CONSULTA PÚBLICA 005 – ANEEL 1. As definições e termos

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1. As definições e termos empregados no PRODIST referentes a Harmônicos requerem
modificações, adequações ou complementações?
R: A proposta de inclusão das definições dos termos é adequada.
Um ponto relevante é que o Prodist módulo 8 cita que os instrumentos de medição
atendam aos protocolos e normas vigentes e que devem medir, no mínimo, até a 25ª
ordem harmônica, para esta definição, instrumentos Classe S atendem integralmente os
requisitos de medição, não sendo necessário instrumentos Classe A para realização das
medições.
2. Os indicadores de desempenho diários propostos são adequados? Outros percentis
devem ser usados?
R: Para padronização dos indicadores diários, poderiam ser utilizados os termos DITD95%
(indicador do percentil diário da Distorção harmônica individual de tensão) e DTTD95%
(indicador do percentil diário da Distorção harmônica total de tensão),
3. Os indicadores semanais propostos são adequados (maior valor dentre os percentis
diários)?
R: Para padronização dos indicadores semanais, poderiam ser utilizados os termos
DITS95% (indicador do percentil semanal da Distorção harmônica individual de tensão)
e DTTS95% (indicador do percentil semanal da Distorção harmônica total de tensão)
4. Há necessidade de criação de indicadores de harmônicos das correntes elétricas?
R: Sim. Seria necessário para os casos onde a medição é feita com a finalidade de
analisar a carga instalada na rede, por exemplo, na ocorrência de reclamações de
clientes onde o próprio é o causador dos distúrbios.
5. As definições e termos empregados no PRODIST referentes a Desequilíbrio de Tensão
requerem modificações, adequações ou complementações?
R: A proposta de definição citada neste documento é adequada para o Prodist.
6. Há a necessidade de manter no PRODIST a fórmula de cálculo do desequilíbrio de
tensão dada pela equação (4)?
R: Sim, para os casos de instrumentos que tenham menor recurso de computação,
sendo assim possível realizar a medição do Desequilíbrio de Tensão em instrumentos de
baixo custo, porém estes instrumentos devem atender à Nota 1 do item 5.7.1 “Método
de medição”,
“NOTA 1 O efeito das harmônicas é minimizado pelo uso de um filtro ou pelo uso de um algoritmo da Transformada Discreta
de Fourier (DFT).”
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Ou seja, utilizam apenas a fundamental no cálculo do Desequilíbrio, como citação
abaixo retirada da IEC NBR 61000-4-30.
“Para sistemas trifásicos considerando apenas tensões fase-fase, e somente a tensão fundamental, isto pode ser
escrito (com U ij _ fund = tensão fundamental da fase i para fase j):”
u2
1
3 6
1
3 6
100
com
U 124 fund
U 122 fund
4
U 23
fund
2
U 23
fund
U 314 fund
U 312 fund
2
7. Há a necessidade de medição do fator de desequilíbrio de sequência zero dado pela
equação (6)?
R: Talvez a medição da componente de sequência zero deva ser feita apenas em
casos críticos de desequilíbrio em processos contratuais, neste caso deveria ser utilizado
um instrumento Classe A, conforme previsto na IEC NBR 61000-4-30.
8. Os indicadores de desempenho diários propostos são adequados? Outros percentis
devem ser usados?
R: Para padronização dos indicadores diários, poderia ser utilizado o termo FDD95%
(indicador do percentil diário do Desequilíbrio de Tensão).
9. Os indicadores semanais propostos são adequados (maior valor dentre os percentis
diários)?
R: Sim. Para padronização dos indicadores semanais, poderia ser utilizado o termo
FDS95% (indicador do percentil semanal do Desequilíbrio de Tensão).
10. As definições e termos empregados no PRODIST referentes à Flutuação de Tensão
requerem modificações, adequações ou complementações?
R: Não. A proposta de definição citada neste documento é adequada para o Prodist.
11. Há necessidade de apuração dos Pst e Plt na distribuição de energia elétrica?
R: Sim, tanto no sistema de distribuição primário quanto no sistema de distribuição
secundário, grandes clientes das distribuidoras recebem a energia diretamente do
sistema de distribuição primário, nos casos onde o cliente ligado ao sistema primário é
um “causador” de Flicker, clientes dos sistemas secundários sofrerão os efeitos do Flicker
com maior intensidade. Outro ponto, é que estas medições poderão ser utilizadas para
a verificação dos fatores de transferência (FT) atualmente adotados no Prodist.
