DISCUSSÃO SOBRE VULNERABILIDADES E RISCOS DE

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DISCUSSÃO SOBRE VULNERABILIDADES E RISCOS DE
ADOLESCENTE DO SEXO MASCULINO ÀS DSTs A PARTIR DE
RELATO DE CASO DE HPV
Lucas Boscoli Lanza(UNOESTE – contato: [email protected]); Camila Hino Verdelho; Caroline Pozzobon Pelacani;
Larissa Nabhan Garcia; Letícia Sorgato
Introdução
Os adolescentes iniciam cada vez mais
precoce a vida sexual e, mesmo obtendo
conhecimento sobre os vários métodos de proteção
de barreira, a maioria não os utilizam. Avaliando o
conhecimento sobre as DSTs, poucos ouviram falar
no HPV, principal agente viral. Seu diagnóstico nos
homens é essencialmente clínico e sua forma de
apresentação depende do sorotipo viral.
Justifica-se a realização deste trabalho
pela magnitude das DSTs na adolescência,
especialmente o HPV. Ao destacar sua epidemiologia,
apresentação clínica e tratamento aponta-se para
uma reflexão sobre a necessidade de prevenção
desta e outras DSTs nesta faixa etária.
Objetivo
Relatar um caso de infecção por HPV
em adolescente com ênfase nas falhas de
prevenção e informação sobre DST nessa faixa
etária, os fatores de risco que está exposto e
os possíveis reveses da indisponibilidade da
vacina contra o vírus, pela rede pública, na
população masculina.
Materiais e Métodos
Revisão de prontuário do paciente e
pesquisas bibliográficas na literatura nacional nas
bases de dados da saúde e no acervo da biblioteca
do HRPP, abrangendo os últimos quatorze anos.
Relato de Caso
Paciente do sexo masculino, 17 anos, natural e
procedente
de
Presidente
Prudente
(SP),
compareceu
ao
ambulatório
de
Hebiatria,
acompanhado da namorada, com queixa de
verrugas no pênis há três meses. Negou dor, calor e
vermelhidão local, prurido, secreção uretral,
sangramento e sintomas urinários associados.
Negou anormalidades de ritmo intestinal e nos
demais aparelhos.
No segundo momento da consulta, sem
a presença da acompanhante, revelou que
namorava há um ano e tinha vida sexual ativa, com
uso de preservativo. Antes do namoro atual, referiu
que já havia mantido relações sexuais com outras
parceiras sem proteção. Admitiu ainda, uma
infidelidade quatro meses antes da consulta,
quando teve relações sexuais com outra garota,
sem usar preservativo. Ao exame do pênis, lesões
vegetantes verrucosas, pequenas e múltiplas sobre
o sulco bálano prepucial.
Frente à história clínica e exame físico,
foi aventada a hipótese diagnóstica de Condiloma
acuminado. Ao receber esclarecimentos sobre o
HPV e o condiloma, o paciente demonstrou
desconhecimento sobre o vírus, a doença e suas
implicações. Foi realizada Criocauterização para a
retirada das lesões, além de orientações de
cuidados pós-tratamento e sobre sexo seguro. Era
previsto acompanhamento pelo ambulatório de
Hebiatria com retornos semestrais, porém, o
paciente não compareceu ao retorno após a
cauterização.
Atrelado a isto, a desinformação em
relação as DST/AIDS e, em particular ao HPV, é
um importante fator a ser considerado. A união
de
anamnese,
exame
físico,
exames
laboratoriais e peniscopia foram essenciais para
a realização do diagnóstico. Tratamento com
criocauterização foi instituído no paciente,
seguido de orientações sobre autocuidado e
informações sobre saúde e sexualidade ao
mesmo e sua parceira.
Resultados e Discussão
FRANÇOSO, L. A.; GEJER, D.; REATO, L. F. N.
Sexualidade e Saúde Reprodutiva na Adolescência.
São Paulo: Editora Atheneu, 2001. (Atualizações
Pediátricas: Sociedade de Pediatria de São Paulo).
A falta do uso de condom durante as
relações sexuais é fator de grande relevância na
vulnerabilidade do paciente à sua enfermidade.
Conclusão
O jovem não realiza seguimento de
forma adequada, podendo ser explicada pela falha
na educação sexual e por não compreenderem a
real conseqüência que pode lhe trazer. Além
disso, a vacinação deveria ser ampliada aos
jovens do sexo masculino, por esses serem
grandes disseminadores desta patologia.
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