Química p/ Polícia Civil-TO - Perito Criminal

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Aula 00
Química p/ Polícia Civil-TO - Perito Criminal
Professor: Wagner Bertolini
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Química para Perito Criminal TO
cargo: Perito Criminal
Teoria e exercícios
Prof. WAGNER LUIZ – Aula 00
AULA 00: APRESENTAÇÃO DO CURSO
SUMÁRIO
PÁGINA
1.
Saudação e Apresentação do professor
01
2.
Breve apresentação do curso
02
3.
Cronograma das Aulas
03
4.
Algumas questões comentadas
05
5.
Aula 00: Estudo dos Compostos Orgânicos
10
6.
Questões comentadas
72
7.
Reações orgânicas
75
8.
Questões Propostas
135
1.
Saudação e apresentação do professor
Olá meus novos amigos(as),
É com grande satisfação que apresento a vocês este curso de QUÍMICA, projetado
especialmente para atender às necessidades daqueles que se preparam para o
concurso de Perito Criminal do Tocantins, organizado pela Fundação Aroeira,
da Pontifícia Universidade Católica de Goiás (PUC-GO).
Permitam-me fazer uma breve apresentação de minha trajetória acadêmica e
profissional:
-graduado pela Faculdade de Ciências Farmacêuticas pela USP-RP, em 1990;
- Mestre em síntese de complexos bioinorgânicos de Rutênio, com liberação de óxido
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nítrico, pela Faculdade de Ciências Farmacêuticas USP-RP;
- Doutor em farmacotécnica, estudando o efeito de promotores de absorção cutânea
visando à terapia fotodinâmica para o câncer de pele, Faculdade de Ciências
Farmacêuticas pela USP-RP;
- Especialista em espectrometria de massas, pela Faculdade de Química, USP-RP;
- professor de Química em ensino Médio e pré-vestibulares (Anglo, Objetivo, COC)
desde 1992.
- professor de Química (Orgânica, Geral, Analítica, Físico-Química e Inorgânica) em
cursos de graduação;
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- Professor de Química Farmacêutica, em curso de graduação em Farmácia;
- Professor de Pós-Graduação em Biotecnologia (controle de produtos e processos
biotecnológicos);
- Analista Químico em indústria farmacêutica, AKZO do Brasil, em São Paulo-SP.
- Consultor de pesquisa entre empresa-Universidade, em Ribeirão Preto, onde resido
atualmente.
Espero poder contribuir com a sua capacitação para este concurso
2.
Apresentação do curso
Seguem abaixo comentários acerca do conteúdo e da metodologia do nosso curso:

Os tópicos são de abordagem compatível com o que é cobrado pela
banca.

O curso oferece também suporte via fórum para tirar suas dúvidas em
relação à teoria e resolução de exercícios.

Existe uma grande possibilidade de que venha a gravar vídeo-aulas,
que seriam disponibilizadas para melhorar seu aprendizado. São aulas muito
direcionadas aos principais tópicos e com várias dicas e atalhos para se
resolver uma questão.

A proposta do curso é facilitar o seu trabalho e reunir toda a teoria e
inúmeros exercícios, no que tange aos assuntos do edital, em um só material.
Nosso curso será completo (teoria detalhada e muitas questões por aula).
Ao mesmo tempo não exigirá muitos conhecimentos prévios, na maioria
do curso. Portanto, se você está iniciando seus estudos em QUÍMICA, fique
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tranquilo, pois, nosso curso atenderá aos seus anseios perfeitamente. Se você
já estudou os temas, e apenas quer revisá-los, o curso também será bastante
útil, pela quantidade de exercícios que teremos e pelo rigor no tratamento da
matéria, o que lhe permitirá uma excelente revisão do conteúdo.

