Análise de Circuitos Acoplados Com a finalidade de mostrar os sentidos dos enrolamentos e seus efeitos sobre as tensões de inductância mútua: LM = L12 (+) a) I1 dI 2 dI + LM 1 dt dt dI dI e1 = L1 1 + LM 2 dt dt LM = L12 = L21 e2 = L2 Φ1 I2 vv11 v2 Φ2 1 LM = L12 (−) b) dI 2 dI 2 dI1 dI1 e2 = L2 − LM ⇔ e1 = L1 − LM dt dt dt dt N2 I1 v1 N1 Φ1 Φ2 I2 v2 Regra do ponto – Bobinas Acopladas. O processo de determinação da polaridade relativa das tensões de inductância mútua por considerações quanto ao núcleo e ao sentido de enrolamento não é prático !!! Para simplificar a representação de circuitos acoplados, as bobinas são marcadas com pontos. 2 Assim uma vez identificada a polaridade das bobinas por intermédio de pontos, não haverá necessidade de representar o núcleo nem o enrolamento. Procedimento: 1. Utiliza-se a regra da mão direita para determinar o fluxo estabelecido por cada uma das correntes. 2. Comparam-se os sentidos dos fluxos. Se são aditivos (no mesmo sentido) coloca-se um ponto no terminal da primeira bobina onde entra a corrente de teste (1ª bobina). Se os fluxos possuem sentidos contrários coloca-se um ponto no terminal da segunda bobina onde a corrente de teste sai. LM (+) LM (-) 3 Para determinar o sinal de tensão da inductância mútua nas equações das malhas use-se a regra dos pontos, que estabelece: 1. Quando ambas as correntes entram ou saem de um par de bobinas acopladas pelos terminais que têm pontos, os sinais dos termos em LM são iguais aos sinais dos termos em Li. Se uma das correntes entra e a outra sai, os sinais dos termos em LM são opostos aos dos termos em Li. 4 EXEMPLO: Calcule a indutância total no seguinte circuito com três bobinas em série, Nota: Lij = L ji v1, 2 = L1, 2 di di di di di di + L12 − L(1, 2)3 ; v3 = L3 − L23 − L13 dt dt dt dt dt dt 5 Corrente alternada Consideremos uma espira rectangular de área S, girando em torno de um eixo λ em um campo magnético uniforme, com velocidade angular ω, constante. O fluxo de indução, Φ, através de uma superfície da espira de área S, para uma dada posição genérica, definida pelo ângulo α no instante t, é expresso por: Φ = BS cos(ωt ) onde α=ωt. 6 Pela lei de Faraday: ωt = 1 dΦ d ( BS cos ωt ) e= = = ωBS sin ωt dt dt emax = ωBS Esta fem induzida é sinosoidal ou alternada. A sua polaridade em cada instante é determinada pela aplicação da Lei de Lenz. A causa que dá origem às variações de fluxo de indução é o movimento do quadro da espira. A fem induzida (e) faz surgir uma corrente eléctrica que procura opôr-se a esta causa. Durante meia volta do quadro, o fluxo de indução aumenta e a corrente eléctrica induzida circula num certo sentido no circuito. Durante a meia volta seguinte, o fluxo de indução diminui e a corrente eléctrica induzida circula em sentido contrário. Assim a corrente eléctrica gerada é alternada e o quadro da espira funciona como gerador de corrente alternada. 7 Transformador Transformador é um dispositivo electromagnético constituído por duas bobinas independentes, enroladas sobre um mesmo núcleo de ferro. A sua função é transformar corrente alternada de baixa tensão em corrente de alta tensão ou vice-versa. A bobina que recebe a corrente a ser transformada é denominada de enrolamento primário e, a outra boina que fornece a corrente transformada é denominada de enrolamento secundário. Alguns transformadores têm vários enrolamentos secundários, isto ocorre quando o transformador tem de fornecer diversas tensões. O circuito magnético é feito de ferro, a fim de favorecer uma eficiente transmissão de fluxo, não obstante haver pequenas perdas magnéticas, ou seja o coeficiente de acoplamento, K=1. As linhas do fluxo magnético vão ter o caminho de menor relutância magnética, neste caso o núcleo de ferro!! 8 Transformador IDEAL • Não existe dissipação de energia • Coef. de acoplamento magnético unitário (K=1) • Coef. de auto-indução, Lii infinito. Pela Lei Geral de Indução, dΦ1 v = N 1 1 dt como igual fluxo atravessa as bobinas dΦ 2 Φ1 = Φ 2 = Φ v2 = N 2 dt v1 N1 = ⇐ relação de transformação v2 N 2 Lei de Ohm aplicada a circuitos magnéticos: ℑ = ℜΦ ⇔ N1I1 + N 2 I 2 = ℜΦ caso ideal: I N ℜ m = 0 ⇔ N1I1 + N 2 I 2 = 0 ⇔ 1 = − 2 I2 N1 I v1 N1 Potência cedida = = − 2 ⇔ v1I1 = −v2 I 2 ao secundario v2 N 2 I1 Potência fornecida ao prímario di1 di2 v = L + L 1 M 1 dt dt não são válidas As equações di di v2 = LM 1 + L2 2 dt dt L quando a ligação magnética é K = M = 1. L1L2 9 v1 N1 = AS equações válidas são: v2 N 2 N1I1 + N 2 I 2 = 0 v1 v2 N1 − N1 v2 N12 = =− I1 N 2 N2I2 I 2 N 22 R1 = − R2 N12 N 22 O transformador ideal é um elemento resistivo. Se se ligar uma resistência ao enrolamento 2, a resistência no enrolamento 1 é: R1 R22 R1 = − N P2 N S2 R2 10