UNIVERSIDADE FEDERAL DE SANTA MARIA CURSO DE QUÍMICA INDUSTRIAL QMC 170 – QUÍMICA INDUSTRIAL RESÍDUOS SÓLIDOS CONJUNTO DE NORMAS REVISADAS • • • • NBR 10004/04 – Classificação. NBR 10005/04 – Obtenção de Lixiviado. NBR 10006/04 – Obtenção de Solubilizado. NBR 10007/04 – Amostragem. REFERÊNCIAS • NBR 12808 – Classificação de RSS. • NBR 14598/00 – Det. de Ponto de Fulgor. • SW 846 (USEPA) – Test Methods for Evaluating Solid Waste – Physical/Chemical Methods. Profa. Dra. MARTA TOCCHETTO marta @tocchetto.com www.marta.tocchetto.com UNIVERSIDADE FEDERAL DE SANTA MARIA CURSO DE QUÍMICA INDUSTRIAL QMC 170 – QUÍMICA INDUSTRIAL RESÍDUOS SÓLIDOS NBR 10004/04 – revisada • Após um longo processo de revisão, a nova edição das Normas Brasileiras de Classificação de Resíduos está disponível. • Aparentemente a nova edição traz poucas alterações em relação à versão de 1987, mas estas sinalizam mudanças muito significativas que poderão ocorrer nas próximas revisões. • Esta Comissão de Estudo contou com membros de vasta experiência e conhecimento na área de resíduos. Profa. Dra. MARTA TOCCHETTO marta @tocchetto.com www.marta.tocchetto.com UNIVERSIDADE FEDERAL DE SANTA MARIA CURSO DE QUÍMICA INDUSTRIAL QMC 170 – QUÍMICA INDUSTRIAL RESÍDUOS SÓLIDOS NBR 10004/04 – estrutura • • • • • • • • • Sumário Prefácio Introdução Objetivo Referências normativas Definições Processo de classificação Métodos de Ensaio Anexos A. B. C. D. E. Resíduos perigosos de fontes não específicas Resíduos perigosos de fontes específicas Substância que conferem periculosidade aos resíduos Substâncias agudamente tóxicas Substâncias tóxicas. Profa. Dra. MARTA TOCCHETTO marta @tocchetto.com www.marta.tocchetto.com UNIVERSIDADE FEDERAL DE SANTA MARIA CURSO DE QUÍMICA INDUSTRIAL QMC 170 – QUÍMICA INDUSTRIAL RESÍDUOS SÓLIDOS ABNT 10004: 2004 – Classificação •Perigosos •Não Perigosos: inertes e não inertes Anexos A, B, D, E, F e H – codificados com 3 dígitos Anexo A – resíduos perigosos de fontes não específicas – cód. F Anexo B – resíduos perigosos de fontes específicas – cód. K Profa. Dra. MARTA TOCCHETTO marta @tocchetto.com www.marta.tocchetto.com UNIVERSIDADE FEDERAL DE SANTA MARIA CURSO DE QUÍMICA INDUSTRIAL QMC 170 – QUÍMICA INDUSTRIAL RESÍDUOS SÓLIDOS NBR 10004/04 – Definições Resíduos Sólidos • Sólidos e semi-sólidos (origem: industrial, doméstica, hospitalar, comercial, agrícola de serviços e de varrição). • Lodos de ETE (origem: equipamentos ou instalações de controle da poluição) • Líquidos (inviável o seu lançamento na rede de esgotos ou corpos d’água, ou exijam para isso soluções técnicas e economicamente inviáveis em face à melhor tecnologia disponível). Profa. Dra. MARTA TOCCHETTO marta @tocchetto.com www.marta.tocchetto.com UNIVERSIDADE FEDERAL DE SANTA MARIA CURSO DE QUÍMICA INDUSTRIAL QMC 170 – QUÍMICA INDUSTRIAL RESÍDUOS SÓLIDOS NBR 10004/04 – Definições • Periculosidade Características físicas, químicas ou infecto-contagiosas: CAUSA Profa. Dra. MARTA TOCCHETTO marta @tocchetto.com