Se comprar três cópias do livro de microeconomia te deixa mais feliz do que comprar uma camisa, então os livros proporcionam uma utilidade maior 11/08/13 Introdução à microeconomia – Prof. Salomão Neves 75 Utilidade ¡ Função utilidade ¡ Modo de atribuir um número a cada possível cesta de consumo ¡ Exemplo ( x1, x2 ) ( y1, y2 ) se e somente se u ( x1, x2 ) > u ( y1, y2 ) Introdução à microeconomia – Prof. Salomão Neves 11/08/13 76 Utilidade ¡ Transformação monotônica ¡ Se u(x1,x2) representa uma forma de atribuir números de utilidades às cestas (x1,x2)… ¡ …A multiplicação de u(x1,x2) por 2 (ou qualquer outro número positivo) também seria um meio válido de atribuir utilidades. Introdução à microeconomia – Prof. Salomão Neves 11/08/13 77 Utilidade ¡ Transformação monotônica ¡ A transformação monotônica é em geral representado pela função f(u) ¡ Transforma cada número u em outro número f(u), mas preserva a ordem dos números para que u1>u2. Introdução à microeconomia – Prof. Salomão Neves 11/08/13 78 Utilidade ¡ Transformação monotônica ¡ Uma transformação monotônica e uma função monotônica são, em essência, a mesma coisa. Introdução à microeconomia – Prof. Salomão Neves 11/08/13 Utilidade ordinal vs. Utilidade cardinal § Cardinal § Descreve o quanto uma cesta de mercado é preferível a outra § O tamanho da utilidade conta 11/08/13 Introdução à microeconomia – Prof. Salomão Neves 79 Utilidade ordinal vs. Utilidade cardinal § Ordinal § Coloca as cestas de mercado em ordem decrescente de preferência § Não indica o quanto uma cesta é preferível a outra 11/08/13 Introdução à microeconomia – Prof. Salomão Neves 80 Utilidade ordinal vs. Utilidade cardinal Uma pessoa pode gostar de alguém duas vezes mais do que outra pessoa? 11/08/13 Introdução à microeconomia – Prof. Salomão Neves 81 Elaboração de uma função de utilidade 82 ¡ Suponhamos que recebemos um mapa de indiferença ¡ Podemos traçar uma diagonal e rotular cada curva com a sua distância em relação a origem Introdução à microeconomia – Prof. Salomão Neves 11/08/13 Elaboração de uma função de utilidade 83 X2 Traçar uma diagonal e numerar cada curva de indiferença com a distância desde sua origem, medida ao longo da diagonal. 3 Mede a distância a partir da origem 2 1 0 Curvas de indiferença X1 Introdução à microeconomia – Prof. Salomão Neves 11/08/13 Elaborando uma função de utilidade 84 ¡ Suponha ¡ Função de utilidade para alimento (A) e vestuário (V) U ( A,V ) = A + 2V Introdução à microeconomia – Prof. Salomão Neves 11/08/13 Elaborando uma função de utilidade Função utilidade para alimento e vestuário U ( A,V ) = A + 2V Introdução à microeconomia – Prof. Salomão Neves 85 Cestas de Und. Und. mercado de A de B A 8 3 B 6 4 C 4 4 U=? 11/08/13 Elaborando uma função de utilidade Função utilidade para alimento e vestuário U ( A,V ) = A + 2V Introdução à microeconomia – Prof. Salomão Neves 86 Cestas de Und. Und. U(A,V)=A+2V mercado de A de B A 8 3 8+2(3)=14 B 6 4 6+2(4)=14 C 4 4 4+2(4)=12 11/08/13 Vestuário (unidades por semana) Suponha: U = AV Cesta de mercado U = AV C 25 = 2,5(10) A 25 = 5(5) B 25 = 10(2,5) 15 C 10 87 U3 = 100 (Preferida a U2) A 5 B U2 = 50 (Preferida a U1) U1 = 25 0 5 Introdução à microeconomia – Prof. Salomão Neves 10 15 Alimento (unidades por semana) 11/08/13 Alguns exemplos de