Folha de Angatuba 40 ano Registrado sob nº 4 no livro “B” no Registro Civil de Pessoas Jurídicas da Comarca de Angatuba FUNDADO EM 11/03/1973 - Jornalista Resp. JAIRTON T. CARRIEL - DRT.-8645/80 s CNPJ-00 912 817 /0001-36 ANO XXXIX - Angatuba, 11 de Abril de 2013 - Escritório - R. Públio Almeida Melo, 622 - Centro - Cel (15) 97346029 - Ex. R$ 1,00 Vinte prefeituras do interior de São Paulo são lacradas em operação contra corrupção Operação conjunta entre Ministérios Públicos Estaduais, Polícia Federal e Ministério Público Federal cumpre mandados de busca e apreensão e de prisão em 12 Estados. Na foto, a PF faz busca e apreensão em casa na cidade de Votuporanga (SP) Leia mais PF-SP/ Divulgação A Operação Fratelli, realizada nesta terça-feira (9) pela Polícia Federal em conjunto com promotores do Gaeco (Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado), em São José do Rio Preto (438 Km de SP) , prendeu 13 pessoas preventivamente e fechou 20 prefeituras em cidades do noroeste paulista. Segundo o Ministério Público, a atuação dos suspeitos na região era focada no município de Votuporanga (537 km de São Paulo). OPERAÇÃO CONTRA A CORRUPÇÃO SP: Ação contra empreiteiras que estariam manipulando licitações públicas com ajuda de agentes públicos Entre os detidos estão três prefeitos, três ex-prefeitos e quatro empresários de Votuporanga, três deles, irmãos que são donos de empreiteiras e investigados por abertura de empresas de fachada. Entre os prefeitos investigados está o ex-prefeito de Catanduva, Afonso Machione Neto, que teve a casa revistada, mas não foi localizado. A prefeitura de Catanduva foi lacrada, e os 300 funcionários ficaram do lado de fora, impedidos de trabalhar. Além de Votuporanga e Catanduva, as principais cidades investigadas na região fo- ram Fernandópolis, Jales, Santa Fé do Sul, Mirassol e Guapiaçu. A Prefeitura de São José do Rio Preto não está na lista das investigadas pela operação. De acordo, com o promotor João Santaterra, o principal foco do esquema está concentrado no município de Votuporanga. O ex-prefeito de Cardoso, João da Brahma de Oliveira da Silva, foi detido em sua residência com R$ 70 mil em espécie encontrados em um cofre e uma arma. Há também empreiteiras suspeitas de participação do esquema de desvio de recursos públicos. Em Santa Adélia, foram apreendidos memórias de computador e documentos. Em Catiguá, carros da polícia cercaram a prefeitura da cidade, que também foi lacrada. A prefeitura de Votuporanga também foi lacrada para a retirada de documentos e computadores. De acordo com as investigações, os quatro empresários presos estariam envolvidos em um esquema de fraudes em licitações. As investigações, que culminaram com a ação, ocorreram após denúncias de pagamento de propinas, superfaturamentos de produtos e serviços, sonegação fiscal, enriquecimento ilícito de agentes públicos e empresários. Segundo o Ministério Público Federal, os investigados simulavam competir entre si e manipulavam o valor dos contratos. O objetivo era superfaturar obras contratadas pelos municípios, que também estariam envolvidos com os crimes. Decreto reduz impostos em smartphones de até R$ 1.500 Um decreto publicado oficialmente nesta terça-feira (9), assinado pela presidente Dilma Rousseff, reduz o preço de smartphones produzidos no Brasil. Segundo informações do "Diário Oficial da União", aparelhos que custam até R$ 1.500 serão isentos de PIS/Cofins. A queda nos preços pode chegar a até 30%, segundo o governo. No entanto, a Abinee (Associação Brasileira da Indústria Elétrica e Eletrônica) classifica esse valor como exagerado: a associação estima que a redução no preço ficará na faixa dos 7%. O decreto entra em vigor na data da publicação, mas ainda não há informações de quando esse desconto chegará efetivamente aos consumidores. A assessoria de imprensa do Ministério das Comunicações afirma que o benefício passa a valer assim que uma portaria for publicada oficialmente, nos próximos dias, com as especificações dos modelos beneficiados. À Folha de S.Paulo, o ministro Paulo Bernardo deu como prazo o Dia das Mães. De acordo com o decreto, não só os aparelhos smartphones serão desonerados, mas também roteadores digitais (aparelhos que permitem interconectar computadores e compartilhar acesso à internet) vendidos no varejo com preço de até R$ 150. Garota da Capa Decreto assinado pela presidente Dilma Rousseff, agradou mais uma vez o povo! Parabéns!! Banco do Povo Paulista disponibiliza R$ 21,5 milhões em Sorocaba e região LUANA VAZ linda jovem angatubense é a nossa Garota da Capa desta Semana, Luana comemorou na última quarta feira seu niver recebendo os parabéns de todos os amigos e familiares. Parabéns Luana . Juros de 0,5% ao mês são os mais baixos entre as instituições financeiras do país; região conta com 58 unidades do programa de microcrédito Voltado à promoção do empreendedorismo em todo o Estado, o Banco do Povo Paulista (BPP) tem à disposição R$ 21,5 milhões na região de Sorocaba para o decorrer de 2013. Atualmente, a população regional conta com 58 unidades ativas do programa de microcrédito gerenciado pela Secretaria do Emprego e Relações do Trabalho (SERT). “Como diferencial, o BPP apresenta a menor taxa de juros entre as instituições financeiras do país: 0,5% ao mês”, declara o secretário de Estado do Emprego, Carlos Ortiz. São duas linhas de empréstimos disponíveis aos microempreendedores: pessoa física e jurídica. Na primeira, os valores variam entre R$ 5 mil e R$ 10 mil e podem ser parcelados em até 24 parcelas. Já as pessoas com empresas constituídas têm acesso a montantes entre R$ 7,5 mil e R$ 15 mil, com prazo de pagamento limite de 36 vezes. O programa está presente na região desde março de 1999, quando a agência de Piedade foi inaugurada. Desde então, o BPP emprestou mais de R$ 113,1 milhões (R$ 19,6 milhões em 2012), em mais de 32,4 mil operações. “Os recursos podem ser utilizados para capital de giro, aquisição de mercadoria ou equipamento”, destaca o diretor-executivo do BPP, Antonio Mendonça. O BPP está presente nos seguintes municípios: Alambari, Alumínio, Angatuba, Anhembi, Apiaí, Araçariguama, Araçoiaba da Serra, Arandu, Avaré, Barra do Chapéu, Bofete, Boituva, Botucatu, Buri, Campina do Monte Alegre, Capão Bonito, Capela do Alto, Cerqueira César, Cerquilho, Cesário Lange, Conchas, Coronel Macedo, Fartura, Guapiara, Ibiúna, Iperó, Itaí, Itaoca, Itapetininga, Itapeva, Itaporanga, Itararé, Itatinga, Itu, Laranjal Paulista, Mairinque, Paranapanema, Pereiras, Piedade, Pilar do Sul, Piraju, Porangaba, Porto Feliz, Ribeira, Ribeirão Grande, Salto, Salto de Pirapora, São Miguel Arcanjo, São Roque, Sorocaba, Taguaí, Tapiraí, Taquarituba, Taquarivaí, Tatuí, Tejupá, Tietê e Votorantim. Os melhores preços e condições você encontra aqui!!! [email protected] Rua Tte José Marco de Albuquerque nº 380- Angatuba-SP Tel- (015) 3355-0514 - Cel. 9616 8620 Folha de Angatuba Página 2 SERÁ QUE EU TENHO DIREITO? XXXI Congresso Paulista de Terapia Intensiva Encontro científico, que vai de 17 a 21 de setembro, conta também com cursos pré-congresso e participação de mais de cem convidados, entre internacionais e nacionais A XIII edição do COPATI – Congresso Paulista de Terapia Intensiva vem aí. Acontecerá de 17 a 21 de setembro, em Campos do Jordão, com o tema “Abordagem Multidisciplinar do Paciente Grave”. Serão discutidos diferentes assuntos das várias especialidades que prestam assistência ao paciente crítico. Contando com palestrantes nacionais e internacionais da medicina intensiva adulta, temos confirmados Glenn Hernandez (CHI), Didier Payen (FRA), especialistas internacionais em sepse, hemodinâmica e neurointensivismo. Em medicina intensiva pediátrica, apresentam-se também Alexandre Rotta (EUA) e a presidente da SCCM, Karen Lidsky (EUA), com estudos voltados para ventilação mecânica e controle glicêmico em UTI pediátrica. Além disso, mais de cem nomes da terapia intensiva nacional participarão das palestras e conferências durante o decorrer do evento. O Prof. Dr. Carlos Carvalho preside o Congresso neste ano. O convidado, professor titular de pneumologia da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo (USP), chefe da UTI Respiratória do Hospital das Clínicas e responsável pelo Centro Formador de intensivistas do HC-FMUSP, comenta que “o COPATI é um evento já tradicional da SOPATI. Esperamos participação expressiva dos intensivistas do Estado de São Paulo, assim como de outras regiões do Brasil. Essa é uma oportunidade de interagir com os colegas, discutir temas científicos, se atualizar dentro da especialidade, e, assim, oferecer um melhor atendimento ao paciente”. De fato, o COPATI, que data desde 1990, tem uma tradição de oferta de atualização profissional, contando com cursos préCongresso que acrescentam à programação científica e à Sessão de Temas Livres tópicos de grande interesse para os intensivistas. São eles: Ventilação Mecânica em UTI (VENUTI), Atualização em Medicina Intensiva e Fundamentos de Suporte em Medicina Crítica (FCCS). Os cursos ocorrem nos dois dias anteriores ao evento, entre 17 e 18 de setembro, e seu conteúdo pode ser checado no portal do evento (www.congressocopati.com.br), onde também serão disponibilizadas a programação completa e a tabela de inscrições. “Diariamente são publicados inúmeros novos estudos na Medicina. É importante que essas novidades sejam discutidas. As reuniões científicas, por congregar diferentes profissionais com distintas subespecializações, são oportunidades para trocar informações e discutir perspectivas científicas, mantendo o intensivista sempre atualizado”, comenta o Dr. Carlos Carvalho. Ainda pensando na promoção da atualização científica, vale lembrar que os associados da Sociedade de Anestesiologia de São Paulo (SAESP) e da SOPATI têm descontos especiais nas inscrições dos eventos de medicina intensiva e anestesiologia realizados por ambas as sociedades, o que significa que associados da SAESP, ao se inscreverem no COPATI, também gozam de valor reduzido na inscrição. A SAESP, inclusive, também participará da programação científica do COPATI por meio de sessões temáticas e mesas redondas – gesto esse que tem sua reciprocidade por parte da SOPATI no COPA (Congresso Paulista de Anestesiologia), no qual a SOPATI discutirá temas relacionados à terapia intensiva. Folha de Angatuba 40 anos!! Angatuba, Quinta--feira, 11 de Abril de 2013 por: *Letícia Beltrami Novos Direitos Trabalhistas das Domésticas – Emenda Constitucional nº 72 de 02/04/2013. O artigo 7º da Constituição Federal foi alterado passando a estabelecer a igualdade de direitos trabalhistas entre os trabalhadores domésticos e os demais trabalhadores urbanos e rurais. Antes dessa alteração os empregados domésticos já tinham garantidos, entre os mais importantes, os seguintes direitos trabalhistas: Formalização do contrato de trabalho, que deve ser registrado em CTPS; Integração à Previdência Social; Salário mínimo fixado em lei; Feriados civis e religiosos, sob pena de pagamento do dia em dobro ou conceder uma folga compensatória em outro dia da semana; Irredutibilidade salarial; 13º salário; Repouso semanal remunerado, preferencialmente aos domingos; Férias anuais de 30 dias remuneradas, acrescidas de 1/ 3; Estabilidade da gestante; Licença-maternidade; Aviso prévio; FGTS facultativo, cuja concessão ficava a critério do empregador. Caso o FGTS fosse recolhido, no caso de rescisão do contrato por iniciativa patronal, o doméstico poderia usufruir do benefício do seguro-desemprego. Com a aprovação da “PEC das Domésticas”, o empregado doméstico ganhou 16 novos direitos trabalhistas, que seguem abaixo citados: Garantia de salário mínimo; Proteção do salário (tipificando como crime a retenção do salário do empregado doméstico); Adicional noturno; Salário família; FGTS (recolhimento obrigatório); Jornada de trabalho de 8 (oito) horas diárias e 44 (quarenta e quatro) horas semanais; Horas extras; Redução dos riscos do trabalho (normas de saúde e segurança ao trabalhador doméstico); Creches e pré-escola para filhos e dependentes até 6 anos de idade; Reconhecimento de acordos e convenções coletivas; Seguro contra acidente de trabalho; Proibição de situações discriminatórias de salário, função e critério de admissão; Proibição de discriminação em relação à pessoa com defici- ência; Proibição de trabalho noturno, perigoso ou insalubre a menores de 16 anos; Proteção contra despedida sem justa causa; Seguro desemprego. Alguns destes direitos ainda precisam de regulamentação pelo Ministério do Trabalho e Emprego: FGTS, Seguro-desemprego, Salário-família, remuneração noturna em valor superior à diurna, assistência gratuita aos dependentes em creches e pré-escolas, seguro contra acidentes de trabalho a cargo do empregador quando houver dolo, e, garantia da relação de emprego protegida contra demissão arbitrária ou sem justa causa, com direito a indenização compensatória. QUEM É CONSIDERADO DOMÉSTICO? Aqueles que trabalham de forma habitual, no âmbito residencial, em favor de um grupo familiar ou de uma pessoa, em atividades não lucrativas, atinentes a rotina da casa. Ex.: babá, caseiro, cozinheiro, cuidador de pessoas idosas ou enfermas, motorista particular, entre outros. Caso o empregado (a) preste serviços na residência do patrão, mas desenvolva serviços que gerem lucro ao empregador (Exemplo: fazendo salgados para o bar do patrão), não deve ser considerado doméstico, mas sim um empregado normal regido pela CLT. Alteração legislativa como esta já vem tarde, pois soa absurdo na época em que vivemos o fato de existir um trabalhador sem direito ao pagamento de horas extras, recolhimento de FGTS e outras garantias asseguradas as demais ocupações. Para muitos, com certeza ficará mais difícil encontrar, no orçamento, recursos suficientes ao pagamento dos serviços de doméstico. Dessa forma, é chegado o momento em que todos deverão participar da arrumação da casa. Cada qual deve lavar seu prato e limpar sua sujeira. Os idosos e as crianças, até então mantidos afastados pelos cuidadores e babás, terão seu lugar garantido na sala de TV. Como é sabida, toda mudança tem seu lado positivo... *ADVOGADA – M. LETÍCIA BELTRAMI DE MORAES OAB – 318.015 Email:[email protected] Riscos judiciais comprometem gestão municipal II Encontro dos Municípios com o Desenvolvimento Sustentável (EMDS), que acontecerá entre 23 e 25 de abril, vai estimular o debate sobre o tema Além da falta de recursos para administrarem os municípios, da burocracia que entrava a execução de políticas públicas e das maratonas em Brasília por busca de verbas, os prefeitos ainda encaram os riscos judiciais do cargo. O assunto estará nos debates do II Encontro dos Municípios com o Desenvolvimento Sustentável (EMDS) – Desafios dos novos governantes locais, que acontecerá entre 23 e 25 de abril, em Brasília. O evento, organizado pela Frente Nacional de Prefeitos (FNP), deve reunir 3 mil participantes. “Precisamos que fique bem claro quais são os atos administrativos passíveis de punição e quais precisam apenas de correção”, afirma o presidente da FNP e ex-prefeito de Vitória (ES), João Coser. “Hoje, o prefeito assume o cargo sendo uma pessoa de bem e honesta, mas, por conta de um erro administrativo, acaba respondendo por um ato de improbidade”, completa o dirigente. Para esclarecer essas questões apresentadas por Coser e apontar soluções jurídicas, estão previstas palestras do professor de Direito e con- selheiro nacional do Ministério Público, Luiz Moreira, e do secretário de Desenvolvimento Econômico Local da FNP e exprefeito de São José dos Campos (SP), Eduardo Cury. Eles estarão na Arena de Diálogos “Os riscos judiciais de ser prefeito”, na tarde de 24 de abril. Reforma do Estado – Autor do livro “Judicialização da Política”, Moreira defende a união dos prefeitos com os parlamentares das Assembleias Legislativas e do Congresso Nacional para que reformem constitucionalmente a estrutura do Estado. Segundo ele, o modelo em vigor não reconhece o prefeito como autoridade. “Há casos em que o prefeito não é nem recebido pelo promotor da cidade, pois é considerado um corrupto que precisa ser combatido.” O jurista afirma que é preciso promover mudanças pontuais e saneadoras na esfera administrativa e readequar o papel do Judiciário. Faz parte das modificações sugeridas por ele uma Proposta de Emenda à Constituição (PEC) ao artigo 37. A palavra legalidade seria substituída por legitimidade. Moreira afirma que a medida iria coroar o bom gestor. “A administração pública estaria, enfim, a serviço da soberania popular”. O dispositivo tem a atual redação: “A administração pública direta e indireta de qualquer dos Poderes da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios obedecerá aos princípios de legalidade, impessoalidade, moralidade, publicidade e eficiência e...”