Gestação Detectando o Risco Dra Ivete Teixeira Canti Pré-Natal: Objetivos Melhorar os resultados perinatais, reduzindo a morbimortalidade materna e perinatal Preservar a saúde física e mental da gestante Detectar fatores de risco Prevenir, diagnosticar e tratar complicações Vigiar crescimento e vitalidade fetal Precoce, periódico e completo Preparar para o parto, conteúdos educativos Ivete Canti Avaliação clínico-obstétrica Bem-estar fetal avaliado em cada consulta de todas as gestações Objetivo: Detectar alto-risco 10-15% Lembrar: 50% de natimortos vem de gestações de “baixorisco” Não descuidar da avaliação materna Ivete Canti Morte Materna Morte de mulheres na gestação-40 d. puerp. Importante indicador de saúde CMM Brasil - RS – países desenvolvidos - 4-10\100000 Causas: hipertensão, hemorragias, infecção Pré-natal, atendim. hospitalar, planejamento Ivete Canti Fatores de Risco -PN-I Situação sócio-econômica Idade materna: ↓19 e ↑35 anos (prematuridade, préeclâmpsia,malf. cong) Altura ↓1,50m: ↑morbimort. perinatal Gestação ectópica: ↑chance de repetição Abortos prévios (2 ou mais): ↑chance repet. Ivete Canti Fatores de Risco II Natimorto anterior: taxa mortalidade alta TPP : ↑risco 25-50% em gestação posterior Feto macrossômico ant: risco diabete, macrossomia Grande multiparidade(↑4): risco de anemia, DHEG, hemorragia pós-parto, cesárea Cardiopatia materna: ↑taxa de morte fetal e ↑risco de baixo peso Tireóide: hipo - ↑natimort. e hiper -↑PIG Ivete Canti Fatores de risco - III Diabete melito: prejudica a gestação ↑chance de DHEG, infecções, macrossomia, hemorragia pós-parto, cesárea ↑taxa de morte perinatal ↑risco de morte intra-útero, SAR, hiperglic. RN Gestação múltipla: mortal. perinat. ↑3x ↑prematuridade, PP, prolapso cordão, DPP ↑DHEG, anemia, hemorragia pós-parto, polidr. Ivete Canti Fatores de risco:IV HAS: ↑RCIU, pré-eclâmpsia, DPP,AVC DHEG:contribui para ↑morbimortalidade materna, fetal e neonatal incidência: 6-10% (primigesta jovem, multípara ↑35 anos, diabete, gemelar, HAS, polidr., mola) índice de recurrência: 1\3 ↑chance se mãe ou irmã com pré-eclâmpsia efeito materno:leve a grave (AVC, lesão renal) efeito fetal: RCIU, DPP, TPP, natimorto ainda não prevenível, detectável precocemente Ivete Canti Fatores de risco: V Doenças do trato urinário: nefropatias: ↑TPP, insuf. placentária, RCIU bacteriúria assintomática: 30% evolui para pielonefrite (Pritchard 1985) pielonefrite: pode levar a TPP - 10-20% Placenta prévia: 1:200 gestações tendência a repetir em gestação posterior ↑incidência : idade, paridade, cirurgia uterina mortalidade perinatal: 20% prematuridade Ivete Canti Fatores de risco :VI DPP: ↑incidência com história ant. de DPP, estados hipertensivos, paridade elevada, polidrâmnio, trauma, cordão curto mortalidade materna e morte fetal: 2-10% mortalidade perinatal: 35% Roprema: incidência 8-10% responsável por 30% partos prematuros vaginites e cervicites: ↑incidência Ivete Canti Fatores de risco: VII RCIU: incidência 3-7% ↑risco perinatal e ↑morte antenatal fat. maternos: d. pulmonar, d. cardíaca cianótica anemias severas, desnutrição, fumo, drogas fat. placentários: DPP, placenta pequena em hipertensa, infarto, sítio