riscos à saúde – provoca à mortalidade, incidência de doença ou acentua índices. riscos ao meio ambiente – quando gerenciado inadequadamente. www.marta.tocchetto.com UNIVERSIDADE FEDERAL DE SANTA MARIA CURSO DE QUÍMICA INDUSTRIAL QMC 170 – QUÍMICA INDUSTRIAL RESÍDUOS SÓLIDOS NBR 10004/04 – Definições • Toxicidade Propriedade potencial que provoca maior ou menor efeito adverso em conseqüência da INTERAÇÃO com o organismo. • Agente Tóxico Substância ou mistura (INALAÇÃO, INGESTÃO OU ABSORÇÃO CUTÂNEA) cientificamente comprovada como TÓXICO, CARCINOGÊNICO, TERATOGÊNICO OU ECOTÓXICO. Profa. Dra. MARTA TOCCHETTO marta @tocchetto.com www.marta.tocchetto.com UNIVERSIDADE FEDERAL DE SANTA MARIA CURSO DE QUÍMICA INDUSTRIAL QMC 170 – QUÍMICA INDUSTRIAL RESÍDUOS SÓLIDOS NBR 10004/04 – Definições • Toxicidade Aguda Efeito adverso GRAVE ou MORTE após uma ÚNICA dose elevada ou REPETIDAS doses em pequeno espaço de tempo. • Agente Teratogênico (metais pesados) Alteração no EMBRIÃO ou FETO produzida substância, mistura, organismo ou agente físico. Profa. Dra. MARTA TOCCHETTO marta @tocchetto.com por www.marta.tocchetto.com UNIVERSIDADE FEDERAL DE SANTA MARIA CURSO DE QUÍMICA INDUSTRIAL QMC 170 – QUÍMICA INDUSTRIAL RESÍDUOS SÓLIDOS NBR 10004/04 – Definições • Agente Mutagênico (radiações) Eleva taxas espontâneas de danos ao material genético e aumenta a frequência de defeitos genéticos por substâncias, misturas, agentes físicos, biológicos. • Agente Carcinogênico (solventes orgânicos) Desenvolvimento de câncer ou aumenta a frequência de aparecimento. Câncer é um processo anormal, não controlado da diferenciação e proliferação celular, pode ser iniciado por alteração mutacional. Profa. Dra. MARTA TOCCHETTO marta @tocchetto.com www.marta.tocchetto.com UNIVERSIDADE FEDERAL DE SANTA MARIA CURSO DE QUÍMICA INDUSTRIAL QMC 170 – QUÍMICA INDUSTRIAL RESÍDUOS SÓLIDOS NBR 10004/04 – Definições • Agente Ecotóxicos Substância ou mistura que provoca risco a um ou vários compartimentos ambientais. • DL50 (oral,ratos) Dose letal a 50% dos ratos testados quando adminstrada em dose oral. Profa. Dra. MARTA TOCCHETTO marta @tocchetto.com www.marta.tocchetto.com UNIVERSIDADE FEDERAL DE SANTA MARIA CURSO DE QUÍMICA INDUSTRIAL QMC 170 – QUÍMICA INDUSTRIAL RESÍDUOS SÓLIDOS NBR 10004/04 – Definições • CL50 (inalação, ratos) Concentração de uma substância quando adminstrada por via respiratória e acarreta a morte de 50% da população de ratos expostos. • DL50 (dérmica, coelhos) Dose letal para 50% da população de coelhos testados quando administrada em contato com a pele. Profa. Dra. MARTA TOCCHETTO marta @tocchetto.com www.marta.tocchetto.com UNIVERSIDADE FEDERAL DE SANTA MARIA CURSO DE QUÍMICA INDUSTRIAL QMC 170 – QUÍMICA INDUSTRIAL RESÍDUOS SÓLIDOS NBR 10004/04 – Processo de Classificação Envolve IDENTIFICAÇÃO do processo ou atividade que deu origem aos resíduos e a comparação com a listagens de resíduos e substâncias cujo impacto à saúde e ao meio ambiente é conhecido. IDENTIFICAÇÃO