funções de utilidade 88 ¡ Curvas de indiferença a partir da utilidade ¡ Curva de indiferença típica: conjunto de todos os x1 e x2, de modo que k = x1x2 para alguma constante k. Introdução à microeconomia – Prof. Salomão Neves 11/08/13 89 Alguns exemplos de funções de utilidade ¡ Curvas de indiferença a partir da utilidade ¡ Consideremos outro exemplo. Suponhamos que recebemos uma função de utilidade v(x1,x2) = x12x22. ¡ Como suas curvas de indiferença se parecem? v ( x1 , x2 ) = x x = ( x1 x2 ) = u ( x1 , x2 ) 2 2 1 2 Introdução à microeconomia – Prof. Salomão Neves 2 2 11/08/13 Alguns exemplos de funções de utilidade 90 ¡ Substitutos perfeitos ¡ As preferências por substitutos perfeitos podem ser representadas por uma função de utilidade da forma u ( x1 , x2 ) = ax1 + bx2 Introdução à microeconomia – Prof. Salomão Neves 11/08/13 Alguns exemplos de funções de utilidade 91 ¡ Complementares perfeitos ¡ As preferências por complementares perfeitos podem ser representadas por uma função de utilidade da forma u ( x1 , x2 ) = min {ax1 ,bx2 } Introdução à microeconomia – Prof. Salomão Neves 11/08/13 Alguns exemplos de funções de utilidade 92 ¡ Preferências Cobb-Douglas ¡ A função Cobb-Douglas tem o seguinte formato u ( x1 , x2 ) = x1c x2d ¡ Onde ¡ c e d – preferências do consumidor Introdução à microeconomia – Prof. Salomão Neves 11/08/13 Alguns exemplos de funções de utilidade § Curvas de indiferença Cobb-Douglas § Monotônicas convexas § “bem comportadas” 11/08/13 Introdução à microeconomia – Prof. Salomão Neves 93 Alguns exemplos de funções de utilidade § Curvas de indiferença Cobb-Douglas § Monotônicas convexas § “bem comportadas” 11/08/13 Introdução à microeconomia – Prof. Salomão Neves 94 95 Preferências CobbDouglas: Ex1 ¡ Extraindo o logaritmo natural da utilidade teremos v ( x1 , x2 ) = ln ( x x c d 1 2 ) = c ln x + d ln x 1 2 ¡ As curvas de indiferença dessa função terão a mesma forma que a primeira função Introdução à microeconomia – Prof. Salomão Neves 11/08/13 96 Preferências CobbDouglas: Ex2 ¡ Suponha que v ( x1 , x2 ) = x x c d 1 2 ¡ Elevando a utilidade à potência 1/(c+d), temos c c+d 1 v ( x1 , x2 ) = x Introdução à microeconomia – Prof. Salomão Neves x d c+d 2 11/08/13 Preferências CobbDouglas: Ex2 97 ¡ Definamos um novo número c a= c+d ¡ Podemos escrever agora a função de utilidade como v ( x1 , x2 ) = x x a 1−a 1 2 Introdução à microeconomia – Prof. Salomão Neves 11/08/13 Preferências Cobb-Douglas: Ex2 v ( x1 , x2 ) = x1a x1−a 2 Introdução à microeconomia – Prof. Salomão Neves 98 ¡ Isso significa que ¡ Podemos extrair a transformação monotônica da função de utilidade Cobb-Douglas, de maneira que a soma dos expoentes da função resultante seja igual a 1. 11/08/13 99 Utilidade Marginal ¡ É a satisfação adicional obtida do consumo de uma unidade adicional de uma mercadoria Introdução à microeconomia – Prof. Salomão Neves 11/08/13 100 Utilidade Marginal ¡ Princípio da utilidade marginal decrescente ¡ Na medida em que se consome mais de uma mercadoria, esta proporcionará adições cada vez menores de utilidade Introdução à microeconomia – Prof. Salomão Neves 11/08/13 101 Utilidade Marginal ¡ Utilidade marginal e curva de indiferença ¡ A utilidade adicional derivada de um aumento no consumo de uma mercadoria, alimento (A), deve compensar a