Homeostase O corpo humano é composto de vários sistemas e órgãos, cada um consistindo de milhões de células. Estas células necessitam de condições relativamente estáveis para funcionar efetivamente e contribuir para a sobrevivência do corpo como um todo. A manutenção de condições estáveis para suas células é uma função essencial do corpo humano, a qual os fisiologistas chamam de homeostase. A homeostase (homeo = igual; stasis = ficar parado) é uma condição na qual o meio interno do corpo permanece dentro de certos limites fisiológicos. O meio interno refere-se ao fluido entre as células, chamado de líquido intersticial (intercelular). (Ver: Sistema linfático) Um organismo é dito em homeostase quando seu meio interno contém: a concentração apropriada de substâncias químicas, mantém a temperatura e a pressão adequadas. Quando a homeostase é perturbada, pode resultar a doença. Se os fluidos corporais não forem trazidos de volta à homeostase, pode ocorrer a morte. Órgãos dos sentidos Os cinco sentidos fundamentais do corpo humano: O Paladar – identificamos os sabores; O Olfato – sentimos odor ou cheiro; O Tato – sentimos o frio, o calor, a pressão atmosférica, etc; A Audição – captamos os sons; A Visão – observamos as cores, as formas, os contornos, etc; Os órgãos dos sentidos encarregados de receber estímulos externos A língua – para a gustação; As fossas nasais – para o olfato;A pele – para o tato;Os ouvidos – para a audição; Os olhos – para a visão. Os órgãos dos sentidos recebem os estímulos (luz, som, gosto, cheiro, etc;) e os transmitem ao cérebro, através de nervos sensoriais. O cérebro então entende a mensagem produzindo a sensação. A pele e os receptores cutâneos Os receptores sensoriais são formados por fibras nervosas, que se organizam formando diferentes corpúsculos sensoriais. Alguns desses corpúsculos são encarregados da percepção do tato leve. Ex.: quando passamos a mão levemente sobre algum objeto, são esses os corpúsculos que permitem saber o formato do objeto ou se ele é áspero ou liso; estes corpúsculos são abundantes na palma das mãos e na planta dos pés. Corpúsculos de Meissner – tato; Corpúsculos de Krause – frio; Corpúsculos de Ruffini – calor; Corpúsculo de Paccini – pressão; A dor é percebida por terminações nervosas livres que chegam até a pele. Portanto estas terminações livres não formam corpúsculos sensoriais A pele é o maior órgão do corpo humano, num adulto sua massa é de mais ou menos 5kg, sendo formada por duas camadas: Epiderme – camada externa, formada por tecido epitelial; as células epidérmicas mais superficiais são impregnadas de uma de uma proteína impermeabilizante; queratina que evita a desidratação e representa uma barreira para a penetração dos micróbios em nosso corpo. Derme – Camada mais profunda, formada de tecido conjuntivo. A derme contém vasos capilares e terminação nervosa. Tipos de glândulas encontradas na pele Glândulas sudoríparas – produzem e eliminam o suor; Glândulas sebáceas – apresentam-se em forma de cacho e são menos numerosas que as sudoríparas, produzem e eliminam uma secreção gordurosa que lubrifica os pêlos da pele. A língua e a Paladar Distinguimos os sabores pelo sentido da gustação, chamado também de paladar. O órgão da gustação é a língua. A língua apresenta duas superfícies: Superior ou dorsal – tem numerosas rugosidades chamadas de papilas linguais; Inferior ou ventral – apresenta-se relativamente lisa. Nas papilas linguais existem terminações nervosas chamadas de corpúsculos gustativos, especializados em sentir o gosto. Estes corpúsculos acham-se espalhados por toda a língua. As papilas percebem quatro tipos básicos de gosto, mas cada sabor é sentido com maior intensidade em determinada região da língua: O doce é o salgado são percebidos com maior intensidade na ponta; O azedo é percebido nas bordas; O amargo é sentido