Discurso proferido pelo Deputado sobre: a doença de alzheimer. Discurso proferido pelo Deputado Dr. HELENO (PSDB-RJ), na sessão de de agosto de 2003. Senhor Presidente, Senhoras e Senhores Deputados, Volto, à altitude da tribuna desta Casa, para abordar um problema de saúde pública que atinge a população de idosos não só do Brasil mas de todo o mundo. Refiro-me à doença de Alzheimer, que é um mal do cérebro que afeta a memória, o raciocínio e a comunicação das pessoas. Ela é a causa mais comum de demência - um tempo geral para dificuldades progressivas da memória e outras funções mentais - necessitando, os seus portadores, de um acompanhamento também psicológico. O mal de Alzheimer é uma doença devastadora, progressiva e irreversível a todas as terapias. Estudos recentes mostram que, as causas da doença podem ter origem em fatores genéticos e metabólicos e a problemas vasculares; nesse último é observado um desenvolvimento muito mais rápido da doença. Traumas cranianos oriundos de acidentes também podem levar ao mal de Alzheimer, sendo observado, também, que ela ataca os idosos que apresentam baixo nível educacional. Quanto aos sintomas, o portador apresenta dificuldades de memória e perda de capacidades intelectuais que, nessa fase inicial podem ser sutis, passando despercebidos, tanto pela pessoa, quanto pelos seus familiares e amigos. No entanto, à medida que a doença progride, os sintomas tornam-se cada vez mais notórios e começam a interferir com o trabalho de rotina e com as atividades sociais. As dificuldades práticas como as tarefas diárias, como vestir, lavar e ir à casa de banho tornam-se gradualmente tão severas que, com o tempo a pessoa fica completamente dependente dos outros. A família será muito importante e irá influir, positivamente, no tratamento do paciente, que precisa ter uma atenção especial como a dispensada a crianças. Caso essa atenção não seja dispensada, o paciente virá apresentar as primeiras manifestações de agressividade, que irão se agravar mais ainda no futuro. A doença de Alzheimer não é infecciosa nem contagiosa. É uma doença terminal que causa uma deterioração geral da saúde. Contudo a causa de morte mais freqüente é a pneumonia, porque à medida que a doença progride o sistema imunológico deteriora-se e surge perda de peso, que aumenta o risco de infecções da garganta e dos pulmões., As estatísticas mostram que, no Brasil, a cada mil idosos, uma é portadora do mal de Alzheimer. É importante destacar que, apesar das pessoas tenderem a ficar esquecidas com 2 o passar do tempo, a maioria delas, com mais de 80 anos permanece mentalmente lúcida. Isto nos leva a deduzir que, não é o avanço da idade que aumenta a probabilidade de aumento da ocorrência da doença de Alzheimer. Contudo, provas recentes sugerem que problemas relacionados com a idade, tais como a arteriosclerose, podem ser contributos importantes. É fácil de se concluir que, como as pessoas atualmente vem vivendo mais tempo que no passado, o número de pessoas com a doença de Alzheimer e outras formas de demência vai, provavelmente, aumentar e o Governo Federal precisa estar atendo a esse problema. É preciso que sejam criados Centros de Referência dentro dos Hospitais Públicos que desenvolvam programas de detecção, prevenção e tratamento, visto que, na Europa, trabalhos recentes fizeram com que os pesquisadores chegasse à conclusão de que já é possível reduzir a porcentagem de vítimas entre 5 e 20% em pessoas compreendidas entre a faixa etária de 65 a 80 anos. Senhor Presidente, temos aí mais um desafio para o governo do Presidente Lula. Não obstante a Portaria 703 do Ministério da Saúde instituir o Programa de Assistência aos Portadores da doença de Alzheimer, e que a Portaria 249 aprove as normas para cadastramento de Centros de Referência em Assistência à Saúde do Idoso, é preciso implantarmos uma cultura 3 de detecção e prevenção visto que ficará muito mais barato que o tratamento propriamente dito. Considero a doença de Alzheimer como o mais terrível dos males, visto que destrói, a longo prazo, o cérebro de seu portador e parte o coração da família. Era o que eu tinha a dizer. Muito obrigado. 4