perda de utilidade da diminuição no consumo da outra mercadoria, vestuário (V). Introdução à microeconomia – Prof. Salomão Neves 11/08/13 Utilidade marginal e escolha do consumidor 102 ¡ Formalmente 0 = UMgA ( ΔA ) + UMgV ( ΔV ) ¡ Reescrevendo − ( ΔV ΔA ) = UMgA UMgV Introdução à microeconomia – Prof. Salomão Neves 11/08/13 − ( ΔV ΔA ) = UMgA UMgV 103 ¡ Dado que − ( ΔV ΔA ) = TMS de V por A ¡ Temos então TMS = UMgA UMgV Introdução à microeconomia – Prof. Salomão Neves 11/08/13 Utilidade marginal e escolha • O que nos dá UMgA PA = UMgV PV • Que é o princípio da igualdade marginal Introdução à microeconomia – Prof. Salomão Neves 104 ¡ A utilidade é maximizada quando ¡ O orçamento é alocado de forma que Umg é igual para ambas as mercadorias 11/08/13 105 A teoria do consumidor Escolha Introdução à microeconomia – Prof. Salomão Neves 11/08/13 106 Referências ¡ VARIAN, Hal. Microeconomia: Uma abordagem moderna. 8.ed. Rio de Janeiro: Campus/Elsevier, 2012. ¡ Ver capítulo 5 Introdução à microeconomia – Prof. Salomão Neves 11/08/13 107 Escolha ótima ¡ Como definir? ¡ Encontrar no conjunto orçamentário a cesta que esteja na curva de indiferença mais elevada ¡ Quando ocorre? ¡ Quando a TMS for igual à razão entre os preços Introdução à microeconomia – Prof. Salomão Neves 11/08/13 Vestuário (unidades por semana) PV = $2 PA= $1 108 O ponto B não maximiza a satisfação porque a TMS (-(-10/10) = 1) é maior do que a razão entre os preços (1/2). 40 30 I = $80 B -10V Linha do orçamento 20 +10A 0 20 40 Introdução à microeconomia – Prof. Salomão Neves U1 80 Alimento (unidades por semana) 11/08/13 Vestuário (unidades por semana) PV = $2 PA= $1 109 I = $80 40 D 30 A cesta de mercado D não pode ser consumida dada a restrição orçamentária. 20 U3 Linha do orçamento 0 20 40 Introdução à microeconomia – Prof. Salomão Neves 80 Alimento (unidades por semana) 11/08/13 110 X2 Escolha ótima Situa-se onde a curva de indiferença tangencia a reta orçamentária p1 TMS = − p2 inclinação = − Δx2 = TMS Δx1 Δx2 Δx1 Curva de Indiferença X1 Introdução à microeconomia – Prof. Salomão Neves 11/08/13 Vestuário (unidades por semana) PV = $2 PA = $1 I = $80 111 No ponto A, a linha do orçamento e a curva de indiferença são tangentes, e nenhum nível mais elevado de satisfação pode ser obtido. 40 30 A 20 No ponto A: TMS =PA/PV =0,5 U2 Linha do orçamento 0 20 40 Introdução à microeconomia – Prof. Salomão Neves 80 Alimento (unidades por semana) 11/08/13 X2 112 Gostos bizarros Uma cesta de consumo ótima, em que a curva de indiferença não tem tangente X1 Introdução à microeconomia – Prof. Salomão Neves 11/08/13 Ótimo de fronteira X2 113 O consumo ótimo acarreta o consumo de zero unidades do bem 2 X1 Introdução à microeconomia – Prof. Salomão Neves 11/08/13 Mais de uma tangência X2 114 Cestas ótimas Temos aqui três tangências, mas só dois pontos ótimos Cesta não-ótima X1 Introdução à microeconomia – Prof. Salomão Neves 11/08/13 Substitutos Perfeitos X2 115 Neste caso, a escolha é um ótimo de fronteira (solução de canto) X1 Introdução à microeconomia – Prof. Salomão Neves 11/08/13 Complementares Perfeitos X2 116 As quantidades demandadas estarão sempre localizadas na diagonal X1 Introdução à microeconomia – Prof. Salomão Neves 11/08/13 Preferências côncavas 117 X2 Se você gosta de dois bens mas não juntos, gastará todo o seu dinheiro em um ou em outro Escolha não-ótima Escolha ótima X1 Introdução à microeconomia – Prof. Salomão Neves 11/08/13 118 A teoria do consumidor Demanda Introdução à microeconomia – Prof. Salomão Neves 11/08/13 119 Referências ¡ VARIAN, Hal. Microeconomia: Uma abordagem moderna. 