. A Lei de Improbidade Administrativa (8.429/92) também avançaria, segundo Moreira, com o detalhamento da sua redação. “Nela seriam caracterizados os crimes e descritos os atos lícitos”, explica. A legislação atual, diz ele, permite diversas interpretações. “O promotor e o juiz definem o que é ato ímprobo e ato probo. Fica difícil para o gestor saber o que é proibido e permitido apenas se baseando na Lei de Improbidade Administrativa.” A redefinição do Poder Judiciário sugerida pelo professor incluiria, entre outras medidas, a redução dos poderes da Justiça Eleitoral. “Somente o Congresso Nacional tem a prerrogativa de legislar sobre qualquer assunto, inclusive sobre o processo eleitoral. A Justiça Eleitoral apenas resolveria conflitos”. Experiência – O secretário de Desenvolvimento Econômico Local da FNP e ex-prefeito de São José dos Campos (SP), Eduardo Cury, defende a criação de leis mais claras. “É também necessário esclarecer questões e leis que são con- traditórias.” Cury acumula vasta experiência administrativa municipal. Por oito anos, fez parte do secretariado da Prefeitura de São José dos Campos (SP). Comandou, em períodos distintos, a pasta de Transportes, a de Governo e a chefia de gabinete. A trajetória o credenciou a concorrer a prefeito da cidade. Ele conquistou dois mandatos para o cargo em primeiro turno. Dos 16 anos dedicados ao poder executivo da cidade paulista, Cury conhece bem as brechas legais que atormentam um prefeito. Entre elas, há as recorrentes determinações da Justiça para priorizar pacientes no Sistema Único de Saúde (SUS). “Cada decisão judicial nesse sentido significa que tem alguém furando a fila do SUS”, afirma o ex-prefeito. As ordens, diz Cury, prejudicam a população que aguarda atendimento na rede pública de saúde segundo os critérios definidos em acordo celebrado entre União, estados e municípios. “Perde o cidadão que respeita a fila, pois não há certeza de que haverá recurso suficiente para atendêlo. Sobra para o prefeito, que é acusado de gerenciar mal as verbas da saúde.” Veja Algumas de nossas opções: Revanche; Valente;Oppnus, Anticorpus, Bokker, Fido Dido, Rituts, Cokilage, Elian, Cobra D’agua, Malwee, Hering, Brandili, Fatal, Burg, Tomboy, Kaiwaa, Duloren, Triunfo, Trifil, Valfrance, Teka, Jolitex. 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Além desses temas, há grande destaque para as metas do PNE (Plano Nacional de Educação), no qual grandes e polêmicos desafios se mostram à nossa educação. Apenas para dimensionar para o leitor essas metas, o Plano prevê universalizar, até 2016, a Educação Infantil a crianças de 4 a 5 anos, Ensino Fundamental de nove anos para todos entre 6 e 14 anos, bem como ofertar ensino médio à população de 15 a 17 anos. Somando-se a essas metas, há também o objetivo de alfabetizar todas as crianças, no máximo, até o final do 3º ano do Ensino Fundamental, e, ainda, oferecer Educação em Tempo Integral em, no mínimo, 50% das escolas públicas. Há grande destaque, ainda, para a Formação Continuada e valorização dos professores. Esses e outros desafios previstos no PNE não podem ser desconsiderados, dado que estamos falando de vidas, ou seja, de inúmeras crianças e jovens que, dia a dia, estão diante de nós. Eles não podem ser frustrados, precisam encontrar na escola seu porto seguro, um lugar que promova a cidadania por meio do conhecimento e que sabe respeitar as formas de aprender de cada um deles. Para vencer qualquer entrave que possa surgir no caminho, municípios de várias regiões do Brasil têm, por meio de parcerias com a Planeta Educação, conseguido elevar o nível da qualidade da educação ofertada aos seus cidadãos, o que se dá, por exemplo, a partir de metodologias inovadoras como os Programas Educação em Tempo Integral, Cinema e Educação, Ensino de Línguas, Qualificação de Gestores, PróFamília, Matemática *Erika de Souza Bueno é Editora do Portal Planeta Educação (www.planetaeducacao.com.br) e Coordenadora Educacional da empresa Planeta Educação; Professora e consultora de Língua Portuguesa pela Universidade Metodista de São Paulo; Articulista sobre assuntos de língua portuguesa, educação e família. Descomplicada, Aprendizagem Sistêmica, Informática Educacional, entre muitos outros. A Educação em Tempo Inte gral, por exemplo, conta com diversas oficinas, com métodos inovadores que estimulam os alunos a desejarem o conhecimento. Entre esses meios, são destaque as oficinas de Alfabetização e Letramento, Literatura e Leitura, Artes Visuais, Dança, Música, Fanfarra e várias modalidades de Esportes. Tudo isso comprova que os desafios da educação brasileiros podem ser vencidos e superados por meio do contato, da conversa e da troca de experiências, o que envolve alunos, pais, professores, coordenadores, gestores e, claro, a comunidade em que a escola faz parte. 08/04: Dia Mundial de Combate ao Câncer Cirurgião torácico alerta acerca da prevenção e tratamento do câncer de pulmão Segundo dados do Inca, o câncer de pulmão apresenta aumento de 2% por ano em incidência mundial e estimativa no Brasil (2012) foi de 27.320 novos casos No final do século XX, o câncer de pulmão se tornou uma das principais causas de morte evitáveis. Entretanto, é o tumor mais comum entre todos os cânceres malignos – até 2010, o número de mortes no Brasil foi de 21.867, sendo 13.677 homens e 8.190 mulheres. Conforme dr. Ricardo Mingarini Terra, membro da Sociedade Paulista de Pneumologia e Tisiologia (SPPT) e do Serviço de Cirurgia Torácica do Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina da USP, o câncer de pulmão possui o segundo maior índice de incidência em homens e o quinto maior em mulheres. “Fora o câncer de pele - que é o mais frequente nos dois gêneros -, a manifestação do tumor pulmonar em homens só fica atrás do câncer de próstata; nas mulheres, perde para os cânceres de mama, colo do útero, cólon e reto, e tiróide”, informa. No quesito apontador de mortalidade, fica em primeiro lugar em homens e segundo em mulheres, que morrem em maior quantidade – quase cinco vezes mais – por conta do câncer de mama. VIGILÂNCIA A principal forma de prevenção do câncer de pulmão se dá pelo abandono do tabagismo, que deve estar sempre em pauta, já que o cigarro é a causa mais bem estabelecida em relação à neoplasia pulmonar. “Sabe-se que o tabagismo aumenta de forma ampla a probabilidade das pessoas desen- Folha de Angatuba 40 anos!! volverem câncer ao longo da vida. É importante que não seja abordada somente a questão da cessação do hábito, mas principalmente a recomendação para que ele não se inicie.” Atualmente – em escolas, locais frequentado por crianças e adolescentes, em especial – o governo vem implantando diversas medidas preventivas, como por exemplo, a proibição da propaganda do cigarro na mídia ou de sua associação com outros produtos que garantam trazer felicidade às pessoas; extinguindo assim a imagem do tabagismo como algo elegante, como era no passado. “A exposição à poluição também está associada à neoplasia, entretanto de forma mais rara e amena, assim como o contato com alguns agentes ocupacionais, como, por exemplo, a radiação, que comprovadamente aumenta a incidência do câncer; e o amianto, potente carcinogênico”, alerta dr. Ricardo. DIAGNÓSTICOS Segundo o especialista, a grande maioria das pessoas, quando consulta um médico com queixas relacionadas à doença, já está em fase avançada. “Apenas 15% dos pacientes são diagnosticados em etapa inicial, quando a doença é tratável com intenção curativa. Os outros, infelizmente, já chegam apresentando metástase, ou seja, o tratamento principal será somente paliativo”. O médico explica que, na tentativa de diagnosticar o câncer pulmonar de forma mais precoce, uma série de estratégias vem sendo desenvolvidas. A primeira, já utilizada nos EUA, é a realização de tomografia em pacientes tabagistas. “A tomografia periódica serviria para avaliar a presença de nódulos no pulmão. Dentro da realidade americana, o impacto foi positivo, mas não se sabe como o método se sairia no Brasil, já que existem vários outros fatores a ser ponderados.” Conforme dr. Ricardo, quando se faz o diagnóstico de nódulos no pulmão, apenas uma parte deles pode ser cancerígeno, pois no Brasil há diversas doenças infecciosas que podem se apresentar em forma de nódulos. “Estudos ainda precisam ser Página 3 conduzidos para ver se a ferramenta nos ajudaria de maneira efetiva ou se começaríamos a fazer diagnósticos equivocados, uma vez que o resultado pode ser fruto de cicatrizes advindas de processos infecciosos antigos.” Outra pesquisa vem sendo feita: a detecção do câncer através de amostras de sangue e/ou saliva, que dispensaria a biópsia direta do tumor. Dr. Ricardo assegura que, apesar de inicial, especialistas da área estão confiantes de que a qualquer momento a ferramenta se mostrará útil e eficaz. TRATAMENTOS O câncer precoce é tratado através de cirurgia, configurada pela extração da parte do pulmão afetada pelo tumor. “Este é o tratamento que apresenta maior chance de cura, entretanto, como já dito antes, a maioria dos pacientes é diagnosticada já na forma avançada, perdendo a oportunidade de cura”, lamenta. Inclusive, há novidades no tratamento cirúrgico, como o uso de aparelhos e técnicas menos invasivos através de vídeo e robótica, diminuindo o trauma cirúrgico do paciente que passa por uma operação. Para casos tardios, em que o paciente já apresenta metástase, também tem sido notada evolução. Conforme dr. Ricardo, novas drogas agirão especificamente em alguns tipos de tumor, pois hoje em dia já é possível detectar as mutações da doença. Tais mudanças geram a alteração de algumas proteínas das células pulmonares, fazendo com que tais células se proliferem anormalmente, chegando à circulação sanguínea e provocando a metástase. “Nós já conhecemos algumas dessas mutações e, dependendo do tipo delas, há tratamentos específicos que bloqueiam tais proteínas. É o que chamamos de terapia-alvo, pois as novas drogas tratam exclusivamente a proteína anormal que é produzida pela mutação.” SUS O SUS oferece amplo suporte ao diagnóstico e tratamento do câncer de pulmão, como tomografia, cirurgia e quimioterapia. Contudo, uma série de medicamentos mais modernos ainda não foi incorporada ao SUS. Uma dificuldade para os pacientes que utilizam o SUS é o acesso ao médico pneumologista num momento em que o tratamento cirúrgico seria viável, já que muitos deles passam pelo pronto-socorro, realizam a tomografia, mas não são encaminhados diretamente ao serviço específico. “O problema é multifatorial: tem participação do sistema de saúde, que às vezes não possui organização adequada; mas também do paciente, que não procura o especialista e acaba deixando de lado, uma vez que o tumor geralmente não apresenta sintomas”, explica dr. Ricardo. POLÍTICAS PÚBLICAS Conforme o cirurgião torácico, a política de saúde mais importante atualmente para o tratamento e prevenção do câncer do pulmão é a que o estado vem apresentando em relação à cessação do tabagismo, que é a política mais agressiva e detentora do melhor custo-efetividade. “Acredito que outra direção a ser seguida é acerca da conscientização do problema, assim como temos quanto ao câncer de mama, que leva as mulheres a realizar o auto-exame. O câncer de pulmão deve ser lembrado a todo tempo, tanto por médicos quanto por pacientes.” Assim, fumantes devem ser acompanhados por médicos pneumologistas periodicamente, pois são a população de maior risco, bem como realizar radiografias periodicamente. Resultados alterados também devem ser levados para a avaliação de especialistas o quanto antes. “É interessante que médicos não especialistas também fiquem atentos à doença e não descartem de forma rápida a possibilidade do câncer de pulmão, já que existem outras patologias mais frequentes que geram achados radiológicos no tórax como pneumonia e tuberculose”, finaliza. ESTATÍSTICAS Conforme o dr. Ubiratan de Paula Santos, membro da SPPT e responsável pelos ambulatórios de Cessação de Tabagismo e de Doenças Respiratórias Ocupacionais e Ambientais da Divisão de Pneumologia do Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina da USP, há cerca de 1,3 bilhão de fumantes no mundo e cerca de 25 milhões no Brasil. “Os fumantes têm de 15 a 30 vezes mais risco de virem a ter câncer de pulmão, dependendo de quantos cigarros fumam, por quantos anos e quanto mais cedo começaram a fumar”, conta. O tabagismo é responsável por 71% dos casos de câncer de pulmão; a poluição do ar ambiental, por 8%; a ocupação por cerca de 10% e a poluição intradomiciliar – queima de combustíveis para aquecimento e cocção – por cerca de 2,6%. Os melhores preços estão AQUI!! R. Públio de Almeida Melo 611 tel. 3355 0403 Folha de Angatuba Página 4 Tem remédio para a saúde? O desafio da telemetria no campo Por Dane Avanzi *Luiz Monteiro Foi publicado no Diário Oficial da última quinta-feira, 4 de abril, o reajuste dos preços dos medicamentos vendidos no país, autorizado pela Câmara de Regulação do Mercado de Medicamentos, do Ministério da Saúde. Deve ser, no máximo, de 6,31%. O cálculo do reajuste foi baseado no Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), entre março de 2011 e fevereiro de 2012, nos ganhos de produtividade das empresas de medicamentos e no preço dos insumos usados na produção dos remédios. É justo que as empresas reajustem o preço de seus produtos. É a lei do mercado. No entanto, o grave problema da falta de acesso a medicamentos deve ficar ainda pior depois que forem colocados nas prateleiras das farmácias remédios com novos preços. Para se ter uma idéia, pesquisa divulgada em 2012 pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatísticas (IBGE) mostrou que o gasto com a saúde está entre as quatro maiores despesas das famílias brasileiras - junto com habitação, alimentação e transporte. Acontece que poucas conseguem arcar com essa despesa e muitas pessoas interrompem o tratamento por falta dinheiro. Diante disso, o Brasil necessita buscar urgentemente saídas que melhorem as condições de quem precisa e não consegue seguir um tratamento medicamentoso, por não ter recursos suficientes. Muito comum nos Estados Unidos, o Pharmacy Benefit Management (PBM), aqui traduzido como Programa de Benefício em Medicamentos, já conta com mais de 200 milhões de americanos beneficiados. Lá, mais de 90% das prescrições médicas são aviadas pelo canal PBM. Já no Brasil, ainda poucas empresas oferecem esse benefício para seus funcionários, que consiste em subsidiar a compra de remédios em farmácias credenciadas. Mas, com a popularização do PBM por aqui, este número deve crescer muito nos próximos anos. Hoje, há um pouco mais de 2 milhões de beneficiários. Porém, uma pesquisa realizada pelo setor apontou que mais empresas adotariam o PBM se houvesse incentivo fiscal por parte do Governo, como acontece com o Programa de Alimentação ao Trabalhador (PAT). O Governo estaria disposto