dos constituintes deve ser criteriosa, de acordo com as matérias primas, os insumos e o processo que lhe deu origem. ** Dependendo da complexidade e do tipo do resíduo o órgão ambiental pode exigir outros métodos analíticos consagrados em nível internacional potencial de risco à saúde humana e meio ambiente. Profa. Dra. MARTA TOCCHETTO marta @tocchetto.com www.marta.tocchetto.com UNIVERSIDADE FEDERAL DE SANTA MARIA CURSO DE QUÍMICA INDUSTRIAL QMC 170 – QUÍMICA INDUSTRIAL RESÍDUOS SÓLIDOS NBR 10004/04 – Processo de Classificação Laudo de Classificação Pode ser baseado no processo produtivo exclusivamente quando os resíduos não se enquadram nos anexos A e B. Deve constar a ORIGEM DO RESÍDUO, DESCRIÇÃO DO PROCESSO DE SEGREGAÇÃO e descrição dos CRITÉRIOS ADOTADOS na escolha dos parâmetros analíticos, quando for o caso, incluindo laudos de análises laboratoriais. Os laudos técnicos devem ser elaborados por TÉCNICOS HABILITADOS. Profa. Dra. MARTA TOCCHETTO marta @tocchetto.com www.marta.tocchetto.com UNIVERSIDADE FEDERAL DE SANTA MARIA CURSO DE QUÍMICA INDUSTRIAL QMC 170 – QUÍMICA INDUSTRIAL RESÍDUOS SÓLIDOS NBR 10004/04 –Classificação CLASSE I PERIGOSOS CLASSE II NÃO PERIGOSOS IIA – NÃO INERTES IIB – INERTES Profa. Dra. MARTA TOCCHETTO marta @tocchetto.com www.marta.tocchetto.com UNIVERSIDADE FEDERAL DE SANTA MARIA CURSO DE QUÍMICA INDUSTRIAL QMC 170 – QUÍMICA INDUSTRIAL RESÍDUOS SÓLIDOS NBR 10004/04 – Classificação • Resíduo perigoso – aqueles que apresentam periculosidade, ou uma das características de inflamabilidade, corrosividade, reatividade, toxicidade e/ou patogenicidade, ou constem dos anexos A ou B. • Periculosidade (3.2): característica apresentada por um resíduo que, em função de suas propriedades físicas, químicas ou infecto-contagiosas, pode apresentar: a) Riscos à saúde pública, provocando mortalidade, incidência de doenças ou acentuando seus índices; b) Riscos ao meio ambiente, quando gerenciado de forma inadequada. Profa. Dra. MARTA TOCCHETTO marta @tocchetto.com www.marta.tocchetto.com UNIVERSIDADE FEDERAL DE SANTA MARIA CURSO DE QUÍMICA INDUSTRIAL QMC 170 – QUÍMICA INDUSTRIAL RESÍDUOS SÓLIDOS Inflamabilidade (4.2.1.1) – D001 Um resíduo sólido é caracterizado como inflamável, se uma amostra representativa dele, obtida conforme a ABNT NBR 10007, apresentar qualquer uma das seguintes propriedades: a) Ser líquida e ter ponto de fulgor a 60oC, determinado conforme ABNT NBR 14598 ou equivalente, excetuando-se as soluções aquosas com menos de 24% de álcool em volume; b) Não ser líquida e ser capaz, de sob condições de temperatura e pressão do 25oC e 0,1 MPa (1 atm), produzir fogo por fricção, absorção de umidade ou por alterações químicas espontâneas e, quando inflamada, queimar vigorosamente e persistentemente, dificultando a extinção do fogo; Profa. Dra. MARTA TOCCHETTO marta @tocchetto.com www.marta.tocchetto.com UNIVERSIDADE FEDERAL DE SANTA MARIA CURSO DE QUÍMICA INDUSTRIAL QMC 170 – QUÍMICA INDUSTRIAL RESÍDUOS SÓLIDOS