8.ed. Rio de Janeiro: Campus/Elsevier, 2012. ¡ Ver capítulo 6 Introdução à microeconomia – Prof. Salomão Neves 11/08/13 X2 Bens normais A demanda por ambos os bens aumenta quando a renda aumenta 120 Curvas de Indiferença Escolhas ótimas Retas orçamentárias X1 Introdução à microeconomia – Prof. Salomão Neves 11/08/13 X2 Bens inferiores Neste caso, o bem 1 é um bem inferior 121 Curvas de Indiferença Escolhas ótimas Retas orçamentárias X1 Introdução à microeconomia – Prof. Salomão Neves 11/08/13 Curvas de rendaconsumo 122 ¡ Podemos unir as cestas demandas à medida em que deslocamos a reta orçamentária pra fora ¡ As curvas de renda-consumo podem ser chamadas de caminho de expansão da renda Introdução à microeconomia – Prof. Salomão Neves 11/08/13 Curva de renda-X consumo 2 123 Curva de renda-consumo A curva de rendaconsumo descreve a escolha ótima em diferentes níveis de renda e preços constantes X1 Introdução à microeconomia – Prof. Salomão Neves 11/08/13 124 Curvas de Engel ¡ É um gráfico da de demanda de um dos bens como função da renda ¡ Mantidos fixos os preços dos bens 1 e 2 ¡ Objetivo ¡ Observar como a demanda varia à medida em que a renda varia. Introdução à microeconomia – Prof. Salomão Neves 11/08/13 125 m Curva de Engel Curva de Engel Quando traçamos a escolha ótima do bem 1 contra a renda m, obtemos a curva de Engel X1 Introdução à microeconomia – Prof. Salomão Neves 11/08/13 Curva de renda-X consumo 126 2 Substitutos perfeitos Curva de renda-consumo X1 Introdução à microeconomia – Prof. Salomão Neves 11/08/13 m Curva de Engel 127 Curva de Engel Substitutos perfeitos X1 Introdução à microeconomia – Prof. Salomão Neves 11/08/13 Curva de rendaconsumo X2 Complementares perfeitos 128 Curva de renda-consumo X1 Introdução à microeconomia – Prof. Salomão Neves 11/08/13 m Curva de Engel 129 Curva de Engel Complementares perfeitos X1 Introdução à microeconomia – Prof. Salomão Neves 11/08/13 Curva de renda-X consumo 2 130 Curva de renda-consumo Cobb-Douglas X1 Introdução à microeconomia – Prof. Salomão Neves 11/08/13 Curva de renda-m consumo 131 Curva de Engel Cobb-Douglas X1 Introdução à microeconomia – Prof. Salomão Neves 11/08/13 X2 Um bem comum Em geral, a demanda por um bem aumenta quando seu preço diminui Curvas de Indiferença 132 Escolhas ótimas Retas orçamentárias X1 Introdução à microeconomia – Prof. Salomão Neves 11/08/13 Um bem de Giffen X2 133 Considere uma redução em p1 Neste caso, o bem 1 é um bem de Giffen X1 Introdução à microeconomia – Prof. Salomão Neves 11/08/13 134 Substitutos e complementares Bens substitutos ¡ Em termos de taxas de variação, o bem 1 será um substituto do bem 2 se Δx1 >0 Δp2 Introdução à microeconomia – Prof. Salomão Neves Bens complementares ¡ Em termos de taxas de variação, o bem 1 é um complemento do bem 2 se Δx1 <0 Δp2 11/08/13 Função de demanda inversa 135 ¡ Quando os bens forem consumidos em quantidades positivas, a escolha ótima deve satisfazer p1 TMS = p2 Introdução à microeconomia – Prof. Salomão