a conceder tais incentivos? Simulações divulgadas recentemente mostraram que os remédios ficariam 11% mais baratos se fossem isentos de PIS e Cofins. Em alguns casos, a diferença chegaria a 27% se houvesse isenção também do ICMS. É possível isentar os remédios de tais tributos? Com a queda de investimentos públicos na saúde, é imprescindível que outras medidas sejam adotadas pelo Governo. *Luiz Monteiro é presidente da PBMA - Associação Brasileira das Empresas Operadoras de PBM (Programa de Benefício em Medicamentos) Angatuba, Quinta--feira, 11 de Abril de 2013 Muitas são as ferramentas de gestão e controle a disposição dos gestores do setor de bioenergia ligadas às rotinas de logística e agrícola em geral. No entanto, quando o assunto é transmissão de dados em tempo real em áreas de plantio, muitas variáveis devem ser consideradas para o sucesso da empreitada. Recentemente vi um grande projeto naufragar devido a escolha da faixa de transmissão dos sinais ser inviável financeiramente para a propagação dos sinais. O fornecedor, sabiamente, deixou expresso no contrato que todos os custos de infraestrutura e construção de torres correriam por conta da contratante. Resultado, o contratante comprou um sistema sem saber quanto teria que investir para ver o sistema funcionando. Infelizmente casos assim acontecem quando a implantação do sistema não é encarada como um projeto. Aspectos regulatórios, técnicos e logísticos são relegados ao segundo plano, fato que comumente acarreta enormes prejuízos e contratempos à empresa contratante. A primeira coisa a se ter em mente nos projetos de transmissão de dados é que a propagação não é igual a sistemas de voz. Outros fatores relevantes para o correto dimensionamento de um projeto é a taxa de velocidade mí- preparado para destrinchar as nima que o sistema demanprioridades, ordenar as tareda, a topologia de rede para fas, rastrear processos. Selea eficiente coleta de dados cionar cuidadosamente recure o conhecimento detalhasos materiais e humanos é o do do perfil topográfico das primeiro passo para o sucesáreas de interesse. A quanso da empreitada, que é tidade de terminais que multidisciplinar e necessitará transmitirão simultaneamendo trabalho coordenado de váte, além, obviamente, do rias áreas da engenharia. interfaceamento desses dados com sistemas de informação e plataformas SAP ou Oracle estão ligadas ao bom funcionamento da rede. Esse tipo de projeto é de extrema complexidade seja pelo grande número de variáveis, seja pela escalabilidade e flexibilidade do sistema de transmissão de se integrar a outros sistemas de informação de forma confiável e sustentável. Para que tudo corra bem, a definição de objetivos e premissas deve ser clara e o envolvimento da alta direção da empresa deve ser direto em todas as fases do projeto, desenvolvimento, implantação, testes e ativação. É preciso ter consciência da Dane Avanzi é advogado, empresário do envergadura do Setor de Engenharia Civil, Elétrica e de Tedesafio e saber lecomunicações e Diretor Superintendente que o projeto exi- do Instituto Avanzi, ONG de defesa dos digirá um gerente reitos do Consumidor de Telecomunicações Nova regulação da renúncia à ação revisional de aluguel Daniel Alcântara Nastri Cerveira* Como amplamente noticiado, a Lei do Inquilinato sofreu nova alteração, por meio da Lei 12.744/2012, cuja vigência teve início em 20/12/2012. Dentre outras alterações, foi incluído o artigo 54-A, que cuida das chamadas locações built to suit , aquelas em que o locador irá promover a construção ou reforma do imóvel a ser ocupado pelo inquilino, e o seu respectivo parágrafo 1º, este último tratando da renúncia ao direito de revisão do locativo. O novo texto legal é o seguinte: “Art. 54-A. Na locação não residencial de imóvel urbano na qual o locador procede à prévia aquisição, construção ou substancial reforma, por si mesmo ou por terceiros, do imóvel então especificado pelo pretendente à locação, a fim de que seja a este locado por prazo determinado, prevalecerão as condições livremente pactuadas no contrato respectivo e as disposições procedimentais previstas nesta Lei. Parágrafo primeiro. Poderá ser convencionada a renúncia ao direito de revisão do valor dos aluguéis durante o prazo de vigência do contrato de lo- cação”. Diante do novo texto legal, surgiu uma dúvida, até agora sem resposta segura, no que diz respeito à possibilidade da renúncia à pretensão de revisão judicial de aluguel em contratos de locação diferentes do built to suit, com base no artigo 19 e 68 e seguintes da Lei em pauta, senão vejamos: Cabe esclarecer que, antes da mencionada alteração da Lei do Inquilinato, o Poder Judiciário, diante da ausência de qualquer dispositivo legal que autorizasse ou vedasse expressamente a renúncia à ação revisional, já a admitia nos contratos de locação de imóveis urbanos, sob o fundamento de que, como o aluguel se trata de direito disponível, as partes estariam liberadas para proibir contratualmente a possibilidade ser revisto o aluguel judicialmente por meio da ação revisional. O próprio Supremo Tribunal Federal já se pronunciou nesse sentido, tendo, inclusive, editado a Súmula de nº 357, ainda sob vigência da chamada Lei de Luvas: “É LÍCITA A CONVENÇÃO PELA QUAL O LOCADOR RENUNCIA, DURANTE A VIGÊN- CIA DO CONTRATO, À AÇÃO REVISIONAL DO ART. 31 DO DECRETO 24150, DE 20/4/ 1934.” O problema está em como interpretar o referido parágrafo primeiro do novo artigo 54-A. Como este parágrafo é de artigo que cuida exclusivamente das locações built to suit, é valida somente a renúncia à ação revisional dos contratos de locação deste gênero? Nesta linha raciocínio, os demais contratos de locação de imóveis, então, não podem prever à renúncia à ação revisional de aluguel? Segundo regra de hermenêutica – técnica de interpretação das leis e demais normas jurídicas – todos os artigos e demais dispositivos tem que ser levados em consideração. Vale dizer, não existem palavras sem significado nos termos das Leis. Sob esta ótica, pode-se defender que a renúncia somente seria aplicável para os contratos de locação do tipo built to suit, pois, uma vez que a lei somente a autoriza para estes pactos, as outras avenças locatícias, por consequencia, não poderiam estabelecer qualquer restrição quanto ao direito das partes pleitearam a revisão do aluguel com fulcro na Lei do Inquilinato. No entanto, em que pese o aludido acima, a melhor interpretação é que o multicitado parágrafo primeiro não se presta a determinar como nula as cláusulas que estabelecem à renúncia à revisão do aluguel nos contratos de locação tradicionais, isto é, muito embora esta ideia ser contrária às regras de hermenêutica, partindo-se da interpretação teleológica do novo texto legal, tem-se que este dispositivo não tem aplicação exclusiva aos contratos de locação built to suit. O legislador, ao editar o artigo 54-A da Lei de Locações, e seu parágrafo 1º, não quis enfrentar o entendimento historicamente conferido pelo Poder Judiciário à questão. Viu, sim, uma oportunidade de incluir tal disposição, aproveitando-se o movimento de alteração legislativa. Certamente, o adequado seria o legislador inserir a possibilidade de renúncia ao direito de revisão de aluguéis na forma de parágrafo do artigo 19 da Lei em comento, que, por seu turno, prevê a possibilidade de ser proposta a ação revisional de aluguel: “Art. 19. Não havendo acordo, o locador ou locatário, após três anos de vigência do contrato ou do acordo anteriormente realizado, poderão pedir revisão judicial do aluguel, a fim de ajustá - lo ao preço de mercado”. Assim, a inclusão da possibilidade da renúncia à ação revisional, não pode ser tomada como cabível unicamente nos contratos de locação built to suit, entendendo-se, pois, que o parágrafo 1º, do artigo 54A, é aplicável a todos os contratos de locação de imóveis urbanos. Nessa esteira, podemos dizer que o legislador somente positivou o que já defendia a jurisprudência. Agora, nos resta aguardar o pronunciamento do Poder Judiciário, com a formação de nova jurisprudência sobre o tema. *Daniel Alcântara Nastri Cerveira é sócio do escritório Cerveira Advogados Associados, pós-graduado em Direito Econômico pela Fundação Getúlio Vargas de São Paulo, pós-graduado em Direito Empresarial pela Universidade Presbiteriana Mackenzie e autor dos Livros "Shopping Centers - Limites na liberdade de contratar", São Paulo, 2011, Editora Saraiva, e “Franchising – Temas Jurídicos”, São Paulo, 2011, Editora Lamonica, na qualidade de colaborador – [email protected] Compramos Resina TEL. ( 015) 3256-1255 Rodovia Eng Lauri Simões Barros, s/n km 5 - Campina do Monte Alegre Folha de Angatuba Angatuba, Quinta--feira, 11 de Abril de 2013 Exercícios realizados com elásticos especiais ajudam também em sessões de fisioterapia x Estica e puxa Segundo Rodrigo Assi, treinador master do CORE 360º, o treino com o Rubber Band também melhora a coordenação motora e tônus muscular. A intensidade dos exercícios varia de acordo com o calibre do elástico. Quanto maior a espessura, maior o nível de dificuldade para executar os movimentos. “Apesar de parecer fácil, é necessário que um profissional de Educação Física oriente sobre a postura e movimentos corretos. Exercícios realizados de forma incorreta ou em excesso podem causar sérias lesões às fibras musculares” e articulações, principalmente, quando a questão é sobre carga ideal para os exercícios, alerta Rodrigo Assi. A força aplicada ao puxar e empurrar o elástico estimula o fortalecimento das fibras musculares, assim como o levantamento de peso, porém, respeitando o limite dos músculos e articulações. Por isso, elásticos são recomendados para tratamentos de fisioterapia, fortalecimento muscular, trabalhos coordenativo e postural. Abaixo Rodrigo recomenda um treino, que seja funcional e que atenda seus objetivos, realizado três vezes por semana de forma alternada, com o acessório: Seguir sem pausa a cada 3 ou 2 exercícios, no final uma pausa de no máximo 1 minuto. A) Empurrar (Peito) Sente em uma cadeira e passe o elástico por trás do encosto. O elástico deve ficar firme e sempre na mesma posição. Segure uma alça em cada mão e abra os braços. Feche os braços simultaneamente e repita o movimento (3 séries de 12 repetições), sem pausa para o exercício B, sempre com intensidade ideal para 12 repetições. B) Dominância de Joelhos (Pernas) Em pé, coloque um pé para frente e outro para trás. O pé da frente deve pisar em cima do elástico. Passe o elástico por trás dos ombros. Flexione e estenda as duas pernas simultaneamente, mantendo um ângulo de 90° graus na flexão dos joelhos (3 séries de 12 repetições), sem pausa para o exercício C, sempre com intensidade ideal para 12 repetições. C) Core (Abdômen) Deite de barriga para cima e flexione os joelhos. Passe o elástico em um móvel fixo e segure nas alças. Levante os braços e suba o tronco, contraindo a musculatura abdominal e desça até a metade também fazendo contração do abdômen (3 séries de 18 repetições), sem pausa para o exercício A, sempre com intensidade ideal para 18 repetições. 1) Puxar (Costas) Prenda o elástico em um lugar fixo. Flexione as duas pernas e mantenha a coluna reta. Traga os braços até o peitoral e estenda-os (3 séries de 12 repetições), sem pausa para o exercício 2, sempre com intensidade ideal para 12 repetições. 2) Empurrar (Tríceps) Em pé, pise com a perna direita em uma das pontas do elástico. Estenda a outra ponta com o braço direito por traz do corpo. Estenda e flexione o braço. Troque de lado (3 séries de 12 repetições), sem pau- sa para o exercício 1, sempre com intensidade ideal para 12 repetições. D) Puxar (Bíceps) Em pé, segure em cada mão uma alça do elástico e pise com os dois pés para prendêlo firmemente. Flexione um pouco os joelhos. Estenda e retorne os braços simultaneamente de forma lenta e em direção ao peitoral (3 séries de 12 repetições), sem pausa para o exercício E, sempre com intensidade ideal para 12 repetições. E) Empurrar (Ombro) Em pé, pise com a perna direita em uma das pontas do elástico. Segure a outra alça também com a mão direita. Deixe as pernas separadas (30 cm) e estenda o elástico pela lateral até a altura do ombro. Volte à posição inicial. Troque o lado (3 séries de 12 repetições), sem pausa para o exercício D, sempre com intensidade ideal para 12 repetições. Sobre o CORE 360º: Core quer dizer centro, no corpo humano "Core" é o centro de produção de força e geração de estabilidade, e manutenção do alinhamento postural; "360º" significa movimentos que transpõem todos os planos ou o estímulo de todas as capacidades físicas. Os dois termos juntos se integram, representando a proposta de um sistema de treino global, específico e não convencional, e estabelecendo o CORE 360º. O CORE 360º é um método de treinamento baseado nos princípios do Treinamento Funcional, criado a partir das experiências do Luciano D'Elia, precursor do desse conceito no Brasil. ba u t a ng A e ad h l o F s ano 40 Página 5 MACHADO DE ASSIS: NASCEU PIGMEU, MORREU GIGANTE. Este ano faz um pouco mais da morte de 100 anos do maior e mais completo escritor brasileiro. Tinha tudo para dar errado na vida, mas com talento e disciplina chegou no topo naquilo que fazia com paixão. Sem patrimônio genético ou material, fez da existência um legado impagável e imensurável. Soube como ninguém identificar as adversidades e, mais do que isto, transpô-las com elegância e realismo. Sua obra não tem decaída, seus recheios literários não nos trazem indigestão intelectual. Sua regularidade está acima de qualquer lampejo de nossos maiores escritores e seus lampejos distanciarem quilometricamente destes mesmos escritores. Já li muitas obras, salvo por uma única frase ou até mesmo por um parágrafo. Em Machado de Assis sua genialidade faz seus recheios literários nivelar ao topo de nossos maiores escritores. Analiso apenas o conteúdo, não tenho estatura técnica para analisar o malabarismo em quem faz com língua portuguesa. Era sem duvida nenhuma um escritor diferenciado e singular. Nasceu desprotegido, mas com avanço de existência, soube se armar e criar uma redoma protetora capaz de defende-lo da marginalidade em que o destino impunha. Retratou a sociedade carioca de seu tempo como expectador. Era sem duvida naturalista e realista. Fez da literatura um instrumento capaz de identificar Machado de Assis é exemplo macrocosmamente o compor- literário e de vida em que detamento de seu tempo. vemos seguir. Ele soube conO legado de Machado de As- servar pequeno na grandeza sis na literatura é imensurável, conquistada. Suas obras se mas sua referência maior é transpõem para o mundo mocomo símbolo de ascensão derno com fidelidade da social. imutabilidade da natureza huMostrou para a sociedade con- mana. Em um de seus temporânea do que no mundo lampejos dizia que algumas atual nada é fato consumado. madames da sociedade cariE que a mutabilidade social é oca de sua época “não tinha extremamente dinâmica. Ele, cultura, mas tinha finura.” Digo que nasceu pigmeu e morreu eu finura o tinha que nasceu gigante,nos faz compreender pigmeu e no confronto com a um fenômeno sociológico. O vida conseguiu se esmerar e que vemos hoje é uma inver- morreu gigante. são dos que nasceram gigantes e hoje estão morrendo pigmeus. Estes novos valores são um fenômeno contemporâneo. E Machado de Assis é a síntese do que ascenderam socialmente pelo talento. Hoje o talento é um patrimônio vitalício e o patrimônio material está transformando em miserabilidade devida suas fragmentações entre os próprios familiares. Ao caso de que o patrimônio abstrato é de produção abundante e eterna, contemporizada pela sociedade contemporânea com uma certa idolatria devido a expansão e o domínios da mídias. Hoje é bem melhor nascer inteligente do que em berço de ouro, pois o conhecimento que o JUAREZ ALVARENGA ADVOGAinteligente possuiu do DO E ESCRITOR R: ANTÔNIO B. mundo e de si próprio FIGUEIREDO, 29 não tem patrimônio maCOQUEIRAL MG CEP: 37235 terial que acoberta. 