MICROECONOMIA TÓPICO I INTRODUÇÃO I.1) ASPECTOS

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MICROECONOMIA
TÓPICO I
I) INTRODUÇÃO
I.1) ASPECTOS GERAIS DA ECONOMIA:
A Ciência Econômica, ao contrário do que se poderia imaginar, é uma ciência social
aplicada e não uma ciência exata. Isso a torna extremamente complexa, uma vez que há que
se conviver com relações sociais, interesses individuais e políticos, questões históricas e, ao
mesmo tempo, combiná-los em relações matemáticas, estatísticas e econométricas. A
complexidade reside no fato de como ponderar o que, muitas vezes, parece imponderável e,
também na questão da interferência e, por vezes, supremacia do aspecto social sobre o
aspecto exato.
A finalidade dessa combinação de fatores objetivos e subjetivos, materiais e imateriais,
é promover o bem-estar social, administrando de maneira mais eficiente os recursos escassos
à disposição dos indivíduos. Vale ressaltar que a Ciência Econômica, antes de ser vista como
uma ciência própria, ocupava lugar de destaque como um dos ramos da Filosofia, que busca,
entre outras coisas, compreender o Homem tanto em sua dimensão mais ampla, como na
particular.
O primeiro filósofo a conceituar Economia, Aristóteles, a cunhou como “governo da
casa” ou “leis da casa” ou, ainda, “administração da casa” (economia = oikos (casa) + nomos
(normas)). Outros nomes ligados tanto à filosofia ocidental como oriental ajudaram a
desenvolver o campo da Economia, podendo ser citados Ibn Khaldun e São Tomás de Aquino,
entre outros.
Com o passar do tempo, a complexificação físico-político-econômica e o surgimento dos
estados-nações, exigiu dos governantes e administradores da coisa pública um maior cuidado
na riqueza gerada em seu território. Amplia-se, portanto, o conceito de Economia, que não se
restringe mais ao lar individual propriamente dito, mas a um lar maior, dado pelo conjunto dos
indivíduos, produtores e consumidores, e do Estado.
A Ciência Econômica ganha, então, grande importância, visto que os governos começam
a buscar formas para controlar fenômenos monetários, incrementar a produção, dinamizar o
comércio internacional, elevar a arrecadação tributária, promover o bem-estar social, buscar a
eficiência no uso dos recursos, aumentar o nível de emprego, entre outras questões.
Devido ao seu crescimento, a Economia passa a ser estudada em dois grandes ramos: a
Microeconomia e a Macroeconomia. Outros ramos derivam desses dois, como Finanças
Públicas, Economia Internacional, Economia Industrial, e tantos outros.
Enquanto a Macroeconomia trata das questões relacionadas ao que chamamos
AGREGADOS ECONÔMICOS, a Microeconomia trata do agente econômico de maneira
INDIVIDUAL. Assim, quando na Macroeconomia se estuda o consumo, na Microeconomia
estuda-se o consumidor. Quando se fala em PRODUTO na primeira, fala-se em PRODUTOR na
segunda.
Portanto, o estudo da MICROECONOMIA será centrado na atuação dos agentes
econômicos vistos de maneira individualizada.
I.2) TEORIA MICROECONÔMICA:
A Teoria Microeconomia pode ser apresentada segundo o esquema abaixo:
TEORIA DO
CONSUMIDOR
MICROECONOMIA
TEORIA DO
PRODUTOR
FIRMA
CUSTOS
Na Teoria do Consumidor procura-se identificar os fatores que levam o consumidor a realizar
seu consumo, na busca de satisfazer suas necessidades. Além disso, investiga-se como o
consumidor realiza o seu equilíbrio, em função de elementos como a renda nominal e real,
bem como a sua reação diante de diversas situações que lhe são apresentadas, como variação
nos preços, substitutibilidade de mercadorias, qualidade, etc.
Na Teoria do Produtor são investigados os pontos necessários para que o mesmo possa
maximizar sua produção, obtendo o maior lucro possível.
Dessa forma, os agentes econômicos estarão sendo estudados de maneira individual, de
acordo com suas especificidades.
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