Inflamabilidade (4.2.1.1) c) Ser um oxidante definido como substância que pode liberar oxigênio e, como resultado, estimular a combustão e aumentar a intensidade do fogo em outro material; d) Ser um gás comprimido inflamável, conforme a Legislação Federal sobre transporte de produtos perigosos (Portaria 204/1997 do Ministério dos Transportes). Ponto de fulgor: A menor temperatura em que um líquido fornece vapor suficiente para formar uma mistura inflamável quando uma fonte de ignição (faísca, chamas abertas, etc.) está presente. Profa. Dra. MARTA TOCCHETTO marta @tocchetto.com www.marta.tocchetto.com UNIVERSIDADE FEDERAL DE SANTA MARIA CURSO DE QUÍMICA INDUSTRIAL QMC 170 – QUÍMICA INDUSTRIAL RESÍDUOS SÓLIDOS Corrosividade (4.2.1.2) – D002 Um resíduo sólido é caracterizado como corrosivo, se uma amostra representativa dele, obtida conforme a ABNT NBR 10007, apresentar qualquer uma das seguintes propriedades: a) Ser aquosa e apresentar pH inferior ou igual a 2, ou superior a 12,5 ou sua mistura com água , na proporção de 1:1 em peso, produzir uma solução que apresente pH inferior a 2 ou superior ou igual a 12,5; b) Ser líquida ou, quando misturada em peso equivalente de água, produzir um líquido e corroer o aço (COPANT 1020) a uma razão maior que 6,35 mm ao ano, a uma temperatura de 55oC, de acordo com a USEPA SW 846 ou equivalente. Profa. Dra. MARTA TOCCHETTO marta @tocchetto.com www.marta.tocchetto.com UNIVERSIDADE FEDERAL DE SANTA MARIA CURSO DE QUÍMICA INDUSTRIAL QMC 170 – QUÍMICA INDUSTRIAL RESÍDUOS SÓLIDOS Reatividade (4.2.1.3) – D003 Um resíduo sólido é caracterizado como reativo, se uma amostra representativa dele, obtida conforme a ABNT NBR 10007, apresentar qualquer uma das seguintes propriedades: a) Ser normalmente instável e reagir de forma violenta e imediata, sem detonar b) Reagir violentamente com água; c) Formar misturas potencialmente explosivas com água; d) Gerar gases, vapores e fumos tóxicos em quantidades suficientes para provocar danos à saúde pública ou ao meio ambiente, quando misturados com a água; Profa. Dra. MARTA TOCCHETTO marta @tocchetto.com www.marta.tocchetto.com UNIVERSIDADE FEDERAL DE SANTA MARIA CURSO DE QUÍMICA INDUSTRIAL QMC 170 – QUÍMICA INDUSTRIAL RESÍDUOS SÓLIDOS Reatividade (4.2.1.3) – D003 e) Possuir em sua constituição íons CN- ou S2- em concentração que ultrapassem os limites de 250mgde HCN liberável por quilograma de resíduo ou 500 mg de H2S liberável por quilograma de resíduo, de acordo com ensaio estabelecido no USEPA SW 856; f) Ser capaz de produzir reação explosiva ou detonante sob a ação de forte estímulo, ação catalítica ou temperatura em ambientes confinados; g) Ser capaz de produzir, prontamente, reação ou decomposição detonante ou explosiva a 25oC e 0,1 MPa (1 atm); h) Ser explosivo, definido como uma substância fabricada para produzir um resultado prático, através de explosão ou efeito pirotécnico, esteja ou não esta substância contida em dispositivo preparado para este fim. Profa. Dra. MARTA