000 FONE: 35 91643890 Cartão Amigo do Idoso deve beneficiar população acima de 80 anos de todo o Estado a partir de maio Municípios devem atualizar e validar os dados de idosos cadastrados no sistema PróSocial e identificados no CadÚnico A partir do mês de abril, as prefeituras do Estado de São Paulo terão 30 dias para atualizar e validar os nomes de idosos e familiares no Sistema Pró-Social do Governo Estadual, já identificados no CadÚnico, para liberar a entrega do Cartão Amigo do Idoso, lançado no mês passado pelo Governador Geraldo Alckmin. A ação está estabelecida na Portaria CGE-1, de 28-032013. O Cartão Amigo do Idoso é direcionado aos idosos do Estado com idade superior a 80 anos, com renda mensal de até meio salário mínimo. Com o Cartão, o beneficiário receberá uma complementação de renda de R$ 100,00 por mês. Para ter direito ao auxílio, o idoso deve estar registrado no Cadastro Único (CadÚnico) e estar fora dos programas de benefícios individuais, como o Renda Mensal Vitalícia (RMV) ou Benefício de Prestação Continuada da Assistência Social (BPC). A iniciativa, coordenada pela Secretaria de Estado de Desenvolvimento Social, é uma das novas propostas do Programa São Paulo Amigo do Idoso, que envolve ações intersecretarias voltadas à proteção, educação, saúde e participação da população acima de 60 anos de idade do Estado. O Governo do Estado de São Paulo prevê investimentos anuais de R$ 40 milhões na iniciativa e deve atender aproximadamente 32 mil idosos de todo o Estado, na etapa inicial. No próximo semestre, o Cartão Amigo do Idoso irá ampliar o número de beneficiários a partir de novos cadastramentos, que deverão ser feitos no período de maio a outubro. Sobre o Pró- Social O Sistema Pró-Social do Estado de São Paulo foi desenvolvido como um sistema corporativo, com tecnologia WEB, e tem como objetivo integrar e sistematizar as informações sobre instituições, programas sociais e perfil dos beneficiários, de modo a fornecer subsídios para o monitoramento e a gestão das políticas da área de assistência e desenvolvimento social, em todo o Estado. O Sistema Pró-Social é acessado no endereço www.prosocial.sp.gov.br Folha de Angatuba Página 6 Ela se foi, mas o seu legado fica para sempre! A história da vida de Margaret Thatcher Angatuba, Quinta--feira, 11 de Abril de 2013 Alimento para bocas brasileiras Bruno Peron Hoje o mundo acordou mais triste. Nesta manhã de segunda-feira, morreu não apenas a exprimeira-ministra Margaret Thatcher, que marcou profundamente a vida política britânica do século XX, mas também a líder cujo mandato durou apenas 11 anos, mas o seu legado de força de vontade, garra, autoconfiança e determinação ficarão marcados para sempre na história. Nascida em uma família de humildes comerciantes, Margaret Hilda Roberts estudou em escola pública e nos passou uma importante lição de superação e batalha, provando que as oportunidades acontecem não somente para aqueles que nascem em berço de ouro ou possuem uma predestinação ao sucesso, mas principalmente para aqueles que acreditam em seus sonhos e fazem da sua dedicação uma aliada para alcançálos. Após Ingressar na Universidade de Oxford, por meio de uma bolsa de estudos para estudar química, Margareth começou a dar os seus primeiros passos no campo da política ao ser eleita presidente da associação conservadora de Oxford. Casou-se com Denis Thatcher, em 1951, e, dois anos mais tarde, deu à luz aos gêmeos, Carol, jornalista, e Mark, que se dedica aos negócios. Após a formação na universidade, se interessou pelo Direito Tributário, e logo em seguida se filiou de vez ao mesmo partido político do pai. Em um curto período de tem- zação de qualquer sonho ou po, foi eleita Ministra da Edu- desejo é acreditar que você cação e ao perceber a eco- pode realizá-los. nomia decadente do país, Conhecer a vida e obra, a percandidatou-se ao cargo de sonalidade política de Primeira-Ministra do Reino Thatcher, suas ideias, conceiUnido, sendo a primeira mu- tos e valores, suas ações e lher a conquistar o cargo em resultados deveria ser prioritoda a história. dade na formação dos que Durante toda a sua vida, so- desejam ousar em fazer difebressaiu-se pela clareza de rente e que valorizam o poder seus discursos, e implementou que uma visão baseada em políticas que foram considera- persistência, motivação e das difíceis e irredutíveis. resiliência têm de transformar Foi uma das mais influentes fi- o mundo. guras públicas do século XX, deixou a sua marca na política e foi apelidada pela imprensa soviética de “Dama de Ferro”, por sua ferrenha oposição ao comunismo. Sempre defendendo o que acreditava como verdade, Margaret Thatcher é uma dessas personalidades cuja história nos inspira. Exemplo de vida e justiça, a menina pobre e filha de quitandeiro nos ensinou, independente dos seus erros ou acertos, que to*Escrito por Gabriela Santos da Sildas as atitudes deva Analista de Comunicação na emvem ser movidas presa Planeta Educação; Bacharel em pela nossa força de Comunicação Social com ênfase em vontade e perseveJornalismo pela Universidade de rança. Taubaté e especialista em Gestão de E que o primeiro Marketing pela Fundação Armando Álpasso para a realivares Penteado (FAAP) Prefeitos em busca de soluções e alternativas sustentáveis II Encontro dos Municípios com o Desenvolvimento Sustentável (EMDS), que será realizado entre 23 e 25 de abril, em Brasília, debaterá os desafios dos novos governantes locais Prefeitos de todo o país estarão em Brasília, entre 23 e 25 de abril, para o II Encontro dos Municípios com o Desenvolvimento Sustentável – Desafios dos novos governantes locais. Realizado pela Frente Nacional de Prefeitos (FNP), com apoio do Governo Federal e do Sebrae Nacional, consultoria da Ernst & Young Terco e colaboração do Instituto Pólis, o evento deve reunir cerca de três mil participantes. Todos mobilizados para debater soluções e alternativas sustentáveis que tornem as cidades mais acolhedoras, seguras e estruturadas para a população. A discussão é especialmente relevante para 73% dos prefeitos que tomaram posse no início deste ano. Eles exercem primeiro mandato e encaram a desafiante missão de cumprir as promessas de campanha em meio a obrigações legais e aos clamores dos cidadãos que exigem serviços essenciais de qualidade. “Esses novos governantes estão enfrentando diversos desafios com muita determinação e vontade”, destaca o presidente da FNP e ex-prefeito de Vitória, João Coser. “Neste sentido, a proposta do II EMDS é promover a discussão dos desafios das cidades na construção de soluções sustentáveis e debater os problemas comuns às administrações municipais”, acrescenta. O presidente salienta ainda que o prefeito acumula muitas responsabilidades e obrigações, mas os recursos para atender todas as demandas são insuficientes. “A atuação conjunta dos governantes municipais e a troca de experiências vão fortalecer as gestões locais”, disse. Eleições – O II EMDS incluirá a 63ª Reunião Geral da FNP, na qual será eleita a nova diretoria da entidade. A eleição ocorrerá na noite de 24 de abril. Na manhã do dia seguinte, 25 de abril, haverá a cerimônia de posse. Inovação – Várias soluções e bemsucedidas experiências administrativas serão expostas no II EMDS, e de diferentes maneiras. Na Arena de Diálogos, palestrantes e plateia debaterão assuntos como mobilidade urbana. Os participantes ficarão em volta dos expositores. O curioso dessa modalidade de apresentação é que no palco haverá um assento disponível para os participantes da plateia que fizerem perguntas e intervenções. Cada um dos debatedores terá, em média, 15 minutos para sua exposição. Em seguida, começa o debate. Os integrantes da plateia que estiverem habilitados a fazer perguntas se inscrevem e, na hora de perguntar, devem ocupar a cadeira vazia. No encerramento da sua intervenção, o participante desocupa o assento para o próximo. Entre os confirmados a participar da Arena de Diálogos, estão o empresário e presidente da Câmara de Políticas de Gestão, Desempenho e Competitividade da Presidência da República, Jorge Gerdau. Ele debaterá sobre “Os desafios da gestão municipal e as obrigações legais dos prefeitos”. O II EMDS também vai oferecer aos participantes os fóruns TEDalike, modalidade de palestra criada nos EUA em que o expositor vende suas ideias ao longo de 15 a 18 minutos. Sobre um palco pouco iluminado e utilizando recursos audiovisuais, o palestrante dá seu recado. Não há perguntas ou intervenções. Está prevista a realização de duas palestras do TED-alike em 24 abril. Entre 9h e 12h30, haverá “Desafios da sustentabilidade urbana e metropolitana: mobilidade e resíduos sólidos”. E, das 14h30 às 18h, “Os pequenos e grandes negócios como aliados do desenvolvimento local”. Rede de contatos – Nos intervalos das principais atividades, os participantes terão disponível o espaço chamado Ponto de Encontro. O local receberá pequenos grupos que debaterão assuntos previamente agendados em um quadro. Nele, o participante anota o horário, o número da mesa e o assunto sobre o qual pretende conversar. Quem se interessar, registra seu nome abaixo e, assim, os grupos vão se formando. A proposta do Ponto de Encontro é ampliar a rede de contatos de prefeitos, gestores, fornecedores e parceiros. Ao mesmo tempo em que prefeitos assistem a palestras do TEDalike ou participam das Arenas de Diálogo, integrantes das prefeituras, como secretários e assessores, estarão nas Salas Temáticas, espaços permanentes de debates sobre temas específicos. As salas terão programações ao longo de dois dias, alternando palestras de especialistas e apresentação de experiências bem-sucedidas. Casos de sucesso – Os participantes do II EMDS também terão disponível a Praça de Boas Práticas – espaço onde entidades certificadoras destacarão iniciativas bem-sucedidas na administração pública municipal. Entre elas, está a Eletrobras, com o Prêmio Procel - Cidade Eficiente em Energia Elétrica. Ele reconhece os municípios que desenvolverem as práticas mais eficientes no uso da energia nas categorias Educação, Gestão Energética Municipal, Iluminação Pública, Prédios Públicos Municipais e Saneamento. Pondo-se as suspeitas de lado de que a preocupação maior do governo brasileiro é com a redução da inflação e a estabilização da economia, a proposta de exoneração de impostos federais sobre a cesta básica não é de ontem. Para evitar dúvidas de mérito partidário, ponhamos também de lado a suspeita de que o Partido dos Trabalhadores não é o único que considerou mudanças na cesta básica. O que não se pode ignorar jamais é o interesse coletivo e o bem-estar das pessoas. Nesta perspectiva, reside o mérito da presidente Dilma Rousseff. Ela anunciou, em 8 de março de 2013, a desobrigação de impostos federais (Imposto sobre Produtos Industrializados e os Impostos do Programa de Integração Social e da Contribuição para o Financiamento da Seguridade Social) sobre produtos da cesta básica (carnes, leite, frutas, legumes, arroz, feijão, óleo de cozinha, pão, etc.) e alguns itens de higiene pessoal (creme dental, papel higiênico e sabonete). Esta medida entrou em vigor no dia seguinte de seu anúncio oficial, embora prevendo a redução de R$ 7,3 bilhões de recolhimento de impostos por ano. (http:// agenciabrasil.ebc.com.br/noticia/2013-03-08/dilma-anunciadesoneracao-de-todos-os-produtos-da-cesta-basica) Nalguns itens da cesta básica (como arroz, feijão e leite), já não incidia a cobrança de impostos federais. Somente a desoneração de PIS/COFINS implica a redução de impostos em 9,25% em cesta básica e 12,25% em produtos de higiene pessoal. Esta resolução da presidente brasileira a favor da cesta básica segue a da redução do preço da tarifa elétrica. O pronunciamento oficial de Rousseff dirigiu-se especialmente às mulheres brasileiras por ocasião do Dia Internacional da Mulher e seus esforços em combater a violência contra este gênero. Suas palavras incentivaram que, "Com esta decisão, você, com a mesma renda que tem hoje, vai poder aumentar o consumo de alimentos e de produtos de limpeza, e ainda ter uma sobra de dinheiro para poupar ou aumentar o consumo de outros bens." ( h t t p : / / congressoemfoco.uo.lcom.br/ noticias/a-integra-do-pronunciamento-de-dilma-sobre-a-cesta-basica/) Com esta decisão política, Rousseff pretende estimular o comércio e a indústria, combater a inflação, encorajar o empreendedorismo, aumentar o consumo de famílias pobres e gerar empregos no Brasil. Outra das finalidades de interesse público que a presidente propôs é a melhora dos mecanismos de proteção do consumidor. A Fundação de Proteção e Defesa do Consumidor (PROCON) é o principal organismo que atua com estes fins no Brasil. A alimentação é um fator importante para a economia brasileira, que se pauta principalmente no setor agrícola e industrial, para o aproveitamento da renda, uma vez que os brasileiros gastamos em média 20% de nossos salários em alimentos, e finalmente para a qualidade de vida. Não basta ingerir alimentos; eles têm que ser de boa qualidade. Que o digam os nutricionistas. Alimento de boa qualidade abunda no Brasil. Nem todo país tem este privilégio. Estive em conversa recente com mais uma pessoa que se queixou de que as frutas não têm sabor na Inglaterra, onde se aplicam medidas para fomentar o consumo de alimentos ditos orgânicos. Apesar de que os ingleses importam açúcar, sua indústria de doces é adiantada e tentadora. Há consumidores que pensam duas vezes antes de substituir os cakes, cookies e muffins pelas frutas insípidas (mas fisicamente atraentes e simétricas) nas compras em supermercados. O Brasil investe no alimento que vem da terra. A nenhuma família brasileira deverá faltar cesta básica em lugar dos enlatados industriais que se nos oferecem de países não-famintos. A resolução da presidente Rousseff toca não só uma questão econômica (redução de impostos) e cidadã (aperfeiçoamento das relações de consumo), mas também nos hábitos alimentares dos brasileiros numa terra que subaproveita sua abundância. No Brasil, temos as melhores condições para a produção de alimentos, porém ou estes não nos atendem, ou desperdiçamos a colheita ou mandamos o melhor do que produzimos ao exterior porque eles pagam melhor. Toca-nos resolver um sério conflito histórico: valorizar-nos em nossas identidades e reverter o papel de modelo. Por muito tempo, chegaram-nos ideias (positivismo), métodos (produtividade) e práticas (neoliberalismo) para fazer o país crescer e se desenvolver. A última vem com o selo da sustentabilidade. De agora em diante, reconheceremos que nossas frutas e legumes têm sabor, vêm da terra e alimentam o povo brasileiro antes de qualquer outra boca. Outras informações sobre o II EMDS, como a programação, os temas que estarão em debate e esclarecimentos sobre as inscrições, estão disponíveis no site http://www.emds.fnp.org.br/. Raquel Cyrineu Psicóloga CRP 06/47860 Atendimento a crianças, adolescentes e adultos Tel- (015) 97860677 Rua Natal Favali 785 - Centro - Angatuba- Sp Angatuba, Quinta--feira, 11 de Abril de 2013 Folha de Angatuba Pacientes com dores nas costas que param de fumar sentem menos dor O cigarro prejudica a cicatrização da pele após atos cirúrgicos. Pessoas que fumam até um maço de cigarro por dia têm três vezes mais chances de apresentar necrose da pele Há algum tempo, a pesquisa científica vem mostrando uma ligação estreita entre tabagismo e risco aumentado de dor lombar, doença do disco intervertebral e mais complicações pós-operatórias após as cirurgias de coluna. Um novo estudo – Smoking Cessation Related to Improved Patient-Reported Pain Scores Following Spinal Care – publicado no The Journal of Bone & Joint Surgery, revela que fumantes que sofrem com problemas de coluna sentiram mais dores do que pacientes com