As aulas do curso terão entre 40 (quarenta) a 100 (cem) páginas,
aproximadamente. O número de questões em cada aula será variável, pois
alguns assuntos são rotineiramente exigidos nos concursos e outros aparecem
com menor frequência, porém, com um mínimo de 60 questões por aula.
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PRESTE SEMPRE MUITA ATENÇÃO
QUANDO APARECER A CORUJINHA.
AO LADO APARECE UMA DELAS.
Estas corujinhas serão empregadas
para chamar a sua atenção para vários
aspectos dentro do nosso curso.
OLHO NELAS!!!!!
Esperamos contribuir muito para que você consiga alcançar seu objetivo (por sinal o
objetivo de milhares de brasileiros) que á a aprovação em um concurso público.
Principalmente em se tratando de um cargo de altíssima reputação e um salário bem
polpudo, mais de R$ 9.2000,00 iniciais. Além do privilégio de se um funcionário
público. Portanto, mãos à obra e muita atenção, dedicação e sucesso!!!!
3
Cronograma do Curso
AULA
CONTEÚDO
Aula 0
Funções Orgânicas. Reações Orgânicas:
caracterização e seus mecanismos
Tabela periódica - Leis periódicas dos
elementos; grupos e períodos; classificação
dos elementos quanto à distribuição eletrônica
e quanto às propriedades físicas; determinação
de grupo e período do elemento; principais
famílias. Ligação química - ligação iônica,
covalente e metálica
Matéria e energia: Propriedades e estados
físicos da matéria; substâncias simples e
compostas; elemento químico e alotropia;
misturas heterogêneas e homogêneas; fases e
métodos de separações; transformações físicas
e químicas.
Aula 01
Aula 02
DATA
02/abr
00000000000
09/abr
16/abr
Aula 03
Aula 04
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Funções químicas: ácidos, bases, sais e óxidos
Reações Químicas . Cinética química.
Equilíbrio químico
23/abr
30/abr
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Aula 05
Aula 06
Aula 07
Aula 08
Aula 09
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Modelos Atômicos - moléculas e íons constituição do átomo; partículas atômicas;
conceitos fundamentais: números atômicos e
de massa, isótopos, estruturas eletrônicas de
átomos. Lei da Conservação da Matéria x
05/mai
Energia. Estequiometria
Gases. Propriedades dos sólidos. Soluções,
Colóides.
e
propriedades
coligativas.;
Eletroquímica.
08/mai
Energia. 20. Técnicas de laboratório químico:
noções básicas de higiene e segurança em
laboratório; identificação e aplicação de vidraria
e equipamentos de laboratório; normas de
segurança,
procedimentos de
primeiros
socorros em caso de acidentes, uso correto de
EPIs e EPCs; riscos químicos; técnicas de
pesagem; transferência e medição de volumes
de líquidos.
15/mai
Química Analítica: análise quantitativa e
qualitativa; Química Analítica: gravimetria,
volumetria de precipitação, volumetria ácidobase, volumetria de complexação e volumetria
20/mai
de óxido-redução;
Métodos
Instrumentais
de
Análise:
espectrofotometria de UV-Visível, de emissão
atômica e de absorção atômica, cromatografia.
25/mai
Provavelmente a maioria das aulas terão suas datas antecipadas. Mas, me
comprometo a cumprir as datas acima com a maior pontualidade. Ou seja: na pior
das hipóteses as aulas serão postadas nas datas acima.
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Observação importante: Este curso é protegido por direitos
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autorais (copyright), nos termos da Lei 9.610/98, que altera,
atualiza e consolida a legislação sobre direitos autorais e dá
outras providências.
Grupos de rateio e pirataria são clandestinos, violam a lei e
prejudicam os professores que elaboram os cursos. Valorize
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trabalho
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4. Algumas questões comentadas
Seguem abaixo algumas questões que selecionei e gabaritei para você.
Eu tenho boa experiência neste campo. Em 2013 fui aprovado no concurso da PCSP e neste ano de 2014 fui aprovado na prova preambular para o concurso de
Perito Criminal da PC-SP.
Vamos às questões:
01. PERITO CRIMINAL FORENSE – CEARÁ - CESPE 2012.
As principais forças intermoleculares presentes na forma líquida de metano,
fluoreto de metila e álcool metílico são, respectivamente: forças de dispersão
de London, interações dipolo-dipolo e interações íon-dipolo.
Resolução:
Os
hidrocarbonetos
são
moléculas
apolares
e
que
apresentam
forças
intermoleculares de dipolo induzido (London). No caso do H3C-F o flúor apresenta
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maior eletronegatividade e a ligação e o composto são polares, com interação do
tipo dipolo permanente. E no álcool metílico H 3C-OH são pontes de hidrogênio, pois
apresenta a ligação O-H.
Resposta Errado
02. PERITO CRIMINAL FORENSE – CEARÁ - CESPE 2012.
Considere que os pontos de ebulição (em °C) dos hidretos dos elementos O, S,
Se e Te sejam aproximadamente iguais a 100, 55, 45 e 20, respectivamente.
Nesse caso, é correto afirmar que o comportamento anômalo do H2O nessa
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série se deve às forças de dipolo-induzido, que são muito maiores que as
interações presentes nos outros compostos.
Resolução:
A molécula de água apresenta fortes interações do tipo ponte de hidrogênio,
portanto, não seria do tipo dipolo induzido (moléculas apolares) que é o tipo mais
fraco de interações.
Resposta Errado
PERITO CRIMINAL FORENSE – CEARÁ - CESPE 2012.
A
substância
química
3,4-methylenedioxymethamphetamine,
também
denominada MDMA, é a responsável por desencadear os efeitos observados
nos usuários da droga ecstasy. Uma das rotas de preparação da MDMA utiliza
a substância safrol, obtida a partir do óleo de sassafrás, conforme
representado na equação química abaixo.
Com base nessas informações, julgue os itens que se seguem
03. PERITO CRIMINAL FORENSE – CEARÁ - CESPE 2012.
Nas condições experimentais apresentadas para a conversão de MDP-2-P em
MDMA, obtém-se uma mistura racêmica.
Resolução:
O MDMA apresenta em sua estrutura um carbono quiral ( o que está ligado ao
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grupo amina, hidrogênio, metil e a cadeia à esquerda). Portanto, existirão 2
compostos oticamente ativos.
Resposta Certa
04. Perito criminal PCSP Vunesp 2014.
Considerando a constante de Faraday igual a 9,65x104 C.mol – 1e Q = i . t, o
tempo, em segundos, necessário para depositar 0,01 mol de cobre sobre um
eletrodo de carbono, partindo-se de uma solução contendo íons Cu2 + (aq) e
aplicando-se uma corrente de 0,5 A, é igual a:
(A) 5 439.
(B) 3 860.
(C) 965.
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(D) 1 930.
(E) 7 365.
Dado: M Cu = 63,5g/mol
Resolução:
Precisamos determinar a carga (Q) que é requerida para depositar esta quantidade
de cobre.
Cu2+ + 2e- ---------------------- Cu
1mol-----2mol-------------------------1mol
2x9,65x104 C--------------1mol
Q-----------------------0,01mol
Q = 2x9,65x102 C (NÃO VOU FAZER O CÁLCULO, AINDA)
Q=ixt
Onde t= tempo, em segundos
I = intensidade de corrente elétrica, em Ampères.
Substituindo os valores:
2x9,65x102 = 0,5 x t (por que não calculei antes? Porque dividir por 0,5 é equivalente a
multiplicar por 2. Logo, não preciso fazer nenhuma divisão)
t= 3860 s
Resposta: “B”
05. Perito criminal PCSP Vunesp 2014. Para determinação de cálcio em uma
amostra foi feita uma análise gravimétrica, partindo-se de uma massa inicial
de 2,50 g de CaCO3. Depois de terminada a análise, recuperou--se 95,0% da
massa original em CaCO3. A massa final de CaCO3 obtida nessa análise foi
igual a
(A) 2,38.
(B) 2,45.
(C) 2,15.
(D) 2,00.
(E) 1,95.
Resolução:
A massa recuperada é de 95%. Portanto, basta fazer uma regra de três e
determinar o valor.
2,5g ---------------100%
X--------------------95%
X= 2,375 = 2,38g
Resposta: “A”
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06. Perito criminal PCSP Vunesp 2014. Na determinação volumétrica de
ácido fosfórico em um medicamento fortificante e antianêmico, foram
anotados os seguintes dados:
– alíquota da amostra analisada = 20,0 mL;
– volume de NaOH, 0,100 mol.L – 1 gasto na titulação da amostra = 9,0 mL;
Na3PO4 + 3H2O. De acordo com os
– reação envolvida: H3PO4 + 3NaOH
dados da análise, a concentração, em
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mol.L – 1, de ácido fosfórico no medicamento é de
(A) 1,5x10 – 2
(B) 6,3x10 – 2
(C) 3,4x10 – 1
(D) 6,9x10 – 1
(E) 1,8x10 – 1
Resolução:
Trata-se de uma reação de neutralização, visando determinar a concentração do
ácido. Chamamos esta técnica de titulação. Nesta, o titulante e o titulado estarão
em mesmo numero de mol quando for atingido o ponto de equivalência.
Vamos à reação e às determinações:
Vamos determinar o numero de mol do titulante:
NaOH V= 9 mL = 0,009L
m= molaridade = 0,100 mol.L – 1
n= numero de mol (n) = ?
m = n/V, logo n= mxV =
n= 0,009x0,1= 0,0009mol.
Vamos usar este valor para determinar o numero de mol do ácido:
Na3PO4 + 3H2O
H3PO4 + 3NaOH
1mol-------3mol
x------------0,0009mol
X= 0,0003mol.
Como sabemos o numero de mol e o volume da solução do ácido, vamos
determinar a sua concentração:
m = n/V
m = 0,0003/ 0,02L = 0,015 mol/L = 1,5x10 -2 mol/L.
Resposta: “A”
07. Perito criminal PCSP Vunesp 2014. Considere as seguintes representações
para átomos:
. O número de nêutrons de cada átomo é, respectivamente,
(A) 1, 1, 2, 4.
(B) 0, 0, 0, 0.
(C) 3, 4, 6, 9.
(D) 2, 2, 3, 5.
(E) 1, 2, 3, 4.
Resolução:
Para calcular o número de nêutrons basta fazer o cálculo que relaciona prótons,
numero de massa e nêutrons: A= Z + N. logo, N= A – Z
H=> N= A – Z = 3 – 1 = 2
He => N= A – Z = 4 – 2 = 2
Li => N= A – Z = 6 – 3 = 3
Be => N= A – Z = 9 – 4 = 5
Resposta: D”
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08. Perito criminal PCSP Vunesp 2014. Unem-se por ligação tipicamente
covalente átomos dos elementos que se encontram nos seguintes grupos
da Tabela Periódica:
(A) 1 e 2.
(B) 6 e 7.
(C) 3 e 4.
(D) 2 e 17.
(E) 16 e 17.
Resolução:
As ligações covalentes típicas ocorrem quando se combinam átomos de não
metais. Logo, átomos dos grupos de maior número da tabela periódica. Dentre as
alternativas: 16 e 17.
OBS: para mim houve uma tentativa de pegadinha. Geralmente chamamos estas
famílias de 6 e 7, mas o correto é 6A (ou 16) e 7ªA (ou 17). Observe que a
alternativa B poderia ter induzido ao erro. Estas famílias são dos metais de
transição.
Resposta “E”
09. Perito criminal PCSP Vunesp 2014. A transformação de carbonato de
cálcio em óxido de cálcio pode ser representada pela equação a seguir:
A massa, em gramas, correspondente a X é igual a
(A) 88.
(B) 72.
(C) 56.
(D) 100.
(E) 144.
Resolução:
Para resolver esta questão basta aplicar a lei de Lavoisier, conservação das
massas: 100g = X + 44g
Logo, X= 56g.
Resposta: “C”
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10. Perito criminal PCSP Vunesp 2014. Um comprimido antiácido e
analgésico efervescente contém 0,325 g de ácido acetilsalicílico.
Considerando a massa molar dessa substância igual a 180 g.mol – 1, a
concentração mol.L – 1 de ácido acetilsalicílico após dissolução completa do
comprimido em meio copo d’água (cerca de 100 mL) é de, aproximadamente,
(A) 0,02.
(B) 0,06.
(C) 0,08.
(D) 0,01.
(E) 0,04.
Resolução:
Aplica-se a fórmula de molaridade: m = n/ V, onde:
m = molaridade
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n= numero de mol (calcula-se dividindo a massa do ácido presente no comprimido
pela massa molar M).
V = volume (L)
n= 0,325/180 = 0,00180mol
m = 0,00180mol/0,1L = 0,018mol/L.
o valor aproximado é 0,02 mol/L.
Resposta: “A”
Vamos à aula 00…. Bons estudos !
5. AULA 00: ESTUDO DOS COMPOSTOS ORGÂNICOS
Caros alunos:
Nesta aula trataremos de Química Orgânica. Na verdade veremos uma pequena
parcela da Química Orgânica. Veremos as principais características dos compostos
orgânicos, algumas de suas propriedades e empregos. Este assunto é muito
simples, porém, exige uma precisão quanto aos termos e classificações que serão
abordadas. Como são estruturas muitas vezes parecidas um pequeno “detalhe” faz
a diferença. O Edital não especifica as funções dos compostos orgânicos. Por isto,
estudaremos as mais comuns e mais importantes. Veremos a nomenclatura oficial e
usual, bem como as principais aplicações dos compostos.
Após, teremos as principais reações orgânicas e seus mecanismos. Tudo com
vários exercícios propostos e comentados.
Teremos alguns exercícios simples, de fácil assimilação junto à teoria. Após a
discussão teórica exercícios, comentados; exercícios propostos comentados e, para
finalizar, teremos exercícios propostos sem resolução, com respectivo gabarito.
Bons estudos!!!!!!
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A)
INTRODUÇÃO À QUIMICA ORGÂNICA
A Química Orgânica é o ramo da química que estuda o comportamento dos
compostos do carbono. Estes compostos têm aplicações extremamente variadas:
plásticos, petróleo, fibras, borracha, medicamentos, bioquímica, etc.
1.
ALGUNS EVENTOS DA HISTÓRIA DA QUÍMICA ORGÂNICA
Primeira reação orgânica: descoberta do fogo.
China antiga: materiais naturais para o tratamento das doenças.
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Antigos Egípcios: compostos orgânicos (como o índigo) para tingir tecidos.
Bíblia: fermentação da uva para produção do vinho, e fermentação do vinho para
obtenção do vinagre.
1675: Lemery - As substâncias encontradas na natureza eram divididas,
em três grandes reinos: Animal, Vegetal e Mineral. Tanto o reino vegetal como o
reino animal são constituídos por seres vivos ou orgânicos.
1769: Scheele - Conseguiu isolar compostos orgânicos de produtos
animais e vegetais:
uva
ácido tartárico
limão
leite
ácido cítrico
ácido lático
gordura
urina
glicerina
uréia
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1777: Bergman - definiu:
-Compostos orgânicos: compostos extraídos dos organismos vivos, vegetais e
animais.
-Compostos Inorgânicos: compostos extraídos do reino mineral.
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1784: Lavoisier – Verificou que a combustão de todo composto orgânico
originava sempre gás carbônico e água, com isso deduziu que as plantas e os
animais continham o elemento carbono, e também poderiam ter hidrogênio e
oxigênio e, às vezes, nitrogênio, enxofre e fósforo. Esses elementos foram
chamados de elementos organóides ou organógenos (isto é, geradores dos
seres vivos). Lavoisier estava interessado em saber como é que estes elementos
poderiam originar os compostos orgânicos.
1807: Berzelius – Vitalismo (Teoria da Força Vital)
Compostos orgânicos: compostos que poderiam ser obtidos a partir de
organismos vivos. Uma “força vital” era necessária para a síntese de um
composto orgânico.
Compostos inorgânicos: originados de fontes não-vivas, como minerais.
Considerava-se que um composto inorgânico não podia ser transformado em um
orgânico pelo homem.
Em 1808 Berzelius definiu Química Orgânica - parte da Química que estuda os
compostos orgânicos
Química Inorgânica - parte da Química que estuda os compostos inorgânicos.
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1828: Wöhler em 1828 sintetizou a uréia a partir do cianato de amônio:
Wöhler e Berzelius: dois materiais claramente diferentes tem a mesma
composição. Criaram o termo isomerismo.
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1862: Berthelot sintetizou o acetileno e 1866 obteve, por aquecimento, a
polimerização do acetileno em benzeno, que confirma a derrubada da Teoria da
Força Vital.
1858: Teoria Estrutural proposta por Kekulé.
(OBS: a parte histórica acima praticamente não cai em prova. Dos postulados
também não vejo aparecer nada nos concursos)
2.
POSTULADOS DE KEKULÉ
1º) Tetracovalência constante: Nos compostos orgânicos, o carbono é sempre
tetracovalente, exercendo 4 ligações, podendo essas ligações serem representadas
por pares eletrônicos ou traços.
2º) As quatro valências do carbono são iguais: Esse postulado explica por que
existe um só clorometano (H3CCl), pois, qualquer que seja a valência que o
carbono troque com o cloro, ou qualquer que seja a posição do cloro, obtém-se um
só composto. Qualquer uma dessas estruturas, independente da posição do cloro,
receberá o nome de clorometano.
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3º) Encadeamento constante. Os átomos de carbono podem unir-se entre si
formando cadeias carbônicas.
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4º) Ligações entre átomos de carbono: Os átomos de carbono podem se ligar por
uma, duas ou até três valências.
A partir de então, Kekulé definiu:
QUÍMICA ORGÂNICA É A PARTE DA QUÍMICA QUE ESTUDA OS COMPOSTOS
DO CARBONO.
Essa afirmação está correta, contudo, nem todo composto que contém carbono é
orgânico, mas todos os compostos orgânicos contém carbono.
Os principais exemplos são: grafita (C(graf)), diamante (C(diam)), monóxido de carbono
(CO), dióxido de carbono (CO2), ácido cianídrico (HCN) e seus derivados (NaCN,
Ca(CN)2, etc.), ácido carbônico (H2CO3) e seus derivados (Na2CO3, CaCO3, etc.).
Elas não são consideradas orgânicas, pois suas características se assemelham
mais com os compostos inorgânicos.
1874: A Forma Tetraédrica do metano
Van’t Hoff e Le Bel propuseram que os átomos de carbono do metano
estão arranjados de maneira a formar um tetraedro regular, onde os ângulos
formados entre as ligações são de 109º28’.
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Modelo anterior
Modelo proposto
1916: Lewis - deu explicações mais adequadas para as ligações químicas em
compostos orgânicos através do compartilhamento de um par de elétrons por dois
átomos.
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CH4
Fórmula eletrônica
Fórmula Estrutural Plana
Fórmula molecular:
MUITAS COMPARAÇÕES SÃO FEITAS SOBRE
OS
TIPOS
DE
COMPOSTOS.
ESTAS
DIFERENÇAS
ESTÃO
MUITO
RELACIONADAS AO TIPO DE LIGAÇÃO QUIMICA E TAMANHO DA CADEIA (
e, consequentemente, massa molar).
2.1.
COMPARAÇÃO
ENTRE
COMPOSTOS
ORGÂNICOS
E
INORGÂNICOS
PROPRIEDADES
Estado Físico à temperatura
Ambiente
ORGÂNICOS
INORGÂNICOS
Sólido, Líquido e Gás. Sólido
Combustão
Queimam
Não Queimam
PF e PE (P= 1 atm)
Baixo
Alto
00000000000
Solubilidade
Insolúveis em água
Solúveis em água
(maioria)
(maioria)
Solúveis em solventes Insolúveis em solventes
orgânicos (maioria)
orgânicos (maioria)
Conduzem quando
Condutividade Elétrica
Não Conduzem
fundidos ou dissolvidos
em água
Reações
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Lentas
Rápidas
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2.2.
OUTRAS PROPRIEDADES DO CARBONO
CARÁTER ANFÓTERO: o carbono combina-se a átomos eletropositivos e/ou
eletronegativos. (pouco importante)
Ex.: CH4 - CH3Cl - CCl4, onde H = eletropositivo e Cl = eletronegativo
NOX VARIÁVEL: o número de oxidação do carbono (NOX) varia de -4 a +4.
Ex.: CH4 NOX do C = -4; CH3Cl NOX do C = -2; CH2Cl2 NOX do C = 0; CHCl3 NOX
do C = +2, CCl4 NOX do C = -4, etc. (Onde: NOX do H = +1, NOX do Cl = -1 e ∑
NOX dos elementos na molécula = 0) (pouco importante no momento. Mas em
redox será interessante)
Representação de moléculas orgânicas. Carbono tetraédrico, trigonal e
digonal e ligações simples e múltiplas. Fórmulas estruturais - de Lewis, de
traços, condensadas e de linhas e tridimensionais.
Os compostos orgânicos podem ser representados de diversas formas, como por
meio de uma fórmula estrutural plana, de uma fórmula estrutural simplificada ou
condensada ou de uma fórmula de traços. No entanto, a representação mais
simples é por meio da fórmula molecular.
A fórmula molecular indica o número de átomos de cada elemento químico em uma
molécula de uma dada substância.
Desse modo, vejamos como determinar a fórmula molecular dos compostos
orgânicos, baseando-nos nas outras fórmulas citadas anteriormente.
00000000000
Por meio da Fórmula Estrutural Plana: essa fórmula mostra a arrumação ou a
disposição dos átomos dentro da molécula. Por exemplo, abaixo temos a fórmula
estrutural plana de um dos hidrocarbonetos presentes na gasolina.
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Veja que, nessa fórmula, todos os átomos e todas as ligações existentes entre eles
são mostrados.
Por meio da fórmula estrutural simplificada ou condensada: nesse tipo de
fórmula, a quantidade de hidrogênios é abreviada. Por exemplo, veja a mesma
fórmula da molécula encontrada na gasolina, agora de forma condensada:
Por meio da fórmula de traços: essa fórmula simplifica ainda mais a forma de
representar os compostos orgânicos, sendo que ela omite os grupos C, CH, CH 2 e
CH3.
Um exemplo é a molécula de linoleico, veja como ela fica:
Vamos contar a quantidade de carbonos primeiro, lembrando que, nessa fórmula,
00000000000
cada ligação entre carbonos é representada pelo traço. Assim, as pontas, bem
como os dois pontos da inflexão, correspondem a átomos de carbono.
Por meio de fórmulas tridimensionais (3D), em que se mostra a localização
espacial de cada átomo do composto em questão.
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2.3.
CLASSIFICAÇÃO DOS ÁTOMOS DE CARBONO
-QUANTO AO NÚMERO DE ÁTOMOS DE CARBONO LIGADOS ENTRE SI
CARBONO PRIMÁRIO: Liga-se diretamente, no máximo, a 1 átomo de carbono.
CARBONO SECUNDÁRIO: Liga-se diretamente a apenas 2 átomos de carbono.
CARBONO TERCIÁRIO: Liga-se diretamente a apenas 3 átomos de carbono.
CARBONO QUATERNÁRIO: Liga-se diretamente a 4 átomos de carbono.
Exemplo:
-QUANTO AO TIPO DE LIGAÇÕES QUÍMICAS
SATURADO: Carbono com 4 ligações simples.
00000000000
INSATURADO: Carbono com pelo menos 1 ligação dupla ou tripla.
2.4.
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CLASSIFICAÇÃO DAS CADEIAS CARBÔNICAS