Neves 11/08/13 Função de demanda inversa 136 ¡ Isso nos diz que, no nível ótimo de demanda pelo bem 1, teremos p1 = p2 TMS ¡ Logo, p1 será proporcional ao valor absoluto da TMS entre o bem 1 e o bem 2 Introdução à microeconomia – Prof. Salomão Neves 11/08/13 A curva de demanda inversa 137 p1 A curva de demanda mede: • O preço em função da quantidade • O custo da oportunidade de se obter Δx1 Curva de demanda inversa p1(x1) X1 Introdução à microeconomia – Prof. Salomão Neves 11/08/13 138 A teoria do consumidor A equação de Slutsky Introdução à microeconomia – Prof. Salomão Neves 11/08/13 139 Referências ¡ VARIAN, Hal. Microeconomia: Uma abordagem moderna. 8.ed. Rio de Janeiro: Campus/Elsevier, 2012. ¡ Ver capítulo 8 Introdução à microeconomia – Prof. Salomão Neves 11/08/13 140 O Efeito Substituição ¡ Quando o preço de um bem varia, há dois tipos de efeitos: ¡ A taxa à qual podemos trocar um bem por outro varia, e ¡ O poder aquisitivo total da renda é alterado. Introdução à microeconomia – Prof. Salomão Neves 11/08/13 141 O Efeito Substituição ¡ A variação no preço do bem 1 alterou à taxa à qual o mercado permite que se substitua o bem 2 pelo bem 1. ¡ Se, por exemplo, o bem 1 ficar mais barato ¡ Isso significa que temos de dar menos ao bem 2 para comprar o bem 1. Introdução à microeconomia – Prof. Salomão Neves 11/08/13 142 O Efeito Substituição ¡ A variação no preço do bem 1 alterou à taxa à qual o mercado permite que se substitua o bem 2 pelo bem 1. ¡ Se, por exemplo, o bem 1 ficar mais barato ¡ Ao mesmo tempo, isso significa que nossa renda monetária comprará mais do bem 1. Introdução à microeconomia – Prof. Salomão Neves 11/08/13 O Efeito Substituição O poder aquisitivo aumentou • A quantidade de dinheiro continua a mesma; mas • Cresceu a quantidade de bens que esse dinheiro pode comprar 11/08/13 Introdução à microeconomia – Prof. Salomão Neves 143 144 O Efeito Substituição ¡ O primeiro efeito – a variação na demanda devido à variação da taxa à qual os bens são trocados – é chamado efeito substituição. ¡ Já o segundo – a variação na demanda pelo aumento do poder aquisitivo – denomina-se efeito renda. Introdução à microeconomia – Prof. Salomão Neves 11/08/13 145 O Efeito substituição ¡ Ao se examinar graficamente tais efeitos, é necessário dividir o movimento do preço em duas etapas: ¡ Primeiro, deixemos que os preços relativos variem e ajustaremos a renda monetária para manter constante o poder aquisitivo; Introdução à microeconomia – Prof. Salomão Neves 11/08/13 146 O Efeito substituição ¡ Ao se examinar graficamente tais efeitos, é necessário dividir o movimento do preço em duas etapas: ¡ Depois, deixaremos que o poder aquisitivo se ajuste enquanto mantemos constante os preços relativos. Introdução à microeconomia – Prof. Salomão Neves 11/08/13 147 X2 Orçamento Original x2 Exemplo: considere êp1 Curvas de Indiferença Escolha Original Escolha Final Orçamento após o giro Orçamento Final Deslocamento Giro x1 Introdução à microeconomia – Prof. Salomão Neves X1 11/08/13 Decompondo a variação da demanda 1ª etapa - O giro • A inclinação da reta orçamentária varia enquanto o poder aquisitivo permanece constante Introdução à microeconomia – Prof. Salomão Neves 148 X2 Exemplo: considere êp1 x2 x1 X1 11/08/13 Decompondo a variação da demanda 