transtorno da coluna vertebral que pararam de fumar durante o tratamento. O tabagismo já foi identificado como um fator de risco modificável para doenças que provocam dores crônicas. Neste novo estudo, os pesquisadores revisaram o histórico de tabagismo e de dor de mais de 5.300 pacientes com dores axiais (costas) ou radiculares (perna), que passaram por tratamento, cirúrgico ou não, durante um período de oito meses. No momento do atendimento, pacientes que nunca fumaram e ex-fumantes relataram significativamente menos dor nas costas do que fumantes e do que aqueles que pararam de fumar durante o período de estudo. A pesquisa também traz diversas informações importantes para os que sofrem com dores na coluna: · Aqueles que deixaram de fumar durante o estudo relataram uma melhora significativa na dor nas costas em comparação aos que continuaram a fumar; · A média de melhora na classificação de dor foi clinicamente mais significativa nos pacientes não fumantes; · O grupo que continuou fumando durante o tratamento não obteve melhora clínica significativa da dor relatada; · Usando o Índice de Incapacidade de O s w e s t r y (parâmetro mais comumente utilizado para avaliação da dor lombar), uma melhora média maior foi observada em pacientes que nunca fumaram em comparação aos pacientes que ainda fumavam durante o estudo. Tabagismo x cirurgia de coluna Todos conhecem a influência do fumo no câncer de pulmão, em outros tipos de câncer e nas enfermidades cardíacas. “Entretanto, a maioria das pessoas não sabe que existe uma relação causal entre o tabagismo e as complicações pós-cirúrgicas”, diz o neurocirurgião, especialista em coluna, Eduardo Iunes (CRM-SP 119.864). Uma das vilãs é a nicotina, que além de causar a dependência, tem efeito vasoconstritor na microcirculação sanguínea. Ou seja, reduz o diâmetro dos pequenos vasos, dificultando o aporte de oxigênio e de nutrientes que as células recebem por meio do sangue. A vasoconstrição causada pela nicotina e por outras substâncias contidas no tabaco comprometem o processo de cicatrização após as cirurgias e também interferem na consolidação de fraturas, pois prejudica a produção de colágeno pelo organismo. Equipe de deputados federais veio visitar o Cratod (Centro de Referência de Álcool, Tabaco e Outras Drogas) O governador Geraldo Alckmin recebeu nesta segunda-feira, 8, os deputados federais da Comissão Externa que acompanha a questão das ações de políticas públicas para álcool e drogas da Câmara dos Deputados. O objetivo da reunião foi explicar o funcionamento do Cratod (Centro de Referência de Álcool, Tabaco e Outras Drogas) em São Paulo. Os deputados federais votarão em 10 de abril projeto que determina internação compulsória de dependentes químicos. "Tivemos uma boa conversa. Os deputados estão nesta semana em discussão do projeto de lei importantíssimo sobre a matéria e vão visitar o Cratod, que é uma experiência inédita no país", destacou Alckmin. O governador afirmou que o Estado também vai ganhar mais um hospital especializado na cidade de Botucatu e 3.042 acolhimentos em casa transitória e comunidades terapêuticas. "É um trabalho não só de internação, mas um trabalho importantíssimo junto aos pacientes e suas famílias", afirmou. Alckmin ainda destacou que desde 21 janeiro deste ano foram feitas 503 internações, sendo 38 involuntárias e 465 voluntárias. Governador recebe Comissão Externa de Internação Compulsória Além de reduzir a oxigenação do fluxo sanguíneo e retardar o processo de recuperação no pós-operatório, o cigarro também compromete o sistema respiratório, deixando o paciente mais suscetível às infecções, problemas de cicatrização, necrose e intercorrências referentes à anestesia, trombose e embolias. “Se o paciente é fumante e precisa passar por uma cirurgia da coluna vertebral, certamente, o cirurgião recomendará a este paciente que pare de fumar. Ao parar de fumar antes da cirurgia, o paciente dará ao próprio corpo uma maior chance de cura, que pode realmente afetar o sucesso global da sua cirurgia. Vamos a um exemplo: para pacientes que necessitam se submeter a uma cirurgia de fusão da coluna vertebral, para de fumar é fundamental, pois o tabaco impacta negativamente a taxa de fusão bem sucedida”, explica Eduardo Iunes. Folha de Angatuba 40 Página 7 Governador recebe Comissão Externa de Internação Compulsória anos Equipe de deputados federais veio visitar o Cratod (Centro de Referência de Álcool, Tabaco e Outras Drogas) O governador Geraldo Alckmin recebeu nesta segunda-feira, 8, os deputados federais da Comissão Externa que acompanha a questão das ações de políticas públicas para álcool e drogas da Câmara dos Deputados. O objetivo da reunião foi explicar o funcionamento do Cratod (Centro de Referência de Álcool, Tabaco e Outras Drogas) em São Paulo. Os deputados federais votarão em 10 de abril projeto que determina internação compulsória de dependentes químicos. "Tivemos uma boa conversa. Os deputados estão nesta semana em discussão do proje- to de lei importantíssimo sobre a matéria e vão visitar o Cratod, que é uma experiência inédita no país", destacou Alckmin. O governador afirmou que o Estado também vai ganhar mais um hospital especializado na cidade de Botucatu e 3.042 acolhimentos em casa transitória e comunidades terapêuticas. "É um trabalho não só de internação, mas um trabalho importantíssimo junto aos pacientes e suas famílias", afirmou. Alckmin ainda destacou que desde 21 janeiro deste ano foram feitas 503 internações, sendo 38 involuntárias e 465 voluntárias. Folha de Angatuba Página 8 Acesso facilitado Itapeva Alckmin lança o Poupatempo do Produtor Rural, em Itapeva O governador Geraldo Alckmin lançou neste sábado, em Itapeva, o Poupatempo do Produtor Rural, projeto da Secretaria de Agricultura e Abastecimento de São Paulo (SAA) que tem por objetivo integrar os serviços já oferecidos pela pasta num só lugar, facilitando o acesso aos produtores rurais. Além de Itapeva, os municípios de Itapetininga e Avaré (região administrativa de Sorocaba) também foram selecionados como cidades-sedes para a implantação do projeto piloto. Foram investidos R$ 4,96 bilhões para montagem da infraestrutura das unidades e execução do Poupatempo Rural. Em discurso, o governador Geraldo Alckmin ressaltou a qualidade do atendimento que será oferecido pelo novo Poupatempo. “Tudo que uma casa de agricultura faz, esse Poupatempo Rural vai procurar fazer de uma forma ainda mais eficaz”, disse. A atuação será de forma itinerante por meio de três unidades móveis (trailers),equipadas com computadores com acesso à internet, impressoras, telefones e apoio da equipe de técnicos da SAA que farão trabalhos de gestão e atendimento ao público. Cada unidade irá percorrer os municípios num raio de até 70 km das sedes, chegando a 79 cidades de perfil agrícola com propriedades de médio e pequeno porte. Nas unidades móveis o produtor poderá ter acesso a mais de 50 serviços prestados pelas Coordenadorias e Institutos da SAA, como emissão de Guia de Trânsito Animal Eletrônica (e-GTA), Declaração de Conformidade ao Pronaf, orientação para adesão aos programas da Secretaria, como as linhas de crédito, financiamento e seguro rural do Feap, o Programa Paulista da Agricultura de Interesse Social (PPAIS), informação de boletins diários de preços das principais culturas agrícolas, cursos, dias de campo, publicações, até compras de mudas e sementes. Poupatempo tradicional Um dos programas mais populares do Governo do Estado Angatuba, Quinta--feira, 11 de Abril de 2013 de São Paulo está chegando à cidade de Itapeva, na região de Sorocaba. O Poupatempo, também gerenciado pela Secretaria de Gestão Pública, foi anunciado também neste sábado pelo governador Geraldo Alckmin e pelo secretário de Gestão Pública, Davi Zaia, em visita ao município. A cidade foi beneficiada após um estudo que levou em conta a demanda e o deslocamento necessário a outros postos já existentes – atualmente são 32 em todo o estado. O investimento no primeiro ano é de mais de R$ 2 milhões, sendo R$ 1 milhão de implantação e R$ 1,2 milhão de custeio anual. “Trazer o Poupatempo à Itapeva vem contemplar o desejo de aproximar cada vez mais os serviços públicos dos cidadãos paulistas. Desde sua criação, há 15 anos, o Estado de São Paulo cresceu e é preciso crescer com ele, levando à população o rápido acesso, a facilidade de locomoção e a qualidade no atendimento”, explica o secretário de Gestão Pública, Davi Zaia, ao falar do programa que contabiliza 99% de aprovação dos usuários. Com o novo posto, mais de 270 mil pessoas serão beneficiadas, em 14 municípios no entorno da unidade cujo início das obras depende da aprovação do local disponibilizado pela prefeitura. Depois disso, será elaborado o projeto da unidade e definido o cronograma de adaptações e treinamentos pelo Governo do Estado. Serviços O Poupatempo de Itapeva será de médio porte, com até 700 m² de área e capacidade que pode chegar a mil atendimentos por dia. Conta com mesas para atendimento, retirada de documentos, triagem, sala médica, sala de funcionários, entre outros. Cerca de 35 funcionários estarão à disposição para prestar serviços do Ciretran/ Detran.SP; principal parceiro do programa, com serviços ligados à Carteira Nacional de Habilitação (CNH) – como renovação e transferência, além de licenciamento e outras orientações relacionadas ao trânsito. Os usuários poderão contar ainda com o IIRGD (Instituto de Identificação Ricardo Gumbleton Daunt), responsável pela emissão da Carteira de Identidade (RG) e Atestado de Antecedentes Criminais, e com a Secretaria do Emprego e Relações do Trabalho, na emissão da Carteira de Trabalho. Serviços eletrônicos, como a Nota Fiscal Paulista, B.O Eletrônico e consultas à Secretaria da Fazenda podem ser feitos pelo E-Poupatempo. E a unidade bancária no local facilita o cidadão no recolhimento das taxas geradas pelo posto. Poupatempo O Poupatempo é um programa do Governo do Estado, coordenado pela Secretaria de Gestão Pública que, desde a inauguração do primeiro posto, em 1997, já prestou mais de 350 milhões de atendimentos. Atualmente conta com 32 unidades instaladas na Capital, Grande São Paulo, Litoral e Interior. Luiz Gonzaga Bertelli* A educação à distância já é uma realidade, não só no Brasil. As duas principais instituições superiores dos Estados Unidos – Universidade de Harvard e Instituto de Tecnologia de Massachusetts (MIT) – criaram, no ano passado o edX, uma plataforma de cursos abertos que já conta com 800 mil alunos inscritos – sendo 23 mil brasileiros – em 23 cursos: 7 do MIT, 6 de Harvard, 6 da Universidade da Califórnia e 4 da Universidade do Texas. A ideia dos cursos à distância é promover o acesso de alunos de qualquer lugar a um ensino de qualidade. Mesmo aqueles que moram nas regiões mais remotas, se tiverem acesso à internet, podem acompanhar as aulas com o mesmo conteúdo daqueles que estão nas grandes metrópoles. Essa democratização do ensino está beneficiando milhares de pessoas pelo mundo, em especial aquelas que vivem em regiões com menos oferta de educação de qualidade. Porém, há quem critique a falta de calor humano e o distanciamento entre professor e aluno. Os especialistas em educação a distância consideram que atuais gerações de alunos cresceram nas redes sociais, enviando mensagens e batendo papos virtuais e, por isso, sentem-se confortável para receber os conhecimen- tos via web. Numa pesquisa realizada pelas instituições norte-americanas citadas, 36% dos alunos disseram que a experiência online foi melhor que a presencial e 63% a acharam tão boa quanto. Claro que o ensino à distância não deve substituir integralmente o presencial. Os campi das grandes universidades brasileiras ainda têm papel importante na formação educacional e profissional dos jovens. A educação à distância é mais um recurso que favorece aqueles que têm dificuldade de locomoção, de tempo ou moram longe dos grandes centros. No entanto, para alcançar resultados satisfatórios, é necessário muita disciplina e organização. Quem não desenvolver um método eficaz para o aprendizado, não obte- rá bons resultados. Desde 2005, o CIEE registra ótimo aproveitamento dos cursos online que oferece para capacitação de jovens com vistas a um melhor rendimento nos programas de estágio e aprendizagem e na própria inserção no mercado de trabalho. Cursos como Excel, matemática financeira, atualização gramatical, como se comportar em entrevistas, administração do tempo e mais 30 temas estão disponíveis gratuitamente para os alunos cadastrados no portal da entidade (www.ciee.org.br). *Luiz Gonzaga Bertelli é presidente Executivo do Centro de Integração Empresa-Escola (CIEE), da Academia Paulista de História (APH) e diretor da Fiesp. Deputada Maria Lúcia é homenageada pela Ordem dos Músicos Na tarde, do dia 9, a deputada estadual Maria Lúcia (PSDB) se reuniu com a direção da Ordem dos Músicos do BrasilConselho Regional do Estado de São Paulo (OMBSP) . A parlamentar recebeu das mãos da secretária da instituição, Vera Da Vena e do presidente, Professor Roberto Bueno, um diploma de honra ao mérito pelo trabalho prestado em prol da arte e cultura brasileira. Além da homenagem, Maria Lúcia recebeu da direção uma solicitação de apoio para criação da sub sede do orgão em Sorocaba. O violinista e músico sorocabano Amorim também esteve na reunião. A deputada Maria Lúcia colocou o mandato dela a disposição dos músicos. Angatuba, Quinta--feira, 11 de Abril de 2013 Folha de Angatuba Governo em ritmo eleitoral. A política do conta-gotas pegou de vez no cenário pré-eleitoral brasileiro. Periodicamente o governo Dilma tem anunciado medidas no setor econômico que não resolvem o problema de imediato, mas que instantaneamente contribuem e muito para os 63% de aprovação como bom e ótimo segundo pesquisa do Ibope (Instituto Brasileiro de Opinião Pública e Estatística), divulgada e março. A desoneração da folha de pagamento é o exemplo mais claro para entender como o Governo e seus marqueteiros têm feito para se manter positivamente nos jornais. Tudo começou em 2011 com o lançamento do plano “Brasil Maior” no qual quatro setores da economia foram liberados dos 20% do faturamento para o INSS. Depois mais 11 setores em abril de 2012, ainda naquele ano mais 25, e em 2013 já aconteceram dois anúncios. De duas uma, ou o governo Dilma sabe o que faz ou a eleição de 2014 está mais perto do que parece. Desconsiderando a dinâmica da economia, eu quebro a cabeça para entender o porquê de não publicar as decisões de uma vez só. Não sou especialista para analisar a conjuntura econômica brasileira e afirmar que de fato as medidas pontuais e lentas são realmente necessárias, mas apesar do mínimo crescimento da economia em 2012, o ano de 2013 começou com a menor taxa de desemprego da história do Brasil com 4,4 % segundo o IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia Estatística), ou seja, não estamos tão maus assim, mesmo com o fantasma da inflação tomateira. A tal da isenção do IPI é a maior falácia dos últimos anos. O consumidor compra um carro de 30 mil reais, ganha 1,5 mil de desconto sob o preço tabelado à vista, entretanto, se financiar o preço de 30 mil vai para 50 devido aos juros (hipoteticamente). Pode-se até pagar mais barato, mas na prática a isenção é apenas mais um instrumento para o governo “estimular” a economia já que eu o consumidor paga a fantasia do mais barato. Falando em IPI, o Governo estuda, assim como para carro e caminhões, mantê-lo reduzido para outras mercadorias, porém, claro que seremos pegos de “surpresa” com a notícia. O senador Aécio Neves (PSDB-MG), provável polarizador à Dilma na próxima disputa eleitoral diz por aí que a presidenta só pensa em 2014, será? Se até pontapé de inauguração de estádio Dilma já deu, esperemos então por mais “pílulas desonerativas”. Página 9 Hospital do Servidor prepara cuidadores para tratamento de