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QUANDO VOCÊ CLASSIFICA OS ÁTOMOS DE
CARBONO VOCÊ OS CLASSIFICA INDIVIDUALMENTE, ANALISANDO APENAS QUANTOS
CARBONOS ELE TEM COMO VIZINHO, NÃO DEPENDENDO DO TIPO DE LIGAÇÃO. QUANDO
VOCÊ CLASSIFICA CADEIA CARBÔNICA VOCÊ ANALISA TUDO O QUE ESTIVER ENTRE OS
ÁTOMOS DE CARBONO (O QUE NÃO ESTIVER ENTRE CARBONOS NEM INTERESSA PARA A
CLASSIFICAÇÃO DA CADEIA)
a) CADEIA ABERTA, ACÍCLICA OU ALIFÁTICA
a) QUANTO À NATUREZA
HOMOGÊNEA: possui uma sequência formada apenas por átomos de carbono.
HETEROGÊNEA: possui pelo menos um heteroátomo (O, N, S e P) entre os
átomos de carbono. O heteroátomo deve ser ao menos, bivalente.
b) QUANTO À DISPOSIÇÃO DOS ÁTOMOS DE CARBONO
NORMAL, RETA OU LINEAR: apresenta somente duas extremidades.
00000000000
Estas mesmas cadeias podem ser representadas de outras formas:
RAMIFICADA: apresenta, no mínimo, três extremidades.
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c) QUANTO À SATURAÇÃO
SATURADA: os átomos de carbono se unem através de ligações simples.
INSATURADA: existe pelo menos uma insaturação (ligação dupla ou tripla) entre
átomos de carbono.
2) CADEIA FECHADA OU CÍCLICA
A- ALICÍCLICA OU NÃO-AROMÁTICA
Cadeias carbônicas fechadas que não apresentam o núcleo benzênico.
00000000000
-QUANTO À NATUREZA
HOMOCÍCLICA: possui uma sequência formada apenas por átomos de carbono.
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HETEROCÍCLICA: possui pelo menos um heteroátomo (O, N, S e P) entre os
átomos de carbono do ciclo.
-QUANTO À SATURAÇÃO
SATURADA: os átomos de carbono unem-se através de ligações simples.
INSATURADA: existe pelo menos uma insaturação (ligação dupla) entre os átomos
de carbono do ciclo.
00000000000
-QUANTO AO NÚMERO DE CICLOS
MONOCÍCLICA:
Um único ciclo na estrutura:
POLICÍCLICA:
Dois ou mais ciclos (que podem estar fundidos ou isolados) na estrutura:
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B- AROMÁTICA
Cadeias carbônicas fechadas que possuem, em sua estrutura, pelo menos um
núcleo benzênico.
-QUANTO AO NÚMERO DE CICLOS
MONONUCLEAR:
POLINUCLEAR:
00000000000
RESUMINDO:
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HIDROCARBONETOS
O petróleo é a principal fonte natural de hidrocarbonetos.
1.
INTRODUÇÃO
Hidrocarbonetos são compostos orgânicos constituídos exclusivamente de carbono
(C) e hidrogênio (H). Em função do tipo de ligação existente entre os carbonos, os
hidrocarbonetos são divididos em várias classes.
Para a nomenclatura dos compostos orgânicos seguiremos alguns passos básicos
00000000000
e comuns à maioria dos compostos. Veja a seguir:
Fundamentos da Nomenclatura Orgânica:
Geralmente o nome dos hidrocarbonetos apresentam ao menos 3 partes básicas:
PREFIXO + INFIXO + SUFIXO
Cada qual indicando alguma característica da estrutura do composto
Prefixo: indica o número de átomos de carbono pertencentes à cadeia principal.
1C = met
6C = hex
11C = undec
2C = ET
7C = hept
12C = dodec
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3C = prop
8C = oct
13C = tridec
4C = but
9C = non
15C = pentadec
5C = pent
10C = dec
20C = eicos
Afixo ou infixo: indica o tipo de ligação entre os carbonos:
todas simples = na
duas duplas = dien
uma dupla = em
três duplas = trien
uma tripla = in
duas triplas = diin
Sufixo: indica a função química do composto orgânico:
hidrocarboneto= o
álcool= ol
aldeído= al
cetona= ona
ácido carboxílico= óico
amina= amina
éter= óxi
etc....
Para que você entenda a divisão presente nos hidrocarbonetos, devido às
características destes grupos, observe a figura abaixo:
00000000000
a)
ALCANOS OU PARAFINAS
São hidrocarbonetos de cadeia aberta ou alifática e saturada, ou seja, com ligações
simples.
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O termo parafinas vem do latim: parum=pequena + affinis=afinidade, o que significa
compostos pouco reativos.
NOMENCLATURA
Exemplos:
Prefixo: MET (1 átomo de carbono)
00000000000
Intermediário: AN (ligação simples entre carbonos)
Sufixo: O (função: hidrocarboneto)
Nome: MET+AN+O = METANO
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Prefixo: ET (2 átomos de carbono)
Intermediário: AN (ligação simples entre carbonos)
Sufixo: O (função: hidrocarboneto)
Nome: ET+AN+O = ETANO
Prefixo: PENT (5 átomos de carbono)
Intermediário: AN (ligação simples entre carbonos)
Sufixo: O (função: hidrocarboneto)
Nome: PENT+AN+O = PENTANO
Observe as fórmulas dos seguintes alcanos:
00000000000
Note que os compostos acima diferem entre si por um grupo (CH2, chamado
de grupo metileno), por isso constituem uma série de compostos denominados de
homólogos. Homólogos porque pertencem à mesma subfunção ou grupo.
Nos exemplos citados acima observe na tabela abaixo a relação do número de
átomos de carbono em relação ao número de átomos de hidrogênio:
NOME
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FÓRMULA
Nº DE
Nº DE
MOLECULAR CARBONOS HIDROGÊNIOS
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METANO
CH4
1
4
ETANO
C2H6
2
6
PROPANO
C3H8
3
8
BUTANO
C4H10
4
10
PENTANO
C5H12
5
12
SE LIGA
!
Esta regra geral é muito importante porque permite a você calcular
rapidamente as fórmulas moleculares dos compostos sem precisar fazer a
estrutura e contar os átomos. Vou demonstrar um exemplo nos exercícios ao
final da aula.
Observe que o número de átomos de hidrogênio é sempre igual ao dobro do
número de átomos de carbono acrescido de duas unidades, ou seja, para n
carbonos, o número de hidrogênios será 2n + 2.
Desta forma, deduzimos que a fórmula geral dos alcanos é CnH2n + 2. Esta fórmula
é utilizada para determinar a fórmula molecular de qualquer alcano, desde que
tenhamos conhecimento do número de átomos de carbono ou hidrogênio.
Por exemplo: determine a fórmula molecular de um alcano com 25 átomos de
carbono.
Dados:
Fórmula Geral dos Alcanos: CnH2n + 2
Número de átomos de carbono: n = 25
Resolução:
00000000000
para n = 25, teremos o número de átomos de hidrogênio dado pela relação 2n + 2,
neste caso ficamos com:
2n + 2 = 2 . (25) + 2 = 50 + 2 = 52
Com isso a fórmula molecular do alcano ficou: C 25H52
b)
ALCENOS, ALQUENOS OU OLEFINAS
São hidrocarbonetos de cadeia aberta ou alifática e insaturada, ou seja, que
apresenta uma dupla ligação.
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O termo olefinas vem do latim: oleum=óleo + affinis=afinidade, o que significa
compostos com aspecto oleoso.
Etileno: responsável pelo amadurecimento das frutas e produção de plásticos.
NOMENCLATURA
Exemplos:
Prefixo: ET (2 átomos de carbono)
Intermediário: EN (ligação dupla entre carbonos)
Sufixo: O (função: hidrocarboneto)
Nome: ET+EN+O = ETENO (etileno = nomenclatura usual)
00000000000
Prefixo: PROP (3 átomos de carbono)
Intermediário: EN (ligação dupla entre carbonos)
Sufixo: O (função: hidrocarboneto)
Nome: PROP+EN+O = PROPENO
Observe que a dupla ligação não poderia estar em outro lugar a não ser
entre o primeiro e o segundo carbono. Por isto, não é necessário localizar a
dupla ligação. Porém, no caso abaixo existem duas possibilidades de
localização da dupla ligação e, portanto, necessidade de localizá-la.
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Prefixo: BUT (4 átomos de carbono)
Intermediário: EN (ligação dupla entre carbonos)
Sufixo: O (função: hidrocarboneto)
localização da insaturação: entre carbono 1 e 2
Nome: 1-BUT+EN+O = 1-BUTENO
Prefixo: BUT (4 átomos de carbono)
Intermediário: EN (ligação dupla entre carbonos)
Sufixo: O (função: hidrocarboneto)
Localização da insaturação: entre carbono 2 e 3
Nome: 2-BUT+EN+O = 2-BUTENO
Nos dois exemplos acima descritos, note que o buteno pode apresentar-se com a
ligação dupla em duas posições. Neste caso há a necessidade de numerar a cadeia
principal a partir da extremidade mais próxima da ligação dupla. A posição da
ligação dupla é indicada usando o número do primeiro átomo de carbono da dupla.
Na sua nomenclatura, o número que indica a posição da ligação dupla, precede o
00000000000
nome, então ficamos com: 1-buteno e2-buteno. A nomenclatura moderna (ainda
não “pegou” recomenda que se faça o nome deste composto assim: But-1-eno ou
But-2-eno. Mas, esta nomenclatura raramente aparece nos concursos.
Observe na tabela abaixo a relação do número de átomos de carbono em relação
ao número de átomos de hidrogênio:
NOME
ETENO
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FÓRMULA
Nº DE
Nº DE
MOLECULAR CARBONOS HIDROGÊNIOS
C2H4
2
4
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PROPENO
C3H6
3
6
1-BUTENO
C4H8
4
8
1-PENTENO
C5H10
5
10
1-HEXENO
C6H12
6
12
Observe que o número de átomos de hidrogênio é sempre igual ao dobro do
número de átomos de carbono, ou seja, para n carbonos, o número de hidrogênios
será 2n.
Desta forma, deduzimos que a fórmula geral dos alcenos é CnH2n. Esta fórmula é
utilizada para determinar a fórmula molecular de qualquer alceno, desde que
tenhamos conhecimento do número de átomos de carbono ou hidrogênio.
c)
ALCINOS OU ALQUINOS
São hidrocarbonetos de cadeia aberta ou alifática e insaturada por uma tripla
ligação.
Acetileno: constitui a chama obtida nos maçaricos que pode alcançar a temperatura
de 2800° C.
NOMENCLATURA
00000000000
Exemplos:
Prefixo: ET (2 átomos de carbono)
Intermediário: IN (ligação tripla entre carbonos)
Sufixo: O (função: hidrocarboneto)
Nome: ET+IN+O = ETINO (acetileno = nomenclatura usual)
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Prefixo: PROP (3 átomos de carbono)
Intermediário: IN (ligação tripla entre carbonos)
Sufixo: O (função: hidrocarboneto)
Nome: PRO+IN+O = PROPINO
Prefixo: BUT (4 átomos de carbono)
Intermediário: IN (ligação tripla entre carbonos)
Sufixo: O (função: hidrocarboneto)
Localização da insaturação: entre carbono 1 e 2
Nome: 1-BUT+IN+O = 1-BUTINO
00000000000
Prefixo: BUT (4 átomos de carbono)
Intermediário: IN (ligação tripla entre carbonos)
Sufixo: O (função: hidrocarboneto)
Localização da insaturação: entre carbono 2 e 3
Nome: 2-BUT+IN+O = 2-BUTINO
Observe na tabela abaixo a relação do número de átomos de carbono em
relação ao número de átomos de hidrogênio:
NOME
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FÓRMULA
Nº DE
Nº DE
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MOLECULAR CARBONOS HIDROGÊNIOS
PROPINO
C3H4
3
4
1-BUTINO
C4H6
4
6
1-PENTINO
C5H8
5
8
1-HEXINO
C6H10
6
10
Observe que o número de átomos de hidrogênio é sempre igual ao dobro do
número de átomos de carbono menos 2 unidades, ou seja, para n carbonos, o
número de hidrogênios será 2n - 2.
Desta forma, deduzimos que a fórmula geral dos alcinos é CnH2n - 2. Esta fórmula é
utilizada para determinar a fórmula molecular de qualquer alcino, desde que
tenhamos conhecimento do número de átomos de carbono ou hidrogênio.
Observação
Note que os compostos acima diferem entre si por um grupo (H2), por isso
constituem uma série de compostos denominados de isólogos. Porque apresentam
o mesmo numero de carbonos (iso) e diferem no numero de hidrogênios, aos pares.
d)
ALCADIENOS OU DIENOS
00000000000
São hidrocarbonetos de cadeia aberta ou alifática e insaturada por duas ligações
duplas.
Butadieno: constituinte de borrachas sintéticas.
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NOMENCLATURA
Exemplos:
Prefixo: PROP (3 átomos de carbono)
Intermediário: DIEN (2 ligações duplas entre carbonos)
Sufixo: O (função: hidrocarboneto)
Nome: PROP+DIEN+O = PROPADIENO
Prefixo: BUTA (4 átomos de carbono)
Intermediário: DIEN (2 ligações duplas entre carbonos)
Sufixo: O (função: hidrocarboneto)
Localização das insaturações: entre carbono 1 e 2 - 2 e 3
Nome: 1,2-BUTA+DIEN+O = 1,2-BUTADIENO
00000000000
Prefixo: BUT (4 átomos de carbono)
Intermediário: DIEN (2 ligações duplas entre carbonos)
Sufixo: O (função: hidrocarboneto)
Localização das insaturações: entre carbono 1 e 2 - 3 e 4
Nome: 1,3-BUT+DIEN+O = 1,3-BUTADIENO
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Observe na tabela abaixo a relação do número de átomos de carbono em relação
ao número de átomos de hidrogênio:
NOME
FÓRMULA
Nº DE
Nº DE
MOLECULAR CARBONOS HIDROGÊNIOS
PROPADIENO
C3H4
3
4
1,2-BUTADIENO
C4H6
4
6
1,3-PENTADIENO
C5H8
5
8
1,5-HEXADIENO
C6H10
6
10
Observe que o número de átomos de hidrogênio é sempre igual ao dobro do
número de átomos de carbono menos 2 unidades, ou seja, para n carbonos, o
número de hidrogênios será 2n - 2.
Desta forma, deduzimos que a fórmula geral dos alcadienos é CnH2n
- 2.
Esta
fórmula é utilizada para determinar a fórmula molecular de qualquer alcadieno,
desde que tenhamos conhecimento do número de átomos de carbono ou
hidrogênio. É semelhante à fórmula geral dos alcinos.
e)
CICLOALCANOS, CICLOPARAFINAS OU CICLANOS
São hidrocarbonetos de cadeia fechada do tipo alicíclica saturada.
00000000000
Ciclopropano: anestésico potente.
NOMENCLATURA
Exemplos:
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Prefixo: PROP (3 átomos de carbono)
Intermediário: AN (ligação simples entre carbonos)
Sufixo: O (função: hidrocarboneto)
Nome: CICLO PROP+AN+O = CICLOPROPANO
Prefixo: BUT (4 átomos de carbono)
Intermediário: AN (ligação simples entre carbonos)
Sufixo: O (função: hidrocarboneto)
Nome: CICLO BUT+AN+O = CICLOBUTANO
Prefixo: PENT (5 átomos de carbono)
Intermediário: AN (ligação simples entre carbonos)
Sufixo: O (função: hidrocarboneto)
Nome: CICLO PENT+AN+O = CICLOPENTANO
00000000000
Prefixo: HEX (6 átomos de carbono)
Intermediário: AN (ligação simples entre carbonos)
Sufixo: O (função: hidrocarboneto)
Nome: CICLO HEX+AN+O = CICLOHEXANO
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Observe na tabela abaixo a relação do número de átomos de carbono em relação
ao número de átomos de hidrogênio:
NOME
FÓRMULA
Nº DE
Nº DE
MOLECULAR CARBONOS HIDROGÊNIOS
CICLOPROPANO
C3H6
3
6
CICLOBUTANO
C4H8
4
8
CICLOPENTANO
C5H10
5
10
CICLOHEXANO
C6H12
6
12
Observe que o número de átomos de hidrogênio é sempre igual ao dobro do
número de átomos de carbono, ou seja, para n carbonos, o número de hidrogênios
será 2n.
Desta forma, deduzimos que a fórmula geral dos cicloalcanos é CnH2n. Esta
fórmula é utilizada para determinar a fórmula molecular de qualquer cicloalcano,
desde que tenhamos conhecimento do número de átomos de carbono ou
hidrogênio. É semelhante à fórmula geral dos alcenos.
f)
CICLOALCENOS, CICLOALQUENOS OU CICLENOS
São hidrocarbonetos de cadeia fechada do tipo alicíclica insaturada por uma ligação
dupla.
00000000000
MCP (metil ciclopropeno): conservante de flores, pois, inibe a ação do etileno,
facilitando o transporte e comercialização.
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NOMENCLATURA
Exemplos:
Prefixo: PROP (3 átomos de carbono)
Intermediário: EN (ligação dupla entre carbonos)
Sufixo: O (função: hidrocarboneto)
Nome: CICLO PROP+EN+O = CICLOPROPENO
Prefixo: BUT (4 átomos de carbono)
Intermediário: EN (ligação dupla entre carbonos)
Sufixo: O (função: hidrocarboneto)
Nome: CICLO BUT+EN+O = CICLOBUTENO
00000000000
Prefixo: PENT (5 átomos de carbono)
Intermediário: EN (ligação dupla entre carbonos)
Sufixo: O (função: hidrocarboneto)
Nome: CICLO PENT+EN+O = CICLOPENTENO
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Prefixo: HEX (6 átomos de carbono)
Intermediário: EN (ligação dupla entre carbonos)
Sufixo: O (função: hidrocarboneto)
Nome: CICLO HEX+EN+O = CICLOHEXENO
Observe na tabela abaixo a relação do número de átomos de carbono em relação
ao número de átomos de hidrogênio:
FÓRMULA
NOME
MOLECULAR
Nº DE
Nº DE
CARBONOS HIDROGÊNIOS
CICLOPROPENO
C3H4
3
4
CICLOBUTENO
C4H6
4
6
CICLOPENTENO
C5H8
5
8
CICLOHEXENO
C6H10
6
10
Observe que o número de átomos de hidrogênio é sempre igual ao dobro do
número de átomos de carbono menos 2 unidades, ou seja, para n carbonos, o
número de hidrogênios será 2n - 2.
Desta forma, deduzimos que a fórmula geral dos cicloalcenos é CnH2n
- 2.
Esta
fórmula é utilizada para determinar a fórmula molecular de qualquer cicloalceno,
desde que tenhamos conhecimento do número de átomos de carbono ou
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hidrogênio. É semelhante à fórmula geral dos alcinos.
g)
AROMÁTICOS (MUITA ATENÇÃO COM ESTES CAMARADINHAS)
São hidrocarbonetos que apresentam pelo menos um anel benzênico em sua
estrutura.
1. NOMENCLATURA
Não possuem fórmula geral e sua nomenclatura não segue as regras utilizadas nos
outros hidrocarbonetos.
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Fumaça do cigarro: rica em compostos aromáticos cancerígenos
tais como benzeno, benzopireno,antraceno, fenatreno, tolueno entre outros.
Veja alguns exemplos:
2. Estrutura e estabilidade do benzeno
O mais comum dos compostos aromáticos é o benzeno. Sua estrutura, descrita
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abaixo com as possíveis representações, é um anel com seis átomos de carbono e
três duplas ligações conjugadas. Essa estrutura é plana, pois só existem carbonos
sp2 (geometria trigonal plana), e o ângulo de ligação entre eles é de 120 o. Além
disso, as ligações entre os carbonos no anel aromático têm o mesmo tamanho,
sendo intermediárias entre uma ligação simples e uma ligação dupla. A
representação do anel aromático com um círculo no meio indica a ocorrência do
fenômeno da ressonância, isto é, os elétrons são deslocalizados. No anel isto
ocorre provavelmente pela ação das ligações sigma, que, por estarem muito
comprimidas, forçam as ligações pi a se deslocarem ciclicamente pelo anel,
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permitindo uma maior distensão destas ligações. Por ser um anel de duplas
conjugadas, as nuvens pi no benzeno assumem um aspecto contínuo.
Essa estrutura foi proposta em 1865 pelo químico alemão Friedrich August Kekulé e
até hoje é aceita pelos químicos de todo o mundo. Chegou-se a essa estrutura a
partir de vários experimentos, dentre os quais se obteve três isômeros de um
mesmo produto, quando se substituiu dois dos hidrogênios do anel benzênico. A
estrutura de Kekulé, portanto, explica satisfatoriamente os fatos verificados. Veja
abaixo os isômeros obtidos na substituição de dois hidrogênios por dois átomos de
bromo:
Os calores de hidrogenação e combustão do benzeno são mais baixos do que seria
de esperar. Calor de hidrogenação é a quantidade de calor que se liberta quando se
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hidrogena um mol de um composto insaturado. Na maioria dos casos observa-se o
valor de 28-30 kcal/mol para cada ligação dupla do composto. Veja abaixo os
calores de hidrogenação de alguns compostos:
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Perceba que a ruptura da dupla ligação no ciclohexeno forneceu 28,6 kcal/mol. No
ciclohexadieno o valor obtido foi bem próximo do esperado, ou seja, 2 x -28,6.
Deveríamos supor então que, no benzeno, seria liberado uma quantidade de calor
equivalente a três duplas ligações, ou seja, 85,8 kcal/mol. Mas não é o que se
verifica na prática. O benzeno fornece 49,8 kcal/mol, isto é, um valor muito menor.
Esse fato nos indica que o benzeno deve possuir menos energia interna, sendo, por
isso, mais estável.
Os compostos insaturados geralmente sofrem reações de adição, nas quais a dupla
ligação se rompe e duas ligações sigma são formadas. Já o benzeno e outros anéis
aromáticos dão preferência às reações de substituição eletrofílica, nas quais dois
ligantes são substituídos por outros e a o sistema aromático de duplas ligações
permanece intacto. Isso confirma a excepcional estabilidade do benzeno.
3. A aromaticidade
Para que um composto seja classificado como aromático, deve seguir
rigorosamente três regras:
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Deve ter estrutura cíclica e plana e deve ter 4n + 2 elétrons pi, onde n é
obrigatoriamente um número inteiro. Portanto, no anel aromático não pode existir
carbonos sp3 (exceto como radicais), que têm geometria tetraédrica. Veja alguns
exemplos abaixo:
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As estruturas 1 e 4 não são aromáticas porque possuem carbono sp 3 no anel,
portanto, o ciclo não é plano. A estrutura 3, apesar de ter somente carbonos de
geometria trigonal, tem um número de elétrons pi que não condiz com a fórmula 4n
+ 2, já que o n deve ser um número inteiro. As estruturas 2 e 5 são aromáticas, pois
respeitam as três regras (lembre-se que um carbocátion tem geometria trigonal
plana, pois sustenta somente três ligações).
OBS: Vale lembrar que não só os anéis homocíclicos possuem caráter aromático.
Muitos COMPOSTOS HETEROCÍCLICOS também apresentam propriedades
aromáticas.
4. Propriedades físicas
Como compostos de baixa polaridade, apresentam basicamente as mesmas
características dos demais hidrocarbonetos. Os pontos de fusão dos aromáticos
relativamente mais elevados que os equivalentes alicíclicos, devido ao fato de as
moléculas aromáticas serem planas, o que permite uma melhor interação
intermolecular. Em um dialquil-benzeno, os isômeros apresentam pontos de fusão
diferentes. Verifica-se experimentalmente que os pontos de fusão dos derivados
crescem na seguinte ordem: orto < meta < para. Esse fato constitui um caso
particular do efeito da simetria molecular sobre as forças cristalinas. Quanto mais
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elevada for a simetria de um composto, tanto melhor será a ordenação segundo
uma rede cristalina e por isso tanto mais alto será o ponto de fusão e mais baixa
será a solubilidade
5. Métodos de obtenção
O alcatrão da hulha é a melhor fonte natural de compostos aromáticos. A hulha é
uma variedade do carvão mineral, e pode ser destilada em retortas especiais,
produzindo três frações:

Fração gasosa - gás de iluminação (mistura de H2, CH4, CO e outros)
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
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Fração líquida - águas amoniacais e alcatrão da hulha

Fração sólida - carvão coque (praticamente carbono puro)
O alcatrão da hulha é a parte mais densa e contém grande número de compostos
aromáticos:

Óleos leves (até 160o C) - benzeno, tolueno, xileno etc.

Óleos médios (160 - 230o C) - fenol, piridina, naftaleno etc.

Óleos pesados (230 - 270o C) - cresóis, naftóis, anilina etc.

Óleos de antraceno (270 - 360o C) - antraceno, fenantreno,
Uma reação laboratorial interessante é a trimerização do acetileno, a alta
pressão, que produz o benzeno. Outro método eficaz é a alquilação de FriedelCrafts, que produz hidrocarbonetos aromáticos complexos a partir de outros
mais simples.
Hidrocarbonetos ramificados
RADICAIS
Considere uma molécula genérica do tipo XY, onde os átomos estão ligados entre
si por uma ligação covalente, isto é, por um compartilhamento de elétrons, ligação
mais comum nos compostos orgânicos.
Se fornecermos uma determinada quantidade de energia à ligação covalente, esta
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poderá ser quebrada (cisão) de duas formas diferentes:
1º) CISÃO HOMOLÍTICA (HOMÓLISE)
Neste caso a quebra da ligação faz com que cada átomo fique com um dos elétrons
do par eletrônico que estava sendo compartilhado.
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Note que na cisão homolítica os átomos ficam com elétrons livres, isto é, não
compartilhados, originando espécies químicas muito reativas denominadas de
radicais livres, que podem ser representados por um traço (X- ou Y-).
2º) CISÃO HETEROLÍTICA OU HETERÓLISE
Neste caso a quebra da ligação faz com que um dos átomos fique com o par
eletrônico que estava sendo compartilhado.
Observe que na cisão heterolítica o átomo X perdeu elétrons transformando-se no
íon cátion e o átomo Y ganhou um elétron transformando-se no íon ânion.
RADICAIS ORGÂNICOS
Os radicais orgânicos são obtidos através de uma cisão homolítica da ligação
entre carbono e hidrogênio. A nomenclatura dos radicais orgânicos é
caracterizada pelo sufixo IL ou ILA, precedidos do prefixo que indica a quantidade
de átomo de carbono. Os radicais provenientes dos alcanos são denominados de
alquilas e os provenientes dos aromáticos são denominados de arila.
Exemplos: Exemplos: (os mais importantes: de 1 a 3 carbonos. Os demais
aparecem de vez em quando. Então, não se assuste muito com os outros).
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Daqui pra frente, quanto mais você souber é LUCRO !
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MUITO CUIDADO COM OS DOIS ABAIXO. O radical do benzeno é Fenil e do
metilbenzeno é benzil (não vá confundir benzeno originando benzil. O fenil é um
radical importante. Então, guarde bem a carinha dele: o anel aromático)
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NOMENCLATURA DE HIDROCARBONETOS RAMIFICADOS
a)
HIDROCARBONETOS ALIFÁTICOS SATURADOS
REGRAS DE NOMENCLATURA SEGUNDO A IUPAC
1º) Determinar a cadeia principal.
Cadeia principal é a maior sequência de átomos de carbono, que não estão
necessariamente representados em linha reta. Caso existam duas sequências de
átomos de carbono, utiliza-se como cadeia principal a que possuir maior número de
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ramificações.
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2º) Reconhecer os radicais orgânicos correspondentes às ramificações e
nomeá-los.
3º) NUMERAR A CADEIA PRINCIPAL.
A numeração deve iniciar da extremidade da cadeia que permita dar às
ramificações os menores números possíveis.
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4º) INDICAR A POSIÇÃO DOS RADICAIS
Se houver dois ou mais radicais iguais, usar os prefixos di, tri, tetra, etc, para indicar
a quantidade. Os nomes dos radicais são separados por hífen.
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Quando houver dois ou mais tipos de radicais diferentes, seus nomes podem ser
escritos de duas maneiras:
Pela ordem de complexidade, crescente dos radicais;
Pela ordem alfabética (notação recomendada pela IUPAC).
5º) ESCREVER O NOME DO HIDROCARBONETO CORRESPONDENTE À
CADEIA PRINCIPAL.
Veja como fica o nome do composto citado nos exemplos acima:
Cadeia principal: octano (8 átomos de carbono)
Radicais: metil, n-propil, etil
Posições (menores valores): metil = 3, n-propil = 4, etil = 5
Nome do composto por ordem de complexidade: 3-metil-5-etil-4-n-propil-octano
Nome do composto por ordem alfabética (IUPAC): 5-etil-3-metil-4-n-propil-octano
b)
HIDROCARBONETOS ALIFÁTICOS INSATURADOS
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Quanto às regras de nomenclatura, a única diferença em relação aos alcanos é que
as insaturações devem obrigatoriamente fazer parte da cadeia principal e receber
os menores valores possíveis.
ALCENOS
A cadeia principal deve conter a dupla ligação característica dos alcenos e
apresentar o maior número de átomos de carbono possível.
Exemplo:
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Cadeia principal: 1-hepteno (7 átomos de carbono)
Radicais: isopropil, etil, metil, metil (dimetil)
Posições (menores valores): iso-propil = 3, etil = 4, metil = 5, metil = 6
Nome do composto por ordem de complexidade: 5.6-dimetil-4-etil-3-isopropil-1hepteno
Nome do composto por ordem alfabética (IUPAC): 4-etil-5,6-dimetil-3-isopropil-1hepteno
ALCINOS
A cadeia principal deve conter a tripla ligação característica dos alcinos e
apresentar o maior número de átomos de carbono possível.
Exemplo:
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Cadeia principal: 2-octino (8 átomos de carbono)
Radicais: metil e terc-butil.
Posições: metil = 4, terc-butil = 5
Nome do composto por ordem de complexidade: 4-metil-5-terc-butil-2-octino
Nome do composto por ordem alfabética (IUPAC): 5-terc-butil-4-metil-2-octino
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ALCADIENOS
A cadeia principal deve conter as duas duplas ligações característica dos
alcadienos e apresentar o maior número de átomos de carbono possível.
Exemplo:
Cadeia principal: 1,4-hexadieno (6 átomos de carbono)
Radicais: etil e n-propil.
Posições: etil = 2, n-propil = 4
Nome do composto por ordem de complexidade: 2-etil-4-n-propil-1,4-hexadieno
Nome do composto por ordem alfabética (IUPAC): 2-etil-4-n-propil-1,4-hexadieno
HIDROCARBONETOS CÍCLICOS
Nos hidrocarbonetos cíclicos, é considerada cadeia principal aquela que apresenta
ciclo ou anel.
CICLOALCANOS
A nomenclatura da cadeia principal é feita de acordo com as regras utilizadas para
os cicloalcanos.
a) Com um radical: citar o nome do radical sem a necessidade de indicar a posição
e o nome da cadeia.
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b) Com mais de um radical: a numeração da cadeia se inicia a partir da
ramificação mais simples e segue-se o sentido horário ou anti-horário, de maneira
a se respeitar a regra dos menores números. No nome do composto as
ramificações devem ser citadas em ordem alfabética.
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CICLOALCENOS
A nomenclatura da cadeia principal deve ser iniciada sempre por um dos carbonos
da dupla ligação, de modo que ela fique localizada entre os carbonos 1 e 2. O
sentido da numeração é determinado pela regra dos menores números. No nome
do composto as ramificações devem ser citadas em ordem alfabética.
AROMÁTICOS
Os aromáticos são considerados como derivados do benzeno. Nos aromáticos de
um único anel benzênico, havendo apenas um radical, não é preciso numeração.
Havendo dois ou mais radicais no benzeno, a numeração deve seguir o sentido dos
menores números.
Exemplos:
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Quando existirem dois radicais no benzeno, só haverá três posições possíveis: 1 e
2 (prefixo orto), 1 e 3 (prefixo meta) e 1 e 4 (prefixo para).
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Quando uma molécula de naftaleno possui um radical, este pode ocupar duas
posições diferentes: alfa e beta. (cai pouco nas provas)
QUESTÃO COMENTADA
TÉCNICO(A) QUÍMICO(A) DE PETRÓLEO JÚNIOR - CESGRANRIO 2012. O
número de átomos de hidrogênio presentes no hidrocarboneto 3,5-dimetil-5-etil-3octeno é igual a:
(A) 23
(B) 24
00000000000
(C) 25
(D) 26
(E) 27
UMA DICA MUITO IMPORTANTE: em um hidrocarboneto o número de
hidrogênios não pode ser ímpar. Só com esta observação você eliminaria 3
alternativas (A, C e E). Se você não soubesse mais nada, teria 50% de chances
de acertar, chutando. Mas, não é este o objetivo deste curso. Isto seria uma
última opção.
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Lembra-se do comentário que fiz sobre as fórmulas gerais dos grupos de
hidrocarbonetos? Vamos fazer uma questão sem ter que fazer a fórmula
estrutural (e perder muitos minutos durante a prova).
Veja o nome do composto: 3,5-dimetil-5-etil-3-octeno
O que significa dimetil? Significa ter no composto 2 carbonos (duas vezes met)
O que significa etil? Significa ter no composto 2 carbonos.
O significa oct? Significa ter na cadeia principal 8 carbonos.
O significa o intermediário “ENO”? Significa que o composto tem uma dupla ligação
ente os carbonos. Portanto, é um alceno. E se você memorizou em alcenos o
número de hidrogênios corresponde ao dobro do número de carbonos. Portanto,
temos 2 + 2 + 8 = 12 carbonos. Logo, teremos 24 átomos de hidrogênio. Esta é a
formula: C12H24. Alternativa B.
Então, meu caro amigo. Estas dicas você não encontra em materiais didáticos
convencionais. Mas encontra aqui. Estas e outras dicas, no transcorrer do
curso.
Variações na solubilidade e nas temperaturas de fusão e de ebulição de
substâncias orgânicas causadas por: aumento da cadeia carbônica, presença
de ramificações, introdução de substituintes polares.
As propriedades físicas dependem da polaridade da molécula, da massa molecular
e do tamanho e forma (normal, ramificada; aberta, fechada) da cadeia.
- PF e PE.
Na comparação entre moléculas apolares, os pontos de fusão e ebulição aumentam
00000000000
com a massa molecular. Se duas moléculas apolares têm a mesma massa
molecular, quanto mais ramificada a cadeia menores as temperaturas de fusão e de
ebulição. Na comparação entre moléculas polares de massas moleculares iguais ou
próximas, a mais polar entre elas se dissolve melhor na água e possui maiores PF e
PE. As variações dessas propriedades físicas podem ser explicadas através das
forças intermoleculares.
É possível aumentar a força de um ácido carboxílico substituindo um ou mais
átomos de Hidrogênio de carbonos vizinhos (alfa, beta, gama) da carboxila. A
substituição é feita com átomos, ou grupos de átomos, que atraem elétrons (efeito
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mais pronunciado no carbono alfa, mais perto da carboxila), tais como -Cl , -Br , OH etc.
Fatores que influenciam no Ponto de Ebulição
Massa molar
Maior massa
Maior temperatura de ebulição
Para moléculas de mesma força intermolecular
Superfície de contato
Maior a cadeia carbônica
Maior superfície
Maior número de interações ao longo da cadeia
Maior temperatura de ebulição
Ramificações
Maior número de ramificações
Menor superfície
Menor número de interações ao longo da cadeia
Menor temperatura de ebulição
Para moléculas de mesma interação intermolecular e massas molares próximas.
Com isso temos....
1) Para moléculas com tamanhos aproximadamente iguais, a TF e TE dependerá
00000000000
da interação (força) intermolecular.
2) Para moléculas com o mesmo tipo de interação, o Ponto de Fusão e o Ponto de
Ebulição dependerá da massa molar.
3) Para moléculas de mesma interação e massa molar iguais (isômeros), a TF e TE
dependerá do tipo da cadeia carbônica.
Solubilidade de compostos orgânicos
À medida em que se aumenta o número de carbonos no grupo dos álcoois e ácidos
carboxílicos por exemplo, a solubilidade, em meio aquoso vai diminuindo. É por
isso que quando misturamos água com, por exemplo, butanol, constituído de 4
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carbonos, a solubilidade em água diminui bastante, aparecendo claramente duas
fases distintas indicando que as substâncias não são completamente miscíveis,
mas sim parcialmente.
Exemplo
O etanol é miscível em qualquer proporção com a água devido às pontes de
Hidrogênio, já o decanol (álcool com 10 carbonos) é pouco solúvel, devido a sua
estrutura possuir uma parte hidrofóbica, ou seja, pouco polarizada.
Segue um esquema para se determinar geometria, hibridização, ângulo de
ligação, etc. para compostos orgânicos.
Sou professor de química há 23 anos e creio que este assunto é muito pouco
interessante para o aluno, porque ele tem que imaginar planos espaciais e muitas
vezes não entende a matéria.
Como você já estudou o assunto em algum momento da vida deve lembrar se era
chato ou interessante. Mas, vou resolver sem perder muito tempo com um assunto
que pode se facilmente aprendido com um esquema.
Vamos relembrar alguns pontos importantes:
Quantas ligações deve fazer o átomo de carbono? Como estas eram classificadas
00000000000
segundo os orbitais atômicos empregados na ligação? Veja abaixo, sem mais
teorias:
- entre 2 carbonos só ocorre UMA ligação simples. Caso tenham mais ligações
(chamada de ligação sigma,
), as demais serão chamadas de pi,
. Veja o
esquema abaixo:
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Exemplo:
Para saber o tipo de hibridização do carbono (s 1p3; s1p2 ou s1p1. Acho que você
nunca viu escrito assim), basta contar quantas ligações sigmas existem ao redor
do carbono que você está analisando e a soma dos números tem que se igualar à
soma dos números da hibridização: s1px. Veja que 1 + x deve ser igual ao numero
de ligações simples.
Vou dar um exemplo. Depois, você treina para os demais casos.
- Nos carbonos 1 e 2: temos 3 ligações sigma. Portanto, os números em vermelho
00000000000
devem dar 3: logo, ambos terão hibridização s 1p2.
- Nos carbonos 3 e 4: temos 4 ligações sigma (contar as duas com os hidrogênios,
que estão “escondidas”). Portanto, os números em vermelho devem dar 4: logo,
ambos terão hibridização s1p3.
A tabela abaixo traz um resumo com importantes informações que devem ser
bem analisadas porque ajudarão a entender vários aspectos da química
orgânica.
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OUTRAS COMPOSTOS DE DIFERENTES FUNÇÕES ORGÂNICAS
Álcool
Álcoois são compostos orgânicos derivados dos hidrocarbonetos pela substituição
de Hidrogênio de carbono saturado por – OH, a hidroxila. É obrigatório que o
carbono em que se localiza a hidroxila seja saturado.
Exemplos
Classificação dos álcoois
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Podem-se classificar os álcoois de acordo com o número de hidroxilas por
moléculas:
número de OH
1 OH
2 OH
muitos OH
Classificação
monoálcool
Diálcool
poliálcool
Exemplo
Os monoálcoois podem ainda ser classificados em função do tipo de carbono em
que a hidroxila está ligada:
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OH ligado a
C primário
C secundário
C terciário
Classificação
Primário
Secundário
terciário
Exemplo
Nomenclatura IUPAC
A Nomenclatura dos álcoois segue as mesmas regras estabelecidas para os
hidrocarbonetos, com a diferença que agora o sufixo é OL para indicar o grupo
funcional –OH e a posição da hidroxila deve ser indicada. Quando houver alguma
ramificação ou insaturação as posições destas também devem ser indicadas, mas a
numeração da cadeia deve ser feita de forma a se obter o menor número para a
hidroxila. A hidroxila também deve estar sempre na cadeia principal.
Exemplos
Metanol
É um líquido incolor, altamente polar, de perigoso manuseio por atacar
irreversivelmente o nervo óptico, causando cegueira. É usado como combustível –
inclusive de aviões e de carros da Fórmula Indy–, anticongelante, solvente e
desidratante do gás natural. É conhecido por álcool da madeira (espírito da
madeira).
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Etanol
É um líquido incolor, volátil, é inflamável e possui toxidez moderada. É usado como
solvente, combustível, em bebidas alcoólicas, na indústria farmacêutica e
cosmética. Forma-se na fermentação alcoólica de açúcares, sendo obtido através
da destilação fracionada (espírito do vinho).
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Para os álcoois de cadeias carbônicas com 3 ou mais carbonos, devemos indicar a
posição da hidroxila, numerando a cadeia carbônica a partir da extremidade mais
próxima do grupo funcional.
Exemplo
Observações
Para a numeração das cadeias carbônicas dos álcoois deve-se iniciar pela
extremidade mais próxima da característica mais importante dos compostos, na
ordem:
Grupo Funcional > Insaturação > Radical
Exemplo:
Nomenclatura Usual
Iniciamos com a palavra álcool seguida do nome do radical ligado à hidroxila com a
terminação ico.
Exemplos
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Éteres
São compostos em que o oxigênio está ligado a dois radicais orgânicos. Podem ser
considerados como derivados da água, pela substituição dos dois átomos de
Hidrogênio por dois radicais orgânicos. Porém, uma possibilidade de síntese é a
partir da desidratação intermolecular de álcool. Seu grupo funcional é uma ponte de
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oxigênio (oxi-ponte), ligando duas cadeias carbônicas; por isso, também são
chamados óxidos orgânicos.
Tem fórmula geral R – O – R ou R – O – Ar ou Ar – O – Ar, podendo os radicais
serem ou não iguais entre si.
Se os dois radicais ligados ao oxigênio forem iguais, teremos éteres simétricos;
caso contrário, éteres assimétricos. Os éteres são obtidos a partir da desidratação
intermolecular dos álcoois.
Exemplos
Nomenclatura IUPAC
O menor grupo é acompanhado da terminação óxi, seguido do nome do
hidrocarboneto correspondente ao grupo maior.
Exemplo
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Nomenclatura Usual
A palavra éter é seguida do radical menor, radical maior acompanhado da
terminação ílico.
Exemplos
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Aldeídos
Os aldeídos entram na composição de perfumes, são responsáveis pela ressaca de
quem exagera na ingestão de bebidas alcoólicas e até podem ser utilizados na
conservação de peças anatômicas.
São compostos que apresentam o grupo funcional:
O grupo funcional C = O é chamado de carbonila.
Exemplos:
Nomenclatura IUPAC
A terminação é al. A cadeia principal deve ser a mais longa possível que apresentar
o grupo funcional. Para cadeias ramificadas, devemos numerar pela extremidade
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que contenha o grupo funcional. Este será sempre posição 1. E não precisa ser
mencionado no nome.
Exemplos
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Nomenclatura usual
Os aldeídos recebem o nome dos ácidos carboxílicos que eles dão origem.
Principais aldeídos
Cetonas
São compostos que apresentam o grupo carbonila entre dois grupos orgânicos.
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Exemplos
Nomenclatura IUPAC
A terminação é ona. A cadeia principal é a mais longa que possui a carbonila e a
numeração é feita a partir da extremidade mais próxima da carbonila.
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Exemplos
Nomenclatura Usual
Menciona-se o radical menor, o radical maior, ligados ao grupo carbonila, seguido
da terminação cetona.
Exemplos
Principais cetonas
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Ácidos carboxílicos
São compostos que apresentam pelo menos um grupo carboxila (carbonila +
hidroxila)
Exemplos
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Nomenclatura IUPAC
Inicia-se com a palavra ácido e a terminação utilizada é óico. A cadeia principal é a
mais longa que possui a carboxila. Para cadeias ramificadas, devemos numerar a
partir do carbono da carboxila.
Exemplos
Observação – Podem ser usadas também as letras gregas ao invés dos números;
o primeiro carbono após a carboxila recebe a letra .
Exemplo
Nomenclatura Usual
O nome usual para os ácidos é associado à sua origem ou a suas propriedades.
Exemplo 1:
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Ácido fórmico. Este ácido fórmico é encontrado em certas espécies de formiga
(daí o nome), pinheiros e em certos frutos, como também, no suor e na urina,
porém em dosagem mínima. Tem aplicação nas indústrias de couro, lã e algodão.
Exemplo 2
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Ácido acético. O ácido acético ou ácido glacial é um líquido muito tóxico, de cheiro
penetrante e sabor azedo (do latim acetum). A 16,7 °C forma cristais com o aspecto
de gelo (de onde vem o nome glacial). É usado na preparação de perfumes, seda
artificial e vinagre.
Exemplo 3:
Observação – Ácidos carboxílicos de cadeia longa, com mais de 10 carbonos na
cadeia principal, são denominados de ácidos graxos. São constituintes de óleos e
gorduras animais e vegetais.
Ésteres
São compostos derivados dos ácidos carboxílicos. Apresentam fórmula geral:
em que R e R’ são radicais alquil, alquenil, arila, etc., iguais ou diferentes.
Os ésteres possuem aroma bastante agradável. São usados como essência de
frutas e aromatizantes nas indústrias alimentícia, farmacêutica e cosmética.
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Constituem também óleos vegetais e animais, ceras e gordura.
Nomenclatura IUPAC
Colocando-se o grupo funcional como referencial, podemos dividir o nome em duas
partes:
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metanoato de metila (formiato de metila)
etanoato de metila (acetato de metila)
propanoato de fenila
metanoato de etila,
(usado como essência artificial de rum e groselha)
acetato de etila,
(usado como essência de maçã, pêssego e framboesa)
Aplicações dos Ésteres
Os ésteres são encontrados em muitos alimentos, perfumes, objetos e fármacos
que temos em casa. Confira o odor e as aplicações de alguns ésteres.
Aminas
Podem ser consideradas como sendo derivadas da amônia, NH 3, pela substituição
de um, dois ou três Hidrogênios por radicais alquila ou arila (aromáticos). Dessa
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forma, surge a classificação de amina primária, secundária e terciária.
Classificação geral:
Nomenclatura IUPAC
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São citados os nomes dos grupos substituintes em ordem alfabética, seguidos da
terminação amina.
As aminas aromáticas nas quais o nitrogênio se liga diretamente ao anel benzênico
Ar–NH2 são, geralmente, nomeadas como se fossem derivadas da amina aromática
mais simples:
a fenilamina (Anilina)
Outro exemplo:
Para aminas mais complexas, consideramos o grupo NH 2 como sendo uma
ramificação, chamada de amino.
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Amidas
As amidas entram na composição das proteínas.
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Podem ser consideradas como derivadas do NH 3 pela substituição de um, dois ou
três Hidrogênios pelos radicais acila
Grupo Funcional
Classificação
Nomenclatura IUPAC
Prefixo + saturação + amida
Exemplo
Fenol
São compostos que apresentam pelo menos um –OH ligado diretamente ao núcleo
benzênico.
Exemplo
Nomenclatura IUPAC
É utilizado o prefixo hidróxi, seguido da terminação benzeno. Caso existam
ramificações no núcleo benzênico, a numeração inicia-se na hidroxila e segue o
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sentido dos menores números.
Exemplos
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Observação
Este composto não é fenol e sim álcool, pois o grupo – OH encontra-se ligado a
carbono fora do anel benzênico. O composto é denominado fenil–metanol ou álcool
benzílico.
NITRILAS
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DICA (chamo, brincando, de NiTRIPLA, para fixar que neste caso o nitrogênio
faz tripla ligação com o Carbono)
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Gás cianídrico utilizado em câmaras de execuções nos EUA e também foi utilizado
no campo de extermínio Auschwitz-Birkenau.
Apresentam o grupo funcional:
Nomenclatura IUPAC
É dado nome ao hidrocarboneto correspondente seguido da terminação nitrila.
Nomenclatura Usual
Usa-se a palavra cianeto e, em seguida, o nome do radical preso ao grupo – C
N.
A nitrila mais importante é o propenonitrila, empregada na obtenção de borracha
sintética e de outros plásticos:
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Outros Exemplos
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NITROCOMPOSTOS
Nitrocompostos entram na composição de explosivos como TNT (trinitrotolueno)
Podem se considerados como derivados do ácido nítrico
pela
substituição do OH por um radical alquil ou aril; por isso, tem fórmula geral
ou
.
ou –NO2
O grupo funcional é o grupo Nitro
Nomenclatura Oficial IUPAC
Usa-se prefixo nitro antecedendo o nome do hidrocarboneto de que se origina o
nitro composto.
Exemplo
H3C – NO2
nitrometano
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2-nitro-pentano
2,4,6-trinitro-fenol (ácido pícrico)
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2,4,6-trinitro-tolueno (TNT)
Outros Exemplos
6. QUESTÕES COMENTADAS
Questão 01) Considere os compostos: ciclo-hexanotiol, 2-mercapto-etanol e 1,2etanoditiol. A característica comum aos três compostos relacionados anteriormente
é:
A) Os três são álcoois cíclicos.
B) Os três são álcoois alicíclicos.
C) Os três são altamente cancerígenos.
D) Os três têm átomos de enxofre substituindo o oxigênio em ligações como
carbono e hidrogênio nos álcoois correspondentes.
E) Os três têm átomos de enxofre substituindo o carbono em ligações como
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oxigênio e hidrogênio nos compostos correspondentes.
GAB D
RESOLUÇÃO: os compostos que possuem o elemento oxigênio em sua
estrutura podem apresentar uma substituição deste por átomos de enxofre.
Caso isto ocorra, o nome do composto apresentará sufixo tiol.
COMENTÁRIO DO PROFESSOR:
Por que se faz esta troca? Qual finalidade? Bem caro amigo, em
química medicinal farmacêutica esta troca é muito relevante, pois, permite
modificar (pouco ou muito) várias propriedades físico-químicas do composto
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inicial. E isto modifica aspectos tais como: polaridade, solubilidade, absorção
cutânea (em alguns tipos de fármacos), permeação por barreiras celulares,
velocidade de metabolismo, potência do fármaco, etc.
O nome desta troca na química farmacêutica é “bioisosterismo”. Repare
que o oxigênio e o enxofre estão na mesma família da tabela periódica.
Portanto, não teríamos modificações nos números de elétrons nas camadas
eletrônicas.
Questão 02) “A cafeína é um dos alcaloides mais utilizados pelas pessoas. Está
presente nas sementes do café, nas folhas de alguns tipos de ervas usadas na
preparação de chás, no cacau e na fruta do guaraná.”(cafeína, texto 8, Química,
Ensino Médio). Assinale as funções presentes na cafeína:
A) Cetona e amina.
B) Cetona e fenol.
C) Amina e amida.
D) Cetona e amida.
E) Amida e fenol.
GAB C
RESOLUÇÃO: Basta identificar as funções. Uma dica para diferenciar amida e
amina que dou é que amiDa (tem D de dupla, no caso dupla com oxigênio no
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carbono imediatamente vizinho do Nitrogênio). A amida aparece duas vezes .
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Questão 03) Os compostos isobutanol, 3-metilbutanal e propionato de alila são,
respectivamente:
A) Um álcool, um aldeído e um éster
B) Um álcool, um aldeído e um éter.
C) Uma cetona, um éster e um ácido carboxílico.
D) Um éster, um éter e uma cetona.
E) Um aromático, uma cetona e um éster.
GAB A
Somente pelos sufixos (terminações dos nomes seria possível de responder).
Questão muito fácil, de resposta imediata.
Isobutanol: terminação ol de álcool
3-metilbutanal: terminação AL, de aldeído
propionato de alila: terminação ato pode ser sal (se o nome tiver depois um
metal, exemplo, propionato de sódio); pode ser um éster (se depois do sufixo
oato tiver o nome de um radical carbônico), como no caso em questão (metila,
etila, butila, alila)
OBS: a terminação ol também estar presente nas funções fenol e enol,
quando se emprega os nomes oficiais. Porém, no caso de fenol deve-se
observar a necessidade de ter uma cadeia aromática (referente ao benzeno).
No caso do enol deve-se observar que a terminação ol é precedida da
indicação de dupla ligação entre carbonos (en + ol = enOL).
Questão 04) Sabe-se que a massa molar da água é de 18g/mol, bem mais próxima
do metano (16g/mol). O metano, no entanto, é um gás à temperatura ambiente,
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enquanto a água é líquida. Sua temperatura de ebulição (– 161ºC) é muito inferior à
água (100º). Poderíamos argumentar que a água é formada por moléculas polares,
enquanto o metano, por moléculas apolares. Como se explica esse fato?
A) Força de Van der Waals
B) Ligação dipolo-dipolo.
C) Ligação covalente.
D) Ligação iônica.
E) Ponte de hidrogênio.
GAB E
RESOLUÇÂO:
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A molécula de água é polar e apresenta H ligado diretamente ao Oxigênio,
caracterizando um dos tipos de ligação por pontes de Hidrogênio (que ocorre
quando o H estiver ligado diretamente a F ou O ou N). Devido ao fato destes
átimos terem alta eletronegatividade e baixo raio atômico isto confere a estas
ligações uma alta polaridade. E a polaridade reflete, entre outras
propriedades, no ponto de ebulição.
No caso dos hidrocarbonetos (no caso o metano) a diferença de
eletronegatividade entre o Carbono e o Hidrogênio é muito pequena. Isto
geralmente acarreta em moléculas com apolaridade molecular. As interações
entre estas moléculas seriam do tipo Força de Van der Waals.
Portanto, creio que dependendo da interpretação do candidato ele também
poderia marcar a alternativa A, se relacionasse ao metano a comparação do
enunciado. Esta questão, a meu ver, poderia ser anulada.
7. Reações Orgânicas
Esta aula está bem longa. Mas como a banca não dá indícios do que pode
cair, vou combinar com vocês uma conduta: primeiro vou colocar o básico do
assunto, com vários exemplos. Depois, um aprofundamento. Assim, posso
tentar cobrir tudo o que poderá ser pedido.
Aqui meu caro aluno, montei a aula com a seguinte intenção pedagógica:
primeiro você encontrará a parte básica, para ver como são as reações, o que
elas produzem, as diferenças entre os produtos e reagentes, etc. Depois,
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segue uma parte com o mecanismo reacional característico de cada tipo de
reação.
Na minha singela opinião creio que a parte de mecanismos não é muito
cobrada em provas. Os concursos querem saber seu conhecimento geral e,
nem sempre, o específico. Porque, na prática, o mais importante é saber o que
a reação produzirá. Como produzirá depende do mecanismo reacional.
A meu ver, de uma maneira bem simples, diria que o mecanismo reacional
serve para explicar algumas diferenças entre os produtos.
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REAÇÕES ORGÂNICAS
Reações de substituição
Um nucleófilo (base de Lewis) é um ânion ou molécula neutra que possui um par de
elétrons não-compartilhados. Por exemplo, quer HO - quer H2O podem atuar como
nucleófilos reagindo com alcanos halogenados para produzir álcoois:
Muitas substâncias podem atuar como substratos de substituições nucleófilas, além
dos derivados halogenados dos alcanos. Para ser reativa, uma molécula deve
possuir bons grupos migrantes. Nos alcanos halogenados o halogênio substituinte
é o grupo migrante: deixa a molécula sob a forma de ânion. Para ser um bom
grupo migrante, o substituinte deve ser capaz de deixar a molécula sob a
forma de íon (ou molécula) relativamente estável, fracamente básico. Os
halogenetos são relativamente estáveis e são bases muito fracas, pelo que
constituem bons grupos migrantes.
Substituições nucleófilas unimoleculares (SN1).
Uma reação diz-se unimolecular quando (à pressão e temperatura constantes) a
sua velocidade só depende da concentração de um dos reagentes. Isto significa
que o passo limitante da reação e, portanto, o passo mais lento, não envolve
colisão de moléculas. Exemplo: a reação do cloreto de terc-butilo com a água.
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A reação é iniciada pela saída do ânion cloreto. Forma-se então um carbocátion
(eletrófilo muito forte), que será facilmente atacado pela água. A água substitui,
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assim, o Cl que estava ligado à molécula. A desprotonação final dá origem ao
álcool.
Substituições nucleófilas bimoleculares (SN2)
Uma reação diz-se bimolecular quando (à pressão e temperatura constantes) a sua
velocidade depende da concentração de dois reagentes. Isto significa que o passo
limitante da reação e, portanto, o passo mais lento, envolve colisão de duas
moléculas. Por exemplo: a reação do ânion hidróxido com a clorometano:
No estado de transição o carbono está rodeado por cinco substituintes: existe uma
ligação parcialmente formada entre o carbono e o oxigênio, ao mesmo tempo em
que a ligação entre o carbono e o cloro se rompe. Nesta reação ocorre inversão de
configuração.
Quais os fatores que favorecem as SN1?
Todos os fatores que estabilizem o estado de transição (ET) mais do que o estado
inicial aceleram a reação por diminuírem a energia de ativação:
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Analogamente, os fatores que instabilizem mais o estado inicial do que o ET
aceleram a reação.
Portanto serão favoráveis à reação SN1:
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
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Grupos doadores de elétrons, capazes de estabilizar a carga do
carbocátion por efeitos indutor ou mesomérico. Este tipo de reação será portanto
favorecido em carbonos terciários>secundários >primários