2ª etapa - O deslocamento • A inclinação permanece constante enquanto o poder aquisitivo varia Introdução à microeconomia – Prof. Salomão Neves 149 X2 Exemplo: considere êp1 x2 x1 X1 11/08/13 150 O Efeito substituição ¡ Em quanto teremos de ajustar a renda para permitir que a antiga cesta possa ser adquirida? ¡ Considere ¡ m’ = renda suficiente para comprar a cesta original Introdução à microeconomia – Prof. Salomão Neves 11/08/13 151 O Efeito substituição ¡ Em quanto teremos de ajustar a renda para permitir que a antiga cesta possa ser adquirida? ¡ Considere ¡ m’ = renda associada à reta orçamentária girada Introdução à microeconomia – Prof. Salomão Neves 11/08/13 152 O Efeito substituição ¡ Como (x1,x2) pode ser adquirida tanto a (p1,p2,m) quanto a (p’1, p2, m’), teremos: m ' = p'1 x1 + p2 m = p1 x1 + p2 x2 Introdução à microeconomia – Prof. Salomão Neves 11/08/13 153 O Efeito substituição ¡ Substituindo a segunda equação da primeira, teremos m '− m = x1 [ p'1 − p1 ] Introdução à microeconomia – Prof. Salomão Neves 11/08/13 154 O Efeito substituição ¡ Se representarmos ¡ ∆p1 = p’1 − p1 è Variação no preço do bem 1, ¡ ∆m = m’− m èVariação na renda necessária para que a cesta original possa ser adquirida, ¡ teremos Δm = x1Δp1 Introdução à microeconomia – Prof. Salomão Neves 11/08/13 155 O Efeito substituição – EX: ¡ Suponhamos que o consumidor originalmente consuma 20 doces ao preço unitário de US$ 0,50. ¡ Se o preço do doce aumentar US$ 0,10 a unidade, quanto a renda terá de variar para permitir que a cesta anterior ainda possa ser comportada? Introdução à microeconomia – Prof. Salomão Neves 11/08/13 156 O Efeito substituição – EX: Dados Informação O que significa 20 doces x1 = 20 Preço de $0,50 p1 = 0,50 O Preço aumenta $0,10 ∆p1 = 0,60-0,50 ∆p1 = 0,10 Introdução à microeconomia – Prof. Salomão Neves Procedimento Δm = Δp1 x1 Δm = 0,10 × 20 = $2,00 ¡ Se a renda fosse mais de $2, ele ainda poderia consumir 20 doces 11/08/13 157 O Efeito substituição X2 1ª etapa - O giro • É a reta orçamentária ao novo preço, com a renda aumentada em ∆m x2 Exemplo: considere êp1 x1 Introdução à microeconomia – Prof. Salomão Neves X1 11/08/13 O Efeito substituição 158 X2 1ª etapa - O giro • Considere que • X seja a compra inicial x2 Exemplo: considere êp1 X Y • Y seja a compra ótima com a reta girada x1 Introdução à microeconomia – Prof. Salomão Neves X1 11/08/13 O Efeito substituição 159 X2 O movimento de X para Y é o efeito substituição • O consumidor substitui x2 um bem pelo outro quando o preço varia, mas o poder aquisitivo permanece como constante Exemplo: considere êp1 X Y x1 Introdução à microeconomia – Prof. Salomão Neves X1 11/08/13 160 O Efeito Substituição ¡ Mais precisamente, o efeito substituição ∆x1s, é Δx = x1 ( p'1 , m ') − x1 ( p1 , m ) s 1 Introdução à microeconomia – Prof. Salomão Neves 11/08/13 161 O Efeito substituição – EX2 ¡ Suponhamos que o consumidor tenha uma função de demanda por leite com a forma m x1 = 10 + 10 p1 Introdução à microeconomia – Prof. Salomão Neves 11/08/13 162 O Efeito substituição – EX2 ¡ Outras informações ¡ A sua renda original é de $120 por semana ¡ O preço do leite é de 10+120(10×3)=14 litros por semana Introdução à microeconomia – Prof. Salomão Neves 11/08/13 163 O Efeito substituição – EX2 ¡ Suponhamos que o