de implant. anormal fat. fetais: anomalias trissomias, infecção intrauterina (TORCH) Fumo: ↑20 cig\dia-diminui perfusão placent. ↑inc. PIG, TPP, roprema, DPP Ivete Canti Fatores de risco: VIII Isoimunização Rh: mortalidade perinatal: 1,5% transfusão prévia, abortos, severidade da DHPN anterior, época da morte fetal, DPP prevenção é a chave para erradicação: imunoglobulina pós-parto, aborto, etc Drogas:↑TPP, anom. cong., RCIU, AIDS Álcool:síndrome alcoólica fetal(ret. mental) Ivete Canti Calendário de Consultas Iniciar Pré-Natal o mais precoce possível Recomendado é no 1º trimestre consulta mensal até 32ª semana consulta quinzenal da 32ª - 36ª semana consulta semanal até o parto ou 42ª semana OMS: pelo menos 6 consultas 1ª- antes da 20ª semana\\ 2ª-entre 22ª e 24ª sem. 3ª- entre 27ª e 29ªsem \\ 4ª- entre 33ª e 35ª sem. 5ª- entre 38ª e 40ª semana Ivete Canti Rotina de 1ª consulta Pré-Natal identificação e hábitos (fumo, drogas) história da gestação atual IG: DUM, uso ACO,ciclos, AU, toque, MF entre 18ª e 32ª sem.: adequada correlação da AU e IG medida da AU: sensibilidade 86% (Queenam ) ultrassom: para cálculo de IG, até 20ª sem. antec. obstétricos: gesta, para, cesáreas, abortos, ectópica, natimortos, prematuros, PIG, GIG, patol. na gestação anterior Ivete Canti Exames Pré-Natal - I 1ª Cons Hemograma X Tipagem sanguínea X Glicemia jejum X VDRL X Anti-HIV X Toxop IgG / IgM X HbsAg 2º tri 3º tri X X 24sem X x* se NR x*se NR X Ivete Canti Exames Pré-Natal - II 1ª Cons 2º tri 3º tri EQU X X Urocultura X X TTG 75 g X*se J>85 Coombs indireto X* CP colo X Ex a fresco X Ecografia X X X Ivete Canti Avaliação fetal - clínica Parâmetros avaliados: atual e comparado •IG - DUM / US •BCF •História / patol assoc. •Altura uterina •Atividade fetal •Líq.Amniótico •Peso materno •Edema •TA •Ex. Vaginal •Tamanho fetal •Apresentação Ivete Canti Consultas subsequentes - PN I RISCO: dor abd., cefaléia intensa,escotomas, sangramento, perda LA, febre, alter. urinárias, alter. mov. Fetais Peso e estado nutricional:utilizar curva ↑peso esperado: 11-15 k aumento médio: 400g\sem ↑peso excessivo: obesidade, edema, diabete, polidrâmnio, macossomia, gemelaridade ↑peso insuficiente: hiperemese, anemia, infecção, hábitos alimentares, RCIU Ivete Canti Consultas subsequentes - PN II Pressão arterial: paciente sentada, repouso, 2 tomadas se alter. valores isolados maiores que 140\90 mm Hg HAS: níveis elevados antes da 20ª semana DHEG: níveis elevados após 20ª sem. com ou sem edema e proteinúria Edema limitado a membros inferiores generalizado, súbito Ivete Canti Consultas subsequentes -PN III Desenvolvimento fetal: AU e ultra-som percentil 90: erro cálculo, polidrâmnio, gemelaridade, mola, mioma, macrossomia percentil 10: erro cálculo, oligodrâmnio, FM, RCIU Ideal para confirmação: ultra-som Feto macrossômico e RCIU: pior prognóstico Ivete Canti Medida Altura Uterina seriada discordância entre IG e tamanho uterino AU < ESPERADO •RCIU (10%) •Erro de data (até 40%) •Oligodrâmnio •Feto morto AU > ESPERADO •Macrossomia •Erro de data •Gest. Múltipla •Polidrâmnio •Mola •Mioma Ivete Canti Medida da Altura Uterina RCIU (Metanálise com 25 trabalhos) 10% T