Grupos capazes de deslocalizar a carga por deslocalização eletrônica.

Grupos volumosos, por instabilizarem o estado inicial mais do que o estado
de transição: no estado de transição os grupos volumosos estão mais afastados uns
dos outros, diminuindo as repulsões das suas nuvens eletrônicas.

Grupos migrantes muito estáveis na forma livre, como por exemplo bases
fracas. Um grupo X sairá tanto mais facilmente quanto mais fraca for a base X. É
por isso que a ordem de facilidade para os halogênios é: I - >Br- >Cl- >F
Solventes mais ionizantes (mais polares) favorecem as SN 1 em que existe
formação de partículas carregadas a partir de um reagente neutro, uma vez que vão
estabilizar mais o estado de transição (carregado) do que o estado inicial neutro.
Estes solventes desacelerarão as reações em que o estado inicial contém cargas
mais concentradas do que o estado de transição:
Neste caso, o estado inicial (que tem a carga mais concentrada no S) será mais
estabilizado por um solvente polar do que o estado de transição em que o S está
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mais distante do carbono, uma vez que neste estado a carga se encontra mais
dispersa.
Quais os fatores que favorecem as SN2?
Em primeira análise, basta escolher condições menos propícias a ocorrer SN 1:

Os nucleófilos deverão ser muito ativos. Ex: RO-, HO-, I-, CN-. Nestes casos,
os nucleófilos têm tendência a reagir com o átomo central ainda antes do grupo
migrante sair.
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Os carbonos atacados não deverão ter grupos capazes de estabilizar cargas

positivas. Portanto, SN2 ocorrerá bem em carbonos primários.
Os grupos que rodeiam o carbono devem ser pequenos, para permitir a

presença simultânea de cinco grupos em torno do átomo central.
Quanto ao solvente, a reação tanto pode ser acelerada como retardada. Tudo