TOCCHETTO marta @tocchetto.com www.marta.tocchetto.com UNIVERSIDADE FEDERAL DE SANTA MARIA CURSO DE QUÍMICA INDUSTRIAL QMC 170 – QUÍMICA INDUSTRIAL RESÍDUOS SÓLIDOS Toxicidade (4.2.1.4): amostra conforme NBR 10007 a) Quando o extrato obtido desta amostra, segundo a NBR 10005, contiver qualquer um dos contaminantes em concentrações superiores ao anexo F. Neste caso, o resíduo deve ser caracterizado com tóxico com base no ensaio de lixiviação, com código de identificação constante no anexo F; a) Possuir uma ou mais substâncias constantes do anexo C e apresentar toxicidade. Para avaliação dessa toxicidade, devem ser considerados os seguintes fatores: • • • Natureza da toxicidade apresentada pelo resíduo; Concentração do constituinte do resíduo; Potencial que o constituinte, ou qualquer produto tóxico de sua degradação, tem para migrar do resíduo para o meio ambiente, sob condições impróprias de manuseio; Profa. Dra. MARTA TOCCHETTO marta @tocchetto.com www.marta.tocchetto.com UNIVERSIDADE FEDERAL DE SANTA MARIA CURSO DE QUÍMICA INDUSTRIAL QMC 170 – QUÍMICA INDUSTRIAL RESÍDUOS SÓLIDOS • • • • Persistência do constituinte, ou qualquer produto tóxico de sua degradação; Potencial que o constituinte, ou qualquer produto tóxico de sua degradação, tem para degradar-se em constituintes não perigosos, considerando a velocidade em que ocorre a degradação; Extensão em que o constituinte, ou qualquer produto tóxico de sua degradação, é capaz de bioacumulação nos ecossistemas; Efeito nocivo pelo efeito teratogênico, mutagênico, carcinogênico ou ecotóxico, associados a substâncias isoladamente ou decorrente do sinergismo entre as substâncias constituintes do resíduo. c) Ser constituída por restos de embalagens contaminadas com substâncias constantes nos anexos D e E; Profa. Dra. MARTA TOCCHETTO marta @tocchetto.com www.marta.tocchetto.com UNIVERSIDADE FEDERAL DE SANTA MARIA CURSO DE QUÍMICA INDUSTRIAL QMC 170 – QUÍMICA INDUSTRIAL RESÍDUOS SÓLIDOS d) Resultar de derramamento ou de produtos fora de especificação ou de prazo de validade que contenham quaisquer substâncias constantes dos anexos D e E; e) Ser comprovadamente letal ao homem; f) Possuir substância em concentração comprovadamente letal ao homem ou estudos do resíduo que demonstrem uma DL50 (oral, ratos) menor que 50 mg/Kg ou CL50 (inalação, ratos) menor que 2 mg/L ou uma DL50 (dérmica, coelhos) menor do que 200 mg/Kg; Os códigos de identificação referem-se as letras P, U e D e encontram-se nos anexos D, E e F. Valores de toxicidade para as substâncias presentes na revisão da portaria de efluentes 05/89. Profa. Dra. MARTA TOCCHETTO marta @tocchetto.com www.marta.tocchetto.com UNIVERSIDADE FEDERAL DE SANTA MARIA CURSO DE QUÍMICA INDUSTRIAL QMC 170 – QUÍMICA INDUSTRIAL RESÍDUOS SÓLIDOS Patogenicidade (4.2.1.5) 4.2.1.5.1 Um resíduo é caracterizado como patogênico se uma amostra representativa dele, obtida segundo a ABNT NBR 10007, contiver ou houver suspeita de conter, microrganismos patogênicos, proteínas virais, ácido desoxiribonucleico (ADN) ou ácido ribonucleico (ARN) recombinantes, organismos geneticamente modificados, plasmídios, cloroplastos, mitocôndrias ou toxinas capazes de produzir doenças em homens, animais ou vegetais. 