preço do leite caia para $2 por litro ¡ A demanda do consumidor será 10+120/(10×2) = 16 litros de leite por semana ¡ A variação total da demanda será de +2 litros de leite por semana ¡ Como calcular o efeito substituição? Introdução à microeconomia – Prof. Salomão Neves 11/08/13 O Efeito substituição – EX2 ¡ Calculando quanto a renda terá de variar para que o novo consumo (a $2 por litro) de leite seja igual ao original Introdução à microeconomia – Prof. Salomão Neves 164 Δm = x1Δp1 Δm = 14 × ( 2 − 3) Δm = −$14 11/08/13 O Efeito substituição – EX2 ¡ Assim, o nível de renda necessário para manter constante o poder aquisitivo é Introdução à microeconomia – Prof. Salomão Neves 165 m ' = m + Δm m ' = 120 − 14 m ' = 106 11/08/13 O Efeito substituição – EX2 ¡ Qual a demanda por leite desse consumidor ao novo preço ($2 por litro) a esse nível de renda? 166 m x1 ( p'1 , m ) = 10 + 10 p1 106 x1 ( 2,106 ) = 10 + 10 × 2 x1 ( 2,106 ) = 15, 3 Introdução à microeconomia – Prof. Salomão Neves 11/08/13 O Efeito substituição – EX2 ¡ Dessa forma, o efeito substituição será ¡ O efeito substituição é, às vezes, chamado de variação na demanda compensada 167 Δx1s = x1 ( p'1 , m ') − x1 ( p1 , m ) Δx = x1 ( 2,106 ) − x1 ( 3,120 ) s 1 Δx1s = 15, 3 − 14 Δx = 1, 3 s 1 Introdução à microeconomia – Prof. Salomão Neves 11/08/13 168 O Efeito renda ¡ Mais precisamente, o efeito renda, ∆xn1, é a variação da demanda do bem 1 quando variamos a renda de m’ para m e mantemos o preço do bem 1 constante no valor p’1: Δx = x1 ( p'1 , m ) − x1 ( p'1 , m ') n 1 Introdução à microeconomia – Prof. Salomão Neves 11/08/13 169 O Efeito Renda Pode diminuir ou aumentar a demanda do bem 1, dependendo de que se o bem analisado seja normal ou inferior Introdução à microeconomia – Prof. Salomão Neves 11/08/13 170 O Efeito Renda – EX1 ¡ No exemplo do leite, vimos que x1 ( p'1 , m ) = −x1 ( 2,120 ) = 16 x1 ( p'1 , m ') = −x1 ( 2,106 ) = 15, 3 Introdução à microeconomia – Prof. Salomão Neves 11/08/13 171 O Efeito Renda – EX1 ¡ O efeito renda para esse problema será, pois Δx1n = x1 ( p'1 , m ) − x1 ( p'1 , m ') Δx = x1 ( 2,120 ) − x1 ( 2,106 ) n 1 Δx1n = 16 − 15, 3 Introdução à microeconomia – Prof. Salomão Neves 11/08/13 172 O Efeito Renda – EX1 ¡ O efeito renda para esse problema será, pois Δx1n = 0, 7 ¡ Como o leite é um bem normal para esse consumidor, a demanda de leite aumenta quando a renda aumenta Introdução à microeconomia – Prof. Salomão Neves 11/08/13 173 O Efeito Renda X2 2ª etapa – O deslocamento • A renda varia x2 enquanto os preços relativos permanecem constantes Introdução à microeconomia – Prof. Salomão Neves Exemplo: considere êp1 X Y x1 X1 11/08/13 174 O Efeito Renda 2ª etapa – O deslocamento • Considere que • Y é a cesta ótima com a reta girada • Z é a cesta ótima com a reta deslocada X2 x2 Exemplo: considere êp1 X Y x1 Introdução à microeconomia – Prof. Salomão Neves Z X1 11/08/13 175 O Efeito Renda X2 O movimento de Y para Z é o efeito renda • A renda varia x2 enquanto os preços relativos permanecem constantes Exemplo: considere êp1 X Y x1 Introdução à microeconomia – Prof. Salomão Neves Z X1 11/08/13 176 X2 Curvas de Indiferença Exemplo: considere êp1 Z X Y Deslocamento Giro Efeito Substituição Efeito Renda Introdução à microeconomia – Prof. Salomão Neves X1 11/08/13 A