depende da comparação dos estados inicial e de transição. Se se forma carga,
solventes polares favorecerão SN2. Nas outras situações, a reação será retardada
por solventes polares.
Efeito da força da base nos grupos migrantes
Grupo migrante
pKa
do
acido
conjugado
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<0
Bons
grupos
migrantes
IBr-
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H2O
Me2S
ClCF3CO2-
0,2
H2PO4-
2
CH3CO2-
4,8
CN-
9,1
NH3
9,2
Fracos
10
grupos
migrantes
RNH2, R3N
10
C2H5S-
10,6
HO-
15,7
CH3O-
15
NH2-
36
CH3-
49
Maus..
Péssimos...
Forças dos nucleófilos
Átomos de N
Átomos de O Átomos de N/O
NH2-
C2H5O-
NH2-
C2H5NH-
HO-
HO-
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NH3
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CH3CO2-
H2O
H2O
O efeito de solventes apróticos nas reações de SN 2
Um solvente designa-se prótico se possui hidrogênios ligados a átomos bem
eletronegativos (normalmente oxigênio). Exemplo:
Estes hidrogênios têm todos certo caráter ácido, pois, podem formar pontes de
hidrogênio e solvatar espécies com carga negativa:
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Os nucleófilos bem solvatados são menos reativos: a carga encontra-se mais
deslocalizada, e a camada de moléculas de solvente à sua volta dificulta o ataque
nucleofílico: é necessário retirar moléculas de solvente para haver espaço para
ceder o par de elétrons a outra espécie.
Um solvente aprótico não tem este tipo de hidrogênios. P. Ex.:
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Portanto, os nucleófilos carregados negativamente não sofrerão perda de
reatividade nestes solventes. Por isso, realiza-se SN2 preferencialmente em
solventes polares apróticos. Os solventes polares apróticos mantêm a capacidade
de estabilizar espécies de carga positiva, pois, além disso ajudarão a estabilizar o
estado de transição.
A)
SUBSTITUIÇÃO EM ALCANOS
Os alcanos são hidrocarbonetos alifáticos saturados de fórmula geral: CnH2n+2. São
conhecidos como parafinas (do latim parum affinis, “pouca afinidade, isto é, pouco
reativo) porque apresentam fraca tendência a se combinarem.
Nos alcanos existem apenas ligações covalentes C – C e C – H, a estrutura dos
carbonos é tetraédrica e os ângulos de ligação são de 109°28’.
Vamos recordar alguns alcanos:
CH4 Metano (gás dos pântanos)
H3C__ CH3 Etano
H3C__ CH2__ CH3 Propano
H3C__ CH2__ CH2__ CH3 Butano
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Propriedades Físicas dos Alcanos
O ponto de ebulição aumenta de 20 a 30 °C para cada carbono adicionado à
cadeia. Em condições ambientais verificam-se os três estados físicos: gases (de 1 a
4 carbonos), líquidos (de 5 a 18 carbonos) e sólidos (mais de 18 carbonos).
No caso dos alcanos isômeros, quanto mais ramificada a cadeia, mais baixo o
ponto de ebulição.
O ponto de fusão aumenta com o tamanho da cadeia carbônica, porém esse
aumento não é muito regular como o ponto de ebulição.
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Para a densidade valem as mesmas considerações feitas para o P.E.. Os alcanos
são menos densos que a água, já que as interações entre as moléculas são mais
fracas.
Os alcanos são solúveis em solventes apolares, como benzeno, CCl 4, CS2, éter etc.
Respeitando a regra: “semelhante dissolve semelhante” (apolar dissolve apolar).
Reações
Os alcanos participam de poucas reações. Estas ocorrem somente em condições
rigorosas e normalmente resultam de misturas de produtos. No final da reação,
obtêm-se produtos da substituição de átomos de hidrogênio do alcano por outros
átomos ou grupos de átomos.
O hidrogênio que sofre mais facilmente substituição é o ligado ao carbono terciário,
e o mais dificilmente substituível é o ligado ao carbono primário. Temos, portanto, a
seguinte ordem decrescente da facilidade de substituição do hidrogênio.
A ordem de reatividade apresentada indica a orientação da reação para o alcano.
Com a saída de hidrogênio, verifica-se a formação de radicais, que são derivados
de um alcano. A estabilidade de um radical está relacionada com o alcano que o
originou. Se a facilidade da retirada de átomos de hidrogênio se coloca pela ordem:
terc. > sec. > prim. > CH4, da mesma maneira, também se deve colocar a ordem de
facilidade de formação dos radicais:
Terc. > Sec. > Prim. > · CH3
Portanto, quanto mais estável for um radical, mais facilmente ele será formado.
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Vários são os tipos de substituições e estas recebem nomes particulares, conforme
veremos nos casos abaixo:
1. Reação de Halogenação
É a reação de substituição que, neste caso, ocorre entre alcanos e halogênios,
principalmente cloro e bromo. Verificam-se reações com o flúor, desde que este se
encontre diluído com um gás inerte (a reação com flúor é extremamente explosiva e
perigosa); com o iodo praticamente não se observa reação.
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Na reação de halogênios com alcanos, forma-se mistura de mono, di, tri, poli
halogênios alcanos. Na reação com metano e cloro forma-se uma mistura de
derivados clorados do metano. A velocidade das reações de halogenação pode
aumentar na presença de luz solar ou ultravioleta.
É uma reação que ocorre por um mecanismo de radicais livres:
Veja exemplo abaixo:
00000000000
Já os alcanos com 3 ou mais átomos de carbono sofrem esta reação fornecendo
uma mistura de compostos e ocorrendo em maior quantidade a reação que
aconteceu no carbono mais reativo.
Exemplo
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Observação
As reações de halogenação dos alcanos ocorrem através de uma substituição via
radical livre. O mecanismo pode ser representado da seguinte maneira:
1a etapa: Cl
2a etapa: H3C
Cl
2Cl Cisão homolítica
H + Cl
3a etapa: H3C + Cl
Cl
H3C + HCl
H3C __ Cl + Cl
O radical livre Cl• formado na 3 a etapa reage com o hidrocarboneto, conforme
descrito na 2a etapa.
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2. Reação de Nitração
Reação de alcanos com ácido nítrico (HNO3 ou HO – NO2).
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B)
SUBSTITUIÇÃO EM AROMÁTICOS
Os hidrocarbonetos aromáticos são o benzeno, seus derivados e outros compostos
que a ele se assemelham.
Alguns aromáticos importantes:
A característica química do núcleo benzênico são as reações de substituição
eletrófila aromática, que consistem na substituição de hidrogênio por outros
átomos ou grupos de átomos:
1. Halogenação no Benzeno
O cloro e o bromo na presença de AlCl 3 como catalisador dão reação de
substituição com o benzeno, sendo que o iodo não reage com esse hidrocarboneto.
2. Nitração no Benzeno
Os hidrocarbonetos aromáticos reagem com mistura sulfonítrica (HNO 3 concentrado
00000000000
e H2SO4 concentrado) formando nitroderivados aromáticos.
3. Sulfonação do Benzeno
Os hidrocarbonetos aromáticos reagem com H 2SO4 fumegante, com ligeiro
aquecimento por meio de reação de substituição.
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4. Alquilação (Reação de Friedel-Crafts)
São reações que ocorrem envolvendo hidrocarbonetos aromáticos e haletos
orgânicos.
Alquilar uma molécula consiste em introduzir nesta grupo alquilo (por exemplo
radicais metilo, etilo, propilo, etc.). Os alcenos podem ser alquilados sob catálise
ácida a baixas temperaturas.
00000000000
A alquilação é utilizada para obter compostos ramificados.
5. Acilação ( Reação de Friedel-Crafts)
São reações que ocorrem envolvendo hidrocarbonetos aromáticos e haletos de
ácido.
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C)
As
Radicais Dirigentes
posições
1,2;
1,3;
1,4
nos
compostos
aromáticos
são
chamadas,
respectivamente, de posições orto, meta, para.
Exemplos
Quando um radical estiver ligado ao anel benzeno ou a um grupo funcional, estes
dirigirão a substituição e serão denominados radicais dirigentes.
Os radicais dirigentes podem ser agrupados em duas classes:
I. Radicais orto e para dirigentes
São radicais que, quando ligados ao núcleo aromático, orientam as substituições
exclusivamente para as posições orto e para. Simbolicamente, representamos
00000000000
estes radicais por X.
Os principais radicais orto-para dirigentes:
Exemplos
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a)
Monocloração do tolueno (metilbenzeno)
Ocorre nesta posição devido ao fato do radical metil (– CH3) ser orto ou para
dirigente.
b) A trinitração do tolueno produz o trinitro-tolueno(TNT), usado como explosivo.
OBS: podemos generalizar dizendo que os radicais são SATURADOS.
II. Radicais meta dirigentes
São os radicais que, quando ligados ao núcleo aromático, orientam as substituições
exclusivamente para as posições meta
Representamos simbolicamente por Y:
00000000000
São os seguintes os principais radicais metadirigentes:
Exemplo:
Monocloração do nitrobenzeno:
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OBS: podemos generalizar dizendo que os radicais são INSATURADOS ou que
apresentam ligação dativa.
Outras Reações do Benzeno e seus Derivados
I. Hidrogenação
É lenta e necessita de temperatura e pressão elevadas devido à grande
estabilidade do anel benzênico.
Exemplo:
II. Oxidação
A utilização de oxidante como MnO4-/H+ (KMnO4 / H2SO4 ) ou K2Cr2O7 / H2SO4 a
quente provoca oxidação da cadeia lateral mas nunca afeta o anel benzeno. A
oxidação sempre acontece no carbono ligado ao anel (carbono
). Através dessa
reação, podem-se sintetizar ácidos carboxílicos aromáticos.
Exemplos
00000000000
III. Substituição na cadeia lateral
Importante observar as diferenças de condições da reação:
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Consideremos a nitração do benzeno, do tolueno e do (trifluorometil)benzeno:
O tolueno é mais reativo do que o benzeno. A sua nitração ocorre de 20 a 25 vezes
mais depressa do que a nitração do benzeno. Ao invés, a nitração do
(trifluorometil)benzeno é cerca de 40000 vezes mais lenta do que a do benzeno. O
efeito é semelhante para todas as reações de substituição eletrofílica aromática.
Diz-se, portanto, que o grupo metilo do tolueno ativa o anel, e que o trifluorometilo
desativa o anel. Substituintes ativantes aumentam a velocidade das reações de
substituição
eletrofílica
aromática.
Substituintes
desativantes
diminuem
a
velocidade das reações de substituição eletrofílica aromática.
Orientação
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Ao contrário do benzeno, no tolueno as diferentes posições do anel não são
equivalentes. A substituição no tolueno pode originar produtos substituídos em orto,
meta ou para. Na nitração do tolueno, formam-se predominantemente os isômeros
orto- e para-. O isômero meta- forma-se apenas em quantidades vestigiais. Diz-se
por
isso
que
o
grupo
(trifluorometil)benzeno
metilo
produz
é
um
orto-,
para-dirigente.
resultado
diferente:
A
nitração
forma-se
do
quase
exclusivamente o isômero meta. Diz-se, portanto, que o substituinte trifluorometil é
um meta-dirigente.
Já vimos que a substituição eletrofílica aromática ocorre através de um
intermediário: o cátion cicloexadienilo. O estudo da estrutura e da estabilidade deste
cátion é a chave para a compreensão do efeito dos substituintes na velocidade e na
regioseletividade. O princípio fundamental é: um carbocátion mais estável forma-se
mais rapidamente que um carbocátion menos estável. Consideremos novamente a
nitração do tolueno. O grupo metilo aumenta a densidade eletrônica do anel por
efeito indutivo, tornando todas as suas posições mais susceptíveis de ataque
eletrofílico do que as posições correspondentes no benzeno. Além disso, no caso
do ataque orto, as estruturas contribuintes incluem um carbocátion terciário muito
estável, devido ao efeito indutivo do grupo metilo:
No caso do ataque meta, todas as estruturas contribuintes são carbocátions
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secundários. O ataque em orto será, portanto, favorecido em comparação com o
ataque em meta.
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Exercício: Comprove que no caso do ataque para, também existe um carbocátion
terciário entre as estruturas contribuintes.
Algo diferente se passa no caso do (trifluorometil)benzeno. O grupo trifluorometilo
retira densidade eletrônica ao anel por efeito indutivo, tornando todas as suas
posições menos suscetíveis de ataque eletrofílico
correspondentes
no
benzeno.
Tal
como
no
do
que
tolueno,
as posições
o
ataque
do
(trifluorometil)benzeno pelo NO2+ em posição orto dá origem a um carbocátion
terciário entre as estruturas contribuintes:
No entanto este carbocátion terciário é extremamente instável: a grande
eletronegatividade dos átomos de flúor cria uma deficiência eletrônica significativa
no carbono (assinalada por
+
). O carbocátion terciário possui então duas cargas
positivas em átomos adjacentes, o que o instabiliza bastante. O mesmo acontece
quando o ataque é realizado em para. O ataque em meta- não tem este
inconveniente, pelo que o produto da nitração do (trifluorometil)benzeno será quase
exclusivamente o isômero meta.
Grupos ativantes
EFEITO NA VELOCIDADE
SUBSTITUINTE
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Muito fortemente ativantes
EFEITO
NA
ORIENTAÇÃO
-NH2 ,-NHR,-NR2, -OH
Fortemente ativantes
Orto-, para-dirigentes
-OR,
Ativantes
-R, -CH=CR2,
Desativantes
-F, -Cl, -Br, -I
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Fortemente desativantes
Meta-dirigentes
Muito
fortemente
desativantes
-CF3, -NO2
Conforme se pode ver na tabela, vários substituintes ativantes orto-, para-dirigentes
contêm um átomo de oxigênio ou de nitrogênio ligado ao anel benzênico. Os
cátions cicloexadienilo formados por ataque orto- ou para- são estabilizados por
doação de um par de elétrons não compartilhados do oxigênio ou nitrogênio.
Observemos o intermediário formado por ataque orto- de um anel contendo um
grupo alcóxi (-OR).
O par de elétrons não compartilhados do oxigênio estabiliza o cátion originado de
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ataque para- da mesma forma, mas o cátion originado pelo ataque meta- não
beneficia desta estabilização. Conforme ilustrado por este exemplo, substituintes
com pares de elétrons não compartilhados ligados ao anel são orto-, paradirigentes. Todos os substituintes ativantes estabilizam o cátion doando densidade
eletrônica ao anel. Além disso, todos os substituintes ativantes são orto-, paradirigentes.
Grupos desativantes
Todos os substituintes meta- dirigentes são desativantes, por exemplo, reagem
mais lentamente do que o benzeno. Geralmente, os substituintes desativantes
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encontram-se ligados ao anel benzênico através de átomos com uma carga positiva
(total ou parcial), cujo efeito é retirar densidade eletrônica do anel e diminuir a
estabilidade do cátion cicloexadienilo. Um exemplo comum é o grupo carbonilo
(C=O). A ligação carbono-oxigênio é bastante polarizada, e o átomo de carbono (o
menos eletronegativo do par) é a zona positiva do dipolo:
Os intermediários da nitração do benzaldeído são:
A nitração do benzaldeído dá origem, quase exclusivamente, ao isômero meta-,
uma vez que os intermediários dos ataque em orto- e em para- são instáveis devido
à presença de cargas positivas em átomos adjacentes.
Os halogênios são substituintes peculiares: apesar de desativantes, são orto-, paradirigentes. O seu efeito desativante é devido à sua elevada eletronegatividade, que
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provoca diminuição de densidade eletrônica no anel. No entanto, tal como o
oxigênio e o nitrogênio, os halogênios possuem pares de elétrons não
compartilhados que podem ser doados ao carbono carregado positivamente, o que
estabiliza os intermediários derivados de ataque orto- e para-:
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REAÇÕES DE ADIÇÃO
A)
ADIÇÃO EM ALCENOS
Alcenos são hidrocarbonetos alifáticos insaturados por uma dupla-ligação de
fórmula geral CnH2n . São também conhecidos como olefinas, devido ao seu aspecto
visual.
O alceno mais importante é o etileno:
1. Propriedades físicas
Assemelham-se aos alcanos, sendo insolúveis em solventes polares, são menos
densos que a água e apresentam baixo ponto de fusão e ebulição.
2. Propriedades químicas
A química dos alcenos é a química da ligação dupla. Como a ligação dupla consiste
em uma ligação forte e uma ligação fraca, as reações envolvem a quebra da ligação
fraca. Esta espécie de reação é denominada reação de adição eletrofílica
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Reações de adição
Adição de halogênios
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A reação ocorre via carbocátions. A nuvem p polariza a ligação Br-Br, provocando a
sua dissociação heterolítica, e a formação de um carbocátion.
Br- (uma base de Lewis) adiciona então ao carbocátion. A adição ocorre do lado
oposto àquele a que se encontra o outro átomo de Br (adição anti), devido a razões
estereoquímicas. No caso do cloro a reação é menos estereoespecífica.
I. Hidrogenação catalítica (método de Sabatier – Senderens)
É a reação com H2, na presença de Ni ou Pd como catalisador. Pode ser
considerada uma reação de redução.
Exemplo
00000000000
É uma adição em que o ataque se dá ao mesmo tempo e de um mesmo lado (cis).
II. Halogenação em alcenos
Os alcenos adicionam halogênios, formando di-haletos vicinais.
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Os produtos das reações de alcenos com halogênios são de consistência oleosa,
daí o nome olefina dado a esses hidrocarbonetos.
III. Halogenidretos em alcenos
Os alcenos adicionam halogenidretos (HCl, HBr, HI, HF), formando haletos de
alquila.
1) Regra de Markovnikov
Nas reações de adição, a porção positiva (H+) a adicionar dirige-se para o carbono
mais hidrogenado da insaturação.
Exemplo
2) Regra de Karash
Na presença de peróxido (O2)2– ocorre inversão da regra de Markovnikov (o
halogenidreto usado deve ser o brometo de hidrogênio HBr).
Explicando as duas situações:
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Adição de halogenetos de hidrogênio
A adição de halogenetos de hidrogênio progride por carbocátions. Nestes casos,
observa-se
a
regra
de
Markovnikov:
quando
um
alceno
substituído
assimetricamente reage com um halogeneto de hidrogênio, o hidrogênio liga-se
ao carbono que tem o maior número de hidrogênios, e o halogênio ao
carbono com menos hidrogênios.
No caso do HBr, a adição pode ocorrer ao contrário da regra de Markovnikov em
condições especiais. Isto ocorre quando se efetua a reação em presença de
radicais (p. ex: peróxidos). Nestes casos, o HBr é cindido homoliticamente pelos
radicais presentes, dando origem a dois radicais: H e Br. O radical Br adicionará ao
carbono com mais hidrogênios (por ter mais espaço livre à sua volta) dando origem
a um radical centrado no outro carbono da ligação. Este radical reagirá então com
H, completando a reação.
IV. Hidratação de alcenos
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São reações que envolvem o hidrocarboneto alceno e água na presença de
catalisador e em meio ácido.
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B)
ADIÇÃO EM ALCINOS
Alcinos são hidrocarbonetos alifáticos insaturados por uma única tripla ligação, são
também denominados de hidrocarbonetos acetilênicos. Sua fórmula geral é C nH2n –
2.
Os alcinos podem ser obtidos de várias maneiras, sendo a mais importante a partir
do acetileno, que, por sua vez, é preparado do petróleo, do gás natural ou de
carvão, calcário e água. Este último processo (calcário e água) é especialmente
importante por se tornar uma alternativa, dada a dificuldade de se encontrar
petróleo.
O acetileno é o ponto de partida de inúmeras sínteses importantes na área
industrial, produzindo entre outras substâncias o etileno, acetona, ác. acético,
acetaldeído, cumeno, benzeno etc.
Alguns alcinos importantes:
00000000000
1. Classificação dos Alcinos
I. Alcinos Falsos
A tripla ligação está situada no interior da cadeia, isto acarreta comportamento
normal da tripla ligação, isto é, reação de adição semelhante aos alcenos.
Exemplos
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II. Alcinos Verdadeiros
A tripla ligação está situada na extremidade da cadeia. Isto acarretará, além do
comportamento normal da tripla ligação, outro, decorrente do fato do hidrogênio
terminal ter caráter ácido. Isto explica por que estes alcinos, além da reação de
adição, também dão reação de substituição no hidrogênio ácido.
Exemplos
2. Propriedades Físicas dos Alcinos
Sendo compostos praticamente apolares, os alcinos têm propriedades físicas
essencialmente iguais às dos alcanos e dos alcenos. Assim, são insolúveis em
água, mas bastante solúveis em solventes orgânicos (éter, benzeno etc...). Seu
ponto de ebulição aumenta com o número de átomos de carbono e são menos
densos que a água.
Considerando somente os alcinos de cadeia normal, nas condições ambientais, do
00000000000
acetileno aos butinos, são gases, dos pentinos aos pentadecinos (15 C) são
líquidos e dos hexadecinos (16 C), em diante, são sólidos.
3. Propriedades Químicas dos Alcinos
I. Reações de Adição à Tripla Ligação
Os alcinos apresentam propriedades químicas regidas pela presença da tripla
ligação.
São mais reativos que os respectivos alcenos, pois têm maior densidade eletrônica,
sendo as das ligações pi ( ) mais vulneráveis.
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A reação de adição acontece tanto em alcino falso quanto com os verdadeiros. O
ponto vulnerável é a tripla ligação e, em particular, as duas ligações pi ( ), que
podem sofrer adições gradativas, dependendo do reagente e das condições
energéticas da reação.
a)
Hidrogenação
É a reação com hidrogênio, na presença de catalisadores. Por hidrogenação
moderada os alcinos dão alcenos e em condições mais energéticas dão alcanos.
b)
Halogenação
É a reação com halogênios (F 2, Cl2, Br2, I2) que deve ser feita com cuidado, sendo
difícil de controlar, podendo, portanto gerar misturas.
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c)
Adição com HX (Halogenidretos = HCl, HBr, HI, HF)
É a reação com haletos de hidrogênio que pode ocorrer em etapas e segue a regra
de Markovnikov produzindo, no final, di-haletos gêmeos (halogênio no mesmo
carbono).
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d)
Adição de Água
Os alcinos reagem com água na presença de H 2SO4 e a solução de H+. Essa
reação produzirá enol, que, por tautomerização, produzirá o correspondente
composto carbonílico (aldeído ou cetona, dependendo da posição da insaturação).
Essa reação também obedece à regra de Markovnikov.
Observação – Em decorrência da regra de Markovnikov, os alcinos falsos ou
verdadeiros produzem cetona, e apenas o acetileno produz aldeído.
A adição de água ao acetileno para formar acetaldeído, que pode ser oxidado a
ácido acético (vinagre), é um processo extremamente importante dentro da
indústria.
II. Reação de Substituição nos Alcinos Verdadeiros
– Reação com metais alcalinos (Na°)
Os alcinos verdadeiros reagem com esses metais, principalmente com o sódio
metálico, através de uma reação de deslocamento, dando os acetilenos
correspondentes.
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Não vamos esquecer:
não reage, alcino falso
Essa reação constitui um método rápido de identificação de alcinos verdadeiros.
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C)
ADIÇÃO EM ALCADIENOS
Alcadienos são hidrocarbonetos alifáticos insaturados por duas duplas-ligações, de
fórmula geral CnH2n – 2 . São também denominados de dienos ou diolefinas.
1. Classificação
Os alcadienos são classificados conforme a posição das duplas-ligações.
I. Alcadienos acumulados
Quando as duas duplas estão no mesmo carbono.
Exemplos
II. Alcadienos conjugados
Quando as duas duplas estão separadas por uma ligação simples.
Exemplos
III. Alcadienos isolados
Quando as duas duplas estão separadas por mais de uma ligação simples.
Exemplos
00000000000
Os mais importantes dos alcadienos são conjugados porque possuem maior
estabilidade e grande importância industrial.
2. Propriedades Químicas dos Alcadienos
A exemplo dos alcenos, aqui também ocorre reação de adição eletrofílica.
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Evidentemente tendo duas duplas-ligações, os dienos darão essas reações em
dobro (parcial e total) quando comparadas com os alcenos.
A reação mais interessante, contudo, ocorre com os dienos conjugados, por
exemplo.
A adição 1,2 não tem nada de extraordinário. A grande novidade é o aparecimento
da adição 1,4 onde os bromos se ligam nas extremidades e a dupla pula para a
posição central. A adição 1,4 é típica dos alcadienos conjugados. Porém, é claro
que a adição de mais bromo à reação será de adição total.
Exemplo
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Mecanismo da Adição 1,4
É um mecanismo iônico do tipo adição eletrófila. Deste modo, a reação entre o
e o bromo será assim explicada.
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Aqui surge a novidade: os carbonos (3) e (4) têm um excesso de elétrons que é
representado pela ligação dupla (orbital ). Eles podem, então, ceder esse excesso
de elétrons em socorro ao carbono (2) que ficou positivo (íon de carbônio) e este
processo de transferir o elétron denomina-se ressonância.
Com isso, a dupla-ligação pula para o centro da molécula e o carbono (4) fica
positivo. Você poderia perguntar: qual a vantagem disso?
A vantagem é que agora o ônus da carga positiva (que nenhum carbono tolera
muito bem) está sendo dividido entre os carbonos (2) e (4) e, deste modo, o
conjunto (híbrido de ressonância) fica mais estável.
D)
ADIÇÃO E SUBSTITUIÇÃO EM CICLANOS
Ciclanos ou cicloalcanos são hidrocarbonetos cíclicos saturados, de fórmula geral
CnH2n, também conhecidos como cicloparafinas.
Os mais importantes ciclanos são:
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1. Propriedades Químicas dos Ciclanos
I. Hidrogenação
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Os ciclanos com três átomos de carbono no ciclo adicionam hidrogênio, na
presença de níquel, à temperatura relativamente baixa (120 °C); os ciclanos com
quatro átomos de carbono no ciclo também adicionam hidrogênio, na presença de
níquel, à temperatura mais alta (200 °C); os ciclanos com cinco átomos de
carbono no ciclo adicionam hidrogênio, na presença de níquel, à temperatura ainda
mais alta (300 °C). Os ciclanos com seis átomos de carbono no ciclo não adicionam
hidrogênio. Em resumo os três primeiros ciclanos (ciclopropano, ciclobutano e
ciclopentano) dão reação de adição e os demais ciclanos, reação de
substituição.
Por exemplo:
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II. Halogenação
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III. Reação com Halogenidreto (HCl, HBr, HI)
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2. Teoria da Tensão dos Anéis de Bayer
Pelas reações anteriores, conclui-se que a estabilidade dos ciclanos aumenta do
ciclopropano para o cicloexano. Foi em 1885 que Adolf von Bayer propôs uma
teoria para explicar o comportamento diferente dos ciclanos.
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O ângulo formado por ligações simples com duas unidades de covalência do
carbono pode ser matematicamente determinado e seu valor é de 109°28’.
Ângulo de Estabilidade Total entre as Ligações.
Num ciclo de 3 átomos de carbono, o ângulo formado entre duas unidades de
covalência é de 60°.
Existe, portanto, grande tensão no ciclo e sua tendência é de abrir; daí a facilidade
com que há reação de adição com ruptura do ciclo.
Num ciclo com 4 átomos de carbono, o ângulo formado entre duas unidades de
covalência do carbono no ciclo é de 90°:
Neste caso, a tensão é menor e a estabilidade do ciclo é maior que o ciclopropano.
Mas a tensão no ciclobutano continua, portanto, da reação de adição com ruptura
do ciclo.
Num ciclo com 5 átomos de carbono, o ângulo formado entre duas unidades de
covalência do carbono no ciclo é de 108°:
00000000000
Praticamente não há tensão no ciclo, daí então sua grande estabilidade. Porém,
mesmo com esta tensão mínima, pode haver reação de adição com ruptura do
ciclo em condições enérgicas.
A teoria de Bayer não foi satisfatória para explicar a grande estabilidade dos ciclos
com seis ou mais átomos de carbono, porque admitia que os seis ou mais átomos
de carbono do ciclo estavam num mesmo plano, e, sendo assim, haveria tensão no
ciclo.
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Assim, no cicloexano, se os seis átomos de carbono estivessem num mesmo plano,
o ângulo formado entre duas unidades de covalência do carbono no ciclo seria
120º, e haveria tensão no ciclo, pois o ângulo normal é 109º 28’.
A partir do ciclo de 6 átomos de carbono, à medida que aumentasse o número de
átomos de carbono no ciclo, deveria diminuir a sua estabilidade, pois aumentaria a
tensão, o que está em desacordo com a prática, pois estes ciclos são muito
estáveis.
Resumindo temos:
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3. Teoria de Sasche-Mohr
Em 1890, Sasche admitiu que nos hexaciclos, heptaciclos etc. os átomos de
carbono não estão num mesmo plano, e, sendo assim, o ciclo pode se formar
sem tensão. De fato, com o auxílio dos modelos de átomos de carbono, podem-se
construir os hexaciclos, heptaciclos etc., e verificar que os átomos de carbono se
distribuem em diversos planos e o ciclo não apresenta tensão alguma. Sasche em
sua teoria admitiu que, num hexaciclo, os seis átomos de carbono podem se dispor
espacialmente de duas maneiras diferentes.
Hexaciclo em forma de C (ou forma de barco) e hexaciclo em forma de Z (ou forma
de cadeira.
Em ambas as formas não existe tensão no ciclo, pois o ângulo de ligação é 109°28’.
Com a teoria, de Sasche surgiu o problema: deveriam existir dois isômeros do
cicloexano, correspondentes às formas C e Z. Na prática, porém, não se verifica
este tipo de isomeria.
Mohr, com auxílio dos modelos de átomos de carbono, demonstrou que, facilmente,
a forma C passa para a forma Z e vice-versa com uma ligeira torção no ciclo. Mohr
admitiu, então, que no cicloexano as moléculas com ciclo na forma C estão
continuamente se convertendo em moléculas com ciclo na forma Z e vice-versa,
não se podendo isolar uma das formas, que seria um dos isômeros.
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Portanto, os ciclanos com 6 ou mais de 6 carbonos são estáveis e por isso não
existe ruptura na ligação do seu ciclo, portanto, só apresentam reação de
substituição.
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Reações de alcoóis: Desidratação de álcoois: intramolecular e intermolecular.
Oxidação de alcoóis primários e secundários. Reduções de ácidos
carboxílicos, aldeídos e cetonas. Eliminação em derivados halogenados e dihalogenados.
1. Desidratação de Álcoois
I. Desidratação Intramolecular de Álcoois
Classificamos os álcoois em primários, secundários e terciários, conforme o grupo
(–OH) esteja ligado a carbono primário, secundário ou terciário, respectivamente.
A facilidade de desidratação é maior nos álcoois terciários, depois nos secundários
e, por último, nos primários:
Álcool terciário > Álcool secundário > Álcool primário
Isso se deve à estabilidade do carbocátion formado na cisão heterolítica que ocorre
no carbono que possuía a hidroxila –OH.
Se esse carbono for terciário, o número de grupos alquila que irão doar elétrons,
dispersando sua carga, será maior e, portanto, o carbocátion será mais estável.
A desidratação intramolecular necessita de catalisador, H 2SO4 ou Al2O3 e um
aquecimento maior que a intermolecular.
Exemplos:
00000000000
Quando houver a possibilidade de formar mais de um alceno, é o mais estável que
se forma em maior quantidade. O alceno mais estável é aquele que apresenta o
maior número de radicais orgânicos ligados aos átomos de carbono da dupla
ligação:
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Estabilidade dos alcenos
Portanto, podemos enunciar a regra de Saytzeff:
“Na desidratação de álcool, formar-se-á o alceno mais estável”.
Exemplo
Concluindo, podemos dizer que na desidratação intramolecular do álcool forma-se
alceno.
II. Desidratação Intermolecular dos Álcoois
Com um aquecimento mais brando que o usado para a desidratação intramolecular
e na presença de ácido forte, os álcoois sofrem desidratação intermolecular,
produzindo éteres.
Portanto, desidratação intermolecular dos álcoois produz éter.
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Eliminações são reações em que, por saída de dois grupos de átomos de carbono
vizinhos formam-se ligações duplas ou triplas.
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A eliminação acompanha normalmente as reações de substituição nucleófila, em
maior ou menor grau:
O nucleófilo tanto pode atacar nucleofilicamente o carbono do grupo migrante como
os átomos de
hidrogênio.
O
dupleto eletrônico
deixado
pelo
H ataca
intramolecularmente o outro átomo de carbono, expulsando C e dando origem a
uma ligação dupla C=C. Tal como a substituição nucleofílica, a eliminação também
pode ocorrer por dois processos: a eliminação pode ser unimolecular (E 1) ou
bimolecular (E2).
E1
A eliminação unimolecular realiza-se em dois processos elementares, sendo o
primeiro comum às SN1.
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O processo mais lento é a saída do grupo migrante: um processo unimolecular, por
exemplo, cuja velocidade só depende da concentração de uma espécie.
E2
Realiza-se num único processo elementar, bimolecular. A saída de H e de X dá-se
mais ou menos ao mesmo tempo:
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A velocidade do processo depende da concentração da espécie atacada e da
concentração do nucleófilo. A reação é facilitada pela presença de grupos
atraidores de elétrons que tornam a substância mais ácida. Facilitam a saída de H
sob a forma de H+, como, por exemplo, o RSO2-.
Nem só os halogênios podem ser grupos emigrantes, como já se viu no estudo da
substituição. Outros grupos, p.ex. sulfonatos, fosfatos, sulfuretos, aminas e
carboxilatos também, podem ser deslocados.
De que dependem os mecanismos E1 e E2?
E1 é favorecida pelos mesmos fatores que promovem as SN 1, uma vez que o passo
limitante do mecanismo é o mesmo.
E2 é favorecida por :