idoso em casa Curso gratuito é oferecido pelo Iamspe aos acompanhantes de pacientes internados para garantir assistência adequada após a alta; participantes recebem certificado Acompanhantes de idosos internados no ambulatório de geriatria Hospital do Servidor Público Estadual (HSPE), na capital paulista, agora contam com um curso gratuito de cuidador para que possam cuidar dos pacientes em casa, depois que eles deixarem a unidade. A iniciativa é do Iamspe (Instituto de Assistência Médica ao Servidor Público Estadual), autarquia vinculada à Secretaria de Estado de Gestão Pública. “Cerca de 60% do público internado no hospital é da terceira idade. O curso tem como objetivo auxiliar o acompanhante após a alta do paciente. Também disponibilizamos um Manual para cuidadores de idosos”, afirma a enfermeira Magda Thereza de Toledo. As aulas, ministradas pelas equipes de terapia ocupacional, fisioterapia, serviço social, psicologia, nutrição, fonoaudiologia e enfermagem, acontecem de terça a sexta-feira, com duração de uma hora por dia. Segundo a terapeuta ocupacional Tatiana Couto, o curso é essencial devido ao grande número de pacientes idosos. “Dar continuidade aos cuidados fora do hospital muitas vezes não é uma tarefa fácil.” O curso faz parte do Programa Integralidade, que atua junto à diretoria do hospital para desenvolver ações que promovam o melhor atendimento ao idoso em diferentes aspectos, como assistência médica multidisciplinar e apoio aos familiares. Após o curso, o cuidador recebe um certificado de conclusão. O HSPE oferece ainda um Manual virtual para cuidadores, que pode ser acessado pelo link: http://goo.gl/rsYB7. O Hospital do Servidor Público Estadual fica na rua Pedro de Toledo, 1.800, Ibirapuera, zona sul de São Paulo. Iamspe O Iamspe tem hoje uma das maiores redes de atendimento em saúde para funcionários públicos do país. Além do Hospital do Servidor Público Estadual, na capital paulista, possui 17 postos de atendimento próprios no interior, os Ceamas (Centros de Assistência MédicoAmbulatorial), e disponibiliza assistência em 100 hospitais e 100 laboratórios de análises clínicas e de imagem credenciados pela instituição, além de 3.000 médicos em 200 cidades paulistas, beneficiando 1,3 milhão de pessoas em todo o Estado. Folha de Angatuba ROMEU NETO, Distrito do Bom Retiro da Esperança, AngatubaSP- está no 3º ano de jornalismo, faz estagio na produção da TV Tem em Itapetininga. 40 anos Folha de Angatuba Página 10 Este artigo constitui uma defesa do direito do Dep.Feliciano de ter suas posições pessoais a respeito de questões altamente polêmicas como a da Homossexualidade e assemelhadas. DEFENDER FELICIANO É OU NÂO É DEFENDER A DEMOCRACIA? *Prof.Dr.Valmor Bolan. O polêmico caso do Deputado Federal pastor Marco Feliciano chama atenção do País de um problema muito sério que estamos vivendo, já há tempos, e que o presidente da Comissão de Direitos humanos tem a oportunidade de suscitar o debate, para o bem da própria democracia. O fato é que, como ele afirmou ao jornalista Fernando Rodrigues, da UOL, podemos estar vivendo uma espécie de "ditadura gay". Este é o ponto nevrálgico da questão e que poucas vozes tem tido coragem de manifestar, em meio a esta atual polêmica. O deputado vai ao cerne quando diz que está sendo tolhido em sua liberdade de expressão, e a pressão pela sua saída da presidência da CDH mostra dois pesos e duas medidas. Os militantes LBGT tem toda a liberdade de se manifestar, expor seus posicionamentos, e até impedir com algazarra, gritos e impropérios, que o deputado exerça sua legítima função de presidente da CDH, pois foi eleito democraticamente para aquele posto. E a minoria barulhenta, com amplo apoio de boa parte da grande mídia, tenta coagir e coibir a liberdade de expressão do deputado, querendo forçá-lo a retirar-se daquilo por que tem legitimidade. Na realidade, trata-se de um precedente perigoso para a democracia, pois uma minoria não admite que as demais pessoas possam ter um pensamento divergente. Aí está o sinal evidente de uma ditadura que vai se impondo, e se aceitarmos a situação sem um olhar crítico para esta realida- de, poderemos estar sendo coniventes com esta nova forma de ditatura política e cultural. Como também explicou Feliciano, se um heterossexual entra em crise e procura um psicólogo dizendo que está desejoso de ser um homossexual, terá todo amparo psicólogico e apoio nesse sentido pelo profissional. Mas, se pelo contrário, um homossexual também entrar em crise e resolver mudar seu estilo de vida e quiser retornar à heterossexualidade, se procurar um psicólogo para orientálo nesse sentido, terá de ouvir do profissional de que pouco poderá ele fazer nesse sentido, pois teme que o chamem de homofóbico. Dois pesos e duas medidas. Cinismo ideológico, "ditadura", conforme expressou o deputado presidente da CDH. versidade, e o movimento LGBT precisa saber conviver com quem pensa diferente e respeitar inclusive os que tem posição heterossexual. Não é possível que qualquer cidadão brasileiro que se manifeste heterossexual, seja acusado de homofóbico e vir pegar cadeia por isso, como querem muitos. Isso não é democracia, mas perseguição, ditadura, imposição, doutrinação ideológica, totalitarismo, etc. Que haja liberdade para as pessoas se manifestarem, sem coações ou constrangimentos, tanto em favor dos homossexuais quanto dos heterossexuais. O fato é que o Deputado Pastor Marco Feliciano tem a legitimidade do cargo que ocupa e tem direito constitucional à livre expressão, ainda mais como parlamentar. É preciso romper, portanto, a barreira do cinismo e da covardia, e defender o Deputado Federal Marco Feliciano em seu direito de exercer a presidência da CDH, há muito tempo ocupada por deputados do PT e outros partidos sempre favoráveis à causa LGBT. Democracia é convívio com a di- *Valmor Bolan é Doutor em Sociologia e Presidente da Conap/Mec (Comissão Nacional de Acompanhamento e Controle Social do Programa Universidade para TodosProuni). o super mercado da família angatubense! Tudo pelos melhores preços ! Sensacionais promoções! Feirinha todos os dias ! Padaria! Açougue completo ! Praça Expedicionários Angatuba, Quinta--feira, 11 de Abril de 2013 Após o Holocausto, onde o ser humano pode chegar? *Profa. Maria Luiza Tucci Carneiro, Luiz Carlos Fabbri e Abraham Goldstein Desde 1933, para cumprir o seu objetivo de livrar-se dos judeus, classificados como “impuros por sua raça”, os nazistas em sua expansão territorial acelerada durante a Segunda Grande Guerra Mundial (1939-1945), dominando o Estado alemão, implantaram e operaram campos de concentração, câmaras de gás, fornos crematórios, experiências médicas com humanos, assassinatos públicos em massa, valendo-se de uma logística e determinação que assombra a humanidade até os nossos dias. A esse processo que assassinou seis milhões de judeus, apenas pelo fato de serem judeus, milhares de Testemunhas de Jeová, ciganos, negros, deficientes, políticos e outros considerados inimigos do regime, deu-se o nome de HOLOCAUSTO. No dia 8 de abril, a comunidade judaica e, em especial, a de Israel, rememora o Holocausto através de uma cerimônia bastante simbólica, estabelecida em 1959 como lei e aprovada por David BenGurion e Yitzhak Ben-Zvi: o Yom Hashoá ou Dia da Lembrança do Holocausto. Em Israel, feriado nacional, a população faz dois minutos de silêncio entrecortados apenas pelo alarme de sirenes aéreas. Estabelecimentos públicos são fechados, as bandeiras hasteadas a meio mastro, e os veículos de transporte param, assim como as pessoas. Em várias partes do mundo, rememora-se a data sob o lema de “lembrar e recordar – jamais esquecer”. A data escolhida, originalmente 15 de Nissan do calendário hebraico, marca o fim da revolta do Levante do Gueto de Varsóvia, em 19 de abril de 1943, quando pela primeira vez, um grupo de judeus confinados no gueto e chefiados pelo jovem Mordechai Anielewicz, desafiou durante vários dias o poderoso exército nazista, que acabou assassinando milhares de judeus habitantes daquela área de confinamento. O Gueto construído em Varsóvia, logo após a ocupação da Polônia pelo exército nazista - chegou a ter mais de 380 mil judeus, confinados em menos de 3% do espaço da cidade, onde uma dieta de 184 kcal era servida, causando morte, tifo além da determinação de destruir a moral da, na época, ativa, cultural e pungente comunidade judaica polonesa. Importante rememorar esta data como uma reivindicação ao “direito à rebelião e resistência” nos casos de repres- são onde vidas correm perigo. No entanto, a data do Yom Hashoá extrapola o Holocausto enquanto fato histórico a ser lembrado enquanto crime contra a humanidade: deve ser também, adotado enquanto tema/ referência para outros tantos genocídios que continuam a abalar a humanidade, em pleno século XXI. Yom Hashoá traz uma mensagem nas suas entrelinhas: devemos sair do estágio da reflexão e da rememoração para entrar firme no estágio da ação com o firme propósito de alertar para as possibilidades de reprodução e de negação. Isto porque constatamos que o antissemitismo não morreu com Adolf Hitler; assim como não morreram as mentiras pregadas pelos Protocolos dos Sábios de Sião. Se aos filhos e netos de sobreviventes do Holocausto cabe a rica missão de zelar pelo legado que receberam de seus pais e avós, a nós cabe ensinar os nossos jovens a respeitar ao outro, a (co)existir respeitando as diferenças. Se não for assim, prestamos um desserviço à memória e alimentando o ódio semeado pelo nazismo e pelo antissemitismo político que, nos dias atuais, renascem das cinzas metamorfoseados de antissionismo, neonazismo, revisionismo, e negacionismo. Racistas e fanáticos não são personagens exclusivos do Estado totalitário e nem de um passado longínquo. Ódio e violência sem limites continuam a funcionar como impulsos para as ações de indivíduos que ignoram o diálogo, a ética e a dignidade humana. Hoje, em meio às democracias liberais, os racistas encontram condições adequadas para proliferar e se multiplicar como se fossem vermes. Alimentando-se da liberdade democrática, aproveitamse dos modernos meios de comunicação para colocar em circulação seu veneno que, apesar de estar com validade vencida, ainda conquista adeptos. Estas reflexões se fundem na complexa discussão sobre “onde o ser humano pode chegar?” Preocupados por onde tem andado a Humanidade e com ações sistemáticas executadas por “mentes doentias treinadas para odiar” é que o Instituto Shoah de Direitos Humanos (ISDH) - um departamento da B’naiB’rith em parceria com o LEER- Laboratório de Estudos sobre Etnicidade, Racismo e Discriminação da Universidade de São Paulo – vem para atuar na formação de uma consciência histórica e a prática de políticas públicas direcionadas para o combate à intolerância através da educação e da pro- dução de conhecimentos sobre o Holocausto. Essas são as razões que movem os programas educativos e de pesquisa do ISDH; essas devem ser, também, as razões que nos unem nesta data de Yom Hashoá. Para o filósofo e jurista Norbert Bobbio, autor de A Era dos Direitos (1992), a discussão em torno dos direitos humanos ocorreu de maneira tão intensa entre a comunidade internacional nas últimas décadas que poderia ser interpretada como um sinal do progresso moral da sociedade. Teria, realmente, o homem avançado no sentido de criar mecanismos para assegurar os Direitos Humanos? Na opinião de Bobbio, a Declaração Universal dos Direitos do Homem (1948) pode ser considerada como a maior prova existente de consenso entre os seres humanos, valorizados nos seus direitos e deveres. No entanto, para que esses princípios básicos de Direitos Humanos sejam cumpridos, para que o slogan “Holocausto, nunca mais” surta efeito, precisamos estar vigilantes, alertando para o perigo das ideias racistas e orientando nossos jovens a participar ativamente da sociedade, para o bem de todos. Através de um Programa de Educação em Direitos Humanos, devemos oferecer-lhes conhecimentos para dizer NÃO às violações dos Direitos Humanos. Não devemos aceitar como “normal” a banalização da violência, a proliferação de ideias racistas, as ações dos grupos neonazistas, a edição de “teses” que negam o Holocausto ou de leis que proíbem o acesso aos arquivos da Ditadura Militar. São histórias e memórias que dizem respeito a todos e não apenas à comunidade judaica. É com este objetivo – de educar para a democracia e para a cidadania – que devemos, no próximo dia de Yom Hashoá, fazer muitos minutos de silêncio por todos aqueles que, em diferentes momentos da História da Humanidade – foram vítimas da violência, do racismo e da discriminação. E, após essa pausa, devemos sair do estágio da reflexão e da rememoração para entrar firme no estágio da ação educativa. Essa é a proposta que conduz as atividades do Instituto Shoah de Direitos Humanos, junto à B’nai B’rith em São Paulo. *Profa. Maria Luiza Tucci Carneiro, Luiz Carlos Fabbri e Abraham Goldstein são da comissão fundadora do ISDH Combata a Dengue!! Mantenha seu quintal sempre limpo!! Folha de Angatuba Angatuba, Quinta--feira, 11 de Abril de 2013 Página 11 O coração, entre o barato e o caro NÃO DEIXE A PRESSÃO TE PEGAR Américo Tângari Júnior (*) Uma das últimas novidades da cardiologia em caso de estenose da valva aórtica no idoso: em vez de cirurgia, usase o cateterismo para trocar a válvula obstruída por uma prótese de longa duração. Não é preciso mais abrir o peito do paciente, não há mais aquele sofrimento pós-operatório. Muito indicado para os velhinhos, o procedimento é possível em hospitais de ponta no Brasil. Uma grande dificuldade: é muito caro. Outra novidade da medicina: um tipo revolucionário de stent, mola usada para desobstruir artérias do coração, já está sendo testado no Brasil com sucesso. Ao contrário dos disponíveis no mercado, feitos de aço inoxidável, este é produzido com ácido polilático, material absorvido pelo organismo. Em vez de permanecer no corpo para sempre, como os metálicos, desaparece em até dois anos. Uma vantagem: não é considerado pelo corpo um agente estranho, o que reduz o risco de alergias e, a longo prazo, de provocar fibrose e de induzir à formação de novos coágulos – fenômenos que podem levar novamente a um bloqueio do fluxo sanguíneo. Outra vantagem: após o desaparecimento do stent, o vaso sanguíneo volta ao funcionamento normal, com sua capacidade natural de se contrair ou de relaxar, algo impossível no caso das próteses de metal. Mas, é oportuno lembrar, também é muito caro. O mercado oferece também o coração mecânico. Troca-se o órgão doente por uma pequena máquina que faz circular o sangue. Um coração que suporta todas as tempestades da vida. Dependendo do paciente e de sua doença, eis aí o milagre do tratamento. Claro, é muito caro. E estão também disponíveis nos melhores hospitais do País as cirurgias por computadores. Mãos mecânicas são capazes de deslizar pelo corpo huma- no e atingir seu objetivo sem nenhum prejuízo de outras partes, com incrível cuidado e precisão. Um espetáculo, que custa muito caro. Para ampliar a longevidade dos seres humanos, a indústria farmacêutica investe maciçamente em novas pesquisas e obtém drogas cada vez mais poderosas contra vários tipos de doenças. Hoje, o controle é bem mais eficaz pelo uso de medicação contínua para males como cardiopatias, hipertensão, colesterol, os tipos de diabetes, etc. Como são gastos milhares de dólares em cada uma dessas pesquisas, a indústria farmacêutica precisa recuperar o investimento. E as novas e melhores drogas chegam ao mercado custando muito, muito caro. E de tecnologia em tecnologia, com custos de caro a caríssimos, chegamos ao grande desafio dos médicos nos dias de hoje: como fazer chegar ao paciente todos os recursos à disposição da Humanidade num país carente como o nosso? Mesmo sabendo que há formas para ampliar a longevidade, temos de nos limitar