variação total na demanda 177 ¡ A variação total na demanda, ∆x1, é a variação na demanda devida à variação no preço, mantida fixa a renda: Δx1 = x1 ( p'1 , m ) − x1 ( p1 , m ) Introdução à microeconomia – Prof. Salomão Neves 11/08/13 A variação total na demanda 178 ¡ Vimos acima como essa variação pode ser dividida em duas: o efeito substituição e o efeito renda. ¡ Em termos de simbologia definida acima, teremos Δx1 = Δx1s + Δ1n Introdução à microeconomia – Prof. Salomão Neves 11/08/13 A variação total na demanda 179 ¡ Em palavras, essa equação diz que a variação total da demanda é igual ao efeito substituição mais o efeito renda. Δx1 = Δx1s + Δ1n ¡ Essa equação é chamada de Identidade de Slutsky. Introdução à microeconomia – Prof. Salomão Neves 11/08/13 Δx1 = Δx + Δ s 1 n 1 180 ¡ Como Δx1n = x1 ( p'1 , m ) − x1 ( p'1 , m ') Δx1s = x1 ( p'1 , m ') − x1 ( p1 , m ) ¡ Temos Δx1 = ⎡⎣ x1 ( p'1 , m ') − x1 ( p1 , m ) ⎤⎦ + ⎡⎣ x1 ( p'1 , m ) − x1 ( p'1 , m ') ⎤⎦ ¡ Logo Δx1 = x1 ( p'1 , m ) − x1 ( p1 , m ) Introdução à microeconomia – Prof. Salomão Neves 11/08/13 181 X2 Curvas de Indiferença Exemplo: considere êp1 Z X Y Deslocamento Giro Efeito Substituição Efeito Renda X1 Efeito Total Introdução à microeconomia – Prof. Salomão Neves 11/08/13 Exemplos dos Efeitos Renda e Substituição 182 ¡ Complementares perfeitos ¡ Quando giramos a reta orçamentária, a escolha ótima na nova reta é idêntica a da reta anterior. ¡ Isso significa que o efeito substituição é igual a zero. Introdução à microeconomia – Prof. Salomão Neves 11/08/13 X2 183 Curvas de Indiferença Exemplo: considere êp1 Desloca mento Giro Efeito Renda = Efeito Total Introdução à microeconomia – Prof. Salomão Neves Reta Orçamentária Final X1 11/08/13 Exemplos dos Efeitos Renda e Substituição 184 ¡ Substitutos perfeitos ¡ Quando inclinamos a reta orçamentária, a cesta de demanda salta do eixo vertical para o horizontal ¡ Não há o que deslocar! A variação deve-se por inteiro ao efeito substituição Introdução à microeconomia – Prof. Salomão Neves 11/08/13 X2 185 Curvas de Indiferença Escolha Original Reta Orçamentária Final Exemplo: considere êp1 Reta Orçamentária Original Giro X1 Efeito Substituição = Efeito Total Escolha Final Introdução à microeconomia – Prof. Salomão Neves 11/08/13 186 Outro efeito substituição ¡ Efeito substituição de Hicks ¡ Mantém constante a utilidade ao invés de manter constante o poder aquisitivo ¡ Jonh R. Hicks (1904-1989) ¡ Prêmio Nobel de Economia – 1972 ¡ http://www.nobelprize.org/nobel_prizes/ economic-sciences/laureates/1972/hicksbio.html Introdução à microeconomia – Prof. Salomão Neves 11/08/13 X2 Orçamento Original 187 Curvas de Indiferença Escolha Final Escolha Original Orçamento Final Efeito Substituição Efeito Renda X1 Efeito Total Introdução à microeconomia – Prof. Salomão Neves 11/08/13 188 Hicks Vs. Slutsky Hicks Slutsky ¡ Mantém constante a utilidade ¡ Mantém constante o poder aquisitivo ¡ Fornece ao consumidor o dinheiro necessário para retornar à antiga curva de indiferença ¡ Fornece ao consumidor o dinheiro necessário para voltar ao seu nível original de consumo Introdução à microeconomia – Prof. Salomão Neves 11/08/13 Hicks Vs. Slutsky: considere êp1 X2 X2 Hicks X Slutsky X Z Introdução à microeconomia – Prof. Salomão Neves Z Y Y x1 189 X1 x1 X1 11/08/13