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12. Considerando que há uma forte tendência de substituição das lâmpadas
incandescentes pelas lâmpadas fluorescentes, os efeitos de Flicker deixarão de ser um
problema expressivo de qualidade da energia elétrica?
R: Acreditamos que existe a necessidade de realizar a medição do Flicker, mesmo com
a tendência de substituição das lâmpadas incandescentes por fluorescentes, as quais
têm menor efeito na variação do fluxo luminoso em relação à variação do valor eficaz
de tensão, atualmente ainda existe uma grande parcela da população que utiliza
lâmpada incandescente.
Outro ponto a ser destacado é que o estudo para se definir o protocolo de medição de
cintilação luminosa foi realizado baseando-se em condições totalmente diferentes das
que temos atualmente, tanto no sistema de distribuição quanto na topologia dos
dispositivos utilizados para iluminação.
Em relação às lâmpadas fluorescentes, outros fenômenos podem provocar a cintilação
além da variação da componente fundamental, por exemplo, alterações nas
amplitudes da 3ª e da 5ª harmônicas.
13. Há necessidade de apuração do fenômeno de Flicker nas campanhas de medição?
R: Sim, existe uma grande parcela da população que utiliza lâmpada incandescente,
que atualmente ainda sofre com o fenômeno de cintilação, além de diversos
equipamentos que são sensíveis a variação do valor eficaz da tensão.
14. Os valores de FT adotados no PRODIST estão adequados ou necessitam de revisões?
R: Acreditamos que para o início da campanha de medição, os valores de FT adotados
poderão ser utilizados, ao final da primeira fase de medição, os valores de FT deverão
ser reavaliados para possíveis alterações.
15. As definições e termos empregados no PRODIST referentes aos fenômenos de VTCD
requerem modificações, adequações ou complementações?
R: Sim. A proposta de definição das interrupções citada neste documento é adequada
para o Prodist.
16. Indicadores de desempenho fundamentado em frequência de ocorrência como os
empregados pelo ONS são aplicáveis a realidade das distribuidoras brasileiras?
R: Sim, uma vez que é necessário apurar o impacto sobre o atendimento aos
consumidores devido às ocorrências de VTCDs no sistema de distribuição.
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17. Como viabilizar as campanhas de medida visto que muitos instrumentos de medição
não atendem as especificações da NBR IEC 61000-4-30 ou a outras padronizações?
R: Para que a campanha de medição tenha êxito, será necessário utilizar instrumentos
que atendam a especificação NBR IEC 61000-4-30, no mínimo, os requisitos exigidos na
classe S, que segundo a norma, devem ser utilizados para aplicações estatísticas como
pesquisas ou avaliações de qualidade de energia.
18. A classe S é adequada para medições dos fenômenos discutidos nesse Anexo,
considerando principalmente os eventos de VTCD?
R: Sim, uma vez que a NBR IEC 61000-4-30 estabelece que os instrumentos classe S
devem ser utilizados para aplicações estatísticas como pesquisas ou avaliações de
qualidade de energia, porém para que os VTCDs sejam medidos e classificados de
forma correta, os instrumentos devem ter, no mínimo, uma amostragem de 128
amostras por ciclo.
Outro ponto a ser considerado é que para os fenômenos abaixo devem ser calculadas
as agregações de 10 minutos, utilizando a metodologia descrita da NBR IEC 61000-4-30:
- Tensão,
- Desequilíbrio de Tensão,
- Distorção Harmônica Total de Tensão,
- Harmônicos de Tensão.
O cálculo das tensões harmônicas deve ser realizado conforme descrito na IEC 61000-47:2002 , utilizando a metodologia de agrupamento de grupo ou subgrupo, o fabricante
deve especificar a metodologia utilizada.
O instrumento deve ter capacidade de memória para armazenar todas as informações
exigidas no Prodist, os cálculos devem ser realizados no próprio instrumento, sem que
haja necessidade de ferramenta externa (software) para realização dos cálculos, um
software externo deverá ser utilizado apenas para leitura dos registros.
Grandezas armazenadas em memória não volátil:
- Cálculo dos indicadores individuais DRC e DRP
- Tabela de medição das 1008 leituras válidas das Tensões em Regime Permanente
(TRP).