a recursos já ultrapassados. Todos os novos produtos da medicina estão na vitrine, é possível alimentar por eles o desejo de consumo, mas ficará nisso, no sonho e na contemplação. São poucos os brasileiros em condições de investir por enquanto num cateter (e se livrar da cirurgia cardíaca) ou em um stent absorvível. Quanto a drogas, a maioria deverá se limitar aos remédios da farmácia popular, pouco eficazes se comparados aos novos produtos. Precisamos fazer, a partir disso, uma reflexão sobre uma tecnologia em constante evolução e cada vez mais inacessível ao nosso povo. A Associação Médica Brasileira informa que, dos quase 200 milhões de brasileiros, cerca de 150 milhões dependem exclu- sivamente do sistema público de saúde, numa fila interminável à espera de consultas, exames e cirurgias. A AMB fez as contas do subfinanciamento da saúde pública brasileira, hoje de cerca de R$ 2 por habitante/dia. O Brasil investe menos em saúde (porcentual do PIB) do que a média dos países africanos e do que outros países da América do Sul. E quando se inventa alguma coisa para a saúde, como o imposto do cheque, o dinheiro é desviado para outras áreas. Para que se tenha uma ideia do drama, só na cidade de São Paulo havia, até o último dia do ano passado, 800.224 registros na fila por atendimento na rede municipal de saúde em todas as especialidades. O tempo de espera é de oito meses. Pior: a maioria dos planos de saúde não paga cirurgias mais complexas. Concorda, quando muito, com procedimentos convencionais, às vezes pouco eficazes, em hospitais equipados precariamente. Ademais, quem pode pagar por um coração mecânico nem precisa de plano de saúde. Mas não estamos num sambódromo para desfilar queixas ou unir num mesmo samba-enredo o luxo e a miséria da medicina. Estamos na ante-sala brasileira para curar nossos doentes, seja com o material de última geração ou com o surrado almoxarifado público e de planos ausentes na hora em que o paciente necessita. Donde se conclui que, no Brasil, o médico precisa também navegar com um pé em cada canoa. (*) Américo Tângari Junior é especialista em cardiologia pela Sociedade Brasileira de Cardiologia e Associação Médica Brasileira. Integra a equipe de Cardiologia no Hospital Beneficência Portuguesa de São Paulo. CASA CELESTE Calçando Angatuba desde 1.940 Toda linha de calçados para você, familia e amigos. Venha nos visitar !!! Rua João Sátiro de Almeida Leme ,411 FONE:3355-0373 Dia 7 de abril é Dia Mundial da Saúde. Artigo de especialista do Incor alerta para os perigos da hipertensão arterial, mal que acomete uma entre quatro pessoas no mundo. Dr. Luiz Bortolotto Diretor da Unidade Clínica de Hipertensão Incor (Instituto do Coração do Hospital das Clínicas da FMUSP) Para saber como o problema da hipertensão é algo que deve ser levado a sério, faça os seguintes exercícios de imaginação. Se você e seu esposo ou esposa, namorado ou namorada saírem com um casal amigo para um jantar, é bem provável que pelo menos uma das pessoas que está sentada à mesa tenha pressão alta. Quando você estiver dentro de um ônibus lotado, pense que pelo menos 20 dos passageiros ali têm a pressão arterial acima do aceitável. Agora imagine o estádio do Pacaembu lotado. Um terço daquela multidão, neste caso 13.500 pessoas, está correndo o risco de ter enfartes, derrames e doenças sérias nos rins, porque sofre de pressão elevada. E o pior: é bem provável que grande parte dessas pessoas não tenham a mínima idéia de que estão sofrendo com essa doença. Este é o alcance da hipertensão. Um mal que está entre nós, na nossa família, no nosso trabalho e, talvez, em nós mesmos. E os casos de hipertensão têm aumentado cada vez mais. Isso porque vivemos em um mundo no qual há cada vez mais pressão: crise econômica, violência, congestionamentos, notícias ruins.... Para aliviar o peso dessa pressão, costumamos exagerar na bebida ou fumarmos acreditando que isso ira nos relaxar. Nossa alimentação costuma ter uma grande quantidade de sal e aditivos químicos que fazem com que a pressão arte- rial se eleve. E na correria da vida atual sobra muito pouco tempo para nos exercitarmos fisicamente, termos uma vida calma e prazerosa, fazermos coisas que de fato gostamos. Neste próximo domingo, dia 7, é o Dia Mundial da Saúde, e o tema destacado pela Organização Mundial de Saúde neste ano é o da hipertensão arterial, mal que assola cerca de uma em cada três pessoas no mundo. Essa proporção da doença também está presente entre os brasileiros. A hipertensão ou pressão alta aumenta o risco de infarto, acidente vascular cerebral (AVC) e insuficiência renal. Se deixada sem controle, a pressão alta pode também causar cegueira, irregularidades do batimento cardíaco e insuficiência cardíaca. Mas a boa notícia é que a hipertensão pode ser prevenida e tratada, o que pode diminuir bastante a chance da ocorrência dessas complicações. Para evitá-la, é recomendável reduzir o consumo de sal, evitar o uso abusivo de álcool e o uso do cigarro, consumir uma dieta mais balanceada e fazer uma atividade física regular e manter um peso saudável. O objetivo principal deste dia Mundial da Saúde 2013 conscientizar a população da importância de diagnosticar a doença e seguir o tratamento corretamente e assim reduzir a ocorrência de infarto e AVC. Os objetivos específicos da OMS são: Aumentar o alerta para as cau- sas e as consequências da hipertensão Fornecer informações de como prevenir a doença e suas complicações. Encorajar os adultos a checar a sua pressão e a seguir corretamente as orientações dos profissionais de saúde. Encorajar os cuidados pessoais para prevenir o aumento da pressão (como manter uma dieta adequada, controlar o estresse, ter uma atividade física regular. Tornar as medidas de pressão acessíveis a todos. Incitar as autoridades locais e nacionais a criar ambientes mais adaptados a comportamentos saudáveis. Esses objetivos também são perseguidos pela Unidade Clínica de Hipertensão do Incor, que apóia inteiramente a campanha da OMS e regularmente os divulga para a população. Há vários anos, a Unidade vem se destacando nas pesquisas com vistas ao melhor entendimento da doença, e também na assistência aos pacientes mais graves que vêm encaminhados das unidades de saúde. Neste ano, vários projetos serão iniciados, incluindo a aplicação de novas tecnologias, como a telemedicina para auxiliar no tratamento, além de novos métodos para detectar as complicações precoces da doença e a introdução de técnicas inovadoras no Brasil para o tratamento das formas mais graves da doença. O perigo é real O risco de uma Terceira Guerra Mundial não é ilusório. A paz quase que não tem passado de figura de retórica. Em grande parte da História humana, o período em que prevaleceu é ínfimo. Se é que já houve verdadeira paz neste mundo... Somente na alma de alguns bem-aventurados é que ela tem conseguido habitar. (...) Por isso, certamente, advertiu o papa João Paulo II (1920-2005), numa memorável alocução, na década de 1980, que “o perigo é real”. A concórdia entre religiosos é a primeira a ser conquistada. A paz de consciência dos seres terrenos, gerada por uma nova postura universalista, ecumênica, porquanto altamente fraterna, propicia a paz social, a paz entre as instituições e a desejada paz mundial, sob a proteção do Pai celeste, o maior diplomata da história deste Planeta, não obstante nosso recorrente mau uso do livre-arbítrio. Para os que riem dessa realidade, uma pequena recordação do cético Voltaire (1694-1778): “Se Deus não existisse, precisaria ser inventado”. John Kennedy e a paz Muitas nações não estão diretamente envolvidas nos conflitos armados que flagelam este orbe, mas todas sofrem a opressão do medo ou da miséria, pela violência dos armamentos novos ou pelo desvio maciço de verba para a indústria da morte, em prejuízo da instrução, educação, espiritualização, alimentação e saúde dos povos. Portanto, a guerra nos afeta a todos nestes tempos de comunicação rápida e de temporais de informações, que ameaçam, com seus raios e trovoadas, dar curto-circuito nos cérebros. Daí a inclusão que faço, neste bate-papo despretensioso com Vocês, deste pensamento de John Fitzgerald Kennedy (1917-1963): “Só as armas não bastam para guardar a paz. Ela deve ser protegida pelos homens (...). A mera ausência de guerra não é paz”. A Terra só conhecerá a paz quando viver o amor espiritual e souber reconhecer a verdade divina. No entanto, a divina verdade de um Deus que é Amor. Não a de um ser brutal e vingativo, inventado pelos desatinos humanos. De fato, o perigo continua real. E nós, como tontos, no meio dele, nessa “briga de foice no escuro”. Quousque tandem, Catilina? Para edificar a Paz Na revista “Globalização do Amor Fraterno” (em português, francês, inglês e esperanto), entregue pela Legião da Boa Vontade a chefes de Estado e demais delegações presentes no “High-Level Segment 2007”, na sede da ONU, em Genebra, Suíça, trouxe, de meu livro “Reflexões da Alma”, um notável trecho extraído do Preâmbulo da Constituição da Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura — Unesco, aprovada em 16 de novembro de 1945, por considerar que outro caminho para a Humanidade será o da destruição: “- Se as guerras nascem na mente dos homens, é na mente dos homens que devem ser construídos os baluartes da paz” É essencial destacar as propostas e ações de real entendimento, diferente rota para os povos será a do remédio amargo. Por isso mesmo, não percamos a esperança. Perseveremos trabalhando por um Brasil melhor e uma humanidade mais feliz. Eis a direção da vitória. E não se trata de argumento simplório. José de Paiva Netto — Jornalista, radialista e escritor. [email protected] Folha de Angatuba Página 12 Angatuba, Quinta--feira, 11 de Abril de 2013 EDUCAÇÃO INFANTIL: UMA FASE IMPORTANTE NA APRENDIZAGEM A saúde do servidor vai mal Um dos principais papéis reservados à Educação é o de capacitar o indivíduo a dominar o próprio desenvolvimento, fornecendo-lhe, o mais cedo possível, o “passaporte para a vida”, levando-o a compreender melhor a si mesmo e aos outros, de forma a poder participar da vida em sociedade. O atual contexto social possui prioridades e exigências diferentes de épocas passadas, e a escola passa a ser o espaço em que as relações humanas são moldadas, deixando de ser o lugar no qual professores apenas transmitem um acervo de conhecimentos para gerações mais novas. Hoje, a escola possui um caráter formador, aprimorando valores e atitudes, desenvolvendo, desde a mais tenra idade, o sentido da observação, despertando a curiosidade intelectual nas crianças, capacitando-as a buscar informações, onde quer que elas estejam, para usá-las no seu cotidiano. Segundo Piaget, a etapa dos dois aos seis anos é uma das fases mais importantes do desenvolvimento humano, pois nela ocorrem inovações radicais na inteligência. É também nessa etapa que as crianças constroem os padrões de aprendizagem formais que utilizarão durante toda a sua vida acadêmica. Aprender, portanto, passa a ser o ponto crucial do processo. A partir dos três ou quatro anos, de uma maneira geral, as crianças podem se beneficiar mais com as experiências enriquecedoras oferecidas na escola do que exclusivamente as oferecidas em casa. Sobretudo, a interação com outras crianças e adultos que lhes propõem atividades apropriadas ao seu nível pode significar uma ajuda extraordinária no desenvolvimento de suas capacidades. Trazer o mundo para dentro da escola e fazer a criança se “apaixonar” pelo conhecimento é a principal meta da Educação Infantil. É fato: o funcionário público estadual está adoecendo por falta de atendimento médico adequado. A ironia é que isso vale também para quem atua na área da saúde. A triste constatação vem do abandono em que se encontra o Hospital do Servidor Público Estadual (HSPE). O que mais chama a atenção é que o que deveria ser considerado um importante instrumento de assistência ao funcionalismo, seus dependentes e as pessoas legalmente autorizadas a usar seus serviços não condiz com a atual realidade. Estimativas apontam que o Instituto de Assistência Médica ao Servidor Público Estadual (Iamspe) precisa receber cerca de R$ 500 milhões anuais. O governo estadual investe Por outro lado, pesquisas neurológicas recentes reforçam a importância da aprendizagem nos anos iniciais, ao demonstrarem que aos três anos o cérebro humano tem estrutura pronta para aprender e nele ocorrem cerca de um trilhão de mov i m e n t o s sinápticos, número que representa o auge das conexões sinápticas do cérebro humano, sendo importante aproveitar Maria Celia Montagna de Assumpção é as “janelas de psicopedagoga e autora do material de oportunidades”, Educação Infantil do Sistema Anglo de oferecendo estíEnsino. mulos para as crianças desenvolverem o maior número possí- verbal, elas necessitam de uma vel de habilidades. instrução reflexiva, ou seja, Durante os cinco primeiros uma aprendizagem mediada anos de vida, as crianças por um adulto, que faz com que aprendem o padrão básico do elas reflitam sobre o próprio discurso que usarão no decor- pensamento. Dentro dessas rer de suas vidas; absorvem perspectivas, a Educação Innaturalmente a linguagem, ou- fantil permite que as crianças vindo e utilizando a do adulto sejam pensadores sistêmicos, como referência. Porém, não aprendam a refletir sobre seus é só ouvindo e repetindo pala- modelos mentais, a trabalhar vras que serão capazes de em equipe e a construir visões construir a linguagem. É prin- compartilhadas com outros, e, cipalmente pelo significado, quanto mais cedo isso aconpelas aproximações com a re- tecer, melhor é para o desenalidade e pela disposição para volvimento da criança. procurar evidências que as le- O maior desafio, porém, é favem a mudanças de hipóteses zer justiça ao potencial de deque são capazes de compre- senvolvimento da criança, busender o mundo e agir sobre cando recursos para ele. enriquecê-lo, saindo do conOuvir, falar, ler e escrever são ceito singular de alfabetização habilidades que se desenvol- para compreendê-lo como uma vem em total interligação. A lin- alfabetização para o mundo, guagem não é aprendida iso- dando possibilidades às meniladamente, mas integrada a nas e aos meninos de se aprotodas as atividades e vivida a priarem de ferramentas básicada dia. Ela é a chave do cas que lhes permitam se codesenvolvimento intelectual e municar e seguir aprendendo. possibilita ao indivíduo expresSegundo James Heckeman, sar seus sentimentos e seus prêmio Nobel de Economia, pensamentos. “deixar de fornecer estímulos Desta forma, à medida que as às crianças nos primeiros anos crianças começam a adquirir de vida custa caro para elas e as habilidades de raciocínio para um país”. Folha de Angatuba 40 anos (*) Carlos Neder apenas R$ 100 milhões. Ou seja, cinco vezes menos do que o esperado. É preciso lembrar que há um desconto, obrigatório, de 2% da folha de pagamento de todos os trabalhadores, sem a devida contribuição por parte do governo. Os Centros de Assistência Médica ao Servidor (Ceamas), que poderiam prestar esse atendimento nos pequenos e médios municípios do interior, estão sem recursos para seu processo de expansão. As Santas Casas, que seriam uma outra alternativa, atravessam uma situação de penúria financeira e sem apoio técnico-administrativo para funcionar. O pior é que as Santas Casas vêm sendo substituídas por contratos firmados com entidades privadas, que não contam com a mesma tradição do Iamspe e do HSPE. A continuar dessa forma, não demora muito para chegarmos a um lamentável quadro. O descaso do governo estadual com a saúde dos seus servidores levará instituições como o HSPE, os Ceamas, o Iamspe e as Santas Casas para a UTI. Por isso, defendemos a contribuição paritária do governo para manter o Iamspe! (*) O autor é deputado estadual (PT) e coordenador do setorial de saúde do PT. Mestre em Saúde Pública pela