Mortalidade é 8x> que AIG (Iparto SFA,hipoglicemia, hipocalcemia, problemas neurológicos Sensib : 65% / Especific: 90% GESTAÇÃO MÚLTIPLA Morbimortalidade aumentada (PE,polidrâm,rupreme, TPP,hgia pós-parto) Sensibilidade:76 – 99% Ivete Canti Medida da Altura Uterina POLIDRÂMNIO Mortalidade perinatal: 2,4 - 60%(malform.) Risco PE, cesárea ,TPP,hgia pos-parto AU 2 DP acima / 2 cm a mais (autores) MACROSSOMIA Mortal. Perinatal aument 4x após 35 sem Distócia ombros, parto instrum. ,SFA intraparto, depressão neo ,hipoglicemia Sensib:92% /Espec: 72%(gêmeos,polih) Ivete Canti Medida da Altura Uterina ERRO DE DATA Aumenta risco de confundir prematuro com pós data (iatrogenia, indução ,cesárea desn., risco maior de natimortos) AU anormal alerta para necessidade de outros testes +US AU normal não descarta patologia Ivete Canti Ultrassonografia indicações principais (NHI - 1984) avaliação de IG com DUM desconhecida erro menor: entre 7 e 12 semanas máximo até 20 semanas discordância entre AU e amenorréia CIUR, macrossomia, oligodrâmnio, polidrâmnio,etc. CA indicador mais sensível para detectar CIUR falta de crescimento em intervalo regular também é sugestiva avaliar quantidade de LA sangramento vaginal de etiologia desconhecida Ivete Canti indicações principais de US (cont.) localização placentária avaliar índice de crescimento fetal estimar peso e/ou apresentação avaliar malformação, gemelaridade suspeita de óbito fetal US para datar a gestação tem mostrado reduzir a morbi-mortalidade perinatal e cesárea por POSDATISMO,se também houver a conduta de indução entre 41 - 42 sem (Romero1993) Ivete Canti Consultas subsequentes - PN V Situação e apresentação fetal Toque vaginal: consistência, apagamento e dilatação do colo uterino Calendário vacinal (vacina anti-tetânica) Novos exames laboratoriais Garantia de consultas até o parto Garantia de revisão puerperal com orientação contraceptiva Ivete Canti Avaliação clínica DETECÇÃO PRECOCE DISTÚRBIOS HIPERTENSIVOS PREVENÇÃO DE HEMORRAGIAS PREVENÇÃO SÍFILIS CONGÊNITA “ TRANS. VERTICAL DO HIV “ ANEMIA “ TPP (BA, vaginites) RASTREIO DE DIABETE PREVIO E DMG PREVENÇÃO E RASTREIO DE DHPN PREVENÇÃO E DETECÇÃO INFECÇÕES TRATº PATOLOGIAS ASSOCIADAS Ivete Canti Tratamento Estados Hipertensivos Tratamento Estados Hipertensivos ASSISTÊNCIA AS COMPLICAÇÕES DO PARTO ( I ) diagnóstico correto da gravidade do caso decisão oportuna da interrupção da gravidez rotinas que facilitem o diagnóstico e decisão aplicação correta das rotinas PRINCIPAIS CAUSAS DA MORTALIDADE M MATERNA PRINCIPAIS CAUSAS DA Hipertensão H arterial Hemorragias H Problemas Respiratórios e Circulatórios Complicações C por aborto Prematuridade e Baixo Peso Infecções puerperais Infecções Perinatais MORTALIDADE NEONATAL Hemorragias Sociopatologia da Materna Baixo nível sócioeconômico Risco ante-natal não detectado Morbi-mortalidade e perinatal Sistema de saúde desorganizado; ausência de hierarquização; falta de leitos hospitalares. Gestação de Alto-Risco Mulheres doentes e desinformadas Morte materna Gestação não planejada Risco Ausência de reprodutivo planejamento não detectado familiar Abortament o provocado Morbimortalidade Perinatal Ivete Canti