bases volumosas (que devido ao seu volume não podem reagir por SN2)

solventes menos ionizantes

presença de grupos na molécula que tornem os hidrogênios ácidos.
As eliminações ocorrem preferencialmente quando as bases usadas são fortes
(neste caso terão mais tendência a retirar o H + do que a atacar o carbono central).
São normalmente realizadas a quente, uma vez que quando se aumenta a
00000000000
temperatura a velocidade das eliminações aumenta mais rapidamente do que a
velocidade
das
substituições,
por
exemplo,
aumenta
a
razão
eliminação/substituição.
Qual o hidrogênio que será retirado pela base?
O hidrogênio a ser eliminado terá de estar ligado a um carbono adjacente ao
carbono que possui o grupo migrante, a fim de se poder formar uma ligação dupla.
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O raciocínio para o caso de um mecanismo E 2 é em tudo semelhante. Mas no caso
de E2, o hidrogênio retirado do carbono terá de estar numa conformação especial:
deverá estar no mesmo plano do grupo migrante, e em posição anti (o que também
se designa por antiperiplanar). Isto permite que os dois grupos se afastem por lados
diferentes da ligação dupla que está se formando.
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Isto será muito importante na análise da possibilidade de ocorrência de eliminação
em derivados do cicloexano. Por exemplo, sulfonatos de cicloexilo, na presença de
bases, produzem cicloexeno via E2. Se se introduzir um grupo volumoso (como o
terc-butilo), que impeça o grupo migrante de ocupar a posição axial, a eliminação já
não ocorre:
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Regra de Zaitsev
De um modo geral, forma-se de preferência o alceno mais substituído:
2. Oxidação Enérgica dos Álcoois
I. Álcool Primário
Os álcoois primários podem oxidar-se parcial ou totalmente.
A oxidação parcial de um álcool primário produz aldeído, que é novamente oxidado
e produz ácido carboxílico, o que nos leva a concluir que a oxidação total de um
álcool primário terá como produto final um ácido carboxílico.
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A oxidação de um álcool primário a ácido carboxílico é possível porque o carbono
do grupo – OH de um álcool primário possui, no mínimo, 2 ligações com hidrogênio.
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Um dos métodos para oxidar álcool primário a aldeído e depois a ácido carboxílico
consiste em usar solução de dicromato de potássio, K 2Cr2O7, como agente
oxidante.
Essa solução que possui o íon dicromato Cr2O7- tem coloração vermelhoalaranjada. Quando esse íon oxida o álcool, o cromo sofre redução, passando a
Cr2O3 de coloração verde (esta reação é a que acontece nos bafômetros):
Caso Especial
Oxidação do metanol
(Possui 3 ligações com hidrogênio e, portanto, 3 pontos a serem oxidados na
molécula.)
II. Álcool Secundário
Os álcoois secundários são oxidados a cetonas, pois o carbono do grupo – OH,
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neste caso, possui apenas 1 ligação com hidrogênio.
Exemplo
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III. Álcool Terciário
Como neste caso o carbono do grupo – OH não possui ligações com hidrogênio, os
álcoois terciários não sofrem reação de oxidação.
2.1. Diferenciação Prática de Aldeídos e Cetonas
Em laboratórios, faz-se a diferenciação entre aldeído e cetona com base no fato de
que os aldeídos são facilmente oxidados e as cetonas não o são.
Para isso, usam-se reativos especiais que, ao provocarem a oxidação do aldeído e,
consequentemente, ao sofrerem redução, produzem um sinal físico facilmente
identificável como, por exemplo, uma mudança de cor.
Uma vez que a cetona não sofre oxidação, seu contato com esses reativos não
produz sinal algum e assim verifica-se, experimentalmente, se determinado
composto é um aldeído ou uma cetona.
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I. Reativo de Tollens
Solução Amoniacal de Nitrato de Prata
Os aldeídos produzem um precipitado de prata metálica nas paredes do frasco,
formando um espelho de prata.
As cetonas não reagem com reativo de Tollens.
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II. Reativo de Fehling
Mistura de solução alcalina de tartarato duplo de sódio e potássio (sal de Seignette)
e solução de CuSO4. A mistura é um líquido de cor azul escuro que contém o íon
cobre II.
Os aldeídos, quando tratados pelo licor de Fehling, dão um precipitado vermelhomarrom de óxido cuproso.
As cetonas não reagem com o licor de Fehling.
Já encontrámos várias reações que produzem aldeídos e/ou cetonas: a oxidação
dos álcoois, a ozonólise e a acilação de Friedel-Crafts:
A natureza polar do grupo carbonilo permite-lhe reagir quer com eletrófilos como
00000000000
com nucleófilos: os nucleófilos atacarão o carbono (que tem deficiência de elétrons)
e os eletrófilos atacarão o oxigênio (que tem elevada densidade eletrônica).
Redução de aldeídos e cetonas
Os aldeídos e as cetonas podem ser reduzidos respectivamente a álcoois primários
e a álcoois secundários. A redução pode ser realizada (tal como a redução de
alcenos) por hidrogenação na presença de Pt, Pd, Rh ou Ni.
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Para a maior parte das aplicações laboratoriais, este método foi substituído por
métodos baseados em hidretos metálicos. Os reagentes mais comuns são o
boroidreto de sódio (NaBH4) e o LiAlH4.
Hidratação
Os aldeídos e as cetonas reagem com a água num equilíbrio rápido:
O produto é um diol (uma molécula com dois grupos álcool). A quantidade de
hidrato presente no equilíbrio é muito variável, e é normalmente muito maior para os
aldeídos do que para as cetonas. A posição do equilíbrio depende de fatores
eletrônicos e de fatores estéricos (relacionados com o volume). Substituintes que
libertam densidade eletrônica (por exemplo, grupos metilo) estabilizam o grupo
carbonilo e diminuem a extensão da hidratação. Da mesma forma, substituintes que
instabilizam o carbonilo favorecem a formação do hidrato. Fatores estéricos: no
hidrato, o carbono central está muito mais “apertado” do que no aldeído ou cetona
inicial. Quanto maiores forem R1 e R2, maior será a instabilização da forma
00000000000
hidratada e, portanto, a quantidade de hidrato presente no equilíbrio será menor. A
hidratação dos aldeídos e cetonas pode ser catalisada quer por ácidos quer por
bases.
Catálise alcalina
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Catálise ácida
Formação de acetais
Sob condições de catálise ácida, os aldeídos reagem com álcoois formando
diéteres denominados acetais. O primeiro passo é o ataque (catalisado por ácido)
do aldeído por uma molécula de álcool, num processo bastante semelhante ao
ocorrido na hidratação:
Nas condições ácidas da sua formação, o hemiacetal é convertido num carbocátion:
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Este carbocátion é estabilizado por ressonância, devido à presença dos pares de
elétrons não-ligantes do oxigênio:
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O acetal é formado por reação do carbocátion com outra molécula de álcool:
Enóis
Aldeídos e cetonas com pelo menos um hidrogênio a (hidrogênio ligado ao carbono
imediatamente adjacente ao carbonilo) encontram-se em equilíbrio com um isômero
denominado enol. Este equilíbrio chama-se tautomerismo ceto-enol. Os tautômeros
são isômeros que diferem entre si apenas na posição de um átomo ou grupo de
átomos. Para cetonas e aldeídos simples, o equilíbrio encontra-se fortemente
deslocado no sentido do composto carbonilo. Isto permite sintetizar aldeídos a partir
de alcinos: a hidratação de um alcino dá origem a um enol, que está em equilíbrio
00000000000
com o composto carbonilo correspondente:
A enolização pode ser catalisada por uma base forte, como o ânion hidróxido. A
base retira um hidrogênio a, dando origem ao enolato correspondente. O enolato é
uma espécie estabilizada por ressonância:
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Esta ressonância é a razão da elevada acidez dos hidrogênios a dos aldeídos e
cetonas, uma vez que o ânion enolato é mais estabilizado do que o composto
carbonilo original.
Condensação aldólica
O aldeído pode ser parcialmente convertido em enolato por catálise alcalina. O
enolato assim formado pode atacar outra molécula de aldeído dando origem a um
aldol (uma molécula com um grupo aldeído e um grupo álcool). Apresenta-se a
seguir o mecanismo desta reação (adição aldólica)
A adição aldólica é um equilíbrio que favorece os produtos quando o reagente é um
aldeído. Quando se usam cetonas o equilíbrio normalmente encontra-se deslocado
no sentido dos reagentes; as cetonas dão por isso fracos rendimentos de produtos
de adição aldólica. O produto da adição aldólica de um aldeído é um aldeído bhidroxilado. Da mesma forma, sob determinadas condições, um aldeído (ou
cetona) b-hidroxilado pode ser quebrado em duas moléculas menores numa reação
que é o inverso da adição aldólica. Uma reação deste tipo é a quebra de frutose00000000000
1,6-bisfosfato em dihidroxiacetona fosfatada e gliceraldeído-3-fosfato, que ocorre na
glicólise . Por aquecimento, estes compostos desidratam, dando origem a uma
ligação dupla carbono-carbono conjugada com o aldeído. A desidratação ocorre
sempre na direção em que se formam ligações conjugadas C=C-C=O.
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3. Combustão
É uma reação que corresponde à queima de um composto que é alimentada pelo
gás oxigênio, que recebe o nome de comburente. A combustão completa de
compostos orgânicos, geralmente hidrocarbonetos e álcoois, produz dióxido de
carbono (CO2) e água na forma de vapor.
Se a combustão for incompleta, além de água pode haver a formação de carbono
ou monóxido de carbono.
Exemplo
3.1. Combustão Completa
a) CH4 + 2 O2
CO2 + 2H2O
b) C2H2 + 2,5 O2
c) C2H5OH + 3 O2
2CO2 + H2O
2CO2 + 3H2O
Observe que o balanceamento da equação deve ser feito considerando-se a
combustão (queima) de um mol do composto orgânico, iniciando-se pelo carbono,
em seguida hidrogênio e finalmente oxigênio.
00000000000
3.2. Combustão Incompleta
Na combustão incompleta nota-se a presença de fuligem (carbono) e monóxido de
carbono; isto se deve à quantidade insuficiente de oxigênio molecular (O 2) para
realizar a combustão total.
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4. Eliminação de HCl, HBr e HI de Haletos Orgânicos
Verifica-se reação de eliminação quando haletos orgânicos encontram-se em
presença de KOH alcoólico.
Nas situações em que pode ser obtido mais de um alceno, seguimos a regra de
Saytzeff.
Por exemplo:
5. Desidratação de Ácidos Carboxílicos
Os ácidos desidratam-se na presença de desidratantes (H2SO4, H3PO4 ou P2O5),
produzindo anidridos de ácidos.
Exemplo
Reações com alcenos e alcinos: Ozonólise de alcenos, oxidação branda e
enérgica de alcenos.
00000000000
REAÇÕES DE OXIDAÇÃO
As reações de oxirredução são as que ocorrem com mudança do número de
oxidação.
Na oxidação verifica-se a perda de elétrons e, consequentemente, o aumento do
número de oxidação. Para os compostos orgânicos, verifica-se reação com o
oxigênio e o aumento do número de oxidação do carbono envolvido.
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1. Ozonólise de Alcenos
É a reação com ozônio (O3), formando ozonetos ou ozonídeos, seguida por
hidrólise (quebra pela água) do ozoneto formado, o que permite a obtenção de
aldeído e/ou cetona com formação de peróxido de hidrogênio.
O produto obtido depende do tipo de cada carbono que faz a ligação dupla:
A – Se ambos os carbonos que fazem a ligação dupla forem primários ou
secundários, obteremos apenas aldeído.
B – Se ambos os carbonos que fazem a ligação dupla forem terciários, obteremos
00000000000
apenas cetonas.
C – Se um dos carbonos que fazem a ligação dupla for primário ou secundário e o
outro terciário, obteremos uma mistura de aldeído e cetona.
Exemplos
– Ozonólise do 2-metilbuteno
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– Ozonólise do 2-buteno
– Ozonólise do 2,3-dimetil-2-buteno
Observação
Para evitar a oxidação do aldeído pela água oxigenada, deve-se utilizar zinco na
reação.
A ozonólise caracteriza-se pela sua seletividade de não produzir ácidos
carboxílicos.
Aplicação da Ozonólise
1) Método de obtenção de aldeídos e cetonas
2) Determinação da posição da dupla ligação na molécula. Para isso proceder da
00000000000
seguinte maneira: eliminar os átomos de oxigênio das duas moléculas resultantes e
unir por dupla ligação os carbonos do radical funcional.
Exemplo
Um alceno forneceu por ozonólise aldeído acético e propanona. Qual é o alceno?
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O alceno é, portanto:
2-metil-2-buteno
2. Oxidação Branda de Alcenos
Os alcenos são oxidados pelo KMnO4 (permanganato de potássio) em meio básico
(NaHCO3 ou Na2CO3) ou meio neutro, formando diálcoois vicinais denominados
glicóis. O oxidante brando mais usado é o KMnO 4/NaHCO3, conhecido como reativo
de Bayer.
Em meio alcalino o KMnO4 é um oxidante brando, dando-se a seguinte reação:
Exemplo de oxidação branda de alcenos:
Importante!!
Em função da cor violeta da solução de KMnO 4, a reação de Bayer pode ser
00000000000
aplicada para se distinguir um alceno do ciclano isômero; com KMnO 4 em meio
alcalino o ciclano não reage.
3. Oxidação Enérgica de Alcenos
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São exemplos de oxidantes enérgicos: mistura sulfopermangânica (KMnO 4/ H2SO4)
e mistura sulfocrômica (K2Cr2O7/ H2SO4).
O KMnO4 , em meio ácido, é um oxidante enérgico, dando-se a reação:
Um alceno, quando submetido a um oxidante enérgico, sofre oxidação com ruptura
da dupla ligação, podendo haver formação de ácidos carboxílicos, cetonas ou gás
carbônico.
* Haverá formação de gás carbônico em vez de ácido metanóico se a dupla ligação
estiver localizada na extremidade da cadeia; isso acontece porque o ácido
metanóico possui a propriedade de ser atacado pelo oxigênio, pois o ácido fórmico
apresenta caráter redutor.
Exemplos:
00000000000
Quando o alceno apresentar ramificações nos carbonos da dupla ligação,
obteremos cetona ao invés de ácido carboxílico.
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Aplicação da Oxidação Enérgica
A reação com KMnO4/H2SO4 pode ser empregada na localização da dupla ligação
de um alceno desconhecido, além de se constituir num método para obtenção de
cetonas e/ou ácidos carboxílicos.
Exemplo
Um alceno produz com KMnO4/ H2SO4 , ácido propanóico e butanona:
O alceno é:
Observação
A reação de um composto orgânico com oxigênio atômico ou molecular é uma
reação de oxidação do composto orgânico, pois o número de oxidação ou Nox do
carbono aumenta. O permanganato de potássio é chamado de agente oxidante.
00000000000
Outro agente oxidante muito empregado em Química Orgânica é o dicromato de
potássio (K2Cr2O7).
Saponificação
e
transesterificação:
Reações
de
esterificação/hidrólise.
Saponificação. Detergentes (biodegradáveis e não-biodegradáveis).
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1.
REAÇÃO DE ESTERIFICAÇÃO
Esta reação é a reação reversível de álcool com um ácido carboxílico na
formação de éster e água. Esta reação é utilizada na indústria para obtenção das
essências de frutas (que são ésteres), entre outros usos destes.
Pode-se deslocar o equilíbrio para o lado do éster, por exemplo, retirando-se a água
do equilíbrio, isto é, juntando-se um desidratante. Foi provado, experimentalmente,
que na reação de esterificação o oxigênio do grupo OH do álcool permanece na
molécula do éster e o oxigênio do grupo OH do ácido é eliminado sob a forma de
H2O. Assim, fazendo a reação de um álcool marcado.
com ácido, verificou-se que se forma éster pesado e não água pesada.
Exemplo
00000000000
Esta reação é reversível e a reação inversa chama-se hidrólise do éster.
Os ésteres podem ser facilmente preparados por condensação de um ácido
carboxílico com um álcool em condições de catálise ácida:
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Hidrólise de ésteres
Os ésteres podem ser hidrolisados por catálise ácida. Neste caso, o mecanismo é
exatamente o oposto da esterificação. A reação é, por isso, reversível. Quando se
pretende sintetizar o éster, remove-se a água da mistura reacional a fim de deslocar
o equilíbrio no sentido da formação do éster. Pelo contrário, quando se pretende
hidrolisar o éster, realiza-se a reação na presença de um grande excesso de água.
A hidrólise do éster em solução básica é, no entanto, irreversível. Neste caso, a
hidrólise não é realizada pela água, mas pelo ânion hidróxido:
O último passo da reação é irreversível: o carboxilato (uma base fraca) não tem
nenhuma tendência a retirar o protão do álcool (um ácido muito fraco).
Curiosidade
A reação de glicerol (glicerina, propanotriol 1, 2, 3) com ácido nítrico concentrado,
00000000000
na presença de H2SO4 concentrado, produz a trinitroglicerina, a qual é muito
sensível ao choque. O engenheiro sueco Alfred Nobel descobriu que absorvendo
nitroglicerina em material poroso, a sensibilidade à explosão diminui bastante,
sendo possível o seu emprego como explosivo.
Dá-se o nome de dinamite ao trinitrato de glicerina (trinitroglicerina) absorvido no
material poroso (estabilizador, sendo o mais empregado a terra de infusórios ou
Kieselguhr).
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2.
REAÇÃO DE SAPONIFICAÇÃO
Reação de formação do sabão.
Importante
O sal formado nesta reação será denominado sabão somente se for derivado de
ácido graxo (Ácidos carboxílicos de cadeia longa contendo, pelo menos, 10 átomos
de carbono).
00000000000
Curiosidade
Os sabões feitos com KOH formarão sais de potássio, que são líquidos. Este
processo é bastante usado por pessoas que fazem sabão caseiro colocando um
pouco de cinza, já que a madeira possui potássio, tornando o sabão mais maleável.
Observação
Os sabões e detergentes são agentes emulsificantes.
Geralmente o nome detergente é reservado para ácidos sulfônicos (–SO3H) e seus
derivados.
Exemplos
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Os sabões e detergentes estabilizam uma emulsão.
Por exemplo, uma emulsão de querosene em água, na presença de sabão ou
detergente, é estabilizada, isto é, o querosene não se separa da água.
Resumindo temos:
8. QUESTÕES PROPOSTAS
1)
"No final do século XIX o tabaco foi industrializado sob a forma de cigarro.
Seu uso espalhou-se como uma epidemia, por todo o mundo, a partir de meados do
século XX, ajudando com o desenvolvimento da publicidade e do marketing. A folha
do tabaco, pela importância econômica que o produto representava para o Brasil, foi
incorporada ao brasão da República".
Todavia, a nicotina, encontrada nas folhas de tabaco, é uma substância letal, sendo
00000000000
utilizada como um potente inseticida na agricultura. A absorção de cerca de 50 mg
de nicotina pode matar um adulto em poucos minutos A fórmula estrutural da
nicotina está representada abaixo:
N
N
H 3C
a)
A nicotina é uma amina aromática de caráter básico e peso molecular 225
g/mol.
b)
A nicotina possui caráter ácido, por isso é danosa à dentição de fumantes
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c)
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A nicotina é uma amida aromática com fórmula C 10H14N2
d)
A nicotina é uma amina aromática com fórmula mínima C5H7N.
e) A nicotina é uma amina aromática com fórmula C 10H16N2
Gab E
2)
O peróxido de benzoíla é um catalisador das polimerizações dos plásticos.
Sua temperatura de autoignição é 80ºC, podendo causar inúmeras explosões. Sua
cadeia é:
O
C
a)
alicíclica
b)
aromática
c)
alifática
d)
homocíclica
e)
saturada
O
O
O
C
Gab B
3)
A cafeína, um estimulante bastante comum no café, chá, guaraná etc., tem a
seguinte fórmula estrutural:
O
C H3
C H3
N
N
N
O
N
00000000000
C H3
Podemos afirmar corretamente que a fórmula molecular da
cafeína é:
a)
C5H9N4O2
b)
C6H10N4O2
c)
C6H9N4O2
d)
C3H9N4O2
e)
C8H10N4O2
Gab E
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4)
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As auxinas correspondem a um grupo de substâncias que agem no
crescimento das plantas e controlam muitas outras atividades fisiológicas. Foram os
primeiros hormônios descobertos nos vegetais. A auxina natural do vegetal é o
ácido indolacético (AIA), um composto orgânico simples, com a seguinte fórmula
estrutural.
C H2
COOH
N
H
Qual é a sua fórmula molecular?
a)
C10H11O2N
b)
C10H11NO
c)
C10H9NO2
d)
C11H8ON
e)
C10H10ON
Gab C
5)
Furosemida é um diurético que se encontra na lista de substâncias proibidas
pela Agência Mundial Antidoping. Acerca de sua estrutura, representada abaixo, é
correto afirmar que há um:
COOH
N
H
H 2N
O
S
00000000000
O
O
Cl
a)
total de catorze átomos pertencentes à cadeia carbônica.
b)
anel aromático de benzaldeído com três substituintes.
c)
total de quatro heteroátomos na cadeia carbônica.
d)
total de dezesseis pares de elétrons não-ligantes.
e)
anel heterocíclico do tipo tetra-hidrofurano.
Gab E
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Monoterpenos, substâncias de origem vegetal e animal, podem ser divididos
6)
em acíclicos, monocíclicos e bicíclicos. São exemplos de monoterpenos as
estruturas a seguir.
1
2
4
3
5
6
OH
O
OH
 - p in e n o
m ir c e n o
OH
lin a lo l
 - te r p e n o l
m e n to l
tu r j o n a
Entre os monoterpenos representados, são acíclico, monocíclico e bicíclico,
respectivamente:
a)
1, 2 e 3
b)
1, 3 e 5
c)
2, 3 e 5
d)
2, 4 e 6
e)
2, 4 e 5
Gab D
7)
A teobromina, alcalóide da mesma família da cafeína, é encontrada nos frutos
de Teobroma cacao. O efeito estimulante que o chocolate provoca está associado à
teobromina.
O
CH3
N
HN
O
00000000000
N
N
CH3
te o b r o m in a
Na estrutura da teobromina, são encontradas as funções orgânicas
a)
amida e amina.
b)
amida e cetona.
c)
amida e éter.
d)
amina e cetona.
e)
amina e éter.
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Gab A
8)
A cadeia carbônica abaixo é classificada como:
O H
a)
Aberta, ramificada, insaturada, heterogênea
b)
Alicíclica, ramificada, insaturada, heterogênea
c)
Acíclica, ramificada, insaturada, homogênea
d)
Alifática, linear, saturada, homogênea
e)
Aberta, linear, saturada, heterogênea
Gab C
9)
O composto orgânico, de fórmula plana, possui:
C H3 H
C H3
C
C
C H2
C H3
C H3 C H3
a)
5 carbonos primários, 3 carbonos secundários, 1 carbono terciário e 2
carbonos quaternários.
b)
3 carbonos primários, 3 carbonos secundários, 1 carbono terciário e 1
carbono quaternário.
c)
5 carbonos primários, 1 carbono secundário, 1 carbono terciário e 1 carbono
quaternário.
d)
4 carbonos primários, 1 carbono secundário, 2 carbonos terciários e 1
carbono quaternário.
Gab C
10)
00000000000
O ácido adípico de fórmula:
O
C H2
C
H2 C
OH
OH
H2 C
C
C H2
O
Empregado na fabricação do náilon apresenta cadeia carbônica:
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a) saturada, aberta, homogênea e normal.
b)
saturada, aberta, heterogênea e normal.
c)
insaturada, aberta, homogênea e normal.
d)
insaturada, fechada, homogênea e aromática.
e)
insaturada, fechada, homogênea e alicíclica.
Gab A
11)
A qualidade da gasolina, que determina quão suavemente ela queima, é
medida pelo índice de octanagem. Por exemplo, a molécula linear de octano queima
tão mal que tem octanagem -19, mas seu isômero comumente chamado de isoctano
tem octanagem 100. Sabendo que a fórmula estrutural do isoctano é:
CH3
H 3C
C
CH2
CH
CH3
CH3
CH3
De acordo com as regras adotadas pela IUPAC, o isoctano é denominado:
a)
1,1,3-dimetilhexano
b)
2,2,4- trimetiloctano
c)
1,1,3-metiloctano
d)
2,2,4-trimetilpentano
e)
2,2,4-metilpentano
Gab D
12)
Os hidrocarbonetos correspondentes às frações pesadas do petróleo
(moléculas maiores) podem ser quebrados em frações mais leves (moléculas
00000000000
menores) pelo processo de craqueamento conforme representação abaixo:
C 14 H 30