4.2.1.5.2 Os resíduos de serviços de saúde deverão ser classificados de acordo com ABNT NBR 12808. Os resíduos gerados em estações de tratamento de esgotos domésticos e domiciliares, excetuando-se os originados na assistência à saúde da pessoa ou animal, não serão classificados segundo os critérios de patogenicidade. Profa. Dra. MARTA TOCCHETTO marta @tocchetto.com www.marta.tocchetto.com UNIVERSIDADE FEDERAL DE SANTA MARIA CURSO DE QUÍMICA INDUSTRIAL QMC 170 – QUÍMICA INDUSTRIAL RESÍDUOS SÓLIDOS Resíduos Classe II – Não Perigosos Os códigos para alguns destes resíduos encontram-se no anexo H. Resíduos Classe IIA – Não Inertes Aqueles que não se enquadram nas classificações de resíduos classe I – Perigosos ou de classe IIB – Inertes, nos termos desta Norma. Os resíduos IIA – Não Inertes podem ter propriedades, tais como: biodegrabilidade, combustibilidade ou solubilidade em água. Métodos de ensaio – USEPA – SW 846, última edição e, quando disponíveis, os métodos nacionais equivalentes elaborados pela ABNT. Profa. Dra. MARTA TOCCHETTO marta @tocchetto.com www.marta.tocchetto.com UNIVERSIDADE FEDERAL DE SANTA MARIA CURSO DE QUÍMICA INDUSTRIAL QMC 170 – QUÍMICA INDUSTRIAL RESÍDUOS SÓLIDOS Resíduos Classe II – Não Perigosos Resíduos Classe IIB – Inertes Quaisquer resíduos que, quando amostrados de uma forma representativa, segundo a ABNT NBR 10007, e submetidos a um contato dinâmico e estático com água desionizada, à temperatura ambiente, conforme a ABNT 10006, não tiverem nenhum de seus constituintes solubilizados a concentrações superiores aos padrões de potabilidade de água, excetuando-se aspecto, cor, turbidez, dureza e sabor, conforme anexo G. Profa. Dra. MARTA TOCCHETTO marta @tocchetto.com www.marta.tocchetto.com UNIVERSIDADE FEDERAL DE SANTA MARIA CURSO DE QUÍMICA INDUSTRIAL QMC 170 – QUÍMICA INDUSTRIAL RESÍDUOS SÓLIDOS RESÍDUOS não Origem conhecida sim Consta dos anexos A ou B? não sim Características de inflamabilidade, corrosividade, reatividade, toxicidade ou patogenicidade Resíduo Perigoso classe I não Resíduo não perigoso classe II Possui constituintes que são solubilizdos em concentrações superiores ao anexo G não Resíduo inerte classe II B sim Resíduo não inerte classe II A Profa. Dra. MARTA TOCCHETTO marta @tocchetto.com www.marta.tocchetto.com UNIVERSIDADE FEDERAL DE SANTA MARIA CURSO DE QUÍMICA INDUSTRIAL QMC 170 – QUÍMICA INDUSTRIAL RESÍDUOS SÓLIDOS NBR 10005 – Procedimentos para obtenção de extrato lixiviado de resíduos sólidos Os ensaios de lixiviação são utilizados para determinar ou avaliar a estabilidade química dos resíduos tratados, quando em contato com soluções aquosas que podem ser encontradas em um aterro, permitindo assim verificar o grau de imobilização dos contaminantes (Cetesb, 