na base. As fossas nasais e o olfato As fossas nasais são responsáveis pelo olfato. O homem e o macaco são animais com o olfato pouco desenvolvido, apesar disto somos capazes de distinguir certos alimentos e bebidas pelo cheiro. Na parte superior das fossas nasais, a mucosa que constituem as terminações do nervo olfativo. O ar transporta, até as fossas nasais, substâncias diversas que sensibilizam as células olfativas. Então a mensagem é conduzida pelo nervo olfativo até o cérebro, onde é interpretada. Os ouvidos e a audição A audição é a capacidade de ouvir sons. Os órgãos da são os ouvidos. Sons muitos agudos ou muito grave não são percebidos pelo ouvido humano. Ex.: os golfinhos comunicam-se através de sons tão agudos que não podemos ouvi-los diretamente, mas como apenas com aparelhos especiais. Os nossos ouvidos ficam encaixados nos ossos temporais. Cada ouvido possui três partes: O ouvido externo – é formado por duas partes: pavilhão auricular (orelha), sua função é captar os sons, direcionando - os para o interior do conduto auditivo. Canal auditivo externo é um canal que conduz o som para o interior do ouvido; no conduto existem pêlos e glândulas que produzem o cerúmem (cera amarelada); os pêlos e o cerúmem protegem o ouvido contra a entrada de corpos estranhos. Ouvido médio – (caixa do tímpano), situa-se dentro do osso temporal. Nele se encontra o tímpano que é uma fina membrana. No ouvido médio existem ainda três pequenos ossos: bigorna, martelo e estribo, Eles se articulam uns com os outros e recebem a vibração da membrana do tímpano. Do ouvido médio sai um canal, a trompa de Eustáquio que vai até a faringe. Sua função é manter a pressão da caixa do tímpano igual a pressão atmosférica. Ouvido interno – recebe também o nome de labirinto, e divide-se em três partes: vestíbulo que é uma cavidade separada pelo ouvido médio e janela oval; canais semicirculares – são três tubos em forma de semicírculos; cóclea e caracol – é um canal de 2,5 cm, com forma de espiral. Os olhos e a visão Os olhos são os órgãos responsáveis pela visão. Temos dois globos oculares, cada uma parede é formada por três membranas: Esclerótica – membrana mais externas, de cor branca e opaca. Na parte da frente, apresenta uma saliência e é transparente, recebendo o nome de córnea. A coróide – localizada sobre a esclerótica é muito rica em vasos sangüíneos, o sangue circula nessa membrana e nutre as células do olho. Na parte da frente, a coróide apresenta uma região circular, a íris. No centro da íris há um orifício, a pupila. A retina – Camada mais interna e sensível do globo ocular. O nosso campo de visão é relativamente limitado, embora tridimensional (podemos ver em três dimensões dos objetos) e com profundidade (conseguimos ver além da imagem enfocada). O caminho da imagem Quando olhamos um objeto, a luz que ele emite penetra em nosso olho, atravessando todos os meios transparentes – córnea, humor aquoso, cristalino e humor vítrio – até chegar a retina, onde a imagem é percebida. Então a imagem é conduzida pelo nervo óptico até o cérebro, onde é interpretada. Aquilo que enxergamos, constitui uma resposta do cérebro ao estímulo recebido pela retina. Defeitos da visão Miopia – (ou olho longo). As imagens se formam antes da retina. Usam-se então lentes divergentes, que afastam as imagens fazendo-as coincidir com a retina. Hipermetropia – (ou olho curto). As imagens se formam após a retina. Para corrigir este defeito são usadas lentes convergentes, que aproximam as imagens para junto da retina. Astigmatismo – (deformação da córnea). Ocorre o desvio da imagem. Nesse caso, a correção é feita com o auxílio de lentes cilíndricas. As lágrimas Em cada olho existe uma glândula lacrimal, que fabrica um líquido chamado lágrima. A função deste líquido é lubrificar e limpar o globo ocular, além de remover a sujeira.