C 8 H 18
(A)

C 3H 6
(B)

C 2H 2

C

2H 2
(C)
Considerando que os compostos A, B e C são hidrocarbonetos de cadeia aberta
sem ramificações, julgue as afirmativas:
I.
O composto A apresenta 7 ligações simples entre os carbonos.
II.
O composto A apresenta 6 ligações simples e 1 ligação dupla entre os
carbonos.
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O composto B apresenta 1 ligação simples e 1 ligação dupla entre os
III.
carbonos.
IV.
O composto C apresenta 1 ligação tripla entre os carbonos.
V.
O composto B apresenta 1 ligação simples e 1 ligação tripla entre os
carbonos.
É correto o que se afirma em
a)
I, II, III e V
b)
II, III e IV
c)
I, II e IV
d)
I, III e IV
e)
I, II, IV e V
Gab D
13)
As aminas são um grupo de substâncias orgânicas usadas como
medicamento. A ingestão de um antihistamínico diminui o efeito da histamina, que é
uma substância produzida pelo corpo humano em resposta às reações alérgicas. O
medicamento Toradol é usado por dentistas para aliviar a dor de seus pacientes. As
fórmulas das substâncias citadas no texto estão apresentadas na sequência.
N
O
O
COH
HN
C
NH2
N
N
O
00000000000
( A ) A n tis ta m ín ic o
( B ) H is ta m in a
(C ) T o ra d o l
Com relação às fórmulas das moléculas representadas em (A), (B) e (C), são feitas
as seguintes afirmativas:
I.
Na fórmula (A), identificam-se as funções éter e amina.
II.
A histamina (B) possui duas aminas secundárias e uma amida.
III.
A fórmula molecular da molécula (C) é C15NO3H.
IV.
Na fórmula (C), identificam-se as funções cetona, amina e ácido carboxílico.
Assinale a alternativa que contém todas as afirmativas corretas.
a)
I e IV.
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b)
I e III.
c)
II e III.
d)
I, II e III.
e)
II, III e IV.
Gab A
14)
Em agosto de 2005 foi noticiada a apreensão de lotes de lidocaína que teriam
causado a morte de diversas pessoas no Brasil, devido a problemas de fabricação.
Este fármaco é um anestésico local muito utilizado em exames endoscópicos,
diminuindo o desconforto do paciente. Sua estrutura molecular está representada a
seguir
CH 3
O
NH
C
CH 3
CH 2
CH 2
N
CH 2
CH 3
CH 3
e apresenta as funções:
a)
amina secundária e amina terciária.
b)
amida e amina terciária.
c)
amida e éster.
d)
éster e amina terciária.
e)
éster e amina secundária.
Gab B
15)
Um dos parâmetros utilizados para avaliar a qualidade da gasolina é o índice
00000000000
de octano. Esse índice é estabelecido com base em uma escala arbitrária em que
ao composto (I) é atribuído o valor 0 (zero) e ao composto (II) o valor 100 (cem).
C H2C H3
H
C H3
H
C
C H2
C H2
C
H
H
H
C H3
C H3
C
C H2
C H3
C
C H3
C H3
(I I )
(I)
Os nomes sistemáticos dos compostos (I) e (II) são, respectivamente:
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a)
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1-metil-4-etilbutano e 1,1,3,3-tetrametilbutano.
b)
heptano e 2,2,4-trimetilpentano.
c)
1-etil-4-metilbutano e 2,2,4,4-tetrametilbutano.
d)
heptano e 2,4,4-trimetilpentano.
e)
4-etil-1-metilbutano e 1,1,3,3-tetrametilbutano.
Gab B
16)
A estrutura a seguir:
H 3C
CH
2
CH
C 6H
CH
5
2
CH
CH
CH
CH
CH
3
3
CH3
apresenta a seguinte nomenclatura oficial:
a)
3-fenil-5-isopropil-5-hepteno
b)
5-fenil-3-isopropil-2-hepteno
c)
3-isopropil-5-hexil-2-hepteno
d)
5-benzil-3-isopropil-2-hepteno
e)
5-fenil-3-etenil-2-metil-heptano
Gab B
17)
Muitas aminas têm como característica um odor desagradável. Putrescina e
cadaverina são exemplos de aminas que exalam odor de carne em apodrecimento.
Dos compostos nitrogenados a seguir, assinale a alternativa que apresenta uma
amina terciária.
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a.
c.
CH3
N
H 3C
NH2
m e ta n a m in a
N - m e tilp ir r o lid in a
b.
d.
H 3C
CH3
CH3
N
H 3C
C
NH2
C
CH3
CH3
O
1 ,1 - d im e tile ta n a m in a
N - m e til- N - ( 1 - m e tilc ic lo b u til) e ta n a m id a
Gab A
18)
O cheiro de peixe podre é indicativo da presença da substância X que
apresenta as seguintes características:
I.
É uma amina terciária
II.
Seus carbonos apresentam 9 ligações sigma s-sp3
III.
Possui uma cadeia heterogênea
IV.
Sua massa molar é 59 g/mol.
(Massas atômicas: H = 1, C = 12, N = 14, O = 16.)
A única fórmula que corresponde à descrição da substância X é a:
a . H 2C
CH
NH
c . H 3C
N
CH3
CH 3
CH3
e . H 3C C H 2C H 2
b . C 6H 5
NH2
d .H 3 C
00000000000
N
C H 2C H 3
H
NH2
Gab C
31 - (INTEGRADO RJ/1996) Durante o cozimento da carne, a gordura nela
existente produz som (“chiadeira”) e aroma peculiares. O glicerol presente na
gordura decompõe-se
em acroleína ( líquido incolor e de forte odor) e água ,
segundo a reação:
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C3H5(OH)3  CH2 = CHCHO + 2 H2O
glicerol
acroleína
O tipo da reação acima apresentada é:
a)
eliminação de aldeídos
b)
eliminação de álcoois
c)
substituição de álcoois
d)
substituição de ácidos
e)
adição de aldeídos
Gab: B
32 - (PUC RJ/1991) A desidratação de um monoálcool saturado de peso molecular
74 produz um alceno que apresenta estereoisomeria geométrica. Com base nesses
dados, podemos afirmar que o monoálcool é:
a)
2 metil 2 - propanol
b)
2 - butanol
c)
1 - butanol
d)
2 - metil - 1 - propanol
e)
ciclobutanol
Gab: B
33 - (FUVEST SP/2001) Considere a reação representada abaixo:
CH3COOH + CH3OH  CH3COOCH3 + H2O
Se, em outra reação, semelhante à primeira, a mistura de ácido acético e metanol
for substituída pelo ácido 4-hidroxibutanóico, os produtos da reação serão água e
00000000000
um
a)
ácido carboxílico insaturado com 4 átomos de carbono por molécula.
b)
éster cíclico com 4 átomos de carbono por molécula.
c)
álcool com 4 átomos de carbono por molécula.
d)
éster cíclico com 5 átomos de carbono por molécula.
e)
álcool com 3 átomos de carbono por molécula.
Gab: B
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34 - (PUC MG/2005) O ácido acetilsalicílico ou Aspirina® pode ser facilmente
preparado em laboratório pela reação do ácido salicílico com anidrido acético e um
catalisador ácido, conforme a reação mostrada abaixo.
O
CO O H
CO O H
CH 3
H
+
O
+
CH 3
OH
CH 3CO O H
O
O
O
CH 3
Com base no esquema acima e em seus conhecimentos, analise as afirmativas
abaixo e marque a INCORRETA.
a)
Tanto o ácido salicílico quanto o ácido acetilsalicílico são compostos
fenólicos.
b)
A conversão do ácido salicílico em ácido acetilsalicílico é uma reação de
esterificação.
c)
O outro composto que se forma como produto na reação é o ácido acético.
d)
A hidrólise do ácido acetilsalicílico deve produzir ácido salicílico e ácido
acético.
Gab: A
35 - (UERJ/1999) A reação de esterificação consiste em fazer reagir um álcool com
um ácido orgânico mineral. O produto orgânico resultante desse processo é um
éster.
+ C H 3 C H 2O H
OH
á cid o
á lc o o l
H
+
_

é s te r
O
C
_
_
O
C
_
_
_
Observe o exemplo abaixo:
+ H 2O
O C H 2C H 3
água
00000000000
Esse processo de esterificação pode ser também classificado como uma reação de:
a)
adição
b)
oxidação
c)
eliminação
d)
substituição
Gab: D
36 - (UEPA/2002) O metanol e o metanal são duas substâncias que apresentam
importantes aplicações. A primeira, entre outras aplicações, é utilizada como
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combustível dos carros de corrida da Fórmula Indy e a segunda, em solução
aquosa (conhecida como formol) na conservação de pequenos animais e órgãos do
corpo humano.
Com relação às duas substâncias assinale a alternativa correta.
a)
O metanal apresenta maior solubilidade em água.
b)
O metanol é a substância com maior polaridade.
c)
Ambas as substâncias pertencem à função aldeído.
d)
A oxidação do metanal leva à formação do metanol.
e)
O metanol possui dois carbonos em sua estrutura.
Gab: B
37 - (UFES/2005) O coentro (Coriandrum sativum) é uma planta da família
Umbeliferae e é muito usado na culinária capixaba. Dele, e de outras umbelíferas,
como a salsa (Petroselinum sativum), extrai-se o ácido carboxílico petrosselínico.
Como mostra a reação abaixo, a clivagem por ozonólise desse ácido leva à
produção de dois ácidos: o ácido láurico, utilizado na produção de detergentes; o
ácido adípico, utilizado na preparação de um importante polímero sintético, o náilon.
1O 3
C 18 H 34 O 2
Á c id o
C H 3( C H 2) 10C O O H
2 H 2O
Á c id o lá u r ic o
+ H O O C ( C H 2) 4C O O H
Á c id o a d íp ic o
p e tr o s s e lín ic o
Sobre as substâncias acima, pode-se afirmar que:
a)
a estrutura do ácido petrosselínico possui apenas uma ligação dupla.
b)
o ácido petrosselínico possui uma insaturação no carbono 6 de sua cadeia
carbônica.
c)
a cadeia carbônica do ácido láurico é aberta, saturada e heterogênea.
d)
o ácido petrosselínico é formado por uma cadeia carbônica cíclica, saturada,
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heterogênea.
e)
ácido adípico possui uma cadeia carbônica alicíclica, insaturada e ramificada.
Gab: B
38 - (UFMA/2000) O terpineno é um monoterpeno de aroma agradável extraído do
óleo de manjericão. A hidrogenação catalisada por paládio consome 2 moles de
hidrogênio produzindo um composto de fórmula molecular C 10H20. A ozonólise e
redução com zinco/ácido acético fornece dois compostos:
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gliox
al
6-metil - 2,5-heptanodiona
Assinale a opção que mostra a estrutura do terpineno.
a
b
)
c
)
)
d
e
)
)
Gab: A
39 - (UEPB/2006) Os detergentes são substâncias denominadas de tensoativos,
isto é, reduzem a tensão superficial da água permitindo que óleos e gorduras sejam
retirados do meio em que se encontram. Uma classe de detergentes bastante
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utilizados no Brasil são os alquilbenzeno-sulfonatos, dos quais o mais comum é o
dodecilbenzenosulfonato de sódio. A síntese deste composto pode ser obtida a
partir do benzeno, passando por três reações, como indicado nas equações
químicas abaixo.
Reação 1)
C 12 H 25
+ C 12 H 25 C l
HCl +
Reação 2)
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C 12 H 25
C 12 H 25
+ H 2S O 4
H 2O +
S O 3H
Reação 3)
C 12 H 25
C 12 H 25
+ A
S O 3H
H 2O +
SO 3 N a
Com base nas equações químicas acima, quais os nomes das reações 1 e 2 e da
substância representadas por A?
a)
acilação, substituição e cloreto de sódio
b)
alquilação, sulfonação e hidróxido de sódio
c)
alquilação, sulfonação e cloreto de sódio
d)
acilação, sulfonação e hidróxido de sódio
e)
halogenação, nitração e cloreto de sódio
Gab: B
40 - (PUC RJ/1997) Dada a reação:
C2H5Br + OH-  C2H5OH + Br a)
uma adição nucleofílica onde OH- é o agente nucleófilo.
b)
uma adição nucleofílica onde C2H5Br é o agente nucleófilo.
c)
uma substituição eletrofílica onde OH- é o agente eletrófilo.
d)
uma adição eletrofílica onde C2H5Br é o agente eletrófilo.
e)
uma substituição nucleofílica onde OH- é o agente nucleófilo.
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Gab: E
41 - (UNESP SP/2004) O composto orgânico 2,2-dimetil-3-metil-butano é um
hidrocarboneto saturado que apresenta cadeia orgânica acíclica, ramificada e
homogênea.
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Escreva a reação de cloração desse hidrocarboneto, considerando apenas a
a)
obtenção do produto formado em maior quantidade.
Gab:
a)
CH3
H 3C
C
CH3 Cl
CH
CH3
+ C l2

H 3C
C
CH3 CH3
C
CH3
CH3 CH3
42 - (UFG GO/1997) Os hidrocarbonetos saturados apresentam pouca reatividade,
sendo, por isso, chamados parafínicos. Podem, entretanto, sofrer reação de
substituição radicalar, como a halogenação.
a)
escreva a equação de substituição radicalar entre o alcano de menor massa
molar e o cloro molecular.
b)
escreva os nomes IUPAC dos possíveis produtos dessa reação.
Gab:
a)
essa reação ocorre em presença de luz ultravioleta
CH4 + Cl2  CH3Cl + HCl
b)
Clorometano
Dclorometano
Ticlorometano
Tetraclorometano
43 - (UNIFOR CE/2006) Um dos métodos de obtenção de hidrocarbonetos consiste
na fusão de sais de sódio de ácidos carboxílicos com cal sodada (mistura de NaOH
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com CaO):
O
R
C
+
-
+ N a O H (s )
O
+
N a (s )
fu sã o
R H ( g)
+
N a 2C O 3( s )
De acordo com esse método, no caso de R ser o grupo fenila deve-se obter
a)
metano.
b)
etano.
c)
propano.
d)
benzeno.
e)
fenantreno.
Gab: D
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Caro concursando:
- Habitue-se a reconhecer e aplicar as principais regras básicas de
nomenclatura;
- Observe as principais diferenças entre os grupos funcionais.
Espero que você tenha gostado da aula. E seja muito benvindo ao meu curso.
Estou sempre à sua disposição.
Até a próxima aula !!!!!!!!!!
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