1985). Quando excedido o limite de concentração no extrato da lixiviação, o resíduo é classificado como resíduo perigoso – anexo F – quando não excedido o limite de solubilização, o resíduo é classificado como resíduo inerte – anexo G. Profa. Dra. MARTA TOCCHETTO marta @tocchetto.com www.marta.tocchetto.com UNIVERSIDADE FEDERAL DE SANTA MARIA CURSO DE QUÍMICA INDUSTRIAL QMC 170 – QUÍMICA INDUSTRIAL RESÍDUOS SÓLIDOS NBR 10005 – Procedimentos para obtenção de extrato lixiviado de resíduos sólidos Lixiviação – processo para determinação da capacidade de transferência de substâncias orgânicas e inorgânicas presentes no resíduo sólido, por meio de dissolução no extrator (NBR 10005/04). Compostos voláteis – substâncias constantes da tabela A.1 Profa. Dra. MARTA TOCCHETTO marta @tocchetto.com www.marta.tocchetto.com UNIVERSIDADE FEDERAL DE SANTA MARIA CURSO DE QUÍMICA INDUSTRIAL QMC 170 – QUÍMICA INDUSTRIAL RESÍDUOS SÓLIDOS Soluções de Extração n 01 – 5,7 mL de ácido acético glacial a água ultrapura (4.2.1) e 64,3 mL de NaOH 1,0N. Completar o volume a 1 L. O pH desta solução deve ser 4,93 + 0,05. n 02 - 5,7 mL de ácido acético glacial a água ultrapura (4.2.1) e completar o volume a 1 L. O pH desta solução deve ser 2,88 + 0,05. Reduzir o tamanho das partículas < 9 mm de diâmetro e transferir 5,0 g para um béquer. Adicionar 96,5 mL de água desionizada, cobrir e agitar vigorosamente por 5 min. com agitador magnético. Se o pH for > 5,0 adicionar 3,5 mL de HCl 1 N, homogeneizar, cobrir, aquecer a 50o C durante 10 min. Esfriar a solução e medir o pH. Se o pH for < 5,0 utilizar a solução de extração n1 e se for > 5,0 a solução de extração n 02. Profa. Dra. MARTA TOCCHETTO marta @tocchetto.com www.marta.tocchetto.com UNIVERSIDADE FEDERAL DE SANTA MARIA CURSO DE QUÍMICA INDUSTRIAL QMC 170 – QUÍMICA INDUSTRIAL RESÍDUOS SÓLIDOS Análise do Extrato do Lixiviado • AWWA – APHA – WPCI – Standard Methods for Examination of Water e Wastewater • SW 846 (USEPA) – Test Methods for evaluating Solid Waste; Physical/Chemical Methods. Anexo F Profa. Dra. MARTA TOCCHETTO marta @tocchetto.com www.marta.tocchetto.com UNIVERSIDADE FEDERAL DE SANTA MARIA CURSO DE QUÍMICA INDUSTRIAL QMC 170 – QUÍMICA INDUSTRIAL RESÍDUOS SÓLIDOS NBR 10006/04 – Procedimento para obtenção de extrato solubilizado • • • • Secar a amostra a 42oC. Colocar uma amostra (250 g) em frasco de 1500 mL. Adicionar 1000 mL de água ultrapura; Cobrir o frasco com filme de PVC e deixar em repouso por 7 dias, em T de 25oC. • Filtrar a solução (Extrato Solubilizado). Profa. Dra. MARTA TOCCHETTO marta @tocchetto.com www.marta.tocchetto.com UNIVERSIDADE FEDERAL DE SANTA MARIA CURSO DE QUÍMICA INDUSTRIAL QMC 170 – QUÍMICA INDUSTRIAL RESÍDUOS SÓLIDOS Análise do Extrato do Solubilizado • AWWA – APHA – WPCI – Standard Methods for Examination of Water e Wastewater • SW 846 (USEPA) – Test Methods for evaluating Solid Waste; Physical/Chemical Methods. Anexo G Profa. Dra. MARTA TOCCHETTO marta @tocchetto.com www.marta.tocchetto.com