Unicamp, foi secretário de saúde em São Paulo (gestão Luiza Erundina) e exerceu quatro mandatos de vereador na Câmara Municipal de São Paulo. C o n t a t o : [email protected] / www.carlosneder.com.br. Comemoração da corrupção... O ano novo começou com a posse dos novos prefeitos. Susto dos novatos com o descalabro das administrações municipais. Herança maldita recebida de prefeitos que deixaram o cargo sob o peso da Lei de Responsabilidade Fiscal que deve cobrar seu tributo mais para frente. De lá para cá, para iniciar o ano, dançamos o Carnaval com a dura realidade da quartafeira de cinzas. Atravessamos penitentes a quaresma e a apoteose do domingo da ressurreição. Nas nossas melhores tradições, tudo pronto para começar um novo ano... Enquanto corriam as festas, novas tendências começaram a delinear-se nos horizontes da vida política nacional. Muita coisa aconteceu neste primeiro trimestre. Dilma tremeu nas tamancas e engoliu a seco - coisa que Lula não enfrentou - um “pibinho” mixuruca de menos de 1% de crescimento econômico em 2012. Rabeira de todos os países da América Latina e comendo poeira dos países emergentes. Ficou claro que as perspectivas para 2013 e 2014 não são nada boas... A resposta da Dilma veio com a intensificação das campanhas publicitárias, pagas com nosso dinheirinho, com objetivo explicito de criar um clima otimista com pronunciamentos incessantes nos meios de comunicação para o povão e com propaganda exaustiva dos marqueteiros do planalto. Tudo para tornar opacos os desmandos da política econômica e o mau desempenho da economia que comprometem o cenário eleitoral de 2014. Com destaque, nesta epifania, para a atuação do marqueteiro João “Bafo de Onça” Santana, como era conhecido em outros tempos na política paulista, erigido agora no Oráculo de Delos nordestino do governo petista. A coisa anda meio esquisita. Desarranjos profundos, insatisfações de toda ordem no imenso partido da base aliada – aquela multidão de 300 picaretas como, em outros tempos, Lula designava seus colegas de Câmara Federal. Bom lembrar que, como parlamentar, Lula foi a mais completa nulidade. A confusão armada pelo estilo suave dos gritos e humores de Dilma fez renascer Lula que surgiu no pedaço para assumir de vez a articulação política do governo. Dilma enfiou a viola no saco. Abdicou das responsabilidades do cargo e capitulou diante de seu guru... Lula estava na muda, silencioso como uma lagartixa, depois do último escândalo, quando a assessora paulista de escrivaninha e cama foi apanhada com a boca na botija. Juntamente com diversos comparsas, amigos do condenado Zé Dirceu, vendiam pareceres a preço de ouro de órgãos públicos federais. Bandalheira das grossas. Lula finge que nada sabe e volta à ativa. A grande tensão brota hoje das relações entre a economia e a política. O governo acreditou que a desaceleração da economia era resultante da crise internacional, “quando as raízes são, na verdade, mais profundas e locais”, como mostram Alexandre Schwartsman, Raul Velloso, Mendonça de Barros, Armínio Fraga e outros. “Crescemos nos últimos anos com base na expansão do consumo e na ocupação da mão de obra desempregada, com pouca ênfase no investimento e da expansão da produtividade”. Resumo da ópera: esgotou-se o modelo de crescimento alavancando na expansão do consumo. Será necessário converter os incentivos ao consumo para investimentos que possam alterar a competitividade da economia brasileira. O cenário torna-se muito mais complicado quando o dragão da inflação cresce sem controle da política econômica e estende seus tentáculos por todos os ramos da economia. Surpreendente é não haver estratégia para enfrentar os novos tempos. A política econômica foi substituída por expedientes Ulysses Telles Guariba Netto. Professor aposentado da USP macro-econômicos que se mostram ineficazes. Recusa de aumentos das tarifas de combustíveis, que quebra a Petrobrás. Apelos para corte das tarifas de energia elétrica, que joga a Eletrobrás na lama. Desoneração dos impostos da cesta básica, que provoca um repique de preços nas últimas semanas. Ações ineficazes quando a política fiscal é expansionista. Quer dizer: o governo federal está subjugado pela orgia de gastos para acalmar aliados e cúmplices e manter a cabeça acima do nível da água para enfrentar 2014. A aflição passa da economia à política. A base aliada paquidérmica começa a rebolar. As oposições começam a testar seus canhões, de um lado Aécio Neves com seus aliados, de outro lado Eduardo Campos garimpando seu espaço. O clima político provoca longas conversas dos petistas. De súbito, voltam aos ministérios os trambiqueiros afastados no ano passado. Os aliados de Lula: PSC, PR, “et caterva”. Como anotou o nosso Senador Aloysio Nunes Ferreira: “Sairam pela porta e voltaram pela janela”. Expulsos e convidados por Dilma, no grande festim da corrupção... Angatuba, Quinta--feira, 11 de Abril de 2013 Folha de Angatuba PROJETO FORTE SEM VIOLÊNCIA Jovens em recuperação de dependência química participam de musical internacional em várias cidades do Brasil Experiência inovadora e inédita no país, o Projeto Forte Sem Violência visa a fortalecer a personalidade e a autoestima da juventude. Show será lançado em Aparecida do Norte e São Paulo e segue para Belo Horizonte, São Luís, Aracajú, Fortaleza e Rio de Janeiro. No Rio, o espetáculo acontecerá durante a realização da Jornada Mundial da Juventude, que terá a presença do Papa Francisco Centenas de jovens que se recuperam da dependência química vivenciarão a experiência única de serem estrelas do espetáculo musical “Streetlight”, da banda internacional Gen Rosso, que será apresentado em sete cidades brasileiras, a partir do dia 16 de maio (veja calendário abaixo). O show integra o projeto alemão FORTE SEM VIOLÊNCIA, uma iniciativa de fortalecimento da personalidade e da autoestima, que já beneficiou jovens de vários países do mundo. O espetáculo terá sua estreia em Aparecida do Norte (16/5) e São Paulo (25/05), e passará por Belo Horizonte (5 a 7 de junho), São Luís (18 e 19 de junho), Aracajú (5 de julho), Fortaleza (18 e 19 de julho) e Rio de Janeiro (27 de julho). No Rio, o espetáculo acontecerá durante a realização da JORNADA MUNDIAL DA JUVENTUDE, com a presença do PAPA FRANCISCO. Trazido ao Brasil por Frei Hans Stapel, fundador da Fazenda da Esperança, o projeto dará oportunidade aos jovens em tratamento de serem protagonistas do espetáculo. “Quando decidem pela não dependência, tornam-se protagonistas de suas próprias vidas”, afirma o Frei. Os jovens estarão inseridos no musical “Streetlight”, da banda internacional Gen Rosso, que narra a história verídica de um rapaz que luta para escapar da violência. A preparação será feita com várias oficinas, em que serão exploradas as diferentes expressões artísticas e técnicas (coral, dança, instrumental, teatro, lay-out de palcos, técnica de luz e som e etc). Nelas, os jovens, em fase final de recuperação, aprenderão noções técnicas e artísticas, descobrindo e desenvolvendo talentos e, consequentemente, elevando a autoestima. Os participantes serão selecionados nas diferentes unidades terapêuticas, como as da Fazenda da Esperança, uma das mais bem sucedidas experiências em recuperação de dependentes químicos do mundo, cuja metodologia baseia-se em três pilares: espiritualidade, trabalho e convivência. FORTE SEM VIOLÊNCIA foi idealizado pelo pedagogo alemão Mathias Kaps, fundador da Starkmacher, empresa responsável pelo projeto. Preocupado com a violência entre os jovens e a falta de diálogo entre alunos e professores, resolveu agir. “Assim, nasceu a ideia de reforçar a personalidade dos jovens e fazê-los protagonistas, criando um clima de confiança, uma atmosfera que eles se sintam amados”, relembra Kaps. “Fazer com que o jovem se sinta forte e possa descobrir o próprio talento e o que ele tem de bom para dar. Assim, eles alcançam seus objetivos pessoais, mas também contribuem com um mundo melhor”, explica Teresa Parlasca, coordenadora do projeto, que tem como conceito tornar fortes os jovens contra a violência, a exclusão, o bulling, as drogas e também contra muitas experiências diárias, sutis, massificantes e traumatizantes. A metodologia aplicada nos workshops baseia-se nos estudos de Wolfgang Knörzer, Doutor em Educação pela Universidade de Heidelberg, onde foi responsável por elaborar o Treinamento das Habilidades de Heidelberg (HKT, em alemão H e i d e l b e r g e r Kompetenztraining). HKT é uma formação teórica e mental, que visa a dar estratégias mentais adequadas e habilidades que ajudam a alcançar seus próprios objetivos, uma espécie de fortalecimento da personalidade, um método para tornar conscientes as próprias forças e desenvolver problemas positivamente. Antes mesmo da estreia nos palcos, o projeto já está mudando a vida dos jovens brasileiros: usuária de drogas desde os 14 anos, após ter deixado os estudos para ajudar a mãe a cuidar dos irmãos, Maria E. L. sabe bem o que é esse universo. Passou por um grande trauma ao perder o namorado, também usuário, tentou se matar, mas hoje se recupera na Fazenda de Guaratinguetá (interior de São Paulo). Para ela, “Forte Sem Violência” é um projeto importante para o futuro de muita gente. “Com ele, posso mostrar pra todos que é possível ser diferente. Além disso, é uma oportunidade para nós, pessoas excluídas do mundo, com autoestima baixa”, relata. Adelson, brasileiro integrante do Gen Rosso, ressalta o clima que se cria de amor recíproco como o mais importante fator durante os workshops, nos quais os jovens aprendem as técnicas de dança, canto, percussão e até de bastidores para o show. “Esse é o objetivo do projeto. Não é preparar um show, porque um show tantas pessoas fazem, até melhor, mais bonito. Mas não tem esse elemento a mais, como no nosso espetáculo”, revela o artista. Com a apresentação do musical, ponto central do projeto, “Forte Sem Violência” busca questionar a sociedade sobre a problemática das drogas, dando os exemplos de recuperação da Fazenda da Esperança e mostrando que há soluções para esta problemática, que está assolando os lares brasileiros de todas as classes sociais. Para o fundador da Fazenda, a sociedade deve acreditar que existe cura para estes jovens. “Não podemos taxá-los e dizer que são bandidos e precisam ser presos ou até morrer. Essa não é a solução! Precisamos dar uma chance para eles descobrirem os valores que têm”, afirma Frei Hans. Os jovens participantes do projeto partilham experiências de exclusão, foram menosprezados e discriminados. Antes, viviam nas ruas, envolvidos em atividades ilegais. Todos, de diferentes maneiras, estavam envolvidos com a violência. Mas agora, têm a perspectiva de mudança em suas vidas. Com essa iniciativa, os jovens descobrem o próprio talento, desenvolvem a inteligência e, por consequência, elevam a sua autoestima. Isso os faz se sentirem fortes, sem precisar usar da violência. Para Dora E. A., o projeto ajuda a acreditar em si mesmo. “Olha só, vou me apresentar pro Papa Francisco durante a Jornada Mundial da Juventude. Vou mostrar ao mundo algo que aprendi”, diz emocionada, mencionando o fechamento do projeto, que será no Rio de Janeiro, no dia 27 de julho, onde o público esperado será de 2,5 milhões de pessoas. Para saber mais sobre o projeto FORTE SEM VIOLÊNCIA e o espetáculo “STREETLIGHT”, acesse www.fortesemviolencia.org.br Página 13 I Encontro de Iniciação Científica do IFSP Itapetininga Estão abertas as inscrições de resumo de trabalhos para o I Encontro de Iniciação Científica do IFSP Itapetininga. O evento contará com apresentação de resumos de trabalhos na forma de apresentação oral e em CD. Para se inscrever é necessário trazer 1 kg de alimento não perecível. Os produtos arrecadados com as inscrições serão doados para instituição filantrópica da cidade de Itapetininga. O I Encontro de Iniciação Científica é uma iniciativa da Coordenadoria de Pesquisa e Inovação do Instituto Federal de São Paulo - IFSP campus Itapetininga. As apresentações dos trabalhos aprovados pela Comissão Científica serão apresentados nos dias 21 e 22 de outubro no período da manhã nas instalações do campus Itapetininga. DATAS IMPORTANTES Inscrição de resumo de trabalhos: Até 14 de Junho/2013 Avaliação dos resumos dos trabalhos: Julho/2013 Divulgação dos Trabalhos aprovados:Agosto/2013 Apresentação dos trabalhos: 21 e 22 de outubro no período da manhã ÁREAS TEMÁTICAS DO EVENTO Ciências Agrárias Ciências Biológicas Ciências da Saúde Ciências Exatas e da Terra Ciências Humanas Ciências Sociais Aplicadas Engenharias PUBLICAÇÃO DOS RESULTADOS Para publicação dos trabalhos apresentados pelos alunos durante o I Encontro de Iniciação Científica do IFSP Itapetininga será confeccionado os Anais do evento sob a forma de CD contendo o resumo dos trabalhos apresentados. Mais informações podem ser obtidas pelo e-mail: [email protected] Programa Recomeço leva o enfretamento ao crack aos municípios do interior de SP Primeira parceria foi firmada com a cidade de Campinas; o governador Alckmin também anunciou o Cartão Recomeço O governador Geraldo Alckmin anunciou nesta terça-feira, 9, a ampliação do Programa Recomeço para as cidades do interior do Estado. A primeira parceria foi firmada com a cidade de Campinas, que será beneficiada com o fortalecimento da rede integrada de assistência aos dependentes químicos, desde o primeiro acolhimento até a reinserção social dos pacientes. Outras cidades como São José do Rio Preto, Santos, Jundiaí, Mogi das Cruzes e Cotia também tem potencial para receber o programa. Outra novidade anunciada pelo governador é a criação do Cartão Recomeço, que também será fruto de parceria entre o Governo do Estado e os municípios. O cartão será usado no custeio de despesas de internação voluntária do usuário de drogas em entidades especializadas que prestem serviços de acolhimento, tratamento e reinserção social. “É uma ajuda financeira, uma espécie de plano de saúde para famílias mais pobres que tenham familiares depen- dentes”, explicou o governador. Com a assinatura do convênio, Campinas receberá um espaço intersecretarial que contará com equipe multiprofissional para receber e avaliar as necessidades de usuários e familiares de dependentes químicos da região, independente da presença do paciente, favorecendo o acesso aos serviços especializados que compõem a Rede Psicossocial para dependente de crack, álcool e outras drogas. No local definido pela Prefeitura haverá um Plantão Judiciário e Social semelhante ao implantado na capital paulista no Centro de Referência em Álcool, Tabaco e outras Drogas (Cratod), visando agilizar o encaminhamento de pacientes para as demandas necessárias ao seu cuidado de saúde, social e jurídica incluindo, a partir de avaliação médica e multiprofissional, internações em serviços hospitalares respeitando a legislação vigente (lei 10.216). A porta de entrada será pelos Centros de Atenção Psicossociais de Álcool e Drogas (Caps-AD), que se responsabilizarão pelo projeto terapêutico individualizado e referenciado para os diferentes pontos de cuidado na rede de saúde, incluindo ações intersecretariais. As internações são indicadas para casos excepcionais, apenas para os casos considerados mais graves, e só devem ocorrer após avaliação da equipe médica. Para garantir assistência aos dependentes com quadros de saúde mais graves, a Secretaria de Estado da Saúde irá firmar parcerias com serviços de saúde de Amparo e Atibaia, ativando imediatamente leitos de enfermaria em hospital geral e também na modalidade de Comunidade Terapêutica, para internação e assistência multidisciplinar. A meta é que este modelo esteja integralmente implantado em Campinas até o mês de maio. Desde 2011, o número de leitos para dependentes químicos no Estado passou de 482 para 910 e até 2014 irá ultrapassar 1,3 mil vagas. Anuncie aqui e colha bons frutos!!! ligue (015) 97346029