- Histograma de tensão.
19. A taxa de aquisição de 32 amostras/ciclo é suficiente para se medir os fenômenos
discutidos neste Anexo, principalmente os eventos de VTCD?
R: Não, utilizando 32 amostras por ciclo poderemos calcular as harmônicas até a ordem
16 (960 Hz), portanto não seria possível atender a NBR IEC 61000-4-30 para classe S que
especifica a medição das harmônicas até ordem 40, ou o Prodist que especifica a
medição das harmônicas até ordem 25. Para que a medição das harmônicas seja
realizada de forma adequada, é conveniente que o instrumento faça a aquisição do
sinal com, no mínimo, 128 amostras por ciclo.
Em relação aos VTCDs, os cálculos dos valores de tensão RMS para detecção dos
eventos devem ser feitos a cada ciclo, utilizando apenas 32 amostras por ciclo, ocorrerá
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um erro maior no valor RMS calculado, principalmente em sinais com conteúdo
harmônico, podendo ocorrer erros no cálculo da amplitude e duração dos eventos de
VTCDs, novamente seria conveniente que o instrumento faça a aquisição do sinal com,
no mínimo, 128 amostras por ciclo.
20. Os transdutores disponíveis no mercado têm resposta em frequência que atendem a
essa taxa de amostragem, considerando o teorema de sobreposição de espectros
(Nyquist)?
R: Sim, existem intrumentos no mercado que atendem ou superam a taxa de
amostragem necessária para medição de harmônicas de ordem 40 ou 50, inclusive,
instrumentos de fabricação nacional.
21. Atualmente, os custos dos instrumentos de medição podem inviabilizar a campanha de
medição proposta pela ANEEL?
R: Não, atualmente fabricantes mobilizados com a finalidade de atender os protocolos
de medição descritos na NBR IEC 61000-4-30 e o Prodist, inclusive fabricantes nacionais
com a proposta de fabricação de instrumentos classe S que permitem um custo
bastante reduzido, levando-se em consideração os instrumentos importados.
22. Atualmente, há instrumentos de medição no mercado a custos acessíveis e com
confiabilidade que atendam a medição de harmônicos, desequilíbrio de tensão,
flutuação de tensão e VTCD?
R: Sim, já existem no mercado instrumentos com custos acessíveis que atendam aos
protocolos de medição para harmônicas, desequilíbrio de tensão, flutuação de tensão
e VTCDs, inclusive instrumentos de fabricação nacional com classificação dos VTCDs
atendendo aos requisitos do Prodist e parâmetros DRP e DRC sendo calculados “online” nos instrumentos.
23. Quais fenômenos devem ser medidos nas campanhas de medição?
R: Inicialmente os fenômenos descritos no Prodist.
24. Como definir a quantidade e a alocação eficiente dos pontos de medição?
R: Existem diversos artigos publicados que utilizam diferentes técnicas para uma
alocação eficiente dos pontos de medição.
25. Qual seria a melhor forma de acompanhar os fenômenos de VTCD nas redes de
distribuição?
R: Uma forma de acompanhar os fenômenos de VTCD seria a instalação de
instrumentos nas redes primárias e nas redes secundárias, desta forma seria possível
analisar a propagação e a localização da origem dos VTCDs.
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26. As campanhas devem ser periódicas ou permanentes?
R: As campanhas devem ser permanentes, uma vez que as características das cargas
instaladas variam continuamente.
27. Para os fenômenos de Harmônicos, Desequilíbrio de Tensão e VTCD, a norma IEC 610004-30 atende aos objetivos da campanha de medição proposta pela ANEEL?
R: Sim, a IEC 61000-4-30 atualmente é utilizada como padrão de protocolo de medição
em diversos países, utilizando-se outras normas como complemento para valores de
referência ou limite dos parâmetros de medição, portanto é adequada para a
campanha de medição da ANEEL.
28. Atualmente, há algum programa de acompanhamento e controle dos indicadores de
qualidade do produto realizado pelas concessionárias de distribuição?
R: Avaliamos que esta questão poderá ser respondida com maior clareza pelas
concessionárias de distribuição.
29. É viável a adequação pelos fabricantes de equipamentos que emitem distúrbios?
R: Entendemos que cada caso deve ser avaliado individualmente.
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